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Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 1/130 SOLUÇÃO EXERCÍCIOS SELECIONADOS DE ANÁLISE DE SINAIS J. B. Bayão 2014 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 2/130 Introdução Esta soluções dizem respeito aos exercícios propostos Volume Análise de Sinais. Sua resolução é importante, pois esclarece e estende diversos aspectos da teoria. Foi elaborada visando principalmente os professores de Engenharia de Telecomunicações, mas pode ajudar também o aluno desde que este tente sinceramente fazer os Exercícios antes de olhar a solução. A versão do Scilab usada é a versão 4.0. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 3/130 EXERCÍCIOS - Sequência A A-2.4-Calcule a energia do pulso de RF (rádio frequência) definido pela fórmula abaixo: Sugestão: Para facilitar, considere t0=0 . Note que 1/f0 não necessariamente é igual a T ( ou seja, o pulso de RF não necessariamente tem uma duração múltipla inteira de um período 1/f0). T deve conter pelo menos 5 períodos do pulso de RF (rádio frequência). O pulso não é periódico. Ele só ocorre uma vez. T é a duração do pulso. Solução: Ex=∫ 0 T [Asen2π f0t ] 2dt=A2[ t2− sen4π f0 t8π f0 ]0 T =A²[ T2−sen 4π f0 t8πf 0 ] A-2.6-Calcule a potência total dissipada pelo pulso de RF do Exercício A-2.4. Solução: Px=lim T→∞ Ex T =0 pois Ex é finito A-2.12-Uma sequência periódica de pulsos retangulares, como na Figura 2.1, de largura de pulso τ e período T, pode ser representado pela fórmula xT(t)=AΠT(t/τ). Baseado nesta representação, faça um gráfico para xT(t)=AΠT[(t-τ1)/τ2]. Solução Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 4/130 Figura A-2.12 A-2.14-Faça um gráfico para 2Π4(t/0,5). Faça -6<t<6. Solução: Figura A-2.14 A-2.15-Faça um gráfico para xT(t)=Π4[2(t-1)]. Faça -4<t<9. Solução: xT(t)=Π4[2(t−1)]=Π4[ (t−1) 0,5 ] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 5/130 Figura A-2.15 A-2.16-Faça um gráfico de xT(t)=Π4(2t-1). Faça -4<t<10. Solução: Figura A-2.16 A-2.18-Trace o gráfico do sinal x(t)=[sen(πt)/(πt)], para -10<t<10. O sinal x(t), assim definido, é também conhecido como x(t)=sinc(t). Qual o valor máximo do sinal x(t), e para que valor de t ele ocorre? O 1° zero do sinal x(t) ocorre para que valor de t? O sinal x(t) é um sinal de energia ou de potência? Por quê? xT(t)=Π4(2t−1)=Π4[2 (t−0,5)]=Π4∣t−0,50,5 ∣ Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 6/130 R: Valor máximo=1 em t=0; 1° zero do sinal x(t) em t=±1. Solução: Figura A-2.18 sinc(t) é um sinal de energia, pois a sua energia total tende a 1. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 7/130 EXERCÍCIOS – Sequência B B-2.3-No Exercício B-2.1, qual é a relação, em dB, de PB para PA, e como interpretar este resultado? Solução: B é a saida e A a entrada. Se PB <PA, houve uma perda de 32,3 dB. Também podemos dizer que houve ganho negativo, no valor de -32,3 dB. Daí, concluirmos que ganho negativo significa perda, em dB. B-2.5-Um sistema de transmissão apresenta ganho entre dois pontos, A e B, e a relação da potência de A, PA para a potência de B, PB, é de +10dB. Qual o sentido de transmissão? Solução: Vê-se que PA>PB. Como foi afirmado que o sistema apresenta ganho, o sentido de transmissão é de B --->A, ou seja, B é a entrada e A é a saída. B-2.7-Vamos supor que desejamos relacionar em unidades logarítmicas a tensão em V. Como seria essa relação expressa em decibéis? Justifique. Solução: Sempre supondo a impedância a mesma nos pontos considerados, temos que: P(A, B)= V(A, B) 2 R(A ,B) Logo, pela definição de decibel db(V)=20×log10 VA VB B-2.8-Em se tratando de tensões, a relação em dB é como no Exercício B-2.7. Se entre dois pontos de um sistema temos uma relação P1/P0=0.5, qual a relação entre as tensões V1/V0 nestes pontos, sabendo que V1 gerou P1 e V0 gerou P0, e que a impedância nos dois pontos podem serem consideradas iguais? Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 8/130 Solução: P!= V1 2 R P0= V0 2 R P! P0 =0,5= V1 2 R V0 2 R Simplificando, temos: [ V1 V0 ] 2 =0,5 Logo V1 V0 =√0,5 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 9/130 EXERCÍCIOS – Sequência C C-2.4-Em um sistema de comunicações ocorre a soma de dois sinais, de potências S1 e N1, respectivamente. Calcule a potência do sinal resultante. Dados: S1=10mW N1 = 3mW. Expresse o resultado em dBm. Solução: A soma de potências ocorre em unidades lineares. Assim: S1+N1=10+3=13mW. Passando para dBm, vem: S1 +N1 (dBm)= 11,139 dBm C-2.6-A relação sinal/ruido, S/N, em um ponto de um sistema de comunicações, é definida como sendo a razão entre a potência do sinal S, em mW, e a potência do ruido N, também em mW, naquele ponto. Sendo S=10mW e N=5×10-4W, expresse a relação S/N em dB. Solução: S N =10×10 −3 5×10−4 =20 Logo: S/N(dB)=10 log10 20=13,01 dB C-2.8-Em um ponto de um sistema de comunicações a impedância é definida como sendo = 600 Ω resistivos. Se a potência especificada de sinal no ponto é -10dBm, qual o valor em V do sinal? Considere o sinal como sendo senoidal e de 1 KHz de frequência. Solução: Normalmente, refere-se ao valor eficaz do sinal, medido com um voltímetro CA (de um multitester, por exemplo), Em se tratando de sinais senoidais, o valor eficaz vale 0,707 do valor de pico (valor de pico=0V ao |valor máximo|). −10dBm=10log10 (V ef 2 /600)×103 1 Vef é dado em V. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 10/130 (Vef 2 /600)×103 1 =10−1 Daí, V ef 2 =10−4×600 portanto, V ef=10 −2×√(600)=0,2449 V=244,9 mV C-2.10-Na entrada de um sistema, deseja-se efetuar um teste onde injetam-se duas frequências diferentes, f1Hz e f2Hz. Se ambas geram uma potência de 0dBm, qual a potência total gerada? Solução: Será o dobro, ou seja +3 dBm. A medição deste valor será obtida desde que a largura de banda do medidor deixe passar as frequências f1 e f2 sem atenuação e a fonte1 não interfira na fonte2 e vice-versa. C-2.11-Em um enlace para um satélite, temos a seguinte situação: Potência do transmissor = 25dBW; Ganho de transmissão da antena = 63,4dB; Perdas de propagação = 202,7dB; Tolerância para desvanecimentos de sinal e outras perdas = 10dB; Ganho das antenas de recepção no satélite = 33dB Preencha a tabela abaixo, calculando a potência total recebida pelo satélite em dBW e em W. Solução: Cálculo de Balanceamento Potência do transmissor (+) = :25dBW Ganho de transmissão da antena (+) = :63,4dB; Potência total transmitida = :88,4dBW Perdas de propagação (-) = :202,4dB; Tolerância para desvanecimentos de sinal e outras perdas (-) = :10dB; Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 11/130 Ganho das antenas de recepção no satélite (+) = :33dB; Potência total recebida pelo satélite (?) = :-91dBW :7,94x10 10W Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 12/130 EXERCÍCIOS– Sequência D D-2.2- Repita D-2.1 para a forma bilateral do espectro de frequências. Solução: Conforme Figura D-2.2 Figura D2.2 Nota: Na Figura D-2.2, optou-se por informar através do gráfico de fase o valor negativo da parcela -3cos(30t). Desta forma, o gráfico de amplitudes é sempre positivo. D-2.3-Suponha que se resolva traçar um gráfico de espectro unilateral de frequências do sinal no Exercício D-2.1, só que utilizando uma escala logarítmica para o eixo das abscissas. Como seria o aspecto deste gráfico? Solução Conforme a Figura D-2.3 Nota: Nesta representação, não se consegue expor graficamente o nível de CC, pois log 0 = -∞, Conclui-se que esta não é a representação adequada para o espectro unilateral, se bem que a indicação do nível de CC pode ser feito a parte. Figura D-2.3 D-2.4-Repita D-2.3 para o gráfico de espectro bilateral. Solução: Não é possível representar o espectro bilateral desta forma, pois não existe logaritmo de número negativo. D-2.5-Como seriam genericamente traçados gráficos de módulo e fase para o espectro bilateral do sinal definido pela série: Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 13/130 onde Xn é um número complexo função de n, isto é, Xn=x(n) + jy(n), n inteiro e variando de -∞<n<+∞, sendo x(t) um sinal real. Isto implica em que X -n=X+n*, ou seja, x(-n)=x(n) e y(-n)=-y(n). Solução: Módulo: Gráficos de barras (exemplo Figura D-2.2), onde para cada n é levantada uma barra vertical com amplitude |Xn|. A largura da barra não é importante. n é um inteiro, variando de -∞ a +∞ . O eixo das abcissas pode ser graduado diretamente em n, (adimensional) ou em nf0 ou ainda em nω0. f0 é chamada frequência da fundamental de x(t) sendo indicada em Hz. ω0 é também chamada frequência fundamental de x(t), sendo que, de um modo geral, nω=2πnf. nω é a frequência angular de cada componente de x(t), indicada em rad/s. Em n=0 temos a frequência zero ( em Hz ou rad/s), representando o nível de CC (corrente contínua) existente em x(t). A amplitude de cada barra vertical |X(n)| é igual a ∣Xn∣=∣1T ∫−T /2 T /2 x (t)e−jn ω0 t dt∣=∣< x( t)e− jnω0 t>∣ =|xn +jyn|, onde ω0 = 2πf0 e, pela fórmula de Euler, xn=< x( t)cosω0 t > e y( t)=−< x( t )senω0 t > . , sendo n um inteiro, incluindo zero. Fase: Gráficos de barras (exemplo Figura D-2.2), onde para cada n é levantada uma barra vertical com amplitude φn=atan(yn/xn). Nota: Xn e jnω0 t+Xn * e−jnω0 t=∣Xn∣eφn e jnω0 t+∣Xn∣e−φn e− jnω0 t=∣Xn∣{ejnω0 t+φn+e− jnω0 t−φ n }= =2 ∣Xn∣ cos(nω0 t+φn), que representa a harmônica n na série de Fourier compacta de x(t). Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 14/130 EXERCÍCIOS – Sequência E E-2.3-Faça um desenho do espectro unilateral de frequências do trem de pulsos retangulares de amplitude 2 V, largura 1,5 s e período 4 s. Faça n variar de 0 a 8, calculando 8 componentes do espectro. R: n ω(rad/s) an bn ___________________________________________________ 0 0 0,75 0 1 1,57 1,18 0 2 3,14 0,45 0 3 4,71 -0,16 0 4 6,28 -0,38 0 5 7,85 -0,10 0 6 9,42 0,15 0 7 10,99 0,17 0 8 12,56 0,00 0 Solução: Para simplificar o cálculo dos coeficientes, o trem de pulsos será representado pela fórmula abaixo: xT( t)=2Π4( t1,5 ) Conforme resultado do Exercício E 2.2, a0={2x1,5)/4=0,75 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 15/130 an= 2×2×1,5 4 sinc (0,375×n) A figura E.-2.3 abaixo representa o espectro unilateral de forma gráfica. Figura E-2.3 Esta figura foi obtida, após algumas manipulações com o BROffice Impress, com a seguinte listagem Scilab: X=[]; for n=1:1:8 x=(2*2*1.5/4)*sin(0.375*n*%pi)/(0.375*n*%pi); X=[X x]; end bar(X,.2,'black') xgrid Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 16/130 E-2.4-Para os dados do Exercício E-2.3, faça um esboço para a forma de onda resultante da soma da fundamental com a 4a harmônica do sinal. Considere t≤8. Solução: A fundamental, no caso a componente que corresponde a n=1: x1=C1cos (ω0t), ou seja: x1=1,18 cos(1,57t). Portanto, é um cos de fase zero, amplitude 1,18 e período T=4s. A 4ª harmônica tem n=4. Daí, x4=-0,38cos(6,28t). Portanto, é um cos de amplitude -38 e fase zero. A Figura E -2.4 apresenta um gráfico para x1+x4 em 2 períodos, correspondendo a t=8s Figura E-2.4 Esta Figura foi obtida com a seguinte listagem para o Scilab: Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 17/130 E-2.5-Para os dados do Exercício E-2.3, demonstre que o 1o nulo ocorre quando nτ/T0=K, sendo K o menor inteiro positivo e real. Determine n e K. R: n=8 e K=3. Solução: A amplitude da componente Cn= 2A τ sen ( n τT ) . Portanto, Cn=0 pela 1a vez (1o nulo) quando nk T =K , sendo K o menor inteiro para a relação n τ T , n=1, 2, 3⋯ Assim, para o primeiro nulo, n é o menor inteiro para o qual n=kTτ , K=1, 2. 3 ⋯ No caso K n=KTτ 1 2,6666 2 5,3333 3 8 Portanto, o primeiro nulo ocorre para n=8 e K=3. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 18/130 EXERCÍCIOS – Sequência F F-2.4-Prove as Equações 2.18, 2.19 e 2.20. Solução: an cosnω0 t+bn sen nω0 t=√(an2+bn2)[( an√(an2+bn2))cosnω0 t+( bn √(an2+bn2))sennω0 t ] Usando a identidade trigonométrica: cos (A−B)=(cosAcosB+senAsenB)=( an Cn ×cos A+ bn Cn ×senA) e fazendo cn=√(an2+bn2) e A=ω0t temos que cosB= an Cn e sen B= bn Cn , sendo - B=θn temos que θn=−arc tg bn an Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 19/130 EXERCÍCIOS – Sequência G G-2.1-A figura 2.17 apresenta um circuito de um retificador de onda completa. Para este circuito, quando a entrada xe(t) for o sinal senoidal xe(t)=Asen (2πf0t) a saída será o sinal retificado xs(t)=|Asen(2πf0t)|. (veja a Figura 2-6). Calcule a série complexa de Fourier para xs(t). Forneça as frequências das 4 primeiras harmônicas e o nível de corrente contínua do sinal. Figura 2-17 R: Tomando-se como referência a frequência f0 do sinal senoidal de entrada, temos: fundamental : n=1 : fs1=2f0. 2o harmônico : fs2=4f0. 3o harmônico : fs3=6f0. 4o harmônico : fs4=8f0. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 20/130 O nível de corrente contínua será dado por 2A/π. Solução: Série complexa de Fourier: xs( t)=∑ n=−∞ n=+∞ Xn e jnω0 t onde ω0=2π/Ts. Atenção: Se escrevermos ω0=2π/T como é usual, corremos o risco de confundir o período da onda não retificada, identificado por T, com o período Ts do sinal retificado, pois Ts=T/2 e assim ω0=4л/T=4πf0. X n= 1 T s ∫ t0 t0+Ts xs( t)e −jnω0 t dt onde ω0=2π/Ts. Sabendo que Ts=T0/2, e fazendo t0=0, temos: Xn= 2 T s ∫ 0 T0 /2 A(sen 2π t /T0)e −jn 4πT0 t dt Daí, Xn= 2A π ( 11−4n2 ) Frequência dos 5 primeiros harmônicos: 1º harmônico: fs1=ω0/2π =2f0, f0=1/T0, onde T0 é o período da onda de entrada. 2º harmônico: fs2=4f0. 3º harmônico: fs3=6f0. 4º harmônico: fs4=8f0 5º harmônico: fs5=10f0 G-2.2-Faça um esboço do espectro de frequências complexo de Fourier dos sinais xe(t) e xs(t) do Exercício G-2.1. Calcule até a 5a harmônica. Solução: a)Sinal xe(t)=Asen2πf0t Este é um sinal senoidal. Portanto,é um sinal de frequência f0, ou seja, só tem uma componente no espectro, que é o próprio sinal. Utilizando a fórmula de Euler, sen x= e jx−e−jx 2j , então Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 21/130 xe (t)=Asen 2π f 0 t=A e j2 πf 0 t−e−j2 π f0 t 2j = A 2j e j2 π f0 t− A 2j e − j2π f0 t=− j A2 e j2π f 0 t+ j A2 e −j2 π f0 t Portanto, X e1+= A 2 e − j π 2=A 2 (− j=e −j π 2 ) coeficiente para n=+1 X e1−= A 2 e j π 2=A 2 ( j=e j π 2 ) coeficiente para n=-1 A Figura G 2-2.1 apresenta o espectro do sinal acima: Figura G-2-2.1 b)Sinal xs(t): A série do sinal de saída é dada por: xs( t)=∑ n=−∞ ∞ e jn4π f 0 t , n=1,2 ,3,⋯ f0 é a frequência do sinal de entrada, xe(t). As frequências do espectro de xs(t), são múltiplos pares de fo. Segundo o resultado do Exercício G-2.1, X n= 2A π ( 11−4n2 ) . Assim, n Xn/A 0 0,64 ±1 -0,21 ±2 -0,04 ±3 -0,02 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 22/130 ±4 -0,01 ±5 -0,006 A Figura G-2.2 ilustra graficamente este espectro de frequência, em função de n. O afastamento entre raias é de 2f0. Figura G-2.2 G-2.3-De que maneira o conteúdo espectral do sinal de entrada xe(t) do Exercício G-2.1 foi alterado pelo circuito retificador? E a potência? Analise e comente em relação à distribuição espectral do sinal de saída xs(t), à distribuição de potência na frequência do sinal de entrada em relação ao sinal de saída e em relação a linearidade do circuito retificador. Solução: O sinal de entrada é um sinal senoidal puro. Possui apenas uma componente espectral, de frequência f0. O espectro complexo de Fourier, atendendo à convenção Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 23/130 matemática da série complexa, apresenta f0 e -f0 conforme a Figura G 2-1. O nível C.C. do sinal de entrada é zero. A potência média é A2/2. Podemos afirmar, portanto, que toda a potência do sinal de entrada está concentrada na frequência f0 do espectro. Já o nível de C.C. do sinal de saida é bastante elevado, correspondendo a quase 64% da amplitude máxima do sinal de entrada. A menor frequência do espectro de saida vale 2f0, com uma amplitude relativa de 42% da amplitude do sinal de entrada. Além disso, o espectro do sinal de saida apresenta valores em todos os múltiplos pares de f0, inclusive em fs=0 (C.C.). Entretanto, a potência total do sinal de saida é a metade que a potência rms de entrada. Isto pode ser verificado realizando-se a integral do quadrado de xs(t)2 ao longo do período do sinal de saida, que é a metade do período de entrada. Ou ainda, vê-se logo que a área sob a curva de xs(t)2 é a metade da área sob xe(t)2, quando considerados os períodos respectivos. Conclui-se, portanto, que o circuito retificador é um circuito não linear, pois não atende ao princípio da superposição. Podemos dizer que a frequência f0 foi espalhada no espectro nas frequências componentes do sinal de saida, pelo circuito retificador. A maior parte da potência fica concentrada em f=0 (0,41=0,642). G-2.4-Calcule a série exponencial de Fourier de um trem de pulsos retangulares, de amplitude A, largura τ e período T0. Assuma simetria par pela escolha adequada de t0, conforme a Figura 2-1. R: Solução: A série exponencial de Fourier de um sinal periódico x(t) se escreve: x( t)=∑ n=−∞ +∞ Xn e jnω0 t n é sempre um número real , inteiro, variando de −∞ a +∞ Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 24/130 Xn é o coeficiente da série. O período do sinal periódico x(t) sendo considerado=T0, temos que ω0=2Л/T0 , onde ω0 representa o intervalo de frequência espectral entre componentes do espectro. Temos que a série exponencial tem componentes espectrais positivas e negativas, usando portanto a representação bilateral. É baseada na fórmula de Euler, onde uma função senoidal é representada por dois fasores conjugados, Para um sinal x(t) real, para representar uma componente são necessários 2 componente, uma positiva e outra negativa, Xn e-X-n Sendo x(t) um sinal real, Xn e X-n são complexos conjugados. Cálculo de Xn Xn= 1 T0 ∫ t= t0 t0+T0 x( t)e− jnω¿ t dt , ou seja, a integração é feita ao longo de um período da variável livre t. O instante inicial t0 pode ser arbitrado, normalmente sendo escolhido de modo a facilitar o cálculo da integral de Xn. No caso deste exercício, como valor para t0 deve ser escolhido para que a integral seja simétrica, será feito t0=-T0/2, de modo que Xn fica: Xn= A T0 ∫ −τ /2 τ/2 e−jnω0 t dt= A T0 2 sen (nω¿ τ /2) nω0 = A τ T0 sinc n τ T0 f0= ω0 2π = 1 T0 Assim, a série exponencial de Fourier do sinal pedido é: A ΠT0( t τ )=∑ n=−∞ +∞ A τ T0 sinc n τ T0 e jnω0 t Obs: Para se escrever a série, basta Xn. Por isso, a resposta numérica foi dada em termos de Xn. G-2.5-Trace o gráfico do espectro bilateral do trem de pulsos do Exercício G-2.4. Para o Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 25/130 traçado, considere T0=4τ e repita para T0=10τ, primeiro mantendo T0 invariável e variando τ, e depois mantendo o valor de τ constante e variando T0. Solução: As Figuras G-2.5-1 a G-2.5-4 apresentam o resultado pedido. Na Figura G-2.5-1, T0=1 e τ=0,25. Na Figura G-2.5-2, T0=1 e τ=0,1. Na Figura G-2.5-3, T0=4 e τ=1. Na Figura G-2.5-4, T0=10 e τ=1. Figura G-2.5-1 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 26/130 Figura G-2.5-2 Figura G-2.5-3 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 27/130 Figura G-2.5-4 As quatro Figuras acima foram geradas usando a listagem abaixo, escrita e reproduzida em qualquer editor de textos, para o software matemático Scilab. pi=4*atan(1); Nn=input('Entre com o numero de componentes unilaterais: '); T0=10; tau=T0/10; A=1; X=[]; for n=-Nn:1:Nn if n == 0 then xx=A*tau/T0; else xx=(A*tau/T0)*((sin(n*pi*tau/T0)/(n*pi*tau/T0))); end X=[X xx]; end bar(X,0.2,'black') xgrid Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 28/130 G-2.6-Para o Exercício G-2.5, verifique e relate o que acontece com os espectros. Em particular, determine quantas raias do espectro existem desde n=0 até a primeira raia nula e relacione este resultado com os valores de T0 e τ. Verifique também onde ocorre o 1º nulo do espectro, para n, f e ω. Verifique o que acontece se T0/τ=4,75. Solução: Analisando os gráficos do Exercício anterior verificamos que a forma geral do espectro é de uma função “sinc“, e que o número de raias até o 1° nulo depende apenas da relação T0/τ. Por exemplo, na Figura G-2.5-3, onde T0/τ=4 , o 1° nulo ocorre para n=4. Desta forma, existem 3 raias não-nulas, o 1°, o 2° e o 3° harmônicos. O 4°harmônico é nulo. Assim, em relação a n, a forma geral das funções “sinc” é a mesma para uma dada relação τ/T0 , não dependendo dos valores particulares de τ ou T0. Entretanto, se o eixo das abcissas for graduado para ω ou f, a forma exata dos espectros dependerá dos valores particulares de τ ou T. Isto pode ser visto se considerarmos que ω0=2л/T, sendo ω0=afastamento entre raias, e que o1° nulo ocorrerá para ω=2Л(T/τ)xT=2Л/τ. Portanto, temos: Gráfico G-2.5-1: Espaçamento entre raias (em ω)= 2Л/1= 2Л. 1° nulo: ω=2Л/τ=2Л/0,25=8Л rad/s. Gráfico G-2.5-2: Espaçamento entre raias (em ω)= 2Л/1= 2Л. 1° nulo: ω=2Л/τ=2Л/0,1=20Л rad/s. Gráfico G-2.5-3: Espaçamento entre raias (em ω)= 2Л/4= Л/2. 1° nulo: ω=2Л/τ=2Л/1=2Л rad/s. Gráfico G-2.5-4: Espaçamento entre raias (em ω)= 2Л/10= Л/5. 1° nulo: ω=2Л/τ=2Л/1=2Л rad/s. Se T0/τ=4,75, e o eixo das abcissas graduado em n, o 1° nulo ocorrerá para n=4,75. Como as raias só acontecem para n um número inteiro, tanto o 4 ° quanto o 5° harmônicos existirão e serão diferentes de zero. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 29/130 . Figura G-2.6-1 G-2.7-A partir das fórmulas de Euler, Equações 2-11 e 2-12, mostre que cn=2|Xn|. Solução: Equação 2-11: Equação 2-12: A série exponencial se escreve: Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 30/130 Onde Xn é um fasor de módulo |Xn| e fase α Temos que:, se x(t) é um sinal real, então Xn é complexo conjugado de X-n, e somamos um fasor com frequência positiva com seu correspondente fasor complexo conjugado negativo para obter uma componente real de x(t): Xn e jnω0 t+Xn * e− jnω0t=∣Xn∣e jnω0 t+α+∣Xn∣ *e−( jnω0 t+α)=∣Xn∣{e ( jnω0 t+α)+e−( jnω0 t+α)}=2∣Xn∣cos (nω0 t+α) Assim, comparando com a série compacta, vemos que: X0=C0 e 2∣Xn∣=Cn EXERCÍCIOS – Sequência H H-2.1-Calcule o espectro de densidade de frequências de um pulso retangular de largura τ e amplitude A. Desenhe o gráfico de X(ω) pelo menos até |ω|<8π/τ. R: X(ω)=Aτsinc(ωτ/2π) sendo sinc(x)=sen(πx)/πx. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 31/130 Solução: Como não foi definida a posição no tempo do pulso retangular, para simplificar o cálculo este pulso retangular será será representado pelo sinal simétrico x(t)=AΠ(t/τ), conforme a Figura H-2.1.1 abaixo. Figura H-2.1.1 Assim, X(ω) será calculado pela integral: Graficamente, temos, para A=1 e τ=1: X (ω)=∫ −∞ +∞ x (t)e− jω t dt=∫ −τ 2 +τ 2 Ae−jω tdt=Ae − jω t − jω ]−τ 2 +τ 2 =A [ e−jω τ 2−e jω τ 2 − jω ]= = 2Aω [e jω τ 2−e − jω τ 2 2j ]=2Aω sen (ω τ2 )=A τ senω τ 2 ω τ 2 =A τsinc (ω τ2π ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 32/130 Figura H-2.1.2 A figura acima foi gerada pela listagem abaixo, feita para o software Scilab; pi=4*atan(1); A=1; tau=1; X=0; w=-8*pi:0.1:8*pi; X=A*tau*(sin(w.*tau/2)./(w.*tau/2)); plot2d(w,X) xgrid H-2.2-Calcule o espectro de densidade de frequências do sinal x(t)=AΠ[(t-τ)/τ], sendo x(t) uma função retangular de amplitude A, centrada em t=τ e de largura τ. Desenhe o gráfico de X(ω) (módulo e fase) pelo menos até |ω|<8π/τ. R: Aτsinc(ωτ/2π)e-jωτ Solução: Um possível gráfico para o pulso x(t) está apresentado na Figura H-2.2.1. 2π/τ2π/τ-2π/τ Aτ Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 33/130 Figura H-2.2.1 Utilizando o resultado anterior e a propriedade do deslocamento no tempo podemos escrever: Se AΠ(t/τ) <----------> Aτsinc(ωτ/2π) então AΠ(t-τ/τ)<---------> Aτsinc(ωτ/2π)e-jωτ O acréscimo linear de fase corresponde, portanto, a um deslocamento no tempo. A Figura H-2.2.2 mostra como fica característica de fase do pulso. Como podemos observar, é uma reta passando pela origem, com inclinação -τ (sendo τ o retardo de tempo do pulso). Figura H-2.2.2 A característica de amplitude é como na Figura H-2.1.2. H-2.3-Esboce o gráfico do espectro de densidade de frequências do sinal x(t)=2Π[(t- Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 34/130 3)/1,5], representado na Figura 2-19. Solução: Desafio para o leitor. H-2.4-Para o sinal x(t)=2Π[(t-3)/1,5], representado na Figura 2-19, calcule a contribuição para o valor do pulso em t=3s, pela faixa de frequências do espectro que vai de 0,9 a 1,1Hz. R: -0,5 V para o valor do pulso em t = 3s, que é de 2 V. Figura 2-19 Solução: O sinal x(t) no instante de tempo t0, x(t0), pode ser representado pela integral de seu espectro de frequências X(ω): x (t0)= 1 2π ∫−∞ +∞ X(ω)e jω t0 dω Portanto, o valor x(t0) é formado pela contribuição de todas as frequências do espectro. No caso deste Exercício, foi solicitada a contribuição da faixa de frequências de 0,9 a 1,1Hz, para o valor x(3). Como podemos observar da Figura 2-19, x(3)=2. Como este valor, para ser obtido, precisa da contribuição de toda a faixa de frequências de X(ω), a faixa pedida, de 0,9 a 1,1Hz, contribuirá com apenas uma parcela g(3) para x(3)=2. Sendo X(ω) representativo do espectro complexo de Fourier, vamos calcular 2 parcelas, uma relativa à parte negativa do espectro e outra relativa à parte positiva do espectro. Assim, temos: Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 35/130 g1(3)= 1 2π ∫−2π(1,1) −2π(0,9) X(ω)e jω3 dω+ 1 2π ∫2π(0,9) 2π(1,1) X(ω)e jω 3 dω No caso, X (ω)=3 sinc ( ω×1,5 2π )e− jω3 Assim, g1(3)= 1 2π ∫−2,2 π −1,8 π 3sinc(ω×1,5 2π )dω+ ∫ 1,8π 2,2π 3sinc( ω×1,5 2π )dω A integral da função sinc(ωx1,5/2π) pode ser calculada aproximadamente para o intervalo considerado, que é mínimo. Assim, ω 2,2π 2,0π 1,8π sinc(ωx1,5/2π) -0,17 -0,21 -0,21 Portanto,sinc(ωx1,5/2π)≈0,21 para 1,8π<|ω|<2,2π Daí, Portanto a faixa de frequências especificada, de 0,9 a 1,1Hz, contribui com aproximadamente -0,5V para o valor do pulso em t=3V, que é de 2V. H-2.6-Qual a contribuição da frequência de 1Hz para o valor do pulso especificado em H-2.4 em t=3s? R: 0 V. Solução: Conforme o conceito de espectro de densidade de frequências é necessário uma faixa de frequências para uma contribuição finita ao valor do sinal. Uma única frequência gera uma contribuição infinitesimal, portanto zero. H-2.7-Utilizando a propriedade da derivação no tempo, calcule o espectro de densidade de frequências do sinal da Figura 2-20. g1(3)= 3 2π [ ∫−2 ; 2π −1,8π (−0,21)dω+∫ 1,8 π 2,2 π (−0,21)dω]=−0,5 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 36/130 Figura 2-20 R: Solução: A propriedade da derivação no tempo estabelece que: Baseado no exposto acima, a solução consiste em se derivar o sinal x(t) em sucessão, até se obter um sinal cuja transformada é conhecida. Aplica-se então a propriedade acima para obter X(ω). Assim, derivando-se uma vez x(t), obtém-se: x (t)<-----> X(ω) dx(t) dt <-----> jωX (ω) d2(t) (dt)2 <----->( jω)2 X (ω) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 37/130 Figura H-2.7.1 Derivando-se novamente, obtém-se: Figura H-2.7.2 De resultados anteriores, observa-se que: Daí, temos que d2 x (dt) ² =2Π( t 8 ) ( jω)2 X(ω)=2×8sinc ( ω×8 2 π ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 38/130 Então H-2.8-Compare e comente as eventuais diferenças entre os espectros de densidade de frequência dos sinais x1(t)=2Π(t/4) e x2(t)=2Π(t/8). Faça gráficos dos sinais no domínio do tempo e dos respectivos espectros, observando as respectivas escalas. R: Solução: Os pulsos x1(t) e x2(t)são ambos retangulares, com o mesmo formato e centrados na origem. Apenas x2(t) é mais largo, no tempo. Verifica-se que no domínio da frequência ocorre o oposto, isto é, o pulso mais estreito tem o espectro comparativamente mais largo na frequência. Este fato é interpretado dizendo-se que o pulso mais estreito é mais rápido do que o outro, pois tem uma duração menor. Consequentemente, possui frequências maiores, espalhando mais seu espectro. Entretanto, por uma questão de conservação de energia, o espectro do pulso mais largo tem amplitude maior que o espectro do pulso mais estreito, nesse caso. Gráficos: Desafio para o leitor. H-2.9-Sendo F(ω) a transformada de Fourier de f(t), ache a transformada de Fourier de f(t)cos(ω0)t. Apresente uma solução literal e uma solução gráfica. R: 1/2F(ω-ω0)+1/2F(ω+ω0) X (ω)= 16 sinc(4ωπ ) ( jω)2 = −16 sinc( 4ωπ ) ω2 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 39/130 Solução: Pela fórmula de Euler, Daí, a transformada de f(t)cosω0 t é: Assim Aplicando-se a propriedade do desvio na frequência, escreve-se imediatamente: X(ω)=1/2F(ω-ω0)+1/2F(ω+ω0) Solução gráfica: O sinal x(t) é um sinal qualquer, com um certo espectro de frequências. Ao multiplicarmos os dois sinais, estamos fazendo com que um sinal de frequência e amplitude máximas fixa são multiplicadas por frequências variáveis de x(t). O resultado é a modificação da amplitude máxima de cosω0t, conforme as variações de x(t). x(t) pode ser qualquer sinal, inclusive senoidal. Neste caso particular , x(t).cosω0t, considerando ω0 a maior frequência. Por exemplo, seja f0 =80Hz e x(t) uma senoide de 5Hz. cos (2π80t) x(t) cos (ω0 t)= e jω0t+e− jω0 t 2 X (ω)=∫ −∞ +∞ f (t)e jω0 t+e− jω0 t 2 e−jω tdt X (ω)= (∫ −∞ +∞ f (t)e−jωt)e jω0 t+(∫ −∞ ¿∞ f (t)e−jωt)e− jω0 t 2 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 40/130 Figura H-2.9.1 Figura H-2.9.2 x(t).cos (2π80t) Figura H-2.9.3 O produto x(t).cos (2π80t) atende à relação trigonométrica: Esta relação pode ser mostrada graficamente. Assim, A+B=85Hz. B-A=75Hz. cos (At ). cos (Bt )=1 2 [cos (A+B) t ]+ 1 2 [cos(B−A) t ] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 41/130 Figura H-2.9.4 Figura H-2.9.5 1/2cos(B+A)+1/2cos(B-A). x(t).cos (Bt). Figura H-2.9.6 Figura H-2.9.7 Conforme podemos ver, os dois gráficos acima são idênticos. Um foi obtido pela soma de duas frequências, respectivamente (B+A) e (B-A), e o outro pelo produto das frequências A e B. É claro que x(t) representa um sinal complexo, com um espectro de densidade de frequências e não apenas uma frequência A. Entretanto, podemos intuir que o resultado é válido para F(ω). No momento, é o máximo que podemos fazer. Experimente repetir este Exercício após os conhecimentos da função impulso unitário e da convolução. Veja também a Parte 3. Esta operação de produto é a base da Modulação em amplitude AM-DSB-SC. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 42/130 EXERCÍCIOS – Sequência I I-2.3-Qual o valor da função impulso δ(t) em t=0? Solução Considera-se que a amplitude de um impulso, onde estiver localizado, é infinita. No caso, estará localizado em t=0. Portanto, a resposta é infinito. I-2.6-Qual o valor da função δ(t)f(t)? Solução δ(t)f(t)=δ(0)f(0) = infinito I-2.7-Qual o valor da integral (2.27) Solução I-2.9-Represente graficamente as funções em a, b,c e d abaixo: a) δ(t-T); b) f(t)δ(t-T), sendo f(t) uma função qualquer; c) d) ∫ −∞ +∞ δ(t−T)f (t)dt=∫ −∞ +∞ δ(t=T)f (T )dt=f (T)∫ −∞ +∞ δ(0)dt=f (T) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 43/130 Solução a) δ(t-T) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 44/130 Figura I-2.9.1 b) f(t)δ(t-T) Figura I-2.9.2 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 45/130 c) Figura I-2.9.3 d) Figura I-2.9.4 I-2.10-Calcule a transformada de Fourier de um impulso unitário. Interprete o resultado. Solução No caso, f(t)=δ(t) F(ω)=∫ −∞ +∞ f (t)e− jω t dt Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 46/130 Como δ(t)=0 para t≠0, e ∫ −∞ +∞ δ(t)f (t)dt=f (0) F(ω)=e−jω0=1 Portanto, a “função” impulso unitário possui um espectro de densidade de frequências constante e igual à unidade. Isto significa que o impulso unitário gera todas as frequências simultaneamente, de 0 até infinito, com a mesma intensidade, I-2.11-Faça um gráfico do espectro de densidade de frequências do impulso unitário. Solução Para o leitor. I-2.12-A partir da definição da série complexa de Fourier, e da transformada de Fourier de ejωot, defina formalmente uma expressão para o espectro de densidade de frequências ou transformada de Fourier de um sinal periódico. Interprete o resultado. R: (2-29) Solução Dado um sinal periódico xT(t), de período T, já vimos que este sinal pode ser representado pela série de Fourier: F(ω)=∫ −∞ +∞ δ(t)e−jωt dt xT(t)=∑ −∞ +∞ Xn e jnω0 t onde ω0= (2π) T Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 47/130 Portanto, a T.F. de xT(t) será: Invertendo-se a integral e o somatório, e fazendo-se u=ω-nω0 Mas se segundo o resultado do Exercício I-2.10, então 1 2π ∫−∞ +∞ 1×e jωt dω=δ(t) , pela fórmula da transformação inversa. Portanto, Mas acontece que δ(ω)=δ(−ω) , pois a função só existe na origem, em ω=0. Portanto Assim, Esta expressão representa formalmente o espectro de densidade de frequências do sinal periódico xT(t). Conforme vemos, XT(ω) apresenta as mesmas informações que a série de Fourier do sinal periódico xT(t), ou seja, o valor de cada componente, Xn , e o intervalo entre cada componente, ω0. Apenas a forma de apresentação é diferente. Assim, o tratamento espectral dos sinais periódicos e não-periódicos é unificado, pela transformada de Fourier. XT(ω)=∑ −∞ +∞ ∫ −∞ +∞ Xne − jut dt=∑ −∞ +∞ Xn∫ −∞ +∞ e− jut dt XT(ω)=∫ −∞ +∞ (∑ −∞ +∞ Xne jnω0 t)e−jω tdt ∫ −∞ +∞ δ(t )e−jω tdt=1 ∫ −∞ +∞ e− jutdt=2πδ(u)=2πδ(ω−nω0) XT (ω)=2π∑ −∞ ∞ Xnδ(ω−nω0) onde ω0= 2π T 1 2π ∫−∞ +∞ 1×e−jωt dt=δ(−ω) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 48/130 I-2.13-Calcule o espectro de densidade de frequências de uma sequência periódica de impulsos periódicos, conforme ilustrado na Figura 2-22. Forneça o gráfico do espectro e interprete o resultado. Figura 2-22 R: (2-30) Solução O trem de impulsos periódicos é uma extensão do conceito de impulso unitário. Assim, temos δT(t), apresentado na Figura 2-22. Sendo δT(t) um sinal periódico, seu espectrode densidade de frequência é dado por: Xn, o coeficiente da série de Fourier do sinal periódico δT(t). No caso, XT(ω)=2π∑ −∞ ∞ Xnδ(ω−nω0) onde ω0= 2π T Xn= 1 T ∫−T /2 +T /2 δ (t)e−jnω0 t dt= 1 T e−jnω0(0) ∫ −T /2 +T/2 δ( t)dt= 1 T e− jnω0 (0 )= 1 T Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 49/130 Portanto, Graficamente, Figura I-2.13 Portanto, vê-se que a transformada de um trem de impulso unitários é também um trem de impulsos unitários na frequência, separados por um intervalo de frequências de ω0 , que pode ser chamado de δω0(ω). I-2.14-Calcule o espectro de densidade de frequências de um sinal senoidal de frequência f0 Hz. Solução Um sinal senoidal tem apenas uma frequência espectral. Portanto, seu espectro deve esta concentrado em um único valor, que é |f0|. Formalmente, temos que calcular a T.F. de um sinal senoidal x1( t)=Acos (ω0 t+θ) , sendo Esta transformada pode ser calculada partindo-se da fórmula de Euler: cos γ= e j γ+e− jγ 2 e do conhecimento que e jω0 t←→2πδ(ω−ω0) , que é uma das θ=2π f 0 XT(ω)=δω0(ω)=ω0 ∑ n=−∞ +∞ δ(ω−nω0) X1(ω)=∫ −∞ +∞ Acos(ω0 t+θ)e − jω t dt Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 50/130 propriedades da T.F., a do deslocamento na frequência. Assim, Portanto pois segundo o desenvolvimento do Exercício 2-12. Se θ=0, temos a transformada do cosseno: Se θ=-π/2, temos a transformada do seno, pois cos (θ-π/2)=sen(θ). Mas e j−π/2=cos (−π/2)+ jsen (−π/2)=− j e e jπ/2=cos (π /2)+ jsen (π /2)= j Portanto, podemos escrever: As transformadas do cos e do sen admitem uma interpretação gráfica: Figura I-2.14 Asen (ω0 t)←→A π[δ(ω−ω0)e j−π/2+δ(ω−ω0)e jπ/2] Asen (ω0 t)←→A π[ jδ(ω+ω0)− jδ(ω−ω0)] AπAπ ω0-ω0 T.F.(Acos t) ke jω0 t←→ k∫ −∞ +∞ e−j (ω−ω0) t dt=2πk δ(ω−ω0) ω0 -ω0 jAπ -jAπ T.F.(Asent) T.F.(Asen t) x1( t)=Acos (ω0 t+θ)= e j(ω0 t+θ)+e−j (ω0 t+θ) 2 =A e jω0 t×e jθ 2 +A e −jω0 t×e− jθ 2 X 1(ω)=T.F.[A e jω0 t×e jθ2 ]+T.F.[A e − jω0 t×e− jθ 2 ]=A /2e jθ2πδ(ω−ω0)+A /2 e jθ2πδ (ω+ω0) Acos (ω0 t)←→Aπ [δ(ω+ω0)+δ(ω−ω0)] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 51/130 EXERCÍCIOS – Sequência J J-2.2-Determine a expressão e faça o gráfico da convolução entre as funções u(t) e ΛW(t). A função u(t) é o degrau unitário, cuja amplitude =1 para t>0, e = 0 para t<0, e ΛW(t) é o pulso triangular, centrado na origem, de amplitude =1 e largura = 2W. R: y(t)=0 para t<-W y(t)=[t2+2tW+W2]/[2W] para -W<t<0 y(t)=W-[-t2+2tW-W2]/[2W] para 0<T<W y(t)=W para t>W Solução A Figura J-2.2.1 apresenta o gráfico de ambos os sinais, ou seja, o degrau unitário e o pulso triangular. Para realizar a convolução entre os dois sinais, podemos manter um deles fixo e o outro deslizando sobre o primeiro, realizando-se uma inversão do segundo em relação ao eixo vertical [x2(-τ)] e calculando-se a área sob a intercessão, variando-se o deslocamento t entre ambas. A convolução é função do deslocamento t. No caso, faremos 1 τ>0 x1(τ) = u(τ), o degrau unitário= 0 τ<0 τ é como denominamos a variável de integração. Isto é feito por conveniência, para que a convolução, que é o resultado de infinitas integrações, cada qual correspondente a um deslocamento, resulte função de t. Por conveniência, escolhemos x2(τ)=ΛW(τ), pois x2(τ) é uma função par, e assim Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 52/130 ΛW(-τ)=ΛW(τ). Figura J-2.2.1 a) y(t)=0 para t<-W Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 53/130 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 54/130 Figura J-2.2.2 a) b) y ( t)=∫ 0 t+W [(−1 W τ+ t+w W )]d τ= t 2+2tW+W² 2W para -W<t<0 Figura J-2.2.2 b) c) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 55/130 S2= (W− t)2 2W logo S1= W 2 − (W−t)2 2W Portanto y ( t)=W−(W−t) 2 2W para 0<t<W Figura J-2.2.2 c) d)Para t>W, a convolução é constante e igual a W, pois a superposição dos dois sinais resulta em 1. x2=x2, e portanto a convolução é igual à área de x2 , que é igual a W. y ( t)=S1+ W 2 S1= W 2 −S2 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 56/130 Figura J-2.2.2 d) e)Representação gráfica da convolução final: Figura J-2.2.2 e) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 57/130 EXERCÍCIOS – Sequência K K-2.1-Um sistema tem resposta ao impulso de Dirac igual a h(t). Se a ele é aplicado um sinal de entrada g(t), determine o espectro do sinal de saída, Y(ω), em função do espectro do sinal de entrada, G(ω) e da transformada H(ω) de h(t). Sabe-se que y(t)=g(t)∗h(t). Comente o resultado. R: Y(ω)=H(ω)xG(ω) Solução: Figura K-2.1.1 Como y(t)=g(t)∗h(t), então y ( t)=∫ −∞ +∞ g (τ)h ( t−τ)d τ Portanto Y (ω)=∫ −∞ +∞ {∫ −∞ +∞ g(τ )h (t−τ)d τ}e− jω t dt= =∫ −∞ +∞ g (τ)[∫ −∞ +∞ h ( t−τ)e− jω t dt ]d τ = =∫ −∞ +∞ g (τ)H (ω)e− jωτd τ devido à propriedade do deslocamento no tempo. Portanto, Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 58/130 Y (ω)=H(ω)∫ −∞ +∞ g (τ)e− jω τd τ=H(ω)×G(ω) Comentário: A transformada do impulso unitário é igual a 1, conforme foi visto no Exercício I-2.10. Portanto, neste caso, Δ(ω)=1 (ou seja, a transformada de δ(t) é igual a 1). Pelo resultado acima, Y(ω) = H(ω). Sendo a função de transferência de um sistema definida como sendo a relação entre a transformada da saida pela transformada da entrada, segue-se que neste caso H(ω) é a própria função de transferência do sistema. A transformada inversa de H(ω), h(t), é chamada equação característica do sistema. É a resposta no tempo ao impulso unitário. Conhecendo-se h(t), uma operação de convolução no tempo permite obter a resposta do sistema a qualquer outra entrada x(t). K-2.3-Utilizando a propriedade adequada, calcule pela convolução a transformada de Fourier do pulso triangular [ A ٨τ]. R: Aτsinc2(ωτ/2π). Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 59/130 Solução A função triangular [ A ٨τ] é um pulso, centrado na origem, com formato triangular, amplitude máxima na origem A e se estende de -τ a +τ, portanto tem largura total de 2τ, conforme abaixo definido matematicamente e o aspecto gráfico na Figura K-2.3.1. Figura K-2.3.1 Duas propriedades da convolução são: Tempo Frequência x1( t)∗x2( t) X 1(ω)×X2(ω) 2π [x1( t)×x2( t )] X 1(ω)∗X2(ω) A função A ٨τ (t) pode ser considerada como resultado da convolução entre dois pulsos retangulares iguais de largura τ e amplitude √ (A)τ . Assim, A τ (t)٨ =√ Aτ Π( tτ )∗√ Aτ Π( tτ ) (comprove graficamente) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 60/130 Logo se Pelo teorema da convolução no tempo Assim, foi empregada a convolução no tempo para o cálculo de A ٨τ(t) a partir do pulso retangular e a respectiva propriedade para o cálculo da transformada. Deixamos ao leitor a tarefa de implementar graficamente as funções assim obtidas. K-2.4-Deduzauma fórmula geral para a convolução entre dois pulsos retangulares centrados na origem, não necessariamente iguais. Faça o gráfico do resultado. (Veja o resultado do Exercício K-2.1). R: Um trapézio simétrico em relação ao eixo vertical, centrado na origem, cuja altura vale A1.A2.τ2 , o lado superior vale τ1-τ2 e a base vale τ1+τ2. Solução Utilizando-se a interpretação gráfica da convolução e observando que temos 3 situações distintas de sobreposição dos pulsos, a saber: e verifica-se que a convolução resultante é uma função trapezoidal, da forma: X1(ω)=X2(ω)=√A τ sinc( ω τ2π ) ∣t∣>( τ1+ τ22 ) ( τ1−τ2 2 )<∣t∣<( τ1+τ2 2 ) ∣t∣<( τ1−τ22 ) A τ (t)٨ ←→X1(ω)×X2(ω)=A τ sinc2( ω τ2π ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 61/130 (confirme). Figura K-2.4 Pelo resultado de K-2.1, um dos pulsos poderia ser o sinal de entrada, e o outro a equação característica de um sistema linear. Como ambos são pulso retangulares, no domínio da frequência temos o produto entre duas funções sinc. É interessante observar que no caso dos pulsos serem iguais, a Figura K-2.4 corresponde a um triângulo isósceles, cuja transformada é proporcional a sinc2. K-2.5-Analise, a partir da propriedade da convolução na frequência, o espectro de densidade de frequências de x2(t). Comente o resultado obtido, principalmente se x(t) for um sinal limitado em frequência [isto é, se X(ω)=0 além de um certo valor para ω]. Solução Como x2(t)=x(t).x(t), então, pelo teorema a convolução na frequência: Portanto, X(ω) convolui com ela própria, fornecendo o espectro de x2(t). Se X(ω) 'limitado em frequência, sua frequência máxima é ωm, valor finito. Independente da forma exata de X(ω), sua convolução com ela própria possui o dobro da largura de X(ω). Portanto, conclui-se que quando x(t) possui um espectro limitado a uma valor máximo ωm, x2(t) possui um valor limitado ao dobro, ou seja, 2 ωm. K-2.6-Utilizando a definição de convolução expressa em (2-31) e considerando x1(t)=δ(t), obtenha a convolução x1(t)∗x2(t), sendo x2(t) uma função qualquer. Dê uma interpretação gráfica ao resultado. Solução Se x2( t)←→ 1 2π X(ω)∗X (ω) x1( t)∗x2( t)=∫ −∞ +∞ x1(τ)x2( t−τ)d τ x1( t)=δ( t) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 62/130 Então Desta forma, podemos dizer que a convolução com uma função impulso reproduz a função. Interpretação gráfica: Supondo x2(t)=f(t) Figura K-2.6 x1( t)∗x2( t)=∫ −∞ +∞ δ(τ )x2( t−τ)d τ=∫ −ϵ +ϵ δ (τ)x2( t−τ)d τ=x2( t)∫ −ϵ +ϵ δ (τ)d τ=x2(t) . Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 63/130 K-2.7-Refaça o Exercício K-2.6 utilizando a análise no domínio da frequência aplicada às funções impulso. Solução: No domínio da frequência, Se x1(t)=δ(t) ------>δ(ω)=1 Logo, Y(ω)=X2(ω) Portanto y(t)=x2(t) EXERCÍCIOS – Sequência L L-2.1-Um sistema LTI é excitado [função de entrada x(t)] por uma função impulso unitário δ(t) [impulso de Dirac]. Obtenha uma resposta geral para a transformada da saída y(t), em termos da função de transferência H(ω) do sistema. *Sugestão: Resolva o Exercício I-2.10, e aplique a equação (2-45). R: Y(ω)=H(ω). Solução Segundo o Exercício I-2.10, a transformada do impulso unitário é igual a 1. Portanto, se um sistema LTI recebe como entrada uma função x(t)=δ(t), e como saida gera uma função h(t), assim expressa no domínio do tempo, é claro que no domínio da frequência a transformada de h(t), H(ω), é a resposta do sistema à unidade. Assim, um LTI pode ser caracterizado por h(t), no domínio do tempo, ou por H(ω), no domínio da frequência. h(t) é a resposta do sistema ao impulso unitário. A Equação (2-45) define uma função de transferência: y(t)=x1(t)∗x2(t)←→X1(ω) . X2(ω)=Y(ω) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 64/130 Portanto Portanto, conhecendo-se H(ω), função de transferência do sistema LTI, pode-se determinar a transformada da resposta a qualquer entrada x(t). L-2.2-Um sistema LTI é excitado por uma função de entrada x(t), cuja transformada de Fourier é X(ω). A saída é y(t). Sendo H(ω) a função de transferência do sistema LTI, estabeleça uma equação geral, no domínio do tempo, relacionando y(t), x(t) e h(t), transformada inversa de H(ω), e mostre que h(t) é a resposta impulsiva do sistema LTI. Solução Pelo teorema da convolução no tempo, se então Relacionando-se a expressão acima com a Equação (2-45) pode-se escrever que : y ( t)=x (t)∗h ( t) Por resposta impulsiva queremos dizer a resposta do sistema LTI à x(t)=δ(t). Se isto ocorrer, então y(t)=h(t), pela expressão acima. Y (ω)=X(ω) .H(ω) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 65/130 L-2.3-O resultado obtido no Exercício L-2.2 é muito importante. Ele permite determinar, no domínio do tempo, a resposta y(t) de um sistema LTI à qualquer entrada x(t) desde que se conheça ou determine h(t), que é a resposta impulsiva ou equação característica do sistema. No Exercício L-2.2, ela foi deduzida a partir da Equação 2-45, que foi obtida a partir da definição de função de transferência de sistemas LTI. Partindo agora do resultado do Exercício K-2.6, e interpretando a integral de convolução como o limite de um somatório (onde cada termo do somatório é igual a [x(τ) Δτ]δ(t-τ), Δτ tendendo a zero), demonstre o resultado de L-2.2 utilizando o princípio da superposição aplicado a sistemas LTI. Solução Sabemos que qualquer sinal x(t) pode ser escrito como: Para maior clareza, vamos expressar a relação acima como o limite de um somatório (qualquer integral pode ser expressa desta forma): No limite, Δτ--->dτ (um infinitésimo), e tK tende a uma variável contínua. Na expressão acima, temos um somatório infinito de impulsos, cada impulso com uma área igual a Δτx(tK). Assim, pelo princípio da superposição, sendo x(t) aplicado na entrada do sistema LTI temos na sua saida: Portanto, confirmamos que o conhecimento de h(t) permite a determinação de y(t) para qualquer x(t), sendo h(t) a resposta impulsiva do sistema LTI, que é a transformada inversa da função de transferência H(ω). Por esse motivo, h(t) é também chamado de equação característica do sistema LTI. x ( t)=x( t)∗δ(t)=∫ −∞ +∞ x( τ)δ(t−τ)d τ x ( t)= lim Δ τ→0 ∑ tK=−∞ ∞ Δ τx ( tK )δ (t− tK) y ( t)= lim Δ τ→ 0 ∑ t K=−∞ ∞ Δ τ x( tK)h ( t−tK )=∫ −∞ +∞ x( τ)h ( t−τ)d τ=x( t)∗h (t) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 66/130 L-2.5-Um sistema LTI tem resposta impulsiva h(t). Sendo x(t) a entrada, obtenha Y(ω), em função de X(ω) e H(ω). Observe o resultado de L-2.2 e aplique o teorema da convolução no tempo. R: Y(ω)=H(ω).X(ω) Solução Segundo o Exercício L-2.2 Portanto Y(ω)=H(ω).X(ω) L-2.6- Calcule a resposta de um sistema LTI à um sinal x(t) = cos ω0t. Utilize a fórmula de Euler para o cosseno e o Exercício L-2.4. Interprete o resultado. R: y(t)=| H(ω0) |cos [ω0t+θ(ω0)] Solução Podemos escrever que: Mas já foi visto no Exercício L-2.4 que se a entrada for e jωot , a resposta será H(ω0) e jωot. Assim, se Portanto, se x ( t)=e− jω0 t→ y( t )=H(−ω0)e − jω0 t Mas se h(t) é uma função real de t, então H(-ω0)=H*(ω0). Portanto, se , então e y ( t)=x (t)∗h ( t)x ( t)=cos (ω0 t)= ejω0 t+ e−jω0 t 2 x ( t)=e jω0 t→ y( t)=H(ω0)e jω0 t H(ω0)=∣H(ω0)∣e jθ(ω0 ) H(−ω0)=∣H(ω0)∣e − jθ(ω0) y ( t)=∣H(ω0)∣{e j[ω0 t+ θ(ω0 )]+ e− j[ω0 t+ θ(ω0)]2 } Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 67/130 Portanto Assim, conclui-se que um sistema linear LTI não altera a frequência de um sinal senoidal aplicado em sua entrada, apenas sua amplitude e sua fase relativa. Pelo princípio da superposição, se x(t)=Acos( cos ω0t+θ1(ω0)) então y(t)=A|H(ω0)|( cos ω0t +θ2( ω0)). A função de transferência do sistema em ω0 será H(ω0)=|H(ω0)|ej(θ2-θ1). L-2.7-Estabeleça um método prático para determinar experimentalmente, em laboratório, uma função de transferência de um sistema LTI. Suponha que estão disponíveis um gerador de sinais senoidais, um osciloscópio de dois canais e uma carga resistiva de valor adequado. Solução A função de transferência H(ω), conforme sugerido pelo resultado do Exercício L-2.8, pode ser obtida para um sinal senoidal de frequência ω0 injetando-se na entrada do sistema um x(t)=Acos(ω0t). A amplitude de sinal de saida será A|H(ω0t)|. Logo, a amplitude da função de transferência é dada pela relação entre a amplitude da saida e da entrada. A fase introduzida pelo sistema é devida ao retardo de tempo introduzido pelo sistema. Se o sistema introduz um retardo t0 s , a fase introduzida será t0ω0 rad. Uma forma de medir essa fase é medindo o desvio de tempo entre a saida e a entrada, o que pode se feito com precisão pelo osciloscópio, principalmente. se este for dotado de um dispositivo de linha de retardo. Variando-se a frequência do oscilador, obtêm-se uma boa descrição da função de transferência do sistema dentro de uma certa faixa de frequência de interesse. A Figura L-2.7 apresenta uma montagem que pode ser utilizada. y ( t)=∣H(ω0)∣cos (ω0 t+ θ(ω0)) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 68/130 Figura L-2.7 Geralmente as entradas de um osciloscópio são de alta impedância, de modo que sua introdução no circuito de medida não afeta as características do sinal sendo medido. Como o sistema LTI deve se “casado em suas impedâncias” nominais de entrada e saida, a impedância do oscilador deve ser ajustada para coincidir com a impedância de entrada do sistema, bem como a carga com a impedância de saida do sistema. L-2.8-Para um circuito elétrico, a função de transferência pode ser obtida conhecendo-se sua topologia e as características elétricas de seus componentes, usando- se ferramentas de cálculo apropriadas. Obtenha a função de transferência para a rede RC conforme a Figura 2-24; forneça também os gráficos bilaterais de módulo e fase. Figura 2-24 R: Sendo H(ω) complexo, possui módulo e fase, dados respectivamente por: e Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 69/130 Solução Aplicando-se a regra do divisor de tensão Daí, então Chamando a=1/(RC), temos que e A Figura L-2.8.1 apresenta a curva para |H(ω)|, e a Figura L-2.8.2 apresenta a curva de ângulo para H(ω), ambas obtidas através da listagem abaixo: j=sqrt(-1) ww=5000 R=100 C=.00001 a=1/(R*C) H3=abs(a/(a+j*a)) alfa1=[] WW=[] HH=[] for omega=-ww:1:ww; H1=(1/(R*C))/(1/(R*C)+j*omega); H2=abs(H1); WW=[WW omega]; HH=[HH H2]; alfa=-atan(omega/a); alfa1=[alfa1 alfa]; end scf(1) plot2d(WW,HH) Y X = ZC R+ZC = 1 jωC R+ 1 jωC = 1 1+ jωRC H(ω)= 1 1+ jωRC = 1 /RC 1/RC+ jω Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 70/130 xgrid scf(2) plot2d(ww,alfa1) xgrid Os valores de R e C são, respectivamente R=100Ω e C=10μF. Observamos que para |ω|=a, ∣H (ω)∣= 1 √(2) =0,707 Portanto, a largura de banda de 3 dB do filtro é proporcional ao valor de a. No caso, a= 1000 rad/s. Como a é inversamente proporcional a RC, o filtro é mais rápido para valores menores de RC. RC tem a dimensional de s. Figura L-2.8.1 Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 71/130 Figura L-2.8.2 RC é a chamada “constante de tempo do filtro”. L-2.9-Usando a transformada inversa da função de transferência, calcule a resposta impulsiva do circuito RC da Figura 2-24. R: Solução Conforme visto no Exercício L-2.8, De uma tabela de transformadas, temos H(ω)= a a+ jω e−at u ( t)←→ 1 a+ jω Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 72/130 Logo Considerando que a=1/(RC) L-2.10-Calcule a saída y(t) do circuito RC da Figura 2-24 quando a entrada x(t) for uma função degrau unitário. R: Solução Mas conforme Exercício anterior. Portanto Daí, Como só existe para τ>0 e u(t-τ)=1 para τ<t e u(t-τ)=0 para τ>t, então quando t>0 existe sobreposição e consequentemente temos Quando t<0 não há sobreposição e y(t)=0. ae−at u ( t)←→ a a+ jω h ( t)= 1 RC e−t /(RC) y ( t)=x (t)∗h ( t)=u (t)∗h ( t ) h ( t)= 1 RC e −t RC u ( t) y ( t)=u ( t )∗ 1 RC e −t RC u (t) y ( t)= 1 RC∫−∞ +∞ e −τ RC u( τ)u ( t−τ)d τ e −τ RC u (τ) y ( t)= 1 RC∫0 t e−τ /(RC)d τ= 1 (RC) [ e −( τ/RC) −1 (RC) ]0 t =−[e−(t /RC)−1]=1−e − t (RC ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 73/130 Portanto, L-2.11-No circuito RC da Figura 2-24, R= 1 kΩ e C= 1 μF. Calcule y(t) se x(t)=10cos(2π106)t. Interprete o resultado. R: Solução Para um sinal senoidal, se x(t)=cos(ω0t), y(t)=|H(ω0)|cos(ω0t+θ(ω0)). Para o filtro RC, Sendo ω0=2π.106 rad/s, R=103Ω e C=10-6F. Sendo a=1/RC=103. Portanto, pois cos(ωt-90o)=-sen (ωt) O resultado acima indica que a frequência de saida é a mesma que a do sinal de entrada. Entretanto, o desvio de fase é muito grande, praticamente -90o. Além disso, A amplitude de saida é muito pequena. Isto indica que a atuação do filtro é muito forte nesta frequência. L-2.12-No circuito RC da Figura 2-24, x(t) é um pulso retangular definido pela fórmula x(t)=AΠ[(t-τ/2)/τ] (ver Exercício H-2.2). Calcule y(t) e faça gráficos de y(t) para τ/RC >> 1 e τ/RC << 1. Interprete os resultados. y ( t)=[1−e − tRC ]u ( t) H(ω)= 1 1+ jωRC ∣H (ω0)∣= 103 √(106+(2 π)21012) =1,6×10−4 θ(ω0)=−atan(ω0a )=−atan (2π×103)=−89,99o y ( t)=−1,6×10−3sen (2π×106 t) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 74/130 R: Solução Segundo o Exercício L-2.9, a equação característica do filtro RC é Assim Utilizando como auxílio a interpretação gráfica da convolução, vemos que temos 3 situações: 1º) t<0 2º) 0<t<τ e 3º) t>τ Para a 1ª situação, t<0, não há sobreposição, e y(t)=0. Para a 2ª situação, 0<t<τ, e Finalmente, para t>τ, temos: A Figura L.2-12-1 apresenta um exemplo para o sinal de saida quando τ/RC>>1, isto é, o pulso de saída é muito parecido com o pulso de entrada, sendo pequena a distorção apresentada pelo filtro. Isto se justifica pois o espectro de frequências do pulso retangular é proporcional a 1/τ,que é muito menor que a largura de banda do filtro, que é proporcional a a=1/RC. Desta forma o pulso é pouco afetado pelo filtro. h ( t)= 1 RC e −t RC u ( t) y ( t)=∫ −∞ +∞ h (z)x (t−z)dz y ( t)=∫ 0 t A RC e − z RC dz=A [1−e − t RC ] y ( t)=∫ t−τ t A RC e −z RC dz=A [1−e − t RC ]e − (t−τ) RC Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 75/130 Figura L.2-12-1 A Figura L.2-12-2 representa um exemplo para quando τ/RC <<1. Nota-se, neste caso, uma grande deformação do pulso de saida em relação ao pulso de entrada. Isto se justifica pois τ/RC sendo <<1, então a largura de de banda do filtro é muito menor que a largura de banda do pulso de entrada, causado grande distorção. Figura l.2-12-2 As Figuras L.12-2-1 e L.12-2-2 fora geradas pela listagem a seguir, para tau=80 e tau=5 respectivamente, e A=2. A listagem roda no Scilab 4.0: A=2 tau=5 R=2000 C=1E-03 z=tau/(R*C) tt1=[] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 76/130 hh1=[] for t=-100:.1:0 h1=0.00000000000001; hh1=[hh1 h1]; tt1=[tt1 t]; end plot2d (tt1,hh1) xgrid hh2=[] tt2=[] for t=0:.1:tau; h2=A*[1-exp(-t/(R*C))]; tt2=[tt2 t]; hh2=[hh2 h2]; end plot2d(tt2,hh2) xgrid tt3=[] hh3=[] for t=tau:.1:100 h3=A*[1-exp(-tau/(R*C))].*[exp(-(t-tau)/(R*C))]; hh3=[hh3 h3]; tt3=[tt3 t] ; end plot2d(tt3, hh3) xgrid L-2.13-Obtenha a função de transferência e a resposta impulsiva do sistema conhecido como segurador de ordem zero (Zero Order Hold – ZOH) apresentado na Figura 2-25. Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 77/130 Figura 2-25 Faça os gráficos correspondentes e interprete. Solução A resposta impulsiva do sistema é sua resposta ao impulso unitário. Assim , considerando que em sua entrada seja aplicado uma função impulso unitário, na entrada do integrador teremos a diferença de dois impulsos, δ(t)-δ(t-T). T é o retardo entre os dois impulsos aplicados na entrada do integrador. É como se ao impulso em t=0 correspondesse um eco em t=T, de área de sinal oposto ao 1º impulso. Assim, na saida do integrador temos um pulso retangular de largura T e amplitude =1, iniciando em t=0 e terminando em t=T, pois a integração do eco anula a integração do impulso a partir de t=T. Assim, Fica como desafio para o leitor a obtenção da função de transferência e uma confirmação do valor obtido. Fica também a realização dos gráficos correspondentes. R: L-2.14-Um sistema de transmissão apresenta o efeito de multicaminho, que ocorre quando o sinal chega ao receptor por dois ou mais caminhos com retardos diferentes. Considerando o caso de apenas dois caminhos, o sistema em questão pode ser representado pelo diagrama da Figura-2-26. y ( t)=h( t)=Π( t−T/2 T ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 78/130 Figura 2-26 Obtenha o módulo e a fase da função de transferência deste sistema e comente o resultado obtido. Sugestão: Faça gráficos aproximados de |H(ω)| e θ(ω). Considere K1=K2=1, e os gráficos vão desde – π/(t2-t1) a +π/(t2-t1). Comente sobre os gráficos obtidos. Solução Portanto H(ω)=K 1e − jω t1+K2 e −jω t2=K 1(1+K 2K 1 e− jω( t2−t1 ))e− jω t1 H(ω)=K 1(1+K2K1 cosω(t 2− t1)− j K 2 K1 senω(t 2− t1))e−jω t1 ∣H (ω)∣=K1√1+[ K2K1 cosω( t 2−t 1)]2+[ K 2K1 senω(t 2−t1)]2 ∣H (ω)∣=K1√[1+2 K 2K1 cosω( t2−t1)+K22K12 cos2ω( t2−t 1)+K 22K 12 sen2ω( t2−t 1)] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 79/130 e Desafio para o leitor: Gerar e representar gráficos para |H(ω)| e θh(ω). EXERCÍCIOS – Sequência M M-2.1-Considere o sinal x(t)=10cos(tπ+π/5)+5sen(2πt – π/4) + cos (6πt +π/3) sendo aplicado na entrada de um FPB ideal com ωc=4π e t0= 1 s. Determine a expressão do sinal y(t) na saída do filtro e trace as formas de onda de x(t) e y(t). Considere t variando de -5 a 5 s, com um intervalo mínimo de 0.1 s. Solução: O sinal de entrada é composto por 3 frequências, respectivamente ω1=π, ω2=2π e ω3=6π rad/s. O FPB é ideal, e possui uma frequência de corte ωc=4π rad/s. Logo, de antemão podemos inferir que o sinal de saida será composto por apenas duas frequências, ω1=π, ω2=2π. Mas qual serão as formas de onda de x(t) e y(t)? Evidentemente, isto dependerá do defasamento entre as frequências de entrada e do retardo oferecido pelo sistema. Podemos resolver essa questão supondo inicialmente que o sistema tenha retardo zero, e inserindo posteriormente o retardo de 1s em y(t), e ∣H (ω)∣=K1√[1+2 K 2K1 cosω( t2−t1)+K22K12 ] θh(ω)=−ω t1−atan [ K2K1 senω(t 2− t1)1+K2K1 cos omega( t2−t1) ] Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 80/130 aplicar o principio da superposição, calculando a saida correspondente a cada x. Mas mesmo assim ainda temos que considerar o defasamento entre os sinais de entrada. Pode-se também calcular logo as três grandezas envolvidas, x(t), y(t) e h(t), utilizando o teorema da convolução no tempo: Para isto, é muito fácil utilizarmos um software para cálculo matemático, como o Scilab, que é gratuito. A convolução, no Scilab, é calculada com apenas 1 comando, convol. A rotina utilizada é apresentada após as Figuras abaixo. Nesta rotina do Scilab, utilizaremos a equação característica do FPB : Outra coisa a ser considerada é que teoricamente tanto x(t) quanto y(t) são sinais de potência, portanto têm duração infinita ( de -∞ a+∞). Mas para poder usar um processamento numérico, ou mesmo desenhar um gráfico é preciso limitar a variável livre a valores finitos máximos e mínimos. Portanto, as respostas obtidas são limitadas a um certo intervalo, fora do qual elas não têm validade. Mas como saber se o resultado obtido é correto (ao menos aproximadamente)? Um critério é comparar as respostas segundo duas maneiras diferente de obtê-las. Uma, mais restritiva quanto aos parâmetros de cálculo, porém com boa probabilidade de acerto nos resultados. Outra mais geral, que pode ser facilmente estendida a outros tipos de sinais e sistemas. No nosso caso, a primeira valida a segunda. As duas formas foram empregadas, e deram origem aos resultados das figuras abaixo, geradas pelo Scilab: Figura M-2.1-1 Figura M-2.1-2 Sinal de entrada Resposta Impulsiva h(t) do sistema y ( t)=x (t)∗h ( t) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 81/130 Figura M-2.1-3 Figura M-2.1-4 Saida x1+x2 Saida representando a convoluçao entre as duas Figuras acima Observe que a Figura M-2.1-3 representa a soma de x1+x2, sinais com frequências respectivamente ω1=π, ω2=2π, que são inferiores a frequência de corte do FPB ωc=4π. Seria a saida do filtro, se o retardo fosse zero. Como o tempo de retardo do filtro é 1s, o valor em t=0 corresponde a t=1, etc. Este resultado valida o apresentado na Figura M-2.1-4, que é dado pela convolução entre o sinal de entrada e a resposta impulsiva do FPB. Note que o valor de retardo do filtro já está computado. As Figuras acima foram geradas pela utilização da rotina listada a seguir, que é aplicável a versões 4.0 e inferiores do Scilab. pi=4*atan(1); t=-5:0.01:5; x1=10*cos(pi*t+pi/5); x2=5*sin(t-pi/4); x3=cos(6*pi*t+pi/3); x4=x1+x2+x3; x9=x1+x2; scf(0) plot2d(t,x4) xgrid scf(1) plot2d(t,x9) xgrid Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 82/130 omegac=4*pi; t0=1; W=omegac/(2*pi); x=2*W*(t-t0); sinc=(sin(pi*x))./(pi*x); h=2*W*sinc; scf(2); plot2d(t,h) xgrid scf(3) y=convol(x4,h); tt=-10:0.01:10; plot2d(tt,0.01*y)xgrid M-2.2-Trace a resposta impulsiva h(t) para o FPB do Exercício M-2.1. Considere t de -5 a +5 s, com um intervalo mínimo de 0.1 s. Solução Na verdade, a solução deste exercício está contida na solução do Exercício M-2.1. A listagem a seguir é um subconjunto de comandos da listagem apresentada no Exercício M-2.1, que roda no Scilab Versão 4.0: pi=4*atan(1); t=-5:0.01:5; omegac=4*pi; t0=1; W=omegac/(2*pi); x=2*W*(t-t0); sinc=(sin(pi*x))./(pi*x); h=2*W*sinc; scf(2); plot2d(t,h) xgrid A Figura M-2.2-1 apresenta o gráfico para h(t), conforme geradp pela listagem acima: Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 83/130 Figura M-2.2-1 M-2.3-Conforme sabemos, y(t)=x(t)∗h(t). Comprove esta relação, obtendo a referida convolução para o caso do Exercício M-2.1. Sugestão: Elabore uma rotina computacional na linguagem de sua preferência, e utilize como entrada os vetores correspondentes à x(t) e h(t), para t de -5 a +5 s com intervalo de 0.099 s (para evitar divisão por zero). A saída deve ser comparada com y(t) obtido em M-2.1. Solução Novamente, este é um sub-produto do Exercício M-2.1. M-2.6-Trace o gráfico do pulso sinc x(t)=Asinc(2Bt). Considere 2 conjuntos de parâmetros:A1=1; B1=2 e A2=2; B2=4. A transformada de Fourier do pulso é X(ω)=(A/2B)Π (ω/4πB). Deduza esta expressão e calcule X(ω) para cada conjunto [A1,B1] e [A2,B2]. Trace os gráficos correspondentes e compare com os gráficos dos pulsos sinc. Estabeleça por sua conta as escalas das ordenadas e das abscissas mais adequadas. Solução A Figura M- 2.6.1 apresenta gráfico de x(t) para o 1º conjunto de valores [A,B]=[1,2]; Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 84/130 Figura M-2.6.1 Para o 2º conjunto [A, B]=[2,4] temos a Figura M-2.6.2; Figura M-2.6.2 As Figuras acima foram geradas com a seguinte listagem (Scilab 4.0): pi=4*atan(1); A=1; (2); B=2; (4); t0=0; Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 85/130 t=-5:0.0009:5; x=2*B*(t-t0); sinc=(sin(pi*x))./(pi*x); x=2*B*sinc; scf(1) plot2d(t,x) xgrid De uma tabela de transformadas compatível temos que: Daí, se x(t)=Asinc(2Bt) então X(ω)=(A/2B)Π (ω/4πB) As Figuras M-2.6.3 e M-2.6.4 apresentam X(ω) para os 2 conjuntos de valores [A,B]=[1,2] e [A,B]=[2,4], respectivamente. Figura M-2.6.3 Figura M-2.6.4 Conforme verificamos, a largura da função no domínio do tempo varia de forma inversa no domínio da frequência (se a função se alarga no tempo, isto é se a sua duração é maior, então ela se estreita na frequência, e vice-versa). Apesar de termos comprovado apenas para um caso particular, podemos generalizar para qualquer sinal. M-2.7-Considere o pulso sinc do Exercício M-2.6 sendo aplicado a um FPB ideal com largura de faixa WHz (W=ωc/2π), ganho unitário e retardo zero. Considere duas situações: B>W e B<W. Para cada uma das situações, calcule a expressão para o sinal de Asinc (2Wt)←→ A 2W Π( f 2W ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 86/130 saída y(t). Estabeleça comparações entre os dois casos, anotando o que acontece com a amplitude e a duração no tempo do pulso de entrada nos dois casos. Solução 1ª situação: B>W: Nesse caso, a largura de banda do sinal de entrada é modificada pelo filtro. Como a função de entrada é retangular em ω, sua representação no tempo é uma função sinc. Portanto, o sinal de saida, terá um espectro de frequências ainda retangular, porém, como B>W, este sinal de saida terá um espectro mais estreito que o de entrada, ficando limitado à uma frequência ωC. Este sinal, no domínio do tempo, tem a forma da transformada inversa da função retangular, ou seja a função sinc. Na verdade, pela ação do filtro, o espectro do sinal de saida será igual à função de transferência do filtro. No domínio do tempo, temos uma convolução entre duas funções sinc, a função de entrada e a equação característica do filtro. O resultado, isto é, o sinal de saida, é também expresso como uma função sinc no domínio do tempo. Daí concluímos que a convolução entre funções sinc de espalhamentos diferentes resulta ainda numa função sinc, que é igual à sinc mais espalhada. Em outras palavras: sendo B>W. 2ª situação: B<W: Nesse caso, o FPB não afeta o sinal de entrada, que possui menor largura de banda. Assim, o sinal de saida reproduz a entrada. Seguindo o mesmo raciocínio anterior, temos nesse caso: sendo B<W. A amplitude, como a função de transferência tem valor =1, fica inalterada a amplitude máxima da função de transferência. Entretanto,no caso descrito pela situação 1, O sinal de saida possui largura de bada menor que o sinal de entrada, sua energia é menor, e sua amplitude máxima no domínio do tempo deverá também diminuir. y ( t)=x (t)∗h ( t)=2Bsinc (2Bt)∗2Wsinc(2Wt)=2Wsinc(2Wwt) y ( t)=x (t)∗h ( t)=2Bsinc (2Bt)∗2Wsinc(2Wt)=2Bsinc (2Bt ) Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 87/130 M-2.8-Considere uma função degrau unitário sendo aplicado à entrada de um FPB ideal de largura de banda W e t0=0. Calcule numericamente a saída y(t) do filtro para -4/W<t<4/W. Utilize o software de sua preferência, mas considere um número suficiente de amostras dos vetores de entrada para que se obtenha um gráfico claro e bem preciso. Discuta a precisão do sinal de saída em função do incremento utilizado nas variáveis e do comprimento dos vetores. Solução Conforme vimos no Exercício K-2.10, a convolução de uma função qualquer com o degrau unitário resulta na integral da função. Neste Exercício, temos como sinal de saida do filtro a convolução entre o sinal de entrada e a equação característica do sistema. Como o sinal de entrada é um degrau unitário, a saida será igual a integral da equação característica do FPB. Portanto, será igual à integral de h(t)=2Wsinc(2Wt). Esta é uma integral não-trivial, e só pode ser calculada numericamente. A Figura M-2.8 apresenta a função de saida, obtida pela rotina abaixo, escrita para rodar no Scilab versão 4.0. Esta rotina calcula numericamente a integral de uma função qualquer, definida pelo comando function, pelo método de Simpsom. pi=4*atan(1); W=1.5; fqq=[]; nn=[]; ss=[]; xx=[]; function [r]=IQ(v) r=(2*W)*(sin(2*W*pi*v)/(2*W*pi*v)); endfunction t=0; nx1=-1.; nx2=5.; for ny=nx1:0.01:nx2; nz=-1.5; s=0.; fq=0.; n=0.; for x=nz:0.01:ny n=n+1; s=IQ(x); fq=fq+2*s; end Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 88/130 fq=fq-(IQ(nz)+IQ(ny)); fq=((ny-nz)/(2.*(n-1))).*fq; int=fq; fqq=[fqq fq]; nn=[nn n]; xx=[xx x]; end scf(0) plot2d(xx,fqq) xgrid Figura M-2.8 Quanto aos parâmetros do cálculo, eles podem ser ajustados convenientemente na rotina. M-2.9-Um FPB tem uma função de transferência dada por: conforme mostra a Figura 2-31. Esta função não tem módulo constante na faixa de passagem do filtro, apresentando uma distorção linear em atenuação. Um pulso g(t), também limitado em banda à BHz, B=W, é aplicado à entrada deste Solução dos Exercícios de Análise de Sinais Prof. João Baptista -jribeiro@telecom.uff.br Pag 89/130 filtro, conforme mostra a Figura 2-32. Ache a saída r(t). Trace o gráfico resultante considerando k=0,1; t0=0,5 s; T=0,1 s, e W=1.5Hz. R: r(t)=g(t-t0)+(k/2)g(t-t0+T)+(k/2)g(t-t0-T)
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