Buscar

Entendimento de Terrorismo de acordo com a lei nº 13

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

jusbrasil.com.br
28 de Setembro de 2016
Entendimento de Terrorismo de acordo com a lei nº
13.260/2016
Análise do artigo 2º.
A ameaça terrorista tornou­se um desafio à segurança nacional, com vista a
este fato o legislador brasileiro atendendo à constituição no inciso XLIII do
artigo 5º, regulamentou o disposto, disciplinou e tipificou o terrorismo.
Atento a estes fatos, este artigo visa analisar e elucidar a norma para uma
não ocorrência de dubiedade no momento de interpretá­la.
Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos
atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a
finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
Este artigo ao tipificar em terrorismo os atos praticados por razões de
xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e
religião leva a uma exclusão e um selecionamento categórico e inflexível
dos atos que podem ser enquadrador nesta regra. A exclusão de práticas
que não se enquadram neste disposto deverão ter a tipificação penal em
legislação em vigor. Ao analisar o artigo deve­se compreender o que a
legislação brasileira classifica como xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia e religião.
O parágrafo primeiro do artigo segundo, lista os atos considerados
terrorista, ao analisá­los cuidadosamente, encontra­se lacunas e as mesmas
serão expostas a seguir para uma maior compreensão do texto normativo.
§ 1º São atos de terrorismo:
I ­ usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer
consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos,
químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou
promover destruição em massa;
II – (VETADO);
III ­ (VETADO);
IV ­ sabotar o funcionamento ou apoderar­se, com violência, grave
ameaça a pessoa ou servindo­se de mecanismos cibernéticos, do
controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de
comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações
ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios
esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços
públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia,
instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento
de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento
O parágrafo 1º no inciso IV, ao caracterizar os atos terrorista em ­
"sabotar o funcionamento ou apoderar­se, com violência, grave
ameaça a pessoa ou servindo­se de mecanismos
cibernéticos[...]".O texto concede uma interpretação, gerando uma
lacuna na legislação: O ato pode ocorrer sem violência, visto que o
individuo pode sabotar o funcionamento ou apoderar­se de forma oculta,
sorrateira, infiltrada ou disfarçada. Ao discriminar "[...]servindo­se de
mecanismo cibernéticos[...]" o texto limita o mecanismo utilizado a se
caracterizado para a prática do ato terrorista, qualquer conjunto de
elementos que fuja do princípio, cibernético, não poderá ser classificado
em prática de terrorismo, para uma maior coesão, entende­se como
cibernético os mecanismos que utilizam­se de meios informatizados,
tecnológicos, virtuais, trabalhando em rede ou não.
É importante constar que ataques cibernéticos à sites estatais não se
enquadram como atos terroristas desde que não sejam levados pelas razões
do caput do art. 2º.
V ­ atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa:
Este inciso tipifica que o ato praticado contra, um os mais indivíduos, será
enquadrado, se a finalidade deste, for provocar terror social ou
generalizado, com vista a razões xenofóbicas, discriminação ou preconceito
de raça, cor, etnia e religião.
Atentar contra integridade física ou a vida de uma pessoa que, por
exemplo, seja um líder político, religioso, social ou membro de uma
determinada comunidade, se está ação fora motivada por preconceito ou
descriminação de raça, cor, etnia, religião ou pelo xenofobismo. E se este
atentado tenha como a finalidade, levar ao terror social ou generalizado,
grupos sociais, religiosos, étnicos e a sociedade, mesmo que esta finalidade
não seja alcançada, mas foi almejada pelo praticante, poder­se­á concluir
que tal prática foi terrorista.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou
coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais,
sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional,
direcionados por propósitos sociais ou reivindicatório, visando a
contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender
direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da
tipificação penal contida em lei.
Ao analisar este parágrafo, pode­se inferir diferentes interpretações, e
diante disto, será apresentado distintas perspectivas e resoluções que e lei
permite obter.
Ao ler minuciosamente o fragmento "[...]direcionados por propósitos
sociais ou reivindicatórios[...]" o entendimento comum é que as
manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe
ou de categoria profissional é que deveram ter tais direcionamento e se
contendo este direcionamento, estarão isentas de terem seus atos
regulados por está lei, mas o que deve ser compreendido é que­"[...] à
conduta individual ou coletiva de pessoas[...]" deverão ser "
[...]direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios[...]".
Compreende­se nesta situação, se a conduta deste (s) indivíduo (os) fugir
dos direcionamentos sociais ou reivindicatórios está poderá ser inserida
nos moldes desta lei. Para uma maior compreensão desta matéria será
exemplificada em um caso hipotético.
Um grupo de indivíduos reúne­se antes de uma manifestação, com o
intuito de provocar o terror social por meio de atos listados no § 1º do art.
2º. O fato de eles estarem em uma manifestação de cunho reivindicatório
não os concede a isenção de serem regulamentado por está norma, visto
que este grupo não foi à manifestação com o intuito social ou
reivindicatório, mas sim de provocar o terror generalizado. O que deve ser
analisado é se a prática deste grupo foi motivada por razões de xenofobia,
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião.
Referencia: LEI Nº 13.260, DE 16 DE MARÇO DE 2016.
Publicado no DOU de 17.3.2016 ­ Edição extra e retificada em 18.3.2016
Disponível em: http://carminatisimoes.jusbrasil.com.br/artigos/387777399/entendimento‐de‐
terrorismo‐de‐acordo‐com‐a‐lei‐n‐13260‐2016

Continue navegando