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Resumo tecnica legislativa

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Resumo 
Técnica legislativa 
 
As leis complementares nº 95, de 26 de fevereiro de 1998 e nº 107, de 
26 de abril de 2001, dispõem sobre o conjunto de procedimentos e normas 
redacionais específicas, que visam à elaboração de um texto que terá 
repercussão no mundo jurídico e se denomina técnica legislativa. 
É o conjunto de preceitos visando à adaptação da lei escrita à sua finalidade 
específica, que é a direção das ações humanas, em conformidade com a 
organização jurídica da sociedade. (F. Geny) • Com a técnica legislativa, 
pretende-se melhorar o Direito do ponto de vista de sua qualidade técnica , de 
sua coerência e de sua compreensão. (Kildare Gonçalves Carvalho) 
Segundo o jurista alemão Rudolf Stammler : “Esta técnica é a arte de dar às 
normas jurídicas expressão exata; de vestir com as palavras mais preciosas os 
pensamentos que encerra a matéria de um Direito positivo; a arte que todo 
legislador deve dominar, pois o Direito que surge tem de achar suas 
expressões em normas jurídicas." 
A elaboração legislativa compreende as seguintes etapas: definição da 
matéria a ser normatizada; verificação de possibilidade jurídica; estudo da 
matéria, pesquisa de legislação e jurisprudência; elaboração de anteprojeto; 
revisão de anteprojeto; redação final. 
De acordo com as referidas leis, o texto normativo é composto por três 
partes: preliminar, normativa final. A parte preliminar contém a epígrafe, que 
indica o tipo de proposição; a ementa, na qual se resume com clareza o 
conteúdo do ato normativo e, caso haja revogação de lei em vigor, é citado o 
número e o objeto da lei; e a fórmula de promulgação, que indica a autoridade 
ou órgão legiferante. 
A parte normativa indica como deve ser feita a ordenação do texto legal: 
artigo (frase que encerra um comando normativo); parágrafo (formula de uma 
das divisões do artigo); inciso (exprime numeração referente ao parágrafo); 
alínea (exprime numeração referente ao inciso); item (exprime numeração 
referente à alínea). 
A parte final trata das cláusulas e disposições necessárias à implantação da 
normal: cláusula orçamentária (caso a lei implique a criação ou aumento de 
despesas públicas); cláusula de vigência (indica o período de vacância da 
norma); cláusula revogatória (indica as leis ou disposições revogadas, se for o 
caso); e disposições transitórias (tratam do modo como irá se aplicar a lei). 
 A tarefa de elaboração legislativa requer linhagens e técnicas próprias, que 
garantam aos documentos produzidos as características esperadas da lei: a 
generalidade, a abstração e o efeito vinculante. 
O ordenamento jurídico tem na linguagem a sua base e instrumento de 
expressão, portanto, o correto emprego da mesma, bem como das estruturas 
formais do discurso têm consequências diretas sobre a aplicação da norma, 
constituindo garantia de segurança jurídica para a justiça e para o cidadão. 
São requisitos da norma jurídica: a integralidade (a lei não deve ser 
lacunosa ou deficiente, dando margem à elaboração de outras normas 
tendentes a superá-la, causando confusão no ordenamento jurídico); a 
irredutibilidade (A norma deverá expressar apenas o pertinente aos objetivos e 
fins a que visa, evitando excessos legislativos e reiterações - o que poderá 
causar contradições e incoerências na ordem jurídica); a coerência (a lei deve 
traduzir uma unidade de pensamento, evitando contradições lógicas e 
desarmonias conceituais que poderão acarretar insegurança e arbitrariedade 
na sua aplicação); a correspondência (regulara lei deverá levar em conta as 
demais normas que compõem o ordenamento jurídico, de forma a integrar-se 
harmonicamente no ordenamento jurídico); a realidade (A lei deve levar em 
conta a realidade social, política e econômica que visa regular).

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