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FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

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FLG 1254 –Pedologia
AULA 02
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO DOS 
SOLOS
• São cinco os fatores de formação dos 
solos: material de origem, clima, relevo, 
seres vivos e tempo.
• O solo é resultante da ação conjunta de 
todos os fatores de formação.
Fonte: OLIVEIRA, 2010.
• Existe uma enorme quantidade de solos quanto 
a cor, espessura, textura, constituição química e 
mineralógica, comportamento → resultado do 
conjunto de ações a que esteve submetido.
• Processos de formação → seqüência de 
eventos → adições, perdas, transformações, 
transportes no interior do perfil e 
remanejamentos mecânicos → acontecem 
simultaneamente, porém, um pode ser mais 
atuante do que o outro.
• Ex: em regiões secas os processos são 
limitados.
MATERIAL DE ORIGEM
• São as rochas, que ao se decomporem, 
fornecem o material do qual os solos se 
originarão. O material de origem é o 
estágio inicial do solo.
Material de origem de solo raso, no caso o granito. Jandira-SP. Foto: Déborah 
de Oliveira, 2011.
Contato abrupto de material de origem com o solo. Etiópia, 2011. Foto: 
Déborah de Oliveira.
• O solo pode ser formado diretamente do 
substrato rochoso a ele subjacente ou 
não.
• Na região tropical é comum haver a 
remoção de um material e sua deposição 
em outro, havendo, portanto, uma 
discordância litológica.
A presença de linha de seixos no perfil é indicadora de retrabalhamento, 
e portanto, de descontinuidade litológica. A seção do perfil abaixo da 
linha de seixos foi formada a partir de material de origem resultante do 
intemperismo do basalto subjacente enquanto que a situada acima da 
linha de seixos é originada também de basalto, porém intemperizado em 
outro local e posteriormente removido. Município de Ribeirão Preto, SP.
Latossolo Vermelho Eutroférrico (Latossolo Roxo). Fonte: OLIVEIRA 
(2005).
Cada um dos extratos deste Neossolo Flúvico constitui um material de 
origem distinto. O número que antecede a notação do horizonte C indica a 
presença de descontinuidade litológica: 2C2,3C3,4C4,5C5,6C6,7C7. 
Neste perfil não foi registrada nenhuma linha de seixos. Foto: 
P.K.T.Jacomine (Oliveira et al. 1992)
Fonte: Lepsch, 2002.
• A composição granulométrica dos solos 
depende da granulometria e constituição 
mineralógica do material de origem. Ex: arenitos 
produzirão solos de textura arenosa → elevada 
macroporosidade, baixa capacidade de 
retenção de umidade e baixíssima fertilidade.
• Uma mesma rocha pode produzir solos 
diferentes numa curta distância.
• A influência do material de origem é maior nas 
regiões secas e no estágio inicial de 
desenvolvimento dos solos do que nas regiões 
úmidas, pois com o tempo, os outros fatores 
podem ofuscar sua influência (Birkland, 1984).
• Regiões secas → areia e silte.
• Regiões úmidas → argilas e menores 
quantidades de areia e silte.
• Cor do solo está relacionada ao material de 
origem: 
• Óxidos de ferro (hematita) → cores vermelhas a 
avermelhadas, (goethita) → cores brunadas e 
amareladas;
• Óxidos de manganês → cor preta;
• Carbonato de cálcio → cores esbranquiçadas.
• Textura arenosa necessita de menor quantidade 
de pigmento para apresentar determinada cor 
do que textura fina → superfície específica 
menor.
Em geral nas regiões áridas o predomina o intemperismo físico 
devido a escassez de água, imprescindível para que o 
intemperismo químico se manifeste. O calor específico de cada 
um dos minerais constitutivos da rocha faz com que tensões 
diferenciadas (expansão, contração) nela se manifestem, 
devido as variações climáticas diurnas, por vezes bastante 
acentuadas e que se traduzem em fraturas, fissuras, etc. Foto: 
João Bertoldo de Oliveira.
Nas regiões mais áridas o intemperismo químico é menos intenso do que o 
intemperismo físico, devido a falta de água. É comum a presença de solos pedregosos, 
pouco profundos e pouco alterados quimicamente. Etiópia, 2011. Foto: Déborah de 
Oliveira.
Plantas contribuem para o intemperismo físico e químico nas rochas. Rio 
Quente-GO, 2011. Foto: Déborah de Oliveira.
A intensa exfoliação do basalto retrata a ação de 
intemperismo físico e químico. As escamas mais 
superficiais apresentam-se bastante intemperizadas, 
sendo por isso bastante friáveis, sendo possível quebrá-
las com os dedos, enquanto que as mais internas, menos 
intemperizadas vão ficando progressivamente mais 
coesas. O núcleo também apresenta sinais de 
intemperismo, contudo é necessário martelo para quebrá-
lo. Foto: João Bertoldo de Oliveira.
Biotita-gnaisse situada a 5m de profundidade mostrando estágio 
relativamente avançado de intemperismo. As estrias avermelhadas 
provavelmente se relacionam às regiões contíguas às diáclases, 
onde os fenômenos de hidrólise e oxidação se manifestam com 
maior facilidade. Município de Campos do Jordão, SP. Foto: João 
Bertoldo de Oliveira.
CLIMA
• Elementos importantes: temperatura e 
precipitação.
• Temperatura→influencia na velocidade e 
intensidade do intemperismo.
• Solos das regiões tropicais quentes e úmidas 
estão entre os mais intemperizados do mundo.
• Segundo a lei de Vant’Hoff, a cada 10ºC de 
aumento da temperatura, dobra a velocidade 
das reações químicas.
Fonte: Lepsch, 2002.
• Clima atmosférico ≠ clima do solo.
• Temperatura do solo → quantidade de 
irradiação → constante solar, 
transparência da atmosfera, da duração 
do período de luz solar diário e do ângulo 
de incidência dos raios solares.
• A superfície do solo é onde ocorrem as 
maiores variações de temperatura.
Temperatura do solo obtida em várias 
profundidades às 7, 14 e 21 horas, 
respectivamente nos dias 23 de janeiro e 21 de 
junho de 1993. Arquivos do Centro de Pesquisa 
e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica. 
As temperaturas mais baixas das regiões altimontanas de 
estados do Brasil de Sudeste e Sul, tem marcante influência 
no teor de matéria orgânica e na espessura do horizonte A 
dos solos. Cambissolo Húmico. Município de Itamonte, MG. 
2.130m altitude. Foto: João Bertoldo de Oliveira.
Temperaturas amenas → concentração de carbono
Nas regiões secas do semi-árido brasileiro a baixa concentração vegetal devido 
as condições climáticas de temperatura elevada e baixa pluviosidade favorece a 
formação de solos com horizonte superficial claro, pobre em matéria orgânica, 
denominado pelos pedólogos de A fraco. Luvissolo Crômico (Bruno Não 
Cálcico). 
Mun. Irauçuba, CE. Foto: L.G.O. Carvalho (Oliveira et al., 1992). 
Balanco hídrico segundo Thornthwaite & Mather, 1955 (125mm). Município de 
Muriaé, MG. (Embrapa, 1978). Verão chuvoso e inverno seco → lixiviação e 
enxurradas no período chuvoso.
Balanço hídrico segundo Thornthwaite & Mather, 1955 (125mm). Município 
de Curitíba, PR. (EMBRAPA, 1978).
Temperatura mais amena promove menor evapotranspiração potencial →
excedente hídrico.
Balanço hídrico segundo Thornthwaite & Mather, 1955 (100mm). Cabrobó, PE. 
(Embrapa, 1978). 
Evapotranspiração potencial é superior à precipitação pluvial → deficiência hídrica.
RELEVO
• Sua ação reflete-se sobre o clima do solo e 
dinâmica da água, tanto superficial como 
subsuperficial.
• Regula os movimentos da água ao longo da 
vertente, agindo sobre seu regime hídrico.
• Quanto mais íngreme for o terreno, menor a 
possibilidade de infiltração da água no solo, 
possibilitando a erosão. Formam solos menos 
profundos e mais secos.
Influência do relevo na distribuição da água sobre o terreno. Fonte: 
Lepsch, 2002.
O relevo influencia na espessura dos solos. Rift Valley, Etiópia, 2011. Fonte: 
Déborah de Oliveira.
• Áreas deprimidas recebem água da chuva, das 
enxurradas e da água que vem das vertentes 
contíguas a elas → condições ideais paramanifestação dos fenômenos de redução, 
resultando solos de coloração acinzentada, 
esverdeada ou azulada.
• Exposição do terreno à radiação solar→alteração 
no clima do solo. Ex: nas vertentes mais 
sombreadas, as temperaturas do solo são menores, 
assim como a evapotranspiração, resultando em 
solos mais úmidos.
Em regiões aplainadas ou de relevo suave ondulado discretas variações na 
altitude tem importantes implicações na profundidade em que se encontra o 
lençol freático e naturalmente o " tipo" de vegetação. Ilha do Mel, PR. (Britez et al., 
1997) 
Fonte: Lepsch, 2002.
ORGANISMOS
• Compreende a microflora, a microfauna, a 
macroflora e a macrofauna, além do 
homem.
• Macroflora: ação protetora, absorve água, 
adiciona na superfície do solo galhos, 
folhas etc→cobertura vegetal.
• Macrofauna: tem importância como 
agente homogeneizador dos solos e 
abertura de galerias, influindo no fluxo 
interno de água e ar→minhocas, formigas, 
cupins etc.
Organismos presentes no solo. Fonte: OLIVEIRA, 2010.
Fonte: OLIVEIRA, 2010.
• Microflora e microfauna: têm importância 
nos estágios iniciais do intemperismo 
físico e químico→líquens, bactérias e 
fungos.
• Homem: desmatamentos e 
reflorestamentos, abertura de estradas, 
aplainamentos, escavações, aplicações 
de resíduos industriais e urbanos, morte 
da vegetação pela chuva ácida, práticas 
agrícolas de aração, aplicação de 
corretivos, fertilizantes e herbicidas, 
irrigação e drenagem.
As plantas tem importante papel nos processos de troca catiônica com o 
material do solo através do contato direto das raízes com as superfícies 
coloidais, além de importante participação na estocagem de nutrientes no 
interior de seus tecidos, os quais retornam ao solo pela adição de resíduos 
vegetais ou deles são exportados pelas colheitas agrícolas e explorações florestais. 
Lepsch 2002).
Fonte: OLIVEIRA, 2010.
TEMPO
• Condiciona o resultado final das 
interações entre os outros fatores.
• Solo maduro: aquele que está em 
equilíbrio com o meio ambiente.
• É difícil precisar qual é o tempo zero de 
um solo → imaginário → material de 
origem e solo se confundem. 
Entendimento do período de gestação do 
solo é complexo.
• Raras são as regiões do globo que 
conheceram condições morfoclimáticas
estáveis, depois do Terciário.
• Idade (cronologia) ≠ maturidade (evolução).
• “...quanto maior o número de horizontes e 
maior sua espessura e diferenciação com 
relação aos outros horizontes, mais maduro é o 
solo... ninguém jamais testemunhou a 
formação de um solo maduro...são inferências, 
teorias. (Jenny, 1941) → isto não é sempre 
válido para as regiões quentes e úmidas.
Características do solo em função do tempo, correlacionadas com o grau de
maturidade. O solo I alcança um estágio de amadurecimento mais cedo que o 
solo II. Extraido de Jenny (1941) com modificações. 
• Neossolos → Cambissolos → Latossolos/Argissolos.
• Mais jovem mais maduro
Fonte: Lepsch, 2002.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• LEPSCH, I. F. Formação e conservação 
dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 
178 p., 2002.
• OLIVEIRA, J. B. Pedologia Aplicada, 
Piracicaba, FEALQ, 2005.
• OLIVEIRA, D. de. O solo sob nossos pés. 
São Paulo: Atual, 2010.

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