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MCC Agregados

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AGREGADOS 
1. Definição 
 
 Agregados para construção civil são materiais minerais, sólidos inertes que, 
de acordo com granulometrias adequadas, são utilizados para fabricação de 
produtos artificiais resistentes mediante a mistura com materiais 
aglomerantes de ativação hidráulica ou com ligantes betuminosos. 
 
Figura 1 – Agregados de várias granulometrias. 
 
 É geralmente, granular, sem forma e volume definidos, com dimensões 
características e propriedades adequadas para a preparação de argamassas e 
concretos (NBR 9935/05). 
 Uma vez que cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados pelos 
agregados, não é de se surpreender que a qualidade destes seja de 
importância básica na obtenção de um bom concreto, exercendo nítida 
influência não apenas na resistência mecânica do produto acabado como, 
também, em sua durabilidade e no desempenho estrutural. 
 
2. Classificação dos agregados 
Os agregados podem ser classificados quanto: 
 À origem; 
 Às dimensões das partículas 
 À massa unitária 
 Composição mineralógica 
2.1 Quanto à origem: 
 Naturais  já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: 
areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos,... 
 
 
 
 
 
 Figura 2 – Agregados miúdos. 
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 Artificiais  são obtidos pelo britamento de rochas: pedrisco, pedra britada,... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 3 – Agregados graúdos. 
 
 Industrializados  aqueles que são obtidos por processos industriais. Ex.: argila 
expandida, escória britada, ... Deve-se observar aqui que o termo artificial indica 
o modo de obtenção e não se relaciona com o material em si. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 4 – Agregados industrializados. 
 
2.2 Quanto à dimensão de suas partículas, a Norma Brasileira (NBR 7211) define 
agregado da seguinte forma: 
 Agregado miúdo  Areia de origem natural ou resultante do britamento de 
rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT 
de 4,8 mm (peneira de malha quadrada com abertura nominal de “x” mm, neste 
caso 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT 0,150 mm. 
 
 
 
 Figura 5 – Areia. 
 Agregado graúdo  o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra 
britada proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, 
cujos grãos passam pela peneira ABNT 152 mm e ficam retidos na peneira 
ABNT 4,8 mm. 
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 Figura 6 – Brita. 
 
 
 Figura 7 – Classificação Granulométrica. 
 
 
 Figura 8 – Classificação Granulométrica. 
 
2.3 Quanto à massa específica pode-se classificar os agregados em leves, 
médios e pesados. 
 Tabela 1 - Massa específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9 – Massa específica de agregados. 
 
 2.4 Quanto à composição mineralógica 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Composição mineralógica. 
3. Tipos 
3.1 Agregados Naturais: 
 Areia natural: considerada como material de construção, areia é o agregado 
miúdo. A areia pode originar-se de rios, de cavas ou de praias e dunas. 
As areias das praias e dunas não são usadas, em geral, para o preparo de concreto 
por causa de sua grande finura e teor de cloreto de sódio. 
 
 
 Figura 11 – Processor de obtenção da areia. 
 
 Granulometricamente areia fina (entre 0,06 mm e 0,2 mm), segundo a NBR 
7211/83; 
 Granulometricamente areia media (entre 0,2 mm e 0,6 mm), segundo a NBR 
7211/83; 
 Granulometricamente areia grossa (entre 0,6 mm e 2,0 mm), segundo a NBR 
7211/83. 
 
 
 Cascalho: também denominado pedregulho, é um sedimento fluvial de rocha 
ígnea, formado de grãos de diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo os 
grãos maiores alcançar diâmetros até superiores a cerca de 100 mm. 
 
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O cascalho também pode ser de origem litorânea marítima. O concreto executado com 
pedregulho é menos resistente ao desgaste e à tração do que aquele fabricado com brita. 
O pedregulho deve ser limpo, quer dizer, lavado antes de ser fornecido. Deve ser de 
granulação diversa, já que o ideal é que os miúdos ocupem os vãos entre os graúdos. 
3.2 Agregados Artificiais: 
 Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em 
jazidas, pelo processo industrial da cominuição (fragmentação) controlada da 
rocha maciça. Os produtos finais enquadram-se em diversas categorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 12 – Pedra britada. 
 
 
 Figura 13 – Processor de obtenção da brita. 
 
 
Brita 0 - produto de dimensões reduzidas em relação a brita 1 – 
Brita aplicada em lajes pré-moldadas, blocos, usinas de asfalto e de concreto. 
 
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Brita 1- produto mais utilizado pela construção civil, muito apropriado para 
lajes, pisos, tubulões, vigas, pilar entre outros. 
 
Brita 2- utilizado em estacionamentos, concretos mais grossos e drenos. 
 
Brita 3- conhecida como pedra de lastro, pois são constantemente utilizadas em 
aterramentos e nivelamentos de áreas ferroviárias, drenos e reforço de pistas. 
 
 
 Figura 14 – Tamanho das britas. 
 
 Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes da 
produção da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua graduação 
é 0,15 /4,8mm. 
 retida/passante 
 Fíler: agregado de graduação 0,005/0,075mm. Seus grãos são da mesma ordem 
de grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira 200 (0,075 mm). É 
chamado de pó de pedra. 
O fíler é utilizado nos seguintes serviços: 
Preparação de concretos, para preencher vazios; 
Adição a cimentos; 
Preparação da argamassa betuminosa. 
 
 
 Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. 
Pode ser classificada em primária ou secundária. Será primária quando deixar o 
britador primário, com graduação aproximada de 300 mm, dependendo da 
regulagem e tipo de britador. Será secundária quando deixar o britador 
secundário, com graduação aproximada de 76 mm. 
 
 Rachão: agregado constituído do material que passa no britador primário e é 
retido na peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da bica corrida 
primária. A NBR 9935 define rachão como “pedra de mão”, de dimensões entre 
76 e 250 mm. 
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 Restolho: material granular, de grãos em geral friáveis (que se partem com 
facilidade). Pode conter uma parcela de solo. 
 
 Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, que, depois de 
devidamente reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário. 
 
3.3 Agregados Industrializados: 
Agregados Leves: 
 Argila expandida: a argila é um material muito fino, constituído de grãos 
lamelares de dimensões inferiores a 2 m, formada, em proporções muito 
variáveis, de silicato de alumínio e óxidos de silício, ferro, magnésio e outros 
elementos. 
 O principal uso é como agregado leve para concreto, seja concreto de enchimento, 
seja concreto estrutural ou pré-moldados. 
 O concreto de argila expandida, além da baixa densidade de 1,0 a 1,8, apresenta muito 
baixa condutividade térmica – cerca de 15 x doconcreto de britas de granito. 
 Escória de alto-forno: é um resíduo resultante da produção de ferro gusa em 
altos-fornos, constituído basicamente de compostos oxigenados de ferro, silício 
e alumínio. 
 A escória simplesmente resfriada ao ar, ao sair do alto forno (escória bruta), uma vez 
britada, pode produzir um agregado graúdo. 
 A escória granulada é usada na fabricação do cimento Portland de alto-forno. Usa-se a 
escória expandida como agregado graúdo e miúdo no preparo de concreto leve em peças 
isolantes térmicas e acústicas, e também em concreto estrutural, com resistência a 28 
dias da ordem de 8-20 MPa e densidade da ordem de 1,4. 
 Vermiculita: é um dos muitos minérios da argila. A vermiculita expandida tem 
os mesmos empregos da argila expandida. 
Agregados Pesados: 
 Hematita: a hematita britada constitui os agregados miúdo e graúdo que são 
usados no preparo do concreto de alta densidade (dito “concreto pesado”) 
destinado à absorção de radiações em usinas nucleares (escudos biológicos ou 
blindagens). O grau de absorção cresce com o aumento da densidade do 
concreto 
 Barita: pela sua alta densidade, a barita também é usada no preparo de 
concretos densos. 
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4. Finalidade dos agregados. 
 
 Técnica: aumentar a resistência das argamassas e concreto diminuindo a 
retração (diminuição do volume). 
 Econômica: reduzir o consumo de aglomerantes de custos mais elevados. 
 
5. Exigências normativas da NBR 7211 
a) Granulometria: É a ciência cujo objetivo é medir e determinar a forma do grão 
do agregado. 
 Ela é feita numa série de peneiras normalizadas, com aberturas de malhas 
quadradas, conforme especificações da ABNT. 
 O procedimento do ensaio consiste no peneiramento do agregado e 
determinação das porcentagens retidas em cada peneira. 
 A granulometria dos agregados é característica essencial para estudo 
das dosagens do concreto. 
 Para caracterizar um agregado é, então, necessário conhecer quais são as 
parcelas constituídas de grãos de cada diâmetro, expressas em função da 
massa total do agregado. Para conseguir isto, divide-se, por peneiramento, a 
massa total em faixas de tamanhos de grãos e exprime-se a massa retida de 
cada faixa em porcentagem da massa total. 
 
b) Quanto à continuidade da curva de distribuição granulométrica os agregados 
podem ser classificados: 
• Contínua = S suave e alongado na horizontal 
• Descontínua = Patamar horizontal 
• Uniforme = S alongado na vertical 
A granulometria continua apresenta todas as frações 
em sua curva de distribuição granulométrica sem 
mudança de curvatura (ideal da norma). 
 
A granulometria descontinua apresenta ausência de 
uma ou mais frações em sua curva de distribuição 
granulométrica 
 
 Figura 15 – Granulometria. 
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Seta
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Figura 16 – Granulometria. 
c) Curva granulométrica: O conhecimento da curva granulométrica do agregado, tanto 
graúdo quanto miúdo, é de fundamental importância para o estabelecimento da dosagem 
dos concretos e argamassas, influindo na: 
• Quantidade de água a ser adicionada ao concreto, que se relaciona com a 
resistência e; 
• Trabalhabilidade do concreto, se constituindo em fator responsável pela 
obtenção de um concreto econômico. 
 
Figura 17 – Curva Granulometria. 
 
 Porcentagem retida: é a porcentagem de material retido em uma determinada 
peneira. 
 
 
 
 
 
Figura 18 – Peneiras Granulometria. 
 Porcentagem acumulada: é a soma das porcentagens retidas em uma 
determinada peneira e nas outras que lhe ficam acima da numeração. 
 
d) Peneiras (Série Normal e Série Intermediária): conjunto de peneiras sucessivas, 
que atendem a NBR 5734, com as seguintes aberturas discriminadas: 
Tabela 2- Peneiras Série Normal e Série Intermediária. 
 
e) Limites granulométricos do agregado miúdo. 
Tabela 3- Limites granulométricos do agregado miúdo. 
 
 
f) Limites granulométricos do agregado graúdo 
 A NBR 7211 classifica os agregados graúdos segundo a tabela abaixo: 
 
 
Tabela 4 - Limites granulométricos do agregado graúdo. 
 
g) Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens acumuladas em massa de um 
agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. 
Tabela 5 – Determinação do módulo de finura. 
 
“quanto maior o módulo de finura, mais graúdo é o agregado”. 
O módulo de finura é muito importante para saber das dimensões dos grãos (superfície 
especifica). 
Sua determinação serve para determinar a quantidade de: 
 Cimento necessário para envolver os grãos e a; 
 
 Necessidade de água de molhagem e esta relacionado com a área superficial 
alterando a água de amassamento para certa consistência. 
 
 
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Exemplo de cálculo: 
 
Figura 19 – Preenchimento da tabela. 
 
 
Figura 20 – Cálculo do Mf. 
 
 Os módulos de finura para a areia variam entre os seguintes limites: 
 
  
 
Figura 21 – Zona ótima do Mf. 
 
h) Dimensão Máxima (Dm): grandeza associada à distribuição granulométrica do 
agregado, correspondente à abertura de malha quadrada, em mm, à qual corresponde 
uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. 
 
Figura 22 – Dimensão Máxima da brita. 
 
 
Figura 23 – Cálculo da Dimensão Máxima da brita. 
 
6. Forma dos grãos: os grãos dos agregados não tem forma 
geometricamente definida. 
 
 Quanto às dimensões: Com relação ao comprimento (l), largura (l) e espessura 
(e), os agregados classificam-se em alongados, cúbicos, lamelares e discóides, 
conforme sejam as relações entre as três dimensões, que definem sua forma. 
Calcários estratificados, arenitos tendem a produzir fragmentos alongados e achatados, 
especialmente quando são usados britadores de mandíbula no beneficiamento. 
 
Figura 24 – Dimensão dos agregados. 
 
 Quanto à conformação da superfície: Partículas formadas por desgaste 
superficial contínuo tendem a ser arredondadas, pela perda de vértices e arestas, 
como é o caso das areias e seixos rolados formados nos leitos dos rios, e também 
nos depósitos eólicos em zonas marítimas, tendo geralmente uma forma bem 
arredondada. Agregados de rochas britadas possuem vértices e aresta bem 
definidos e são chamados angulosos. 
Angulosos: quando apresentam arestas vivas e pontas (britas); 
 
 
Arredondados: quando não apresentam arestas vivas (seixos). 
 
 Quanto à forma das faces: 
 
Conchoidal: quando tem uma ou mais faces côncavas; 
 
 
Defeituoso: quando apresentam trechos convexos. 
 
A forma dos grãos tem efeito importante no que se refere à compacidade, à 
trabalhabilidade e ao ângulo de atrito interno. A influência da forma é mais acentuada 
nos agregados miúdos. 
 
 
Agregados miúdos: 
• Argamassas de revestimento, por exemplo, se preparadas com areia artificial, 
ficam tão rijas que não se podem espalhar com a colher, constituindo o que se 
chama de argamassas duras. 
Agregados graúdos: 
• Concretos preparados com agregados de britagem exigem 20% mais água de 
amassamento do que os preparados com agregados naturais, sendo os grãos 
lamelares os mais prejudiciais. 
• Apesar disso, concretos de agregados de britagem têm maiores resistências ao 
desgastee à tração, devido a maior aderência dos grãos à argamassa. 
 
7. Substâncias: 
 Torrões de Argila: São denominadas todas as partículas de agregado 
desagregáveis sob pressão dos dedos (torrões friáveis). A presença de areias ou 
argila, sob a forma de torrões é bastante nociva, para a resistência de concreto e 
argamassas e o seu teor é limitado a 1,5 % . 
 
 Material Pulverulento: as areias contém uma pequena percentagem de material 
fino, constituído de silte e argila, e portanto passando na peneira de 0,075 mm. 
Os finos, de um modo geral, quando presentes em grandes quantidades, aumentam a 
exigência de água para uma mesma consistência. Os finos de certas argilas, propiciam 
maiores alterações de volume nos concretos, intensificando sua retração e reduzindo sua 
resistência. 
A argila da areia pode ser eliminada por lavagem, porém poderá arrastar os grãos mais 
finos da areia, reduzindo a trabalhabilidade 
• 3% para concreto submetido a desgaste superficial 
• 5% outros concretos 
 
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Cai na prova de MCC
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 Impurezas Orgânicas: a matéria orgânica é a impureza mais frequente nas 
areias. São detritos de origem vegetal na maior parte. São partículas minúsculas, 
mas em grande quantidade chegam a escurecer a argila. 
 A cor escura da areia é indício de matéria orgânica (exceto para agregado resultante de 
rocha escura como o basalto). 
 as impurezas orgânicas formadas por húmus exercem uma ação prejudicial sobre a 
pega e o endurecimento das argamassas e concretos. 
Ensaio colorimétrico indica a existência ou não de impurezas orgânicas. 
 
 Materiais carbonosos: partículas de carvão, linhito, madeira. 
São considerados prejudiciais pois são materiais de baixa resistência, diminuindo a 
resistência do concreto. Máximo de 0,5 % para concretos onde a aparência é importante 
e 1% para os demais concretos. 
Diminuem também a resistência à abrasão 
 
 
 Cloretos: em presença excessiva podem causar certos problemas. 
Nas argamassas geram o aparecimento de eflorescências e manchas de umidade. 
No concreto aceleram o processo de corrosão do aço. Cuidado com alguns aditivos 
aceleradores de pega que contém cloretos (não usar em concreto protendido). 
 
 Sulfatos: podem acelerar e em certos casos retardar a pega do cimento. 
Dão origem e expansão no concreto pela formação de etringita (formação mineral, que 
por sua constituição e forma podem ser prejudicial ao concreto) 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA. 
 
 BAUER, L. ª F. “ Materias de Construção” volumes 1 e 2 , 2000 Editora 
LivrosTécnicos e Ciêntíficos, São Paulo – SP. 
 PETRUCCI, E. G. R. “ Materiais de Construção”, 1998, Editora globo, Rio de 
Janeiro – RJ.PETRUCCI, E. G. R. “Concreto de Cimento Portland 1998, Editora 
Globo, Rio deJaneiro – RJ. 
 RIBEIRO, C.C ,PINTO , J.D, “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” , ED 
CENGAGE LEARNING, SÃO PAULO , 2009. 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
1. O Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa 
de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. O módulo de finura é 
muito importante para saber das dimensões dos grãos (superfície especifica). Sua 
determinação serve para determinar a quantidade de cimento necessária para envolver 
os grãos e a necessidade de água de molhagem e esta relacionado com a área superficial 
alterando a agua de amassamento para certa consistência. Determine as porcentagens 
retidas e acumuladas em massa de um agregado, como mostra a Tabela abaixo: 
Dados: 𝑀𝑓 = 
𝑚(𝑔)
1000 (𝑔) 
𝑥 100 
Resolução: com os valores dos pesos retidos em cada peneira, determinou-se a %retida 
e a % acumulada na tabela abaixo, na qual deve ser efetuado o calculo do modulo de 
finura. 
 
 
 
 
 
 
Mf = 0+4+36+58+76+89+96+100 = 4,59 
 100 
Resposta = 4,59 
Acima da zona utilizável 
2. Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume 
definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia 
civil, tais como, a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem 
de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias 
de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil e 
no mundo. Os agregados podem ser naturais ou artificiais. Como podem ser 
classificados os agregados quanto à origem, dimensões, massa e composição: 
Resposta: 
À origem; 
 Naturais. 
 Artificiais. 
 Industrializados. 
Às dimensões das partículas; 
 Miúdo passa na peneira 48 mm. 
 Graúdo fica retido na peneira 48 mm. 
À massa unitária; 
 Leves. 
 Médios. 
 Pesados. 
À composição mineralógica; 
 Sedimentar. 
 Metamórfica. 
3. De acordo com a definição de granulometria, da NBR 7217, pode-se afirmar 
que: 
a) A composição granulométrica de um agregado é a proporção relativa (em %) dos 
diferentes tamanhos dos grãos; 
b) A composição granulométrica de um agregado é uniforme e constante; 
c) A composição granulométrica de um agregado depende de sua massa unitária; 
d) A composição granulométrica de um agregado é a relação entre sua massa e seu 
volume; 
e) A composição granulométrica de um agregado varia de acordo com seu teor de 
umidade. 
 
Resposta: A 
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AGREGADOS 
8. Principais propriedades físicas dos agregados: 
 
• Massa específica • Massa unitária • Índice de vazios • Compacidade • Área específica • Durabilidade • Umidade 
Para efeito de dosagem do concreto, é importante conhecer: 
• o volume ocupado pelas partículas do agregado, • os poros existentes dentro das partículas, • massa específica e a massa unitária do agregado. • entre outras propriedades 
8.1) Massa especifica: Dependente da sua estrutura química, da organização molecular e da eficiência de empacotamento 
• A massa específica é definida como a massa do material por unidade de volume, excluindo os poros internos das partículas (vazios). 
 
 
 
• Para muitas rochas comumente utilizadas, a massa específica varia entre 2600 e 
2700 kg/m3. 
 
Execução do ensaio da massa especifica – Frasco Chapman 
• Da amostra representativa, colhida de acordo com a NBR 7216, pesam-se 500g de areia seca, coloca-se água no interior do frasco até sua marca padrão de 200 ml; introduz-se cuidadosamente o material. 
• A água subirá no gargalo do frasco até uma certa marca (L); faz-se essa leitura e do valor obtido diminuem-se os 200 ml, obtendo-se, assim, o valor absoluto de areia; dividindo-se o peso dos 500g de areia pelo volume achado, teremos a massa específica real ou peso específico real. 
 
 
Frasco de Chapman Bulbo inferior 200ml, 
subdivisão bulbo superior 175ml, 
Gargalo 75ml com subdivisão 1ml. 
 
8.2) Massa unitária: Segundo a NBR 7810 a massa unitária é a massa da unidade de “volume aparente” do agregado, isto é, incluindo na medida deste volume os vazios entre os grãos. 
 
• A importância de se conhecer a massa unitária aparente vem da necessidade, na dosagem de concretos, de transformar um traço em massa para volume e vice-versa, ou também, para cálculos de consumo de materiais a serem empregados no concreto. • O termo massa unitária é assim relativo ao volume ocupado por ambos: agregados e vazios. 
 
 
• A massa unitária aproximada dos agregados comumente usados em concreto normal varia de 1300 a 1750 kg/m3.Determinação da massa unitária – Recipiente volumétrico 
• Amostra: Deve estar no estado seco, em quantidade de, pelo menos, o dobro do volume do recipiente utilizado para o ensaio. • Volume do recipiente: variável conforme a dimensão do agregado – ver Tabela 
 
Procedimentos: 
• O recipiente (aferido e pesado) deve ser preenchido com uma concha ou pá, sendo o agregado lançado a uma altura de 10 a 12 cm do topo do recipiente. Alisar a superfície do recipiente com uma régua (para agregado miúdo) e compensar as saliências e reentrâncias no caso de agregado graúdo. 
 
 
 
 
 
• Pesar o recipiente com o material nele contido. A massa do agregado solto é a diferença entre a massa do recipiente cheio e a massa do recipiente vazio. A massa unitária, expressa em kg/dm3. 
 
 
 
 
 
 
 
Importante: 
• massa especifica=> massa da unidade de volume excluindo-se os vazios entre grãos. • massa unitária => peso da unidade de volume, incluindo-se os vazios contidas nos grãos. 
• Portanto, para saber a quantidade de vazios de um material é preciso fazer: massa especifica – massa unitária = vazio 
 
8.3) Índice de Vazios: é a relação entre o volume total de vazios e o volume total de grãos. Vv = volume de vazios 
 Vg = volume de grãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
• No caso dos agregados miúdos o espaço intergranular é menor que nos agregados graúdos. • A mistura de agregados miúdos e graúdos, entretanto, apresentará, sempre, um menor volume de vazios. • Porosidade e índice de vazios quando reduzidos e a compacidade quando aumentada, melhoram de forma significativa a resistência à compressão, permeabilidade e a durabilidades (menos consumo de pasta de cimento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.4) Compacidade (c): é a relação entre o volume total ocupado pelos grãos e o volume total do agregado. 
 
Compacidade: índice utilizado para determinar o grau de compactação de um material granular, não coesivo, como as areias. 
• Compacidade relativa = 100%, significa que a amostra está em sua máxima compactação e com índice de vazios mínimos. • Compacidade relativa = 0% a compactação é mínima e o índice de vazios é máximo, ou seja amostra está o mais fofa possível. 
8.5) Área específica: é a soma das áreas das superfícies de todos os grãos contidos na unidade de massa do agregado. 
• Admite-se para área da superfície de um grão, a área da superfície de uma esfera de igual diâmetro; • O grão real tem, contudo, superfície de área maior que a esfera. • A forma dos grãos de brita é irregular e sua superfície extremamente rugosa; • Para a mesma granulometria, os agregados com grãos mais regulares têm menor superfície específica. 
8.6) Durabilidade: O agregado deve apresentar uma boa resistência ao ataque de elementos agressivos. 
• O ensaio consiste em submeter o agregado à ação de uma solução de sulfato de sódio ou magnésio, determinando-se a perda de peso após 5 ciclos de imersão por 20 horas, seguidas de 4 horas de secagem em estufa a 105°C. • É de 15% a perda máxima admissível para agregados miúdos e de 18% para agregados graúdos, quando for usada uma solução de sulfato de magnésio. 
8.7) Umidade e inchamento 
 
 
 
 
Definição: É a porcentagem de água contida em uma determinada quantidade de (areia ou qualquer material). 
• Teor de umidade (%): razão entre a massa de água contida numa amostra e a massa desta amostra seca. 
 
• Massa de agua: É a relação entre a massa da areia úmida e massa da areia seca dos agregados colocados na mistura 
 
 
Condições de umidade dos agregados 
• Seco em estufa toda umidade, externa ou interna foi eliminada por um aquecimento a 100oC. • Seco ao ar quando não apresenta umidade superficial, tendo porém umidade interna, sem estar saturado. 
 
 
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AGREGADOS 
Coeficiente de umidade (k): É importante para corrigir a quantidade de agua de uma argamassa ou concreto, além da correção da massa dos agregados colocados na mistura. O coeficiente de umidade pode ser dado pela seguinte relação: 
Ms = k . Mh ( ms = massa seca e ma = massa de agua no agregado) 
Sabendo que 
 
 
 
 
Seco superfície seca, sem água livre, estando porém preenchidos os vazios permeáveis das partículas dos agregados. 
Saturado apresenta água livre na superfície. 
 
 
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Inchamento de agregado miúdo: Fenômeno de variação do volume aparente provocado pela adsorção de água livre pelos grãos e que incide sobre sua massa unitária. 
• A areia na obra apresenta-se normalmente úmida e o teor de umidade varia normalmente de 4 a 6%. • Ensaios mostram que a água livre aderente aos grãos provoca um afastamento entre eles. Deste afastamento resulta o inchamento. • O inchamento depende da composição granulométrica e do grau de umidade. É maior para areias mais finas. • O inchamento aumenta com o acréscimo de umidade até um teor de 4 a 6%, sendo que nesta faixa se dá o inchamento máximo após estes teores o inchamento decresce. 
Coeficiente médio do inchamento (CMI): É a média dos coeficientes de inchamento nos pontos de umidade crítica e máxima observada. 
 
 
Umidade crítica: é o teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante. Em linhas gerais a tensão superficial da película de água aumenta a bolha, os grãos de areia se separam. 
 
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Curva de Inchamento: Os agregados miúdos têm grande capacidade de retenção de água, portanto, na preparação de concretos o inchamento é fundamental para a determinação do traço em volume. 
• O inchamento varia com a umidade e, conhecendo-se a curva de inchamento (inchamento em função da umidade), basta que se determine a umidade para que se obtenha essa característica. • Depois de certa umidade a águ a toma os esforços e os grãos descem por adensamento. • O inchamento se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado em volume e na aquisição de agregado miúdo em volume. 
Construção da Curva de Inchamento:(NBR 6467:2006) 
 
Gráfico 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Construção da Curva de Inchamento:(NBR 6467:2006) 
Ensaio: 
• Secar a amostra em estufa até constância de massa; • Resfriá-la sobre a lona e homogeneizar; • Determinar sua massa unitária conforme NBR 7251; • Adicionar água sucessivamente para umidades de 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%,9% e 12%. • Para cada adição de água: 
 homogeneizar a amostra; determinar sua “massa unitária úmida”; coletar material em cápsulas para determinação do teor umidade em estufa. Resultado: 
• Para cada massa unitária determinada, calcular o teor de umidade do agregado. Para cada teor de umidade, calcular o coeficiente de inchamento:  = 0 
 
 
 
 
Construção do gráfico: 
• Traçar a curva de inchamento de modo a obter uma representação aproximada do fenômeno. 
 
• Traçar a reta tangente à curva paralela ao eixo das umidades (RETA A). 
 
• Traçar do ponto A reta que une a origem ao ponto de tangência da RETA a traçada obtém a RETA B. 
 
• Traçar nova tangente à curva, paralela à reta obtém a RETA C. 
 
• A umidade crítica é a abscissa correspondente ao ponto de interseção das duas tangentes. 
 
• Expressar o coeficiente de inchamento médio (ClM) como a média aritmética entre o coeficiente de inchamento máximo (ponto A) e aquele correspondente à umidade crítica (ponto B). 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA. 
 
 BAUER, L. ª F. “ Materias de Construção” volumes 1 e 2 , 2000 Editora LivrosTécnicos e Ciêntíficos, São Paulo – SP.  PETRUCCI, E. G. R. “ Materiais de Construção”, 1998, Editoraglobo, Rio de Janeiro – RJ.PETRUCCI, E. G. R. “Concreto de Cimento Portland 1998, Editora Globo, Rio deJaneiro – RJ.  RIBEIRO, C.C ,PINTO , J.D, “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” , ED CENGAGE LEARNING, SÃO PAULO , 2009. 
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 
1. O Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. O módulo de finura é muito importante para saber das dimensões dos grãos (superfície especifica). Sua determinação serve para determinar a quantidade de cimento necessária para envolver os grãos e a necessidade de água de molhagem e esta relacionado com a área superficial alterando a agua de amassamento para certa consistência. Determine as porcentagens retidas e acumuladas em massa de um agregado, como mostra a Tabela abaixo: 
Dados: ܯ݂ ൌ ௠ሺ௚ሻଵ଴଴଴ ሺ௚ሻ ݔ 100 
Resolução: com os valores dos pesos retidos em cada peneira, determinou-se a %retida e a % acumulada na tabela abaixo, na qual deve ser efetuado o calculo do modulo de finura. 
 
 
 
 
 
 
Mf = 0+4+36+58+76+89+96+100 = 4,59 100 Resposta = 4,59 
Acima da zona utilizável 
2. Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia civil, tais como, a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem 
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de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil e no mundo. Os agregados podem ser naturais ou artificiais. Como podem ser classificados os agregados quanto à origem, dimensões, massa e composição: 
Resposta: 
À origem; 
 Naturais.  Artificiais.  Industrializados. 
Às dimensões das partículas; 
 Miúdo passa na peneira 48 mm.  Graúdo fica retido na peneira 48 mm. 
À massa unitária; 
 Leves.  Médios.  Pesados. 
À composição mineralógica; 
 Sedimentar.  Metamórfica. 
3. De acordo com a definição de granulometria, da NBR 7217, pode-se afirmar que: 
a) A composição granulométrica de um agregado é a proporção relativa (em %) dos diferentes tamanhos dos grãos; b) A composição granulométrica de um agregado é uniforme e constante; c) A composição granulométrica de um agregado depende de sua massa unitária; d) A composição granulométrica de um agregado é a relação entre sua massa e seu volume; e) A composição granulométrica de um agregado varia de acordo com seu teor de umidade. Resposta: A 
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4. Os agregados miúdos têm grande capacidade de retenção de água, portanto, na preparação de concretos o inchamento é fundamental para a determinação do traço em volume. Conhecendo-se a curva de inchamento, basta que se determine a umidade para que se obtenha essa característica (NBR6467:2006), determine umidade crítica e coeficiente de inchamento médio. Resolução: Secar certa quantidade de amostra em estufa até constância de massa; Resfriá-la sobre a lona e homogeneizar; 
 Determinar sua massa unitária conforme NBR 7251 (seca); 
 
 Adicionar água sucessivamente para umidades de 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%, 9% e 12%. 
 Para cada adição de água: • homogeneizar a amostra; • determinar sua “massa unitária úmida”; • determinar o teor de umidade. 
Vtotal = 15 dm3 
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Retângulo
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Dados coletados durante o ensaio 
 A cada adição de água foi coletada uma amostra para preenchimento da cápsula e anotado sua massa para determinação do teor de umidade. 
 Cada uma dessa amostras foi levada à estufa para secagem e coleta dos resultados, conforme prescreve a supracitada norma. Cálculo do teor de umidade do material contido em cada uma das cápsulas, de acordo com a NBR 6467:2006. 
 onde: h = teor de umidade do agregado em porcentagem; mi = massa inicial da cápsula com areia úmida (g); mf = massa da cápsula com a areia após a secagem (g); e mc = massa da cápsula vazia (g). 
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Retângulo
Cálculo do teor de umidade 
 Cálculo da massa unitária seca e úmida 
 
 Cálculo do coeficiente de inchamento Para os diversos teores de umidade, calcular os respectivos coeficientes de inchamento pela seguinte formulas: 
 onde: CI = coeficiente de inchamento; h = umidade do agregado (%); = massa unitária do agregado seco (kg/dm3); h = massa unitária do agregado com h% de umidade (kg/dm3). 
<= seca 
Cálculo do coeficiente de inchamento 
 
 Resposta:

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