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Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Noções Gerais Conceito - Denomina-se Direito Processual o complexo de normas e princípios que regem tal método de trabalho, ou seja, o exercício conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado. O processo nada mais é do que o procedimento escolhido pelo Estado Moderno para conduzir a solução dos conflitos, levando aos jurisdicionados a justiça, gerando estabilização e paz social LEI PROCESSUAL – lei processual civil é toda aquela que disciplina a função jurisdicional desenvolvida pelos juízes e tribunais. A LEI PROCESSUAL NO TEMPO A legislação processual tem aplicação imediata no tempo, respeitados os atos praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. “Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.” O artigo acima transcrito é bem claro ao determinar que a norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso. O prazo de vacatio legis do Novo Código de Processol Civil, é de um ano decorrido da data de sua publicação, o que obviamente Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br ocorrerá após receber a sanção presidencial, quando parte do texto ( ou mesmo o seu todo), poderá inclusive ser vetado. Na modificação das normas processuais, aplicam-se as regras do direito processual intertemporal, que por sua vez, tem solução uniforme respeitado seu prazo de vacatio legis, terá aplicação imediata e em geral, respeitados, os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. MOMENTO DE APLICAÇÃO DA LEI NOVA – a lei que se aplica em questões processuais é a que vigora no momento da prática do ato formal, e não a do tempo em que o ato material se deu. LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO Quanto ao espaço, a lei processual é regulada pelo princípio da territorialidade. Assim, a lei processual tem eficácia em território nacional. Isto, porque a norma processual tem por objeto disciplinar a atividade estatal (jurisdição), e essa atividade é manifestação do poder soberano do Estado, desse modo, não poderia ser regulada por leis estrangeiras. Quanto à aplicação espacial do novo Código de Processo Civil, destaca-se que a jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja signatário. A lei nova alcança o processo no Estado em que se achava no momento de sua entrada em vigor, mas respeita atos já praticados, que continuam regulados pela lei do tempo em que foram consumados. Mesmo quanto a lei nova atinge um processo em andamento, nenhum efeito tem sobre os fatos ou atos ocorridos sob imério da lei revogada. Fique Sabendo Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br “Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.” É universalmente aceito o princípio da territorialidade das leis processuais, ou seja, o juiz apenas aplica ao processo a lei processual do local onde exerce a jurisdição.. EXCEÇÃO – somente com relação às provas, seus meios e ônus de produção, é que prevalecerá a lei estrangeira, quando o negócio jurídico material tiver sido praticado em território alienígena, mesmo que a demanda seja ajuizada no Brasil. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Princípios do Direito Processual Civil 1. Princípio inquisitivo do dispositivo - “Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.” Esse artigo consubstancia que a jurisdição apenas atua quando provocada, excetuando as situações legalmente previstas, ou seja, a inércia da jurisdição não importa passividade e apatia do juiz na condução do processo. Já o impulso oficial traz a ideia de que o processo deve caminhar sempre ao seu fim. 2. Princípios da inafastabilidade do controle jurisdicional e o Princípio do Direito de ação O art. 3° aumenta a amplitude do art. 5°, inc. XXXV da CF, ressalvando apenas a questão da arbitragem (via alternativa de pacificação extrajudicial, mediante a escolha de um terceiro imparcial que decidirá no lugar das partes, segundo normas e procedimentos por ela eleitos). Art. 3° – Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 3. O Princípio do Acesso à Justiça O art. 16 da Declaração dos Direito do Homem, de 1789, estabelece que toda sociedade, onde a garantia dos direitos não é assegurada, não goza de uma Constituição. O acesso à justiça não se restringe apenas a propositura de ações judiciais, mas resguarda principalmente o direito de defesa, pois nele devem estar as possibilidades reais de as partes no processo serem ouvidos e influírem na atividade jurisdicional. As partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Isso leva a crer que o direito à jurisdição em prazo razoável é uma exigência para a tutela jurisdicional efetiva. Além disso, a tutela deve ser prestada por meio de uma jurisdição adequada. A tutela não deve ser apenas adequada, mas também efetiva, assim dispõe o art. 5º, LXXVIII, da CF (efetividade processual). 4. Princípio da Boa-fé “Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.” O princípio da boa-fé se demonstra como um novo paradigma no Direito, responsável por estabelecer novos limites para o exercício dos direitos, fixando-se no resguardo da moral, da veracidade e da confiança nas relações jurídicas. 5. Princípio Constitucional da Dignidade de Pessoa Humana e os Princípios Constitucionais da Administração pública Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Ao exigir que decisões sejam devidamente fundamentadas o sistema deseja que o magistrado interprete a norma de acordo com os valores e preceitos constitucionais, em particular ao princípio da dignidade de pessoa humana, rejeitando a atividade meramente criativa, na qual o julgador levaria em conta seus valores e escolhas pessoais. 6. Princípio da Isonomia (Princípio da paridade entre as partes) É assegurado às partes paridade de tratamento no curso do processo, competindo ao juiz velar pelo efetivo contraditório. No Novo código, as situações processuais de aplicação do princípio daisonomia foram mais detalhadamente especificadas. Incorporando o viés constitucional, partiu-se da premissa de que um processo justo está em plena consonância com o direito à igualdade e ao contraditório participativo. É a prerrogativa de que a todos devem ser dadas oportunidades de agir de se defender em absoluta igualdade de condições. 7. Princípio da Cooperação: Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Com isso as partes e os agentes do poder judiciário devem se comprometer com os valores do processo constitucionalizado (eficiente e satisfativo), sem criar entraves desnecessários. 8. Princípio do Contraditório e do devido processo Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III - à decisão prevista no art. 701. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Portanto, o processo deve ser o campo de plena participação das partes, garantindo a elas idênticas oportunidades a fim de que possam expressar sua defesa. O contraditório participativo deriva do princípio político da participação democrática. Isso quer dizer que a decisão não pode gerar surpresa às partes, tendo estas a oportunidade de apresentar todas as suas alegações anteriormente. Excepcionam-se somente as hipóteses de urgência ou para se evitar o perecimento do direito. 9. Contraditório tendo como destinatário o órgão jurisdicional (art. 10) “Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” A exigência do contraditório tem como destinatário o órgão jurisdicional. Desta forma, entre o contraditório e a livre fundamentação das decisões do juiz, deverá preponderar o contraditório, resguardando valores do Estado Democrático de Direito. Esse artigo norteia a impossibilidade de o juiz decidir sem conceder a oportunidade de manifestação às partes. 10. Princípio da Publicidade dos atos processuais e princípio da motivação das decisões judiciais. Trata da publicidade e da fundamentação das decisões judiciais. A publicidade é uma das garantias mais importantes no Estado Democrático de Direito, e é o único instrumento de controle da atuação judicial. Assim, o sigilo e a restrição às informações judiciais devem ser medidas excepcionais. Já o princípio da motivação das decisões judiciais é prerrogativa para o contraditório participativo e para a segurança jurídica de todo o sistema processual. “Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.” Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 11. Julgamento dos processos em ordem cronológica A redação do artigo 12 do NCPC é inovadora, estabelecendo que todos os órgãos jurisdicionais deverão obedecer a ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. Essa inovação é louvável, pois o julgamento em ordem cronológica é um imperativo de igualdade. Além disso, essa regra impedirá que julgamento siga ordem distinta considerando as partes envolvidas. Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V - o julgamento de embargos de declaração; VI - o julgamento de agravo interno; VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal; IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada. § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que: I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br As Partes e Procuradores DEFINIÇÃO DE PARTE O autor e o réu pretendem a prevalência de um direito material, o juiz busca a composição definitiva do conflito e os auxiliares da Justiça atuam de modo a favorecer o resultado da atividade judicial. As partes, autor e réu, demandante e demandado, re-querente e requerido, exequente e executado são os sujeitos do processo que têm interesse no objeto da causa. O que distingue a parte dos demais integrantes da relação processual é esse interesse direto no bem litigioso. FIQUE SABENDO A CAPACIDADE DE SER PARTE É aquela atribuída ao sujeito que pode tornar-se titular de situação jurídica integrada em uma relação de direito processual, como é o exemplo do incapaz e do nascituro. POSSUEM CAPACIDADE PARA SER PARTE: - Pessoas Naturais; - Pessoas Jurídicas de Direito público e privado; - Aquelas chamadas de formais; - Entes públicos despersonalizados; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br A CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO “Art. 70 NCPC - Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.” A capacidade de estar em juízo corresponde a capacidade para exercitar direitos processuais e não apenas para figurar como sujeito processual como ocorre na “capacidade para ser parte” “Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.” Compreende-se: Absolutamente incapaz = os menores de 16 anos(devem ser assistidos); Relativamente incapaz = os maiores de 16 e menores de 18 anos (devem ser representados). “Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. § 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.” Os Arts. 73 e 74 são inovações em relação ao antigo Código de 1973, pois, estabelece que nos casos em que diz respeito a propositura, por tão somente um deles, de ação que verse sobre direito real imobiliário, ao excetuá-la, ocorre a exigência de mútuo consentimento dos cônjuges que forem casados sob o regime de separação absoluta de bens. A CAPACIDADE POSTULATÓRIA A capacidade postulatória pode ser conceituada como a capacidade para procurar em juízo. Ostentam tal capacidade, de regra, aqueles que estiverem regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil ou forem membros do Ministério Público ou, no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis, os sujeitos especificados e não excetuados no art. 8º Lei 9.099/95 nas causas que não excedam 20 salários mínimos. DA REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO “Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III - o Município, por seu prefeito ou procurador; IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br V - a massa falida, pelo administrador judicial; VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII - o espólio, pelo inventariante; VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. § 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias.” Comparado ao antigo CPC de 1973, o novo CPC dispõe, que a União pode ser representada por órgão vinculado pela Advocacia-Geral da União, bem como que a autarquia e a fundação de direito público pode ser (re)presentada por quem a lei do ente federado designar. O novo Código alterou a linguagem técnica disposta nos competentes artigos, a exemplo: no NCPC, o representante da massa falida é o “síndico” e não mais o “administrador judicial” como constava no antigo CPC. Com o objetivo de facilitar o exercício da (re)presentação processual, o novo código, autorizou que os Estados e o Distrito Federal ajustem compromissos recíprocos para a prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelos respectivos procuradores. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br VÍCIO DE REPRESENTAÇÃO “Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justi- ça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.” Com a finalidade de evitar eventual “decisão surpresa”, o novo Código dispõe que os sujeitos processuais serão intimados, também em grau recursal, para proceder na sua regularização. No caso de não atendimento ao comando judicial, os consectários traçados no art. 76 deverão ser aplicados pelo julgador. O novo CPC ressalta a utilização do contraditório como uma garantia de aproveitamento da atividade processual, caso a parte prejudicada tenha obtido a potencialidade de se valer do contraditório dinâmico e ainda não tenha se manifestado. Todo o sistema de nulidades, cooperação entre juiz e as partes, endereçados a salvaguardar e facilitar o julgamento definitivo do mérito da causa, em lugar da invalidação evitável do processo, a qual, em regra, atrita com a efetividade esperada da tutela jurisdicional, evita que o formalismo exacerbado impere no novo ordenamento processual civil brasileiro. Porém, é possível que o poder organizador, ordenador e disciplinador do formalismo, em vez de concorrer para a realização do direito, aniquile o próprio direito ou determine um retardamento irrazoável da solução do litígio. Neste caso o formalismo passa a propiciar uma solução rápida e eficaz do processo, contribuindo para a extinção deste sem julgamento do mérito, obstando a que o instrumento atinja a sua finalidade essencial. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br A postulação feita por quem não detém a condição de advogado é tida por inválida. Anotem-se, quanto a esse aspecto, as limitações que são impostas aos estagiários de Direito pelo Estatuto da OAB – § 2º do art. 3º da Lei n. 8.906/94. Por outro lado, sem mandato o advogado não é admitido a procurar em juízo, conforme o art.103 do CPC. É preciso atentar, por outro lado, para que a procuração seja passada por quem de direito. No caso de pessoa jurídica, o outorgante deve ser identificado no instrumento de procuração e deve corresponder a quem tenha os poderes de representação do ente. ATENÇÃO PARTES ORIGINÁRIAS E SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES No curso do processo, a SUBSTITUIÇÃO VOLUNTÁRIA das partes só é admitida nos casos previstos em lei, o que pode acontecer, por exemplo, em vista da Nomeaçãoà Autoria – art. 65 e seguintes do CPC. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br A distribuição da petição inicial tem o efeito de promover a estabilização subjetiva da causa, ou seja, relativamente ao autor e ao réu, os quais não podem ser alterados, via de regra. FENÔMENOS DA ESTABILIZAÇÃO DO JUÍZO DA ESTABILIZAÇÃO DO PEDIDO OU DA CAUSA DE PEDIR DA ESTABILIZAÇÃO DAS PARTES SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES CAUSA MORTIS ATO ENTRE VIVOS SUBSTITUIÇÃO DO ADVOGADO REVOGAÇÃO DO MANDATO RENÚNCIA •Ato do Cliente (o que concedeu poderes para a ação). Não precisa ser justificada e é preciso cautela ao justificar. •Com a revogação, a parte deverá nomear novo advogado para substituir o que foi deposto. Essa nomeação deverá ocorrer no prazo estipulado pelo juiz, sob pena de sofere as consequências do Art. 13, CPC. •Como o mandado pode ser revogado, o advogado deverá se acautelar de seus direitos e realizar um contrato sobre seus serviços, incluindo uma cláusula referente à revogação. •ARTS. 13, 36, 44 •É um ato potestativo, ou seja, não precisa da aquiescência para chancelar a renúncia, para validar seus efeitos. Não é preciso justificar e é necessário ter cautela para não causar dano moral ao cliente. •Para renunciar o advogador deverá: 1. Dar ciência da renúncia ao cliente; 2. Ficar no processo por mais 10 dias para não gerar prejuízos ao cliente e será o tempo para que este consiga contratar outro advogado. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Novo CPC As partes e procuradores no novo cpc A disciplina das partes e procuradores no substitutivo de cpc não foi alterada, exceto quanto à advocacia em causa própria. O legislador está excluindo a possibilidade de que a parte atue em causa própria na ausência ou impedimento dos advogados, o que se justifica porque essas hipóteses de atuação não são encontradas na prática forense. Dos deveres das partes e dos procuradores As partes são livres para escolher os meios idôneos a consecução de seus objetivos. OBJETIVANDO Justa e celere composição do litígio LEGISLADOR Imposição de condutas segundo princípios éticos. PARTES Deveres das partes no processo - De expor os fatos em verdade; - Proceder com lealdade e boa-fé ; - Não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br - Cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final; - Não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito; - Dever de cordialidade; Dos deveres das partes e dos procuradores Do ato atentarório à dignidade da justiça ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA VIOLAÇÃO À ÉTICA DO PROCESSO AÇÕES COGNITIVAS CAUTELAR EXECUTIVA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ATO ATENTATÓRIO Da Litigância de má-fé Consequências da litigância de má-fe - A parte que litiga de má-fé é condenada a pagar indenização a parte contrária e multa. A condenação da parte por litigância de má-fé é por requerimento da parte adversa ou de ofício pelo órgão jurisdicional – art. 18 do CPC. Da condenação do advogado por litigância de má-fé - Não há previsão legal para que o advogado seja condenado por litigância de má-fé, o que tem levado os nossos tribunais a afastarem condenações desse teor. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Litisconsórcio DEFINIÇÃO DE LITISCONSÓRCIO O litisconsórcio é a pluralidade de partes, no polo ativo, no passivo, ou em ambos, do mesmo processo. Justificativa - Economia Processual - Harmonização dos Julgados LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO - Artigo 46 da Lei 8.952 - O juiz poderá limitar o litisconsórcio quanto ao número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão” FIQUE SABENDO Verificando o juiz que o número é tal que ultrapassa o razoável, poderá limitar o número de litigantes. A lei não esclarece de que forma isso será feito, mas há de ser por meio do desmembramento do processo. Requisitos para que haja o desmembramento 1. Que o litisconsórcio seja facultativa e não necessário; 2. Que o número seja tal que comprometa a rápida solução do litígio; Ou que dificulte a defesa; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br DISPOSITIVO LEGAL “Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo. Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.” Classificação do Litisconsórcio 1.Quanto à obrigatoriedade - Necessário (formação obrigatória): decorre de imposição legal ou da natureza da relação jurídica de direito material posta em causa. Nestes casos, impõe-se a presença de todos os litisconsortes, pois a eficácia da sentença depende da citação de todos que devam ser litisconsortes. - Facultativo: esta espécie de litisconsórcio não é obrigatória, o qual se forma em função da vontade de quem propõe a demanda; quando os direitos e obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato e de direito 2.Quanto ao resultado final - Simples: Ocorre quando o juiz puder decidir de forma diversa para um ou mais litisconsortes. - Unitário: Ocorre quando a lide tiver de ser decidida de maneira uniforme para todos os litisconsortes. COMUNHÃO DE DIREITOS É a hipótese mais controvertida. A comunhão é uma forma maisintensa de conexão, na qual existe uma relação jurídica que pertence a mais de um titular. A comunhão é, portanto, a cotitularidade. É preciso fazer uma distinção: há casos em ela gerará litisconsórcio necessário. Sempre que duas ou mais pessoas forem cotitulares de uma mesma coisa ou direito, uno e incindível, o litisconsórcio será necessário e unitário, salvo no campo da legitimidade extraordinária, em que será facultativo e unitário. Mas existem casos em que há comunhão de direitos e obrigações sobre coisas ou direitos que não são incindíveis. É o que ocorre, por exemplo, com o fenômeno da solidariedade: duas ou mais pessoas são codevedoras solidárias da mesma dívida, que pode ser integralmente cobrada de qualquer um. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br MOMENTO DE FORMAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO • Quando o litisconsórcio é facultativo, a sua formação depende da vontade do autor ou autores. • Quando o litisconsórcio é necessário, não há opção do autor deverá incluir todos no polo ativo ou passivo. Se não o fizer, o juiz conceder-lhe-á um prazo para que emende a inicial, incluindo o faltante, sob pena de indeferimento. • Há casos, por fim, em que o litisconsórcio só se formará posteriormente, no curso do processo. O LITISCONSÓRCIO NO NOVO CPC O art. 113 do NCPC reproduziu o art. 46 do CPC/73, tratando das hipóteses de litisconsórcio facultativo. Nas hipóteses previstas na norma, as partes poderão litigar em litisconsórcio. O inciso II do art. 46 do CPC/73 não está previsto no art. 113 do NCPC, os demais foram inalterados. O art. 114 do NCPC dispõe acerca do litisconsórcio necessário, mas sem confundi-lo com o litisconsórcio unitário, como fazia a redação do art. 47 do Código anterior. O novo código fixou no art. 114 o litisconsórcio necessário e no art. 116 o litisconsórcio unitário. O NCPC altera a sistemática, no que tange ao regime do litisconsórcio necessário, não integralizado. Tratando-se de litisconsórcio necessário- simples a sentença é válida e eficaz entre as partes, mas ineficaz em relação aos terceiros que poderiam ter sido litisconsortes necessários- simples, mas não o foram. Na hipótese de não integração de litisconsorte necessário-unitário, a sentença será nula, podendo, inclusive, ser impugnada por ação rescisória. O autor deverá ser intimado para requerer a citação de todos os que devem ser litisconsortes passivos necessários. Não providenciando o autor a citação referida, o processo será extinto sem resolução do mérito. O NCPC, no art. 117, repete a regra do art. 84 do antigo código, porém, excetua na hipótese de litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. A regra insculpida no art. 118 do Novo Código de Processo Civil repete o disposto no art. 49 do CPC de 1973 e trata da autonomia dos litisconsortes. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br O Regime do Litisconsórcio LITISCONSÓRCIO SIMPLES UNITÁRIO REGRA Em princípio, como a sentença pode ser diferente para os litisconsortes, o regime é o da autonomia ou independência: os atos praticados por um não beneficiam os demais Como no litisconsórcio unitário discute-se no processo uma relação jurídica una e incindível, tendo o resultado de ser o mesmo para todos, os atos praticados por um dos litisconsortes beneficiam a todos. PARTICULARIDADES Apesar da autonomia, é preciso verificar qual o teor do ato praticado, para verificar que tipo de alegação foi feita pelo litisconsorte, pois, se for comum, do interesse geral, acabará beneficiando também os demais, já que não se pode acolher matérias comuns em relação a uns e não a outros, sob pena de a sentença ficar incoerente É preciso distinguir que tipo de ato foi realizado pelo litisconsorte unitário. Se foi vantajoso, perpetrado em defesa dos próprios interessados, como a apresentação de resposta ou recurso, todos serão beneficiados. Mas se praticado em detrimento dos próprios interesses, como a confissão, a renúncia ou o reconhecimento do pedido, o ato será ineficaz, não prejudicando nem mesmo quem o praticou. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Intervenção de Terceiros CONCEITO Trata-se de fato jurídico processual em que um terceiro, alheio à relação jurídica processual originária, ingressa no processo já em andamento. Nota-se que, as intervenções de terceiro devem ser expressamente previstas em lei, tendo fundamentalmente como propósitos a economia processual (evitar a repetição de atos processuais) e a harmonização dos julgados (evitar decisões contraditórias). Uma vez admitido no processo, o sujeito deixa de ser terceiro e passa a ser considerado parte. Estãp divididas em: ● Assistência (artigos 119-124), ● Denunciação da lide (artigos 125-129) e ● Chamamento ao processo (artigos 130-132) ● Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133- 137) ● Amicus curiae (art. 138) São terceiros aqueles que não figuram como partes: - autores (as pessoas que formulam a pretensão em juízo) - réus (aqueles em face de quem tal pretensão é formulada). Há casos em que, por força da intervenção, aquele que até então era terceiro adquire a condição de parte. E casos em que o terceiro adquire a condição de auxiliar da parte. Seja como for, a intervenção implicará em que aquele que não figurava até então no processo passe a figurar. Em qualquer caso, porém, só se justifica a intervenção do terceiro que possa, em razão do processo em andamento, ter sua esfera jurídica atingida pela decisão judicial. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 1 - Assistência É um tipo de intervenção espontânea, cuja finalidade é que um terceiro estranho a relação processual auxilie a parte em uma causa em que tenha interesse jurídico. Tal modalidade poderá ser admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição. Pode ser assistência simples ou litisconsorcial. 1.1 - Assistência simples: é aquela realizada por terceiro que pretende, apenas, auxiliar uma das partes da vitória do feito. O assistente simples estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, damos como exemplo, caso o assistido não recorra de determinada decisão, o assistente não poderá recorrer. A parte principal poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir da ação ou renunciar ao direito que se funda a ação ou transigir sobre direitos incontroversos, mesmo que haja a assistência. Quando acontecer o trânsito em julgado de sentença, o assistente não poderá discutir a decisão, a menos que alegue e prove que foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença em decorrência do estado em que recebeu o processo, por exemplo. 1. Não se admite ingresso de um terceiro absolutamente alheio ao processo, cujos interesses não possam, de qualquer maneira, ser afetados. 2. O RECURSO DE TERCEIRO PREJUDICADO, que alguns incluem entre as formas de intervenção, não constitui forma autônoma, mas uma assistência, na fase recursal. ATENÇÃO Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br “Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. Art. 122.A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. Art. 123. Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que: I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença; II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.” 1.2 Assistência Litisconsorcial: ocorre quando o terceiro intervir no processo com a intenção de formar um litisconsórcio ulterior, sempre que a sentença irá influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. Isto acontece, pois o assistente litisconsorcial tem relação direta com a parte adversa do assistido. Neste caso o assistente defende direito seu em juízo, em litisconsórcio com o assistido. Ex.: Ação de despejo entre locatário e locador, onde há sublocações Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido. 2 - Denunciação da lide É uma forma de intervenção provocada, onde o Autor e Réu pretendem resolver demanda regressiva contra um terceiro, onde aquele que eventualmente perder a demanda já aciona um terceiro para que este o indenize em ação de regresso. É cabível apenas em duas hipóteses: ● ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam, sendo permitida Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br ● àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. O Novo CPC traz que, caso a denunciação da lide seja indeferida, deixe de ser promovida ou não for permitida, o direito regressivo poderá ser exercido por ação autônoma, que, inclusive, poderá ser distribuída por dependência. Sendo deferido, o juiz, de ofício, mandará proceder a respectiva anotação pelo distribuidor. Se a denunciação for feita pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, devendo, ser procedida à citação do réu. Se ela for feita pelo réu, haverá 3 consequências: Denunciado contestar o pedido do Autor: o processo prosseguirá, formando na ação principal um litisconsórcio entre o denunciante e denunciado; Denunciado for revel: o denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, bem como abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal: o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Todavia, pontua-se que a que a confissão do denunciado não prejudica a defesa do denunciante (réu) na ação contra o autor. Esse tipo de intervenção de terceiros, mesmo sendo ação autônoma, possui dependência em relação à ação principal, portanto, só haverá necessidade de julgar a denunciação se a ação principal for julgada contra o denunciante, situação em que o juiz terá que analisar o direito de regresso do denunciante e, relação ao denunciado. No caso de sucumbência, se a ação principal foi improcedente, então significa que a denunciação da lide foi desnecessária e assim o denunciante pagará as verbas de sucumbência em relação ao denunciado. Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. § 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida. § 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor, ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131. Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu. Art. 128. Feita a denunciação pelo réu: I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide. Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 3 - Chamamento ao Processo Direito do réu de chamar, para ingressar no polo passivo da demanda, os corresponsáveis por determinada obrigação. no chamamento ao processo a condenação é automática, estando, portanto, ligado a ideia de solidariedade, diferenciando-se assim da Denunciação da lide. Não é intervenção obrigatória, podendo ser feito apenas pelo Réu, tendo por fim a economia processual. Tem cabimento nas seguintes hipóteses: • Do afiançado, na ação em que o fiador for réu; • Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; • Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o pedido na contestação, em caso de sucumbência, terá que ajuizar nova ação contra os corresponsáveis. A citação deverá ser promovida em 30 dias sob pena de ficar sem efeito o chamamento, sendo tal prazo é peremptório, e corre a partir do despacho do juiz que deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 dias, não é para a realização do ato em si, mas sim para que o réu implemente as condições necessárias a realização da citação, como pagamento de custas, cópias, endereços e etc. Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II - dosdemais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles; III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum. Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento. Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 4 - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica A desconsideração da personalidade jurídica é prevista no CDC (art. 28) e no CC (art. 50), que autoriza imputar ao patrimônio particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade, quando e se a pessoa jurídica houver sido utilizada abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão patrimonial, liquidação irregular, dentre outros. É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução de título extrajudicial, sendo instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no processo, devendo haver para tanto, a observância dos requisitos legais. Uma vez instaurado, o incidente deverá ser imediatamente comunicado ao distribuidor para as anotações devidas. A instauração do incidente será dispensada se esse tipo de intervenção de terceiros for requerido na petição inicial, onde o sócio ou pessoa jurídica será citado. Uma vez instaurado o incidente, o sócio ou pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. Por fim, uma vez acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude á execução, será ineficaz em relação ao requerente. Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. § 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. § 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. § 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. § 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica. Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 5 - Amicus Curiae É uma modalidade de intervenção que pode ser do tipo espontânea ou provocada, onde um terceiro, sem interesse jurídico, irá instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida seja mais qualificada, motivada. O Amicus Curiae irá qualificar o contraditório trazendo mais subsídios para a decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à apreciação da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional. Pode ser aplicada em todos os graus de jurisdição. Amicus Curiae não pode ter interesse jurídico na causa, apenas institucional, pois se assim fosse, estaríamos diante de outra modalidade de intervenção, a Assistência. Será admitido pelo juiz ou relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, de ofício ou a requerimento das partes, mediante decisão irrecorrível, cabendo aos mesmos definir os poderes do Amicus Curiae. Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o. § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae. § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br O NCPC dedica os arts. 139 a 143 ao Juiz, tratando dos seus poderes, deveres e responsabilidades. Cuida ainda da suspeição e impedimento nos arts. 144 á 148. Cumpre ao juiz dirigir o processo. No exercício dessa função, deve agir com impessoalidade e imparcialidade, estabelecendo a comunicação necessária com os demais sujeitos, o autor e o réu. Será o juiz quem, depois de verificar as questões preliminares, decidirá o pedido, ponderando as informações trazidas pelas partes. Ao fazê-lo, deve agir de maneira substancialmente imparcial, aplicando a lei ao caso concreto, para solucionar o conflito de interesses. Quanto ao impedimento e à suspeição, diferenciam-se de acordo com o nível de comprometimento que o juiz tem com a causa, e que pode prejudicar sua imparcialidade. No impedimento há presunção absoluta ( juris et de jure ) de parcialidade do juiz, enquanto na suspeição há apenas presunção relativa ( juris tantum ). IMPEDIMENTO DO JUIZ As causas de impedimento estão elencadas no art. 144 do NCPC 1. ser parte no processo que vai julgar; 2. ter intervindo como mandatário da parte, oficiado como perito, funcionado como órgão do Ministério Público ou prestado depoimento como testemunha; 3. ter participado dele em primeiro grau de jurisdição, nele proferindo sentença ou decisão; 4. no processo que reconheceu duplo grau de jurisdição; 5. processo que postular como defensor publico, ou advogado. 6.quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, Juiz Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 4. no processo, funcionar o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, como advogado da parte, ou na linha colateral até segundo grau. Nesse caso, o impedimento do juiz só se dará quando o advogado já estiver atuando na causa. Caso contrário, se o juiz estiver na condução do processo anteriormente, quem ficará impedido de dele participar será o advogado; 5. ser cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, dealguma das partes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; 6. ser órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica que seja parte na causa 7. quando for herdeiro presuntivo, ou mepregador de qualquer das partes 8. quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 1o Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. § 2o É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3o O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. SUSPEIÇÃO É a situação do juiz em que haja falta de imparcialidade, alegada por ele ou pela parte. A suspeição impõe ao juiz, sob dúvida de procedimento, o dever de se afastar da causa, sob pena de a parte poder impugná-lo, no prazo e forma legais As causas de suspeição estão previstas no art. 145, do NCPC. A suspeição reputa-se fundada quando: 1. o juiz for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 2. alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou colateral até o terceiro grau; 3. ele for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; 4. receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou subministrar meios para atender às despesas do litígio; 5. ele for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes; 6. por razões de foro íntimo. Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br PODERES E DEVERES DO JUIZ Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I - assegurar às partes igualdade de tratamento; II - velar pela duração razoável do processo; III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé. Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias. Temos: 1. Assegurar às partes igualdade de tratamento 2. Velar pela duração razoável do Processo 3. Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça 4. determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial 5. promover, a qualquer tempo, a autocomposição 6. dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios deprova 7. exercer o poder de polícia 8. determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais 9. determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes 10. quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5o da Lei no7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei no8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br O Art. 149 do NCPC, apresenta em rol apenas exemplificativo de auxiliares da justiça: "são auxiliares da justiça, além de outros, cujas autribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partido, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias". 1. O ESCRIVÃO: Escrivão ou Chefe de secretaria é o nome que se dá ao servidor responsável pelos ofícios de justiça ou secretaria de vara, podendo possuir auxiliares tradicionalmente chamados de escreventes. Cada ofício é chefiado por um escrivão, podendo ter número indeterminado de escreventes. Em geral, escrivão é o nome utilizado na justiça estadual e Chefe de secretaria nas justiças da União. O escrivão, grosso modo, atua na sede do juízo e exerce suas atribuições com fé pública, vale dizer, os seus atos gozam de presunção relativa (iuris tantum) de veracidade. é o incumbido da direção do cartório, competindo-lhe ordenar os trabalhos, e comandar as tarefas dos escreventes e demais funcionários. 2. OFICIAIS DE JUSTIÇA Oficial de justiça é o servidor da justiça que, em regra, exerce suas atribuições fora da sede do juízo. A ele cabe cumprir as ordens judiciais que precisam ser efetivadas fora da sede do juízo. Está normalmente submetido diretamente ao juízo, não guarda qualquer hierarquia em relação ao escrivão ou ao ofício de justiça. Assim como o escrivão, detém fé pública. Suas tarefas são, em especial, a de fazer citações, prisões, penhoras, arrestos e outras diligências, além de executar ordens dos juízes, e cumprir os mandados de que são encarregados. O novo CPC acrescenta ao rol uma atribuição (“praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios”) A essas funções, foi acrescentada a de, nas execuções civis, promover a avaliação dos bens penhorados, salvo quando não tenham condições técnicas para fazê-lo. Auxiliares de Justiça Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br 3. PERITO Cumpre a tarefa de assistir o juiz, quando houver necessidade de prova de fatos que dependam de conhecimentos técnicos ou científicos. São escolhidos entre profissionais de nível universitário, inscritos no órgão de classe competente. Se não houver, na localidade, quem preencha tais requisitos, o juiz os nomeará livremente. O juiz poderá nomear para perito não apenas o profissional, pessoa física, mas também órgãos técnicos ou científicos, como instituições universitárias e institutos de pesquisas. Em qualquer situação, será condição, e eis aqui mais uma grande inovação trazida pelo novo CPC, a inscrição em cadastro mantido pelo tribunal. Em nome dos princípios da publicidade e da impessoalidade, a elaboração de tal cadastro deverá ser precedida de consulta pública, por meio de divulgação na internet ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades e conselhos de classe. Esse cadastro de peritos estará, ainda, sujeito a avaliações e reavaliações periódicas. o perito não pode ser nomeado em razão de laços de amizade ou de simpatia com o magistrado, vara ou secretaria, mas sim por critérios objetivos e transparentes, já que o perito, como importante auxiliar da Justiça, desempenha papel de extrema relevância para se alcançar a verdade no âmbito do processo judicial. O perito deve ser imparcial e neutro em relação aos interesses das partes, condição que o diferencia dos assistentes técnicos, pois estes também devem possuir conhecimento especializado, mas atuam em favor da parte que os elegeu. 4. DEPOSITÁRIO e o ADMINISTRADOR São os responsáveis pela guarda e conservação dos bens arrestados, penhorados, sequestrados ou arrecadados, sendo responsáveis pelos danos que, por culpa ou dolo, provocarem. 5. INTÉRPRETE É aquele que auxilia o juiz quando há necessidade de analisar documentos estrangeiros ou vertê-los para o vernáculo. Também quando é preciso traduzir a linguagem dos surdos-mudos. 6. MEDIADOR E CONCILIADOR JUDICIAL O NCPC ordena que sejam realizadas audiências de consiciliação e mediação. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br O mediador, atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes e auxiliará os interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que geram benefícios mútuos. Observa-se que o legislador diferenciou a atuação do conciliador e mediador. O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes. Já o mediador, atuará preferencialmente ns casos em que houver vinculos entre as partes. 7. PARTIDOR Serventuário cuja função especial é organizar os planos das partilhas, cálculos e serviços semelhantes que se fazem em juízo. Ao ofício podem ser acumulados os de contador e distribuidor. 8. REGULADOR DE AVARIAS É um técnico que vai ser nomeado para essa função, determinando e avaliando o processo de cada avaria , que vão ser os danos ligados a cada situação enquadrada no Código de Processo Civil. Avaria é um substantivo que designa um estrago que sofreu algum bem material. 9. DISTRIBUIDOR O Distribuidor contador tem por atribuições, dirigir os trabalhos do ofício, praticar atos e executar tarefas inerentes ao ofício do foro judicial previstas em leis e regulamentos e, especificamente, fazer a distribuição dos feitos, inclusive trabalhistas. Fazer todos os cálculos necessários ao procedimento judicial. Chefiar o ofício em que estiver lotado, escrever, observada a forma prescrita, todos os termos dos processos e demais atos praticados no juízo em que servir. Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Art. 150. Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições serão determinadas pelas normas de organização judiciária. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Art. 151. Em cada comarca, seção ou subseção judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de justiça quantos sejam os juízos. Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício; II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo; IV - manter sob sua guarda e responsabilidadeos autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto: a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz; b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor; d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência; V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça; VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios. § 1o O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição prevista no inciso VI. § 2o No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o juiz convocará substituto e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato. Art. 153. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais. § 1o A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma permanente, para consulta pública. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I - os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento judicial a ser efetivado; II - as preferências legais. § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-ão a ordem cronológica de recebimento entre os atos urgentes e as preferências legais. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 4o A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos próprios autos, ao juiz do processo, que requisitará informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 (dois) dias. § 5o Constatada a preterição, o juiz determinará o imediato cumprimento do ato e a instauração de processo administrativo disciplinar contra o servidor. Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça: I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora; II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento; IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem; V - efetuar avaliações, quando for o caso; VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e regressivamente, quando: I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que estão subordinados; II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa. Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. § 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. § 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br § 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados. § 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade. § 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. § 1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la. § 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento. Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis. Art. 159. A guarda e a conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro modo. Art. 160. Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração que o juiz fixará levando em conta a situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução. Parágrafo único. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por indicação do depositário ou do administrador. Art. 161. O depositário ou o administrador responde pelos prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada, mas tem o direito a haver o que legitimamente despendeu no exercício do encargo. Licenciado para amadeus da silva e silva, E-mail: amadeus-da@bol.com.br Parágrafo único. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato atentatório à dignidade da justiça. Art. 162. O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para: I - traduzir documento redigido em língua estrangeira; II - verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional; III - realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado. Art. 163. Não pode ser intérprete ou tradutor quem: I - não tiver a livre administração de seus bens; II - for arrolado como testemunha ou atuar como perito no processo; III - estiver inabilitado para o exercício da profissão por sentença penal condenatória, enquanto durarem seus efeitos. Art. 164. O intérprete ou tradutor, oficial ou não, é obrigado a desempenhar seu ofício, aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 157 e 158. Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. § 1o A composição e
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