Buscar

SANEAMENTO_10_Disposicao final de efluentes tratados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DE ENGENHARIA 
 
DEPARTAMENTO DE ENHENHARIA SANITÁRIA E DO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
DISCIPLINA: 
 
SANEAMENTO GERAL 
 
 
 
PROFESSORA: 
 
CAMILLE MANNARINO 
 
 
AULA: 
 
DISPOSIÇÃO FINAL DE EFLUENTES TRATADOS 
PADRÕES DE QUALIDADE PARA 
EFLUENTES E CORPOS D’ÁGUA 
 Além dos requisitos de qualidade, que traduzem de uma forma generalizada e conceitual a 
qualidade desejada para a água, há a necessidade de se ter também padrões de qualidade 
embasados por um suporte legal. 
 Os padrões devem ser cumpridos, por força da legislação, pelas entidades envolvidas com a 
água a ser utilizada. 
 Da mesma forma que os requisitos de qualidade, também os padrões devem ser 
função do uso previsto para a água. 
 Em termos práticos, há três tipos de padrão no que tange à qualidade da água e ao reuso de 
efluentes tratados: 
 Padrões de lançamento no corpo receptor; 
 Padrões de qualidade do corpo receptor; 
 Padrões de qualidade para determinado uso do efluente tratado 
PADRÕES DE LANÇAMENTO E DE 
QUALIDADE DE CORPOS RECEPTORES 
 
 A Resolução CONAMA nº 357, de 2005, divide as águas do território nacional em: 
 Águas doces  salinidade < 0,05% 
 Águas salobras  salinidade entre 0,05 e 3% 
 Águas salinas  salinidade> 3% 
 
 Em função dos usos previstos, foram criadas treze classes: 
 Águas doces  classe especial e classes 1 a 4 
 Águas salobras  classe especial e classes 1 a 3 
 Águas salinas  classe especial e classes 1 a 3 
 
 As Classes Especiais pressupõe os usos mais nobres, e as Classes 3 e 4, os menos nobres. 
PADRÕES DE LANÇAMENTO E DE 
QUALIDADE E DE CORPOS RECEPTORES 
Resolução CONAMA nº 357 
Notas: (a) com desinfecção; (b) após tratamento simplificado; (c) após tratamento convencional; (d) hortaliças consumidas cruas e 
frutas desenvolvidas rentes ao solo; (e) hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer; (f) culturas 
arbóreas, cerealíferas e forrageiras. 
Classe (águas doces) Uso Previsto 
Especial 1 2 3 4 
Abastecimento para consumo humano X 
(a) 
X 
(b) 
X 
(c) 
X 
(c) 
 
Preservação do equilíbrio natural das 
comunidades aquáticas e preservação dos 
ambientes aquáticos em unidades de 
conservação de proteção integral 
X 
Proteção das comunidades aquáticas X X 
Recreação de contato primário X X 
Irrigação X 
(d) 
X 
(e) 
X 
(f) 
 
Criação de espécies (aqüicultura) X 
Pesca X X 
Dessedentação de animais X 
Recreação de contato secundário X 
Navegação X 
Harmonia paisagística X 
 
PADRÕES DE LANÇAMENTO E DE 
QUALIDADE E DE CORPOS RECEPTORES 
 A cada uma dessas classes, corresponde uma determinada qualidade a ser mantida no corpo 
d’água  essa qualidade é expressa na forma de padrões de qualidade dos corpos 
receptores. 
 Além dos padrões de qualidade dos corpos receptores, as Resoluções CONAMA no 357, 397 e 
430 e apresentam ainda padrões para o lançamento de efluentes nos corpos d’água. 
 Os padrões estão inter-relacionados  o objetivo de ambos é a preservação da qualidade no 
corpo d’água. 
 Os padrões de lançamento existem apenas por uma questão prática, já que é difícil se 
manter o controle efetivo das fontes poluidoras com base apenas na qualidade do corpo 
receptor. 
 Um efluente, além de satisfazer os padrões de lançamento, deve proporcionar 
condições tais no corpo receptor de tal forma que a qualidade do mesmo se 
enquadre dentro dos padrões para corpos receptores. 
 Se o efluente satisfaz os padrões de lançamento e não satisfaz os padrões do corpo receptor  
condições de lançamento deverão ser mais restritivas do que o usual; 
 Se o efluente não satisfaz os padrões de lançamento mas satisfaz os padrões do corpo receptor  
condições de lançamento poderão ser mais flexíveis do que o usual (mediante autorização do órgão 
ambiental). 
OBS. V.A. → Virtualmente ausente;  → Não existe padrão 
 (a) → depende do pH 
 (b) → toleram-se iridescências (que geram efeitos das cores do arco-irís) 
 (c) → óleos minerais: 20mg/L; óleos vegetais e gorduras animais: 50mg/L 
ALGUNS PARÂMETROS DE ACORDO COM AS 
RESOLUÇÕES CONAMA 357/2005 E 430/2011 
Águas doces 
Parâmetro Unidade 
1 2 3 4 
Padrão de 
lançamento 
Temperatura o C     40 
Cor verdadeira mgPt/L natural 75 75   
Turbidez UNT 40 100 100   
Sólidos dissolvidos totais mg/L 500 500 500   
Sólidos sedimentáveis mg/L     1 
Óleos e graxas mg/L VA VA VA (b) 20 / 50 (c) 
pH  6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 5,0 a 9,0 
Coliformes termotolerantes NMP/100mL 200 1000 4000   
DBO5 mg/L 3 5 10   
OD mg/L 6 5 4 2  
N amoniacal total mg/L (a) (a) (a)  20,0 
Nitrito mg/L 10,0 10,0 10,0   
Nitrato mg/L 1,0 1,0 1,0   
P total (ambiente lêntico) mg/L 0,020 0,030 0,050   
P total (ambiente lótico) mg/L 0,10 0,10 0,15   
 
** Exceto para sistemas de tratamento 
de esgotos sanitários (Res. CONAMA 
430/2011) 
** 
Remoção mín 60% * 
* Para sistemas de tratamento de 
esgotos sanitários, máximo de 120mg/L 
de DBO (Res. CONAMA 430/2011) 
DIRETRIZES DA COMUNIDADE EUROPÉIA 
 A Comunidade Européia, através da Deliberação 91/271/EEC (1991), especifica a eficiência 
mínima de remoção e as concentrações de DBO, DQO e sólidos em suspensão totais para os 
efluentes de estações de tratamento de efluentes urbanos: 
 
 
 
 
 
 Padrões de nitrogênio e fósforo são estabelecidos para corpos d’água sensíveis: 
 
 
Parâmetro Limite Eficiência mínima de remoção Observações 
15 mg/L 70 – 80% População entre 10.000 e 100.000 hab 
Nitrogênio total 
10 mg/L População superior a 100.000 hab 
2 mg/L 80% População entre 10.000 e 100.000 hab 
Fósforo total 
1 mg/L População superior a 100.000 hab 
 
Parâmetro Limite Eficiência mínima de remoção Observações 
DBO 25 mg/L 70 – 90%  
DQO 125 mg/L 75%  
35 mg/L 90% População superior a 10.000 hab 
60 mg/L 70% População de 2.000 a 10.000 hab SST 
150 mg/L  Para efluentes de lagoas 
PADRÕES DE LANÇAMENTO 
 Algumas legislações estaduais: 
 NT 202 (INEA/RJ) – Critérios e padrões para lançamento de efluentes líquidos 
 DZ 215 (INEA/RJ) – Controle de carga orgânica em efluentes líquidos de origem não industrial 
 DN 10 (COPAM/MG) – Normas e padrões de qualidade das águas e lançamento de efluentes 
 
 
 
 
 
Padrões de lançamento 
Parâmetro 
CONAMA 357 NT 202 (FEEMA) DZ 215 (FEEMA) DN 10 (COPAM) 
DBO   
40 mg/L e 85% 
de remoção 
60 mg/L ou 85% 
de remoção 
DQO    90 mg/L 
SS    100 mg/L 
N total 20 mg/L 10 mg/L   
P total  1 mg/L   
 
** 
* Para sistemas de tratamento de esgotos sanitários, máximo de 120mg/L de DBO 
** Exceto para sistemas de tratamento de esgotos sanitários 
60% de remoção * 
CONAMA 430 
PADRÕES DE LANÇAMENTO 
 Os padrões de lançamento variam entre países e entre estados de um país. 
 O quadro abaixo apresenta uma síntese simplificada de possíveis padrões de lançamento, 
segundo níveis distintos de restrição, para os principais poluentes de esgotos domésticos: 
 
 
 
 
 
 
Padrões de lançamento (mg/L) 
Parâmetro Lançamento 
Menos restritivo Restritivo Bastante restritivo 
DBO Quaisquer corpos d’água 60 20 – 30 10 
DQO Quaisquer corpos d’água 200 100 – 150 50 
SS Quaisquer corpos d’água 60 20 – 30 10 
N total Corpos d’água sensíveis  10 – 15 10 
P total Corpos d’água sensíveis  1 – 2 1 
 
ETAPALIZAÇÃO DA QUALIDADE 
 Deve ser prevista a possibilidade de uma evolução gradual da qualidade do efluente tratado 
 Implantação gradual das etapasde tratamento: 
 Reduz a necessidade de elevados investimentos em um único momento (o que pode inviabilizar a 
construção da ETE) 
 Os padrões de lançamento tornam-se metas a serem atingidas 
 Necessidade de se firmar compromisso para a implantação das etapas seguintes 
 Quando as condições ambientais são ruins, já na primeira etapa de implantação pode-se alcançar um 
benefício significativo, com uma parcela dos custos totais 
 Há mais tempos e melhores condições para se conhecer as características do esgoto afluente 
 Poderá haver tempo e oportunidade para se otimizar a operação, sem necessariamente se proceder à 
expansão física 
 Poderá haver tempo e oportunidade para se implantar, nas etapas seguintes, novas tecnologias ou 
processos melhor desenvolvidos 
 O país ou o estado tem mais tempo de desenvolver seus próprios padrões 
 O país ou o estado tem mais tempo e melhores condições de desenvolver uma estrutura regulatória e 
uma capacidade institucional mais adequada 
 
MONITORAMENTO 
 A avaliação do impacto do lançamento dos esgotos no corpo receptor e do atendimento à 
legislação deve ser realizada através de um programa contínuo de monitoramento. 
 Coletas devem ser realizadas para a caracterização das amostras. 
 
 
 
 
 
 
Amostra Ponto de amostragem Objetivo 
Afluente à ETE 
 Verificação do atendimento ao padrão 
de lançamento  eficiência mínima de 
remoção de poluentes 
 Controle operacional da ETE 
Esgotos 
Efluente à ETE 
 Verificação do atendimento ao padrão 
de lançamento  limites de 
concentração permitidos 
 Controle operacional da ETE 
Montante do lançamento de esgotos 
 Conhecimento das características do 
corpo d’água sem o lançamento de 
esgotos 
 Avaliação da modificação induzida pelo 
lançamento dos esgotos 
Corpo d’água receptor 
Jusante do lançamento de esgotos 
 Verificação do atendimento ao padrão 
de qualidade do corpo receptor 
 Avaliação da modificação induzida pelo 
lançamento dos esgotos

Continue navegando