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Apostila de Sistemas

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Administração de Sistemas de Informação e Sistemas de Informação 
 
Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
I – CONCEITOS BÁSICOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
 
1. PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E 
ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS 
 
1. 1 PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO: UM POUCO DE HISTÓRIA 
A administração está presente na história da humanidade há muito tempo. 
Vem desde as sociedade mais primitivas até as mais modernas. 
Para todas as sociedades administrar é um ato de que colocam ordem e dá um rumo ao contexto 
social. 
 
 
Tanto as sociedades patriarcais quanto as 
matriarcais, tiveram o seu papel na história 
da administração, atuando com poder 
centralizado, sendo esta uma características 
que as empresas adotaram para si durante 
algum tempo. 
 
 
 
 
 
Posteriormente, nota-se o papel de Moisés 
que a partir dos homens de 1000, 100, 50 e 
10, alterou o modo de ação, implantando a 
descentralização de poder. 
 
 
Sócrates também teve seu papel uma vez 
que trazendo a maiêutica e a ironia socrática 
favoreceu a toda uma massa pensante e 
criativa que poderiam trazer para a 
administração e ação em si soluções novas e 
criativas, além da possibilidade de reflexão 
sobre o modo de agir. 
 
 
Porém, Adam Smith surge no contexto e quebra completamente aquilo que Sócrates propõe. 
Assim, através do Princípio da Especialização aos Trabalhadores Manufatureiros, defendeu uma 
massa de funcionários que não pensam, somente repetem ordens e assim alienam-se 
completamente daquilo que produzem. Tal idéia foi bastante rebatida por Karl Marx. 
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Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
 
Mas, a partir de Frederick Taylor, o pai da administração científica, todas essas inovações 
tomaram visibilidade alterada. 
 
 
 
 
Deste modo, com ele o aumento da 
eficiência através da racionalização foi um 
lema defendido através dos princípios de 
transferir, otimizar, selecionar, treinar e 
fiscalizar. 
 
 
Henry Fayol, por sua vez, atuou 
intensamente no aumento da eficiência 
através da organização dos Princípios Gerais 
da Administração, sendo eles o 
planejamento, a organização, a direção, a 
coordenação e o controle. 
Para tal, sua visão de engenheiro e militar 
trouxeram a departamentalização e a 
aplicação da figura específica do “chefe”. 
 
 
 
Por fim, Henry Ford e sua visão de futuro 
através de uma “pseudo” distribuição de 
lucros para os funcionários, somou à 
administração a racionalização e a 
padronização. 
 
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Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
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1.2 ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS 
Para que se compreenda melhor o que administrar é importante verificar o significado da palavra 
e que ênfase ela dá à ação em si. 
A palavra administração vem do latim administer. 
Ao decompor a palavra tem-se a seguinte análise: 
AD MINISTER 
= direção para 
= tendência para 
= subordinação 
= obediência 
“aquele que presta um serviço a outrem” 
Mas esta decomposição carrega em si uma interpretação de subjugação e a administração no 
contexto atual não repete mais estes parâmetros. 
Assim, ao invés de obedecer cegamente, ao administrar se interpreta objetivos que levarão a 
organização ao lugar desejado, e para isso, eles são transformados em ação. Porém tudo isso só 
ocorre se os pilares da administração moderna e científica se fizerem presentes. São eles: 
 
1.2.1 PLANEJAMENTO 
É a base da administração, sem ele nada acontece. 
Apesar de ser um modelo teórico, é ele quem define as ações a serem realizadas, especificando 
como elas acontecerão. 
Para tal, desenvolve-se 3 tipos de planejamento: 
- Estratégico: planejamento amplo, de longo prazo e definido pela alta administração da empresa. 
- Tático: tem a amplitude de um setor ou departamento, é de médio prazo e é preparado pelas 
gerências. 
- Operacional: é mais específico, mais detalhado, uma vez que compreende uma tarefa em si, tem 
curto prazo de realização e é elaborado pelo funcionário operacional. 
 
1.2.2 ORGANIZAÇÃO 
A palavra em si muitas vezes é utilizada para substituir o termo empresa, mas pode ser aplicada 
de forma bem mais ampla. 
Assim, organização também pode ser o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos 
necessários a uma determinada ação, estabelecendo relações entre pessoas e recursos e 
atribuições, por exemplo. 
Pode ainda: 
- Determinar as atividades para alcançar os objetivos (especialização); 
- Agrupar as atividades em estrutura (departamentalização); 
- Designar as atividades, posições e pessoas (cargos e tarefas); 
 
1.2.3 DIREÇÃO 
Tem a função específica de “fazer as coisas andarem”, ou seja, dar o rumo para que o 
planejamento aconteça de forma dinâmica. 
A direção também pode ser exercida através de um membro do grupo de trabalho que atuará 
fazendo uso de autoridade (título) e poder (influência). 
 
1.2.4 CONTROLE 
Tem o importante papel de garantir que tudo o que foi planejado, organizado e dirigido seja 
finalmente alcançado. 
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Para tal, pode ser exercido através da ação da medição, o que favorecerá para que se corrija erros 
que por ventura tenham ocorrido durante o processo de realização de algo que foi planejado. 
 
2. TEORIA GERAL DE SISTEMAS 
 
 
A Teoria Geral dos Sistemas – TGS, surgiu como uma teoria interdisciplinar elaborada pelo 
biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy em 1971, de modo que em sua visão tudo poderia ser 
considerado como sistema. 
Estudando de forma mais profunda, a TGS adquire o conceito de Cibernética, criado por Norbert 
Wiener em 1978, advindo do termo grego “kybernytiky” que significa a arte de governar navios, 
que já existia desde a época de Platão, e que era interpretado como a arte de governar o Estado. 
A arte de governar um navio está totalmente ligado ao ato de “dirigi-lo” utilizando apenas dois 
artifícios: A comunicação e o Controle. 
De acordo com Isaac Epstein, o ponto mais relevante para a cibernética é a questão de como os 
sistemas se auto-organizam. Porém, a cibernética, também preocupa-se com os mecanismos que 
serão utilizados pelo próprio sistema para: 
 Se auto-regular; 
 Se auto-reproduzir; 
 Evoluir; 
 Aprender. 
Quanto ao conceito de sistema vale ressaltar que alguns autores criaram seus próprios conceitos 
para o termo sistema, tais como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tais conceitos apresentam pontos comuns, como a interdependência, a relação de partes 
formando um conjunto, o objetivo deste conjunto, dentre outros. 
 Sistema é um conjunto de partes, as quais formam um todo com objetivo comum. 
(Bertalanffy) 
 Sistema é um conjunto de elementos que estão dinamicamente relacionados e esse 
dinamismo sugere a possibilidade de evolução. (Denis Alcides Resende) 
 Sistema é um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou 
partes que interagem formando um todo unitário e complexo. (Sérgio Bio) 
 Sistema é um conjunto de objetos interligados. (Isaac Epstein) 
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Assim, de acordo o referencial teórico já disposto pode-se afirmar que um sistema 
“cibernetizado” incorpora mecanismos de auto-correção, tendo em vista soluções alternativas 
para as diversas atividades que venha desenvolver. 
Todo e qualquer Sistema, independente da área do conhecimento que se esteja estudando, 
apresenta os seguintes componentes, que serão explorados mais adiante: 
 Entrada; 
 Processamento; 
 Saída; 
 Feedback. 
É possível ainda identificar basicamente um sistema através do seu modo de ação. Dessa forma a 
identificação básica de sistemas é: 
 Sistema Determinista - Neste sistema, as partes interagem de maneira perfeitamente 
previsível e exata, ou seja, é possível identificar previamente o seu comportamento, ou 
até definir o que ele fará. 
 Sistema Probabilista - Aqui a interação das partes é prevista com certo grau de 
probabilidade, deste modo, muitas podem ser as reações do sistema, dependendo do seu 
manuseio. 
É muito importante considerar que a TGS não busca solucionar problemas ou tentar soluções 
práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de 
aplicações na realidade baseado na experiência. 
 
2.1TIPOS DE SISTEMAS 
 
Como este estudo é amplo, é importante identificar desde os sistemas mais simples até os mais 
complexos, como será visto a seguir. 
Muitas vezes, sistemas diferentes fazem parte de um metassistema maior e quanto mais profundo 
for o conhecimento sobre eles mais apurada será a sensibilidade do homem para percebê-los. 
Os sistemas podem ser: Naturais; feitos pelo homem; automatizados. 
 SISTEMAS NATURAIS - São aqueles encontrados na natureza, podendo ser: 
 
o Sistemas Físicos: Sistemas existentes desde o início do mundo ou que se 
organizam de forma independente e dinâmica e que os homens tentam modificar, 
de forma que a computação já consegue agir harmoniosamente com eles. 
Exemplos: Sistemas Estelares (galáxias, sistemas solares, etc); Sistemas 
Geológicos (rios, cadeias de montanhas, etc); Sistemas Moleculares (organizações 
complexas de átomos); 
 
o Sistemas Vivos: Abrangem os animais, as plantas e o homem, incluem também 
hierarquias de organismos vivos individuais, como ervas, rebanhos, tribos, grupos 
sociais, empresas e nações. Exemplos: Ingestor (que introduz matéria-prima); 
Conversor (converte entradas); Produtor (produz material para sustentar o 
sistema); Memória (executa o processo de aprendizado por armazenamento); 
 
 
 
 
Observações: 
Muitos sistemas feitos pelo homem e/ou automatizados interagem harmoniosamente 
com sistemas vivos, como é o caso dos Marca-passos computadorizados que interagem 
com o coração humano. 
 
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 SISTEMAS FEITOS PELO HOMEM - Alguns sistemas são construídos, organizados 
e mantidos pelo homem. Exemplos: Sistemas Sociais (leis, doutrinas, costumes, etc); 
Uma coleção organizada e disciplinada de idéias (sistema para organização de livros em 
bibliotecas); Sistemas de Transportes (redes rodoviárias, linhas aéreas, etc); Sistemas de 
Comunicações (telefone, faz, sinais de fumaça, sinais manuais); Sistemas de Manufatura 
(fábricas, linhas de montagem, etc); Sistemas Financeiros (contabilidade, controle de 
estoque, etc); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SISTEMAS AUTOMATIZADOS - Sistemas feitos pelo homem, que interagem com ou 
são controlados por um ou mais computadores. É comum fazer parte de sistemas 
automatizados os seguintes itens: Hardware; Software; Peopleware; Dados; 
Procedimentos. 
Os Sistemas Automatizados podem ser ainda: 
o Sistemas On-Line 
Interagem diretamente com o usuário de forma que os dados são introduzidos no sistema de 
processamento, armazenados e organizados de modo a serem recuperados e/ou modificados 
rapidamente, fragmentada e remotamente. Todo este procedimento requer um pequeno espaço de 
tempo, sendo quase imperceptível. 
o Sistema Bath ou Sistema em Lote 
Muito comum nas décadas de 60 e 70 é caracterizado pelo processamento e recuperação de 
informações de forma seqüencial, ocorrendo com grandes intervalos de tempo entre um 
processamento e outro. 
o Sistemas de Tempo-Real 
Controla um ambiente pelo recebimento de dados, seu processamento e apresentação dos 
resultados com rapidez suficiente para afetar o ambiente naquele momento, de modo que, se o 
computador não responder com suficiente rapidez, o ambiente (que é normalmente autônomo e 
hostil) pode ficar fora de controle. 
 
2.2. EVENTOS E HIERARQUIA DE UM SISTEMA 
 
Observações: 
Alguns destes sistemas, na atualidade, não sobrevivem sem os computadores, porém eles 
já existiam antes do surgimento das máquinas, outros ainda nem se encontram total ou 
parcialmente computadorizados, porém, a tendência é de que em pouco tempo a 
dependência do uso das máquinas seja uma realidade maior do que a atual. 
 
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EVENTOS 
Estas são situações pelas quais um sistema passa de forma que possam ser apresentadas de forma 
isolada ou em conjunto. 
O Importação 
Também conhecida como Ingestão, Input ou Alimentação, pois este é o artifício que permite a 
sobrevivência de um sistema aberto. Quando um elemento importado do meio for prejudicial ao 
sistema, este deve ser capaz de detectar o problema e se adaptar a este novo elemento. 
Neste evento dois fatores são considerados, de forma que um deles é a seleção (entrada de 
elementos somente com confirmação) e o outro é a classificação (organização dos novos 
elementos utilizando algum parâmetro). 
O Exportação 
Também conhecida como saída, resultado ou output. Considera-se que em um sistema aberto, as 
entidades que lá entrarem, em algum momento sairão, com novas características, diferentes das 
que traziam quando entraram. É importante observar que as saídas servem para avaliação total ou 
parcial do desempenho do sistema. 
o Feedback 
Também conhecido como retroação, retroalimentação, retroinformação, servomecanismo ou 
realimentação. Caracteriza-se por ser uma resposta ou retorno de corrente de uma avaliação, 
impondo correções aos sistemas, que possam permitir seu equilíbrio, através da auto-regulação 
ou autocontrole. Normalmente é a parte sensorial dos sistemas. 
o Homeostasia 
Palavra que vem do grego Homeostatis e tem por significado: Homeos (semelhante) + Statis 
(situação). Caracteriza-se pela desintegração e reconstituição contínua e constante de um sistema 
em busca de um equilíbrio dinâmico obtido através de elementos de retroação. 
o Morfogênese 
Caracteriza-se pelo fato de que pode mudar a si mesmo, em algum aspecto básico, podendo ser 
considerado também como uma mutação. 
O Entropia 
O termo grego Entrope que significa transformação, está embasado em leis físicas (2ª lei da 
termodinâmica) que tratam da distribuição desigual da energia, assim, é considerada a falta ou a 
pouca alimentação depositada em um sistema. 
o Redundância 
Característica que confere certa segurança a um sistema pela duplicação de um procedimento ou 
equipamento. 
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HIERARQUIA DE SISTEMAS 
Como uma estrutura hierárquica tem como missão dirigir as operações dos níveis que lhes são 
subordinados, um sistema pode ser composto de subsistemas, que por sua vez, têm a 
característica de se relacionarem entre si, compondo o sistema maior. 
Assim, Subsistemas são partes do Sistema que atuam na execução de uma ou mais funções 
dentro do mesmo. Pelo princípio hierárquico, quanto maior o sistema, maior será o número de 
subsistemas em sua estrutura. 
Em relação a eficiência e a eficácia, considera-se que a eficiência se preocupa em fazer 
corretamente as coisas e da melhor maneira possível, com ênfase nos métodos e procedimentos 
internos. A eficácia se preocupa em fazer as coisas corretas para atender as necessidades da 
empresa e do ambiente que o circunda, concentrando-se no sucesso quanto ao alcance dos 
objetivos com a atenção voltada para aspectos externos. 
Vale considerar que tanto a eficiência quanto a eficácia são importantes aos sistemas, entretanto 
nem sempre ambas caminham juntas. 
Veja no quadro abaixo as principais características da eficiência e da eficácia: 
EFICIÊNCIA EFICÁCIA 
 Diz respeito ao método; 
 O modo certo de fazer as coisas; 
 É definida pela relação entre volumes produzidos e 
recursos consumidos; 
 Uma medida normativa da utilização de recursos 
em um processo; 
 É a relação entre os custos e benefícios; 
 Diz respeito aos resultados; 
 Escolha da solução certa para determinado 
problema ou necessidade; 
 É definida pela relação entre resultados pretendidos 
e resultados obtidos; 
 Medida normativa do alcance de resultados; 
 Capacidade de satisfazer uma necessidade; 
 
 
2.3. CARACTERÍSTICAS GENÉRICAS DOS SISTEMAS 
 
No quadro abaixo apresenta-se as principais características genéricas dos sistemas simples e 
complexos: 
SISTEMAS SIMPLES SISTEMAS COMPLEXOS 
 Número pequeno de elementos; 
 Poucas interações entre os elementos; 
 As atribuições dos elementos são determinadas 
previamente; 
 A interação dos elementos é altamente organizada; 
 Leis bem definidas governam o seu 
comportamento; 
 O sistema não evolui com o passar do tempo; 
 Os subsistemas não procuram suas próprias metas; 
 O sistema como um todo não é afetado por 
influências comportamentais; 
 O sistema é fechado em grande parte ao ambiente; 
 Número grande de elementos; 
 Muitas interações entre os elementos; 
 As atribuições dos elementos são determinadas com 
base em probabilidades; 
 A interação entre os elementos é frouxamente 
organizada; 
 Eles são probabilísticos no comportamento; 
 O sistema evolui com o passar do tempo; 
 Subsistemas são propositados e geram suas próprias 
metas; 
 O sistema é afetado por influências 
comportamentais; 
 O sistema é largamente aberto ao ambiente; 
 
2.4. PRINCÍPIOS E TEOREMAS DE SISTEMAS 
 
É muito importante considerar que os sistemas compreendem alguns princípios e teoremas. Os 
princípios apresentam sempre as bases, o fundamento ou ainda as regras que regem algo. Já os 
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teoremas apresentam idéias que não estão somente no campo das idéias, mas que já foram 
devidamente comprovadas. 
Deste modo, apresentam-se agora os aspectos que norteiam os sistemas, ou seja, seus princípios: 
 Princípio da Escuridão - Nenhum sistema pode ser conhecido completamente; 
 Princípio Oitenta-vinte - Em sistemas grandes e complexos 80% da produção será 
produzida antes de 20% do sistema; 
 Princípio da Hierarquia - Cada nível é composto de vários sistemas integrados; 
 Princípio do Relaxamento - A estabilidade do sistema só é mantida se o tempo do 
relaxamento for mais curto do que o mau tempo entre perturbações; 
 Princípio da Solidez - Para o equilíbrio de um sistema há a necessidade do equilíbrio dos 
subsistemas e vice-versa; 
 Princípio da Auto-organização - Sistemas complexos se organizam com base na 
interação de seus subsistemas; 
 Princípio do Controle Cibernético - O controle ideal é seguido por avaliação contínua e 
automática de ação corretiva; 
 Princípio da Redundância de Manutenção - Em condições de perturbação o sistema 
requer redundância de recursos críticos; 
 Princípio da Modificação do Ambiente - Um sistema para sobreviver, ou se adapta ao 
ambiente ou o muda; 
 Princípio do Ambiente Seguro - Declara a importância da criação de um ambiente 
estável através da proteção da mudança; 
Já os teoremas que seguem trazem idéias que já foram devidamente testadas e assim 
comprovadas sobre sistemas: 
 Teorema da Redundância de Informação - Evita-se erros aumentando a redundância 
nas mensagens; 
 Teorema de Sistema Recursivo - Cada sistema viável possui e deve possuir 
internamente um sistema viável; 
 
2.5. AS RELAÇÕES ENTRE SISTEMA E AMBIENTE 
 
No quadro abaixo apresentam-se as relações existentes entre sistema e ambiente: 
SIMPLES 
 Possuem alguns componentes, sendo o 
relacionamento ou a interação entre os 
elementos simples e direto; 
COMPLEXO 
 Possuem muitos elementos altamente relacionados e 
interconectados; 
PERMANENTE 
 Existe por um período de tempo 
relativamente longo; 
TEMPORÁRIO 
 Existe por um período de tempo relativamente curto; 
ESTÁVEL 
 Sofre pouquíssimas mudanças ao longo do 
tempo; 
DINÂMICO 
 Sofre rápidas e constantes mudanças ao longo do tempo; 
ADAPTÁVEL 
 É capaz de mudar em resposta as mudanças 
do ambiente; 
NÃO-ADAPTÁVEL 
 Não é capaz de mudar em resposta a mudanças do 
ambiente; 
ABERTO 
 Interage com o seu ambiente; 
 Faz intercâmbio com o ambiente através de 
entradas e saídas; 
FECHADO 
 Não possui interação com o ambiente; 
 Não recebem e não influenciam o ambiente; 
 Não existem na exatidão do termo, sendo considerado 
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 Não pode viver em isolamento; 
 Restaura sua própria energia e repara perdas 
em sua própria organização. 
como tal aqueles que têm comportamento determinístico, 
programado e estruturado. 
 
3. A INFORMAÇÃO 
 
Uma vez que o estudo amplo sobre sistemas foi encerrado, agora será realizado outro estudo, 
sobre a informação. Também de uma forma ampla, a informação será analisada e discutida para 
que se possa compreender a importância dela para o cotidiano da sociedade. 
É importante fazer a diferenciação entre dado, informação e conhecimento. 
Os dados são os fatos em sua forma primária. Alguns tipos de dados são: Dados Alfanuméricos, 
Dados de Imagem, Dados de Áudio, Dados de Vídeo... 
A figura abaixo demonstra o ciclo de vida dos dados: 
 
A informação é o conjunto de fatos organizados de tal forma que adquirem valor adicional, além 
do valor do fato em si. É um recurso muito importante e valioso de uma empresa. 
O conhecimento é o corpo ou as regras, diretrizes e procedimentos usados para selecionar, 
organizar e manipular os dados, tornando-os úteis para uma tarefa específica. 
A informação pode ser considerada um dado, tornado mais útil, através da aplicação do 
conhecimento. 
 
De forma ampla, qualidade é a busca da perfeição, é sinônimo de eliminação do “retrabalho”, é 
obsessão pelo “defeito zero”. 
Deste modo, medira qualidade da informação é uma maneira de classificar e identificar os 
interesses e as necessidades informacionais dos usuários, estando assim ligada à apropriação da 
informação para o seu devido uso e para isto há a necessidade de ferramentas que gerem 
informações úteis. 
As principais características de uma boa informação são: 
CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO 
 PRECISA 
 COMPLETA 
 ECONÔMICA 
 FLEXÍVEL 
 CONFIÁVEL 
 RELEVANTE 
 SIMPLES 
 EM TEMPO 
 VERIFICÁVEL 
 Não tem erros! 
 Contém todos os fatos importantes! 
 Produção relativamente econômica! 
 Usada para diversas finalidades! 
 Depende da fonte de informação! 
 É importante para tomar decisões! 
 Não deve ser complexa! 
 Enviada quando necessário! 
 Checar várias fontes da mesma informação! 
 
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3.1 O PAPEL DA INFORMAÇÃO NO PROCESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E 
AS LEIS DA INFORMAÇÃO 
 
O ATO DE ADMINISTRAR A INFORMAÇÃO ESTÁ SUJEITO A DESAFIOS ESPECÍFICOS. 
Ivone Ascar 
 
A Informação é a matéria-prima para a tomada de decisão e a aquisição da informação requer 
alguns parâmetros para torná-la importante, portanto, quanto mais o gestor se mantiver 
“antenado” com as novidades e as melhorias tecnológicas de captação de informação, melhor 
será sua habilidade de atuar diante da competitividade do mercado atual. 
Porém, há múltiplos fatores que impedem que a informação seja gerada e muitas vezes utilizadas 
pelas pessoas, tais como: 
 Falta de preparo para lidar com o novo; 
 Despreparo para a interpretação de idéias; 
 A exclusão social e conseqüentemente econômica e vice-versa; 
 Baixos incentivos para o acesso total à tecnologia; 
O valor da informação está diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de 
decisões a atingirem as metas da empresa. Dessa forma, está ligado diretamente a alguns fatores, 
tais como: 
 Fator de Apoio à Decisão - Requer informação de qualidade, para a redução da incerteza 
no “Decision Making” (Tomada de Decisão); 
 Fator de Produção - Elemento para criação e introdução de produtos; 
 Fator de Sinergia - Qualidade das ligações, relações e fluxo de informação entre as 
unidades da organização; 
 Fator Determinante de Comportamento - Internamente: Ações dos colaboradores 
condizentes com os objetivos corporativos; Externamente: Ações dos clientes, 
fornecedores, órgãos governamentais e parceiros para alcançar os objetivos 
organizacionais; 
Em relação as leis da informação, Beal (2004) trata de fatores que regem a informação com base 
nos estudos de Moody e Walsh. 
Essas leis são as seguintes: 
1ª Lei: A informação é compartilhável. 
A informação pode ser utilizada de várias maneiras e por muitas pessoas 
2ª Lei: O valor da informação aumenta com o uso. 
Quanto mais a informação é utilizada, maior é a sua importância. Para utilizar é preciso: 
 Saber que ela existe; 
 Saber onde ela está armazenada; 
 Saber como utilizá-la; 
 Receber a informação adaptada para a necessidade; 
3ª Lei: A informação é perecível. 
A informação também apresenta “data de validade”, ou seja, se não for utilizada no 
momento certo e do modo certo, pode não surtir o efeito desejado; 
4ª Lei: O valor da informação aumenta com a precisão. 
A informação deve ser exata, correta e não apresentar nenhum erro; 
5ª Lei: O valor da informação aumenta quando há combinação de informações. 
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Quanto mais uma informação é compartilhada, maior é a possibilidade de que a ela seja 
adicionada outras informações; 
6ª Lei: Mais informação não é necessariamente melhor. 
A informação necessita ser filtrada, pois o excesso prejudica o desempenho; 
7ª Lei: A informação se multiplica. 
É “autogenerativa” por multiplicar-se em operações de síntese, análise e combinação. 
 
3.2. TIPOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
 
“As organizações dependem de informações de naturezas diversas para alcançar seus objetivos” 
Beal 
 
Partindo da citação acima é notório que classificar a informação a torna passível de uma melhor 
utilização, de modo a possibilitar a extração de tudo o que ela pode significar. 
Esta classificação apresenta outras utilidades, tais como: 
 Útil na fase de planejamento de um Sistema de Informação; 
 Visualizar o volume de dados a serem processados, complexidade do processamento e 
nível desejado de flexibilidade de apresentação dos resultados; 
 Permite definir com base no público alvo a estrutura de dados, tecnologias de suporte ao 
planejamento, modelos de telas e relatórios. 
Dessa forma, vejamos as classificações aplicadas às informações: 
1 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICABILIDADE: 
 Informação de Nível Institucional - Monitorar, avaliar o desempenho e subsidiar o 
planejamento e as decisões de alto nível. 
 Informação de Nível Intermediário - Monitorar, avaliar processos e subsidiar o 
planejamento e as decisões de nível gerencial. 
 Informação de Nível Operacional - Monitorar o espaço geográfico e subsidiar o 
planejamento e as decisões de nível operacional. 
 Informação Estratégica 
Melhora o processo decisório reduzindo o grau de incerteza. 
2 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FONTE DE ORIGEM: 
 Fonte Formal - Imprensa, bases de dados, artigos científicos, informações técnicas, 
documentos da empresa, etc... 
 Fonte Informal - Seminários, congressos, visitas a clientes, exposições, agências de 
publicidade, produtos, clientes, fornecedores, etc... 
3 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIVISÃO DA INFORMAÇÃO: 
 Informação de Atividade - Permite que a organização garanta seu funcionamento, sendo 
costumeiramente muito estruturada e apresentando um modelo. 
Relaciona-se ao nível operacional da organização. Exemplos: Pedidos de compra, nota de 
saída de material, custo de implementação de projeto... 
 Informação de Convívio - Permite o relacionamento entre os indivíduos e pode 
influenciar seu comportamento, podendo apresentar-se de forma não-estruturada e não 
possuindo modelo prévio. Relaciona-se a todos os níveis hierárquicos. Exemplos: Jornal 
interno, reunião de serviço, ação publicitária... 
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Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
Vale ainda ressaltar a classificação dos sistemas de informação baseados em tecnologias de 
informação de acordo com o tipo de informação processada. Destaca-se os seguintes sistemas: 
 Sistemas de Informação Operacional - Tratam das informações rotineiras da 
organização, trabalhando com dados detalhados. 
 Sistemas de Informação Gerencial - Transformam dados provenientes das operações da 
organização, apresentando-os de forma agrupada ou sintetizadas em percentuais totais, 
acumuladores, etc, de modo a permitir a visualização das operações regulares da empresa 
servindo ao planejamento e ao controle do negócio. 
 Sistemas de Informação Estratégica - Auxilia o processo de tomada de decisão pela 
cúpula estratégica, oferecendo informações gráficas e bem estruturadas com base em 
fontes internas e externas, utilizando ferramentas de análise e de comparações complexas, 
simulações, etc. 
Os níveis da informação e o planejamento das organizações obedecem a hierarquia 
organizacional padrão já existente e compreende os seguintesníveis: 
 Nível Informacional Macro: 
 Contempla as informações da empresa como um todo, tanto no ambiente interno 
quanto no externo; 
 Compreende o nível estratégico da organização, formado pelo alto escalão e que 
se encontra atuando com o planejamento estratégico; 
 O Planejamento Estratégico é um processo de gestão que possibilita ao executivo 
estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa. Orienta-se pelas seguintes 
questões: Onde estamos? Para onde queremos ir? Como iremos? 
 Nível Informacional em Grupo, Agrupado ou Sintetizado: 
 Contempla a junção de determinadas informações de uma unidade departamental 
e/ou de um negócio; 
 Compreende o nível tático ou gerencial da organização, formado pelos gestores de 
nível médio e que se encontram atuando com o planejamento tático; 
 O Planejamento Tático visa otimizar determinada área de resultado ou função 
empresarial; 
 Nível Informacional Detalhado ou Analítico: 
 Contempla pormenores específicos de um dado, tarefa ou atividade; 
 Compreende o nível operacional de uma organização, formado pelo corpo técnico 
da empresa e que se encontram atuando com o planejamento operacional; 
 O Planejamento Operacional é uma espécie de formalizador de processos, que cria 
condições para a realização dos trabalhos diários. 
 
4. PENSAMENTO SISTÊMICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO APLICADO ÀS 
ORGANIZAÇÕES 
De acordo com Vicente (2005) no livro “Homens e Máquinas” o pensamento sistêmico é: 
“ ... uma maneira holística de olhar o mundo, orientada para os problemas, uma abordagem que 
se concentra nos relacionamentos entre elementos dos sistemas, seja qual for a forma pela qual 
esses elementos se apresentam”; 
“... o pensamento sistêmico focaliza o quadro inteiro, as interações dos elementos.” 
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“... um relacionamento não é um objeto físico que você pode segurar na mão; é uma propriedade 
emergente, uma gestalt, que só ganha existência quando as partes nela compreendidas se reúnem 
e se configuram de um modo particular.” 
Neste sentido, o pensamento sistêmico é uma forma de pensar e analisar o ambiente de maneira 
ampla, em todos os seus relacionamentos e conexões, permitindo que seja possível analisar os 
sistemas, a informação e a organização como pontos que apresentam uma relação acentuada e na 
atualidade dependente. 
Os pressupostos do pensamento sistêmico são: 
 O pressuposto da simplicidade - Separando o objeto de estudo complexo em partes, 
encontram-se elementos simples, em que é preciso separar as partes para entender o todo. 
 O pressuposto da estabilidade - O objeto de estudo é estável, ou seja, por mais que ele 
seja manipulado, a sua essência continuará sendo a mesma. 
 O pressuposto da objetividade - É possível conhecer objetivamente o objeto de estudo 
tal como ele é na realidade, desde que a objetividade como critério de cientificidade, seja 
uma exigência. 
 
5. PRINCÍPIOS GERAIS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS 
 
 Quanto mais informatizado é um sistema, menos capaz ele é de se adaptar à 
circunstâncias diferentes; 
 Quanto mais um sistema for de “emprego geral”, menos “otimizado” ele será para uma 
situação específica, porém, quanto mais um sistema for otimizado para uma situação 
específica, menos adaptável ele será à novas circunstâncias; 
 Quanto maior for um sistema, maior o número dos seus recursos que serão destinados à 
manutenção diária; 
 Um pequeno sistema, do tipo que pode ser desenvolvido em uma tarde, exigirá 
habitualmente muito pouca “burocracia”, enquanto um sistema grande exigirá enormes 
esforços nas “improdutivas” áreas de verificação de erros, edição, cópias, manutenção, 
segurança e documentação; 
 Os sistemas sempre fazem parte de sistemas maiores, que podem ser divididos em 
sistemas menores; 
 Sugere a óbvia maneira de organizar um sistema que queremos desenvolver, pela sua 
divisão em sistemas menores; 
 Os sistemas crescem; 
 Um Sistema de Informações cresce pra incluir mais softwares do que estava previsto 
originalmente, mais dados, mais funções e mais usuários. 
 
6. A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO COMO UMA VANTAGEM 
COMPETITIVA 
 
Peter Drucker na afirmativa que segue, resume em poucas palavras o que a informação e o 
conhecimento podem realizar quando unidos: 
“O executivo mais bem sucedido em toda a história certamente foi aquele egípcio que há 4500 
anos, concebeu a pirâmide sem qualquer precedente, projetou-a e construiu-a, e a fez num 
período de tempo surpreendentemente curto”. 
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Neste sentido, observa-se que a Informação e o Conhecimento constituem os pilares de 
sustentação do desenvolvimento de países, sociedades e empresas, sendo as armas competitivas 
de nossa era, e ainda bem mais valiosos e poderosos que recursos naturais, grandes indústrias ou 
volumosas contas bancárias. 
Em todos os setores, as empresas bem-sucedidas são as que têm as melhores informações (em 
tempo ágil e com boa qualidade) e que sabem usá-las de forma eficaz. 
 
6.1. APONTAMENTOS SOBRE GESTÃO DO CONHECIMENTO 
 
Gerenciar conhecimento é saber exatamente como lidar com o capital intelectual e ainda 
reconhecer a importância dele e do veículo que carrega conhecimento do indivíduo. 
Para isso, a gestão do conhecimento necessita ser um processo articulado e estruturado, de forma 
dar sustentação para a promoção da organização que faz uso do conhecimento para os negócios. 
Assim, ela deve ser uma ação estratégica contínua, que valorize o capital não palpável da 
organização, ou seja, capital intangível. 
Fica claro que o papel estratégico do conhecimento é o diferencial competitivo, que por sua vez, 
consiste na vantagem que uma organização detém sobre as demais organizações, em particular 
sobre as concorrentes, que lhe assegura êxito temporário ou duradouro. 
Para isso, a inovação se faz necessária, nascendo do processo coletivo e não de um “lampejo de 
genialidade”, além das necessidades de patrocínio da alta gerência, estrutura humana e 
tecnológica. 
Deste modo, o Capital Intelectual tem como potencial a possibilidade de colocar em evidência os 
recursos que não materiais, mas que toda empresa que mira o futuro deve possuir, por ser 
constituído pelas pessoas que fazem parte de uma organização e isso pode ser traduzido nos 
talentos que precisam ser mantidos e desenvolvidos. 
O Capital Intelectual é fundamental para as organizações que miram o futuro. 
 
6.2. REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO: A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A 
ORGANIZAÇÃO 
 
Apesar de contar com não mais que 50 anos de existência, nos padrões atuais, a ciência dos 
computadores já se tornou uma das mais importantes áreas do conhecimento humano. Presente 
em quase todas as atividades da vida moderna, a informática é então uma companheira 
obrigatória no trabalho, nos negócios, assim como na medicina, no lazer, etc. 
No entanto, é uma tarefa difícil e também estimulante, a de aproximar homens e mulheres de 
negócios de máquinas tão poderosas, ou seja, trazer um computador para a área interna das 
empresas e conseguir mostrar que não são inimigos e que não chegaram para causar desemprego. 
A automação, assim como qualquer outra tecnologia, quando empregada de modo adequado e 
consciente, gera mais do que lucros imediatos, instaura transformações substanciais e mudanças 
de qualidade. 
Conhecer, hoje em dia, umaempresa que ainda não tenha sentido os efeitos da informatização, é 
fato raríssimo, ou mesmo impossível, pois há forças externas que obrigam cada vez mais o 
empreendedor a estabelecer contatos constantes com os computadores, sejam pessoais ou de 
grande porte. 
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Pode-se então constatar que estar bem informado, acompanhar as revoluções impostas pelo 
mundo dos computadores, é hoje, ponto capital para a realização de negócios, sendo 
imprescindível incluir até na formação profissional alguma experiência com a informática. 
Porém, mesmo diante de tais argumentos, grandes gestores continuam cultivando pérolas mal 
pensadas à respeito da tecnologia, tais como: 
 “Os computadores no futuro não pesarão mais que 1,5 toneladas”. (Revista Popular 
Mechanics, 1949) 
 “Eu acredito que deve haver um mercado mundial para talvez 5 computadores”. (Thomas 
Watson, Chairman da IBM, 1943) 
 “Mas... para que serve isto?”. (Engenheiro da divisão avançada de sistemas de 
computação da IBM, sobre o microchip, 1968) 
 “Não existe uma razão para alguém querer um computador na sua casa”. (Ken Olson, 
presidente e fundador da Digital Equipment Corp., 1977) 
 “640 KB deve ser suficiente para qualquer pessoa”. (Bill Gates, presidente da Microsoft, 
sobre a memória RAM, 1981) 
 
MOMENTO DE REFLEXÃO 
 
A INFORMAÇÃO COMO FATOR DIFERENCIADOR PARA O SUCESSO 
ESTRATÉGICO DAS ORGANIZAÇÕES. 
Andréa Cristina Marques de Araújo 
Bacharel em administração-UNAMA 
Especialista em Sistemas de Informação nas Oganizações-CESUPA 
andrea@nautilus.com.br 
 
RESUMO : A revolução científica e tecnológica e a globalização mudaram a vida das organizações de uma forma 
incomparavelmente mais intensa do que em qualquer outra época da história. Dentro deste contexto, as organizações 
estão utilizando novos modelos de gestão que privilegiam estruturas orgânicas e flexíveis, bem como culturas 
participativas e democráticas, para um melhor aproveitamento da tecnologia e da informação. O sucesso será então, 
das organizações ágeis, capazes de assimilar e transformar a informação em oportunidades, com correspondente 
agilidade decisória, dentro de um espaço de tempo o mais curto possível, e que incentivem a iniciativa própria de 
seus elementos humanos, assim como suas habilidades de transformar o conhecimento em meios de ação. Este é o 
desafio da Era da Informação. 
PALAVRAS CHAVES: Revolução científica e tecnológica, globalização, organização, informação, conhecimento, 
sistemas de informação. 
INTRODUÇÃO 
Estamos vivendo um momento de transição de profundas mudanças e transformações, na qual se opera a mais 
radical das revoluções já experimentada. O ambiente e as formas de gestão das organizações vem sendo 
completamente modificados em decorrência da transformação dos valores e das mudanças tecnológicas e 
demográficas ocorridas nos últimos anos. 
Com o crescimento da sociedade do conhecimento novas formas de pensar e novas consciências 
significativamente diferentes daqueles valores emergentes da época da etapa da Industrialização estão surgindo, pois 
as máquinas que antes apenas substituíam a força física, agora complementam a capacidade mental do ser humano, 
ou seja, o modo de produção de bens vem sendo substituído pelo modo de produção do conhecimento. 
Dentro desse contexto é que surge a questão principal deste artigo: Qual a importância da informação e de 
seu gerenciamento dentro do novo e dinâmico ambiente da Economia da Era da Informação e do 
Conhecimento
1
? 
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Na busca pela resposta, torna-se claro que os princípios de administração das primeiras décadas do século XX 
já não são mais adequados aos novos paradigmas da "Nova Era." 
O real desafio das organizações não é identificar a mudança à qual se adaptar, e sim entender e avaliar corretamente 
o escopo dessas mudanças para que possam também planejá-las, afinal de contas, as organizações além de serem 
produtos do meio em que existem, também são agentes de mudanças. 
O produto do futuro é portanto, a informação, e o elemento fundamental do trabalho é o ser humano. 
 Para utilizar esse produto é preciso que as pessoas saibam pensar e discernir entre o urgente e o importante. 
São necessárias organizações que trabalhem com inteligência e estejam preocupadas com o aprendizado (individual 
e organizacional), uma vez que o sucesso estratégico está no uso inteligente da informação e na exploração efetiva 
das possibilidades inerentes à tecnologia de informação. 
 
A NOVA ORGANIZAÇÃO 
Dentro deste contexto de instabilidade e transformação dinâmica, uma nova organização se faz presente, na 
qual a busca pelo lucro não mais é o objetivo final. 
Outros objetivos são mais importantes, dentre estes: 
1) Superar a expectativa de seus clientes; 
2) Desenvolver e fazer crescer os seus colaboradores; 
3) Encantar; e 
4) Ousar. 
Os clientes inconscientemente já preestabeleceram certas expectativas sobre a organização, baseados em suas 
próprias necessidades. Assim, antes de tudo, a organização tem o compromisso de superar estas expectativas, 
encantando-os e proporcionando uma visão de qualidade e excelência muito benéfica à organização. 
Além disso, tendo como missão o desenvolvimento e o crescimento de seus colaboradores
2
 o aumento na 
produtividade e a motivação serão o retorno esperado. A empresa que ousar mais, que tiver o espírito empreendedor 
e mantiver como um de seus objetivos fundamentais o desenvolvimento da sociedade a que pertence, triunfará em 
qualquer ambiente. 
Uma mentalidade voltada somente para o lucro, dentro deste novo ambiente, torna-se a longo prazo, mais um 
obstáculo do que um orientador para um desempenho organizacional superior. A organização da Era da Informação 
é a "integração de seres humanos que se juntam num projeto, somando qualificações, eliminando os seus defeitos, 
(...) com a intenção de agregar valor à humanidade" (VIANNA, 1995 p.26). 
A nova organização precisa portanto de gerentes como novo perfil, com novas competências e habilidades. 
Dentre essas novas habilidades, podemos destacar: 
1) Habilidade Humana: é a capacidade de trabalhar com outras pessoas, de entendê-las e motivá-las, como 
indivíduos ou como membros de grupos. 
2) Habilidade Conceitual: é a habilidade de considerar a empresa como um todo, de coordenar e integrar todos 
os interesses e atividades de uma organização, compreendendo como suas partes dependem umas das 
outras e prevendo como uma mudança em qualquer das partes afetará o todo. 
3) Habilidade Técnica: é a capacidade de usar procedimentos, técnicas e conhecimentos de um campo de 
especialização. É o conhecimento especializado. 
Fica evidente assim, que o perfil generalista é a proposta que melhor se adequa num contexto de 
transformação da organização do trabalho que estamos vivenciando, visto que o generalista compreende 
não só o como fazer, mas o porquê fazer, aprendendo as implicações do seu trabalho para toda a 
organização. 
Além dessas habilidades, os gerentes da nova era deverão então desenvolver as seguintes competências para 
praticar com sucesso a sua função e consolidar o seu perfil generalista: 
1) Competências intelectuais: trata-se da capacidade de produzir, transferir e generalizar conhecimentos; 
2) Competências organizacionais ou metódicas: trata-se da capacidade de auto-planejar-se, auto-organizar-se; 
3) Competências comunicativas: trata-se da capacidade de expressão e comunicação com os outros 
elementos humanos da organização; 
4) Competências sociais: trata-se da capacidade de transferir os conhecimentos da vida cotidiana para o 
ambiente de trabalho e vice-versa; 
5) Competências comportamentais: compreende iniciativa, criatividade, vontade de aprender e abertura à 
mudança, dentre outras; e 
6) Competências políticas: capacidade de compreender sua posição e função na estrutura produtiva. 
Mas qual o motivo dessas transformações? Por que o mundo vem se modificando tão profundamente assim? 
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De acordo com estudos feitos sobre o desenvolvimento da economia mundial, a evolução das economias e 
das sociedades ocorre baseado no seguinte modelo: novos conhecimentos levam à novas tecnologias, que levam a 
mudanças econômicas, que geram mudanças sociais e políticas, as quais criam um novo paradigma/visão de mundo. 
A atual revolução diferencia-se portanto, dos outros marcos históricos definitivos pela tremenda rapidez, 
agilidade e amplitude das mudanças e transformações. Assim, não se trata de apenas um salto qualitativo no 
acúmulo de conhecimento humano, similar aos que ocorreram em outras épocas. O ritmo dessa acumulação ganhou 
nova velocidade, uma vez que os avanços nas diferentes áreas interagem e potencializam a produção mais rápida 
ainda de novos conhecimentos. 
Seus principais fatores são a globalização
3
 e a revolução científica e tecnológica
4
, que desde já, conformam o 
mundo e anunciam o fim da civilização industrial e do trabalho como o conhecemos, e o surgimento de uma nova 
civilização, a civilização do conhecimento e da informação. 
Essa nova civilização possui outros pressupostos básicos de acordo com a sua nova realidade e visão de mundo onde 
as organizações procuram desenvolver igualdade nas estruturas organizacionais, substituindo a hierarquia tradicional 
e possibilitando o desenvolvimento do conhecimento e da flexibilidade, necessários para a individualidade e a 
criatividade e o conceito de Learning Organization
5
, incentivando a criatividade e inovação de seus funcionários. 
 
Quadro 01 - Valores sociais básicos nas sociedades industrial e do conhecimento: 
SOCIEDADE INDUSTRIAL SOCIEDADE DO CONHECIMENTO 
Hierarquia 
Conformidade 
Padronização 
Centralização 
Eficiência
6
 
Especialização 
Maximização da riqueza material 
Ênfase no conteúdo quantitativo 
Segurança 
Igualdade 
Individualidade e criatividade 
Diversidade 
Descentralização 
Eficácia
7
 
Generalização, interdisciplina, holismo
8
 
Qualidade de vida, conservação dos recursos materiais 
Ênfase na qualidade do resultado 
Auto-expressão e auto-realização 
Fonte: CRAWFORD (1994, p.88). 
Em 1988, o presidente dos Estados Unidos neste período, Ronald Reagan, em uma palestra feita aos 
estudantes da Universidade Estadual de Moscou, no mês de maio, já dizia: 
"Na nova economia, as invenções humanas cada vez mais tornam os recursos físicos obsoletos. Estamos 
ultrapassando as condições materiais de existência para um mundo onde o homem cria seu próprio destino. (...) Mas 
o progresso não é previsível. A chave é a liberdade de pensar, de informação e de comunicação". (CRAWFORD, 
1994 p.81). 
Novas formas de gestão devem ser desenvolvidas, utilizando-se tecnologia intensiva e enfatizando os seres 
humanos. A educação passa portanto, a ter um papel fundamental e a criatividade e o espírito empreendedor 
começam a ser fortemente estimulados. O modelo organizacional passa a ser orgânico, flexível e maleável, com 
ênfase em unidades de negócios autônomas, redes internas interligando intensamente os grupos de pessoas e equipes 
de trabalho, com o foco dos controles cada vez mais flexível e solto. 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Tendo em vista que o poder de possuir vem sendo substituído pelo conhecimento, ou seja, a economia 
industrial está sendo substituída pela economia da informação, e neste tipo de economia a concorrência é 
caracterizada pela maneira eficaz de utilização das informações, pois a informação é a força motriz na criação de 
riquezas e prosperidade, torna-se necessário à organização considerar o Sistema de Informação como uma 
ferramenta estratégica fundamental que irá destacá-la pelos ganhos de qualidade e produtividade, na realização de 
seus objetivos e de sua missão. 
Assim, de um modo geral, um Sistema de Informação deve ser: 
1) Flexível: a fim de lidar com várias situações, possibilitando agilidade no ajustamento a novas estratégias e 
estilos de gestão; 
2) Fácil de usar: para que possa ser incorporado ao processo decisório dos gerentes de forma rápida e simples; 
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3) Responsivo: deve produzir informações confiáveis e realmente necessárias em tempo hábil, respondendo 
aos requisitos operacionais e de tomada de decisão que as informações devem atender; 
4) Comunicativo: pois a qualidade do diálogo e dos resultados produzidos pelo sistema são fatores 
determinantes de um uso eficiente; 
5) Rentável: de modo que os custos justifiquem os benefícios oferecidos. Os benefícios assumem a forma de 
um desempenho melhor da Instituição, e não de economia concretas. 
PEREIRA e FONSECA (1997, p.241) apresentam o seguinte conceito de SI: "são mecanismos de apoio à 
gestão, desenvolvidos com base na tecnologia de informação
9
 e com o suporte da informática, para atuar como 
condutores das informações que visam facilitar, agilizar e otimizar o processo decisório nas organizações." 
Cabe ressaltar que a tecnologia é muito mais do que simples máquinas e equipamentos, uma vez que esta 
abrange simultaneamente os dois sistemas existentes na organização. O sistema técnico, que corresponde às 
técnicas, instrumentos e procedimentos de realização das tarefas e o sistema social, que compreende os aspectos 
psicológicos, necessidades e expectativas das pessoas em relação as tarefas. Ou seja, a tecnologia é um conjunto 
compreendido pelos conhecimentos técnico-científicos e também pelos conhecimentos empíricos, que se constituem 
pelas observações, experiências e atitudes das pessoas. 
Além disso, a tecnologia de uma economia do conhecimento possui características muito diferentes da 
economia industrial. Muitas dessas novas tecnologias envolvem a criação e a disseminação do conhecimento, 
movimentando informações diversas, e todo esse processo é acelerado à medida que a inovação tecnológica cria 
mais e mais inovações. Como já falamos anteriormente, a autogeração da mudança tecnológica é a base da 
aceleração da criação de conhecimentos, de inovações e das conseqüentes mudanças econômicas, sociais e políticas. 
Como objetivos finais, os SI devem melhorar o desempenho do elemento humano e melhorar o desempenho da 
organização. Como são as pessoas que trabalham na organização, que manipulam as informações, os SI devem 
atender às suas necessidades, visando melhorar o desempenho das tarefas por elas realizadas, não participando 
somente nas tarefas de apoio, resultando consequentemente em um melhor desempenho da organização. 
Qualquer organização que se proponha à desenvolver um SI deverá possuir uma estratégia de crescimento 
consciente e estabelecida, que caracterize-se como uma diretriz para a abordagem global de sua implantação à 
administração. 
Somente assimo SI poderá satisfazer as necessidades organizacionais de informação para gerá-las na 
qualidade e quantidade requeridas, possibilitando que as decisões sejam realizadas com o maior grau de certeza 
possível e o menor tempo viável e que a trilogia minimização de custos, maximização da qualidade e inovação 
permanente possam realmente ser conseguidas. 
 
GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DA INFORMAÇÃO (G.E.I.) 
Toda e qualquer organização, seja qual for o porte e o ramo de negócio, adota estratégias para alcançar os 
objetivos planejados, visando direcionar e coordenar esforços, definir a estrutura e sobreviver ao ambiente 
competitivo. 
Estratégia, segundo FERNANDES e ALVES (1992, p.14) "é o conjunto de orientações seguidas por uma 
empresa ou empreendimento, visando à melhoria de sua posição (frente às forças competitivas), através da seleção 
de linhas de negócio, alocação de recursos entre essas linhas e a criação de ações integradas entre as várias unidades 
da empresa". 
Uma economia baseada em informação caracteriza-se principalmente por dois fatores: 
1) A informação cada vez mais é a base para a competição; e 
2) As necessidades do gerenciamento da informação devem acionar as alternativas tecnológicas. 
Assim sendo, a informação afeta a estratégia tanto como um dado vital para o processo de 
planejamento, quanto como uma variável essencial da definição da estratégia. 
Baseado nos aspectos do ambiente, as organizações podem utilizar quatro estratégias competitivas: 
1) A diferenciação de produtos/serviços: a informação é utilizada para desenvolver produtos/serviços novos 
no mercado e com características difíceis de serem reproduzidas pelos seus concorrentes. Quanto mais difícil 
for a reprodução destes maior é a vantagem competitiva da organização. 
2) Diferenciação do mercado: a informação é usada na abertura de novas possibilidades dentro do mercado, 
ou seja os produtos passam a competir dentro de novos segmentos com um nível de igual ou superior 
competitividade. 
3) O custo da mudança: os clientes e fornecedores adquirem um elo tão profundo com a organização de 
modo a prendê-los por completo à mesma. Os custos, em todas as suas dimensões, provenientes de uma 
possível ruptura nessa ligação são tão grandes e desvantajosos que essa hipótese passa a ser considerada 
praticamente impossível de acontecer. 
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4) Manutenção dos custos de produção em níveis considerados baixos: a informação bem utilizada 
permite que a empresa possa oferecer seus produtos/serviços a preços considerados baixos dentro do contexto 
do mercado sem no entanto, prejudicar a qualidade ou o nível tendo em vista simplesmente a redução dos 
custos na produção dos mesmos. 
Como é no processo de planejamento que as estratégias são definidas e a essência do planejamento e do 
controle é a tomada de decisão, podemos então dizer que a tomada de decisão também depende de informações 
oportunas com conteúdo adequado e confiável, que somente podem ser obtidas através de um bom sistema de 
Informação. 
É a informação que fornece o sistema nervoso central responsável pela integração da estratégia com a ação. 
Uma vez que a informação a cada dia que passa vem tornando-se a base da competitividade, as alternativas 
tecnológicas passam a ser acionadas pelas necessidades do gerenciamento da informação. Consequentemente o bom 
desempenho organizacional depende da clara identificação feita pelos gerentes do papel que a informação irá 
desempenhar na estratégia competitiva de sua empresa. 
Assim, o gerenciamento de informação deve obedecer a um modelo genérico que visualize as necessidades de 
informação (operacionais e gerenciais) a serem atendidas, a visão global do SI e a identificação dos sistemas e 
subsistemas desse SI global, tendo em vista que a informação recebe ênfases diferentes em cada segmento 
econômico e em cada organização. 
Concluindo, a responsabilidade do Gerenciamento deve ser da Administração superior e o GEI deve ser 
encarado como um aspecto natural dentro do processo de gestão, somente assim surgirão organizações 
verdadeiramente baseadas em Informação. 
 
APRENDIZADO ORGANIZACIONAL 
Como nós já falamos antes, todas as organizações possuem estratégias, e quanto mais claras e definidas estas 
forem, mais eficientes serão as empresas. A administração procura então criar e operar processos de gestão para que 
a definição e a execução dessas estratégias constituam-se em ações integradas e voltadas para um objetivo comum. 
No entanto, no ambiente dinâmico e mutável que vivemos hoje, esses processos de execução das estratégias 
vão se aperfeiçoando ao longo do tempo, a medida dos acontecimentos, acarretando no final, uma reavaliação das 
definições dessas estratégias pela organização. 
Nesse sentido, o aprendizado organizacional, como um processo de adaptação da empresa ao seu meio 
ambiente entra na avaliação, fazendo com que a organização realize as adaptações necessárias de uma forma 
consciente, e não apenas baseada na capacidade natural de seus indivíduos. 
Segundo MC GEE e PRUSAK (1994, p.206) aprendizado é "o processo através do qual uma organização se 
adapta ao seu meio ambiente, num processo semelhante ao da adaptação dos organismos vivos aos ambientes em 
que vivem". 
Assim, torna-se fundamental à organização, promover um ambiente que estimule o aprendizado, tornando-o 
parte integrante do cotidiano da vida tanto da empresa, quanto de seus membros. Sem esse ambiente motivador, o 
aprendizado será meramente acidental, incapaz de possibilitar a organização identificar as mudanças que causam as 
distorções entre o funcionamento da empresa e as exigências do ambiente e assim definir as alterações necessárias 
nas suas práticas e processos organizacionais, visando diminuir esse distanciamento crescente. 
Como a informação é a base do conhecimento e do compromisso, e o conhecimento é a capacidade de aplicar 
a informação a um resultado específico, consolidado dentro de um contexto, podemos então concluir que é na 
contextualização dos dados coletados que o aprendizado ocorre. 
Os sistemas de informação atuais fornecem os dados brutos, sem nenhum significado mais específico, porque 
estão justamente fora de um contexto. Mas, quando as pessoas analisam estes dados e fornecem o relacionamento 
necessário, baseados em um ponto de partida e modelo de desempenho comum, tornam esse processo de 
contextualização visível e explícito. 
Neste sentido, podemos então concluir que depende do uso e gerenciamento eficaz da informação, o dilema do 
processo de definição, execução e integração das estratégias organizacionais. E do aprendizado, o encontro de 
soluções, a medida que vão ocorrendo as mudanças no ambiente causando as distorções entre o funcionamento da 
empresa e as exigências contextuais. 
Diante desse mundo em permanente mudança a aprendizagem organizacional tem de ser acima de tudo a 
aprendizagem da vida, a aprendizagem do ser humano, porque os seres humanos neste novo contexto são 
fundamentais, pois é através de seu compromisso e envolvimento que as mudanças ocorrem e a organização se 
transforma. 
 
CONCLUSÃO 
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Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
Tendo em vista que a sociedade do conhecimento e da informação, baseada no elemento humano, afetará 
todos os aspectos da vida (humana e organizacional), e que as antigas verdades e normas não poderão seraplicadas 
no mundo da tecnologia e da automação, dos serviços do conhecimento, da nova estrutura populacional dentre 
outros, torna-se ímpar a reavaliação dos pressupostos básicos, e novas suposições mais consistentes em relação à 
realidade atual e às expectativas futuras que devem ser criadas, a partir das necessidades sentidas da sociedade. 
Modos obsoletos de trabalho, conectados a tecnologias obsoletas devem ser superados, uma vez que a 
modernização começa a ser encarada como um processo de melhoria funcional do negócio. A busca pela efetividade 
nos processos de negócio deve então ser uma das principais prioridades dos novos gerentes, assegurando dentre 
outras coisas, um bom posicionamento da organização. 
Neste sentido, visando suportar a reengenharia do negócio, as novas estratégias e novas orientações nos 
processos de eficiência e satisfação do cliente com os serviços e produtos oferecidos, torna-se vital recursos 
tecnológicos e a colaboração de pessoas capacitadas e comprometidas com o processo de modernização. 
É preciso que as organizações adotem uma postura de trabalho voltada para o incremento de novas idéias e 
que fomente o gosto pelo desafio, passando a encarar o problema como parte integrante da solução. Uma 
organização criativa é uma organização que valoriza o potencial para a competência, responsabilidade e ação, indo 
de encontro com a prática presente em nossa sociedade de promover um constante desperdício de potencial para 
aprendizagem e criatividade. Ela se caracteriza por uma cultura que reconhece o potencial ilimitado de seus 
elementos humanos, que cultiva a harmonia do grupo, que estabelece expectativas apropriadas, que tolera as 
diferenças e que reconhece as habilidades e esforços de cada indivíduo. 
Assim sendo, as organizações vêm cada vez mais utilizando a tecnologia da informação como ferramenta de 
competitividade, com impactos importantes e positivos nos seus negócios, nos mais variados ramos de atividade. A 
grande mudança de enfoque hoje é que essa tecnologia deixa de ser apenas um apoio às atividades produtivas para 
tornar-se parte integrante delas, muitas vezes redefinindo a própria maneira de se fazer negócios. 
Tendo esses fatores em mente, os investimentos em informação podem realmente contribuir para o sucesso, 
uma vez que a mesma passa a ser aplicada em favor da competitividade empresarial. A habilidade em fazer isso da 
maneira correta pode representar um diferencial importante e, assim, sua influência tem que ser levada em 
consideração nos processos decisórios da empresa. Nenhuma organização pode ignorar as implicações que a 
tecnologia da informação pode representar na sua área de atuação. O risco pode ser a perda da competitividade, 
gerando consequentemente a sua extinção no mercado. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Cooxupé. In: Marcovitch, Jacques (coord.). Tecnologia de Informação e Estratégia Empresarial. São Paulo: 
USP, 1996. 
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 1985. 
CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. São Paulo: 
Atlas, 1996. 
CRAWFORD, Richard. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças 
econômicas, seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento. São Paulo: Atlas, 1994. 
FERNANDES, Aguinaldo Aragon, ALVES, Murilo Maia. Gerência estratégica da tecnologia da informação: 
obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1992. 
FERREIRA, Ademir Antonio, REIS, Ana Carla Fonseca, PEREIRA, Maria Isabel. Gestão empresarial: de Taylor 
aos nossos dias. Evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira, 1997. 
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de Empresas. São Paulo: FGV, v. 33 , n.2, mar./abr., 1993. 
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e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 
1994. 
PEREIRA, Maria José Lara de Bretas, FONSECA, João Gabriel Marques. Faces da decisão: as mudanças de 
paradigmas e o poder da decisão. São Paulo: Makron Books, 1997. 
Administração de Sistemas de Informação e Sistemas de Informação 
 
Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
O PROFISSIONAL do século XXI: as competências essenciais para o profissional do próximo milênio. Revista 
Agitação. São Paulo: CIEE NACIONAL, v.5, n.22, p.6-7, fev./abr. 1998. 
ROSZAK, Theodore. O culto da informação. São Paulo: Brasiliense, 1998. 
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TEIXEIRA, Sônia Maria Fleury (coord). Relações Trabalhistas no mundo atual: uma visão contemporânea das 
mudanças trabalhistas recentes. RAP - Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro v.1, n.32, p. 85-133. 
jan./fev. 1998. 
VIANNA, Marco Aurélio Ferreira (conferencista), STARK, Jeffrey (Coordenador). Conferência: Educação 
permanente e novas tecnologias de mudança de indivíduos e organizações. Por que mudar? In: Forum 
Internacional de Administração 4, 1995. Miami. Revista Brasileira de Administração. Brasília: Conselho Federal 
de Administração. 1995. v.5, n.17 A, p.20-36. 
VICO MAÑAS, Antonio. Gestão de tecnologia e inovação. São Paulo: Érica, 1993. 
 
1Na Era da Informação e do conhecimento a nova riqueza passa a ser o conhecimento, pois ele constitui a ferramenta administrativa mais 
importante neste novo contexto de mercado globalizado. A informação e os seres humanos passam a ser a matéria prima das novas organizações, 
a mudança é rápida, incessante e constante. O gerenciamento da informação em uma economia globalizada torna-se um artigo de primeira 
necessidade, e as mudanças pelas quais as empresas estão passando não são apenas estruturais, também constituem-se no âmbito cultural e 
comportamental, transformando poderosamente o papel das pessoas que nelas trabalham. 
2Compreendemos colaboradores como todo o conjunto de pessoas envolvidas na organização. 
3Durante muito tempo, o mundo esteve dividido em diversas áreas isoladas que viviam, de certa forma, em um ambiente fechado. Com o 
surgimento de novas relações internacionais e a revolução no campo das comunicações e dos transportes, o mundo começou um processo de 
unificação, tendo as dimensões de espaço e tempo absorvido um novo significado. Este fenômeno foi denominado de Globalização, e vem sendo 
responsável por um estreitamento entre as nações em nível econômico, político, social e cultural. 
4A humanidade está vivendo o período histórico no qual se opera a mais radical das revoluções já experimentadas, tanto em amplitude como em 
profundidade. Essa revolução caracteriza-se simultaneamente por uma série de avanços no conhecimento científico e pelo desenvolvimento 
imediato de aplicações desses novos conhecimentosà produção e circulação de bens. Convencionou-se denominá-la, portanto, Revolução 
Científica e Tecnológica. 
5Learning Organizations: organizações que aspiram a uma realidade além de sua mera sobrevivência, não mais objetivando simplesmente 
maximizar seus lucros, e sim focalizando seus interesses no desenvolvimento de estruturas evolutivas. 
6Eficiência: está associada à melhor forma de fazer a coisa certa, a melhor forma de atingir os objetivos traçados. 
7Eficácia: está associada ao conceito de fazer a coisa certa, significa atingir os objetivos traçados. 
8A palavra holismo vem do grego HOLOS, que significa todo. Segundo CRAWFORD (1994), essa teoria defende que o homem é um ser 
indivisível que não pode ser entendido através de uma análise separada de suas diferentes partes. O conjunto não é apenas a soma de todas as 
partes. Assim, adaptando a visão holística à área de administração, a empresa não é mais vista simplesmente como um conjunto de departamentos 
que executam atividades isoladas, mas como um corpo uno, um sistema aberto em contínua interação com o ambiente. 
9Segundo CAMPOS FILHO apud ANTONIALLI (1996, p.16) tecnologia de informação "é o conjunto de hardware e software que desempenha 
uma ou mais tarefas de processamento de informações, fazendo parte do sistema de informação das organizações, que inclui coletar, transmitir, 
estocar, recuperar, manipular e exibir dados. 
 
EXERCÍCIO 
 
Retire do texto “A INFORMAÇÃO COMO FATOR DIFERENCIADOR PARA O SUCESSO ESTRATÉGICO DAS 
ORGANIZAÇÕES” de Andréa Cristina Marques de Araújo, uma ou mais frases-chave sobre os 
seguintes tópicos e transcreva nesta folha com letra legível: 
 
A ORGANIZAÇÃO DA ERA DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS DA NOVA ORGANIZAÇÃO 
 
 
 
Administração de Sistemas de Informação e Sistemas de Informação 
 
Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
 
 
DESAFIOS DA ERA DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
 
 
SUCESSO ESTRATÉGICO E MODERNIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
APRENDIZADO ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO CRIATIVA 
 
 
 
 
 
ECONOMIA INDUSTRIAL X ECONOMIA DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
GLOBALIZAÇÃO E REVOLUÇÃO CIENTÍFICA E TENOLÓGICA 
 
 
 
 
 
CIVILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA, SISTEMA E GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO 
 
 
 
Administração de Sistemas de Informação e Sistemas de Informação 
 
Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
II – INFRA-ESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO 
 
1. PLANEJAMENTO DA INFRA-ESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE 
INFORMAÇÃO X PLANEJAMENTO DE RECURSOS DE DADOS X 
PLANEJAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES 
 
 
Implantar tecnologia nas organizações não é um modismo e nem pode ser visto como tal. O uso 
de qualquer tecnologia depende da necessidade, potencialidade, visão de mercado, tamanho do 
empreendimento, entre outros fatores a serem analisados, porém ainda é possível visualizar 
empresas que se mantêm em um passado muito distante dando as seguintes justificativas para sua 
paralisia tecnológica: 
 Custo (nem sempre os computadores são mais rápidos e mais baratos); 
 Conforto (ocupação de espaço, ruído, calor, eletricidade); 
 Segurança (manter as informações protegidas por chaves); 
 Manutenção (falta de pessoal preparado para manutenção); 
 Política (computador considerado como ameaça); 
Porém há um modo de remediar tais justificativas e buscar a excelência nos serviços ao 
consumidor e isto parte do estudo da tecnologia da informação em sua parte estrutural. 
Dessa forma destaca-se a necessidade de conhecer essa estrutura através do: Planejamento da 
infra-estrutura de tecnologias de informação; Planejamento de recursos de dados; e o 
Planejamento de telecomunicações. 
 
1.1. PLANEJAMENTO DA INFRA-ESTRUTURA DE TECNOLOGIAS DE 
INFORMAÇÃO 
 
 Planejamento de hardware e de software - É importante definir e traçar as necessidades de 
equipamentos e programas para todas as organizações em particular. Para isto algumas 
ferramentas são essenciais, tais como: 
 
1.1.1 - Planejamento de Capacidade - Processo de prever quando um sistema de hardware 
ficará saturado, ultrapassado. Para isto leva-se em consideração o número máximo de usuários, o 
impacto do software atual e o futuro sobre a organização e medidas de desempenho que se 
embasam no tempo de processamento de informações. 
Administração de Sistemas de Informação e Sistemas de Informação 
 
Prof. Msc. Ivone Ascar Sauáia Guimarães 
Tecnóloga em Processamento de Dados 
Especialista em Gestão em Tecnologia e Negócios 
Mestre em Educação 
O planejamento de capacidade tem os seguintes pré-requisitos: 
 Inventário de Recursos - O inventário é um banco de dados com informações detalhadas 
do parque de equipamentos instalados, com características de hardware e software, sua 
localização e usuário responsável. 
 Análise de Performance - Constantemente deve ser analisada a performance da rede e 
seus computadores, para detectar, proativamente, os gargalos de performance, tais como: tempo 
de resposta, escassez de espaço em disco, utilização de memória e CPU, etc. 
 Plano detalhado de Sistemas - O plano de implementação de sistemas deve ser 
constantemente atualizado para refletir a necessidade de aquisição de hardware e software, 
compatível com os requisitos de negócios. 
Os resultados esperados do planejamento de capacidade são: 
 
 Calendarização de aquisições de hardware e software - O objetivo é instalar os 
componentes da infra-estrutura na quantidade e capacidade no momento de necessidade por 
razões técnicas e econômicas. A principal razão técnica é o rápido ciclo de modernização dos 
componentes e a razão econômica é a queda constante dos preços. 
 Planos de reutilização dos componentes de hardware instalados - Deve-se planejar a 
reutilização dos equipamentos antigos em locais onde eles ainda tenham utilidade. Para 
prolongar a vida útil dos equipamentos dilatando os prazos de investimentos apenas tomando-se 
o cuidado com os custos de manutenção, que são diretamente proporcionais à idade dos 
equipamentos. 
 Plano de obsolescência de hardware e software - A utilização de equipamentos 
obsoletos, gera baixa produtividade de pessoal e processos, situação inaceitável em mercados 
altamente competitivos. Um plano deve prever o período exato de substituição dos 
equipamentos. 
 Plano de treinamento - De nada adianta equipamentos e softwares de última geração se 
as pessoas não sabem utilizá-los. A idéia é que tão logo a empresa faça a aquisição dos novos 
componentes o pessoal possa utilizá-los plenamente, maximizando dessa forma, o investimento. 
 
1.1.2 - Escalabilidade - Esta é a capacidade de expansão do hardware e/ou software sem que o 
mesmo sofra algum pane. É uma característica desejável em todo o sistema, em uma rede ou em 
um processo, que indica sua habilidade de manipular uma porção crescente de trabalho de forma 
uniforme, ou estar preparado para o crescimento do mesmo. 
Por exemplo, isto pode se referir à capacidade de um sistema em suportar um aumento de carga 
total quando os recursos (normalmente do hardware) são requeridos. 
Um significado análogo está relacionado quando a palavra é usada em termos comerciais, onde a 
escalabilidade de uma empresa implica em um modelo de negócio que oferece potencial 
crescimento econômico dentro da empresa. 
A Escalabilidade pode ser medida de vários modos, tais como: 
 Carga de escalabilidade - Quando um sistema

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