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20/03/2013 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Campus Universitário de Sinop Profº Evaldo Martins Pires SINOP - MT PARASITOLOGIA ZOOTÉCNICA Nematóides não bursados de importância Zootécnica Aula de hoje: Aula 11 Classe Nematoda Introdução ao estudo dos Nematóides não bursados de interesse em Parasitologia Zootécnica Principais Superfamílias: Ascaridoidea Oxyuroidea Spiruroidea Filarioidea Trichuroidea 20/03/2013 2 CLASSIFICAÇÃO Superfamílias: (continuação) Trichostrongyloidea Strongyloidea Metastrongyloidea Ascaridoidea Oxyuroidea Filarioidea Spiruroidea Trichuroidea Apresentam bolsa copulatória Não possuem bolsa copulatória Superfamília Ascaridoidea 20/03/2013 3 GÊNEROS DE MAIOR IMPORTÂNCIA Ascaris Toxocara Heterakis Gênero Ascaris Principal espécie: Ascaris suum Hospedeiros: Suínos Localização: Intestino delgado 20/03/2013 4 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Considerado o maior nematóide dos suínos MORFOLOGIA DO ADULTO Fêmea (20 – 40 cm de comprimento) Macho (15 – 25 cm de comprimento) Corpo arredondado As extremidades são afiladas Fêmea - extremidade posterior distendida Macho - extremidade posterior enrolada ou recurvada MORFOLOGIA DO OVO Ovos inférteis Ovos férteis Alongado A camada externa é mais irregular Conteúdo interno indefinido (granuloso e opaco) Redondos ou ovais Com casca espessa recoberta por uma grossa camada mamilonada Conteúdo interno “organizado” 20/03/2013 5 CICLO BIOLÓGICO DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO O ovos não larvados eliminados no ambiente junto com as fezes L1 surge após cerca de 3 semanas no interior do ovo O ovo ao chegar no intestino delgado eclode, liberando L2 O hospedeiro ingere o ovo podendo estar larvado ou não larvado L2 segue para o fígado e muda para L3 L3, por meio da circulação sanguínea vai para os pulmões e daí para o intestino delgado via traquéia PPP = 2 meses O período que vai da eliminação do ovo até a eclosão e liberação da fase infectante é de 4 semanas No intestino delgado ocorrem as duas últimas mudas se tornando larvas adultas Acasalamento Ovos ingeridos por minhocas ou besouros coprófagos Ocorre a eclosão e L2 segue para os tecidos desses hopedeiros paratênicos O suíno ingere a minhoca e adquiri L2 20/03/2013 6 PATOGENIA As larvas podem: Lesionar o pulmão e causar pneumonia transitória Causar anemia Proporcionar um processo inflamatório no fígado Os vermes adultos podem: Causar obstrução intestinal Condenar a carcaça Em suínos jovens – redução no ganho de peso e maior período de engorda EPIDEMIOLOGIA - O ovo de Ascaris apresenta grande resistência no solo (meio externo). - Suínos jovens são mais vulneráveis a Ascaris suum. - Ascaris suum pode ocosionalmente infectar bovinos e ovinos, causando pneumonia que pode ser fatal (geralmente esses animais mantém ou mantiveram contato com instalações anteriormente ocupadas por suínos ou a terra adubada com esterco suíno). 20/03/2013 7 DIAGNÓSTICO Sinais clínicos* Diarréia, perda ou dificuldade de ganhar peso Exames laboratoriais: Contagem de ovos por grama de fezes (OPG); TRATAMENTO Uso de vários anti-helmínticos Mais comuns o levamisol e a ivermectina (injetáveis) GÊNERO Toxocara Principais espécies: Toxocara canis Toxocara cati Hospedeiros: Caninos, felinos Localização: Intestino delgado Verme causador da toxocaríase e da infecção chamada Larva Migrans Visceral (LMV) 20/03/2013 8 - Considerado um verme de grande porte: Macho: 4-10 cm Fêmea: 9-18 cm - Corpo de coloração branca - Boca trilabiada - Asa cervical longa e estreita CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Detalhe da região anterior (cabeça) de Toxocara DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO A infecção dos hospedeiros pode ocorrer de quatro formas com ciclos distintos. Via oral Via transplacentária Via transmamária Via hospedeiros paratênicos As fazes L1, L2 ocorrem dentro do ovo. PPP = Quatro a cinco semanas 20/03/2013 9 Via oral O hospedeiro definitivo (cães ou gatos) são infectados devido ao ato de farejar e/ou lamber o solo contaminado com ovos (forma infectante), que por sua vez, foi liberado no ambiente juntamente com as fezes. Em cães ou gatos jovens os ovos ao alcançar o intestino L3 eclode. As larvas penetram na mucosa intestinal e através da circulação chega ao fígado, em seguida no coração e alvéolos pulmonares, mudando para L4, regressando ao tubo digestivo via brônquios, traquéia e esôfago, chegando novamente ao intestino, onde muda para L5 e torna-se adulta. Em cães ou gatos adultos, as larvas chegam ao pulmão como L3, pegam a circulação de retorno para o coração sendo bombeadas pela aorta para diferentes partes do corpo onde mantêm-se ativas por anos. Via transplacentária Em fêmeas gestantes as larvas passam pelo sangue arterial podendo contaminar o feto. Via transmamária As fêmeas passam as larvas aos filhotes através do leite. Via hospedeiros paratênicos Pode haver contaminação através da ingestão de outros animais como roedores, aves, etc... infectados. 20/03/2013 10 Causa lesões hepáticas e pulmonares Desenvolvimento deficiente Diarréia Abdome volumoso Morte de cães e gatos jovens * PATOGENIA Intestino delgado de cão EPIDEMIOLOGIA - Ocorrência mundial. - A importância epidemiológica está associada a três questões importantes: * Grande potencial biótico * Grande resistência dos ovos em meio externo * Dependendo do local onde a larva se instala, elas não são submetidas a anti-helmíticos), isto contribui para a existência de reservatório constante de infecção. DIAGNÓSTICO Basicamente através de análises laboratoriais, sendo o método da flutuação fecal o mais utilizado. 20/03/2013 11 GÊNERO Heterakis Principal espécie: Heterakis gallinarum Hospedeiro definitivo: Aves Localização: Cecos Hospedeiro paratênico: minhoca Vermes pequenos (até 15 mm) com cauda pontiaguda e alongada Coloração corporal esbranquiçada Para identificação de Heterakis observa-se a presença de uma grande ventosa pré-cloacal e espículos Ovo – formato ovóide, casca fina CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 20/03/2013 12 DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO Os vermes adultos presentes nos cecos acasalam-se e a fêmea inicia o processo de oviposição. Esses ovos embrionados são eliminados juntamente com as fezes. No ambiente ocorre o desenvolvimento de L1, L2 podendo ainda alcançar L3 no interior do ovo. Esse ovo larvado é forma infectante e tem grande resistência no solo. A ingestão do ovo larvado pode ocorrer: - Diretamente pela ave (hospedeiro definitivo) - Devido a ave ingerir minhocas infectadas (hospedeiros paratênicos) com Heterakis. Nas minhocas, pode ocorrer a eclosão e liberação da L1, L2 ou L3 que permanecem nos tecidos até que ocorra a ingestão pela ave. Pode ocorrer ainda da ave ingerir a minhoca infectada com Heterakis sem que haja ocorrido a eclosão da larva. Ao serem ingeridas pelas aves a forma infectante alcança o tudo digestivo e, em seguida, o ceco onde geralmente ocorre as mudas para L4, L5 e fase adulta. O PPP ocorre geralmente entre 24 a 36 dias. VERME CONSIDERADO NÃO PATOGÊNICO SUA IMPORTÂNCIA ESTÁ ASSOCIADA A VEICULAÇÃO DO PROTOZOÁRIO Histomonas meleagridis, CAUSADOR DA DOENÇA CHAMADA “CABEÇA NEGRA DOS PERUS” OU ENTERO HEPATITE. PATOGENIA 20/03/2013 13 EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO Basicamente através da verificação da presença de ovos desses vermes nos exames de fezes Verificação dos vermes através da necropsia Heterakis gallinarum é amplamente disseminado entre as aves domésticas, no entanto, apresenta pouca importância patogênica por si próprio. Sua importância epidemiológica está associada ao protozoário Histomonas meleagridis. O uso de anti-helmínticos, principalmente: Piperazina Levamisol Administrados na água ou ração. TRATAMENTO 20/03/2013 14 Superfamília Oxyuroidea GÊNERO Oxyuris Principal espécie: Oxyuris equi Hospedeiro definitivo: Equinos e asininos Localização: Ceco, cólon e reto 20/03/2013 15 - Tamanho médio Fêmea (4 a 15 cm); Macho (9 a 12 cm) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Com muitos ovos por toda a região terminal do corpo. Útero contendo ovosExtremidade posterior do corpo Fêmeas - Região terminal da cauda pontiaguda - Bulbo esofágico posterior evidente - Apresentam asas caudais e um único espículo em forma de alfinete - Ovalado, achatado e amarelados, - Possui uma estrutura semelhante a uma tampa em uma extremidade. Machos Ovos 20/03/2013 16 ESQUEMA DO CICLO BIOLÓGICO DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO Os vermes adultos se instalam no ceco e cólon do intestino, onde se alimentam. Ocorre o acasalamento e as fêmeas fecundadas migram para o reto, onde, projetam sua extremidade anterior na região perianal e depositam seus ovos juntamente com uma substância cimentante (pode conter de 8000 a 60.000 ovos). Após a oviposição as fêmeas morrem. Os ovos, presentes na região anal do equino inicia-se o desenvolvimento da larva até L3 no interior do ovo (4 a 6 dias). Durante esse período, a substância cimentante seca se tornando quebradiça vindo a se destacar da pele na forma de flocos. Estes flocos contendo ovos infectantes aderem-se à cercas, bebedouros, paredes e etc... Ato de cocar auxilia a disseminação dos ovos Infecção dos eqüinos ocorre devido a ingestão de água e alimentos contaminados acidentalmente pelo ovo contendo L3. Após a ingestão dos ovos ocorre a eclosão da larva (L3) no intestino delgado, que por sua vez, penetram nos cecos e cólon intestinais onde mudam para L4. Após aproximadamente 50 dias da infecção os adultos são observados no intestino. Ocorre o acasalamento e as fêmeas reiniciam a atividade de postura. 20/03/2013 17 - Causam: Lesões e inflamação no intestino Diarréia Prurido intenso na região perianal e consequente lesões devido a coceira PATOGENIA EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO - Prurido anal associado a presença de massas de ovos amarelo-acinzentados no períneo. - Vermes podem ser observados nas fezes que podem ser eliminados passivamente. - Ovos são raramente encontrados no exame parasitológico das fezes colhidas do reto. Eles são mais facilmente encontrados em materiais colhidos do períneo e de fezes colhidas do solo. A grande questão de importância epidemiológica está no fato de os ovos serem espalhados no ambiente, nos estábulos quando o animal se coça. Fêmeas nas fezes 20/03/2013 18 Limpeza e higiene da região do períneo e cauda. Uso de anti-helmínticos de amplo espectro. Limpeza das instalações. Impedir contaminação da água e alimentos. TRATAMENTO Superfamília Spiruroidea 20/03/2013 19 GÊNERO Habronema Principais espécies: Habronema muscae Habronema microstoma Hospedeiro definitivo: equinos e asininos Localização: Estômago e pele Hospedeiros intermediários: Muscidae Habronema muscae – (principal Musca domestica) Habronema microstoma – (principal Stomoxys calcitrans) Causador da habronemose cutânea (“ferida de verão”). Comum em paises quentes - Vermes brancos e finos, com 1 a 2,5 cm de comprimento. - Macho com uma torção espiral na cauda. - Ovos são alongados e têm cascas finas. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Ovo de Habronema sp.Cauda do macho de Habronema sp. 20/03/2013 20 LESÕES CUTÂNEAS CAUSADAS POR Habronema TIPOS DE HABRONEMOSE Habronemose gástrica Habronemose cutânea Habronemose conjuntival 20/03/2013 21 ESQUEMA DO CICLO BIOLÓGICO DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO Os vermes adultos presentes no estômago acasalam-se e ocorre a oviposição. Os ovos são liberados juntamente com as fezes já com as L1. No solo, esses ovos são ingeridos pelos hospedeiros intermediários (larvas de mosca) e no interior da mosca ocorre a muda para L2. À medida que a larva da mosca se desenvolve, o helminto também o faz, e, assim na fase de pupa ocorre a muda de L2 para L3. Após a emergência, a mosca adulta que contém L3 em suas glândulas salivares vão: Ao lábio do equino se alimentar de resíduos alimentares, e com isso o equino pode ingerir a mosca acidentalmente. No tubo digestivo do equino ocorre a digestão da mosca e a L3 é liberada no estômago onde muda para L4 - L5 e atingem a maturidade. Pode ocorrer ainda, das larvas se instalarem na pele e nas regiões oculares, causando lesões nesses locais. 20/03/2013 22 Causam: Problemas estomacais como gastrite com excessiva produção de muco. Lesões cutâneas conhecidas como feridas de verão. Conjuntivite com espessamento na região da pálpebra. PATOGENIA EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO Habronemose cutânea: presença de feridas cutâneas e de difícil cicatrização. (Neste caso, as larvas podem ser encontradas nessas lesões). Habronemose gástrica: difícil diagnóstico, pois os ovos e larvas não são facilmente observadas. A sazonalidade das lesões está associada a atividade dos vetores muscídeos. 20/03/2013 23 Habronemose gástrica: anti-helmínticos, ivermectina. Habronemose cutânea: ivermectina; uso de repelentes de insetos, radioterapia, criocirurgia (casos crônicos). TRATAMENTO Superfamília Filarioidea 20/03/2013 24 GÊNERO Parafilaria Principal espécie: Parafilaria bovicola Hospedeiro definitivo: Bovinos e bubalinos Localização: Tecido conjuntivo subcutâneo e intermuscular. Hospedeiros intermediários: Mosquitos dos gêneros Aedes, Culex, Anopheles Verme causador da filariose bovina -Vermes brancos medindo de 3 a 6 cm de comprimento - Na fêmea, a vulva encontra-se na região anterior, próximo a abertura bucal. - Os pequenos ovos embrionados são postos na superfície da pele, onde eclodem e liberam as microfilárias ou L1 de aproximadamente 200 microns de comprimento. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 20/03/2013 25 DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO Os mosquitos ao realizarem o repasto sanguíneo, ingerem ovos ou larvas de Parafilaria bovicola. No mosquito (hospedeiro intermediário) pode ocorrem a eclosão de L1, muda para L2 e consequente L3 (entre 2 a 3 semanas). A infecção do hospedeiro definitivo (bovinos) ocorre quando o mosquito infectado se alimenta de secreções lacrimais ou feridas cutâneas em outros bovinos e com isto as L3 são depositadas. Essas L3 continuam o desenvolvimento tornando-se adultos que permanecem sob a pele por cinco a sete meses. As lesões desenvolvem-se sete a nove meses após a infecção. Microfilária saindo da probóscite do mosquito CAUSAM: Lesões na pele, principalmente nas regiões: PATOGENIA Inflamação na pele e sinais de hematomas. OBS. Para a comercialização, as regiões lesionadas devem ser removidas. Isto acarreta em grandes perdas econômicas por rejeição ou degradação de carcaças. Espáduas CernelhaÁreas torácicas 20/03/2013 26 EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO Baseia-se normalmente em sintomas clínicos. Para confirmação Exames laboratoriais que investigam a ocorrência de microfilárias em exames de exsudatos de pontos hemorrágicos O período mais favorável a ocorrência da parafilariose bovina é nos meses quentes, logo em seguida ao período das chuvas, pois este é o período que favorece a ocorrência de superpopulações de mosquitos. Uso de Ivermectinas Observação: Não é recomendado o uso de drogas em vacas lactantes. TRATAMENTO 20/03/2013 27 GÊNERO Onchocerca Principais espécies: Onchocerca cervicalis (equinos) Onchocerca gutturosa (bovinos) Hospedeiro definitivo: Equinos e bovinos Localização: Tendão flexor Ligamento nucal Ligamentos do tecido conjuntivo intermuscular Pode ocorrer na aorta bovina Ocasionalmente as larvas podem ser encontradas no olho Hospedeiros intermediários: Mosquitos dos gêneros Culicoides, Simulium Vermes causadores das oncocercoses eqüinas e bovinas - Vermes finos medindo de 2 a 6 cm de comprimento - Encontram-se enrolados no interior dos nódulos CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 20/03/2013 28 ESQUEMA DO CICLO BIOLÓGICO DESCRIÇÃO DO CICLO BIOLÓGICO Os mosquitos ao realizarem o repasto sanguíneo, ingere as microfilarias de Onchocerca spp. No mosquito (hospedeiro intermediário) essas microfilárias podem evoluir até L3. Mosquitos infectados com L3 de Onchocerca spp. ao alcançarem outro hospedeiro definitivo (bovinos ou equinos) inoculam L3 através da picada. L3 migra para a região da nuca, se instalando mais precisamente no ligamento nucal, onde mudam e atinge a fase adulta, se reproduzem , realizam a oviposição e as L1 ao eclodirem migram para a região ventral. Pode ocorrer de algumas espécies se instalarem no globo ocular de alguns hospedeiros 20/03/2013 29 Equinos - Acomete os ligamentos da nuca e os tendões flexores dos membros. - Causam inicialmente uma tumefação com uma protuberância palpável. Esta tumefação tende a se calcificar formando marcas permanentes. PATOGENIA Bovinos Presença de nódulos nos ligamentos, tecidos subcutâneos, musculares e intermusculares. Pode ocorrer depreciação dos tecidos musculares e do couro. Algumas espécies podem se instalar na parede da aorta causando aneurismas. EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO Baseia-se normalmente em sintomas clínicos. Para confirmação, recomenda-se a biópsia de pele próximo à linha que divide o abdome, visando a constatação de microfilárias. O período mais favorável a ocorrência das oncocercoses bovina e equina é nos meses quentes, logo em seguida ao período das chuvas, pois este é o período que favorece a ocorrência de superpopulações de mosquitos. Recomenta-se o uso de Ivermectinas e Dietilcarbamazina TRATAMENTO 20/03/2013 30 Superfamília Trichuroidea GÊNERO Trichuris Principais espécies e hospedeiros definitivos: Trichuris suis (suínos) Trichuris discolor (bovinos e bubalinos) Trichuris ovis (ovinos, caprinos bovinos) Trichuris vulpis (cão) Trichuris campanula (gato) Trichuris trichuria (homem) Localização: Intestino (ceco) 20/03/2013 31 - Conhecidos como vermes “chicote” extremidade anterior mais afilada que a posterior. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Machos têm apenas 1 espículo e este é envolvido por uma bainha dando aspecto de prepúcio - Os ovos são bioperculados e são muito resistentes ao ambiente, podendo sobreviver anos no solo. - Medem de 2 a 8 cm de comprimento ESQUEMA DO CICLO BIOLÓGICO Liberação de ovos nas fezes Maturação dos ovos no ambiente e formação da L1 no ovo Ingestão dos ovos por hospedeiros susceptíveis Eclosão dos ovos no intestino delgado Larva penetra na parede do intestino Migração das larvas para o inestino grosso Machos e fêmeas atingem a maturidade sexual e acasalam As fêmeas realizam a atividade de postura 20/03/2013 32 Grandes infestações leva à lesões no intestino (mucosa cecal) A lesão abre portas para infecção secundária (gastrenterite infecciosa) podendo ficar conjugado problema infeccioso e parasitário Ocorrência de diarréia sanguinolenta Morte PATOGENIA EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO Encontro de ovos nas fezes Encontro de larvas ou adultos em necrópsia O aspecto mais importante é a resistência e longevidade do ovo no ambiente. Uso de benzimidazóis, avermectinas ou levamisol injetáveis apresentam efeitos satisfatórios. TRATAMENTO Limpar, desinfetar ou esterilizar por calor úmido ou seco as áreas onde os ovos podem sobreviver por longo tempo. CONTROLE 20/03/2013 33 OBRIGADO A TODOS
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