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Confira Confira Confira 3 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................6 DISPOSIÇÃO INICIAL (ART. 1º) .......................................................................3 TÍTULO I DO TRIBUNAL (ARTS. 2º A 34) .....................................................................14 CAPÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL (ARTS. 2º A 22) ............14 SEÇÃO I – DA COMPOSIÇÃO (ARTS. 2º A 4º) ..............................................14 SEÇÃO II – DOS BIÊNIOS (ARTS. 5º A 11) ....................................................28 SEÇÃO III – DA POSSE (ARTS. 12 A 14) ........................................................33 SEÇÃO IV – DAS FÉRIAS E LICENÇAS (ARTS. 15 A 22) .................................34 CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL (ART. 23) ......................36 CAPÍTULO III – DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE (ARTS. 24 A 25) ........47 CAPÍTULO IV – DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE (ARTS. 26 A 29) ....52 CAPÍTULO V – DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR REGIONAL ELEITO- RAL (ARTS. 30 A 32) ......................................................................................56 CAPÍTULO VI – DO PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL (ARTS. 33 A 34) .56 TÍTULO II DA ORDEM DE SERVIÇO NO TRIBUNAL (ARTS. 35 A 74) ...........................59 CAPÍTULO I – DA DISTRIBUIÇÃO E CLASSIFICAÇÂO DOS FEITOS (ARTS. 35 A 46) ........................................................................................................59 CAPÍTULO II – DA PREVENÇÃO (ARTS. 47 A 52) ........................................64 CAPÍTULO III – DO RELATOR (ARTS. 53 A 54) ............................................65 CAPÍTULO IV – DO REVISOR (ARTS. 55 A 57) .............................................67 CAPÍTULO V – DAS SESSÕES (ARTS. 58 A 74) ..............................................67 TÍTULO III DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL (ARTS. 75 A 185) .....................................76 CAPÍTULO I – DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (ARTS. 75 A 78) ........................................................................................................76 4 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br CAPÍTULO II – DO “HABEAS CORPUS” (ARTS. 79 A 80) .............................79 CAPÍTULO III – DO “HABEAS DATA” (ART. 81) ............................................80 CAPÍTULO IV – DO MANDADO DE SEGURANÇA (ARTS. 82 A 83) ............80 CAPÍTULO V – DO MANDADO DE INJUNÇÃO (ART. 84) ...........................81 CAPÍTULO VI – DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA (ARTS. 85 A 89) .......81 CAPÍTULO VII – DA EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E DE IMPEDIMENTO (ARTS. 90 A 101) ......................................................................................................83 CAPÍTULO VIII – DO REGISTRO DE CANDIDATOS E DA ARGUIÇÃO DE INELE- GIBILIDADE (ARTS.102 A 103) ................................................................................. 85 CAPÍTULO IX – DA INVESTIGAÇÃO JUDICIAL (ARTS. 104 A 106) ............. 85 CAPÍTULO X – DA AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDADO ELETIVO (ARTS. 107 A 112) .........................................................................................86 CAPÍTULO XI – DAS CONSULTAS, REPRESENTAÇÕES E RECLAMAÇÕES (ARTS. 113 A 116 ..........................................................................................87 CAPÍTULO XII – DA AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL (ARTS.117 A125) .........................................................................87 CAPÍTULO XIII – DA REVISÃO CRIMINAL (ARTS. 126 A 131)......................88 CAPÍTULO XIV – DA MATÉRIA ADMINISTRATIVA (ARTS. 132 A 134) .........89 CAPÍTULO XV – DA SINDICÂNCIA (ARTS. 135 A 148) ................................90 SEÇÃO I – DA SINDICÂNCIA CONTRA JUIZ ELEITORAL (ARTS. 135 A 146) ...90 SEÇÃO II – DA SINDICÂNCIA CONTRA MEMBRO DO TRIBUNAL (ARTS. 147 A 148) ....................................................................................................91 CAPÍTULO XVI – DOS RECURSOS PERANTE O TRIBUNAL REGIONAL (ARTS. 149 A 161) .........................................................................................92 SEÇÃO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 149 A 155) ...................................92 SEÇÃO II – DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ARTS. 156 A 159) .......... 94 SEÇÃO III – DO AGRAVO (ARTS. 160 A 161) .............................................. 95 CAPÍTULO XVII – DOS RECURSOS PERANTE O TRIBUNAL SUPERIOR (ARTS. 162 A 166) ........................................................................................ 96 SEÇÃO I – DO RECURSO ORDINÁRIO (ARTS. 162 A 163) ..........................96 SEÇÃO II – DO RECURSO ESPECIAL (ARTS. 164 A 165) ..............................97 SEÇÃO III – DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 166) ...........................98 CAPÍTULO XVIII – DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS (ARTS.167 A 168) ........ 99 5 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br CAPÍTULO XIX – DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PROCESSOS (ARTS. 169 A 171)...............................................................................................................99 CAPÍTULO XX – DAS INTIMAÇÕES (ARTS. 172 A 177) ..............................100 CAPÍTULO XXI – DAS AUDIÊNCIAS (ARTS. 178 A 181) .............................101 CAPÍTULO XXII – DO USO DE FAC-SÍMILE (ARTS. 182 A 185) ..................102 TÍTULO IV DA APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES E DA EXPEDIÇÃO DOS DIPLOMAS (ARTS. 186 A 187) ..................................................................................................102 TÍTULO V DA SECRETARIA (ART. 188) .........................................................................103 TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (ARTS. 189 A 203) ...........................................103 6 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Apresentação Caros concursandos, a disciplinade Regimento Interno é extremamente im- portante e pode dar a você pontos significativos para a sua classificação e nome- ação. Dada a extensão desse ato normativo do TRE/SP, você precisa priorizar algumas partes. Essa orientação é baseada nas questões dos últimos concursos da Justiça Eleitoral. Pois bem! Estude bastante a parte relacionada à composi- ção e à escolha dos membros do TRE/SP. Alie esse estudo ao art. 120 da Cons- tituição Federal. Também, dê atenção às competências do TRE, do Presidente, do Corregedor Regional e do Procurador Regional Eleitoral. Por algumas vezes, o examinador para avaliar seus conhecimentos faz perguntas relacionadas às atribuições desses órgãos. Vamos lá, bons estudos! Inicialmente, vamos estudar os aspectos gerais da Justiça Eleitoral. Esses aspectos impactam na construção do Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais: Weslei Machado Professor Analista Judiciário – Área Judiciária do TSE; Especialista em Direito Constitucional – IDP; Mestrando em Direito Constitucional - IDP; Professor de diversos Cursos Preparatórios para concursos em Brasília; Professor e Assessor do Curso de Direito da Universidade Católica de Brasília; Autor de diversos livros da Coleção Constituição e Códigos Anotados, dentre eles, Código Eleitoral Anotado. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 7 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES 1. ASPECTOS GERAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL Lembre-se que falamos que a Justiça Eleitoral possui algumas caracterís- ticas que a singularizam. Por isso, meus caros, vamos apontar os principaistraços desse ramo do Poder Judiciário: • Justiça especializada – A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado no julgamento de matérias relacionadas ao Direito Eleitoral. • Exercício de funções múltiplas (jurisdicional, administrativa, consul- tiva e regulamentar) - Além do exercício da função típica jurisdicional, a Justiça Eleitoral exerce mais três funções, quais sejam: função administra- tiva, que se revela, por exemplo, na organização e manutenção do cadas- tro eleitoral; função consultiva, caracterizada pela resposta a consultas eleitorais pertinentes à matéria eleitoral; e a função regulamentar, que se consubstancia na expedição de normas – resoluções e instruções – desti- nadas a regulamentar a legislação eleitoral. • Inexistência de corpo próprio de juízes: composição híbrida – A Jus- tiça Eleitoral não possui um corpo próprio de juízes, sendo composta: na 1ª instância por juízes estaduais e na 2ª instância e instância superior, por membros de outros órgãos do Poder Judiciário e advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada. • Periodicidade de investidura de juízes – Os membros da Justiça Eleito- ral não são vitalícios. Vigora na sua organização o princípio da temporarie- dade do exercício das funções eleitorais. A Constituição Federal, ao tratar do tema no seu art. 121, § 2º, estabeleceu que os juízes dos tribunais elei- torais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 8 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Direto do concurso 1. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Os ju- ízes dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo por meio de decisão judicial transitada em julgado. Resolução Essa afirmação está incorreta, em razão de ser transitório o exercício de funções eleitorais pelos juízes. No Brasil, adotou-se o princípio da temporariedade do exercício de funções eleitorais, excluindo-se, portanto, a possibilidade de juízes eleitorais vitalícios. • Funcionamento ininterrupto das atividades – Apesar de não haver elei- ções todos os anos, a Justiça Eleitoral funciona de forma ininterrupta. • Divisão territorial própria para fins eleitorais (circunscrições, zonas e seções) – a Justiça Eleitoral organiza-se da seguinte forma para o exercí- cio de suas funções jurisdicionais: TSE – jurisdição em todo o território nacional. A circunscrição em que o TSE exerce jurisdição é o País; TRE’s – exercem jurisdição nos limites territoriais de um Estado. A circuns- crição eleitoral de um TRE limita-se ao Estado da Federação em que possui sua sede; Juízes Eleitorais – as funções dos juízes são limitadas ao território da Zona. Assim, um Estado é dividido em Zonas e nesta os Juízes Eleitorais podem exer- cer seu papel jurisdicional; 9 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Atenção! As Seções Eleitorais não se referem a limites territoriais em que Juízes ou Tribunais exercem suas funções. Uma seção eleitoral é uma divisão de eleitores para o exercício do voto. • Garantias da magistratura aplicadas aos juízes eleitorais - A Consti- tuição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tribunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: – Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exercerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser recondu- zidos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse período esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. – Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Justiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma gratificação de representação e participação se participarem das ses- sões de julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não receberão nenhuma retribuição da Justiça Eleito- ral. Eis mais uma garantia da magistratura inaplicável à Justiça Eleitoral. – Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e os membros desta Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis. 10 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Direto do concurso 2. CESPE. 2005. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/PA – Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das Juntas Elei- torais, no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias e são inamovíveis. Resolução A afirmativa esta correta e reproduz o texto do art. 121, § 1º, da CF. Entretanto, gostaríamos que você observasse bem a expressão “no que lhes for aplicável” contida na questão. O significado dessa expressão se revela na possibilidade de uma ou outra garantia da magistratura, em razão de uma situação peculiar, não ser aplicada. E é justamente a situação peculiar dos membros da Justiça Eleitoral que impede a aplicação ampla e irrestrita de tais garantias. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL Pois bem! Inicialmente é Importante destacar que a Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário especializado na apreciação de feitos eleitorais. Essa Justiça Especializada no julgamento de feitos eleitorais, conforme art. 118 da CF/88, compõe-se de: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais regionais eleitorais, juízes eleitorais e juntas eleitorais. 11 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES ESTRUTURA DA JUSTIÇA ELEITORAL Tribunal Superior Eleitoral Tribunais Regionais Eleitorais Juntas Eleitorais Juízes Eleitorais Direto do concurso 3. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Segun- do a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Resolução Essa assertiva está de acordo com a previsão normativa do art. 118 da CF. Dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos colegiados, ou seja, compostos por vários membros, enquanto os juízes eleitorais são órgãos monocráticos, aqueles nos quais a decisão se dá de forma singular. Esses órgãos são organizados em instâncias para o exercício da função jurisdicional. O Tribunal Superior Eleitoral compõe a instância especial ou extraordinária; os Tribunais Regionais Eleitorais compõem a 2ª instância; os Juízes e as Juntas Eleitorais compõem a 1ª instância da Justiça Eleitoral. 12 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Atenção! Caro aluno, os juízes e as juntas eleitorais compõem o mesmo grau de jurisdição e não existe vinculação jurisdicional entre eles no exercício de suas funções jurisdicionais. Cada um deles possui atribuições próprias e que não se confundem. Atribuições essas que veremos, no momento oportuno, ao longo deste curso. COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORALÓRGÃO INSTÂNCIA TIPO DE ÓRGÃO TSE SUPERIOR OU ESPECIAL COLEGIADO TRE 2ª INSTÂNCIA COLEGIADO JUNTA ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA COLEGIADO JUÍZ ELEITORAL 1ª INSTÂNCIA MONOCRÁTICO Agora, vamos ao Regimento Interno do TRE/SP. 13 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso das atribuições que lhe são outorgadas pelos arts. 96, inciso I, alínea “a”, da Constituição da República Federativa do Brasil e 30, inciso I, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15.7.1965), RESOLVE adotar o seguinte Regimento Interno: DISPOSIÇÃO INICIAL Art. 1º. Este Regimento estabelece a composição, a competência e o funcio- namento do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e regula os procedimentos jurisdicionais e administrativos que lhe são atribuídos pela Constituição da Repú- blica Federativa do Brasil e pela legislação eleitoral. Poder normativos dos Tribunais para editarem seus Regimentos Internos Os tribunais possuem autonomia para a organização dos seus serviços administra- tivos, bem como dispor sobre a competência e o funcionamento dos seus órgãos jurisdicionais. No exercício dessa atribuição, é dado ao tribunal a possibilidade de criação de um Regimento Interno. “Esta atribuição constitucional decorre de sua independência em relação aos Poderes Legislativo e Executivo. Esse poder, já exercido sob a Constituição de 1891, tornou-se expresso na Constituição de 34, e desde então vem sendo reafirmado, a despeito, dos sucessivos distúrbios ins- titucionais. A Constituição subtraiu ao legislador a competência para dispor sobre a economia dos tribunais e a estes a imputou, em caráter exclusivo. Em relação à economia interna dos tribunais a lei é o seu regimento. O regimento interno dos tribunais é lei material. Na taxinomia das normas jurídicas o regimento interno dos tribunais se equipara à lei” (ADI 1.105-MC, Rel. Min. Paulo Brossard, julgamento em 3-8-94, DJ de 27-4-01). Na elaboração do Regimento Interno, há limites e normas que os tribunais devem observá-las. Trata-se das normas de processo, assim como das garantias processu- ais. Essa disposição está contida no art. 96, inc. I, alínea a da Constituição Federal. Mas o que são normas de processo e garantias processuais? Ao analisar esse tema, esse foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal: "Com o advento da Constituição Federal de 1988, delimitou-se, de forma mais cri- teriosa, o campo de regulamentação das leis e o dos regimentos internos dos tri- bunais, cabendo a estes últimos o respeito à reserva de lei federal para a edição de regras de natureza processual (CF, art. 22, I), bem como às garantias processu- ais das partes, ‘dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos’ (CF, art. 96, I, a). São normas de direito processual as relativas às garantias do contraditório, do devido processo legal, dos poderes, direitos e ônus que constituem a relação processual, como também as normas que regulem os atos destinados a realizar a causa finalis da jurisdição. 14 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Ante a regra fundamental insculpida no art. 5º, LX, da Carta Magna, a publicidade se tornou pressuposto de validade não apenas do ato de julgamento do Tribunal, mas da própria decisão que é tomada por esse órgão jurisdicional." (ADI 2.970, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20-4-06, DJ de 12-5-06) Pois bem, o Tribunal Regional de São Paulo é formado por sete membros. Essa prescrição está contida no art. 120 da Constituição Federal: dois desembargadores integrantes do TJ/SP; dois juízes de direito, vinculados ao TJ/SP; um juiz federal membro do TRF/3ª Região; e dois advogados. O Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo dispõe acerca do funcionamento do tribunal; organização dos membros durante as sessões; traduz as regras de distribuição processual; disciplina a competência do presidente e de- mais membros; prescreve como se dará a substituição dos seus juízes membros em caso de ausências. Passa-se à análise do Regimento Interno do TRE/SP e nas partes de destaque serão feitos comentários com a finalidade de elucidar a aplicação e as disposições do TRE/SP. Referência Legislativa Constituição Federal Art. 96. Compete privativamente: I – aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com obser- vância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; TÍTULO I DO TRIBUNAL CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Seção I Da Composição Art. 2º. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, compõe-se: I – mediante eleição em escrutínio secreto: a) de dois Juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça dentre os seus Desem- bargadores; 15 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES b)de dois Juízes escolhidos pelo Tribunal de Justiça dentre os Juízes de Direito; II – de um Juiz escolhido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região; III – de dois Juízes, indicados em listas tríplices pelo Tribunal de Justiça, dentre seis Advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, que não sejam incompatíveis por lei, nomeados pelo Presidente da República. § 1º Não podem fazer parte do Tribunal cônjuges, companheiros ou parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o quarto grau, excluindo- -se, neste caso, o que tiver sido escolhido por último. § 2º No período compreendido entre a homologação da convenção partidária destinada à escolha de candidatos e a apuração final da eleição, não poderão servir como Juízes no Tribunal o cônjuge, companheiro, parente consanguíneos ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo na circunscrição. § 3º A nomeação de que trata o inciso III não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que possa ser demitido “ad nutum”, que seja diretor, pro- prietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato com a administração pública, ou que exerça man- dato de caráter público federal, estadual ou municipal. Sede O TRE/SP possui sede na capital do Estado de São Paulo. Isso significa que o local físico, o prédio no qual os juízes do TRE/SP se reúnem para decidir as questões eleitorais está situado, atualmente, em São Paulo, município. Caso a capital de são Paulo fosse mudada, a sede do TRE/SP também seria, pois o RITRE/SP fala que a sede deve ser na capital do Estado, e não necessariamente município São Paulo. Apesar de ter sua sede na capital do Estado, o TRE/SP exerce sua jurisdição em todo o Estado de São Paulo. Um esquema didático para facilitar o seu estudo: 16 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES TRE Órgão colegiado de 2ª Instância Sede na Capital do Estado e DF PROCESSO DE ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE Vamos, didaticamente, dividir o estudo da escolha de juízes do TRE: a) escolha de juízes dentre desembargadores do TJ/SP e Juízes de Direito da Justiça Estadual; b) escolha de juiz do TRF/3ª Região; c) escolha de juízes dentre advogados (ou juristas como alguns preferem). ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DAS CLASSES DE DESEMBARGADOR/TJ/SP E JUIZ DE DIREITO/JUSTIÇA ESTADUAL DE SÃO PAULO Os desembargadores do TJ/SP (2 juízes) e Juízes de Direito da Justiça Esta- dual de São Paulo (2 juízes) são escolhidos para compor o TRE/SP em eleição, realizada noTJ/SP, na qual o voto é secreto (Art. 120, § 1º, inc. I, da CF). Art. 120. omissis § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; Considerando que a escolha desses membros se dá por eleição, qualquer um dos desembargadores ou juízes de direito da Justiça Estadual de São Paulo, independente da escala de antiguidade, pode ser eleito para compor o TRE/SP. 17 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Outra conclusão que se pode tirar da análise do processo de escolha desses juízes é que nele não há qualquer participação do Presidente da República. Direto do concurso 4. CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO – Os membros dos TRE’s são todos eles nomeados pelo presidente da República, entre cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo tribunal de justiça de cada estado da Federação. Resolução A assertiva está incorreta. Nós veremos mais adiante que alguns juízes do TRE/ SP, mais precisamente 2 deles, são nomeados pelo presidente da República, dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/SP. Mas o que nos queremos chamar atenção aqui é que não são todos os juízes do TRE/SP que nomeados pelo Presidente da República. Os escolhidos pelos Tribunais não são nomeados pelo Presidente e sim pelo respectivo Tribunal competente para a escolha. Na mesma ocasião e pelo mesmo processo – eleição, pelo voto secreto – são escolhidos os respectivos juízes substitutos, em número igual para cada uma das classes ou categorias. A escolha dos substitutos em igual número se faz necessário em razão da substituição dos juízes efetivos obedecerem à classe/ categoria ao qual estão vinculados. Assim, membros provenientes do TJ/SP, na qualidade de desembargadores, são substituídos por juízes substitutos escolhi- dos também entre os desembargadores do TJ/SP, sendo assim para as demais classes/categorias. ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE DA CLASSE DO TRF/3ª REGIÃO 18 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Como já vimos, para a escolha do membro do TRE na classe do TRF/JF há duas possibilidades: a) Nos Estados onde houver Sede de TRF, é escolhido um juiz do TRF; b) Nos Estados onde não houver Sede de TRF, é escolhido um juiz federal. Art. 120. Omissis § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; Pois bem, agora eu gostaria que você prestasse bem atenção no que vamos lhe ensinar. A escolha desse juiz do TRE/SP na classe do TRF/3ª Região não ocorre por meio de eleição. A escolha é feita arbitrariamente pelo TRF sem qualquer tipo de eleição entre seus membros. Isso não é difícil de perceber após uma leitura cuidadosa do art. 120 da CF/88. Veja que a menção à necessidade de eleição, pelo voto secreto, somente se aplica às alíneas “a” e “b” do inc. I do referido artigo. Não se aplica, de maneira alguma, ao inc. II, o que desobriga o TRF/3ª Região de realizar qualquer eleição para a escolha de membro de TRE/SP. ESCOLHA DE MEMBROS DO TRE/SP DA CLASSE DOS ADVOGADOS Compete ao presidente da República nomear 2 (dois) juízes do TRE/SP da classe dos Advogados, escolhidos dentre seis advogados de notável saber jurí- dico e idoneidade moral, indicados em lista tríplice pelo TJ/SP (art. 120, § 1º, inc. III, da CF). 19 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES § 1º Os TRE’s compor-se-ão: (..) III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ. Aqui oportuno se faz algumas observações importantes. A primeira delas se refere ao fato da CF exigir que a escolha de juízes do TRE/SP, na classe dos advogados, ocorra tão somente entre advogados, subs- tituindo a expressão “cidadãos”, contida no art. 25, inc. III, do CE, pela nova expressão “advogados”, do art. 120, § 1º, inc. III, do seu texto. Ainda sobre as modificações do art. 25, inc. III, do CE, introduzidas pelo texto do art. 120, § 1º, inc. III da CF, a nova redação substituiu a expressão “reputação ilibada” por “idoneidade moral”. Entretanto, essa alteração não modifica em nada o conteúdo do texto. Na verdade, “considera-se detentor de reputação ilibada aquele desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta". Foi essa a resposta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) à consulta formulada pelo então presidente do Senado, senador Antonio Carlos Magalhães, no sen- tido de se aclarar o conceito constitucional de reputação ilibada. Ou seja, ambas as expressões cuidam da mesma coisa. Atentem ainda para o seguinte fato. A CF/88 não se refere à lista sêxtupla (infelizmente alguns autores ainda cometem esse erro), a menção a seis advo- gados se deve ao fato de haver duas vagas para esta classe. Dessa forma, para cada uma dessas vagas, o TJ/SP encaminha uma lista tríplice ao Presidente da República, para que este proceda à nomeação. No entanto, esse encaminhamento não ocorre de forma direta do TJ/DP para o pre- sidente da República. A lista tríplice é elaborada no TJ/SP e encaminhada ao TSE para homologação dos nomes nela presentes (art. 25, § 1º, do CE). Caso o TSE entenda que algum pretenso juiz não preenche as condições estabelecidas na CF (notável saber jurídico e idoneidade moral) poderá solicitar ao TJ/SP que 20 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES faça a substituição do candidato. Caso a Corte Suprema Eleitoral entenda pre- sentes em todos os candidatos os requisitos constitucionais, procede ao enca- minhamento da lista tríplice ao presidente da República. Atenção! Uma vez elaborada pelo TJ/SP e homologada pelo TSE, o presidente da República não poderá recusar a lista tríplice, sendo que sua escolha deve recair, obrigatoriamente, entre um dos advogados nela constante. LISTA TRÍPLICE COMPETENTE PARA SUA ELABORAÇÃO REQUISITOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEL PELA NOME- AÇÃO TJ/SP IDONEIDADE MORAL NOTÁVEL SABER JURÍDICO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Outra importante observação se relaciona com a ausência da OAB no pro- cesso de escolha dos juízes do TRE/SP da classe dos Advogados. Com efeito, a lista tríplice levada ao Presidente da República para escolha de juízes do TRE/ SP é elaborada única e exclusivamente pelo tribunal competente, neste caso o TJ/SP, sem qualquer participação da OAB/SP. DIRETO DO STF Jurisprudência do STF – “Tribunal Regional Eleitoral. Juízes da classe de Advogados. Arti- gos 120, § 1º, inc. III, e 94, parágrafo único, da Constituição. Compete exclusivamente ao Tri- bunal de Justiça do Estado a indicação de advogados, para composição de Tribunal Regional Eleitoral, nos termos do art. 120, § 1º, inc. III, da Constituição, sem a participação, portanto, do órgão de representação da respectiva classe, a que se refere o parágrafo único do art. 94, quando trata da composição do quinto nos Tribunais Regionais Federais, dosEstados, do Dis- trito Federal e Territórios.” (MS 21.060, DJ de 23.8.1991) 21 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Cumpre-nos, ainda, fazer duas importantes observações. A primeira é a de que a permissão dada aos ministros do TSE da classe dos advogados de continuarem exercendo a advocacia, vedado apenas o seu exercício nos tribunais eleitorais, também é aplicável aos juízes de TRE/SP, de idêntica classe. O motivo é também de ordem financeira e se revela no fato de tais membros, no exercício da magistratura no TRE/SP, receberem apenas uma gratificação de presença e representação e mais nada. DIRETO DO STF Jurisprudência do STF – “Art. 20, inciso II - incompatibilidade da advocacia com membros de órgãos do Poder Judiciário. Interpretação de conformidade a afastar da sua abrangência os membros da Justiça Eleitoral e os juízes suplentes não remunerados”. (ADI nº 1127 MC /DF. Min. Rel. Paulo Brossard. Tribunal Pleno. DJ 29.6.01) A segunda, a exemplo do que ocorre com os membros do TSE na classe dos advogados, revela-se na desnecessidade dos juízes do TRE/SP, da classe dos advogados, cumprirem, ao término de sua atuação no Tribunal, a “quarentena” estabelecida no art. 95, parágrafo único, inc. V, da CF., Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (..) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (..) V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (incluído pela Emenda Constitucional nº45, de 2004). DIRETO DO TSE 22 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Jurisprudência do TSE – QUESTÃO DE ORDEM. MAGISTRADO ELEITORAL. CLASSE JURISTA. ART. 95, PARÁGRAFO ÚNICO, V, DA CONSTITUIÇÃO. INAPLICABILIDADE. A restrição prevista no art. 95, parágrafo único, V, da Constituição não se aplica aos ex-membros de Tribunais Eleitorais, oriundos da classe dos juristas. 2. Questão de ordem resolvida. (PET 3020, TSE) Por último, mas não menos importante, tem-se que o processo de escolha dos juízes substitutos do TRE/SP é idêntico ao dos juízes efetivos, ou seja, para os juízes substitutos oriundos da advocacia, dá-se a nomeação do Presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/SP. Agora que já explicamos o processo de escolha de todas as classes de juízes do TRE/SP, vamos a um quadro resumo para facilitar seu estudo e encerrar este assunto. JUÍZES DO TRE/SP (Processo de escolha) ESCOLHIDOS QUEM ESCOLHE FORMA DE ESCOLHA 02 DESEMBARGADORES DO TJ/SP TJ/SP ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO 02 JUIZES DE DIREITO TJ/SP ELEIÇÃO PELO VOTO SECRETO 01 JUIZ DO TRF/3ª Região TRF/3ª Região ESCOLHA ARBITRÁRIA 02 ADVOGADOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA LISTA TRÍPLICE ELABORADA PELO TJ/SP COMPOSIÇÃO DOS TRE’S A composição do TRE é norma reproduzida do art. 120 da CF/88: Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. § 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no 23 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis ad- vogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. E também do art. 25 do CE: Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Fe- deral de Recursos; e Obs: essa vaga será composta por um juiz do Tribunal Regional Federal, de acordo com o artigo 120, § 1°, inciso II, CF/88, onde houver. III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. Esquematicamente, podemos representar a composição do TRE da seguinte forma: COMPOSIÇÃO DO TRE Presidente Desembargador do TJ/SP Art. 120, § 2º, CF/88 Vice-Presidente Desembargador do TJ/SP Art. 120, § 2º, CF/88 Juiz do TRF/3ªRegião Art. 120, § 1º, inc. II, CF/88 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’, CF/88 Juiz de Direito Art. 120, § 1º, inc. I, alínea ‘b’, CF/88 24 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Advogado Art. 120, § 1º, inc. III, CF/88 Advogado Art. 120, § 1º, inc. IIII, CF/88 Juiz Federal do TRE/SP – Juiz do TRF/3ª Região ou do 1º Grau de Juris- dição da Justiça Federal em São Paulo? Analisando a composição dos TRE’s podemos afirmar, ainda, que todos eles terão sete juízes. No entanto, não podemos afirmar que haverá identidade na sua composição sob o aspecto qualitativo. Em alguns TRE’s teremos dois desembar- gadores do TJ, dois juízes de direito, dois advogados e um juiz do TRF (2ª ins- tância da Justiça Federal), enquanto em outros, no lugar deste último membro – juiz do TRF – haverá um juiz federal (1ª instância da Justiça Federal). E por que isso acontece? A resposta é muito simples. Nós sabemos que existem apenas 5 (cinco) Tri- bunais Regionais Federais no Brasil, cada um deles representando uma região. Lembre-se agora que a art. 120, § 1º, inc. II, da CF, afirma que nos Estados onde houver sede de TRF, um juiz deste tribunal será escolhido para compor o respectivo TRE. Logo, o TRE-DF, TRE-RJ, TRE-SP, TRE-RS e TRE-PE (sedes de TRF) possuem em suas respectivas composições um juiz do TRF (órgão de 2ª instância da Justiça Federal). De modo diverso, nos demais TRE’s, onde não há sede de TRF, no lugar do juiz de TRF temos, necessariamente, um juiz federal (órgão de 1ª instância da Justiça Federal). Pois bem! O Estado de São Paulo é sede de Tribunal Regional Federal. Por- tanto, o juiz federal que integra o TRE/SP é juiz membro do TRF/3ª Região. Direto do concurso 5. CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA – A legis- lação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua composição aumentada, ao passo que os TRE’s, também compostos de sete membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada. 25 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Resolução A assertiva está correta. A expressão “no mínimo” contida na descrição da composição do TSE permite que por meio de lei complementar se proceda ao aumento da sua composição. De modo diverso, a taxatividade na descrição da composição do TRE, com a ausência da expressão “no mínimo” impõe a sua inalterabilidade. VEDAÇÕES A ESCOLHA DOS MEMBROS DO TRE As vedações expressas no Código Eleitoral aplicáveis aos juízes do TRE estão elencadas no art. 25, §§ 6º e 7º, do CE e também reproduzidas neste artigo do Regimento Interno. A primeira delas, constante no art. 25, § 6º, do CE, afirma que não podem fazer parte do TRE/SP pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se, neste caso, a que tiver sido escolhida por último. Essa vedação se aplica a todos os juízes do TRE/SP,não impor- tando a classe/categoria do juiz. Para não termos dúvidas acerca da ocorrência desse impedimento, vamos a um caso prático. Hipótese didática O Desembargador “A” é nomeado para juiz do TRE/SP. Após algum tempo, seu cunhado “B” é nomeado juiz do TRF/3ª Região e escolhido para compor o mesmo TRE/SP. Isso é possível? CLARO QUE NÃO. Enquanto o juiz “A”, da classe dos desembargadores do TJ/SP, estiver no TRE/SP, seu cunhado “B”, juiz do TRF/3ª Região, não poderá compor o TRE/SP. A outra vedação (art. 25, § 7º, do CE), afirma que a escolha desses membros não poderá recair naqueles que estejam nas seguintes situações: 26 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES a) Ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (cargo em comissão) b) Seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; c) Exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. Para finalizar, temos que ambas as vedações são aplicáveis tanto aos mem- bros efetivos quanto aos membros substitutos do TRE. Art. 3º. Os substitutos dos Membros efetivos do Tribunal serão escolhidos pelo mesmo processo que os efetivos, em número igual ao de cada categoria. Parágrafo único. Os Juízes substitutos terão os mesmos direitos, garantias, prerrogativas, deveres e impedimentos dos Juízes titulares. GARANTIAS DOS MEMBROS DO TRE/PA O RITRE/SP afirma os Juízes substitutos terão os mesmos direitos, garan- tias, prerrogativas, deveres e impedimentos dos Juízes titulares. As garantias estabelecidas aos magistrados estão previstas nos arts. 95 e 121 da Constitui- ção Federal. Para que você saiba que garantias são essas, transcrevemos a seguir os arti- gos constitucionais que tratam da matéria. Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tri- bunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) 27 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES (..) Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. § 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. Pois bem! A Constituição Federal garante, em seu art. 121, § 1º, aos membros de tri- bunais eleitorais, aos juízes de Direito e aos integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e, no que lhes for aplicável, plenas garantias e a inamovibilidade. As garantias da magistratura, referidas no art. 121, § 1º, da CF, estão descritas na própria CF, mais precisamente no seu art. 95, quais sejam: vitaliciedade, irredutibilidade de subsídio e inamovibilidade. No entanto, somente esta última – inamovibilidade – se amolda a peculiar situação dos membros da Justiça Eleitoral. Chega-se a essa conclusão a partir da seguinte análise: Vitaliciedade – os membros de tribunais eleitorais são escolhidos para exer- cerem um mandato de, no mínimo, dois anos e podem ser reconduzidos, por um único período subsequente (art. 121, § 2º, CF). Passado esse período esses membros, necessariamente, deixam de compor a Justiça Eleitoral. Trata-se do princípio da temporariedade do exercício das funções eleitorais. Irredutibilidade de subsídios – quem exerce funções de magistrado na Jus- tiça Eleitoral não recebe um subsídio. Percebem tão-somente uma gratificação de representação e participação se participarem das sessões de julgamento do tribunal. Caso durante um mês não participem de nenhuma sessão, não recebe- rão nenhuma retribuição da Justiça Eleitoral. Eis mais uma garantia da magistra- tura inaplicável à Justiça Eleitoral. Inamovibilidade – essa garantia é compatível com a Justiça Eleitoral e os membros desta Justiça, no exercício de suas funções, são inamovíveis. 28 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Art. 4º. O Tribunal elegerá para sua Presidência um dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, para servir por dois anos, contados da posse, cabendo ao outro o exercício cumulativo da Vice-Presidência e da Corregedoria Regional Eleitoral, sendo que presidirá o pleito e lhes dará posse o Juiz mais antigo. § 1º A eleição de que trata este artigo será por escrutínio secreto, mediante cédula oficial que contenha o nome de dois Desembargadores. § 2º Havendo empate na votação, considerar-se-á eleito o Desembargador mais antigo no Tribunal de Justiça e, se igual a antiguidade, o mais idoso. § 3º No ato da posse, o Presidente e o Vice-Presidente prestarão compro- misso solene nos termos semelhantes aos dos Membros do Tribunal. § 4º Vagando o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presidente, que convo- cará nova eleição, no prazo máximo de trinta dias. PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE Os ocupantes dos cargos de Presidente e Vice-Presidente do TRE estão defi- nidos no art. 120, § 2º, da CF. Segundo esse dispositivo constitucional, o TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores do TJ que dele fazem parte. Considerando que temos dois desembargadores na com- posição do TRE, um deles sempre será o presidente, cabendo ao outro a vice- -presidência. Escolha do Presidente e Vice-Presidente do TRE/PA Segundo o art. 4º do RITRE/SP, o Tribunal elegerá seu presidente e vice-pre- sidente entre os desembargadores do TJ, para servir por dois anos, contados da posse. Por sua vez, em razão da omissão constitucional, a escolha do Corregedor Regional Eleitoral fica a cargo do Regimento Interno. No caso do RITRE/SP, caberá ao Vice-Presidente o exercício da função de Corregedor Regional Eleito- ral do TRE/SP. Trata-se de exercício cumulativo de cargo. Assim temos: 29 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Juiz/CLASSE CARGO NO TRE/PA Desembargador do TJ PRESIDENTE Desembargador do TJ VICE-PRESIDENTE Desembargador do TJ, que exerça a função de Vice-Presidente CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL Seção II Dos Biênios Art. 5º. Os Juízes e seus substitutos servirão obrigatoriamente por dois anos e, facultativamente, por mais um biênio. § 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o desconto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do § 2º, do art. 2º deste Regimento. § 2º Ocorrendo vaga do cargo de um dos Juízes do Tribunal, o substituto per- manecerá em exercício até que seja designado e empossado o novo Juiz efe- tivo, salvo se ocorrer o vencimento também do seu biênio. § 3º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. § 4º Quando a recondução se operar antes do término do primeiro biênio, não haverá necessidade de nova posse, bastando para formalizar a permanência na condição de Membro do Tribunal, a simples anotação no termo da investidura inicial, contada para efeito de antiguidade a data da primeira posse. § 5º Haverá necessidade de nova posse quando ocorrer interregno do exer- cícioentre o primeiro e segundo biênios, hipótese em que, porém, será contado o período já exercido, para efeito de antiguidade. REFERÊNCIA LEGISLATIVA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 121. Omissis (..) 30 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES § 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substi- tutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. Código Eleitoral Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obriga- toriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. § 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) Res.-TSE nº 20.958/2001 Art. 1º. omissis § 1º O biênio será contado ininterruptamente a partir da data da posse, sem o des- conto do tempo de qualquer afastamento, salvo na hipótese do parágrafo seguinte. § 2º Não poderão servir como juízes nos tribunais regionais, desde a homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, o cônjuge, o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo estadual ou federal, no Estado respectivo. Temporalidade do mandato dos membros do TRE/SP Na Justiça Eleitoral, em detrimento à garantia da vitaliciedade, aplica-se o princí- pio da temporariedade do exercício das funções eleitorais, ou seja, todos os seus membros - integrantes do TSE ou TRE, juiz eleitoral ou componente de junta eleito- ral - exercem a função eleitoral por um período determinado de tempo. Para os juízes dos tribunais eleitorais – TSE e TRE - esse período de tempo de exercício das funções eleitorais está expressamente determinado no art. 121, § 2º, nos seguintes termos: Art. 121. Omissis § 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substi- tutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 31 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Portanto, os juízes do TRE/SP são escolhidos para exercerem as funções eleitorais por um período de, no mínimo, 2 anos (um biênio), somente podendo se afastar antes do término do mandato em razão de um motivo justificado. Recondução Em casos de recondução os membros do TRE/SP devem submeter-se ao mesmo processo de escolha originário: se membros provenientes do TJ/SP deverão ser eleitos, por meio de voto secreto, nos seus respectivos tribunais; se membro oriun- do do TRF/3ª Região, designado pelo próprio tribunal; se membros provenientes da advocacia deverão ser nomeados pelo presidente da República a partir de lista tríplice elaborada pelo TJ/SP. Biênios Os juízes do TRE/SP, e seus substitutos, salvo motivo justificado, servirão obriga- toriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Biênio é o período de 2 (dois) anos. Hipótese didática Imagine, por hipótese, que em janeiro de 2012 o cidadão X se torne juiz efetivo do TRE/SP. Passados dois anos (2012 - 2013), finda o seu biênio obrigatório, também chamado 1º biênio. A partir daí, poderá ele ainda exercer um 2º biênio (2014 - 2015) sem que haja qualquer impedimento. Agora, findo os dois biênios, um 3º biênio (2016 – 2017) está vedado. Ainda sobre a contagem de número de biênios, cumpre salientar que é considerado consecutivos dois biênios quando entre eles houver tido interrupção inferior a dois anos. Por fim, uma vez exaurida qualquer possibilidade de recondução ao cargo de juiz do TRE/SP (exercício de dois biênios), terá o cidadão que aguardar para retornar a esse Órgão, na mesma classe ou em classe diversa, o prazo de dois anos do término do 2º biênio. Esse prazo, no entanto, poderá ser reduzido em caso de ine- xistência de outros juízes que preencham os requisitos legais. Art. 6º. Até vinte dias antes do término do biênio de Juiz da classe de magis- trados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente comunicará o Tribunal competente para a escolha, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. 32 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Art. 7º. Até noventa dias antes do término do biênio de Juiz da classe de advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o Presidente comunicará o Tribunal competente para a indicação em lista tríplice, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. Parágrafo único. A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça do Estado será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral, fazendo-se acompanhar: I – da menção da categoria do cargo a ser provido; II – do nome do Juiz cujo lugar será preenchido e da causa da vacância; III – da informação de se tratar do término do primeiro ou do segundo biênio, quando for o caso; IV – de dados completos a respeito da qualificação de cada candidato, bem como declaração de inocorrência de impedimento ou incompatibilidade legal; V – em relação a candidato que exercer qualquer cargo, função, ou emprego público, de informação sobre a natureza, forma de provimento ou investidura, bem como condições de exercício; VI – de comprovante de mais de dez anos de efetiva atividade profissional para Juiz da classe de advogados; VII – de ofício do Tribunal de Justiça do Estado, com as indicações dos nomes dos candidatos da classe de advogados e da data da sessão em que foram escolhidos; VIII – de certidão negativa de sanção disciplinar da Seção da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, em que estiver inscrito o integrante da lista tríplice; IX – quando o candidato houver ocupado cargo ou função que gere incompa- tibilidade temporária com a advocacia, deverá, ainda, apresentar comprovação de seu pedido de licenciamento profissional à OAB, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.906/94 e da publicação da exoneração do cargo ou função; X – de comprovação do efetivo exercício da advocacia pela inscrição na OAB, observado o disposto no art. 5º do Estatuto daquela Instituição; XI – de certidões relativas a ações cíveis e criminais do foro estadual e fede- ral da comarca onde reside o integrante da lista. TÉRMINO DE BIÊNIO: PRAZO PARA INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA Para viabilizar a escolha de um novo juiz há algumas disposições regimentais refe- 33 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES rentes a prazo que devem ser observadas pelo Tribunal. Até vinte dias antes do término do biênio de juiz das classes de magistrado, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça, para a escolha, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. Até noventa dias antes do término do biênio de juiz da classe dos advogados, ou imediatamente depois da vacância do cargo por motivo diverso, o presidente do tribunal eleitoral convocará o Tribunal de Justiça para a indicação em lista tríplice, esclarecendo, naquele caso, se se trata de primeiro ou de segundo biênio. MINISTROS DO TSE INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA Magistrados de Carreira 20 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO CLASSES DOS ADVOGADOS 90 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO BIÊNIO Art. 8º. Nenhum Juiz efetivo poderá voltar a integrar o Tribunal, na mesma classe ou emclasse diversa, após servir por dois biênios consecutivos, salvo se transcorridos dois anos do término do segundo biênio. § 1º O prazo de dois anos referido neste artigo somente poderá ser reduzido em caso de inexistência de outros Juízes que preencham os requisitos legais. § 2º Para os efeitos deste artigo, consideram-se também consecutivos dois biênios quando entre eles houver ocorrido interrupção inferior a dois anos. Art. 9º. Ao Juiz substituto, enquanto nessa categoria, aplicam-se as regras do artigo anterior, sendo-lhe permitido, entretanto, vir a integrar o Tribunal como efetivo. Art. 10. Compete ao Tribunal a apreciação da justa causa para dispensa da função eleitoral antes do transcurso do primeiro biênio. Art. 11. Perderá automaticamente a jurisdição eleitoral o Magistrado que se aposentar na Justiça Comum ou que terminar o respectivo período. Seção III Da Posse 34 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Art. 12. Os Juízes efetivos tomarão posse perante o Tribunal e os substitu- tos perante o Presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição e as leis da República. Parágrafo único. Os Juízes, efetivos e substitutos, prestarão o seguinte com- promisso: “Prometo desempenhar bem e fielmente os deveres do cargo em que estou sendo empossado, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis”. Comentário Os juízes efetivos, não importa a classe, tomarão posse perante o Tribunal, e os substitutos perante o presidente, obrigando-se uns e outros, por compromisso formal, a bem cumprir os deveres do cargo, de conformidade com a Constituição e as leis da República. A posse de um juiz efetivo ocorre perante o Tribunal em sessão plenária, mais precisamente, na primeira sessão com a sua presença. De outro modo, como o juiz substituto somente participa eventualmente das sessões do Tribunal, decidiu o RITRE/SP que sua posse se dá perante o presidente do Tribunal e, em geral, ocorre no próprio gabinete do Presidente Juízes DO TRIBUNAL POSSE Juízes EFETIVOS PERANTE O TRIBUNAL Juízes SUBSTITUTOS PERANTE O PRESIDENTE Art. 13. O prazo para a posse será de trinta dias contados da publicação oficial da nomeação, podendo ser prorrogado pelo Tribunal por, no máximo, sessenta dias, desde que assim o requeira, motivadamente, o Juiz a ser compromissado. Art. 14. No caso de dois Juízes, de igual classe ou não, tomarem posse na mesma data, considerar-se-á mais antigo, para efeitos regimentais: 35 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES I – sucessivamente, ao que couber desempenhar os cargos de Presidente e Vice-Presidente do Tribunal e o Juiz integrante do Tribunal Regional Federal da 3ª Região; II – o que tiver servido, por mais tempo, como substituto; III – no caso de igualdade no exercício da substituição, o mais idoso; IV – persistindo o empate, decidir-se-á por sorteio. Seção IV Das Férias e Licenças Art. 15. Os Juízes do Tribunal gozarão de férias coletivas nos períodos de 02 a 31 de janeiro e de 02 a 31 de julho de cada ano, as quais poderão ser inter- rompidas por exigência do serviço eleitoral, nos termos do art. 66, § 2º da Lei Complementar nº 35. FÉRIAS DOS JUÍZES DO TRE/SP A nova redação do art. 93, XII, da CF, com redação dada pela EC nº 45, extin- guiu as férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, mas manteve intactas as férias dos ministros dos tribunais superiores. Desse modo, a norma regimental que determina férias coletivas aos mem- bros do TRE/SP, no período de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho, é incons- titucional. Não há férias coletivas no TRE/SP! Art. 16. O Tribunal entrará em recesso nos feriados forenses compreendidos entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive nos termos do art. 62, inciso I, da Lei nº 5.010, de 30.4.1966 e Resolução TSE nº 19.763, de 17.12.1996. Art. 17. O Presidente e o Vice-Presidente poderão se revezar em plantões, por eles estabelecidos, durante o recesso e as férias coletivas, podendo convo- car os Membros do Tribunal, se necessário, para sessões extraordinárias. Art. 18. Os Membros do Tribunal gozarão de férias e licenças nos casos e pela forma regulados em lei. 36 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Art. 19. Os Membros do Tribunal serão licenciados: I – automaticamente e pelo mesmo prazo, em consequência de afastamento na Justiça Comum. II – pelo Tribunal, quando se tratar de Membro da classe de magistrados afas- tados da Justiça Comum para servir exclusivamente à Justiça Eleitoral. § 1º Os Juízes afastados de suas funções na Justiça Comum por motivo de férias ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo corres- pondente, exceto quando os períodos de férias coletivas coincidirem com a rea- lização e apuração de eleição. § 2º A aplicação da regra do parágrafo anterior é facultada aos cargos de Presidente e Vice-Presidente, que poderão optar por permanecer no exercício de suas funções eleitorais, não implicando retribuição pecuniária ou, ainda, com- pensação futura. § 3º A licença para tratamento de saúde independe de exame ou inspeção quando inferior a trinta (30) dias, bastando atestado médico, a critério do Tribunal. Art. 20. Quando o serviço eleitoral exigir o Tribunal poderá solicitar o afasta- mento dos Juízes de seus cargos efetivos na Justiça Comum, sem prejuízo dos vencimentos. Parágrafo único. O afastamento, em todos os casos, será por prazo certo ou enquanto subsistirem os motivos que o justifique, mediante solicitação funda- mentada do Presidente do Tribunal. Art. 21. Nos casos de vacância do cargo, licença, férias individuais ou afasta- mento será obrigatoriamente convocado, pelo tempo que durar o motivo, o Juiz substituto da classe correspondente, na ordem de antiguidade. Art. 22. Nas ausências ou impedimentos eventuais de Juiz efetivo, somente será convocado Juiz substituto por exigência de quorum legal. Critério de Substituição Muita atenção agora! Os critérios utilizados pelo Tribunal para designar o substituto de um juiz ausente em sessão de julgamento são, nessa ordem: Ser o juiz substituto necessariamente da mesma classe (Desembargador, Juiz de 37 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Direito, Juiz Federal ou Advogado) do juiz ausente. NUNCA, EM HIPÓTESE AL- GUMA, UM JUIZ DE UMA CLASSE PODE SER SUBSTITUÍDO POR OUTRO DE CLASSE DIVERSA. Recair inicialmente a escolha sobre o substituto mais antigo da classe, somente se este estiver ausente, sobre o outro juiz substituto da classe. CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL Art. 23. Compete ao Tribunal: I – processar e julgar originariamente: a) o registro, a substituição e o cancelamento do registro de candidatos a Gover- nador, a Vice-Governador, ao Congresso Nacional e à Assembleia Legislativa; b) os conflitos de competência entre os Juízes Eleitorais do Estado; c) a exceção de incompetência; d) as exceções de suspeição ou impedimento dos seus Membros, do Procu- rador Regional, dos Juízes, Escrivães, Chefes de Cartório e dos servidores de sua Secretaria; e) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos Juízes Eleitorais, por Promotores Eleitorais, Deputados Estaduais, Prefeitos Municipais e demais autoridades estaduais que respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de responsabilidade; f) o “habeas corpus” e o mandado de segurança em matéria eleitoral contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiçapor crime de responsabilidade ou, ainda, o “habeas corpus” quando houver perigo de se con- sumar violência antes que o Juiz competente possa prover sobre a impetração; g) o mandado de segurança em matéria administrativa contra seus atos, de seu Presidente, de seus Membros, do Corregedor, dos Juízes Eleitorais e dos Membros do Ministério Público Eleitoral de primeiro grau; h) os pedidos de “habeas data” e mandados de injunção, nos casos previstos na Constituição, quando versarem sobre matéria eleitoral; i)as ações de impugnação de mandato eletivo estadual e federal, excetuado o cargo de Presidente da República; 38 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES j) as investigações judiciais previstas no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 em eleições estaduais; k) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos polí- ticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem de seus recursos, as prestações de contas dos órgãos regionais e as referentes aos recursos empre- gados na campanha eleitoral estadual; l) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos Juízes Eleito- rais em trinta (30) dias da sua conclusão para julgamento, formulado por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo; m) representações e reclamações em matéria eleitoral ou administrativa rela- tiva à sua organização ou atividade. II – julgar os recursos interpostos: a)dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes, Juntas Eleitorais e pela Comissão Apuradora do Tribunal; b) das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou denegarem “habeas corpus”, mandado de segurança, mandado de injunção e “habeas data”; c) dos atos e decisões do Presidente, do Corregedor Regional e dos Relatores. III – elaborar o seu regimento interno; IV – organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional, provendo-lhes os cargos na forma da lei e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tri- bunal Superior, a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; V – conceder aos seus Membros e aos Juízes Eleitorais licença e afasta- mento do exercício dos cargos efetivos, submetendo, no caso de afastamento, a decisão à aprovação do Tribunal Superior; VI – (Revogado pelo Assento Regimental nº 05, de 29.09.2011); VII – constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; VIII – constituir a Comissão Apuradora das eleições estaduais; IX – apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas Eleitorais, os resultados finais das eleições para Governador e Vice-Governador, bem como para o Congresso Nacional e Assembleia Legislativa, proclamando os eleitos, 39 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES expedindo os respectivos diplomas e remetendo, dentro de dez (10) dias após a diplomação, cópias das atas de seus trabalhos ao Tribunal Superior, ao Con- gresso Nacional e à Assembleia Legislativa do Estado; X – apurar as urnas das seções anuladas pelas Juntas Eleitorais que tenham sido validadas em grau de recurso; XI – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; XII – fixar a data das eleições para Governador e Vice-Governador, Deputa- dos Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, quando não determinada por disposição constitucional ou legal; XIII – dividir a respectiva circunscrição em Zonas Eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; XIV – aprovar a designação de Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; XV – requisitar a força necessária ao cumprimento da lei e de suas decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; XVI – eleger o seu Presidente e Vice-Presidente; XVII – empossar os Membros efetivos do Tribunal, Presidente, Vice-Presi- dente e Corregedor Regional Eleitoral; XVIII – aplicar aos Juízes Eleitorais as penas disciplinares de advertência e censura, comunicando ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao Corregedor- -Geral da Justiça; XIX – fixar dia e hora das sessões ordinárias; XX – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; XXI – expedir instruções e resoluções para o exato cumprimento das normas eleitorais; XXII – determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na circunscrição; XXIII – organizar e manter atualizado o cadastro dos eleitores do Estado; XXIV – providenciar a impressão de boletins e mapas de apuração, cujos modelos, adaptados às peculiaridades locais, tenham sido aprovados pelo Tri- bunal Superior; 40 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES XXV – proceder ao registro dos comitês que aplicarão os recursos financeiros destinados à propaganda e campanha eleitoral nos pleitos de âmbito estadual; XXVI – manifestar-se sobre a regularidade de tomadas de contas quando o Presidente tenha sido o ordenador das despesas; XXVII – consultar o Tribunal Superior sobre matéria de alcance nacional; XXVIII – dar publicidade, na Imprensa Oficial do Estado, de suas resoluções, acórdãos, editais e pautas de julgamento, bem como de determinações, despa- chos, atos e avisos baixados pela Presidência, Corregedoria ou pelos seus Juízes; XXIX – designar Juízes de Direito para as funções de Juízes Eleitorais, inclusive nos casos de substituição; XXX – designar Juízes Auxiliares do Tribunal e dos Juízos Eleitorais. COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ELEITORAL Caro amigo, agora, vamos estudar um assunto muito cobrado em concursos públicos: a competência do TRE/SP. Estudar a competência da Justiça Eleitoral é estudar as competências dos seus órgãos: TSE, TRE’s, Juizes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Partindo desse pressuposto, um tanto lógico, é muito comum o estudo dessa matéria ser exaus- tivo e enfadonho, haja vista que, em geral, os cursos se limitam a transcrever as competências de cada órgão contidas no Código Eleitoral, com um ou outro comentário que, infelizmente, não acrescentam muito ao texto legal. Antes de começarmos nosso estudo, gostaríamos de lembrá-lo que o TRE/ SP faz parte da Justiça Eleitoral, que é uma Justiça peculiar, que apresenta algumas funções específicas e próprias, não encontradas nas demais. Por isso vamos relembrar rapidamente essas funções: • Função Administrativa – trata-se da função de organização do eleitoral, administração e fiscalização das eleições; • Função Consultiva – função de responder, sobre matéria eleitoral, as per- guntas que lhe forem feitas sobre a interpretação e aplicação das leis em tese; • Função Jurisdicional – a Justiça Eleitoral resolve com caráter de definitivi- dade litígios eleitorais que surjam, aplicando o direito eleitoral ao caso concreto. 41 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES • Função Regulamentar – o TSE/TRE pode expedir normas regulamenta- res para dar aplicação ao Código Eleitoral. Para tanto, poderá expedir ins- truções. Esse poder foi atribuído ao TSE pelo art. 1º, parágrafo único, do CE e pelo art. 105 da Lei n. 9.504/97. Além disso, cumpre informar que a CF, no seu art. 121, deixou a cargo de lei complementar a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. Na verdade, para a definição da competência dos órgãos da Justiça Eleitoralnão houve a edição de nenhuma lei complementar, e sim a recepção da Lei Ordi- nária nº 4.737/65 - Código Eleitoral – com status de lei complementar, especifi- camente na parte que trata da definição de competência dos órgãos da Justiça Eleitoral. Portanto o estudo da competência dos órgãos da Justiça Eleitoral revela- -se no estudo do Código Eleitoral, mais precisamente Nos quatro títulos da sua “PARTE SEGUNDA”, bem como a análise dos Regimentos Interno dos TRE’s. Feitas essas considerações iniciais e explicitada a metodologia a ser utili- zada, vamos começar efetivamente nosso estudo. O registro de candidatura é o nosso primeiro assunto. Registro de Candidatos Compete ao TRE/SP fazer o registro de candidaturas dos candidatos dos cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República, todos do Estado de São Paulo. COMPETÊNCIA: REGISTRO DE CANDIDATO 42 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES CARGO CIRCUNSCRIÇÃO COMPETENTE BASE LEGAL Governador Vice-Governador Deputado Federal Senador Deputado Estadual Estado TRE/SP Art. 29, I, a, CE Expedição de Diplomas Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, recebem seus diplomas assinados pelo órgão competente da Justiça Eleitoral. Pois bem! Compete ao TRE/SP expedir diplomas aos cidadãos eleitos aos cargos de Governador, Vice-Governador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador da República, todos do Estado de São Paulo. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMAS CARGOS ELETIVOS COMPETENTE GOVERNADOR VICE-GOVERNADOR DEPUTADO FEDERAL SENADOR DEPUTADO ESTADUAL TRE/SP REGISTRO E CANCELAMENTO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO A competência para registro e cancelamento de diretório de partido político é restrita aos tribunais eleitorais. Assim, seja qual for o diretório, seu cancelamento ou registro não pode ser feito por juiz eleitoral, muito menos ainda por junta elei- toral. O TSE cuida do cancelamento e registro dos diretórios nacionais, enquanto o TRE/SP, dos diretórios regionais dos partidos no Estado de São Paulo e dos Diretórios dos partidos dos Municípios de São Paulo. COMPETÊNCIA: CANCELAMENTO E REGISTRO DE DIRETÓRIO DE PARTIDO POLÍTICO 43 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES DIRETÓRIO ÓRGÃO COMPETENTE BASE LEGAL REGIONAL ESTADUAL MUNICIPAL TRE/SP Art. 29, I, a, CE Conflito de competência O conflito de competência é matéria muito cobrada em concursos públicos, pedimos-lhe especial atenção no seu estudo. Conflito de competência é o choque entre autoridades jurisdicionais que se supõem competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para funcionar num mesmo processo, em relação aos mesmos atos. Compete ao TRE/SP processar e julgar os conflitos de competência surgidos entre juízes eleitorais que exerçam jurisdição no Estado de São Paulo. Entretanto, se o conflito for entre juízes Tribunais Regionais e Juízes eleito- rais de Estados diferentes a competência é do TSE (art. 22, I, b, do CE) COMPETÊNCIA: CONFLITOS DE JURISDIÇÃO ENVOLVENDO TRIBUNAIS DA JUSTIÇA ELEITORAL CONFLITO DE JURISDIÇÃO ÓRGÃO COMPETENTE TRE/SP X – TSE A relação funcional entre o TSE e os TRE/SP não admite o conflito de jurisdição TRE/SP X – TRE DE QUALQUER OUTRO ESTADO TSE (art. 22, I, b, do CE) TRE/SP X JUIZ ELEITORAL DE QUALQUER OUTRO ESTADO TSE (art. 22, I, b, do CE) TRE/SP X – TRIBUNAL SUPERIOR (COM EXCEÇÃO DO TSE) STF (art. 102, I, o, da CF) 44 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES TRE/SP X – OUTRO TRIBUNAL QUE NÃO SEJA UM TRI- BUNAL SUPERIOR (POR EXEMPLO: TJ) STJ (art. 105, I, d, da CF/88) JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO EM SP X – JUIZ ELEITORAL COM JURISDIÇÃO EM SP TRE/SP Exceção de Suspeição ou de impedimento Em síntese, as exceções instrumentais de suspeição e impedimento são formas estabelecidas em lei com o propósito de afastar aquele que não possui capacidade subjetiva ou compatibilidade com a causa. Compete ao TRE/SP processar e julgar as exceções de suspeição e de impe- dimento opostas em face de seus membros, do procurador regional eleitoral e dos servidores da sua secretaria, assim como dos juízes, escrivães e chefes de cartórios eleitorais. EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO (Competência do TRE) 45 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES TRE/SP Membros TRE/SP Juízes Eleitorais com Jurisdição em SP Escrivães Eleitorais Servidores da Secre- taria do TRE/SP Procurador Regional Eleitoral - SP Fixar data das eleições Compete privativamente ao TRE/SP fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores quando não estabelecida pela lei ou pela CF/88. Da análise desses dispositivos legais, conclui-se, de imediato, que a compe- tência do TRE/SP - para fixar datas de eleições para cargos eletivos é residual e somente deverá ser exercida quando houver necessidade de realização de eleições suplementares. FIXAÇÃO DE DATAS DE CARGOS ELETIVOS (competência residual) CARGOS ELETIVOS ÓRGÃO COMPETENTE 46 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Governador e Vice-Governador Deputados estaduais Prefeitos e vice-prefeitos Vereadores Juízes de paz TRE/SP DIVISÃO OU CRIAÇÃO DE ZONAS ELEITORAIS EM SÃO PAULO O processo de divisão ou criação de zonas eleitorais no Estado de São Paulo pode ser dividido em duas etapas: na primeira o TRE/SP elabora e encaminha a proposta de criação ou alteração ao TSE (art. 30, IX, CE); na segunda, a Corte Suprema Eleitoral aprova a proposta das cortes regionais (art. 23, VIII, CE). Esquematicamente esse processo pode ser assim representado. TRE/SP TSE Elabora e encaminha ao TSE proposta de criação ou alteração de zonas eleitorais Aprova a proposta encaminhada pelo TRE/SP Esse assunto já foi, inclusive, cobrado em concurso público. Direto do concurso 6. CESPE. 2005. TÉCNICO JUDICIÁRIO. ÁREA ADMINISTRATIVA. TRE/PA – Compete privativamente aos TRE’s aprovar a divisão do respectivo Estado em zonas eleitorais, bem como a criação de novas zonas. Resolução 47 Regimento Interno Esquematizado TRE-SP Prof. Weslei Machado www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Assertiva incorreta. A competência dos TRE’s se restringe à elaboração e encaminhamento da proposta de criação ou divisão de zonas eleitorais ao TSE, cabendo a este órgão aprovar o pedido. REQUISIÇÃO DE FORÇA FEDERAL A requisição de força federal é ato dirigido ao Poder Executivo para garantir o cumprimento da lei, de decisão judiciária ou para garantir a lisura do pleito eleitoral. Trata-se de uma prerrogativa privativa do TSE no âmbito da Justiça Eleitoral. Assim, mesmo quando o TRE/SP dela pretende fazer uso, essa requisição deve necessariamente ser dirigida ao TSE para que este então encaminhe o pedido ao Poder Executivo. Vamos a um esquema didático para facilitar o estudo. TRE/SP TSE Solicita de forma fundamentada ao TSE o pedido de requisição de força federal Aprova o pedido do TRE/SP e o encaminha ao Poder Executivo OUTRAS COMPETÊNCIAS DO TRE Continuando nosso estudo, temos ainda algumas competências dos TRE/SP, que merecem uma especial atenção. Vamos a elas, fazendo algum esclareci- mento quando necessário. • Elaborar seu regimento interno; • Organizar sua Secretaria e a Corregedoria Regional; • Propor ao Congresso Nacional, por intermédio
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