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5 - Bioética reprodução e clonagem essa

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Bioética: Novas tecnologias de Reprodução e Clonagem
 Bioética e Biossegurança
2013
Msc. Dalvania Pinho Domingues 
Aspectos Morais sobre Clonagem
...considerar a clonagem terapêutica como um dever de solidariedade para as futuras gerações.
C. Petitnicolas e M. Perez. 
Les Enjeux du clonage thérapeutique. Le Figaro 19/01/2002
Os nossos vindouros têm o direito a que lhes seja deixado um planeta intacto, não têm o direito a novas curas miraculosas.
				 Hans Jonas (1968)
Ética, medicina e técnica. Lisboa: Veja, 1994:139.
©Goldim/2003
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Outro aspecto moral relevante tem sido o da nossa responsabilidade para com as gerações futuras.
Petittnicolas e Perez, em 2002, justificaram a realização da clonagem terapêutica justamente como sendo um dever de solidariedade para as futuras gerações. 
Já em 1968, Hans Jonas, que resgatou o idéia de uma Ética da Responsabilidade, propôs que as gerações futuras não tem o direito a curas milagrosas, mas sim o direito de herdar um planeta intacto.
A Clonagem Terapêutica como processo pode beneficiar, teoricamente, a qualquer um, mas como resultado é apenas benéfica para um único individuo.
Herbert J. Webber - botânico norte-americano
Termo grego Klón = broto vegetal
O termo clone foi criado em 1904, pelo botânico norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz.
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CLONAGEM (técnica): 
Retira-se o núcleo do óvulo de uma determinada espécie.
Fusão entre o óvulo com uma célula nucleada da mesma espécie.
Novo organismo com a informação genética da célula nucleada.
CLONE – organismo geneticamente igual a outro pré-existente
 CLONAGEM NATURAL
Bipartição
Partenogênese
Fragmentação
Regeneração
Esporulação
Gemulação
Nas planárias a reprodução assexuada pode ocorrer por bipartição – um indivíduo divide-se em dois semelhantes, que vão crescendo até atingirem o tamanho do progenitor – ou por fragmentação - o organismo fragmenta-se espontaneamente ou por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando novos seres vivos.
A planária é um ser com elevada capacidade de regeneração. Se partirmos/fragmentarmos uma planária em vários bocados, cada um desses bocados é capaz de regenerar o animal inteiro, independentemente do tamanho ou forma desse mesmo fragmento. Isto é, se cortarmos uma planária ao meio, obtêm-se duas, caso seja dividido em três, resultam três planárias e assim sucessivamente. Este tipo de divisão ocorre devido á reprodução assexuada que se traduz numa regeneração de pequenos fragmentos do animal, que é designada por fragmentação. A planária é um platelminto da classe dos turbelários, animais que geralmente não são parasitas. 
Fissão binária ou bipartição é o o nome dado ao processo de reprodução assexuada dos organismos unicelulares que consiste na divisão de uma célula em duas, cada uma com o mesmo genoma da "célula-mãe". Ocorre em bactérias, leveduras e protozoários.
A esporulação consiste na formação de células especiais denominadas esporos, que originam novos seres vivos da mesma espécie. Nas plantas (em sentido tradicional, de acordo com a taxonomia de Lineu), os esporos são formados em estruturas especiais, os esporângios, e possuem uma camada protectora muito espessa, pelo que são muito resistentes, mesmo em ambientes desfavoráveis. A esporulação é um processo de reprodução comum em fungos e algas, musgos e samambaias. Muitas espécies de protozoários e bactérias produzem igualmente esporos, como estruturas de resistência, quando as condições ambientais são desfavoráveis.
Quando se trata de reprodução assexuada, a estrela-do-mar reproduz-se por um processo designado fragmentação. Assim sendo, de cada vez que, espontaneamente ou acidentalmente, um dos braços das estrela-do-mar for cortado, este braço irá desenvolver-se, originando um novo ser. Relativamente à estrela-do-mar que perdeu um dos braços, este mesmo também será regenerado, restituindo à estrela-do-mar a sua simetria.
A partenogênese ocorre naturalmente em plantas agamospérmicas, invertebrados (e.g. pulgas de água, afídeos, abelhas) e alguns vertebrados (e.g. lagartos[1], salamandras, peixes[2], e até mesmo perus). Os organismos que se reproduzem por este método estão geralmente associados a ambientes isolados como ilhas oceânicas. Na maioria dos casos, no entanto, a partenogénese é apenas uma possibilidade eventual, sendo a reprodução com contribuição gênica paterna a mais comum. Esta alternância pode surgir por pressão ambiental e denomina-se heterogamia.
A gemulação ou gemiparidade ou brotamento é um processo de reprodução assexuada no qual ocorre a formação de uma dilatação denominada gema (ou gomo) formada por mitoses na superfície externa do organismo progenitor, podendo separar-se e dar origem a um novo indivíduo. O brotamento externo ocorre quando uma esponja mãe origina um broto na parte de fora de seu corpo que pode se desligar ou continuar unida a ela. A interna acontece quando os arqueócitos coetados no mesófilo começam a formar uma nova esponja, também chamada de gemulação.
Este processo ocorre em seres unicelulares, como as bactérias e as leveduras, e em seres pluricelulares como a esponja, a medusa e a hidra. Também pode ocorrer em plantas superiores, como as angiospérmicas.
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 Robert Briggs, Filadélfia, EUA - 1952
Primeira Clonagem 
Animal Artificial
Técnica não funcionava em outras espécies
Alguns Objetivos da Clonagem
Cópias idênticas de indivíduos com características desejáveis 
Plantação de Eucalíptos
 Melhoramento rápido de raças
Vacas Produtoras de Leite
Recuperação de spps extintas
Estudo de doenças humanas e tratamentos
Transplante de orgãos p humanos
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OVELHA DOLLY
Wilmut, Y. et al., 1997
Primeiro mamífero clonado
Depois outros mamíferos foram clonados
Baixa eficiência
Dolly foi símbolo de tanto destaque e controvérsias porque foi o primeiro mamífero a ser clonado. Tal procedimento foi feito a partir de células adultas: o núcleo de uma célula das glândulas mamárias de uma ovelha adulta da raça Finn Dorset (cabeça branca) foi transferido para um oócito com núcleo removido de uma fêmea da raça Scottish Blackface (cabeça preta). Outra ovelha de cabeça preta gerou Dolly, que nasceu idêntica ao primeiro animal citado. 
Vale ressaltar que, para o procedimento, utilizar “mães” de fenótipos distintos foi uma maneira dos cientistas obterem um melhor controle quanto à possibilidade das características destas fêmeas serem misturadas. Este foi feito entre 1995 e 1996, mas foi publicado apenas em 1997.
Em janeiro de 2002 a ovelha foi diagnosticada com uma forma rara de artrite, uma doença que não é comum em indivíduos da mesma espécie com essa idade. Este fato levanta, até o presente, questões quanto aos processos de envelhecimento de mamíferos clonados. Dolly teria sua real idade ou a sua idade real somada com a da Finn Dorset quando doou o núcleo?
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Sacrificada
Doença degenerativa pulmonar
Doença típica de ovelhas velhas
Expectativa de vida das ovelhas de 12 anos
Envelhecimento precoce
 -Encurtamento do telômeros
Dolly	(1996-2003) 
Morreu com 7 anos.
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Clonagem
Animais transgênicos- Objetivo mais audacioso
Células Transgênicas
Animais clonados
Ovelhas que produzem insulina humana
Polly clone que possui gene que leva a produção de proteina p tratamento da fibrose cistica Instituto Roslin da ovelha dolly
Xenotransplantes:
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Produzir cães que sirvam como 
modelo para estudar doenças
 humanas.
Seul 2009
Clonagem Humana
Por que clonar humanos?
“Doadores de órgãos”
Indivíduos superiores
Quero viver para sempre
Reaver entes queridos
Ex: 
Genoma idêntico
 São iguais?
 Fatores ambientais?
 Somos produtos da genética e do meio ambiente. 
Eugênia
Clonagem Animal
Teste para clonagem humana
Animais de estimação
Animais de rebanho
Alto custo e baixo rendimento
Vivem menos
Dezembro de 2004 - A empresa americana Genetic Savings & Clone apresenta o primeiro clone de estimação feito por encomenda, o gato Little Nick, que custou US$ 50 mil 
3 de agosto de 2005 - O grupo da Universidade Nacional de Seul apresenta o primeiro clone de um cão.
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Clonagem Animal no Brasil
Clonagem Reprodutiva
Clonagem Terapêutica
Clonagem Reprodutiva
Clonagem Terapêutica
Em biologia e especificamente em embriologia, a blástula é o segundo estado de desenvolvimento do embrião dos animais, com mais de 64 células e uma cavidade central chamada blastocélio. É nesta fase que ocorre a nidação. A nidação é o momento em que, na fase de blástula, o embrião fixa-se no endométrio.
* Divisão mitotica- mórula (4°dia) - blastocisto- embrião
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Células somáticas da pele
Fase blastocisto
Manutenção do óvulo em metáfase
Vantagem de evitar rejeição se o doador fosse a própria pessoa. 
Trata-se de uma tecnologia que necessita de muita pesquisa antes de ser aplicada no tratamento clínico. 
Por este motivo, a esperança a curto prazo para terapia celular vem da utilização de células-tronco de outras fontes. 
Clonagem Terapêutica
Células Tronco
Células Tronco
Adultas
-Medula óssea, sangue e fígado
-Do sangue do cordão umbilical e da placenta
Rico em células tronco hematopoiéticas
Banco de sangue de cordão umbilical
Embrionárias
- Fertilização in vitro
Estágios iniciais do desenvolvimento embrionário
Células do blastocisto que dão origem a todos os tipos celulares
Células hematopoiéticas são originadas na medula óssea
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Tipos de células tronco
Totipotentes 
 Depois da fecundação as células começam a se dividir e até a fase de 8 células, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser humano completo. 
Pluripotentes
 Com aproximadamente 72 horas de fecundação as células internas do blastocisto podem originar as centenas de tecidos que compõem o corpo humano. 
Células somáticas
 Células diferenciadas vão manter as mesmas características daquela que as originou.
 
Definição de somático:
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Embriões de descarte (não implementados no útero)
Células do blastocisto isoladas em laboratório
Estímulos para diferenciação em diferentes tipos celulares
Possibilidade de cura para várias doenças
Para evitar rejeição: criar um embrião clonado
-Lesões medulares
-Doenças neurodegenativas
-Infartos
-Diabetes
-Hepatite C
-etc...
Aspectos Éticos
Extração de células de embriões humanos
O que caracteriza a Vida?
	- Para religião judaica: A vida começa quando o embrião se implanta no útero.
Embriões excedentes no lixo?
ou
Células Tronco embrionárias para benefício de terceiros?
Todo poder deve ser utilizado com responsabilidade
Clonagem Terapêutica
Transplantes
Clonagem Reprodutiva
Consenso na comunidade científica: Não deve ser utilizada em seres humanos
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Formalização da proteção e promoção da vida humana através da legislação
 Questões fundamentais:
1) Quando começa a vida?
2) Quando deve a legislação proteger a vida?
 Para responder, é importante analisar:
O que é uma pessoa humana? 
- embrião na placa de petri no laboratório? 
- o feto no útero? 
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O que é uma vida humana?
Aristóteles: “Um feto é humano quando assume uma forma humana, que são 40 dias no caso do feto masculino, e 90 dias no caso do feminino”
 Cristão mais tradicional: “Vida humana começa com a fertilização e deve ser protegida desde o início”
 Outro ponto de vista: “Quando o feto muda para útero.”
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POLÊMICA DAS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS NO BRASIL?
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 29/05/2008, a favor das pesquisas com células-tronco. 
Artigo 5º da Lei de Biossegurança (nº 11.105/05) permite o uso de células obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro para fins de pesquisa e terapia.
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POLÊMICA DAS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS NO BRASIL?
Lei de Biossegurança (nº 11.105/05)
 Art. 5o -	É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
§ 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
§ 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
§ 3o É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.
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POLÊMICA DAS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS NO BRASIL?
Entre os comitês de ética de vários países que vêm recomendando ou legislando em favor de pesquisas com embriões, é possível observar a afirmação de um acordo quanto ao tempo-limite tolerado para essas manipulações: elas não podem ultrapassar 14 dias após sua fertilização. 
Até o 14o dia a sobrevivência do embrião não está garantida. As células ainda são pluripotentes, não existe evidência de tecido nervoso. 
O marco de 14 dias foi anunciado pela primeira vez em 1985, pelo Comitê Warnock e foi adotado pela legislação britânica e outros países. WARNOCK, Mary. 1985. A Question of Life: The Warnock Report on Human Fertilisation and Embryology. Oxford: Blackwell. 128 pp. 
No Brasil a Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA - RDC Nº 33 de 17/02/2006 determina em seu artigo Art. 7º, item 11.1.2 - Os projetos de pesquisa envolvendo o uso de células, tecidos germinativos e pré-embriões (até 14 dias após a fertilização) somente podem ser desenvolvidos após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, e após autorização do(s) doador(e)s, conforme legislação vigente. 
IMPLICAÇÕES ÉTICAS
1997 - O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida emite o seguinte Parecer:
	1. Não se vislumbram objeções éticas à clonagem de plantas e animais não humanos, desde que se observem as normas éticas internacionalmente aceitas para a experimentação animal e se providencie no sentido de preservar a biodiversidade indispensável à vida.
	2. A clonagem de seres humanos, pela gravidade dos problemas que põe à dignidade da pessoa humana, ao equilíbrio da espécie humana e à vida em sociedade é eticamente inaceitável e deve ser proibida.
IMPLICAÇÕES ÉTICAS
	1º Congresso Internacional de Divulgação Científica na USP(2002)
	A Profa. Mayana defendeu o uso da clonagem para fins terapêuticos;
	Prof. Dallari argumentava que o uso de embriões fere o "direito à dignidade deste futuro ser humano", ferindo também o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
 Artigo I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
	QUESTÃO RELIGIOSA	
“A maior benção de Deus são os filhos, que prolongam a vida e o nome da família. É através deles que a história continua, gerando vida nova.” (SI 127: 3-5)
A clonagem humana representa a utilização e a comercialização de seres humanos como se fossem produtos de consumo.
QUESTÃO RELIGIOSA	
Como a igreja Católica trata este tema? 
O Catolicismo defende a vida humana, desde a fecundação até a morte como algo divino, pois a vida é um dom de Deus.
Portanto a clonagem humana é um ato homicida contra a vida, onde se destroem embriões para se obter células-tronco. 
BIOÉTICA E CLONAGEM
 A Bioética tem procurado orientar não só os cientistas dedicados a experiências genéticas como também a opinião pública e aos legisladores em geral.
Aos cientistas alerta-os para os limites da sua investigação, à opinião pública para esclarecê-la e aos legisladores para que façam as leis seguindo princípios éticos aceitáveis. 
BIOÉTICA E CLONAGEM
O especialista em Bioética, Marcos Segre, deixa claro que a clonagem é necessária para nós evoluirmos, afirmando que os homens tem, pela sua capacidade de avaliar o que é certo e o que é errado, dizer o que é bom e ruim diante dos avanços tecnológicos/científicos. (Almeida, 1997) 
É extremamente importante que as pessoas entendam a diferença entre
clonagem humana, clonagem terapêutica e terapia celular com células-tronco embrionárias ou não. A maioria dos países da comunidade Européia, o Canadá, a Austrália, o Japão, a China, a Coréia e Israel aprovaram pesquisas com células embrionárias de embriões há pouco tempo. Essa é também a posição das academias de ciência de 63 países, inclusive o Brasil. É fundamental que a nossa legislação também aprove estas pesquisas porque elas poderão salvar inúmeras vidas!
Mayana Zatz - 2004
AVALIAÇÕES
P 1 – 22/11/13
P2 – 17/01/14
2ª chamadas – 24/01/14
PF – 31/01/14

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