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Emoções à flor Conheça 7 problemas dermatológicos de origem emocionalda pele! A PELE É O MAIOR ÓRGÃO DO CORPO HUMANO E, DIARIA-MENTE, É EXPOSTA A VÁRIAS AGRESSÕES NATURAIS, cau- sada por agentes como o sol, a poluição e a falta de umidade no ar, que fazem com que ela transforme-se em um espelho, refletindo os problemas. Contudo, os distúrbios emo- cionais também podem alterar a saúde desse órgão. “As psicodermatoses são problemas desencadeados ou agravados por fatores psicológicos. Sabe-se que o sistema nervoso está ligado diretamente à pele, o que faz com que problemas emocionais agravem ou desencadeiem essas doenças”, explica o dermatologista Bruno Vargas. A combinação de um estilo de vida não saudável com a presença de emoções ne- gativas intensas favorece o aparecimento de problemas dermatológicas. Estudos na área da dermatologia indicam que cerca de 40% dos pacientes com doenças de pele também apresentam problemas emocio- nais. “As maiores associações dos fatores psicológicos com essas alterações da pele são: estresse crônico, depressão, ansiedade, conflitos interpessoais e familiares e traços de personalidade, como hostilidade, per- feccionismo e baixa autoestima”, afirma o psicólogo Armando Ribeiro. Texto: JULIA BACELAR/COLABORADORA I Design: RAPHAEL MARIANO/COLABORADOR CONSULTORIA: Bruno Vargas, dermatologista; Armando Ribeiro, psicólogo e Coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Centro Avançado em Saúde da Beneficência Portuguesa de São Paulo com treinamento em Stress Management pela Harvard Medical School (EUA). FOTO: Shutterstock Images A FUNDO NO PROBLEMA A influência desses fatores faz com que todo o organismo sofra um desequilíbrio a partir da presença de uma forte emoção negativa, fazendo da pele um alvo fácil. As condições dermatológicas mais comuns desencadeadas, agravadas ou perpetuadas por tais fatores psi- cológicos são: O estresse tornou-se um fator presente na vida de grande parte da população mundial e está diretamente relacionado ao aparecimento de várias doenças de fundo emocional e males que afetam o bom funcionamento do organismo. “A produção excessiva do hormônio do estres- se (cortisol) impede o organismo de manter o equilíbrio interno (homeostase) e as células de vários sistemas começam a adoecer e morrer. Estressores crônicos (emocionais e sociais) levam o organismo a permanecer em catabolismo, ou seja, as células deixam de se regenerar e ativam o processo de morte celular, por meio da produção excessiva de radicais livres”, explica Armando. Vilão à espreita Onde buscar ajuda? Pessoas afetadas por essas manifestações dermatológicas devem procurar um dermatologista para que se faça um diagnóstico preciso do problema e recomende o melhor tratamento. Além disso, é preciso ter o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra, pois o primeiro sinal de que é um problema psicológico é, justamente, fazer o tratamento dermatológico e não obter resultados. Vitiligo: enfermidade cutânea caracterizada por per- da localizada da pigmentação; Psoríase: doença cutânea com um componente here- ditário, caracterizada pela erupção de placas cobertas de escamas esbranquiçadas; Acne: é resultante de in- flamação com acúmulo de secreção, fortemente rela- cionada ao desequilíbrio hor- monal e agravada pelo estresse crônico. Dermatite atópica: erup- ções que coçam e apresentam crostas, sendo mais comum de aparecer nas dobras do braço e na parte de trás do joelho. Dermatite seborreica: inflamação na pele que causa, principalmente, escamação e vermelhidão em algumas áreas do corpo. Alopecia areata: doença que provoca a queda de cabelo e pelos. “O estresse crônico pode afetar o fluxo de san- gue que alimenta a raiz do fio de cabelo ou do pelo e assim levá-lo a queda frequente”, afirma o psicólogo. Disidrose: erupção com bolhas pequenas nos pés e nas mãos de caráter agudo, crônico ou recidivo. MAS COMO PREVENIR? A recomendação é adotar uma boa alimen- tação, praticar exercícios físicos regularmente, dormir bem e manter o emocional equilibrado. De acordo com o psicólogo, existem diversas estratégias terapêuticas que podem ser uti- lizadas para evitar ou minimizar o efeito do estresse crônico e das emoções negativas sobre a pele. “Entre as estratégias estão a psicotera- pia, baseada em uma abordagem psicológica que identifica os pensamentos distorcidos que disparam a produção dos neurohormônios e permite aos pacientes aprenderem técnicas de modificação dos pensamentos, emoções e comportamentos, hipnose, meditação, yoga, acupuntura, fitoterapia, aromaterapia e mas- soterapia”, completa o profissional. Além des- ses, o tratamento medicamentoso psicotrópico, com antide- pressivos e ansiolíticos, pode ser usado, desde que recomendado por profissionais espe- cializados. Porém, é importante ressaltar que se não houver uma mudança no estilo de vida, esses métodos de prevenção não serão suficientes.
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