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DOCUMENTO DE SOCIALIZAÇÃO EJA ESTAGIO I (1)

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Prévia do material em texto

SOCIALIZAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO​: 
Observando um espaço de Educação de Jovens e Adultos 
 
Elisa De São Thiago Cunha 1
lisastcunha@gmail.com 
 
Jéssica Da Rosa Pires 
jessicapires.bio@gmail.com 
 
Rosilene Maria Da Silva 
rosilenemariadasilva329@gmail.com 
 
Estágio é encontro. (...) encontro faz lembrar deslocamento: procura, 
caminhos, descobertas; localização: tempos, espaços, territórios; ligaçã​ o: 
aproximação, estar com o outro, reunião, ponto comum, convergência. (OSTETTO. 
2012. p. 20) 
 
Diante da vida, a primeira reação do ser humano é a observação. Através do olhar nos 
inserimos e nos comunicamos com o mundo, “A observação é a primeira forma de 
aproximação do indivíduo com o mundo em que vive” (TURA. 2011. p.184). O estágio como 
encontro traz esse olhar para o mundo, nos revela curiosidades, sentimentos e diferentes 
verdades sobre nós e o outro. Este primeiro contato nos permite, de forma distanciada do 
objeto concreto, perceber as diferentes nuances das relações e especificidades de nosso 
campo de atuação. Além de nos proporcionar reflexões sobre o objetivo e o subjetivo, de uma 
pequena mostra nas visitas realizadas em um estágio. 
A disciplina proposta no curso de graduação em pedagogia da Universidade do Estado 
de Santa Catarina, intitulada Estágio Curricular Supervisionado I, traz para a/os acadêmica/os 
o conhecimento de instituições e contextos de Educação Básica e de ensino não formal. 
Destina-se a observação e análise da organização do trabalho pedagógico, da gestão escolar, 
da sala de aula e do cotidiano de cada unidade. Ao final da visitação é realizada a 
socialização do olhar de cada um para com o grupo. 
Dentro das modalidades de Educação Básica analisadas estão as unidades de Ensino 
Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. A escolha destas instituições 
foram trazidas pelas professoras responsáveis pela disciplina e todas são integrantes da rede 
1 Acadêmicas do Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina; 
Disciplina de Estágio Curricular Supervisionado I; 2º semestre de 2016. 
 
2 
 
municipal de educação de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Tais estudos foram realizados 
em uma única visitação em cada modalidade com o embasamento em um roteiro 
pré-programado e discutido com todo o grupo acadêmico participante. 
Este documento de socialização visa trazer um olhar do grupo sobre a visita de estágio 
ao Campo do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos – EJA Centro II, localizada na Escola 
Básica Municipal Donícia Maria da Costa, e possui por finalidade auxiliar nossos demais 
colegas na confecção de seus relatórios individuais (avaliação final da presente disciplina). 
Núcleo de Educação de Jovens e Adultos 
O professor, se não é, deveria ser pesquisador. Eu não sei tudo 
mesmo, então a gente aprende com o aluno, vai pesquisar junto com 
ele (Rosemar Ucha -coordenadora EJA Polo II). 
A EJA é uma modalidade da Educação Básica que se propõe a atender sujeitos que 
não usufruíram do direito à educação regular em suas infâncias e/ou adolescência, sendo pela 
falta de oportunidade, inflexibilidade do ensino ou condições sócio-econômicas. Está prevista 
na Lei n.​º 9.394/96 - Lei de diretrizes e bases da educação em seus Artigo 37 e 38 que dizem 
respectivamente: 
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade 
própria. 
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento 
de estudos em caráter regular. 
O Censo Escolar de 2014 nos mostra que no Brasil existem cerca de 3,5 milhões de 
pessoas matriculadas na Educação de Jovens e Adultos, destes cerca de 1 milhão ainda estão 
em idade escolar (30% das matrículas são de jovens de 15 a 19 anos). 
O Brasil anda em passos modestos rumo ao Analfabetismo Zero. Segundo o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), a população analfabeta com 15 anos ou 
mais de idade no país em 1992 era de 17,2% da população, em 2011 essa porcentagem caiu 
para 8,6%. Mesmo com a queda nos números, a quantidade de pessoas que não sabe ler nem 
escrever é ainda severa e o papel da Educação de Jovens e Adultos (EJA) neste contexto é de 
grande importância. 
No Município de Florianópolis existem 9 (nove) Núcleos da EJA distribuídos pela 
capital, Para a existência de um núcleo é necessário que se tenha no mínimo 100 alunos 
 
 
3 
 
matriculados, desta forma, existem pólos vinculados a um núcleo com o fim de chegar ao 
número mínimo de matrículas. Importante destacar que os mesmos professores destinados 
ao núcleo também dão aulas nos polos, exemplo: o bairro Ingleses, no norte da Ilha de Santa 
Catarina, possui um núcleo e tem os pólos - bairros Santinho e Vargem Grande, os mesmos 
professores atendem os três bairros. 
Os Núcleos estão vinculados ao Departamento de Educação Continuada - DEC que 
se situa na Secretaria Municipal de Educação. 
 
 
 
 
 
IMAGEM 1: Fachada E.B. Dionicia 
Fonte: Facebook Dionicia 2
 
 
 
O Núcleo de Educação de Jovens e Adultos, EJA Centro II, está localizado na 
Rodovia Virgilio Varzea, ​2507​. Saco Grande Florianópolis, SC CEP: 88010-102 no espaço 
da Escola Básica Municipal Donícia Maria da Costa. O funcionamento se dá no período 
noturno das 18 às 22 horas. As aulas regulares e diárias estão divididas em dois períodos: das 
2 Fonte: ​https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1499275937059616&set=ecnf.100009316731122&type=3&theater 
 
 
 
4 
 
19 horas às 20 horas; intervalo: das 20:00 às 20:30 (é oferecido lanche e jantar); e das 20:30 
horas às 21:45 horas. 
As matrículas estão sempre abertas e o interessado pode se matricular durante todo 
período letivo. Podem se inscrever pessoas a partir de 15 anos completos (desde 2006) . Para 3
matrícula é necessário a apresentação de cópia do documento de identidade, um comprovante 
de residência e preencher uma ficha de matrícula. Opcionalmente é solicitado duas fotos três 
por quatro para identificação e carteira de estudante . 4
O núcleo é amparado no município de Florianópolis pela Resolução 02/2010, que diz 
em seu primeiro artigo: 
Art. 1º A Educação de Jovens e Adultos - EJA, mantida pelo Poder Público 
Municipal, como modalidade do Ensino Fundamental, constitui-se direito dos 
jovens e adultos e como dever do Estado, tendo atribuição de assegurar, 
gratuitamente, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as 
características dos estudantes, seus interesses, suas condições de vida e de trabalho, 
mediante educação de qualidade àqueles que não tiveram acesso e/ou não 
concluíram o Ensino Fundamental na idade própria. 
O caderno de Estrutura, Funcionamento, Fundamentação e Prática na Educação de 
Jovens e Adultos EJA - 2008 , nos traz o sujeito que está na EJA do Município:5
São trabalhadores e trabalhadoras que, geralmente, precisam conseguir 
pessoas para cuidar dos filhos e parentes, lidam com ciúmes do companheiro ou 
companheira, muda de endereço com frequência, são em sua maioria de outras 
cidades, mudam de emprego ou conseguem um em horário noturno, chegam nos 
núcleos cansados, com fome, são tímidos, muitos não tem pais, a família está 
separada, os pais não tem ensino fundamental completo, tem dificuldades de falar 
em público, a auto-estima é baixa, quando percebe que o curso é muito diferente do 
que esperava pensa em desistir imediatamente, vivem muito próximo da violência 
urbana, do tráfico de drogas etc (Resolução EJA 2008, pág. 07). 
Esta passagem nos demonstra que este sujeito está de acordo com o previsto na Lei de 
Diretrizes e Bases de 1996 e a Resolução 02/2010. Além de revelar as características de parte 
da população Florianopolitana. Os principais motivos de procura da EJA no município são: a 
certificação, aprender mais e conseguir um emprego melhor. 
3 Alunos que estejam entre os 04 a 17 é obrigatória a matrícula, conforme Lei 12.796/2013 - Art. 6° 
4 Resolução EJA 2008 - ​Este caderno foi feito para os professores que irão, ou estão trabalhando com a 
Educação de jovens e Adultos, trazendo filosofia e prática, além de um panorama e sugestões para o que vem e 
o que não vem dando certo nos núcleos de Florianópolis. Mostra ainda, os principais estudos, as práticas e os 
objetivos para esta modalidade. 
5 Idem 03. 
 
 
5 
 
A Educação de Jovens e Adultos tem como objetivo a formação de sujeitos sociais 
(ARROYO, 2003) e proporcionar com os alunos um ambiente em que eles sejam sempre 
estimulados a pensar na vida e na realidade, formulando perguntas e procurando respostas, 
além de interagirem entre si para a socialização dos assuntos. A autonomia do aluno e o 
empoderamento de sua vida são pontos fortes na formação. 
​Há uma ou duas décadas, a maioria dos educandos de programas de 
alfabetização e de escolarização de jovens e adultos eram pessoas maduras ou idosas, 
de origem rural, que nunca tinham tido oportunidades escolares. A partir dos anos 80 
os programas de escolarização de adultos passaram acolher um novo grupo social 
constituído por jovens de origem urbana, cuja trajetória escolar anterior foi mal 
sucedida (HADDAD & DI PIERRO, 2000, pág. 127). 
Como colocado por Haddad e Di Pierro o processo de juvenilização da EJA é 
também constante nos diversos núcleos. Na unidade analisada, esta passagem vem ocorrendo 
a cerca de dez anos e tem como marco uma trajetória escolar mal sucedida destes jovens. 
Estes adolescentes acabam sendo negligenciados em unidades regulares e devido a realidade 
social vivida muitos acabam em envolvimento com drogas ou também submetidos ao mundo 
do tráfico. 
O Núcleo de Educação de Jovens e Adultos, EJA Centro II é o único que não possui 
pólos e possui uma estrutura física, que é ampla, confortável e salubre. Todas as 
dependências são bem conservadas e limpas e podem ser verificadas nas imagens (tiradas do 
Facebook da instituição) abaixo: 
 
IMAGEM 2: Sala de Aula 1 IMAGEM 3: Sala de Aula 2 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Facebook E.B Donícia 6 7
 
6 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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7 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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6 
 
Na imagem 2 e 3 podemos observar que as salas de aula são amplas e arejadas, 
possuem uma boa iluminação, quadro branco, carteiras, cadeiras, cortinas nas janelas e 
ventilador. As salas não possui espelho de classe e sua configuração visa a integração e 
comunicação. 
 
IMAGEM 4: Biblioteca 1 IMAGEM 5: Biblioteca 2 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Facebook E.B Donícia 8 9
 
 
IMAGEM 6: Rampas de acesso​/​espaço alternativo 
Fonte: Facebook E.B Donícia 10
Ao observarmos as imagens 4 e 5 identificamos que existe espaço organizado de 
leitura, equipado com estantes, mesas para estudos, espaço alternativo com tapete e 
almofadas (muito aconchegante) para incentivo a leitura. Este espaço não é tão amplo quanto 
a sala de aula, portanto, esta restrição deixa menos espaço livre para circulação - o que deve 
prejudicar a acessibilidade de cadeirantes, por exemplo - e também prejudica a iluminação 
8 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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9 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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10 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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7 
 
que poderia ser melhor planejada, pelo mesmo motivo o ambiente não é tão arejado, mas 
possui ventilador. A biblioteca não possui um profissional para orientar, a procura e 
utilização do acervo. A imagem 4 e 6 nos revelam que existe acessibilidade na estrutura do 
prédio, com rampas e piso tátil para auxílio na locomoção. Contudo o piso se restringe a 
chegar até a porta de entrada dos locais, sem indicar o fim, desta forma o deficiente visual 
precisará de auxílio de uma outra pessoa dentro dos ambientes. Ainda na imagem 6 podemos 
observar uma mesa na área externa que pode ser utilizada para incentivo a leitura e atividades 
fora da sala em grupo. 
 
IMAGEM 7: Sala de informática 1 IMAGEM 8: Sala de informática 2 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Acervo Pessoal 11
 
O laboratório de informática é muito utilizado (praticamente todos os dias), uma vez 
que o ensino é balizado pela pesquisa desenvolvida em grupo. A sala possui cerca de 20 a 30 
estações, todas conectadas com a rede mundial de computadores (internet) que são utilizadas 
como ferramentas das aulas. A sala é ampla e arejada e possui boa iluminação. Tem mesas 
cadeiras e quadro branco, além de ventilador e cortina na janela. 
11 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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8 
 
 
IMAGEM 9: Auditório 1 IMAGEM 10: Auditório 2 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Facebook E.B Donícia 12 13
 
O auditório possui recursos multimídia, como datashow, tela de projeção, caixas de 
som, estação de trabalho e ar condicionado. Cadeiras estofadas, cortinas nas janelas e o chão 
possui escadas para elevar as cadeiras, para possibilitar uma melhor a visualização da tela e 
do palestrante. A instalação possui iluminação adequada e arejada e bem conservada 
(algumas cadeiras precisam de reforma em seu estofado). 
 
IMAGEM 11: Quadra de Esportes 1 IMAGEM 12: Quadra de Esportes 2 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Facebook E.B Donícia 14 15
12 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theater 
14 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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9 
 
A quadra poliesportiva, contempla várias modalidades de esportes coletivos (como 
basquete,futebol e handebol). Bem conservada apropriada para a escola e a comunidade (que 
utiliza a quadra nos horários vagos). 
 
IMAGEM 13: Refeitório 1 
Fonte: Facebook E.B Donícia 16
 
O refeitório é apropriado e com todos os equipamentos e utensílios necessários 
para a cocção dos alimentos para a janta e lanche. As cozinheiras utilizam uniforme, touca e 
luvas e não nos foi permitida a entrada sem estes acessórios por motivos de higiene. 
 
 
 
IMAGEM 14: Sala dos Professores 
Fonte: Facebook E.B Donícia 17
16 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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17 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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10 
 
 
Nossa acolhida foi na sala dos professores e fomos recebido/as pela professora 
coordenadora Rosemar Ucha. Ela é professora do quadro efetivo da rede e deslocada para a 
função a cerca de 15 anos. ​Com indicação pela Secretaria Municipal Educação a coordenação 
pedagógica de cada Núcleo EJA é exercida por profissional formada em curso de licenciatura 
na área de educação. 
“Eu sou uma privilegiada, porque eu adoro o que eu faço. Eu acho que é fundamental 
trabalhar desta forma”​(Rosemar Ucha -coordenadora EJA Polo II). A professora Rosemar é 
Gaúcha (RS), mas morou em Minas Gerais muito tempo e nos contou um pouco de sua 
história. Ela é militante desde os 14 anos em causas sociais. Em Belo Horizonte, fez parte do 
grupo de formadores da CUT (formação sindical), como a maioria dos dirigentes não sabia 
ler e escrever eles passaram a também dar esta formação. Sua primeira tentativa para o ensino 
superior foi para o curso de psicologia, onde também militava no grêmio estudantil, em 
virtude destas formações na CUT e do grêmio estudantil ela resolveu parar o curso e entrar na 
pedagogia, Assim que chegou em Florianópolis prestou o concurso para ser pedagoga e está, 
desde então, conosco. “Espero me aposentar na EJA né!? Se me tirarem é desaforo, toda a 
minha formação é na EJA. Tem toda uma formação e uma experiência que não dá para 
perder” ​(Rosemar Ucha -coordenadora EJA Polo II)​. 
No dia de nossa visita apenas a coordenadora estava presente na secretaria da unidade, 
porém a mesma conta com uma auxiliar na função de secretária. Além da coordenação o 
curso conta com corpo docente de 9 (nove) professores, admitidos em caráter temporário 
(ACTs) . Destes, um professor é pedagogo que atua com o I segmento, contratado em 18
regime de 20 horas semanais (4 noites) e oito professores que atuam no II segmento com 
formação em matemática, português, história, geografia, ciências, educação física, e língua 
estrangeira (preferência para o espanhol), contratados em regime de 30 horas (4 noites e duas 
tardes). 
O curso é organizado em segmentos, sendo no total de dois, divididos em primeiro (I) 
e segundo (II) segmento. O primeiro segmento é equivalente à alfabetização e engloba os 5 
primeiros anos do Ensino Fundamental (primeiro ao quinto ano) sob os cuidados de uma 
professora pedagoga com habilitação para Anos Iniciais. O segundo segmento equivale aos 
anos finais do Ensino Fundamental, compreendido portanto do sexto ao nono ano. 
18 70% dos docentes que atuam na EJA são ACTs. 
 
 
11 
 
As turmas de Educação de Jovens e Adultos serão constituídas conforme as 
seguintes orientações: I - mínimo de 15(quinze) alunos para constituição de turma; 
II - o primeiro segmento não poderá ultrapassar 25 (vinte e cinco) alunos frequentes; 
III - o segundo segmento não poderá ultrapassar 30 (trinta) alunos frequentes; IV - 
em caso excepcional, reconhecida as peculiaridades da clientela do primeiro 
segmento e interesse da SME, poderá ser autorizada a criação de turma com número 
inferior a 15 (quinze) alunos. (Resolução EJA, 2008, pag 07) 
A unidade assistida constitui-se de sujeitos com características heterogêneas tendo em 
sua base classes minoritárias em nossa sociedade. São eles trabalhadores, negros, da 
construção civil, diaristas, seus filhos, adolescentes com no mínimo 15 anos completos. Estes 
sujeitos buscam a EJA para uma melhor colocação na sociedade assim tendo uma 
certificação, aprendendo mais e como resultado conseguindo um emprego melhor. 
No primeiro segmento, com apenas um grupo, há um todo de 23 alunos matriculados, 
destes cerca de 12 são frequentes. Já no segundo segmento, representado por dois grupos, 
tem-se cerca de 40 alunos matriculados, destes cerca de 20 são frequentes. O núcleo possui 
dois alunos que necessitam de educação especial. 
O ano deve possuir 200 dias letivos. A carga horária mínima anual do curso por 
Segmento deve ser de 800 horas-aula efetivamente trabalhadas, onde 600 horas (75%) em 
caráter presencial e, um máximo de, 200 horas (25%) em caráter não-presencial. 
As aulas acontecem de segunda a sexta-feira. Em função da Lei do Sistema 
Municipal de Ensino de Florianópolis o Departamento de Educação Continuada 
deverá se adequar em 2008 para realizar em seus núcleos, que funcionem desde o 
início do ano, 200 dias letivos. Cada dia letivo corresponde a um mínimo de 4 
(quatro) horas-aula. 
Horas-aula efetivamente trabalhadas são aquelas em que o aluno participa 
do que foi planejado e demonstra qualidade através de sua dedicação e esforço em 
produzir cada vez melhor. Elas não são iguais às horas de freqüência. Ou seja, um 
aluno que esteja presente e que não participe com qualidade nas atividades, não 
acrescenta horas de curso para efeito de sua certificação. (Resolução EJA 2008, pag. 
11). 
O processo de certificação deve ser solicitado pelo interessado. O aluno deve 19
cumprir um mínimo de 800 (oitocentas) horas-aula, sendo que destas 600 horas devem ser 
presenciais. Para a conclusão do I e II segmento é necessário o cumprimento de 1.600 horas - 
aula. O aluno possui como opção em conjunto com seus professores a possibilidade de 
realizar até 400 HNP - Horas não presenciais (25%) de atividades feitas fora de sala de aula: 
19 Conforme Resolução EJA 2008. 
 
 
12 
 
São aquelas previamente planejadas no núcleo com professores e alunos e que 
são realizadas fora do horário escolar. A grande função da realização de trabalhos 
em horas não presenciais é a de facilitar a percepção do fato de que se pode 
aprender em todos os momentos. Não confundí-las com a prática de deveres de 
casa. Professores e alunos devem combinar a forma de apresentação e avaliação dos 
resultados das produções destas horas. Atenção para o fato de que a quantidade de 
horas relacionadas a cadaatividade depende também do aluno que a realiza. Isto 
significa que o mesmo trabalho pode ter avaliações diferentes para cada aluno em 
função de sua capacidade. (Resolução EJA 2008, pag. 13). 
É importante destacar que caso o aluno já tenha tenha a sétima série, completa, ele já 
possui 600 horas-aula (série cumprida equivale a 200 horas-aula). Os cursos 
profissionalizantes também podem valer como horas-aula (devem passar por uma avaliação 
antes de serem validados). É necessária a realização e apresentação de três pesquisas (sendo 
pelo menos uma em grupo, um relatório individual de aprendizagem e um relatório de 
auto-avaliação final) e a discussão em conselho de classe, ou reunião com três educadores, 
para analisar o material, ponderar e definir se o aluno deve ser certificado ou não. 
 
 
Observando aspectos pedagógicos 
 
A consciência é essa misteriosa e contraditória capacidade que tem o 
homem de distanciar-se das coisas para fazê-las presentes. É a presença que tem o 
poder de presentificar: não é representação, mas condição de apresentação. É um 
comportar-se de homem frente ao meio que o envolve, transformando-o em mundo 
humano. (FIORE apud FREIRE, 2011, pag. 18) 
Para que o mundo seja transformado em mundo humano, os homens humanizam-se, 
trabalhando juntos, através da mediação de consciências que se coexistenciam em liberdade. 
É de responsabilidade do homem ao humanizar-se dar direção ao mundo. Falar a nossa 
palavra é nos aceitarmos como sujeitos de nossa história (trabalhador que possui uma função), 
que só pode ser construída em colaboração com os demais trabalhadores (o povo). 
(...) reflexão e mundo, subjetividade e objetividade não se separam: 
opõem-se, implicando-se dialeticamente. A verdadeira reflexão crítica origina-se e 
dialetiza-se na interioridade da “praxis” constitutiva do mundo humano – é também 
práxis.(FIORE apud FREIRE, 2011, pag. 20). 
A aprendizagem pela pesquisa é tido na EJA como o principal princípio educativo. Pois 
ela possui uma verdadeira aproximação com o processo de ensino aprendizagem. Oligurski e 
Pachane nos dizem que a aprendizagem pela pesquisa representa um importante instrumento 
 
 
13 
 
para a aceitação crítica da realidade, ​bem como para a solução de problemas postos. O 
resultado da utilização desta ferramenta é a possibilidade de melhoria de vida para os 
estudantes e suas comunidades. 
Educador e educando (liderança e massas), cointencionados à realidade, se 
encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos no ato, não só de desvelá-la e, 
assim criticamente conhecê-la, mas também no de recriar este conhecimento. 
(FREIRE, 2011, pag. 77-78) 
Na pesquisa é necessário que educador e educando sejam sujeitos no ato, portanto deve 
ser um ato cotidiano que possui como eixo balizador o questionamento reconstrutivo, 
“implica a construção da competência como atitude da cidadania, a formação do sujeito 
consciente e organizado, comprometido com a história do seu tempo” (​OLIGURSKI, 
PACHANE, 2010, pag.253). 
O objetivo geral e os princípios educativos da EJA estão de acordo com a resolução 
EJA 2008, em consonância com o relato da coordenadora Rosemar Ucha: 
A Educação de Jovens e Adultos da rede municipal de ensino de Florianópolis 
tem como objetivo geral mediar ações educativas, reunindo cidadãos em contínua 
transformação, em um ambiente de respeito e fraternidade, em prol da construção 
coletiva de um mundo justo para todos. O trabalho tem como princípios educativos 
a relação interpessoal, o aprender, o diálogo, o respeito, a solidariedade, a pesquisa, 
a autonomia, a responsabilidade, o compromisso social, a socialização do 
conhecimento, a politicidade, a dialética, a complexidade, as singularidades, as 
multiplicidades, o paradoxal, a sustentabilidade do planeta e a não fragmentação do 
conhecimento. Realiza-se diariamente ações para aperfeiçoar o ler, o escrever, o 
ouvir, o falar, o debater e o fazer trabalhos em função dos objetivos planejados 
(Resolução EJA2008, pag. 11). 
Portanto, na modalidade EJA o currículo tradicional do ensino fundamental não se 
aplica. ​De acordo com Tomaz Tadeu da Silva os currículos tradicionais possuem 
características de ordem, racionalidade e eficiência. é um currículo sedimentado, seriado e 
linear. Possui padrões e metas pré-estabelecidas, portanto não existe possibilidade de serem 
construídos no ato ou através do questionamento reconstrutivo, se dialetizando no interior da 
práxis. 
O currículo proposto pela EJA é o modelo rizomático, “ (...) porque é território de 
proliferação de sentidos e multiplicação de significados”. (PARAISO, 2010, pag. 588), sua 
proposta foca na transdisciplinaridade que visa a construção de redes de conhecimento, tendo 
por base o trânsito transversal entre os campos do saber. 
 
 
14 
 
Um currículo onde os conteúdos procedimentais e atitudinais são tão ou mais 
importantes que os conceituais. Que os conteúdos “formular uma pergunta”, 
“resolver problemas” e “pesquisar” fazem parte do nosso cotidiano. (Resolução EJA 
2008, pag. 07) 
É posto em evidência neste currículo os conteúdos procedimentais e atitudinais, visando 
o atendimento a alguns saberes: 
● Saber formar e conduzir projetos individualmente ou em grupo. 
● Saber analisar situações e relações da vida real com autonomia, buscando as causas e 
soluções de forma ampla, interligada e sustentável. 
● Saber polemizar e teorizar verbalmente e por escrito. 
● Saber cooperar, participar de uma atividade coletiva e compartilhar liderança. 
● Saber construir e estimular organizações do tipo democrático. 
● Saber conviver criticamente com regras, questioná-las e elaborá-las. 
● Saber buscar e receber criticamente os meios de comunicação. 
É necessário a promoção de um ambiente onde o aluno seja estimulado a pensar na vida 
e na realidade e a partir dela formular questões, aprender a ouvir, a falar, a argumentar, 
trabalhar em grupo, ter autonomia e autoria, além de sentir-se responsável pelo seu presente e 
futuro 
Para que os alunos atendam aos saberes pretendidos, ao chegar no núcleo ele é acolhido 
pela coordenadora ou um professor, onde é explicado o curso. É fornecido um caderno e 
solicitado que ele responda às perguntas: quem sou eu? conta a tua história, qual a tua 
expectativa aqui?. A partir desta produção textual é possível fazer uma avaliação e um 
diagnóstico da escrita, além de conhecer um pouco de sua história e estabelecimento de 
algum laço. Este caderno é utilizado toda aula onde o aluno escreve como foi a aula e o seu 
dia. Este caderno fica na instituição, onde o professor no outro dia vai ler e colocar alguma 
observação que ache pertinente, com a finalidade de se estabelecer um diálogo e vínculo 
afetivo com ele. 
É desenvolvida a pesquisa, tanto no I e II segmentos a partir de perguntas geradores ou 
problemáticas que partam do interesse e necessidades dos alunos, das respostas parecidas se 
montam grupos de pesquisas (geralmente as pesquisasacontecem em um tempo de dois 
meses), cada grupo possui uma pasta com as perguntas, os textos pesquisados, e um caderno, 
uma ficha dos professores para fazerem intervenções e encaminhamentos dados, com a 
finalidade de registrar para que os outros professores saibam o que está sendo trabalhado, é 
uma organização da pesquisa. Entretanto nem só de pesquisa é feito o trabalho na EJA, o 
 
 
15 
 
planejamento coletivo realizado no período da tarde com os professores (duas vezes na 
semana) visa propor diversas intervenções, com táticas diversificadas, como : oficinas, 
palestras por professores e pela comunidade, cursos, confraternizações, saídas pedagógicas, 
estudos dirigidos, que possam auxiliar na aprendizagem significativa, relacionadas às 
pesquisas que estão sendo feitas. O núcleo tem feito duas oficinas por semana, dependendo 
das apresentações do coral. Cada turma possui um diário de registro geral onde são anotadas 
diariamente, por professor escalado, as principais atividades do dia, número de alunos 
presentes, informações e observações 
A proposta pedagógica para o primeiro segmento é baseada na leitura (70%) e escrita 
(30%) - primeiro se lê e depois se escreve . Os professores de área também trabalham um dia 
na semana com o I segmento a pesquisa que possui uma única problemática escolhida pela 
turma que gera o mapa conceitual (apresenta os conteúdos e conhecimentos a estudar e 
realizar) que irá ajudar no desenvolvimento da pesquisa. a partir do momento que o professor 
identifica que o aluno está alfabetizado e já possui certa autonomia ele passa para o II 
segmento, sem ter que cumprir uma carga horária pré-definida. 
A proposta pedagógica do II segmento é a pesquisa, são eleitos várias problemáticas e 
desenvolvida com grupos pequenos de interesse afins (geralmente são 10 a 12 temas). Como 
se faz a pesquisa? Elaborada a problemática a justificativa e as possíveis respostas iniciais 
realiza-se uma reflexão conjunta, professores e alunos, com a finalidade de se identificar os 
passos para se chegar às respostas aprofundadas e elaboradas, por meio da colaboração dos 
envolvidos e da utilização de diversas fontes bibliográficas e empíricas. Determinadas as 
etapas é hora de planejar a pesquisa, que é feito através do mapa conceitual que ajuda a fixar 
os conteúdos a serem trabalhados, sejam eles conceitos, procedimentos ou atitudes. Depois do 
mapa é hora de procurar as fontes e colher os dados (pode ser na internet, na biblioteca). O 
professor irá mediar todo processo que depende do aluno. Selecionados os conteúdos 
conceituais, procedimentais e atitudinais pertinentes, planeja-se as etapas seguintes e o 
cronograma presumido, neste planejamento deve constar dois momentos de socialização, 
onde serão apresentadas as pesquisas para todo o grupo. O planejamento detalhado tem sido a 
principal dificuldade encontrada pelos professores, contudo, embora flexível e provisório é 
 
 
16 
 
necessário que os alunos entendam que a visualização do processo do início ao fim é de 
fundamental importância para ajudar a equipe a concretizar seus objetivos. 
Ao término da pesquisa é feito um parecer descritivo onde é identificado as principais 
dificuldades do aluno que é discutido com com ele, é feita uma auto-avaliação . 
Como a modalidade não possui um Projeto Político Pedagógico nos moldes 
convencionais ela é centralizado no Departamento de Educação Continuada sendo construído 
a partir dos princípios e práticas educativas efetivamente praticadas. Como a rotatividade dos 
professores de um ano paro outro é de 70%, optou-se por fazer um planejamento e 
treinamento em conjunto com a nova equipe dois dias antes do início das aulas, Sendo que o 
professor não possui plano de aula, ele deve se planejar em conjunto com os outros 
professores e coordenadora durante os dois dias da semana destinados a este fim. 
A coordenação e os professores devem participar da formação permanente, oferecida 
pela Secretaria Municipal de Educação de 15 em 15 dias. Os professores cedidos possuem o 
plano de cargo e salários oferecido pela Prefeitura, e o restante dos professores são ACTs e 
não possuem este plano por possuírem contrato temporário. 
A construção de redes de conhecimentos se vincula na relação entre a sociedade, escola 
e aluno de forma dialética. Resultado desta consciência e forma de currículo são os fóruns da 
EJA organizados nas esferas municipais, estaduais, federais e até internacionais, as diversas 
propostas realizadas entre os núcleos (agora está sendo desenvolvido um jornal). è recorrente 
na fala da coordenadora a importância da discussão política, da diferenças e integrada com a 
comunidade. Existe uma preocupação em ocupar os espaços da cidades. O núcleo possui 
várias parcerias, com os postos de saúde, as associações do bairro, a escola do dia do ensino 
regular. Forte interação com o conselho tutelar, 
 
 
17 
 
 
IMAGEM 15: Ilha Anhatomirim IMAGEM 16: Apresentação Coral 
Fonte: Facebook E.B Donícia Fonte: Facebook E.B Donícia 20 21
 
 
IMAGEM 17: Homem do sudário 
Fonte: Facebook E.B Donícia 22
 
 
 
Reflexões do campo 
 
O primeiro contato que tivemos com o campo da EJA, no Núcleo Centro II, foi 
através de uma profissional apaixonada por aquele universo. A coordenadora mostrou-se 
motivada no papel em que ocupa, este papel, como apresentado por Gallo (2003) de 
professores militantes, contribui com nossa formação no campo da desacomodação. Pessoas 
20 
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
er 
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428056950724232&set=pb.100005597920373.-2207520000.1474650641.&type=3&theat
er 
 
 
18 
 
colocadas como militantes são as peças que querem fazer a diferença em seu meio de 
trabalho na luta por melhores condições. 
Essa luta cotidiana de construção de possibilidades de libertação é uma luta 
que deve dar-se em diversos ângulos e em diversos níveis. Ela deve dar-se no ângulo 
do cotidiano da sala de aula, ela deve dar-se nas relações que o professor trava com 
seus colegas no ambiente de trabalho, ela deve dar-se com as relações que o 
professor trava no seu ambiente social, mais amplo, mais geral, e ela deve dar-se 
também nas relações que o professor trava na luta sindical. (Gallo, 2003) 
Esta profissional que lida com a modalidade EJA a 15 anos, se mostra para nós 
satisfeita e feliz, pois tem em sua profissão amor pelo que faz. O currículo proposto por esta 
modalidade, nos desafia, pois não trabalha de forma pretérita e nem futura mas no agora e 
principalmente ele é construído com os alunos e baseado na relação existente entre 
professor-aluno, aluno-aluno, aluno-professor-escola, aluno-professor-escola-comunidade,aluno-professor-escola-comunidade-cidade-estado-país-MUNDO-país-estado-cidade-comuni
dade-escola-professor-aluno, portanto ele agrega e expande os “horizontes”, de todos os 
envolvidos no processo. A pesquisa como princípio educativo é uma forma de construção 
coletiva que integra as diferenças e as utiliza para crescimento e potencialização para novos 
caminhos que foram descobertos durante o processo e através do olhar do outro e com o outro 
(não importa se professor, aluno, vigilante, auxiliar de limpeza, Presidente, rico ou pobre). A 
possibilidade de integração entre díspares e do processo pensado para o diálogo de forma 
afetiva e comprometida encanta e seduz. 
Atuar na Educação de Jovens e Adultos não é uma tarefa fácil. Diferente dos educandos 
da classe comum da rede regular de ensino, os educandos da EJA têm uma longa história e 
muitas vivências. Muitos são os motivos que os levam a retornar à escola, e são esses motivos 
que dão a força necessária para estarem em uma sala de aula após um dia cansativo de 
trabalho. Nesta visita a E.B. Donícia - EJA Núcleo II​, ficamos mais próximas da atual 
realidade brasileira uma vez que o estudado na teoria não é o mesmo que estar presente nestas 
situações práticas. A disciplina de estágio é importante para o aprimoramento de novos 
profissionais, abrindo um campo e uma visão ampla de como é retratada a realidade da 
educação no Brasil, 
 
 
 
 
19 
 
Referências 
 
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Movimentos Sociais. Currículo sem fronteiras, v. 3, n. 1, p. 28-49, 2003. Disponível em: 
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Diário Oficial [da] República do Brasil​, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. p. 
27833. 
 
BRASIL. Lei 12796. de 4 de abril 2013. Altera a Lei 9.394.9 ​Diário Oficial [da] República 
do Brasil ​, Poder Executivo, Brasília, DF, 05 de abril 2013. p. 01. 
 
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20 
 
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