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Honorários advocatícios no Novo Código de Processo Civil Artigos Jusbrasil

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23/05/2016 Honorários advocatícios no Novo Código de Processo Civil | Artigos Jusbrasil
http://rebecaslima.jusbrasil.com.br/artigos/185990285/honorarios­advocaticios­no­novo­codigo­de­processo­civil?print=true 1/2
Honorários advocatícios no Novo Código de
Processo Civil
Reafirmação da dignidade do advogado
Publicado por Rebeca Lima ­ 1 ano atrás
O artigo 85, § 14, do Novo Código de Processo Civil (NCPC), parece dizer o óbvio:
“Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com
os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo
vedada a compensação em caso de sucumbência parcial”.
Entretanto, em meio a tantas inovações trazidas pelo NCPC no que tange aos
honorários advocatícios, a positivação de tal premissa mostra­se essencial à
reafirmação da dignidade do advogado no atual cenário brasileiro, sobretudo
diante da prática recorrente e lesiva de aviltamento dos honorários, sejam eles
contratuais ou sucumbenciais.
Os honorários não podem ser traduzidos em favor do cliente ao advogado,
tampouco em benesse do Poder Judiciário à classe. Trata­se de direito
expressamente previsto em lei e que possui natureza remuneratória.
Neste sentido, preciosa é a lição do professor Cassio Scarpinella Bueno[1]:
“[...] por serem os honorários a forma, por excelência, de remuneração pelo
trabalho desenvolvido pelo advogado, um trabalho humano que merece a
tutela do ordenamento jurídico, correta sua qualificação como verba de
natureza alimentar, eis que também vitais ao desenvolvimento e à manutenção
(necessarium vitae) do profissional, do qual o advogado provê o seu sustento.”
Jusbrasil ­ Artigos
23 de maio de 2016  
23/05/2016 Honorários advocatícios no Novo Código de Processo Civil | Artigos Jusbrasil
http://rebecaslima.jusbrasil.com.br/artigos/185990285/honorarios­advocaticios­no­novo­codigo­de­processo­civil?print=true 2/2
Por decorrência lógica, o NCPC reconhece que os honorários são de titularidade
do advogado e não da parte, razão pela qual há a expressa impossibilidade de
compensação. Ora, aquilo que pertence ao advogado não pode ser utilizado para
“compensar” a parcela devida pela parte por ele representada com o advogado da
parte contrária na hipótese de sucumbência recíproca.
Assim, fica superada, à luz da nova legislação, a súmula 306 do Superior Tribunal
de Justiça, cujo enunciado estabelece a compensação dos honorários advocatícios
nos casos em que as partes são reciprocamente vencidas e vencedoras.
Cumpre ressaltar, ainda, que os honorários advocatícios não se confundem com as
despesas processuais, tratando­se de institutos diversos, conforme especifica a
própria Seção III, do Capítulo II, Livro III, do NCPC: “Das Despesas, dos
Honorários Advocatícios e das Multas” (grifei).
Dessa forma, o tratamento dispensado aos honorários deve partir do pressuposto
de que eles constituem a remuneração pelos serviços prestados pelo advogado ao
longo de toda a marcha processual, sendo, portanto, a fonte de subsistência deste
profissional e de sua família. Por outro lado, cabe ao advogado exercer as suas
prerrogativas com dignidade, enquanto profissional e cidadão “indispensável à
administração da justiça”.
Fonte: [1] BUENO, Cássio Scarpinella. A natureza alimentar dos honorários
advocatícios sucumbenciais.
Disponível em:  http://rebecaslima.jusbrasil.com.br/artigos/185990285/honorarios­advocaticios­no­novo­codigo­de­
processo­civil  
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Rebeca Lima
Advogada. Graduada pela Universidade Salvador  (UNIFACS). Pós­graduanda em Advocacia
Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica  (PUC/MG).

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