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DIREITO CIVIL DECADÊNCIA

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Prévia do material em texto

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS APLICADAS DO 
ARAGUAIA –FACISA 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO 
 
 
 
PEDRO HENRIQUE CRUZ 
POLLYANA SIMON 
 MARIANA DE MELLO MANTOVANI 
SAMARA ACÁCIA GONÇALVES NERY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL: DECADÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
Outubro – 2016 
 
 
 
 
PEDRO HENRIQUE CRUZ 
POLLYANA SIMON 
 MARIANA DE MELLO MANTOVANI 
SAMARA ACÁCIA GONÇALVES NERY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL: DECADÊNCIA 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado a 
Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais 
Aplicadas do Araguaia – FACISA, no curso 
de Direito, na disciplina de Direito Civil, 
ministrada pela Prof. Ângela Vieira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
Outubro – 2016 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
DECADÊNCIA ............................................................................................................ 6 
DECADÊNCIA X PRESCRIÇÃO .............................................................................. 8 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 9 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10 
ANEXOS ................................................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL: DECADÊNCIA 
 
 
 
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo o estudo do instituto da 
Decadência, enquanto fato jurídico, constituindo um conceito, identificando o objeto 
da decadência, a capacidade de arguição, os efeitos provocados e os prazos 
estabelecidos pela lei. Observa também as diferenças relevantes entre a prescrição 
e a decadência. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Direito Civil, Fatos Jurídicos, Decadência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Direito civil é um conjunto de normas jurídicas que regulam as relações legais 
entre as pessoas. É o principal ramo do direito privado. Trata-se do direito comum, 
aquele que administra as relações entre os particulares. Disciplina a vida das pessoas 
desde a concepção, até a morte, ou mesmo antes e depois delas. É no Direito civil 
que se estuda as relações puramente pessoais, e as patrimoniais. E nessas relações 
nós temos os fatos jurídicos que seriam para Diniz o acontecimento independente da 
vontade humana que produz efeitos jurídicos, criando, modificando ou extinguindo 
direitos. 
Dentre esses fatos jurídicos temos a Decadência, fato esse que extingue 
direitos. Pretende-se nesse trabalho apresentar o que vem a ser a Decadência e quais 
suas implicações para o direito. Para isso será feito um estudo de tal fato, 
conceituando-o, entendendo seus efeitos, conhecendo seus prazos e por último 
diferenciar decadência de prescrição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
DECADÊNCIA 
 
 
Para o Direito Civil, entende-se por decadência o aniquilamento de um direito 
por não ter sido exercido no prazo legal, dessa maneira, quando alguém não respeita 
o prazo fixado por lei para exercer seu direito, essa pessoa perde o direito de exercê-
lo. “É a extinção do direito potestativo pela inação de seu titular que deixa escoar o 
prazo legal ou voluntariamente fixado para seu exercício.” (DINIZ, 2012, p. 447) Onde 
direito potestativo é o direito sobre o qual não incidi discussão, ele é incontestável, 
cabendo a outra parte apenas aceitá-lo, sujeitando-se ao seu exercício. Ou seja, a ele 
não se replica um dever, mas uma sujeição. 
O direito potestativo é o sem pretensão, por ser insuscetível de violação, pois 
a ele não se opõe um dever especifico de alguém. Não há a contrapartida, 
leciona Luís Paulo Cotrim Guimaraes, como ocorre no direito subjetivo. A 
decadência impede que o direito, até então existente em potência, passe a 
existir em ato, extinguindo-o antes que se exteriorize ou adquira existência 
objetiva. A decadência dá-se quando um direito potestativo não é exercido 
extrajudicial ou judicialmente dentro do prazo. Atinge um direito sem 
pretensão, porque tende a modificação do estado jurídico existente, p. ex., 
como o do herdeiro necessário que tem 4 anos para provar a veracidade da 
deserdação alegada pelo testador contra outro herdeiro necessário (CC, art. 
1.965, parágrafo único) e com isso ser beneficiado na sucessão, com a 
exclusão do deserdado. (DINIZ, 2012, p 454) 
 
Pode-se observar ainda que a Decadência possui duas formas diferentes, 
temos a Decadência legal que ocorre de expressa previsão em lei, constituindo-se de 
ordem pública e irrenunciável. Por isso, prazos decadenciais legais não aceitam 
renúncia e, em regra geral, não podem ser suspensos ou interrompidos, salvo 
exceções: artigo 207 do Código Civil, que estabelece que o prazo decadencial não 
corre contra os absolutamente incapazes, Já no artigo 195 afirma-se que os 
relativamente incapazes e as pessoas jurídicas prejudicadas pela perda de direitos 
por não ação de seus assistentes ou representantes terão o direito de cobrar o 
7 
 
prejuízo sofrido, mas será exigida prova da conduta inerte do assistente ou 
representante. Outra exceção está no Código de Defesa do Consumidor, através da 
reclamação do consumidor na assistência técnica. 
A segunda forma é a Decadência convencional a qual possui caráter de ordem 
privada. Nessa forma são as partes quem preveem os prazos de prescrição, por isso 
é renunciável e não pode ser conhecida de ofício pelo Juiz. Destarte, a Decadência 
Convencional admite renúncia, suspensão ou interrupção, sendo o tratamento 
dedicado à Decadência Convencional o mesmo da prescrição, destoando do que se 
propõem para a Decadência Legal. No entanto, pode dar-se, na mesma relação 
jurídica, o encontro de prazos decadenciais Legal e Convencional. Caso isso ocorra, 
a Decadência Legal somente começa a correr quando encerrada a Decadência 
Convencional. Não havendo um prazo determinado pela lei para exercer um direito 
potestativo, ele não será submetido à decadência, pois não estará sujeito à extinção 
pelo não exercício. A Decadência pode ser arrazoada tanto por meio de ação como 
por de exceção ou defesa. 
Assim sendo, podem arguir a decadência contra o titular do direito decaido: 
1) o sujeito passivo do direito, se este for oriundo de relação jurídica 
obrigacional; 2) o sujeito passivo da ação, quando esta tiver por fundamento 
o direito decaido; 3) os sucessores, a título universal ou particular, do sujeito 
passivo do direito ou da ação; 4) qualquer terceiro a quem a eficácia do direito 
decaido acarretaria prejuízo, representando a decadência o afastamento 
desse prejuízo. (DINIZ, 2012, p 455) 
 
 
O código civil de 1916 era omisso com os prazos da Decadência, cabendo à 
Doutrina a incumbência de designar tais prazos, gerando assim certa confusão. Por 
isso o Código Civil de 2002 distinguiu os prazos prescricionais dos decadenciais. 
Disciplina a decadência nos artigos 207 a 211, além de fazer menção a ela nos artigos 
178 e 179; o mesmo se diga da Lei n. 8.078/90, art. 26, I, II, § 1º, § 2º, I e III, e § 3º. E 
nos artigos 205 e 206, §§ 1º a 5º (do Código Civil), estão os prazos de prescrição da 
pretensão, logo os demais prazos estabelecidos por ele, em cada caso,são 
decadenciais. Os prazos de decadência1 podem ser medidos tanto em anos (prazo 
geral de dois anos para anulação de negócio jurídico no silêncio da lei, por exemplo), 
em dias (exercício do direito de preferência) ou ainda mesclando anos e dias (prazo 
de ano e dia para caracterização de posse nova). Portanto, se o prazo não for todo 
apenas em anos, estaremos diante de um prazo decadencial. 
 
 
1 Em anexo 
8 
 
DECADÊNCIA X PRESCRIÇÃO 
 
 
Por apresentarem traços comuns (lapso temporal e inação do titular do direito), 
a Decadência e a Prescrição podem parecer o mesmo instituto. No entanto, elas não 
o são, já que apresentam distinções quanto ao tipo de direito em que agem. Enquanto 
a prescrição age sobre o direto subjetivo, a Decadência age sobre o Direito 
Potestativo. Segundo a Doutrina temos ainda as seguintes diferenças: 
1 - Na prescrição perde-se a pretensão do direito, por seu não exercício no prazo 
fixado, atingindo indiretamente o direito, já a decadência é a perda do direito pelo 
não exercício dentro do intervalo de tempo fixado, culminando com a perda do direito 
de ação. 
2 - Os prazos decadenciais podem ser estabelecidos em lei (decadência legal) ou 
pela vontade unilateral ou bilateral das partes (decadência convencional), e o prazo 
prescricional é fixado pela lei para o ingresso em juízo da pretensão, não havendo a 
possibilidade de ser alterado por acordo. 
3 - A prescrição requer uma ação em sentido material, para então o surgimento do 
direito. Na decadência, o direito e a ação têm a mesma origem, sendo concomitante 
o nascimento dos dois. 
4 - a prescrição pode sofrer interrupção, suspensão e impedimento por motivos 
expressos na lei, a decadência, por sua vez, corre contra todos, não admitindo 
suspensão, interrupção e impedimento, exceto nos casos do art.198, I, do CC, e do 
art. 26, § 2˚, da Lei n. 8.078/90, impedida somente pelo exercício do direito ou da 
ação. 
5 - A decadência legal pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado, ao passo 
que a decadência legal não pode ser reconhecida de ofício, apenas mediante 
provocação; já a prescrição, pode ser decretada de ofício pelo julgador. 
6 - No caso da decadência fixada em lei, a renúncia pelas partes é inaceitável em 
qualquer momento, nem antes e nem depois de consumada. Quando convencionada 
entre as partes, é apta a revogação. A prescrição, após consumada, pode ser 
renunciada pelo seu prescribente. 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Pode-se entender então que a decadência, que pode também ser chamada 
de caducidade, no campo jurídico, é a perda de um direito, vencido o tempo fixado 
para exercê-lo, devido a inércia de seu titular. A decadência tem como seu objeto o 
direito potestativo, onde se encontra pendente a condição de seu exercício em certo 
lapso temporal, em virtude da vontade humana de uma ou ambas as partes, ou por 
força de lei, extinguindo-se o direito e, consequentemente, a ação. 
Tal instituto pode ser provocado por meio de ação, o titular do direito ignora o 
prazo decadencial e não exercita o direito, então o interessado pleiteará a 
declaração da decadência; também pode ser alegada por exceção, quando o titular 
exercita seu direito demandando uma ação, e o interessado requererá a decadência. 
O prazo decadencial tem início no momento em que o direito nasce. O efeito 
da decadência é a extinção do direito ante a inércia do seu titular. Ao ser extinto pela 
decadência, o direito torna-se inoperante, não podendo ser alegado ou invocado em 
juízo, nem mesmo por exceção. Lembrando que a decadência corre para todos, até 
mesmo para aquelas pessoas das quais a prescrição não corre, salvo contra os 
absolutamente incapazes, e a previsto no art. 26, § 2˚, do Código do Consumidor 
(Lei n˚. 8.078/90). Sendo de ordem pública, quando prevista pela lei, o Juiz pode 
reconhecê-la de ofício, mas se for convencionada entre as partes, não é admissível 
seu reconhecido sem provocação. 
Entendemos ainda a diferença entre Decadência e Prescrição. Apesar de 
ambos os institutos terem em comum o prazo e a negligência do titular, eles possuem 
numerosas diferenças, que são eficientes para o entendimento da função de cada 
um. E essa diferenciação é benéfica para o mundo jurídico pois é um importante 
meio de segurança ao negócio jurídico. 
10 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
WEBER, Priscila Machado. O Direito Potestativo e a Decadência no Código Civil. 
Disponível em 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=Revista_artigos_leitura&ar
tigo_id=7119> Acesso em: 20 de out. de 2016. 
 
PENNA, Bernardo. Identificação de prazos prescricionais e decadenciais no 
Código Civil. Disponível em: 
http://bernardospenna.jusbrasil.com.br/artigos/117937920/identificacao-de-prazos-
prescricionais-e-decadenciais-no-codigo-civil. Acesso em: 20 de out. 20116. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 1: teoria geral do 
direito civil. 29. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: parte geral. 13. Ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
Prazos da Decadência (DINIZ, 2012, p 458 – 461) 
 
1) O de 3 dias, sendo a coisa móvel, inexistindo prazo estipulado para exercer o direito de preempção, 
após a data em que o comprador tiver notificado o vendedor (CC, art. 516). O de 10 dias para a minoria 
vencida impugnar alteração de estatuto de fundação (CC, art. 68). 
2) O de 30 dias contados da tradição da coisa para o exercício do direito de propor a ação em que o 
comprador pretende o abatimento do preço da coisa móvel recebida com vicio redibitório ou rescindir 
o contrato e reaver o preço pago, mais perdas e danos (CC, art. 445; RT, 450:265). Sendo a relação de 
consumo, pela Lei n. 8.078/90, que prevê prazos decadenciais, para reclamação de vícios aparentes, tal 
prazo será de 30 dias, se se tratar de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis, e de 90 dias, se 
relativo a fornecimento de serviço e de produtos duráveis, contados da data da efetiva entrega do 
produto ou do termino da execução do serviço (art.26, I, II e § 1°). Obstarão a decadência não só a 
reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços 
até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca, como também a 
instauração de inquérito civil, até seu encerramento (art. 26, § 2a, I e III). Se o vício for oculto, o prazo 
decadencial iniciar-se-á no instante em que se evidenciar o defeito (art. 26, § 3a). Também será de 30 
dias o direito do sócio dissidente para se retirar de sociedade limitada por não concordar com fusão ou 
incorporação (CC, art. 1.077) ou para impugnar aprovação das contas de liquidação de sociedades, a 
contar da publicação da averbação da ata no registro próprio (CC, art. 
1.109, parágrafo único). 
3) O de 60 dias para exercer o direito de preempção, inexistindo prazo estipulado, se a coisa for imóvel, 
subsequentes a data da notificação feita pelo comprador ao vendedor (CC, art. 516, 2- parte). 
4) O de 90 dias: a) para o credor prejudicado promover anulação de atos relativos a incorporação, fusão 
ou cisão, contados da publicação dos mesmos (CC, art. 1.122); b) para o consumidor obter o abatimento 
do preço do bem imóvel recebido com vicio (Lei n. 8.078/90, art. 26); c) para terceiro rescindir contrato 
que tiver por objeto alienação, usufruto ou arrendamento de estabelecimento, se não tiver caráter 
pessoal, contados da publicação da transferência do estabelecimento(CC, art. 1.148). 
12 
 
5) O de 120 dias: a) para exercer o direito de impetrar mandado de segurança (Lei n. 12.016/2009; STF, 
Sumula 632); b) para obter o transportador indenização por informação inexata ou falsa descrição no 
conhecimento de carga, contados daquele ato (CC, art. 745). 
6) O de 180 dias: a) para pleitear anulação de negócio concluído pelo representante em conflito de 
interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou, 
contados da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade (CC, art. 119 e parágrafo único); b) 
para obter redibição ou abatimento no preço, se o vício da coisa móvel, por sua natureza, só puder ser 
conhecido mais tarde (CC, art. 445, § Ia); c) para o condômino, a quem não se deu conhecimento da 
venda, haver para si a parte vendida a estranhos, depositando o valor correspondente ao preço (CC, art. 
504); d) para exercer direito de preferência, se a coisa for móvel, reavendo o vendedor o bem para si 
(CC, art. 513, parágrafo único); e) para o dono da obra obter do empreiteiro a responsabilidade pela 
solidez e segurança do trabalho, tanto em razão do material como do solo, contados do aparecimento 
do defeito (CC, art. 618, parágrafo único); f) para anular casamento do menor núbil, quando não 
autorizado por seu representante legal, contados do dia em que cessou a incapacidade, se a iniciativa 
for do incapaz, a partir do casamento, se a proposta for do representante legal ou da morte do incapaz, 
se tal atitude for tomada pelos seus herdeiros necessários (CC, art. 1.555 e § I a); g) para anulação de 
casamento, contados da data da celebração, de incapaz de consentir ou de manifestar o consentimento 
(CC, art. 1.560, I); h) para invalidar casamento dos menores de 16 anos, contados para o menor do dia 
em que perfez essa idade e da data do matrimonio, para seus representantes legais ou ascendentes (CC, 
art. 1.560, § Ia); i) para anular casamento realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente 
soubesse da revogação do mandato, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da 
celebração (CC, art. 1.560, § 2a); j) para coerdeiro exercer preferência para haver para si quota cedida a 
estranho, contados da transmissão (CC, art. 1.795, caput). 
7) O de 1 ano: a) para obter redibição ou abatimento no preço, se for imóvel, contado da entrega efetiva; 
se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade (CC, art. 445); b) para obter 
redibição ou abatimento no preço, se se tratar de imóvel e se o vício por sua natureza só puder ser 
conhecido mais tarde (CC, art. 445, § Ia, in fine); c) para propor complemento de área ou devolução de 
excesso, se o imóvel for vendido com a coisa certa e discriminada, contado do registro do título (CC, art. 
501); d) para pleitear revogação da doação, contado da data do conhecimento do doador do fato que a 
autorizar (CC, art. 559); e) para anular partilha (CC, art. 2.027, parágrafo único). 
8) O de ano e dia para desfazer janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio (CC, art. 1.302). 
9) O de 2 anos: a) para exercer o direito de mover ação rescisória de julgado (CPC, art. 495); b) para anular 
negócio jurídico, não havendo prazo para pleitear tal anulação, contados da data da conclusão do ato 
(CC, art. 179); c) para exercer direito de preferência se a coisa for imóvel (CC, art. 513, parágrafo único); 
a) para anular aprovação, sem reserva, do balanço patrimonial e do de resultado econômico (CC, art. 
1.078, § 4a); e) para anulação de casamento, contados da data da celebração, se incompetente a 
autoridade celebrante (CC, art. 1.560, II); f) para pleitear anulação de ato praticado pelo consorte sem a 
13 
 
outorga do outro, contado do termino da sociedade conjugal (CC, art. 1.649 c/c CF, art. 226, § 6a, com a 
redação da EC n. 66/2010); g) para anular doação feita por cônjuge adultero a seu cumplice, contados 
da data da dissolução da sociedade conjugal (CC, art. 550 c/c CF, art. 226, § 6a, com a redação da EC n. 
66/2010). 
10) O de 3 anos: a) para declaração de ausência e abertura de sucessão (CC, art. 26); b) para exercer o 
direito de anular constituição da pessoa jurídica de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado do prazo da publicação, e sua inscrição no registro (CC, art. 45, parágrafo único); c) para 
anulação de decisões tomadas pela maioria de votos dos presentes se violarem lei ou estatuto e forem 
eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude (CC, art. 48, parágrafo único); d) para o vendedor de coisa 
imóvel recobra-la, se reservou a si tal direito, mediante a devolução do preço e reembolso das despesas 
do comprador (CC, art. 505); e) para exercer o direito de intentar ação de anulação do casamento, 
contado da data da celebração, em razão de erro essencial, sobre a pessoa do outro cônjuge (CC, art. 
1.560, III). 
11) O de 4 anos: a) para pleitear anulação de negócio jurídico contado: no caso de coação, do dia em que 
ela cessar; no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou 
o negócio jurídico; no de ato de incapazes, no dia em que cessar a incapacidade (CC, art. 178, I, II e III); 
b) para intentar ação de anulação de casamento, contado da data da celebração, por ter havido coação 
(CC, art. 1.560, IV); c) para demandar exclusão do herdeiro ou legatário, contado da abertura da sucessão 
(CC, art. 1.815, parágrafo único); a) para o exercício do direito de anular disposição testamentaria 
inquinada de erro, dolo ou coação, contado da data em que o interessado tiver conhecimento do vício 
(CC, art. 1.909, parágrafo único); e) para provar veracidade da causa de deserdação alegada pelo 
testador (CC, art. 1.965, parágrafo único); f ) para impugnar reconhecimento de filiação, contados da 
data em que o filho menor reconhecido atingir a maioridade ou vier a emancipar-se (CC, art. 1.614), 
12) O de 5 anos para impugnar a validade do testamento, contado da data do seu registro (CC, art. 1.859).

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