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1. É a dignidade da pessoa humana, a pena não tem outro fim senão o retributivo, o delinquente não pode ser tratado como meio, objeto, para se conseguir o objetivo. A pena deve ser aplicada ao indivíduo unicamente pelo fato de ter violado a ordem jurídica, não é possível tornar o homem instrumento para a obtenção de outros fins. A proibição de mediar o homem: a obrigação de considera-lo sempre como fim e nunca como meio. 2. Para Ferri o fim da pena é a prevenção de crimes, com isso a pena deve ter duração indeterminada e ajustada à natureza do delinquente para reajusta-lo às condições de convivência social. A pena indeterminada, cuja finalidsade é preventiva, pressupõe ser possível realizar seguro prognóstico do comportamento futuro e, ainda, que a sua caracteristica sóciopedagógica pode combater, com eficiência, a tendência criminosa dos indivíduos. Ferri defendeu, ainda, o tratamento penitenciário alicerçado no trabalho, meio de indenização do erário e de educar o preso. 3. Liszt sustentava que a pena deveria desempenhar fins: A. De prevenção especial positiva objetivando a correção do infrator. B. De prevenção especial especial negativa pela intimidação daquele que não necessita de correção. C. De prevenção especial neutralizadora ao segregar perpétua ou temporariamente o delinquente da sociedade. Diz-se que, nesse caso, o delinquente é reduzido ao estado de inocuidade. 4. Aspectos contraditórios da prevenção especial negativa: A. A privação da liberdade produz maior reincidência, portanto maio criminalidade, determinada pelos reais efeitos nocivos da prisão. B. A privação da liberdade exerce influência negativa na vida real do condenado (autoimagem), portanto, fica habituada à punição. C. A execução da pena privativa de liberdade representa a máxima desintegração social do condenado, com a perda do lugar de trabalho, a dissolução dos laços familiares, afetivos e sociais, além do estigma social de ex-condenado. D. A subcultura da prisão produz deformações psíquicas e emocionais no condenado, que dificultam a reintegração social e provocam disposição para carreiras criminosas, quanto maior a experiência do preso com a subcultura da prisão, maior a reincidência e a formação de carreiras criminosas, conforme demonstra o labering approach. E. Prognoses negativas fundadas em indicadores sociais desfavoráveis, como pobreza, desemprego, escolarização precária, moradia em favelas, etc, desencadeiam estereótipos justificadores de criminalização para correção individual por penas privativas de liberdade, cuja execução significa experiência subcultural de prisionalizacao, deformação pessoal e ampliação de prognósticos negativos de futuras reinserções no sistema de controle. 5. Nos artigos 1° e 10° da lei de execução penal. 6. Segundo Claus Rodin a mais importante objeção que se pode fazer à teoria da prevenção geral negativa é ser injustificável castigar um indivíduo em consideração aos outros, mesmo quando eficaz a intimidação é difícil compreender que possa ser justo que se imponha um mal a alguém para que outros se imitam de cometer um mal e lembra que na lição de Kant a "instrumentalização do homem" atenta contra a dignidade humana. 7. Em Roxin a prevenção é limitada pela subsidiariedade, uma das funções entre as demais, enquanto que Jakobs legitima as expectativas sociais na perspectiva puramente normativa.
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