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Posicionamento crítico todas as etapas

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Posicionamento cr�tico - todas as etapas/AN�LISE DOS TRABALHOS.txt
OBJETIVO: avaliar o trabalho de dois colegas da turma sobre as principais implicações do comércio exterior na temática socioambiental. 
TAREFA: Nesta avaliação, justifique sua análise sobre opiniões de seus colegas que: 
sejam compatíveis com as suas; 
sejam diferentes das suas, mas que possam ser levadas em consideração na análise da questão central do posicionamento crítico; 
devam ser refutadas; 
devam ser melhor explicadas. 
ATENÇÃO: para esta parte da atividade também existe uma matriz (vejam as orientações a seguir).
Registre os dados desta atividade na Matriz do posicionamento crítico. 
Para tal: 
clique em para acessar a Matriz do posicionamento crítico; 
matriz_forum_analise_gestao_ti_rn.doc
abra o arquivo; 
salve esse arquivo em seu computador; 
preencha a matriz com os dados de seu trabalho; 
salve seu trabalho; 
disponibilize sua Matriz do posicionamento crítico NESTA sala de aula. 
 
 
DATA DE ENTREGA DESTA ATIVIDADE: 30/07/2014.
Posicionamento cr�tico - todas as etapas/ATIVIDADE INDIVIDUAL.txt
1 - ATIVIDADE INDIVIDUAL
OBJETIVO: Discutir as principais implicações do comércio exterior na temática socioambiental.
Para desenvolver esta atividade, faça uma pesquisa na internet sobre o assunto.
Como fontes de pesquisa que podem auxiliá-lo nessa tarefa, você poderá consultar os textos abaixo: 
- clique em para acessar o texto O comércio e meio ambiente – as diversas faces desse binômio; 
o_comercio_meio_ambiente.doc
 
 
- - clique em para acessar o texto O livre comércio: raposa livre entre galinhas livres. 
o_livre_comercio_raposa.doc
TAREFA: a partir do material pesquisado, elabore um texto que discuta as principais razões para a existência de posicionamentos tão antagônicos sobre os efeitos do comércio exterior no meio ambiente. 
Para tal, considere: 
os pontos positivos do comércio exterior; 
os pontos negativos do comércio exterior. 
Registre os dados desta atividade na Matriz de atividade individual. 
Para tal: 
clique em para acessar a Matriz de atividade individual; 
matriz_atividade_individual.doc
abra o arquivo; 
salve esse arquivo em seu computador; 
preencha a matriz com os dados de seu trabalho; 
salve seu trabalho; 
disponibilize o trabalho a sua turma NESTA sala de aula. 
DATA DE ENTREGA DESTA ATIVIDADE: 28/07/2014.
Posicionamento cr�tico - todas as etapas/Dicas relativas as formas de elabora��o de atividades acad�micas.doc
Dicas relativas as formas de elaboração de atividades acadêmicas
Olá Pessoal,
Estou postando a seguir algumas dicas relativas as formas de elaboração de atividades acadêmicas. Não é um modelo "engessado", tanto que nossas atividades apresentam suas próprias matrizes para preenchimento. Trata-se de uma atividade acadêmica e que por isso segue algumas normas (principalmente no que se refere a citação das referências consultadas, ok?).
Lembrem-se que o intuito maior de nossa atividade é o de aprimorar nossos conhecimentos, desenvolvendo acima de tudo habilidades de análise escrita, leitura e posicionamento crítico, ok?
Vamos lá.....a seguir, serão comentados cada um dos itens que mais utilizamos na elaboração de nossas atividades:
1 - Introdução: 
Segundo Vergara, a introdução refere-se à apresentação do texto: "é uma seção na qual se aguça a curiosidade do leitor (...). A introdução deve ser curta, proporcional ao número de páginas do texto" (1997, p. 20). Essa proporção corresponde a 10% do número de páginas do texto ou trabalho. 
Na introdução, devem ser mencionados - de forma objetiva, clara e correta - o objetivo do texto, bem como as partes (seções) que o constituem.
2 - Justificativa:
Trata-se de mostrar aos leitores a relevância do texto. Ou seja, por que estudar ou apresentar a temática é relevante.
3 - Desenvolvimento:
Nesse campo, deverá ser apresentada a base teórica, com exemplificações, casos, vivências profissionais, observações e análise.
Mas atenção: essa parte do texto tem de ser, normalmente é maior do que o somatório do número de linhas da introdução, da justificativa e da conclusão.
4 - Conclusão:
Relativamente à conclusão, Vergara faz a seguinte afirmação: "Só se pode concluir sobre aquilo que se discutiu" (1997, p. 78). Logo, tudo o que for apresentado na conclusão deverá ter sido discutido anteriormente no desenvolvimento do trabalho ou do texto. Dito de outra maneira: não podemos escrever na parte destinada à conclusão nada que não tenha sido discutido antes. A recíproca é verdadeira: a uma conclusão deverá abordar tudo o que foi discutido ao longo do texto ou do trabalho. (Vergara, 1997, p. 78).
5 - Referências bibliográficas:
Nessa parte, devem ser relacionados livros, artigos e outras publicações consultadas. As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) devem ser observadas. Na página da biblioteca da FGV pode ser encontrado o Manual de Normalização de Trabalhos Acadêmicos e Referências Bibliográficas que apresenta todas as normas atualizadas da ABNT. É imprescindível que TODAS AS FONTES DE REFERÊNCIA E CONSULTA sejam devidamente indicadas e relacionadas, pois utilizar parágrafos ou frases de outrem, principalmente quando se trata de pessoas respeitadas no meio acadêmico, não é apenas recomendável, mas, principalmente, valoriza o trabalho de quem faz as citações. Além disso, a omissão das fontes de referência caracteriza crime contra a propriedade intelectual, segundo Lei de Direitos Autorais, sacionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 19/02/1998.. Exemplo de bibliografia:
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas. 1997.
Quanto ao número de páginas, embora esse número seja livre, é recomendável que os trabalhos individuais apresentem de 2 a 3 páginas (de preferência, na fonte VERDANA, corpo 10, espaço entrelinhas 1,5. Entretanto, essa formatação é apenas uma sugestão.
A primeira vez que uma determinada obra é citada em um trabalho acadêmico, sua fonte bibliográfica deve vir completa. A partir da segunda, podemos simplificar sua identificação com algum dos elementos constantes nesta tabela:
�
		Idem
		Significa mesmo autor, indicado por Id. Só podemos utilizá-lo na mesma página da citação a que se refere.
		Ibidem
		Significa mesma obra, indicado por Ibid. Só podemos utilizá-lo na mesma página da citação a que se refere.
		Traço sublinear equivalente a seis espaços e um ponto (1)
		Significa mesmo autor. Para utilizarmos esse elemento, a referência deve figurar imediatamente abaixo da que apresenta o nome completo do autor.
		Apud
		Significa citado por ou conforme ou segundo,
indicado por apud. Só podemos utilizá-lo no texto ou no rodapé da página.
Fonte: http://ead2.fgv.br/ls5/centro_rec/pag/trab_acad/ref_bib_apud.htm
Vejamos como fazer uso do apud no corpo do texto:
Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser [...] "o viéis organicista da burocracia estatal e o antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo encapuçado na Carta de 1946". (VIANNA, 1986, p. 172 apud SEGATTO, 1995, pp. 214-215).
Agora, vejamos como utilizar o apud em notas de rodapé:
No modelo serial de Gough1 (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento [...] 
_______________________
1EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. 2-3. 
Para Saber Mais:
Para saber mais sobre normas da ABNT, consulte o Manual de normalização de trabalhos acadêmicos e referências bibliográficas da FGV que esta em nossa biblioteca virtual.
 
Qualquer dúvida, estarei aqui para ajudá-los, ok?
Abraços
Posicionamento cr�tico - todas as etapas/DISCUSS�ES DOS TRABALHOS.txt
3 – DISCUSSÕES DOS TRABALHOS
Você registrou, na Matriz do posicionamento
crítico, a análise dos trabalhos elaborados por dois colegas de turma. 
É necessário agora que você se posicione sobre a análise de seu trabalho feita por colegas de turma ou pelo Professor-Tutor.
Para acessar as análises de seus colegas a seu trabalho:
vá à sala de aula Sala de Aula e selecione a área de <orientações para atividade do módulo 4>; 
abra as análises encaminhadas a seu trabalho; 
registre suas anotações e crie um comentário. 
Para apresentar seus comentários às análises direcionadas a seu trabalho... 
vá à sala de aulaSala de Aula e selecione a área de <orientações para atividade do módulo 4>; 
na área <novo comentário>, anexe seu comentário, clicando no ícone <adicionar anexo>, adicionar anexo disponível na tela; 
se preferir, digite seu trabalho. Para isso, você ainda terá a opção de selecionar a fonte, o tamanho e a cor de seu texto; 
à esquerda da tela, você encontrará diferentes opções de Emoticons – cuja utilização, contudo, não é obrigatória – para personalizar seu texto; 
a qualquer momento da edição de seu texto, você poderá <pré-visualizar> a forma de exibição da mensagem ou ainda <limpar tudo> o que escreveu; 
você poderá optar ainda por acrescentar sua assinatura à mensagem e ser avisado por e-mail quando sua mensagem for respondida, selecionando respectivamente: <mostrar assinatura> e <notificar-me por e-mail quando responderem>; 
salve a mensagem. 
Se julgar necessário, depois de salvar a mensagem, você poderá reeditá-la, bastando, para isso, selecionar o ícone <editar>, editar mensagemlogo abaixo dela.
DATA DE ENTREGA DESTA ATIVIDADE: 01/08/2014.
Qualquer dúvida me escrevam!
Estarei sempre por perto para auxiliá-los!
Contem comigo sempre!
Abraços
Posicionamento cr�tico - todas as etapas/matriz_atividade_individual.doc
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Matriz de atividade individual*
		Módulo:
		Atividade:
		Título: 
		Aluno:
		Disciplina:
		Turma:
		Introdução 
		Justificativa
		Desenvolvimento
		Conclusão 
		Referências bibliográficas
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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Posicionamento cr�tico - todas as etapas/matriz_forum_analise_gestao_ti_rn.doc
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Matriz do posicionamento crítico* 
		Aluno:
		Disciplina:
		Turma:
		
		Registre, abaixo, sua opinião sobre os dois trabalhos elaborados por seus colegas de turma...
		TRABALHO 1
Trabalho do aluno: 
		Tópico 1 – Ideias compatíveis com as suas
Tópico 2 – Ideias diferentes das suas
Tópico 3 – Ideias refutadas
Tópico 4 – Ideias mal explicadas
		TRABALHO 2 
Trabalho do aluno: 
		Tópico 1– Ideias compatíveis com as suas
Tópico 2 – Ideias diferentes das suas
Tópico 3 – Ideias refutadas
Tópico 4 – Ideias mal explicadas
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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Posicionamento cr�tico - todas as etapas/o_comercio_meio_ambiente.doc
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O comércio e meio ambiente – as diversas faces desse binômio
Durante vários anos, a visão comum a respeito da proteção ao ambiente mantida pelo setor produtivo era a de que esta funcionava como um freio ao crescimento econômico, por elevar os custos de produção. Em período recente, no entanto, a proteção ao ambiente vem convertendo-se em oportunidades no contexto comercial, auxiliando tanto a expansão de mercados, como a prevenção contra possíveis restrições de acesso aos mercados externos – barreiras não-tarifárias.
O foco das negociações nas rodadas do GATT, que antecederam a Rodada do Uruguai, era o emprego de barreiras tarifárias ao comércio. Medidas não-tarifárias, particularmente as restrições técnicas, sanitárias e ambientais, eram mantidas, de certo modo, à margem dos debates, embora, desde 1948, o GATT já tivesse se voltado à questão ambiental no comércio, criando o EMIT Group – Grupo em Medidas Ambientais e Comércio Internacional –, que permaneceu pouco ativo até o caso da disputa atum versus golfinho, entre os EUA e o México.
Esse contexto permitiu que o emprego de exigências relacionadas ao ambiente e sanidade vegetal e animal como prática protecionista de mercados aumentasse consideravelmente. Isso tornou cada vez mais evidente a necessidade de avaliar se medidas identificadas como requisito para assegurar a proteção à saúde humana, animal, das plantas, e do meio ambiente cumpriam sua concepção original, ou se eram empregadas como instrumento protecionista.
O EMIT Group, na Rodada Uruguai (1986-1993), transforma-se em Comitê sobre Comércio e Meio Ambiente – Committee on Environment and Trade – CTE. O CTE tem como objetivo relacionar mercado e ambiente visando ao desenvolvimento sustentável. Outro objetivo desse comitê é a elaboração, sempre que se fizer necessário, de recomendações sobre mudanças nas provisões do sistema multilateral de comércio compatíveis com a natureza aberta, eqüitativa e não-discriminatória do sistema.
O acesso a mercado e os temas comuns às agendas de comércio e de ambiente, em âmbito multilateral, constituem-se nos itens fundamentais à composição do programa de trabalho do CTE. Mais recentemente, na Conferência Ministerial de Doha, em novembro de 2001, duas metas foram indicadas como prioritárias no tocante à questão ambiental no contexto do comércio mundial.
A primeira delas refere-se à evolução das relações de negociações das normas e compromissos comerciais específicos da OMC, estabelecidos dentro dos Acordos Multilaterais de Ambiente – MEA. A segunda meta constitui-se em conduzir estudos relacionados aos efeitos das medidas ambientais sobre o acesso a mercado e também sobre a relação entre ambiente, TRIPS – Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights – e as exigências ambientais de rotulagem – eco-labelling.
A questão ambiental e sua interface com o comércio também é tratada no escopo do Código de Normas, criado em 1991. Ao final da Rodada Uruguai, esse Código evoluiu para Acordo sobre Barreiras Técnicas – TBT da OMC. Neste, a proteção ambiental foi explicitamente destacada como um de seus objetivos legítimos, ou seja, aqueles que justificam a adoção de medidas técnicas pelos países.
Uma grande dificuldade, no entanto, não só para os negociadores dos acordos internacionais, mas também para os exportadores e seus representantes, tem sido a diferenciação entre medidas de proteção ambiental exigidas pelos importadores, que são efetivamente necessárias e legítimas, daquelas empregadas com finalidade principal de restringir o comércio – protecionismo. Neste último caso, tais medidas estariam muito mais comprometidas com a proteção dos mercados internos frente à concorrência de produtos importados.
Geralmente, isso leva a um encarecimento do produto concorrente no país exportador, à medida que a adequação a novas exigências torna-se necessária. Procópio Filho (1994) denominou o uso de políticas ambientais que restringem o comércio de ecoprotecionismo – barreiras não-tarifárias, técnicas, com justificativas relacionadas à proteção ambiental.
De outro lado, há riscos como o ecodumping,
entendido como uma política permissiva com relação às questões ambientais, objetivando o aumento da produção para o mercado externo. Essa permissividade e a liberação dos mercados podem trazer efeitos adversos ao ambiente, como o agravamento dos problemas ambientais à medida em que os países intensificam sua produção – poluidora – para aumentar as exportações. Um efeito esperado pela liberação dessas barreiras, conforme estudiosos do tema que defendem a abordagem centro-periferia, é a tendência das empresas poluidoras migrarem para os países com menor preocupação ambiental.
A questão ambiental também pode ser associada ao tema subsídios. As políticas de subsídios promovem o incremento da produção interna e reduzem as possíveis importações, desviando o comércio em terceiros mercados em detrimento de exportações mais competitivas de outros países que não praticam os subsídios. Os agricultores dos países mais ricos acabam gerando excedentes, estimulados por tais políticas, que são comercializados no mercado internacional a preços mais baixos, prejudicando, principalmente, os países em desenvolvimento, produtores de commodities. Um dos possíveis efeitos atribuídos a essa política de subsídios e à queda nos preços associada é a indução dos agricultores nos países em desenvolvimento a produzir com o menor custo possível. Nesse processo, pode ocorrer a ocupação de áreas impróprias, em cultivo intensivo que, dissociado de práticas conservacionistas adequadas, pode gerar prejuízos para o solo, as florestas e os mananciais.
Os problemas apontados não se restringem à produção com técnicas poluidoras e mais degradadoras do ambiente, mas também ao consumo de produtos, particularmente quanto às embalagens – não-recicláveis ou não-biodegradáveis –, de produtos tóxicos e de difícil degradação – as pilhas e baterias –, e de produtos cujo consumo gera externalidade negativa – como os combustíveis fósseis –, entre outros, com potencial de degradação do ambiente. A comercialização desses produtos pode ser limitada em países onde os consumidores têm se manifestado de forma mais efetiva sobre as preocupações ambientais.
Dentre os diversos tipos de barreiras ambientais analisadas atualmente, a análise do ciclo de vida do produto pode vir a ser o grande problema para a exportação brasileira. A análise do ciclo de vida demanda um relatório completo do impacto ambiental em cada etapa do processo de produção, desde a exploração de matéria-prima até o descarte final de cada produto. Baseado nesse ciclo de vida, surgem os selos verdes de certificação como o ISO, cada vez mais exigidos pelos consumidores dos países importadores.
Esse programa de selos e certificações é chamado de ecolabelling e é representativo principalmente no mercado de papel e celulose, refletindo basicamente os métodos e processos de produção vigentes nos países desenvolvidos. Os produtos brasileiros que mais sofrem com essas barreiras ambientais são os provenientes dos setores agrícola, têxtil e siderúrgicos.
Com a crescente demanda por alimentos e produtos, devido ao aumento desenfreado da população mundial, é muito importante lidar com questões ambientais o quanto antes. A própria OMC, em texto disponibilizado em sua página na internet, afirma que oportunidades de garantir acesso a mercado são percebidas como essenciais para ajudar os países em desenvolvimento a buscarem um desenvolvimento sustentável.
Por outro lado, há fortes pressões também de que os interesses e as regras comerciais não podem impedir a legítima defesa do ambiente. Muitas discussões ainda serão desencadeadas sobre esse tema. No Brasil, atualmente, uma das mais controversas questões tem sido a dos transgênicos.
Fonte
CASTRO, Diego; CASTILHO, Selene; BURNQUIST, Heloísa. O comércio e meio ambiente – as diversas faces desse binômio. Disponível em: <http://cepea.esalq.usp.br/pdf/comercio_e_meio_amb.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2007.
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Posicionamento cr�tico - todas as etapas/o_livre_comercio_raposa.doc
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O livre comércio: raposa livre entre galinhas livres
O Livre Comércio é a expressão da moda, talvez a mais manipulada no mundo de hoje.
Nos anos 90 a resistência dos movimentos sociais foi contra o modelo neoliberal, que então se associava aos planos de "ajustamento estrutural" emanados do Fundo Monetário Internacional e calorosamente apoiados pelo Banco Mundial.
Actualmente vivemos a "onda do livre comércio", que ultrapassou muito o significado tradicional da expressão livre comércio e hoje significa não só [...] comércio como a projecção global de uma estratégia de dominação imperialista que utiliza o neoliberalismo como seu modo de ser, mas que se ramifica e estende, constituindo um verdadeiro pacote integrado.
Hoje, quando ouvimos a expressão livre comércio nos lábios do governo dos Estados Unidos, do G-7, do FMI, do BM, isto significa muito mais que comércio e inclui a ALCA e as negociações da OMC, os Tratados Bilaterais e Plurilaterais de Livre Comércio e de Investimentos, os Acordos Regionais como o Plano Puebla Panamá, o Acordo Andino sobre Comércio e erradicação de drogas, os planos de militarização e repressão como o Plano Colômbia, a instalação de bases militares e a dívida externa.
[...]
Não é possível esquecer que o livre comércio, ao nascer como teoria com Smith, concedeu aos Estados Unidos uma crescente prosperidade com base na sua agricultura. Deviam ignorar as manufacturas industriais e aproveitar a sua vantagem agrícola enquanto importavam manufacturas britânicas. Mas personagens governamentais dos Estados Unidos, como Abraham Lincoln, fizeram tudo ao contrário e poderiam ser hoje qualificados pela retórica liberalizadora do governo de Bush como horríveis proteccionistas porque puseram o governo a desempenhar um papel activo para modificar a vantagem comparativa estática e criar outras vantagens que fizeram com que os Estados Unidos abandonassem o seu papel de país agrícola.
A história real não se compadeceu com a teoria liberal do comércio exterior, mas curiosamente o economista que é apresentado como o intelectual máximo que sustenta a perfeição do livre comércio era menos radical na sua fé livre-cambista do que os discursos de Bush sobre as bondades da ALCA ou os Tratados de Livre Comércio.
As seguintes palavras de Adam Smith deixariam muito insatisfeitos o Departamento de Comércio dos EUA, o FMI, o BM e os interesses dominantes na OMC que exigem uma liberalização imediata e total: "A humanidade pode necessitar que a liberdade de comércio seja estabelecida através de uma lenta graduação e com uma boa dose de reserva e circunspecção." (Oxfam, 2002).
Para os países subdesenvolvidos o livre comércio é outra coisa, bem diferente.
Para Eduardo Galeano, "a divisão do trabalho entre as nações consiste em que umas se especializem em ganhar e outras em perder" (Galeano, 1989). Examinado com objectividade, o comércio internacional cumpre hoje várias funções no sistema imperialista de dominação caracterizado pela globalização de signo neoliberal.
Essas funções são instrumento de domínio em favor dos países ricos, factor de acentuação e perpetuação de desigualdades e iniquidades e cenário de uma guerra virtual pelo controle dos mercados actuais e os do futuro.
Inclusive mais: o livre comércio não é livre agora nem nunca o foi, nem é já sequer comércio de acordo com o conceito clássico deste, nem sua prática gera crescimento económico per se, nem reduz a pobreza, nem reparte "benefícios mútuos" entre as partes que comerciam.
Em 1963 Che Guevara dizia: "Como pode significar benefício mútuo vender a preços de mercado mundial as matérias-primas que custam suor e sofrimento sem limites aos países atrasados e comprar a preço de mercado mundial as máquinas produzidas nas grandes fábricas automatizadas do presente?" Pertence também a Che Guevara esta
definição exacta do livre comércio: "livre competição para os monopólios; raposa livre entre galinhas livres".
O livre comércio é hoje, antes de tudo, a frase retórica com que se apresenta um pacote neoliberal bem orgânico e coerente no que diz respeito aos interesses das transnacionais e dos governos que os representam, e que não se reduzem aos temas clássicos que sempre apareceram nos livros de economia no capítulo do comércio internacional.
De facto, quando aos países do Terceiro Mundo se lhes recomenda o livre comércio, seja como política adequada para aplicar, seja como proposta para estabelecer um Tratado de Livre Comércio, o comércio não é a única peça e nem sequer a mais importante.
[...]
Portanto, a primeira conclusão é que o livre comércio de hoje não é só e nem tanto uma abertura comercial em bens e serviços mensurável na balança comercial e sim uma estratégia de política dos países desenvolvidos para impor o modelo neoliberal por ser o que melhor serve os interesses dos consórcios transnacionais que são, por sua vez, os conceptualizadores da economia mundial.
Existe um abismo entre a retórica do livre comércio e a sua prática real. Aquilo que o poder mediático difunde a mensagem linear, simplista, que reduz a racionalidade económica a um irracional e primário esquema no qual a "boa economia" é sempre e para sempre o livre comércio em luta cerrada contra o proteccionismo estreito e absurdo que pretende desviar o ditame supremo do mercado com intervenções governamentais ou tentando substituir importações ou integrar mercados de países subdesenvolvidos com critérios de preferência regional ou subregional.
[...]
Este comércio "intra-firma" e "intra-produto", no qual uma transnacional compõe um produto final como resultado da montagem de partes produzidas nos países que menores custos ofereçam, especialmente custo laboral, modificou o significado da chamada "inserção no comércio mundial".
Essa inserção não é a expressão do esforço nacional para abrir caminho na suposta "livre competição" e sim que a inserção é o acesso aos mercados corporativos internos, nos quais os países pobres nada decidem e em que só recebem passivamente as decisões tomadas pelas corporações.
Quase toda a retórica que despeja a OMC, o FMI, o Banco Mundial, louvando o avanço de alguns países do Sul no comércio de bens de alta tecnologia, não significa em termos reais senão processos corporativos nos quais a Wal-Mart, Toyota, Nestlé ou outras corporações decidiram dispersar partes de produções nos países que melhores concessões lhe dêem. Esse processo não é outra coisa senão o domínio corporativo numa nova escala na qual a submissão é mais refinada mas não deixa de ser submissão. Houve, sim, "uma inserção no comércio", mas não foi além de uma inserção subordinada dentro de uma cadeia corporativa.
Se o suposto avanço no comércio de bens de alta tecnologia é só uma miragem baseada num novo padrão estratégico das corporações, é também assustador comprovar que o Sul retrocede inclusive no seu triste e tradicional reduto onde as vantagens comparativas o recluíram: o comércio de produtos básicos.
Com os produtos básicos está a verificar-se que os seus preços e a relação de intercâmbio resultante continua a sua tendência secular para o descenso, que o seu comércio cresce mais lentamente que o de qualquer outro tipo de produto, que estão cativos em cadeias de comercialização controladas por consórcios transnacionais e que os países são induzidos a exportar cada vez mais produtos cujo preço é menor quanto mais exportam.
Com efeito, a relação de intercâmbio dos países do Sul – excluído o petróleo e as manufacturas – caiu mais de 20% desde 1980. Para a África a queda foi superior a 25%.
A África teve de aumentar as suas exportações em mais de um terço para manter o mesmo nível das importações que fazia em 1980.
Estes países são induzidos a exportar o máximo pelo FMI, Banco Mundial e OMC, mas o resultado é fatídico. Enquanto as exportações de café aumentaram de 3,7 milhões de toneladas em 1980 para 5,9 milhões no ano 2000, a receita recebida pelas mesmas caiu de US$12,5 milhões para US$10,3 milhões em 2000.
Mas ainda há mais: no começo dos anos 90 as receitas dos países produtores de café eram de uns 10-12 mil milhões de dólares e o valor das vendas de café em países desenvolvidos era de uns 30 mil milhões. Agora os produtores recebem só 5,5 mil milhões, enquanto as vendas nos países desenvolvidos ultrapassam os 70 mil milhões de dólares.
Isto se explica pelo excelente "equilíbrio no poder de mercado" criado pela onda de fusões e aquisições que levaram à estruturação de umas quatro ou cinco "trading companies" gigantescas que compram uns 15 milhões de sacos de café de 60 kg a cada ano. Frente a elas apresenta-se para receber o infalível ditame do mercado um produtor camponês que vende em média menos de 5 sacos (Oxfam, 2002).
Outro exemplo entre muitos desta excelente actuação do livre comércio é do abastecimento de bananas ao mercado do Reino Unido. Na produção participam uns 400 mil trabalhadores, mas na comercialização apenas cinco empresas têm mais de 80% do mercado.
Os porta-vozes do livre comércio dizem que este é um instrumento para reduzir a pobreza. Mas o aumento do comércio mundial desde os anos 80 contradiz isso. Ao principiar o século XXI as pessoas que lutam por sobreviver com menos de um dólar por dia não são menos que então e o mesmo ocorre com os que recebem menos de dois dólares por dia. Não existe correlação entre o crescimento do comércio e a redução da pobreza. O México multiplicou as suas exportações e no mesmo período viu multiplicar-se a quantidade de pobres.
Os porta-vozes do livre comércio dizem que as exportações industriais dos países subdesenvolvidos cresceram com muita força.
É uma verdade estatística que é, ao mesmo tempo, uma mentira no que significa de desenvolvimento verdadeiro. Explica-se no essencial pelo comércio intra-firma. Mas, além disso, sua distribuição geográfica deixa de fora vastas áreas do mundo subdesenvolvido.
O leste da Ásia representa mais de 2/3 das exportações indutriais do Sul e mais de 3/4 nos sectores tecnológicos de alto rendimento como a electrónica. Mas em troca o sul da Ásia, África subsahariana e América Latina (se excluirmos o crescimento maquilhador do México) viram reduzir a sua quota de bens industriais. China, Coréia do Sul, Formosa, México e Singapura representam quase 2/3 do valor de todas as exportações industriais do mundo subdesenvolvido.
Os porta-vozes do livre comércio receitam a todos que exportem mais e abram mais seus mercados, mas o fechamento dos seus mercados é a negação da retórica.
O lirismo da liberalização comercial espatifa-se contra o duplo critério que os países desenvolvidos aplicam no acesso aos seus mercados. Eles aplicam tarifas quatro vez mais altas às importações de manufacturas procedentes de países do Sul do que aquelas que aplicam a produtos semelhantes quando procedem de outros países desenvolvidos.
Os países mais pobres do mundo, os chamados "menos adiantados" são os mais castigados numa mostra suprema da racionalidade do livre comércio. As exportações desses 49 países mais pobres enfrentam tarifas 20% mais elevadas em média do que para o resto do mundo. Se se trata das poucas manufacturas que exportam, então as barreiras são 30% mais elevadas e perdem uns 2,9 mil milhões por ano pela elevada protecção nos Estados Unidos, na União Européia, Japão e Canadá.
Os porta-vozes do livre comércio não podem ocultar a escandalosa realidade dos subsídios agrícolas. Não obstante, desde que principiou a Uruguay Round vêm prometendo que os reduzirão. Mas aconteceu exactamente o contrário: elevaram-nos.
Gastam em subsídios umas cinco vezes mais do que o destinado à Ajuda Oficial ao Desenvolvimento (AOD).
Em outra
amostra excelente da racionalidade do livre comércio, milhões e milhões de pequenos produtores agrícolas que recebem menos de 400 dólares por ano estão "competindo" com agricultores estadunidenses e europeus que recebem respectivamente uma média de 21 mil dólares e 16 mil dólares por ano como subsídio.
O resultado é outro buraco negro no prestígio do livre comércio: os Estados Unidos realizam mais de 50% das exportações mundiais de milho e fazem-no a preços uma quinta parte inferiores aos custos de produção. A União Européia é o maior exportador mundial de açúcar branco e seus preços de exportação são uma quarta parte dos custos de produção.
Isto é, nem mais nem menos, que dumping, o qual é um anátema na retórica do livre comércio idílico. Mas a realidade é que, além disso, os vitimários acusam as vítimas. O proteccionismo do norte, em todas as suas manifestações tarifárias e não tarifárias, custa não menos de 100 mil milhões de dólares anuais ao Terceiro Mundo, isto é, o dobro da AOD e, não obstante, tanto os Estados Unidos como a União Europeia apresentaram à OMC entre 1995 e 2000 um total de 234 acusações de dumping contra países do Sul.
O discurso do livre comércio destaca o papel de vanguarda do comércio de serviços como cenário de progresso tecnológico e aposta de futuro.
Mas os únicos serviços realmente liberalizados foram os serviços financeiros, justamente ali onde a superioridade e a conveniência dos Estados Unidos são esmagadores. Outros serviços de especial interesse para os países do Sul, como os serviços na construção e outros, permanecem fechados.
Por desgraça, quase todo o Sul engoliu a pílula do livre comércio. Os porta-vozes da abertura comercial não podem acusar de rebeldia ou sequer de falta de cooperação boa parte dos governos dos países do sul nos anos do neoliberalismo em auge.
Seguindo as pregações do G-7 fizeram um desarmamento tarifário e, em geral, uma abertura comercial mais rápida e profunda que a realizada pelos próprios pais da proposta. Daí resultaram realidades tão absurdas que causariam riso se não tivessem um significado tão doloroso para os povos.
Dezesseis países da África subsahariana têm economias mais abertas que a dos Estados Unidos, mas não tiram o primeiro lugar à América Latina (insuperável discípula neoliberal) que tem 17 países nessa condição.
A liderança mundial é detida pelo Haiti. Reúne várias qualidades que revelam uma coerência impressionante. É o país mais pobre do hemisfério ocidental e um dos mais pobres do mundo. Sua pobreza é antológica, dolorosa e cruel.
Mas desde 1986 o Haiti alcançou o galardão como economia totalmente aberta, segundo classificação do FMI. Recebeu calorosos elogios pela sua exemplar vontade aberturista.
É um exemplo irrefutável de que a obediência ao modelo neoliberal de livre comércio é incapaz de resolver a pobreza e o subdesenvolvimento.
Livre comércio, como proposta de hoje para o Sul, é também investimento de capital em condições de especial benefício para as transnacionais, é compras do sector público manietadas e incapazes de actuar como impulsoras de desenvolvimento interno para respeitar o direito das transnacionais a dominar os mercados nacionais e é uma política de competição concebida para exterminar os chamados "monopólios oficiais" enquanto fecha os olhos perante os monopólios privados.
Para finalizar esta apresentação, surgem as interrogações quanto ao futuro. O sistema de comércio internacional pode ser reformado como comércio ou necessita mais do que uma reforma, uma profunda transformação substancial que torne realidade não simplesmente algo menos mau e sim o outro mundo possível e definitivamente melhor que aspiramos?
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Fonte
MARTÍNEZ, Osvaldo. O livre comércio: raposa livre entre galinhas livres. Cuba Socialista, Havana, maio 2005. 
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