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aula 13 teoria do pagamento fim

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BEM VINDOS
Direito Civil III - Obrigações
Prof. Ana Paula Mansano Baptista
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PAGAMENTO
Conceito: é a forma natural da extinção das obrigações
Adimplemento: é a extinção da obrigação pela execução da prestação.
Pagamento: É cumprimento voluntário da obrigação.
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Natureza do pagamento
teoria eclética:
a. natureza de ato-fato – vontade do agente não é relevante.
Ex: obedecer regra desconhecida.
b. natureza de ato jurídico – vontade relevante/ sem controle dos efeitos ex: realizar o pagamento nas condições iniciais devidas; assinar escritura pública para viabilizar a venda de um imóvel; 
c. natureza de negócio jurídico – vontade relevante + controle dos efeitos do pagamento
p. ex. pagamento adiantado para obter desconto; pagamento feito por terceiro para desincumbir devedor.
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QUEM DEVE PAGAR?
Regulamento legal: artigo 304 segundo o qual “qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, salvo obrigação personalíssima.
 
Quem paga = solvens. 
Pode ser:
a. devedor (regra)
b. representante: mandatário ou representante legal.
c. terceiro
C.1Terceiro interessado c.2 terceiro não interessado
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QUEM DEVE PAGAR?
c1. Terceiro interessado – pessoas que poderiam vir a ser responsabilizadas pela dívida.
Sub-roga-se nos direitos do credor
pode usar de meios exoneratórios diante da recusa do credor (ex. consignação em pagamento).
 
c2. Terceiro não interessado.
- Em nome do devedor – anuência do devedor.
- Em nome próprio – 
Depende de anuência do credor.
Não ocorre sub-rogação. Direito de reembolso no vencimento (305 e parágrafo único), salvo desconhecimento ou oposição por justa causa do devedor (CC, 306).
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TJ-PR - Apelação Cível AC 7442228 PR 0744222-8 (TJ-PR) 
Data de publicação: 30/06/2011 
Ementa: AÇÃO DE COBRANÇA - TAXAS CONDOMINIAIS - ANTECIPAÇÃO DO VALOR DAS COTAS POR EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS - HIPÓTESE DE PAGAMENTO EFETUADO POR TERCEIRO NÃO INTERESSADO - ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM RECONHECIDA. RECURSO PROVIDO. A celebração de contrato de prestação de serviços para cobrança de taxas condominiais, com o adiantamento das taxas ao condomínio, caracteriza hipótese de pagamento por terceiro não interessado, ex vi do artigo 305 , do Código Civil , sendo forçoso reconhecer a ilegitimidade ativa ad causam. 
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TJ-SP - Apelação APL 00076296220078260363 SP 0007629-62.2007.8.26.0363 (TJ-SP) 
Data de publicação: 13/08/2014 
Ementa: AÇÃO DE COBRANÇA. EMPRÉSTIMO ADQUIRIDO E CHEQUES EMITIDOS POR EX-COMPANHEIRO. AUSÊNCIA DE PROVA. PAGAMENTO DE DÍVIDA POR TERCEIRO EM NOME PRÓPRIO. POSSIBILIDADE DE REEMBOLSO. Irresignação contra sentença que julgou parcialmente procedente ação de cobrança. Insurgência do réu. Alegação de que caberia à autora comprovar suas alegações. Acolhimento. Confissão da requerente de que deu talão de cheques assinados e cartão bancário ao réu. Mera liberalidade. Impossibilidade de cobrança dos valores. Empréstimo contraído sem autorização. Ausência de prova. Nota promissória. Cártula não trazida aos autos. Cópia do título que não faz prova do crédito e do pagamento. Recibos de pagamento de dívidas pela autora, em nome do requerido. Pagamento por terceiro não interessado, em nome próprio. Art. 305, CC. Possibilidade de reembolso. Sentença reformada. Manutenção da condenação apenas do pagamento dos recibos apresentados. Fixada sucumbência recíproca. Recurso provido em parte. 
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A QUEM SE DEVE PAGAR?
Deve ser:
a. credor (regra)
b. representante: mandatário ou representante legal (CC, 308)
“quem paga mal, paga duas vezes”, salvo ratificação ou prova de proveito (CC, 308 – in fine)
Quem recebe = accipiens 
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A QUEM SE DEVE PAGAR?
Questões relevantes:
Credor com crédito penhorado ou impugnado – não se deve pagar o credor, sob pena de invalidade com relação ao terceiro e repetição do pagamento.
Credor putativo – quem tem aparência de credor (portador da quitação) – boa-fé – válido.
ex. cobrador. – pagamento é considerado válido (CC, 309)
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A QUEM SE DEVE PAGAR?
Questões relevantes:
Credor incapaz de dar quitação - 
Desconhecimento do solvente: pagamento válido
Conhecimento do solvente
a. com aproveitamento pelo incapaz – pagamento válido
b. não aproveitamento – alvo de nulidade
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Objeto do pagamento
Princípios: identidade, integridade, indivisibilidade
O objeto do pagamento deve ser o que foi ajustado é a prestação (art. 313), sem qualquer ônus para o credor (art.325) e por inteiro (art. 314), salvo acordo entre as partes
p. ex: princípio da identidade em obrigação de fazer
se, personalíssimo – conversão em perdas e danos (247, CC)
se, não personalíssimo – mandar terceiro executar às custas do devedor.
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Objeto do pagamento
Estipulações de pagamento:
1. em ouro ou moeda estrangeira: é nulo, salvo previsão legal (318) – curso forçado da moeda nacional. (moeda de curso legal, admitida pela lei como meio de pagamento – que se difere de moeda de curso forçada, é a única moeda admitida por lei como meio de pagamento no país)
2. em medidas: pesos e medidas do lugar da execução, salvo estipulação das partes (ex. 1 alqueire pode valer 1,21 a 19,36 hectares)
3. em dinheiro: no vencimento, moeda corrente, valor nominal (315). O CC adotou, o princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado no ato da emissão ou cunhagem.
Na dívida em dinheiro, o objeto da prestação é o próprio dinheiro, como ocorre no contrato de mútuo. Quando o dinheiro não constitui o objeto da prestação, mas apenas representa seu valor, diz-se que a dívida é de VALOR.
Prestações sucessivas: possibilidade de ajuste de aumento progressivo (316)
Teoria da imprevisão: possibilidade de correção do valor da prestação(317 – correção do valor do pagamento.). Quando fatos extraordinários e imprevisíveis tornarem excessivamente oneroso para u dos contratantes o cumprimento do contrato.
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Tempo do pagamento
O Código Civil regulamenta o tempo de pagamento das obrigações puras.
Distinguindo-as:
Das condicionais.
Dividas cujo vencimento foi fixado no contrato (a termo)
Das dividas que não contêm tal ajuste.
As obrigações puras, com estipulação de data para pagamento, devem ser solvidas nessa ocasião, sob pena de inadimplemento.
A falta de pagamento constitui em mora o devedor de pleno direito (o dia do vencimento “interpela” pelo homem). – art. 397, CC.
Sem necessidade de notificação ou interpelação do devedor nas obrigações a termo.
A interpelação só será necessário se não houver prazo assinalado.
CC, 332: tempo de pagamento das obrigações condicionais – refere se às condições suspensivas, pois as resolutivas não impede a aquisição do direito desde logo (CC, art. 127) – se extingue ocorrendo evento futuro e incerto.
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Tempo do pagamento
Exceção à regra de que a obrigação pura deve ser cumprida no vencimento: 
A) Antecipação do vencimento nos casos expressos em lei;
B) pagamento antecipado, quando o prazo houver sido estabelecido em favor do devedor (presunção em favor do devedor). 
Princípio da satisfação imediata: se não se ajustou época para o pagamento o credor pode exigi-lo imediatamente, CC. Art. 331.
Nas obrigações sem estipulação do prazo para o seu cumprimento, a mora do devedor só começa depois da interpelação judicial ou extrajudicial, CC. Art. 397.
OBS: a citação, nas ações de cobrança equivale à interpelação (entendimento jurisprudencial),podendo o pagamento ser pago no prazo da contestação.
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Tempo do pagamento
no ato da vinculação (331)
salvo estipulação das partes. (CC, 332)
As obrigações puras, com estipulação de data para o pagamento, devem ser solvidas nessa ocasião, sob pena de inadimplemento e constituição do devedor em mora de pleno direito(397), salvo se houver antecipação do pagamento por conveniência do devedor (133) ou em virtude
de lei.
Nos contratos o prazo se presume estabelecido em favor do devedor (133). (se desejar pode abrir mão, antecipando o pagamento).
Porém, se o prazo for estipulado em favor do credor, pode este não aceitar o pagamento antecipado.
Hipóteses de vencimento antecipado (art. 333). 
a. Casos de insolvência
b. Receio de insolvência 
Obs: Não atinge devedor solidário.
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Lugar do pagamento
1.Na falta de ajuste: domicílio do devedor (dívida querables) – divida quesível, devendo o credor bucar, procurar o pagamento no domicílio do devedor. 
Divida portáveis, quando se estipula como local do cumprimento da obrigação o domicílio do credor (o devedor deve levar e oferecer o pagamento nesse local)
salvo, natureza da obrigação ou imposição de lei (327).
2.Dois ou mais lugares – credor escolhe.
3.Prestação relativa a imóvel – onde estiver situado o bem (328)
4.Lugar impossível– direito de efetuar em outro lugar
5.Troca de lugar – renúncia do credor do local inicialmente escolhido (330)
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Prova do pagamento
O devedor que não cumpre a obrigação no vencimento sujeita-se às consequências do inadimplemento, respondendo por perdas e danos, mais juros, atualização monetária e honorários advocatício (art. 389, CC).
O pagamento no entanto exonera o devedor pontual ou que purga a sua mora, liberando-o do vínculo obrigacional.
É importante, pois, que possa COMPROVAR, de modo cabal, o adimplemento.
Assim, ao realizar a prestação devida, o devedor tem o direito de exigir do credor a QUITAÇÃO da dívida.
Esta é a prova do pagamento.
Regra é que o pagamento não se presume, salvo os casos expresso em lei.
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Prova do pagamento
É o instrumento de quitação.
Quitação: é a declaração unilateral escrita, emitida pelo credor, de que a prestação foi efetuada e o devedor fica liberado, a que vulgarmente se dá o nome de recibo.
Elementos do instrumento – requisitos da quitação: valor e espécie da dívida; tempo e lugar do pagamento; nome do solvente; assinatura do accipiente (320)
Caso o credor se recuse a fornecer o recibo, o devedor pode legitimamente reter o objeto da prestação e consigná-lo, art. 335, I do CC.
Parágrafo único do art. 320, CC – traz o princípio da relativização da quitação: permite que o juiz possa, analisando as circunstancias do caso concreto e a boa-fé do devedor ao não exigir recibo, concluir ter havido pagamento e declarar extinta a obrigação.
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As presunções do pagamento
1.Pagamento em quotas: presunção de solvência das anteriores com o pagamento da ultima.(322)
2.Quitação por devolução do título: a entrega presume o pagamento(324).
3. quitação do capital principal: presunção de pagamento dos juros(323).
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Teoria do adimplemento substancial
Teoria do adimplemento substancial limita o exercício de direitos do credor 
Como regra geral, se houver descumprimento de obrigação contratual, “a parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos”, conforme dispõe o artigo 475 do Código Civil (CC). Entretanto, a doutrina e a jurisprudência têm admitido o reconhecimento do adimplemento substancial, com o fim de preservar o vínculo contratual. 
Segundo a teoria do adimplemento substancial, o credor fica impedido de rescindir o contrato, caso haja cumprimento de parte essencial da obrigação assumida pelo devedor; porém, não perde o direito de obter o restante do crédito, podendo ajuizar ação de cobrança para tanto. 
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Teoria do adimplemento substancial
Embora não seja expressamente prevista no CC, a teoria tem sido aplicada em muitos casos, inclusive pelo STJ, tendo como base, além do princípio da boa-fé (ART. 422), a função social dos contratos (art. 421), a vedação ao abuso de direito (art. 187) e ao enriquecimento sem causa (art. 884).
Visa garantir aos devedores de boa-fé a esperança para saldar suas dívidas sem sofrer privações e medidas coercitivas no caso concreto. 	
De acordo com o ministro Luis Felipe Salomão, da Quarta Turma do STJ, “a insuficiência obrigacional poderá ser relativizada com vistas à preservação da relevância social do contrato e da boa-fé, desde que a resolução do pacto não responda satisfatoriamente a esses princípios”. Para ele, essa é a essência da doutrina do adimplemento substancial. 
 
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JURISPRUDÊNCIA
TJ-MG - Apelação Cível : AC 10418120032135001 MG 
Data de publicação: 06/03/2015 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL - INAPLICABILIDADE. Uma vez quitada poucas parcelas do contrato, não há que se falar em teoria do adimplemento substancial, muito menos afastar as consequências oriundas do inadimplemento. Não é aplicável a teoria do adimplemento substancial na ação de busca e apreensão decorrente de contrato de financiamento garantido por alienação fiduciária, porquanto o Decreto-lei nº 911 /69, com a nova redação dada pela Lei nº 10.931 /04, exige a quitação integral do financiamento para que o bem seja liberado do ônus. Após ser devidamente comprovada a mora do devedor, conforme art. 3º , c.c. art. 2º , § 2º , do Decreto-lei nº 911 /69, estão presentes os requisitos legais para a procedência do pedido de desapossamento do bem. 
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TJ-MG - Apelação Cível : AC 10153130096941002 MG 
Data de publicação: 22/04/2015 
Ementa: APELAÇÃO CIVEL - AÇÃO REINTEGRAÇÃO POSSE - VEICULO - CONTRATO ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL - APLICAÇÃO. - O cumprimento substancial do contrato de alienação fiduciária, com o pagamento de 90% (noventa por cento) das prestações, sujeita-se a aplicação da teoria do adimplemento substancial, sob pena de impor lesão desproporcional ao consumidor. - Do valor a ser restituído ao apelante, em sendo esta a hipótese, deverá ser deduzido o débito do apelante em relação ao apelado e sobre a diferença deverá incidir juros de mora de 1% ao mês, estes a partir da data da execução da liminar, por ser quando o apelante perdeu a posse do bem alienado fiduciariamente. 
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TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO : AP 00029112220125020086 SP 00029112220125020086 A28 
Data de publicação: 19/09/2014 
Ementa: ACORDO. ATRASO NO PAGAMENTO DA PARCELA. TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. Não há que se cogitar na incidência da multa sobre a última parcela do acordo, cabendo aplicar-se a Teoria do Adimplemento Substancial, pautada na boa fé do devedor. Note-se que, no caso, houve mero atraso no pagamento da 3ª parcela, e no ínfimo prazo de quatro dias, tendo a reclamada quitado a multa de 100%. Também deve ser observado que tanto o pagamento da primeira parcela como da segunda foi efetuado antes da data combinada afigurando-se, portanto, injusta a antecipação do pagamento da parcela vincenda e aplicação da penalidade flagrantemente excessiva. Houve cumprimento integral da obrigação, e não se demonstrou a má fé da executada, sendo que o pequeno retardamento no pagamento de uma das parcelas não causou prejuízo ao exequente. Nesta linha de raciocínio e com respaldo nas disposições contidas nos arts. 413 e 884, ambos do Código Civil, exigir-se da executada a multa de 100% sobre a parcela vincenda implicaria em enriquecimentosem causa, cumprindo lembrar que a cláusula penal tem por finalidade impor ao devedor o fiel cumprimento da obrigação principal e, no caso, o acordo foi integralmente cumprido. Agravo de petição do exequente a que se nega provimento. 
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STJ - RECURSO ESPECIAL : REsp 1051270 RS 2008/0089345-5 
Data de publicação: 05/09/2011 
Ementa: DIREITO CIVIL. CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL PARA AQUISIÇÃO DEVEÍCULO (LEASING). PAGAMENTO DE TRINTA E UMA DAS TRINTA E SEISPARCELAS DEVIDAS. RESOLUÇÃO DO CONTRATO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DEPOSSE. DESCABIMENTO. MEDIDAS DESPROPORCIONAIS DIANTE DO DÉBITOREMANESCENTE. APLICAÇÃO DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL.
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0036890-15.2009.8.19.0002 - APELAÇÃO
1ª Ementa DES. ALEXANDRE CÂMARA - Julgamento: 10/08/2011 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL 
Direito do consumidor. Seguro de automóvel. Demanda para reparação de danos em decorrência de negativa de seguradora de pagar indenização por furto de veículo. Sentença de procedência. Recurso de ambas as partes. Sentença que deixou de analisar o pedido de compensação por danos morais em favor do autor. Sentença citra petita. Aplicação da Teoria da Causa Madura. Possibilidade. Alegação da seguradora ré de ausência de quitação da última parcela do seguro contratado, causando a redução da vigência do seguro. Boletos bancários enviados ao segurado com prestações maiores do que o valor contratado. Valores pagos a maior, antecipadamente, que compensaram o pagamento da última prestação, justificando a falta de pagamento da última parcela, conforme acordado com o corretor. Adimplemento substancial do contrato. Ausência de informação ao segurado sobre a redução da vigência do seguro. Presunção de boa-fé do segurado. Indenização devida. Dano moral não configurado em virtude de mero descumprimento de cláusula contratual. Recursos desprovidos.
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