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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................6
DISPOSIÇÃO INICIAL (ART. 1º) .......................................................................3
TÍTULO I
DO TRIBUNAL (ARTS. 2º A 34) .....................................................................14
CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL (ARTS. 2º A 22) ............14
SEÇÃO I – DA COMPOSIÇÃO (ARTS. 2º A 4º) ..............................................14
SEÇÃO II – DOS BIÊNIOS (ARTS. 5º A 11) ....................................................28
SEÇÃO III – DA POSSE (ARTS. 12 A 14) ........................................................33
SEÇÃO IV – DAS FÉRIAS E LICENÇAS (ARTS. 15 A 22) .................................34
CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL (ART. 23) ......................36
CAPÍTULO III – DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE (ARTS. 24 A 25) ........47
CAPÍTULO IV – DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE (ARTS. 26 A 29) ....52
CAPÍTULO V – DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR REGIONAL ELEITO-
RAL (ARTS. 30 A 32) ......................................................................................56
CAPÍTULO VI – DO PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL (ARTS. 33 A 34) .56
TÍTULO II
DA ORDEM DE SERVIÇO NO TRIBUNAL (ARTS. 35 A 74) ...........................59
CAPÍTULO I – DA DISTRIBUIÇÃO E CLASSIFICAÇÂO DOS FEITOS (ARTS. 
35 A 46) ........................................................................................................59
CAPÍTULO II – DA PREVENÇÃO (ARTS. 47 A 52) ........................................64
CAPÍTULO III – DO RELATOR (ARTS. 53 A 54) ............................................65
CAPÍTULO IV – DO REVISOR (ARTS. 55 A 57) .............................................67
CAPÍTULO V – DAS SESSÕES (ARTS. 58 A 74) ..............................................67
TÍTULO III
DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL (ARTS. 75 A 185) .....................................76
CAPÍTULO I – DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (ARTS. 
75 A 78) ........................................................................................................76
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CAPÍTULO II – DO “HABEAS CORPUS” (ARTS. 79 A 80) .............................79
CAPÍTULO III – DO “HABEAS DATA” (ART. 81) ............................................80
CAPÍTULO IV – DO MANDADO DE SEGURANÇA (ARTS. 82 A 83) ............80
CAPÍTULO V – DO MANDADO DE INJUNÇÃO (ART. 84) ...........................81
CAPÍTULO VI – DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA (ARTS. 85 A 89) .......81
CAPÍTULO VII – DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E DE IMPEDIMENTO (ARTS. 
90 A 101) ......................................................................................................83
CAPÍTULO VIII – DO REGISTRO DE CANDIDATOS E DA ARGUIÇÃO DE INELE-
GIBILIDADE (ARTS.102 A 103) ................................................................................. 85
CAPÍTULO IX – DA INVESTIGAÇÃO JUDICIAL (ARTS. 104 A 106) ............. 85
CAPÍTULO X – DA AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDADO ELETIVO 
(ARTS. 107 A 112) .........................................................................................86
CAPÍTULO XI – DAS CONSULTAS, REPRESENTAÇÕES E RECLAMAÇÕES 
(ARTS. 113 A 116 ..........................................................................................87
CAPÍTULO XII – DA AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO 
TRIBUNAL (ARTS.117 A125) .........................................................................87
CAPÍTULO XIII – DA REVISÃO CRIMINAL (ARTS. 126 A 131)......................88
CAPÍTULO XIV – DA MATÉRIA ADMINISTRATIVA (ARTS. 132 A 134) .........89
CAPÍTULO XV – DA SINDICÂNCIA (ARTS. 135 A 148) ................................90
SEÇÃO I – DA SINDICÂNCIA CONTRA JUIZ ELEITORAL (ARTS. 135 A 146) ...90
SEÇÃO II – DA SINDICÂNCIA CONTRA MEMBRO DO TRIBUNAL (ARTS. 
147 A 148) ....................................................................................................91
CAPÍTULO XVI – DOS RECURSOS PERANTE O TRIBUNAL REGIONAL 
(ARTS. 149 A 161) .........................................................................................92
SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 149 A 155) ...................................92
SEÇÃO II – DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ARTS. 156 A 159) .......... 94
SEÇÃO III – DO AGRAVO (ARTS. 160 A 161) .............................................. 95
CAPÍTULO XVII – DOS RECURSOS PERANTE O TRIBUNAL SUPERIOR 
(ARTS. 162 A 166) ........................................................................................ 96
SEÇÃO I – DO RECURSO ORDINÁRIO (ARTS. 162 A 163) ..........................96
SEÇÃO II – DO RECURSO ESPECIAL (ARTS. 164 A 165) ..............................97
SEÇÃO III – DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 166) ...........................98
CAPÍTULO XVIII – DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS (ARTS.167 A 168) ........ 99
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CAPÍTULO XIX – DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PROCESSOS (ARTS. 169 A 
171)...............................................................................................................99
CAPÍTULO XX – DAS INTIMAÇÕES (ARTS. 172 A 177) ..............................100
CAPÍTULO XXI – DAS AUDIÊNCIAS (ARTS. 178 A 181) .............................101
CAPÍTULO XXII – DO USO DE FAC-SÍMILE (ARTS. 182 A 185) ..................102
TÍTULO IV
DA APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES E DA EXPEDIÇÃO DOS DIPLOMAS (ARTS. 
186 A 187) ..................................................................................................102
TÍTULO V
DA SECRETARIA (ART. 188) .........................................................................103
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 189 A 203) ...........................................103
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Apresentação
Caros concursandos, a disciplinade Regimento Interno é extremamente im-
portante e pode dar a você pontos significativos para a sua classificação e nome-
ação. Dada a extensão desse ato normativo do TRE/SP, você precisa priorizar 
algumas partes. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos 
da Justiça Eleitoral. Pois bem! Estude bastante a parte relacionada à composi-
ção e à escolha dos membros do TRE/SP. Alie esse estudo ao art. 120 da Cons-
tituição Federal. Também, dê atenção às competências do TRE, do Presidente, 
do Corregedor Regional e do Procurador Regional Eleitoral. Por algumas vezes, 
o examinador para avaliar seus conhecimentos faz perguntas relacionadas às 
atribuições desses órgãos. Vamos lá, bons estudos!
Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses 
aspectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais:
 Weslei Machado
Professor
Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE; Especialista 
em Direito Constitucional – IDP; Mestrando em Direito 
Constitucional - IDP; Professor de diversos Cursos 
Preparatórios para concursos em Brasília; Professor e 
Assessor do Curso de Direito da Universidade Católica de 
Brasília; Autor de diversos livros da Coleção Constituição e 
Códigos Anotados, dentre eles, Código Eleitoral Anotado.
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO 
ESTADO DE SÃO PAULO
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1. ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Lembre-se que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas caracterís-
ticas que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principaistraços desse ramo do Poder Judiciário:
• Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário 
especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. 
• Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consul-
tiva e regulamentar) - Além do exercício da função típica jurisdicional, a 
Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administra-
tiva, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadas-
tro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas 
eleitorais pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se 
consubstancia na expedição de normas – resoluções e instruções – desti-
nadas a regulamentar a legislação eleitoral.
• Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus-
tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 
1ª instância por juízes estaduais e na 2ª instância e instância superior, por 
membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável 
saber jurídico e reputação ilibada. 
• Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleito-
ral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporarie-
dade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar 
do tema no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais elei-
torais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca 
por mais de dois biênios consecutivos.
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Direto do concurso
1. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Os ju-
ízes dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo 
por meio de decisão judicial transitada em julgado.
Resolução
Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções 
eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporariedade do 
exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes 
eleitorais vitalícios.
• Funcionamento ininterrupto das atividades – Apesar de não haver elei-
ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta.
• Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e 
seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercí-
cio de suas funções jurisdicionais:
TSE – jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o TSE 
exerce jurisdição é o País;
TRE’s – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circuns-
crição eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui sua 
sede;
Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. 
Assim, um Estado é dividido em Zonas e nesta os Juízes Eleitorais podem exer-
cer seu papel jurisdicional;
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Atenção!
As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juízes ou 
Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de eleitores 
para o exercício do voto.
• Garantias da magistratura aplicadas aos juízes eleitorais - A Consti-
tuição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais 
eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e 
a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, 
da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, 
quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. 
No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda a peculiar 
situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a 
partir da seguinte análise: 
 – Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para 
exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser recondu-
zidos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado 
esse período esses membros, necessariamente, deixam de compor a 
Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício 
das funções eleitorais.
 – Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na 
Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma 
gratificação de representação e participação se participarem das ses-
sões de julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de 
nenhuma sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleito-
ral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral.
 – Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e os 
membros desta Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis.
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Direto do concurso
2. CESPE. 2005. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PA – Os 
membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Elei-
torais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de 
plenas garantias e são inamovíveis.
Resolução
A afirmativa esta correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da CF. Entretanto, 
gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for aplicável” 
contida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibilidade 
de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação peculiar, 
não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça 
Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias.
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
Pois bem! Inicialmente é Importante destacar que a Justiça Eleitoral é um 
ramo do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. 
Essa Justiça Especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme art. 
118 da CF/88, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais regionais 
eleitorais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. 
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ESTRUTURA DA JUSTIÇA ELEITORAL
Tribunal Superior Eleitoral
Tribunais Regionais Eleitorais
Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais
Direto do concurso
3. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Segun-
do a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal 
Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.
Resolução
Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 da CF.
Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os 
tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou 
seja, compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos 
monocráticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular.
Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função 
jurisdicional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou 
extraordinária; os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os 
Juízes e as Juntas Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral.
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Atenção!
Caro aluno, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de 
jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas 
funções jurisdicionais. Cada um deles possui atribuições próprias e que não se 
confundem. Atribuições essas que veremos, no momento oportuno, ao longo 
deste curso.
COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORALÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO
TSE SUPERIOR OU ESPECIAL COLEGIADO
TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO
JUÍZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO
Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/SP. 
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O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso das 
atribuições que lhe são outorgadas pelos arts. 96, inciso I, alínea “a”, da Constituição 
da República Federativa do Brasil e 30, inciso I, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 
15.7.1965), RESOLVE adotar o seguinte Regimento Interno:
DISPOSIÇÃO INICIAL
Art. 1º. Este Regimento estabelece a composição, a competência e o funcio-
namento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e regula os procedimentos 
jurisdicionais e administrativos que lhe são atribuídos pela Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil e pela legislação eleitoral.
Poder normativos dos Tribunais para editarem seus Regimentos Internos
Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços administra-
tivos, bem como dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus órgãos 
jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dado ao tribunal a possibilidade de 
criação de um Regimento Interno. “Esta atribuição constitucional decorre de sua 
independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já 
exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, 
e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos sucessivos distúrbios ins-
titucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre 
a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação 
à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento interno dos 
tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos 
tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento 
em 3-8-94, DJ de 27-4-01).
Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais devem 
observá-las. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias processu-
ais. Essa disposição está contida no art. 96, inc. I, alínea a da Constituição Federal.
Mas o que são normas de processo e garantias processuais? 
Ao analisar esse tema, esse foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
"Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais cri-
teriosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tri-
bunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição 
de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processu-
ais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos 
órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito 
processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, 
dos poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também 
as normas que regulem os atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. 
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Ante a regra fundamental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade 
se tornou pressuposto de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, 
mas da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional." (ADI 2.970, Rel. 
Min. Ellen Gracie, julgamento em 20-4-06, DJ de 12-5-06)
Pois bem, o Tribunal Regional de São Paulo é formado por sete membros. Essa 
prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembargadores 
integrantes do TJ/SP; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/SP; um juiz federal 
membro do TRF/3ª Região; e dois advogados.
O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo dispõe acerca do 
funcionamento do tribunal; organização dos membros durante as sessões; traduz 
as regras de distribuição processual; disciplina a competência do presidente e de-
mais membros; prescreve como se dará a substituição dos seus juízes membros 
em caso de ausências.
Passa-se à análise do Regimento Interno do TRE/SP e nas partes de destaque 
serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as disposições 
do TRE/SP.
Referência Legislativa
Constituição Federal
Art. 96. Compete privativamente:
I – aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com obser-
vância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo 
sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e 
administrativos; 
TÍTULO I
DO TRIBUNAL
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
Seção I
Da Composição
Art. 2º. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, com sede na Capital e 
jurisdição em todo o Estado, compõe-se:
I – mediante eleição em escrutínio secreto:
a) de dois Juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça dentre os seus Desem-
bargadores;
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b)de dois Juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça dentre os Juízes de 
Direito;
II – de um Juiz escolhido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região; 
III – de dois Juízes, indicados em listas tríplices pelo Tribunal de Justiça, 
dentre seis Advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, que não 
sejam incompatíveis por lei, nomeados pelo Presidente da República.
§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal cônjuges, companheiros ou parentes 
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o quarto grau, excluindo-
-se, neste caso, o que tiver sido escolhido por último.
§ 2º No período compreendido entre a homologação da convenção partidária 
destinada à escolha de candidatos e a apuração final da eleição, não poderão 
servir como Juízes no Tribunal o cônjuge, companheiro, parente consanguíneos 
ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo na circunscrição.
§ 3º A nomeação de que trata o inciso III não poderá recair em cidadão que 
ocupe cargo público de que possa ser demitido “ad nutum”, que seja diretor, pro-
prietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor, em virtude de contrato com a administração pública, ou que exerça man-
dato de caráter público federal, estadual ou municipal.
Sede
O TRE/SP possui sede na capital do Estado de São Paulo. Isso significa que o local 
físico, o prédio no qual os juízes do TRE/SP se reúnem para decidir as questões 
eleitorais está situado, atualmente, em São Paulo, município. Caso a capital de são 
Paulo fosse mudada, a sede do TRE/SP também seria, pois o RITRE/SP fala que a 
sede deve ser na capital do Estado, e não necessariamente município São Paulo. 
Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/SP exerce sua jurisdição em 
todo o Estado de São Paulo.
Um esquema didático para facilitar o seu estudo: 
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TRE
Órgão colegiado 
de 2ª Instância
Sede na Capital 
do Estado e DF
PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE
Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE:
a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/SP e Juízes de 
Direito da Justiça Estadual;
b) escolha de juiz do TRF/3ª Região;
c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas como alguns preferem).
ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DAS CLASSES DE DESEMBARGADOR/TJ/SP E 
JUIZ DE DIREITO/JUSTIÇA ESTADUAL DE SÃO PAULO
Os desembargadores do TJ/SP (2 juízes) e Juízes de Direito da Justiça Esta-
dual de São Paulo (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/SP em eleição, 
realizada noTJ/SP, na qual o voto é secreto (Art. 120, § 1º, inc. I, da CF). 
Art. 120. omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer 
um dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual de São Paulo, 
independente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/SP.
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Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses 
juízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República.
Direto do concurso
4. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Os 
membros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo presidente da República, 
entre cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo 
tribunal de justiça de cada estado da Federação.
Resolução
A assertiva está incorreta. Nós veremos mais adiante que alguns juízes do TRE/
SP, mais precisamente 2 deles, são nomeados pelo presidente da República, 
dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
em lista tríplice pelo TJ/SP. Mas o que nos queremos chamar atenção aqui 
é que não são todos os juízes do TRE/SP que nomeados pelo Presidente da 
República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente 
e sim pelo respectivo Tribunal competente para a escolha.
Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são 
escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma 
das classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz 
necessário em razão da substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/
categoria ao qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ/SP, na 
qualidade de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhi-
dos também entre os desembargadores do TJ/SP, sendo assim para as demais 
classes/categorias.
ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DO TRF/3ª REGIÃO
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Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF/JF há 
duas possibilidades: a) Nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um 
juiz do TRF; b) Nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz 
federal.
Art. 120. Omissis
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado 
ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer 
caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
Pois bem, agora eu gostaria que você prestasse bem atenção no que vamos 
lhe ensinar. 
A escolha desse juiz do TRE/SP na classe do TRF/3ª Região não ocorre por 
meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF sem qualquer tipo de 
eleição entre seus membros. 
Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/88. 
Veja que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se 
aplica às alíneas “a” e “b” do inc. I do referido artigo. Não se aplica, de maneira 
alguma, ao inc. II, o que desobriga o TRF/3ª Região de realizar qualquer eleição 
para a escolha de membro de TRE/SP. 
ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE/SP DA CLASSE DOS ADVOGADOS
Compete ao presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/SP da 
classe dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurí-
dico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/SP (art. 120, § 1º, inc. 
III, da CF).
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§ 1º Os TRE’s compor-se-ão:
(..)
III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre seis 
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.
Aqui oportuno se faz algumas observações importantes. 
A primeira delas se refere ao fato da CF exigir que a escolha de juízes do 
TRE/SP, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, subs-
tituindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inc. III, do CE, pela nova 
expressão “advogados”, do art. 120, § 1º, inc. III, do seu texto.
Ainda sobre as modificações do art. 25, inc. III, do CE, introduzidas pelo texto 
do art. 120, § 1º, inc. III da CF, a nova redação substituiu a expressão “reputação 
ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em nada 
o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada 
aquele desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que 
é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta". Foi essa a resposta 
da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada 
pelo então presidente do Senado, senador Antonio Carlos Magalhães, no sen-
tido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas 
as expressões cuidam da mesma coisa. 
Atentem ainda para o seguinte fato. A CF/88 não se refere à lista sêxtupla 
(infelizmente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advo-
gados se deve ao fato de haver duas vagas para esta classe. 
Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/SP encaminha uma lista 
tríplice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No 
entanto, esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/DP para o pre-
sidente da República. A lista tríplice é elaborada no TJ/SP e encaminhada ao 
TSE para homologação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o 
TSE entenda que algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas 
na CF (notável saber jurídico e idoneidade moral) poderá solicitar ao TJ/SP que 
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faça a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda pre-
sentes em todos os candidatos os requisitos constitucionais, procede ao enca-
minhamento da lista tríplice ao presidente da República.
Atenção!
Uma vez elaborada pelo TJ/SP e homologada pelo TSE, o presidente da 
República não poderá recusar a lista tríplice, sendo que sua escolha deve 
recair, obrigatoriamente, entre um dos advogados nela constante.
LISTA TRÍPLICE
COMPETENTE PARA SUA 
ELABORAÇÃO REQUISITOS NECESSÁRIOS 
RESPONSÁVEL PELA NOME-
AÇÃO 
TJ/SP
IDONEIDADE MORAL NOTÁVEL 
SABER JURÍDICO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no pro-
cesso de escolha dos juízes do TRE/SP da classe dos Advogados. Com efeito, 
a lista tríplice levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/
SP é elaborada única e exclusivamente pelo tribunal competente, neste caso o 
TJ/SP, sem qualquer participação da OAB/SP.
DIRETO DO STF
Jurisprudência do STF – “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Advogados. Arti-
gos 120, § 1º, inc. III, e 94, parágrafo único, da Constituição. Compete exclusivamente ao Tri-
bunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, para composição de Tribunal Regional 
Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. III, da Constituição, sem a participação, portanto, 
do órgão de representação da respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do art. 94, 
quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dosEstados, do Dis-
trito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23.8.1991)
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Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. 
A primeira é a de que a permissão dada aos ministros do TSE da classe 
dos advogados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu 
exercício nos tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes de TRE/SP, de 
idêntica classe. O motivo é também de ordem financeira e se revela no fato de 
tais membros, no exercício da magistratura no TRE/SP, receberem apenas uma 
gratificação de presença e representação e mais nada. 
DIRETO DO STF
Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II - incompatibilidade da advocacia com membros de 
órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os 
membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI nº 1127 MC /DF. 
Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29.6.01)
A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos 
advogados, revela-se na desnecessidade dos juízes do TRE/SP, da classe dos 
advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” 
estabelecida no art. 95, parágrafo único, inc. V, da CF.,
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
(..)
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
(..)
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração 
(incluído pela Emenda Constitucional nº45, de 2004).
DIRETO DO TSE
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Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE 
JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A 
restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não se aplica aos ex-membros 
de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas.
2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE)
Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha 
dos juízes substitutos do TRE/SP é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para 
os juízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da 
República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/SP.
Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes do 
TRE/SP, vamos a um quadro resumo para facilitar seu estudo e encerrar este assunto.
JUÍZES DO TRE/SP
(Processo de escolha)
ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA
02 DESEMBARGADORES DO TJ/SP TJ/SP ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO
02 JUIZES DE DIREITO TJ/SP ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO
01 JUIZ DO TRF/3ª Região TRF/3ª Região ESCOLHA ARBITRÁRIA
02 ADVOGADOS PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA
LISTA TRÍPLICE ELABORADA 
PELO TJ/SP
COMPOSIÇÃO DOS TRE’S
A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/88: 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no 
Distrito Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no 
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Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, 
pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis ad-
vogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de 
Justiça.
E também do art. 25 do CE: 
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Fe-
deral de Recursos; e 
Obs: essa vaga será composta por um juiz do Tribunal Regional Federal, de acordo 
com o artigo 120, § 1°, inciso II, CF/88, onde houver.
III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de 
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte 
forma:
COMPOSIÇÃO DO TRE
Presidente
Desembargador do 
TJ/SP
Art. 120, § 2º, CF/88
Vice-Presidente
Desembargador do 
TJ/SP
Art. 120, § 2º, CF/88
Juiz do 
TRF/3ªRegião
Art. 120, § 1º, inc. 
II, CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inc. I, 
alínea ‘b’, CF/88
Juiz de Direito
Art. 120, § 1º, inc. I, 
alínea ‘b’, CF/88
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Advogado 
Art. 120, § 1º, inc. 
III, CF/88
Advogado 
Art. 120, § 1º, inc. 
IIII, CF/88
Juiz Federal do TRE/SP – Juiz do TRF/3ª Região ou do 1º Grau de Juris-
dição da Justiça Federal em São Paulo?
Analisando a composição dos TRE’s podemos afirmar, ainda, que todos eles 
terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua 
composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TRE’s teremos dois desembar-
gadores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª ins-
tância da Justiça Federal), enquanto em outros, no lugar deste último membro 
– juiz do TRF – haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por 
que isso acontece?
A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tri-
bunais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. 
Lembre-se agora que a art. 120, § 1º, inc. II, da CF, afirma que nos Estados 
onde houver sede de TRF, um juiz deste tribunal será escolhido para compor o 
respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes 
de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 
2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TRE’s, onde não 
há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF temos, necessariamente, um juiz federal 
(órgão de 1ª instância da Justiça Federal).
Pois bem! O Estado de São Paulo é sede de Tribunal Regional Federal. Por-
tanto, o juiz federal que integra o TRE/SP é juiz membro do TRF/3ª Região.
Direto do concurso
5. CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA – A legis-
lação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua 
composição aumentada, ao passo que os TRE’s, também compostos de sete 
membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.
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Resolução
A assertiva está correta. A expressão “no mínimo” contida na descrição da 
composição do TSE permite que por meio de lei complementar se proceda ao 
aumento da sua composição. De modo diverso, a taxatividade na descrição da 
composição do TRE, com a ausência da expressão “no mínimo” impõe a sua 
inalterabilidade.
VEDAÇÕES A ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE
As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE 
estão elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas neste 
artigo do Regimento Interno.
A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem 
fazer parte do TRE/SP pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por 
afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida 
por último. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE/SP,não impor-
tando a classe/categoria do juiz. 
Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a 
um caso prático. 
Hipótese didática
O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/SP. Após algum tempo, 
seu cunhado “B” é nomeado juiz do TRF/3ª Região e escolhido para compor o 
mesmo TRE/SP. Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz “A”, da 
classe dos desembargadores do TJ/SP, estiver no TRE/SP, seu cunhado “B”, juiz 
do TRF/3ª Região, não poderá compor o TRE/SP.
A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE), afirma que a escolha desses membros 
não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações:
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a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão)
b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, 
privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração 
pública; 
c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos mem-
bros efetivos quanto aos membros substitutos do TRE.
Art. 3º. Os substitutos dos Membros efetivos do Tribunal serão escolhidos 
pelo mesmo processo que os efetivos, em número igual ao de cada categoria.
Parágrafo único. Os Juízes substitutos terão os mesmos direitos, garantias, 
prerrogativas, deveres e impedimentos dos Juízes titulares.
GARANTIAS DOS MEMBROS DO TRE/PA
O RITRE/SP afirma os Juízes substitutos terão os mesmos direitos, garan-
tias, prerrogativas, deveres e impedimentos dos Juízes titulares. As garantias 
estabelecidas aos magistrados estão previstas nos arts. 95 e 121 da Constitui-
ção Federal. 
Para que você saiba que garantias são essas, transcrevemos a seguir os arti-
gos constitucionais que tratam da matéria. 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tri-
bunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial 
transitada em julgado; 
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 
93, VIII; 
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal nº 19, de 1998)
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Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
§ 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas 
eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de 
plenas garantias e serão inamovíveis.
Pois bem!
A Constituição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tri-
bunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, 
no exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e a 
inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, 
estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: 
vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente 
esta última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situação dos membros da 
Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: 
Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exer-
cerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos, por 
um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse período esses 
membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do 
princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais.
Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Jus-
tiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma gratificação 
de representação e participação se participarem das sessões de julgamento do 
tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não recebe-
rão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistra-
tura inaplicável à Justiça Eleitoral.
Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e os 
membros desta Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis.
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Art. 4º. O Tribunal elegerá para sua Presidência um dos Desembargadores 
do Tribunal de Justiça, para servir por dois anos, contados da posse, cabendo 
ao outro o exercício cumulativo da Vice-Presidência e da Corregedoria Regional 
Eleitoral, sendo que presidirá o pleito e lhes dará posse o Juiz mais antigo.
§ 1º A eleição de que trata este artigo será por escrutínio secreto, mediante 
cédula oficial que contenha o nome de dois Desembargadores. 
§ 2º Havendo empate na votação, considerar-se-á eleito o Desembargador 
mais antigo no Tribunal de Justiça e, se igual a antiguidade, o mais idoso.
§ 3º No ato da posse, o Presidente e o Vice-Presidente prestarão compro-
misso solene nos termos semelhantes aos dos Membros do Tribunal. 
§ 4º Vagando o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presidente, que convo-
cará nova eleição, no prazo máximo de trinta dias.
PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE
Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão defi-
nidos no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE 
elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ 
que dele fazem parte. Considerando que temos dois desembargadores na com-
posição do TRE, um deles sempre será o presidente, cabendo ao outro a vice-
-presidência. 
Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PA
Segundo o art. 4º do RITRE/SP, o Tribunal elegerá seu presidente e vice-pre-
sidente entre os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da 
posse. 
Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor 
Regional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/SP, 
caberá ao Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleito-
ral do TRE/SP. Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim temos:
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Juiz/CLASSE CARGO NO TRE/PA
Desembargador do TJ PRESIDENTE
Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE
Desembargador do TJ, que exerça a função 
de Vice-Presidente
CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL
Seção II
Dos Biênios
Art. 5º. Os Juízes e seus substitutos servirão obrigatoriamente por dois anos 
e, facultativamente, por mais um biênio. 
§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem 
o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do § 2º, do art. 
2º deste Regimento.
§ 2º Ocorrendo vaga do cargo de um dos Juízes do Tribunal, o substituto per-
manecerá em exercício até que seja designado e empossado o novo Juiz efe-
tivo, salvo se ocorrer o vencimento também do seu biênio. 
§ 3º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as 
mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura.
§ 4º Quando a recondução se operar antes do término do primeiro biênio, não 
haverá necessidade de nova posse, bastando para formalizar a permanência na 
condição de Membro do Tribunal, a simples anotação no termo da investidura 
inicial, contada para efeito de antiguidade a data da primeira posse.
§ 5º Haverá necessidade de nova posse quando ocorrer interregno do exer-
cícioentre o primeiro e segundo biênios, hipótese em que, porém, será contado 
o período já exercido, para efeito de antiguidade. 
REFERÊNCIA LEGISLATIVA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 121. Omissis
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§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois 
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substi-
tutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para 
cada categoria.
Código Eleitoral
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obriga-
toriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas 
formalidades indispensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Res.-TSE nº 20.958/2001
Art. 1º. omissis
§ 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o des-
conto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte. 
§ 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação 
da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o 
parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo 
estadual ou federal, no Estado respectivo. 
Temporalidade do mandato dos membros do TRE/SP
Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o princí-
pio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus 
membros - integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta eleito-
ral - exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. 
Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE - esse período de tempo de 
exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, 
nos seguintes termos:
Art. 121. Omissis
§ 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois 
anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substi-
tutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para 
cada categoria.
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Portanto, os juízes do TRE/SP são escolhidos para exercerem as funções eleitorais 
por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afastar 
antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. 
Recondução
Em casos de recondução os membros do TRE/SP devem submeter-se ao mesmo 
processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/SP deverão ser 
eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro oriun-
do do TRF/3ª Região, designado pelo próprio tribunal; se membros provenientes 
da advocacia deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista 
tríplice elaborada pelo TJ/SP.
Biênios
Os juízes do TRE/SP, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obriga-
toriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio é 
o período de 2 (dois) anos.
Hipótese didática
Imagine, por hipótese, que em janeiro de 2012 o cidadão X se torne juiz efetivo do 
TRE/SP. Passados dois anos (2012 - 2013), finda o seu biênio obrigatório, também 
chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 - 2015) 
sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo os dois biênios, um 3º biênio 
(2016 – 2017) está vedado.
Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que é considerado 
consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior a dois anos.
Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de juiz 
do TRE/SP (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar para retornar 
a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos do 
término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de ine-
xistência de outros juízes que preencham os requisitos legais.
Art. 6º. Até vinte dias antes do término do biênio de Juiz da classe de magis-
trados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o 
Presidente comunicará o Tribunal competente para a escolha, esclarecendo, 
naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
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Art. 7º. Até noventa dias antes do término do biênio de Juiz da classe de 
advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o 
Presidente comunicará o Tribunal competente para a indicação em lista tríplice, 
esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio.
Parágrafo único. A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça do Estado 
será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral, fazendo-se acompanhar:
I – da menção da categoria do cargo a ser provido;
II – do nome do Juiz cujo lugar será preenchido e da causa da vacância;
III – da informação de se tratar do término do primeiro ou do segundo biênio, 
quando for o caso;
IV – de dados completos a respeito da qualificação de cada candidato, bem 
como declaração de inocorrência de impedimento ou incompatibilidade legal;
V – em relação a candidato que exercer qualquer cargo, função, ou emprego 
público, de informação sobre a natureza, forma de provimento ou investidura, 
bem como condições de exercício;
VI – de comprovante de mais de dez anos de efetiva atividade profissional 
para Juiz da classe de advogados;
VII – de ofício do Tribunal de Justiça do Estado, com as indicações dos nomes 
dos candidatos da classe de advogados e da data da sessão em que foram 
escolhidos;
VIII – de certidão negativa de sanção disciplinar da Seção da Ordem dos 
Advogados do Brasil – OAB, em que estiver inscrito o integrante da lista tríplice;
IX – quando o candidato houver ocupado cargo ou função que gere incompa-
tibilidade temporária com a advocacia, deverá, ainda, apresentar comprovação 
de seu pedido de licenciamento profissional à OAB, nos termos do art. 12 da Lei 
nº 8.906/94 e da publicação da exoneração do cargo ou função;
X – de comprovação do efetivo exercício da advocacia pela inscrição na OAB, 
observado o disposto no art. 5º do Estatuto daquela Instituição;
XI – de certidões relativas a ações cíveis e criminais do foro estadual e fede-
ral da comarca onde reside o integrante da lista.
TÉRMINO DE BIÊNIO: PRAZO PARA INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA
Para viabilizar a escolha de um novo juiz há algumas disposições regimentais refe-
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rentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal.
Até vinte dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, ou 
imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do 
tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça, para a escolha, esclarecendo, 
naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
Até noventa dias antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, ou 
imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do 
tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, 
esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 
MINISTROS DO TSE INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA
Magistrados de Carreira 20 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO
CLASSES DOS ADVOGADOS 90 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO
Art. 8º. Nenhum Juiz efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma 
classe ou emclasse diversa, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se 
transcorridos dois anos do término do segundo biênio.
§ 1º O prazo de dois anos referido neste artigo somente poderá ser reduzido 
em caso de inexistência de outros Juízes que preencham os requisitos legais.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, consideram-se também consecutivos dois 
biênios quando entre eles houver ocorrido interrupção inferior a dois anos.
Art. 9º. Ao Juiz substituto, enquanto nessa categoria, aplicam-se as regras do 
artigo anterior, sendo-lhe permitido, entretanto, vir a integrar o Tribunal como efetivo.
Art. 10. Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da 
função eleitoral antes do transcurso do primeiro biênio.
Art. 11. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o Magistrado que se 
aposentar na Justiça Comum ou que terminar o respectivo período.
Seção III
Da Posse
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Art. 12. Os Juízes efetivos tomarão posse perante o Tribunal e os substitu-
tos perante o Presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso formal, a 
bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição e as leis 
da República.
Parágrafo único. Os Juízes, efetivos e substitutos, prestarão o seguinte com-
promisso: “Prometo desempenhar bem e fielmente os deveres do cargo em que 
estou sendo empossado, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis”.
Comentário
Os juízes efetivos, não importa a classe, tomarão posse perante o Tribunal, e os 
substitutos perante o presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso 
formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição 
e as leis da República.
A posse de um juiz efetivo ocorre perante o Tribunal em sessão plenária, mais 
precisamente, na primeira sessão com a sua presença. De outro modo, como 
o juiz substituto somente participa eventualmente das sessões do Tribunal, 
decidiu o RITRE/SP que sua posse se dá perante o presidente do Tribunal e, 
em geral, ocorre no próprio gabinete do Presidente 
Juízes DO TRIBUNAL POSSE
Juízes EFETIVOS PERANTE O TRIBUNAL
Juízes SUBSTITUTOS PERANTE O PRESIDENTE
Art. 13. O prazo para a posse será de trinta dias contados da publicação oficial 
da nomeação, podendo ser prorrogado pelo Tribunal por, no máximo, sessenta 
dias, desde que assim o requeira, motivadamente, o Juiz a ser compromissado.
Art. 14. No caso de dois Juízes, de igual classe ou não, tomarem posse na 
mesma data, considerar-se-á mais antigo, para efeitos regimentais:
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I – sucessivamente, ao que couber desempenhar os cargos de Presidente e 
Vice-Presidente do Tribunal e o Juiz integrante do Tribunal Regional Federal da 
3ª Região;
II – o que tiver servido, por mais tempo, como substituto;
III – no caso de igualdade no exercício da substituição, o mais idoso;
IV – persistindo o empate, decidir-se-á por sorteio.
Seção IV
Das Férias e Licenças
Art. 15. Os Juízes do Tribunal gozarão de férias coletivas nos períodos de 02 
a 31 de janeiro e de 02 a 31 de julho de cada ano, as quais poderão ser inter-
rompidas por exigência do serviço eleitoral, nos termos do art. 66, § 2º da Lei 
Complementar nº 35.
FÉRIAS DOS JUÍZES DO TRE/SP
A nova redação do art. 93, XII, da CF, com redação dada pela EC nº 45, extin-
guiu as férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, mas manteve 
intactas as férias dos ministros dos tribunais superiores.
Desse modo, a norma regimental que determina férias coletivas aos mem-
bros do TRE/SP, no período de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho, é incons-
titucional.
Não há férias coletivas no TRE/SP!
Art. 16. O Tribunal entrará em recesso nos feriados forenses compreendidos 
entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive nos termos do art. 62, 
inciso I, da Lei nº 5.010, de 30.4.1966 e Resolução TSE nº 19.763, de 17.12.1996.
Art. 17. O Presidente e o Vice-Presidente poderão se revezar em plantões, 
por eles estabelecidos, durante o recesso e as férias coletivas, podendo convo-
car os Membros do Tribunal, se necessário, para sessões extraordinárias.
Art. 18. Os Membros do Tribunal gozarão de férias e licenças nos casos e 
pela forma regulados em lei.
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Art. 19. Os Membros do Tribunal serão licenciados:
I – automaticamente e pelo mesmo prazo, em consequência de afastamento 
na Justiça Comum.
II – pelo Tribunal, quando se tratar de Membro da classe de magistrados afas-
tados da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral.
§ 1º Os Juízes afastados de suas funções na Justiça Comum por motivo de 
férias ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo corres-
pondente, exceto quando os períodos de férias coletivas coincidirem com a rea-
lização e apuração de eleição.
§ 2º A aplicação da regra do parágrafo anterior é facultada aos cargos de 
Presidente e Vice-Presidente, que poderão optar por permanecer no exercício 
de suas funções eleitorais, não implicando retribuição pecuniária ou, ainda, com-
pensação futura.
§ 3º A licença para tratamento de saúde independe de exame ou inspeção 
quando inferior a trinta (30) dias, bastando atestado médico, a critério do Tribunal.
Art. 20. Quando o serviço eleitoral exigir o Tribunal poderá solicitar o afasta-
mento dos Juízes de seus cargos efetivos na Justiça Comum, sem prejuízo dos 
vencimentos.
Parágrafo único. O afastamento, em todos os casos, será por prazo certo ou 
enquanto subsistirem os motivos que o justifique, mediante solicitação funda-
mentada do Presidente do Tribunal.
Art. 21. Nos casos de vacância do cargo, licença, férias individuais ou afasta-
mento será obrigatoriamente convocado, pelo tempo que durar o motivo, o Juiz 
substituto da classe correspondente, na ordem de antiguidade.
Art. 22. Nas ausências ou impedimentos eventuais de Juiz efetivo, somente 
será convocado Juiz substituto por exigência de quorum legal.
Critério de Substituição
Muita atenção agora! Os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto 
de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nessa ordem:
Ser o juiz substituto necessariamente da mesma classe (Desembargador, Juiz de 
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Direito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausente. NUNCA, EM HIPÓTESE AL-
GUMA, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE 
CLASSE DIVERSA.
Recair inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se 
este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL
Art. 23. Compete ao Tribunal:
I – processar e julgar originariamente:
a) o registro, a substituição e o cancelamento do registro de candidatos a Gover-
nador, a Vice-Governador, ao Congresso Nacional e à Assembleia Legislativa;
b) os conflitos de competência entre os Juízes Eleitorais do Estado;
c) a exceção de incompetência;
d) as exceções de suspeição ou impedimento dos seus Membros, do Procu-
rador Regional, dos Juízes, Escrivães, Chefes de Cartório e dos servidores de 
sua Secretaria;
e) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos 
Juízes Eleitorais, por Promotores Eleitorais, Deputados Estaduais, Prefeitos 
Municipais e demais autoridades estaduais que respondam perante o Tribunal 
de Justiça por crime de responsabilidade;
f) o “habeas corpus” e o mandado de segurança em matéria eleitoral contra 
ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiçapor crime de 
responsabilidade ou, ainda, o “habeas corpus” quando houver perigo de se con-
sumar violência antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetração;
g) o mandado de segurança em matéria administrativa contra seus atos, de 
seu Presidente, de seus Membros, do Corregedor, dos Juízes Eleitorais e dos 
Membros do Ministério Público Eleitoral de primeiro grau;
h) os pedidos de “habeas data” e mandados de injunção, nos casos previstos 
na Constituição, quando versarem sobre matéria eleitoral; 
i)as ações de impugnação de mandato eletivo estadual e federal, excetuado 
o cargo de Presidente da República;
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j) as investigações judiciais previstas no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 
em eleições estaduais;
k) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos polí-
ticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem de seus recursos, as 
prestações de contas dos órgãos regionais e as referentes aos recursos empre-
gados na campanha eleitoral estadual;
l) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos Juízes Eleito-
rais em trinta (30) dias da sua conclusão para julgamento, formulado por partido, 
candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuízo 
das sanções decorrentes do excesso de prazo;
m) representações e reclamações em matéria eleitoral ou administrativa rela-
tiva à sua organização ou atividade.
II – julgar os recursos interpostos:
a)dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes, Juntas Eleitorais e pela 
Comissão Apuradora do Tribunal;
b) das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou denegarem “habeas 
corpus”, mandado de segurança, mandado de injunção e “habeas data”;
c) dos atos e decisões do Presidente, do Corregedor Regional e dos Relatores.
III – elaborar o seu regimento interno;
IV – organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional, provendo-lhes os 
cargos na forma da lei e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tri-
bunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos 
vencimentos;
V – conceder aos seus Membros e aos Juízes Eleitorais licença e afasta-
mento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, no caso de afastamento, a 
decisão à aprovação do Tribunal Superior;
VI – (Revogado pelo Assento Regimental nº 05, de 29.09.2011);
VII – constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição;
VIII – constituir a Comissão Apuradora das eleições estaduais;
IX – apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas Eleitorais, os 
resultados finais das eleições para Governador e Vice-Governador, bem como 
para o Congresso Nacional e Assembleia Legislativa, proclamando os eleitos, 
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expedindo os respectivos diplomas e remetendo, dentro de dez (10) dias após 
a diplomação, cópias das atas de seus trabalhos ao Tribunal Superior, ao Con-
gresso Nacional e à Assembleia Legislativa do Estado;
X – apurar as urnas das seções anuladas pelas Juntas Eleitorais que tenham 
sido validadas em grau de recurso;
XI – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em 
tese, por autoridade pública ou partido político;
XII – fixar a data das eleições para Governador e Vice-Governador, Deputa-
dos Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, quando não determinada 
por disposição constitucional ou legal;
XIII – dividir a respectiva circunscrição em Zonas Eleitorais, submetendo essa 
divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior;
XIV – aprovar a designação de Ofício de Justiça que deva responder pela 
escrivania eleitoral durante o biênio;
XV – requisitar a força necessária ao cumprimento da lei e de suas decisões 
e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; 
XVI – eleger o seu Presidente e Vice-Presidente;
XVII – empossar os Membros efetivos do Tribunal, Presidente, Vice-Presi-
dente e Corregedor Regional Eleitoral;
XVIII – aplicar aos Juízes Eleitorais as penas disciplinares de advertência e 
censura, comunicando ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Corregedor-
-Geral da Justiça;
XIX – fixar dia e hora das sessões ordinárias;
XX – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior;
XXI – expedir instruções e resoluções para o exato cumprimento das normas 
eleitorais;
XXII – determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei 
na circunscrição;
XXIII – organizar e manter atualizado o cadastro dos eleitores do Estado;
XXIV – providenciar a impressão de boletins e mapas de apuração, cujos 
modelos, adaptados às peculiaridades locais, tenham sido aprovados pelo Tri-
bunal Superior;
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XXV – proceder ao registro dos comitês que aplicarão os recursos financeiros 
destinados à propaganda e campanha eleitoral nos pleitos de âmbito estadual;
XXVI – manifestar-se sobre a regularidade de tomadas de contas quando o 
Presidente tenha sido o ordenador das despesas;
XXVII – consultar o Tribunal Superior sobre matéria de alcance nacional;
XXVIII – dar publicidade, na Imprensa Oficial do Estado, de suas resoluções, 
acórdãos, editais e pautas de julgamento, bem como de determinações, despa-
chos, atos e avisos baixados pela Presidência, Corregedoria ou pelos seus Juízes;
XXIX – designar Juízes de Direito para as funções de Juízes Eleitorais,
inclusive nos casos de substituição;
XXX – designar Juízes Auxiliares do Tribunal e dos Juízos Eleitorais.
COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL
Caro amigo, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em concursos 
públicos: a competência do TRE/SP. 
Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos 
seus órgãos: TSE, TRE’s, Juizes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo desse 
pressuposto, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaus-
tivo e enfadonho, haja vista que, em geral, os cursos se limitam a transcrever 
as competências de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro 
comentário que, infelizmente, não acrescentam muito ao texto legal.
Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-lo que o TRE/
SP faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma Justiça peculiar, que apresenta 
algumas funções específicas e próprias, não encontradas nas demais. Por isso 
vamos relembrar rapidamente essas funções:
• Função Administrativa – trata-se da função de organização do eleitoral, 
administração e fiscalização das eleições;
• Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, as per-
guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e aplicação das leis em tese;
• Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve com caráter de definitivi-
dade litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso concreto.
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• Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamenta-
res para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir ins-
truções. Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do 
CE e pelo art. 105 da Lei n. 9.504/97.
Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei 
complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoralnão houve a edição de nenhuma lei complementar, e sim a recepção da Lei Ordi-
nária nº 4.737/65 - Código Eleitoral – com status de lei complementar, especifi-
camente na parte que trata da definição de competência dos órgãos da Justiça 
Eleitoral.
Portanto o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela-
-se no estudo do Código Eleitoral, mais precisamente Nos quatro títulos da sua 
“PARTE SEGUNDA”, bem como a análise dos Regimentos Interno dos TRE’s.
Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utili-
zada, vamos começar efetivamente nosso estudo. O registro de candidatura é o 
nosso primeiro assunto.
Registro de Candidatos
Compete ao TRE/SP fazer o registro de candidaturas dos candidatos dos 
cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual 
e Senador da República, todos do Estado de São Paulo.
COMPETÊNCIA: REGISTRO DE CANDIDATO
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CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL
Governador
Vice-Governador Deputado Federal 
Senador
Deputado Estadual
Estado TRE/SP Art. 29, I, a, CE
Expedição de Diplomas
Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas 
assinados pelo órgão competente da Justiça Eleitoral.
Pois bem! Compete ao TRE/SP expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos 
cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual 
e Senador da República, todos do Estado de São Paulo.
EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS
CARGOS ELETIVOS COMPETENTE
GOVERNADOR
VICE-GOVERNADOR
DEPUTADO FEDERAL
SENADOR
DEPUTADO ESTADUAL
TRE/SP
REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO
A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é 
restrita aos tribunais eleitorais. Assim, seja qual for o diretório, seu cancelamento 
ou registro não pode ser feito por juiz eleitoral, muito menos ainda por junta elei-
toral.
O TSE cuida do cancelamento e registro dos diretórios nacionais, enquanto 
o TRE/SP, dos diretórios regionais dos partidos no Estado de São Paulo e dos 
Diretórios dos partidos dos Municípios de São Paulo. 
COMPETÊNCIA: CANCELAMENTO E REGISTRO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO 
POLÍTICO
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DIRETÓRIO ÓRGÃO COMPETENTE BASE LEGAL
REGIONAL
ESTADUAL
MUNICIPAL
TRE/SP Art. 29, I, a, CE
Conflito de competência
O conflito de competência é matéria muito cobrada em concursos públicos, 
pedimos-lhe especial atenção no seu estudo.
Conflito de competência é o choque entre autoridades jurisdicionais que se 
supõem competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para 
funcionar num mesmo processo, em relação aos mesmos atos.
Compete ao TRE/SP processar e julgar os conflitos de competência surgidos 
entre juízes eleitorais que exerçam jurisdição no Estado de São Paulo.
Entretanto, se o conflito for entre juízes Tribunais Regionais e Juízes eleito-
rais de Estados diferentes a competência é do TSE (art. 22, I, b, do CE)
COMPETÊNCIA: CONFLITOS DE JURISDIÇÃO
ENVOLVENDO TRIBUNAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL 
CONFLITO DE JURISDIÇÃO ÓRGÃO COMPETENTE
TRE/SP
X – TSE
A relação funcional entre o TSE e os TRE/SP 
não admite o conflito de jurisdição
TRE/SP
X – TRE DE QUALQUER OUTRO ESTADO 
TSE
(art. 22, I, b, do CE)
TRE/SP
X
JUIZ ELEITORAL DE QUALQUER OUTRO 
ESTADO
TSE
(art. 22, I, b, do CE)
TRE/SP
X – TRIBUNAL SUPERIOR 
(COM EXCEÇÃO DO TSE) 
STF
(art. 102, I, o, da CF)
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TRE/SP
X – OUTRO TRIBUNAL QUE NÃO SEJA UM TRI-
BUNAL SUPERIOR
(POR EXEMPLO: TJ)
STJ
(art. 105, I, d, da CF/88)
JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO EM SP
X – JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO EM SP
TRE/SP
Exceção de Suspeição ou de impedimento
Em síntese, as exceções instrumentais de suspeição e impedimento são 
formas estabelecidas em lei com o propósito de afastar aquele que não possui 
capacidade subjetiva ou compatibilidade com a causa. 
Compete ao TRE/SP processar e julgar as exceções de suspeição e de impe-
dimento opostas em face de seus membros, do procurador regional eleitoral e 
dos servidores da sua secretaria, assim como dos juízes, escrivães e chefes de 
cartórios eleitorais.
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO
(Competência do TRE)
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TRE/SP
Membros TRE/SP
Juízes Eleitorais com 
Jurisdição em SP
Escrivães Eleitorais
Servidores da Secre-
taria do TRE/SP
Procurador Regional 
Eleitoral - SP
Fixar data das eleições
Compete privativamente ao TRE/SP fixar a data das eleições de Governador 
e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores 
quando não estabelecida pela lei ou pela CF/88.
Da análise desses dispositivos legais, conclui-se, de imediato, que a compe-
tência do TRE/SP - para fixar datas de eleições para cargos eletivos é residual 
e somente deverá ser exercida quando houver necessidade de realização de 
eleições suplementares.
FIXAÇÃO DE DATAS DE CARGOS ELETIVOS
(competência residual)
CARGOS ELETIVOS ÓRGÃO COMPETENTE
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Governador e Vice-Governador
Deputados estaduais
Prefeitos e vice-prefeitos
Vereadores 
Juízes de paz
TRE/SP
DIVISÃO OU CRIAÇÃO DE ZONAS ELEITORAIS EM SÃO PAULO
O processo de divisão ou criação de zonas eleitorais no Estado de São Paulo 
pode ser dividido em duas etapas: na primeira o TRE/SP elabora e encaminha a 
proposta de criação ou alteração ao TSE (art. 30, IX, CE); na segunda, a Corte 
Suprema Eleitoral aprova a proposta das cortes regionais (art. 23, VIII, CE).
Esquematicamente esse processo pode ser assim representado.
TRE/SP TSE
Elabora e encaminha 
ao TSE proposta de 
criação ou alteração 
de zonas eleitorais
Aprova a proposta 
encaminhada pelo 
TRE/SP
Esse assunto já foi, inclusive, cobrado em concurso público.
Direto do concurso
6. CESPE. 2005. TÉCNICO JUDICIÁRIO. ÁREA ADMINISTRATIVA. TRE/PA 
– Compete privativamente aos TRE’s aprovar a divisão do respectivo Estado 
em zonas eleitorais, bem como a criação de novas zonas.
Resolução
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Assertiva incorreta. A competência dos TRE’s se restringe à elaboração e 
encaminhamento da proposta de criação ou divisão de zonas eleitorais ao 
TSE, cabendo a este órgão aprovar o pedido. 
REQUISIÇÃO DE FORÇA FEDERAL
A requisição de força federal é ato dirigido ao Poder Executivo para garantir o 
cumprimento da lei, de decisão judiciária ou para garantir a lisura do pleito eleitoral.
Trata-se de uma prerrogativa privativa do TSE no âmbito da Justiça Eleitoral. 
Assim, mesmo quando o TRE/SP dela pretende fazer uso, essa requisição deve 
necessariamente ser dirigida ao TSE para que este então encaminhe o pedido 
ao Poder Executivo. 
Vamos a um esquema didático para facilitar o estudo.
TRE/SP TSE
Solicita de forma fundamentada 
ao TSE o pedido de requisição 
de força federal
Aprova o pedido do TRE/SP e o 
encaminha ao Poder Executivo
OUTRAS COMPETÊNCIAS DO TRE
Continuando nosso estudo, temos ainda algumas competências dos TRE/SP, 
que merecem uma especial atenção. Vamos a elas, fazendo algum esclareci-
mento quando necessário.
• Elaborar seu regimento interno;
• Organizar sua Secretaria e a Corregedoria Regional;
• Propor ao Congresso Nacional, por intermédio

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