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Administração Financeira (I) Universidade Federal de Uberlândia – FAGEN Disciplina: Administração para Engenharia Miriam Takimura Para refletir... � Se um amigo lhe pedisse hoje $1.000,00 para lhe pagar os mesmos $1.000,00 daqui a um ano, o que você acharia ? Dinheiro tem umDinheiro tem um custo associadocusto associado ao tempo ao tempo Matemática Financeira � A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamentos de bens de consumo. � Serve para regular os contratos de empréstimos, e todos aqueles em que as transações não são liquidadas à vista. � Ou seja, a matemática financeira estuda o valor do dinheiro no tempo. Capital � O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. � Em inglês usa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras financeiras). Juros � Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples ou compostos. � JUROS SIMPLES: o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. Ou seja: apenas o capital inicial rende juros � JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render juros também. A vista: A vista: $1.000,00$1.000,00 Ou 4 x Ou 4 x $300,00$300,00 Quando usamos juros simples e juros compostos? � A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. � Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. � Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples de duplicatas. Taxa de juros � A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente expressa da forma percentual e seguida da especificação do período de tempo a que se refere: � 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). � 10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). � Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %: � 0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). � 0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) Juros Simples � O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente Principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos: J = P x i x n Onde: J = juros P = Principal (capital) i = taxa de juros n = número de períodos Exemplo 1: �Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão: J = 1000 x 0.08 x 2 = 160 �Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante. Montante = Principal + Juros Montante = Principal + ( Principal x Taxa juros x Nº de períodos ) M = PV x ( 1 + ( i x n ) ) Juros Compostos � O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Juros Compostos � Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Após três meses de capitalização, temos: 1º mês: M = P x (1 + i) 2º mês: M = P x (1 + i) x (1 + i) 3º mês: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i) Simplificando, obtemos a fórmula: M = P . (1 + i) n � Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses. � Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período: J = M - P Exemplo 2: Calcule o montante de um capital de R$ 6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês. P = R$6.000,00 t = 1 ano = 12 meses i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = ? Usando a fórmula M=P.(1+i) n, obtemos: M = 6.000 x (1+0,035) 12 = 6.000 x (1,035) 12 M = 6.000 x 1,511 = 9.066,41. Portanto o montante é R$ 9.066,41. Exercícios: � Determinar o juro de uma aplicação de $100.000 nas seguintes condições de taxas e prazos: � i = 1,5% am; n = 1 ano � i = 3,5% at; n = 2 anos e meio � Uma aplicação de $ 78.000 gerou um montante de $110.211,96 numa certa data. Sendo de 2,5% ao mês a taxa de juros considerada, calcular o prazo de aplicação. Resposta = $ 19.561,80 e $ 41.059,90 Resposta = 14 meses Taxas Equivalentes � Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas ao mesmo Capital P durante o mesmo período de tempo, através de diferentes sistemas de capitalização, produzem o mesmo montante final. � Por exemplo, em juros simples um capital de $80.000,00 produz o mesmo montante em qualquer data se capitalizado a 3% a.m e 9% a.t. N = 3 meses FV (3% a.m) = 80.000,00 (1 + 0,03 x 3) = $ 87.200,00. FV (9% a.t) = 80.000,00 (1 + 0,09 x 1) = $ 87.200,00 � O conceito enunciado de taxa equivalente permanece válido para o regime de juros compostos diferenciando- se, no entanto, a fórmula de cálculo de taxa de juros. Por se tratar de capitalização exponencial, a expressão da taxa equivalente composta é a media geométrica da taxa de juros do período inteiro, isto é: Iq = [(1 + it) (q/t) - 1 ] . 100 Iq = taxa para o prazo que eu quero it = taxa para o prazo que eu tenho q = prazo que eu quero t = prazo que eu tenho � Por exemplo, a taxa equivalente composta mensal de 10,3826% ao semestre é de 1,66% ao mês ou seja: I6 = [ (1,103826) (1/6) - 1 ] . 100 = 1,66% ao mês Assim, para um mesmo capital e prazo de aplicação, é indiferente (equivalente) o rendimento de 1,66% ao mês ou 10,3826% ao semestre. � Por exemplo, um capital de $100.000,00 aplicado por dois anos produz: � Para i = 1,66% a.m. e n = 24 meses: FV = 100.000 (1,0166) 24 = $ 148.457,63 � Para i = 10,3826% a.s. e n = 4 semestres: FV = 100.000 (1,103826) 4 = $ 148.457,63 Exemplo 3: � Um certo banco divulga que a rentabilidade oferecida por uma aplicação financeira é de 12% ao semestre. Desta maneira, uma aplicação de $10.000 produz, ao final de 6 meses, o montante de $ 11.200 � $10.000 x 1,12 = $ 11.200 � Efetivamente, os 12% de rendimento do semestre determinam uma rentabilidade efetiva mensal de 1,91%, e não de 2% conforme suposto I6 = [ (1,12) (1/6) - 1 ] . 100 = 1,91% Taxa (i)Taxa (i) e NNúúmero de Permero de Perííodos (n)odos (n) devem estar sempre na mesmamesma base !! Importante Sugestão Sugestão Sugestão Sugestão Sugestão Sugestão Sugestão Sugestão :: altere sempre altere sempre nn e evite alterar e evite alterar ii Descontos Descontos � A operação de se liquidar um título antes de seu vencimento envolve geralmente uma recompensa, ou um desconto pelo pagamento antecipado. � Desta maneira, desconto pode ser entendido como a diferença entre o valor nominal de um título e o seu valor atualizado apurado n períodos antes de seu vencimento Descontos � As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como no dejuros compostos. � O uso de desconto simples é amplamente adotado em operações de curto prazo, restringindo-se o desconto composto para as operações de longo prazo Descontos � Desconto racional (ou “por dentro”) � Utiliza os conceitos e relações básicas de juros simples � O juro incide sobre o capital (valor atual) do título, ou seja, sobre o capital liberado da operação � D = VF – VP � VP = VF / (1+ i x n) � D = VF – VF / (1+ i x n) � D = VF{1 – [1 / (1+ i x n)]} � Desconto bancário (ou comercial ou “por fora”) � O juro incide sobre o valor nominal (valor de resgate, FV) do título, proporciona maior volume de encargos financeiros efetivos nas operações � D = VF x i x n � VP =VF x (1- i x n) Exemplo 4: Uma empresa possui uma duplicata a receber no valor de $4.000,00 em três meses, porém, precisa do dinheiro hoje e resolve descontar (trazer a valor presente) o título. O banco cobra uma taxa de desconto igual a 6% a.m. Qual o desconto sofrido? VF = 4000; i = 6% a.m.; n = 3 meses � Desconto racional � D = 4000{1 – [1 / (1+0,06.3)]} � D = $ 610,17 � Desconto comercial � D = 4000 x 0,06 x 3 � D = $ 700,00 Fluxo de caixa Fluxo de caixa � O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as transações financeiras em um período de tempo. O tempo é representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para análise. As entradas ou recebimentos são representados por setas verticais apontadas para cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais apontadas para baixo. � A fim de facilitar o entendimento dos problemas a serem apresentados, será utilizada a representação gráfica do fluxo de caixa Séries de Pagamentos � Entende-se por séries de pagamentos um conjunto de duas ou mais entradas ou saídas de caixa, realizáveis em épocas distintas e pré-determinadas, destinadas a construir um capital ou amortizar uma dívida. � Essas entradas ou saídas de caixa denominam-se TERMOS (A ou PMT); as demais variáveis serão representadas pelos símbolos já conhecidos: i = taxas de juro, coerente com a unidade de tempo (mês, trimestre, ano etc.). n = número de prestações quase sempre coincide com o número de períodos unitários. VP = principal, capital inicial, valor atual ou valor presente. VF = montante ou valor futuro. VALOR FUTURO DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS � Calcular o montante acumulado ao final do 7º mês de uma seqüência de 7 depósitos mensais e sucessivos, no valor de $800,00 cada, numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de 2,1% a.m. Exercícios adicionais: � Pretendo aplicar $ 150,00 por mês, durante 10 anos, a uma taxa de juros de 0,76% a.m. Quanto terei acumulado no final desse período? � Uma pessoa irá necessitar de $ 22.000, daqui a um ano para realizar um viagem. Para tanto, esta sendo feita uma economia mensal de $1.250,00, a qual é depositada numa conta de poupança que remunera os depósitos a uma taxa de juros compostos de 4% a.m. Determinar se essa pessoa terá acumulado o montante necessário ao final de um ano para fazer a viagem. VALOR PRESENTE DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS � Uma moto nova está sendo vendido por $4.000,00 de entrada mais 6 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $3.000,00. sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de 5,5% a.m., determinar até que preço interessa comprar a moto a vista. Exercício adicional: � Determinar o valor presente de um fluxo de 12 pagamentos, iguais e sucessivos de $700,00 sendo a taxa de juros igual a 1,7% a.m. VALOR DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS, DADO O VALOR PRESENTE � Um agricultor está adquirindo um trator ao preço de $ 23.000,00 a ser pago em 6 parcelas mensais a juros de 2,5% ao mês. Determine o valor das parcelas. VALOR DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTO, DADO O VALOR FUTURO � Dentro de 12 meses estarei viajando para Porto Seguro e precisarei de $ 5.000,00. Que valor deverei aplicar mensalmente, durante esses 12 meses, num fundo que paga juros de 1,5% ao mês, para que eu possa ter disponível esse montante ? VALOR DE UMA SÉRIE UNIFORME ANTECIPADA, DADO O VALOR PRESENTE � Uma empresa negociou com um banco um financiamento de equipamento no valor de $ 25.000,00, para ser pago em seis parcelas mensais, com a primeira vencendo na data da assinatura do contrato. Calcular o valor das parcelas, sabendo-se que a taxa de juro é de 3% ao mês. VALOR DE UMA SÉRIE DE PAGAMENTOS ANTECIPADAS, DADO O VALOR FUTURO � Uma empresa decidiu formar, ao final de 18 meses, um capital de $ 54.000,00, mediante aplicações realizadas no início do período. Calcular o valor das parcelas, sabendo-se que a taxa de juro que remunera as aplicações é de 2,5% ao mês. Exercícios práticos Sistema de amortização de empréstimos e financiamentos Sistema de amortização � Utilizado para operações de empréstimos e financiamentos de longo prazo, envolvendo desembolsos periódicos do principal e encargos financeiros � Utilização exclusiva do critério de juros compostos, incidindo os juros sobre o saldo devedor (montante) apurado em período imediatamente anterior Termos utilizados � Encargos (despesas) financeiros: representam os juros da operação, caracterizando-se como custo para o devedor e retorno para o credor. � Operações pós-fixadas: desmembramento dos encargos financeiros em juros e correção monetária (ou variação cambial) que vier a se verificar no futuro; � Operações prefixadas: estipula-se uma taxa única, a qual incorpora uma expectativa inflacionaria � Amortização: refere-se exclusivamente ao pagamento do capital emprestado. � Prestação: composto do valor da amortização mais os encargos financeiros devidos em determinado período de tempo Prestação = amortização + encargos financeiros Termos utilizados � Saldo devedor: valor do principal da dívida, em determinado momento, após a dedução do valor já pago ao credor a título de amortização � Carência: postergação na data do início dos pagamentos, não sendo incluídos necessariamente os juros Sistemas de amortização � Sistema de Amortização Constante – SAC � Sistema de Amortização Francês – Price; SAF � Sistema de Amortização Americano – SAA Sistema de Amortização Constante – SAC � Característica básica: as amortizações são periódicas e todas iguais ou constantes. � Por este sistema o devedor paga o empréstimo em prestações que incluem, em cada uma, uma parcela constante de amortização e os juros sobre o saldo devedor. � O sistema bancário utiliza esse sistema, geralmente, para empréstimos de longo prazo VP = Valor PresenteVP = Valor Presente AmortizaAmortizaççõesões iguaisiguais 0 Pagamento de JurosPagamento de Juros Exemplo SAC: � Valor de amortização: constante � Valor de juros: decrescente � Valor de prestação: decrescente SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS OU TABELA PRICE � O empréstimo é pago em prestações constantes, incluindo em cada uma, amortização parcial e juros sobre o saldo devedor. � É utilizado pelas instituições financeiras e pelo comércio em geral. � Para obter o valor das parcelas, basta aplicar a fórmula: VP = Valor PresenteVP = Valor Presente Pagamentos de PrestaPagamentos de Prestaçções Periões Perióódicas Iguaisdicas Iguais Exemplo SAF � Valor de amortização: crescente � Valor de juros: decrescente � Valor de prestação: constante Sistema de Amortização Americano – SAA � Por esse sistema os juros são pagos periodicamente e o capital é pago de uma só vez no prazo final. VP = Valor PresenteVP = Valor Presente Pagamentos de Juros PeriPagamentos de Juros Perióódicosdicos 0 Pagamento do Valor NominalPagamento do Valor Nominal Exemplo SAA� Valor de amortização: no final � Valor de juros: constante � Valor de prestação: constante, e maior no final Análise de Investimentos ou Avaliação de negócios ou Avaliação de projetos Avaliação de negócios � Um negócio econômico ou um investimento é uma combinação de entradas e saídas de dinheiro do caixa distribuídas no tempo, formando o FLUXO DE CAIXA (Cash flow) do negócio. � O grande objetivo de uma análise de negócios, ou análise de projetos é fornecer subsídios para uma decisão de quem vai investir: fazer ou não fazer o negócio ou investimento. � Todo o projeto é avaliado através da análise de seu fluxo de caixa, comparando-se os ganhos (benefícios) com os custos, através das regras do fluxo do dinheiro no tempo. Avaliação de negócios � Portanto, toda a análise de negócios deve se iniciar pela montagem de seu fluxo de caixa, que necessita refletir as exatas entradas e saídas líquidas de caixa, em seus respectivos momentos temporais, causadas diretamente pelo projeto a analisar. � Métodos básicos da análise de investimentos: � Método do Valor Presente Líquido (NPV). � Método da Taxa Interna de Retorno (IRR). � Método do Payback. � Estes métodos são equivalentes e, se bem aplicados, conduzem ao mesmo resultado, apenas que cada um se adapta melhor a determinado tipo de problema. VPL (calculadora NPV) � Considera a soma de TODOS os fluxos de caixa na DATA ZERO �Este método consiste em determinar a diferença entre o valor presente das entradas e o valor presente das saídas a uma taxa de retorno previamente estipulada e conhecida tecnicamente como TMA - Taxa Mínima de Atratividade. � VPL = 0 → Projeto viável. (TIR = TMA) � VPL > 0 → Projeto viável. Retorno maior que o desejado. (TIR > TMA) � VPL < 0 → Projeto inviável. Retorno apresentado pelo projeto é menor que a TMA. (TIR < TMA). Exemplo de VPL � A Companhia do Mar Doce Ltda. estuda a possibilidade de investir no projeto apresentado na tabela. Se o custo de capital da empresa é igual a 22% aa, qual o VPL do projeto? Ano Valor ($) 0 -500 1 200 2 300 3 300 4 400 Resposta: $ 211,26 Utilizando a calculadora 3003 4004 3002 2001 -5000 FCAno [f] [[f] [RegReg]] 500 [CHS] [g] [CF500 [CHS] [g] [CF00]] 200 [g] [200 [g] [CFCFjj]] 200 [g] [200 [g] [CFCFjj]] 400 [g] [400 [g] [CFCFjj]] 22 [i]22 [i] Resposta: 211,26Resposta: 211,26300 [g] [300 [g] [CFCFjj]] [f] [NPV][f] [NPV] Exercício VPL � Um investidor tem a oportunidade de comprar um apartamento por R$ 800.000 e gostaria de obter um retorno de 13% no mínimo. Ele espera conservar o apartamento por 5 anos e então vende-lo por R$ 1.300.000; além disso, ele preve os fluxos de caixa ilustrados no diagrama abaixo. Calcule o VPL (NPV) para determinar se o investimento é compensatório. 800.000 50.000 450.000 550.000 450.000 1.300.000 Resposta: 870.927,15 Método da Taxa Interna de Retorno � O método da TIR consiste em determinar a “Taxa de Retorno” de um projeto ou investimento em análise. � Por outro lado, define-se a Taxa Interna de Retorno (TIR), como a taxa de juros para qual o valor presente das entradas torna-se igual ao valor presente líquido do investimento. � Metodologicamente tem-se: Exemplo TIR (Calculadora IRR) � O Grupo Money Fast pensa em realizar o projeto de investimento cujos fluxos de caixa estão apresentados na tabela. Qual a TIR % anual deste projeto? Ano Valor ($) 0 -500 1 200 2 250 3 250 4 450 Resposta: 37,47% aa Exercício TIR (IRR) � Um investidor tem a oportunidade de comprar um apartamento por R$ 800.000. Ele espera conservar o apartamento por 5 anos e então vende-lo por R$ 1.300.000; além disso, ele preve os fluxos de caixa ilustrados no diagrama abaixo. Calcule a TIR (IRR) para determinar se o investimento é compensatório. 800.000 50.000 450.000 550.000 450.000 1.300.000 Resposta: 41,27 % Exercício de análise de investimento 16,7 % aa 19,7 % aa 20,4 % aa TIR - IRR Rejeitar(-) $ 5,50C Aceitar$ 7,60B Aceitar$ 5,80A DecisãoVPL - NPVProjeto � Admita três projetos de investimento com as seguintes estimativas de fluxo de caixa. A taxa de retorno requerida é de 18% a.a. Determinar os resultados pelos métodos de VPL e TIR. $62,00$ 60,00$ 58,00$ 54,00$ 50,00(-) $ 180,00C $ 64,00$ 64,00$ 66,00$ 68,00$ 68,00(-) $ 200,00B $ 38,00$ 35,00$ 35,00$ 34,00$ 30,00(-) $ 100,00A Ano 5Ano 4Ano 3Ano 2Ano 1Investimento Projeto Fluxo de caixa Método do Payback � Trata-se de um método que consiste em determinar o número de períodos necessários para recuperar o investimento inicial. � Portanto, a aceitação do projeto tem por base o padrão de tempo para recuperação dos investimentos. � O projeto escolhido entre as opções disponíveis será aquele que apresentar a recuperação mais rápida do valor inicial investido no empreendimento. Exemplo Payback � Uma empresa tem 02 alternativas de investimentos 10.500,001.800,00Entrada Ano 5 11.000,00 1.000,00Entrada Ano 4 9.000,004.200,00Entrada Ano 3 12.000,0015.000,00Entrada Ano 2 9.000,0015.000,00Entrada Ano 1 ( 30.000,00 )( 30.000,00 )Investimento Inicial PROJETO BPROJETO AFLUXO � Os dados acima mostram que o período de Payback do projeto A é igual a 2 anos e do projeto B igual a 3 anos. � O método de Payback sugere que o PA é preferível a PB. No entanto, o projeto PB proporciona retornos maiores a partir do 3o. ano. Método do Payback � Limitações do método � Não considera as entradas de caixa após a recuperação do investimento efetuado. � Não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo ao realizar a soma das parcelas que serão recebidas em diferentes períodos. � O problema pode ser contornado calculando o valor presente das parcelas. � Na maioria dos casos, é o primeiro método a ser aplicado em um processo de decisão de investimento, uma vez que se trata de um método simples e de fácil compreensão. � É um indicador de risco, isto é, quanto maior for o prazo de recuperação do investimento, maior será o risco envolvido na decisão. � Em suma, o projeto de menor prazo de Payback, não quer dizer necessariamente que seja a melhor alternativa de investimento do ponto de vista econômico. É apenas um subsídio a mais para auxiliar a tomada de decisão, principalmente quando a variável risco no tempo é importante no empreendimento. Método do Payback � Em suma, o projeto de menor prazo de Payback, não quer dizer necessariamente que seja a melhor alternativa de investimento do ponto de vista econômico. É apenas um subsídio a mais para auxiliar a tomada de decisão, principalmente quando a variável risco no tempo é importante no empreendimento. Exercício: caso prático Mercado Financeiro Instrumento de política econômica do Governo � Objetivos de política econômica global � Promover o desenvolvimento econômico do país, � Garantir o pleno emprego dos seus fatores de produção, � Equilibrar os saldos das operações financeiras com o exterior, � Garantir a estabilidade de preço e controle da inflação, � Promover a distribuição da riqueza e das rendas, � e com isso, promover o bem estar econômico e social da nação � conta com quatro tipos de política econômica - Política monetária, Política fiscal, Política cambial e Política de rendas. � Política monetária: controle da oferta de moeda e das taxas de juros, que garantem a liquidez ideal do sistema econômico. O executor dessa política é o Banco Central, que no Brasil, está subordinado ao Ministério da Fazenda. � Política fiscal: compreende a definição e aplicação da carga tributária sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do Governo,que tem como base os tributos captados. A condução da política fiscal do governo está a cargo do Ministério do Planejamento. � Política cambial: está baseada na administração das taxas de câmbio e no controle das operações cambiais. � Política de rendas: compreendem as medidas do governo que afetam diretamente os fluxos de renda e remuneração dos fatores diretos de produção e serviços do sistema econômico, tais como salários, lucros, dividendos, depreciação, preços dos produtos intermediários e finais. Participantes do mercado financeiro � Os mercados financeiros são foros organizados que permitem que os tomadores e fornecedores de empréstimos e investimentos, a curto e longo prazo, negociem diretamente. Basicamente, aqueles que oferecem e demandam fundos são indivíduos, empresas e governos. � Figura que desempenha um papel fundamental neste processo é o dos intermediários financeiros ou instituições financeiras, que canalizam as poupanças de várias partes interessadas em forma de empréstimos ou investimentos. � Os intermediários financeiros básicos na economia são os bancos comerciais, as caixas econômicas, as associações de poupança e empréstimos, associações de crédito, companhia de seguro de vida e fundos de pensão. Mercados financeiros básicos � Mercado monetário: é criado por uma relação intangível entre fornecedores e tomadores de fundos de curto prazo. � Títulos públicos federais, estaduais ou municipais; notas promissórias (commercial paper) e letras de câmbio, caderneta de poupança, letras imobiliárias, hipotecárias e depósitos a prazo fixo oferecidos por instituições financeiras e bancárias. � Mercado de capitais: é criado por inúmeras instituições e acordos que permitem que os fornecedores e tomadores de fundos em longo prazo façam suas transações. As bolsas de valores constituem a espinha dorsal dos mercados de capitais, oferecendo um mercado para transações com ações e debêntures. � O fator-chave que diferencia o mercado monetário do de capitais é que este último fornece fundos permanentes em longo prazo as empresas, enquanto que o primeiro fornece financiamento para empréstimos em curto prazo. Fontes de recursos para o financiamento empresarial Fontes internas externa Lucros retidos Rotatividade dos créditos ativos maior do que a dos passivos Planejamento fiscal Desimobilização outras Recurso de terceiros Recurso próprios Capital acionário (capital social) Leasing Debêntures Commercial paper Empréstimos bancários Empréstimos externos Fornecedores Obtenção de recursos através de agências e instituições de fomento nacionais e estrangeiras � Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): fundada em 1952, o BNDES vem financiando grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura, apoiando os investimentos na agricultura, no comércio e no serviço. � Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP): agência do Ministério da Ciência e Tecnologia que financia projetos de infra- estrutura de ciências e tecnologia, tecnologia de ponta, tecnologia da informação, energia e transporte, etc. � Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID): criado em 1959 para contribuir para o progresso econômico e social da América Latina e Caribe. A partir de 1995 o BID também passou a emprestar cerca de 5% de seus recursos disponíveis diretamente ao setor privado, sem a necessidade de garantias governamentais. � Banco Mundial (World Bank): é uma organização composta por cerca de 180 países, os quais têm como pré-requisito pertencerem ao FMI. � Dentre outras Abertura de capital da empresa Vantagens � Capacidade de suportar planos de expansão já definidos, � Divisão do risco do negócio com novos sócios, � Fortalecimento da empresa através do desenvolvimento de novas fontes de obtenção de recursos, � Criação de liquidez para o patrimônio dos acionistas, � Aumento na capacidade de endividamento, � Consolidação da imagem institucional da empresa junto a segmentos financeiros, � Estabilidade de recursos, � Processo de profissionalização, � Eficiência administrativa e transparência. Desvantagens � Divulgação das informações internas, � Distribuição de dividendos aos acionistas, � Influência nas decisões estratégicas por parte dos novos acionistas, � Acréscimos nos custos administrativos, auditores, demonstrações financeiras, etc. Ações � As ações são títulos de renda variável, emitidos por S.A., que representam a menor fração do capital da empresa emitente. � Ações ordinárias: são vendidas inicialmente pela empresa, sendo depois negociadas entre os investidores. Aqueles que as compram esperam receber dividendos – parte dos lucros da empresa – e esperam que o preço das ações suba, de modo que o investimento deles passe a valer mais. Não oferecem nenhuma garantia de performance, mas dão direito a voto na Assembléia Geral Extraordinária (AGE). Os acionistas não são responsáveis pelas dívidas da empresa em caso de maus resultados financeiros. � Ações preferenciais: a quantidade de dividendos é garantida e paga antes dos dividendos pagos para as ações ordinárias. Em caso de falência da empresa, os acionistas que possuem ações preferenciais têm uma maior chance de recuperarem uma parte de seus investimentos. Palestra com corretora de Bolsa de Valores Referencial � ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. � SOBRAL, Filipe. PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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