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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS 1 Romina Batista de Lucena de Souza DISCIPLINA: ECO03003 – Contabilidade Intermediária PROFESSORA: Romina Batista de Lucena de Souza UNIDADE 5. ATIVO NÃO CIRCULANTE: INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO E INTANGÍVEL Pela nova estrutura do Balanço Patrimonial, definida pela Comissão de Valores Mobiliários, na Deliberação nº 488/05, os grupos Ativo Permanente e Realizável a Longo Prazo passam a constituir o Ativo Não Circulante, que contém: Realizável a Longo Prazo, o Investimento, o Imobilizado, o Intangível. 5.1 INVESTIMENTOS Conceito De acordo com o estabelecido no inciso III do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976, classificam-se como investimentos, as contas representativas das participações permanentes em outras sociedades e dos direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Classificação Conforme o dispositivo legal supracitado, existem duas modalidades de investimentos que devem figurar neste subgrupo do Ativo Não Circulante: a. Participações permanentes em outras sociedades (Investimentos em Coligadas e Controladas); e b. Direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante ou no Ativo Realizável a Longo Prazo. 5.2 IMOBILIZADO Conceito Conforme estabelece o inciso IV do artigo 179 da Lei nº 6.404/1976, considera-se Ativo Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 2 Romina Batista de Lucena de Souza CLASSIFICAÇÃO DE BENS NO ATIVO IMOBILIZADO Um dos principais objetivos da Lei 11.638/2007 é a busca pela maior transparência das Demonstrações Contábeis das empresas. O que se almeja com isso é que instrumentos contábeis como o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), entre outros, reflitam, de fato, a realidade econômica e financeira das entidades. Diante disso, a Lei 11.638/2007 alterou a redação original do Inciso IV do Art. 179 da Lei 6.404/76, referente à classificação das contas patrimoniais, o qual determinava que no ativo imobilizado deveriam ser incluídos os bens “destinados a manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade...” (Lei 6.404/76, art. 179, IV, alterado pela Lei 11.638/2007). Já a redação atual, promovida pela Lei 11.638/2007 determina que devem ser classificados: no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (BRASIL, 2007, grifo nosso) Entende-se por riscos “as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC, 2008, A) e por benefícios a “expectativa de funcionamento lucrativo durante a vida econômica do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual”. (CFC, 2008, A). Entende-se por Controle desses bens o arrendamento mercantil financeiro. Esse item passa a integrar o Ativo Imobilizado, ou seja, incorporou os bens que não são de propriedade da entidade, mas cujos controles, riscos e benefícios são por ele exercidos. Arrendamento mercantil Leasing ou arrendamento mercantil é o contrato pelo qual uma pessoa jurídica (arrendadora) entrega a outra pessoa, física ou jurídica (arrendatário), por tempo determinado, um bem comprado pela primeira de acordo com as especificações ditadas pela segunda, sendo facultado ao arrendatário, ao término do contrato, a compra do bem, mediante o pagamento de um preço residual, oferecendo assim, recursos para a aquisição de bens sem que o arrendatário tenha que dispor de capital (Lei nº 6.099, de 12/09/1974, e alterada pela Lei nº 7.132, de 26/11/1983). ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 3 Romina Batista de Lucena de Souza Natureza do Ativo Imobilizado Ativo imobilizado compreende bens físicos usados nos negócios da entidade, com vida útil superior a um ano e não destinados a venda. As normas contábeis do ativo imobilizado estão previstas no CPC 27 – Ativo Imobilizado. Esse pronunciamento define ativo imobilizado como o item tangível que: a) É mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e b) Se espera utilizar por mais de um período. Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. Conforme a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado (CPC 27) temos: Reconhecimento O custo de um ativo imobilizado somente deve ser reconhecido ser forem atendidas as seguintes condições: a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e b) O custo do item puder ser mensurado confiavelmente. Mensuração: O custo de um item do ativo imobilizado compreende: (a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; (b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; Subtrações do Imobilizado A - DEPRECIAÇÃO Conceito É a perda referente aos bens materiais. Recebe esse nome quando se refere a bens do Ativo Imobilizado. Por que depreciar? Quando a empresa compra bens para uso próprio, ela efetua um gasto. Esse gasto, considerado investimento, não pode ser contabilizado como despesa no momento em que a compra foi efetuada. Entretanto, esses bens, sendo utilizados pela empresa, desgastam-se, perdem valor. Por esse ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 4 Romina Batista de Lucena de Souza motivo é feita a depreciação. Por meio dela, a empresa pode considerar como despesa o valor gasto na aquisição dos seus bens de uso. A partir do primeiro mês de instalação e colocação do bem, em condições de produzir, será iniciada a contagem do tempo, para cálculo da depreciação. O valor contábil do bem é obtido pelo valor original, menos a depreciação acumulada referente ao mesmo bem. Chama-se valor residual o valor que sobra, depois de terminada a vida útil do bem (e a depreciação), ou seja, valor residual = Custo de aquisição – depreciação. O valor residual é a parcela do custo de aquisição que não está sujeita a depreciação. ATENÇÃO: Obras de arte, prédios não alugados (nem utilizados) e terrenos não são depreciáveis. Em relação à depreciação: O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual. A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.O Valor Contábil de um bem depreciado corresponde à diferença entre o custo de aquisição (este pode sofrer acréscimos posteriores) e a depreciação acumulada. Assim, se um equipamento foi adquirido por $12.000 e possui uma depreciação acumulada de 30%, teremos: 12.000 x 30% Equipamentos $ 12.000 Depreciação acumulada $ 3.600.................... Valor contábil = $ 8.400 Valor depreciável É o custo de um ativo menos o seu valor residual. Assim, no exemplo anterior, se fosse estimado um valor residual de $ 2.000, sendo a depreciação acumulada de 30%, teríamos: ($ 12.000 - $ 2.000) x 30% - Equipamentos $ 12.000 - Depreciação acumulada $ 3.000.................... Valor contábil = $ 9.000 ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 5 Romina Batista de Lucena de Souza Exemplificando valor contábil: Um veículo comprado por R$ 10.000,00, sendo sua depreciação de 20% ao ano, já foi depreciado por 3 anos, teremos: Custo de aquisição R$ 10.000,00 Valor da depreciação R$ 6.000,00 Valor contábil do bem R$ 4.000,00 Valor Residual É quanto se espera recuperar do valor do bem no final da sua vida útil. Se consideramos a efervescência da tecnologia, em que a cada dia ou a cada hora surge uma nova é pouco provável determinar na data presente (hoje) quanto se espera recuperar no final da sua vida útil. Se uma empresa adquire um equipamento industrial hoje e coloca em operação normal, hoje terá que se determinar quanto se espera recuperar no final da sua vida útil, por exemplo, daqui a dez anos. A constante mudança tecnológica não permite sequer dizer quanto este equipamento industrial estará valendo daqui a um ano, dois anos, imagine tentar determinar o seu valor residual num prazo mais longo. NOTA: Em face da dificuldade de se determinar o valor recuperável no final da vida útil (valor residual), a praxe é considerar o valor residual a zero, razão pela qual a depreciação é calculada sobre o valor original do bem. (Contabilidade Geral para Concurso Público. José Carlos Marion, Walter Nobuyuri Yamada. _ 2,ed_ São Paulo: Altas, 2010. p.219.) Exemplificando o valor residual: Um outro veículo comprado por R$ 10.000,00, sendo sua depreciação de 20% ao ano, já foi depreciado por 3 anos, e tem uma previsão de realização de R$ 1.000,00 ao final do seu período de depreciação. (+) Custo de aquisição R$ 10.000,00 (-) Valor residual R$ 1.000,00 (=) Base cálculo para calcular a depreciação R$ 9.000,00 Valor da depreciação R$ 5.400,00 Valor contábil do bem R$ 3.600,00 ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 6 Romina Batista de Lucena de Souza O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado, CPC 27.67 – Ativo Imobilizado: a) Por ocasião de sua alienação; ou b) Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com sua utilização ou alienação. Exemplo de baixa de bem deteriorado : A administração da Entidade X decidiu baixar uma máquina do ativo imobilizado devido ao fato de que o bem estava deteriorado. Na data da baixa, o valor de custo da máquina era de $ 2.000 e a depreciação acumulada, $ 1.600. A Entidade X faria o seguinte lançamento contábil: D – Depreciação Acumulada_Máquina (Ativo Imobilizado)...........................$ 1.600 D – Perda com a baixa de ativo imobilizado (Resultado)...............................$ 400 C – Custo de aquisição_Máquina (Ativo Imobilizado)....................................$ 2.000 Exemplo de baixa de bem por venda e com lucro : A administração da Entidade X vendeu a vista um veículo do ativo imobilizado por $ 500. Na data da baixa o valor de custo do veículo era de $ 3.000, e a depreciação acumulada, $ 2.600. A Entidade X faria o seguinte lançamento contábil: D – Caixa (Ativo Circulante).........................................................................$ 500 D – Depreciação Acumulada de Veículos (Ativo Imobilizado).....................$ 2.600 C – Custo de Aquisição - Veículos (Ativo Imobilizado)................................$ 3.000 C – Ganho com a baixa de Ativo Imobilizado (Resultado)...........................$ 100 Exemplo de baixa de bem por venda e com prejuízo : A administação da Entidade X vendeu a vista um veículo do ativo imobilizado por $ 250. Na data da baixa o valor de custo do veículo era de $ 3.000, e a depreciação acumulada, $ 2.600. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 7 Romina Batista de Lucena de Souza A Entidade X faria o seguinte lançamento contábil: D – Caixa (Ativo Circulante).......................................................................$ 250 D – Depreciação Acumulada de Veículos (Ativo Imobilizado)...................$ 2.600 D – Perda com a baixa de Ativo Imobilizado (Resultado)..........................$ 150 C – Custo de Aquisição - Veículos (Ativo Imobilizado)...............................$ 3.000 Taxa Anual da Depreciação Para cálculo da taxa anual de Depreciação é necessário estimar a vida útil do bem, isto é, quanto ele vai durar, levando em consideração as Causas Físicas (o uso, o desgaste natural e a ação dos elementos da natureza) e as Causas Funcionais (a inadequação e o obsoletismo, considerando o aparecimento de substitutos mais aperfeiçoados). Então, a taxa de Depreciação Anual é estabelecida em função do prazo de vida útil do bem a depreciar. Assim, se um bem pode ter a duração de cinco anos, admite-se uma taxa anual de 20%, isto porque a taxa anual corresponde à divisão de 100% pelo número de anos do prazo de vida útil do bem. Os prazos usualmente admitidos, bem como as respectivas taxas de depreciação, dos bens mais comuns em quase todo tipo de empresa são: Contas Vida útil estimada Taxas (% a.a) Computadores 5 anos 20% a.a Imóveis, exceto terrenos 25 anos 4% a.a Instalações 10 anos 10% a.a Móveis e Utensílios 10 anos 10% a.a Veículos 5 anos 20% a.a Fonte: Moura, Osni (2009, p. 239). No que tange à vida útil de um ativo, o NBT TG 27 – Ativo Imobilizado preconiza que ela é determinada em função do tempo em que a entidade espera que ele seja útil para suas operações. Por outro lado, a vida econômica de um bem, é o período em se espera que esse bem seja utilizado (que seja útil), independente do usuário. Entretanto, a entidade, por meio de sua política de gestão, pode considerar o uso do ativo por um período “X” e, após aliená-lo para outro usuário, para o qual esse ativo ainda terá utilidade. Diante disso, infere-se que a vida útil e a vida econômica de um bem nem sempre são iguais. Inicialmente deve-se estimar um tempo de vida útil econômica para o bem, que poderá ser baseado nos critérios anteriores, porém, periodicamente as empresas deverão efetuar análise sobre a recuperação ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 8 Romina Batista de Lucena de Souza dos valores registrados no imobilizado a fim de que sejam revisados e ajustados os critérios utilizados para a determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação. Depreciação de bens adquiridos usados Diante da incerteza de como determinar a vida útil de um bem adquirido usado, e consequentemente taxa anual de depreciação, é que a Instrução Normativa nº 103, de 17/10/84, propõe que para determinação da taxa se passe a considerar como prazo de vida útil o maior entre os seguintes: a. metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo; b. restante da vida útil do bem, considerada em relaçãoà primeira instalação ou utilização. A opção “b” traz como fator limitante à necessidade de se saber a data de instalação ou início da utilização do bem em outra empresa, ou seja, quando começou a ser depreciado, o que nem sempre é possível. Exemplo: No tocante à opção “a”, imaginemos que a empresa “ABC Ltda” tenha adquirido móveis usados; informações colhidas na empresa vendedora indicam que esses móveis já estavam em uso por seis anos, e que o prazo normal de depreciação desses móveis, caso fossem novos, seria de 10 anos, ou seja, a uma taxa norma de depreciação de 10% ao ano. Nesse caso, devemos tomar como base para cálculo da depreciação o previsto no item “a”, por ser a metade da vida útil do bem. Com isso, consideramos a vida útil de cinco anos, com uma taxa anual de 20%. Em outra hipótese, imaginemos que a empresa “ABC Ltda” tivesse adquirido móveis usados já em uso há quatro anos, e que o prazo normal de depreciação desses móveis, caso fossem novos, seria de 10 anos. Nesse caso, devemos tomar como base para cálculo da depreciação o restante da vida útil do bem, em relação à primeira instalação, pois como o bem tinha sido utilizado por quatro anos, o tempo a ser depreciado de seis anos é superior ao previsto na opção “a”. Métodos de Cálculo de Depreciação O reconhecimento da perda de capacidade de geração de caixa, comumente conhecida como depreciação, pode ser feito de diversas formas, entre as quais destacam-se: a. método linear; b. método da soma dos anos da vida útil; c. método das unidades produzidas. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 9 Romina Batista de Lucena de Souza A) MÉTODO LINEAR Também conhecido como método das quotas constantes, é o mais utilizado devido a sua simplicidade no cálculo e por ser aceito pela legislação fiscal. Caracteriza-se pela utilização de quotas constantes ou iguais durante a vida útil do bem, sendo o custo distribuído em função do tempo. Exemplo: Dados: Custo dos Bens (Veículos) R$ 10.000,00 Valor Residual R$ 2.000,00. Pede-se: cálculo da depreciação anual com e sem valor residual. Vida útil: 5 anos. Taxa anual de depreciação: 100% / 5 = 20% a.a a. Cálculo sem valor residual 20% x 10.000,00 = R$ 2.000,00 p/ ano b. Cálculo com valor residual 20% x 8.000,00 = R$ 1.600,00 p/ ano Contabilização sem valor residual no 1º ano D- Despesas c/ Depreciação...........................................................$ 2.000 C- Depreciação Acumulada de Veículos.......................................$ 2.000 B) MÉTODO SOMA DOS ANOS DA VIDA ÚTIL ou MÉTODO DE COLE A utilização deste método consiste em aplicar quotas de depreciação decrescentes em função da vida útil do bem. Esse método pressupõe a determinação de um denominador constante que é a soma dos algarismos dos anos da vida útil do bem. Por exemplo: Imaginemos que determinado bem tenha a vida útil de cinco anos. Nesse caso, teremos: 1+2+3+4+5= 15 ou 5 (5+1): 2 = 15. O numerador da fração é o número de anos restantes da vida útil do bem multiplicado pelo custo do bem, menos o valor residual quando estimado. Exemplo: ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 10 Romina Batista de Lucena de Souza A entidade comprou um ativo imobilizado em 10/01/20X3 pelo valor de R$ 10.000, com valor residual estimado em zero e vida útil estimada em cinco anos. Ano Fração Valor depreciável Depreciação Anual 1 5/15 10.000 3.333 2 4/15 10.000 2.666 3 3/15 10.000 2.000 4 2/15 10.000 1.333 5 1/15 10.000 668 Total 10.000 C) MÉTODO DAS UNIDADES PRODUZIDAS Consiste em estipular a taxa de depreciação com base no número de unidades produzidas pelo bem no período. A quota de depreciação a ser apropriada em cada período é resultado da divisão do número de unidades produzidas no período pelo número de unidades estimadas a serem produzidas pelo bem durante sua vida útil. Exemplo: Suponhamos que uma determinada máquina industrial tenha sua capacidade máxima de produção estimada em 50.000 unidades. Considerando que no primeiro mês de operação produziu 200 unidades, veja como calcularemos a taxa de depreciação do respectivo período: Cálculo: 50.000 unidades = 100% 200 unidades = x logo: 200 x 100/50.000 = 0,4% ou Quota anual = nº de unidades produzidas no período ________________________________________ nº de unidades estimadas durante a vida útil Quota anual = 200/50.000 x 100 = 0,4% ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 11 Romina Batista de Lucena de Souza Exemplo: A entidade comprou um ativo imobilizado em 10/01/20X3 pelo valor de R$ 10.000, com valor residual estimado em zero. A entidade estimou que esse bem produziria 8.000 unidades durante toda a sua vida útil e em 20x3 esse ativo imobilizado produziu 1.500 unidades. Custo do bem 10.000 Valor residual (0) Valor depreciável 10.000 Quantidade estimada de unidades que o bem produziria toda a sua vida útil :8.000 Quantidade de unidades produzidas pelo bem em 20x3 X1.500 Depreciação de 20x3 1.875 Nessa metodologia a depreciação reflete o nível de produção do ativo imobilizado. A depreciação do imobilizado administrativo é debitada em despesa de depreciação diretamente no resultado do exercício e a depreciação do imobilizado utilizada na produção de produtos é debitada como custo de fabricação diretamente no estoque (Ativo) de produtos em elaboração. Depreciação Acelerada As taxas de depreciação que eram fixadas pela Legislação do Imposto de Renda são para uma jornada normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto, quando ocorre a adoção de dois ou três turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente utilizados, poderão ser adotados os coeficientes de aceleração de 1,5, quando são dois turnos. Isto porque é admissível que o uso do bem reduzirá a sua vida útil. Assim, se a empresa está trabalhando em dois e três turnos, a taxa de Depreciação será: Bem Taxa Normal x Coeficiente Taxa Acelerada Turno Máquinas 10% x 1,5 15% 2 Ferramentas 20% x 1,5 30% 2 Máquinas 10% x 2,0 20% 3 ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 12 Romina Batista de Lucena de Souza Ferramentas 20% x 2,0 40% 3 DEPRECIAÇÃO DE EDIFICAÇÕES As seguintes normas devem ser observadas, com relação à depreciação de edifícios e construções: a) a depreciação deve ser registrada a partir da conclusão da obra e do início da utilização do bem; b) o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial. c) Não é admitida a depreciação: - terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; - prédios ou construções alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou que sejam destinados à revenda; - bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como as obras de arte e as antiguidades; - bens para os quais haja registro de exaustão. OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE DEPRECIAÇÃO Quando a depreciação acumulada atingir 100% do valor do bem (custo de aquisição) e estando o referido bem ainda em uso na empresa, não haverá mais cálculo nem contabilização de depreciação desse bem, permanecendo na contabilidade o bem pelo valor original e a conta Depreciação Acumulada por valor idêntico, até que baixado. A contabilização da baixa do bem do Imobilizado é feita debitando-se a conta Depreciação Acumulada e creditando-se a conta que registra o respectivo bem. A baixa de bens do Imobilizado se dá por alienação (venda),doação, troca, perecimento, sinistro e furto. Os gastos com manutenção e reparos só devem ser integrados ao Imobilizado (somados ao item que sofreu a manutenção e reparo se, e somente se, tal manutenção aumentar a vida útil do bem). Caso contrário, os gastos com a manutenção devem reconhecidos como despesa do período em que foram incorridos. A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das S/A), em seu artigo 8º, admitia a possibilidade, até 31.12.2007, de se avaliarem os ativos de uma companhia pelo seu valor de mercado, chamando isto de reavaliação de ativos. Na reavaliação abandonava-se o custo do bem original, corrigido monetariamente até 31.12.1995, e utilizava-se o novo valor econômico do ativo, obtido a partir de um laudo de avaliação. O valor da reavaliação do ativo imobilizado é a diferença entre o valor líquido contábil do bem e o valor de mercado, ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 13 Romina Batista de Lucena de Souza com base em laudo técnico elaborado por três peritos ou entidade especializada. A partir de 01.01.2008, a Reserva de Reavaliação foi extinta, por força da Lei 11.638/2007. A Lei nº 11.638/07 prevê a substituição do conceito de Reserva de Reavaliação pelo conceito de Ajustes de Avaliação Patrimonial, admitindo ajustes de valores que reduzem ativos (valores negativos), enquanto o conceito de Reserva de Reavaliação só admite valores positivos. O artigo 5º da Lei nº 11.638/07 prevê a possibilidade de a empresa manter os saldos existentes nas reservas de reavaliação até a sua efetiva realização, caso não foram estornados em 2008. Exaustão Conceito Exaustão é o nome que se dá ao esgotamento dos recursos naturais, esgotamento esse que tem origem na extração com finalidade econômica. Nesse tópico, o assunto será tratado sob dois enfoques, a saber: a. exaustão de recursos minerais; b. exaustão de recursos florestais. As taxas anuais são calculadas pela relação percentual entre a extração de cada período e o volume total estimado (possança) da reserva natural. Outra forma de cálculo das taxas de exaustão é com base no prazo (contratual) da concessão (quando há uma concessão do governo). a) Exaustão de Recursos Minerais De acordo com os arts. 271 a 274 do RIR/94, pode-se computar como custo ou encargo, em cada exercício, a importância correspondente à diminuição do valor dos recursos minerais, resultante de sua exploração. A quota anual de exaustão será determinada como base no custo de aquisição e corrigida monetariamente, entendendo-se, assim, que o tratamento é o mesmo adotado pelo procedimento de cálculo da depreciação. Determinação da Quota A quota de exaustão será determinada tomando-se por base o seguinte: a. pelo volume da produção do ano; ou ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 14 Romina Batista de Lucena de Souza b. em função do prazo de concessão. a) PELO VOLUME DA PRODUÇÃO DO ANO Nesse caso, considera-se como parâmetro para a determinação da exaustão a quantidade explorada no período, em função do total previsto para a jazida. A título de exemplo, imaginemos a seguinte situação: a. custo da mina.................................................................................... 120.000,00 b. capacidade de exploração total.......................................................... 10.000 t c. exploração anual prevista..................................................................... 2.000 t d. prazo de término da concessão............................................................ 5 anos. Supondo que a exploração do primeiro ano fosse de 2.500 t, teríamos: a. Cálculo da taxa de exaustão do período: 2.500 t (exploração do período) / 10.000 t (capacidade de exploração total) x 100 = 25%. b. Cálculo da exaustão do período: % da capacidade total explorada x custo da jazida. 25% x 120.000,00 = $ 30.000,00 (exaustão do período). b) EM FUNÇÃO DO PRAZO DE CONCESSÃO Quando a produção for inferior à capacidade anual prevista, a exaustão será determinada em função do prazo de concessão. Aproveitando os dados do exemplo anterior, imaginemos que a exploração anual não tenha atingindo as 2.000 t previstas, ou seja, tenham sido retiradas apenas 1.500 t. Nesse caso, o parâmetro para o cálculo da exaustão será o prazo para o término da concessão, isto é, 20% a.a. Dessa forma, a quota de exaustão do período será de $ 120.000,00 x 20% = $ 24.000,00. c) Exaustão de Recursos Florestais A importância correspondente à diminuição do valor dos recursos florestais, resultante de exploração, será computada como custo ou encargo do exercício em que ocorrer tal exploração. Para determinar a quota de exaustão, toma-se como parâmetro o custo de aquisição ou de plantio dos recursos florestais, devendo-se também avaliar a dimensão da floresta a ser explorada ou o prazo do contrato de exploração. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 15 Romina Batista de Lucena de Souza Determinação da Quota Para cálculo da quota de exaustão serão observados os seguintes critérios: a. Quando se tratar de floresta natural, em que seja impossível a contagem das árvores existentes, pode-se calcular a quota pelo percentual de exploração em relação ao volume total da floresta. Por exemplo: Numa área florestal correspondente a 100 hectares, que no final do exercício ou período-base, teve-se a área de 25 hectares utilizada na exploração, tem-se consequentemente um percentual de exploração sobre o volume total da floresta de 25%. E esse será o percentual a ser aplicado sobre o valor da floresta registrado no ativo no início do exercício. b. Quando se tratar de florestas plantadas, onde existe a possibilidade de se fazer a contagem das árvores existentes, toma-se por base o percentual da quantidade de árvores extraídas no decorrer do exercício em relação à quantidade total de árvores que existia no início do período. Por exemplo: Numa área de floresta onde foram plantadas 5.000 árvores e cortadas no decorrer do exercício 1.000, conclui-se que o percentual de corte de árvores em relação ao total existente no início do exercício é de 20%. Forma de Contabilização: D- Despesa de Exaustão C- Exaustão Acumulada Nos anos seguintes, a taxa será calculada com base no que foi extraído durante o ano (ou mês). No final do ano, a conta Despesa de Exaustão é encerrada, tal que foi explicado no tópico referente à Depreciação. Redução ao Valor Recuperável (Impairment) O teste de impairment é um teste para avaliar a PERDA de recuperabilidade dos benefícios econômicos futuros que um ativo irá gerar para entidade. Assim, se o valor recuperável exceder o contábil, não há que se falar em ajustes. Aumentar o valor contábil constitui uma Reavaliação e este procedimento foi proibido pela Lei 11.638/2007. O objetivo do Teste de Impairment é estabelecer procedimentos para garantir que os ativos de uma entidade não sejam registrados por um valor superior aquele que pode ser recuperado pela geração de benefícios ou alienação. Isto é, objetiva que os ativos estejam contabilizados dentro do limite dos valores correspondentes ao seu retorno econômico esperado. Logo, o impairment test, visa mensurar a capacidade ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 16 Romina Batista de Lucena de Souza de retorno financeiro dos ativos de longa duração (permanentes), permitindo adequar a capacidade de geração de benefícios que o bem possui ao seu valor contábil. 5.3 ATIVO INTAGÍVEL Conceito Pelo texto da Lei das Sociedades Anônimas: “amortização é a perda de valor de capital aplicadona aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado”. A amortização é a perda do valor dos bens intangíveis. Os "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física, ou seja, não se pode tocar, mas tem valor econômico e são direitos da Entidade. As normas contábeis de ativos intangíveis estão previstas no NBC TG 04. Exemplo: Direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, Marcas e Patentes, Softwares e o fundo de comércio adquirido. Os bens sujeitos à amortização estão classificados no Ativo Não-Circulante – Intangíveis. Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode em alguns casos identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que a fase da pesquisa. Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos de imediato como despesa na demonstração do resultado quando incorridos. Durante a fase de pesquisa de projeto interno a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos, devendo ser contabilizados da seguinte forma: D – Despesas c/ Pesquisa (Conta de Resultado)..........................xxx C – Banco c/ Movimento (Conta de AC)........................................xxx São exemplos de atividades de Pesquisa: a) as destinadas à obtenção de novo conhecimento; b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos; c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 17 Romina Batista de Lucena de Souza Desenvolvimento é aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso. São gastos efetuados, quando a entidade tem a convicção de que o projeto vai dar certo e gerará benefícios econômicos futuros. Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser reconhecidos como ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu com todas as exigências do NBC TG 04. Durante a fase de do desenvolvimento de um projeto interno, a entidade pode, em alguns casos, identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios econômicos futuros, já que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais avançada do que de pesquisa. A entidade poderá contabilizar os gastos incorridos no ativo intangível, conforme demonstrado abaixo: D – Intangível (ANC).............................xxx C – Banco c/ Movimento (AC)...............xxx São exemplos de atividades de desenvolvimento: a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização; b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia; c) projeto, construção e operação de fábrica piloto, desde que já não esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados. A vida útil de ativo intangível deve levar em consideração apenas a manutenção futura exigida para mantê-lo no nível de desempenho avaliado no momento da estimativa de sua vida útil e capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível. Amortização do Intangível Os ativos intangíveis devem ser amortizados quando houver característica contratual ou legal que apresente efetivamente o tempo (prazo) de uso. No âmbito fiscal, para fins de Imposto de Renda, o RIR/99, art. 327 destaca que o intangível poderá ser amortizado da seguinte forma: I - o número de anos restantes de existência do direito (Lei nº 4.506/64, art. 58); II - o número de períodos de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes das despesas registradas no ativo diferido. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 18 Romina Batista de Lucena de Souza O NBC TG 04, que trata sobre Ativo Intangível, determina, no 88, as normas relativas a avaliação da sua vida útil e consequentemente a sua amortização. Assim o Ativo Intangível deverá ser classificado da seguinte forma: a) Se o item do Ativo Intangível tiver vida útil indefinida, este não deverá ser amortizado; b) Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado. Amortização e sua contabilização A contabilização da amortização é bastante simples, e, a título de exemplo, imaginemos a seguinte situação: Exemplo 01: A empresa ABC Ltda, incorreu na contratação de direitos autorais no valor de $ 1.200,00, cuja amortização está prevista para um período de cinco anos. a. Cálculo da amortização mensal a.1. valor a ser amortizado......................................................$ 1.200,00 a.2. número de meses............................................................. 60 $ 1.200,00 / 60 = $ 20,00 Contabilização D- Despesas c/ Amortização (Conta de Resultado) ..................................................$ 20,00 C- Amortização Acumulada de Direitos Autorais (Conta Redutora do Ativo) .........$ 20,00. Efeitos da Amortização Os efeitos são semelhantes aos da Depreciação, porém, são usadas contas próprias. Exemplo: “Despesas de Amortização” e “Amortização Acumulada”. Cabem, aqui, as mesmas considerações que foram feitas a respeito da Depreciação Acumulada referente a uma conta retificadora do Ativo, diminuindo o saldo do valor original até o limite do mesmo, corrigido monetariamente, ou mesmo reavaliado. Não confundir Amortização de Intangível (a perda do valor do Ativo Intangível, contabilizadas como despesa) com Amortização de Financiamento (pagamentos de parcelas de dívidas). ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 19 Romina Batista de Lucena de Souza Exercícios: 5 – Ativo Não Circulante 1) Coloque “V” se afirmativa for Verdadeira e “F” se for Falsa: a. ( ) Amortização corresponde à perda de capitais aplicados em ativos intangíveis. b. ( ) As novas depreciações deverão ser apuradas com base na vida útil dos ativos, e não mais com base nas taxas fiscais. c. ( ) Obras de Arte sofrem depreciação. d. ( ) São contas pertencentes/registradas no subgrupo Ativos Intangíveis: licenças, patentes, marcas, direitos autorais, arrendamento mercantil financeiro. e. ( ) A redação atual da Lei Societária estabelece que o Ativo, no Balanço Patrimonial, terá as contas dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados no grupo do Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante. Estabelece, ainda, a composição do Ativo Não Circulante por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Considerando-se os Intangíveis gerados internamente, os gastos incorridos na fase de pesquisadevem ser classificados como: despesa reconhecida no resultado do exercício em que o gasto ocorreu. f. ( ) Na compra de bens usados, a taxa de depreciação a ser utilizada será fixada com base na metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo ou no restante da vida útil do bem e será a menor das duas. g. ( ) Em relação a bens móveis utilizados em dois turnos de 8 horas, a taxa admissível de depreciação será o dobro da taxa para um turno de operação. h. ( ) A quota de depreciação pode ser contabilizada a partir da época em que o bem é instalado, posto em serviço ou em condições de produzir. i. ( ) A contabilização do ativo intangível baseia-se na sua vida útil e, consequentemente, um intangível com vida útil definida deve ser amortizado periodicamente, o que se aplica nos casos de intangíveis com vida útil indefinida. j. ( ) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada por prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada: em conta de Imobilizado. 2) Contas e saldos extraídos do Balancete de Verificação em 31/12/x1: Veículos.....................................................................$ 60.000 Marcas e Patentes.....................................................$ 30.000 Pede-se: Calcular e Contabilizar: a) quota de depreciação, pela taxa de 20%a.a; b) quota de amortização, pela taxa de 10% a.a. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 20 Romina Batista de Lucena de Souza 3) A Cia Tudo Novo, adquiriu os seguintes ativos imobilizados em maio de 19x1: OBS: não consta Valor Residual. - Veículos, no valor de $ 50.000, com uma taxa anual de depreciação de 20% a.a; - Móveis e Utensílios, no valor de $ 45.000 e Máquinas e Equipamentos, no valor de $ 78.000, ambos com uma taxa anual de depreciação de 10%a.a; Pede-se: a) Qual o valor da despesa dedutível a ser contabilizada em 31/12/19x1? b) Efetuar as respectivas contabilizações. 4) A empresa ABC Ltda. possui uma máquina industrial que opera em dois turnos diários, perfazendo um total de 16 horas. Em função do desgaste (mais de um turno de trabalho), o contador da empresa efetuou a depreciação acelerada. Nesse sentido, solicitamos a você que nos auxilie no cálculo e na contabilização da depreciação do referido bem em 31/12, na qual deve como valor de aquisição $ 45.000,00, com taxa de depreciação 10% a.a. 5) Indique os Ativos que serão diminuídos por: 1. Depreciação; 2. Amortização; 3. Exaustão; 4. Impertinente ( ) Poço de Petróleo ( ) Móveis e Utensílios ( ) Marcas e Patentes ( ) Fundo de Comércio ( ) Jazida de Amianto ( ) Juros a Pagar ( ) Terrenos ( ) Salários a Pagar ( ) Veículos ( ) Florestas ( ) Dívidas ( ) Patrimônio Líquido ( ) Máquinas ( ) Obras de Arte. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 21 Romina Batista de Lucena de Souza 6) A Cia. X adquiriu, em janeiro de 2002, o direito de uso de um processo de extração de minério, por R$ 50.000,00, pelo prazo de 5 anos. No mesmo mês e ano, adquiriu uma mina, cujo deposito de minério foi estimado em 348.000 toneladas, tendo custado R$ 600.000,00. Sabendo-se que a Companhia registra as provisões para retificação de ativo uma vez por ano, por ocasião de encerramento do exercício social, pede- se: a) Determinar o valor e contabilizar a amortização do direito de uso do processo no primeiro ano de operações; b) Supondo que no primeiro ano a Cia. extraiu da mina 87.000 toneladas de minério, determinar o valor e contabilizar a exaustão do exercício. 7) Considere os seguintes dados relativos a um bem adquirido pela Companhia MKD: R$ Valor de mercado na data da aquisição 22.000,00 Valor de mercado em 31/12/20X2 21.000,00 Valor de aquisição em 01/01/20x1 20.000,00 Valor residual final estimado (líquido) 2.000,00 Método de depreciação linear Vida útil econômica do bem 5 anos Data de encerramento do exercício social 31/12 Considerado as informações acima, indique qual das alternativas a seguir representa o valor da depreciação relativa ao exercício encerrado em 31/12/20x2: (a) R$ 4.000,00; (b) R$ 4.100,00; (c) R$ 3.600,00; (d) R$ 4.350,00. 8) A Cia. Ribeiro alugou terreno e nele realizou benfeitoria para uso em sua atividade operacional no montante de $ 36.000,00. A operação foi realizada no mês de outubro de 19X9 e o contrato de locação está previsto para 3 (três) anos. O valor da amortização a ser lançada em cada período-base anual, a partir de 19X9, é de, respectivamente, em $: (a) $ 3.000,00, $ 12.000,00, $ 12.000,00 e $ 9.000,00. (b) $ 12.000,00, $ 12.000,00, $ 12.000,00 e $ 12.000,00. (c) $ 18.000,00, $ 18.000,00, $ 18.000,00 e $ 18.000,00. (d) $ 9.000,00, $ 9.000,00, $ 9.000,00 e $ 9.000,00. (e) $ 6.000,00, $ 12.000,00, $ 12.000,00 e $ 6.000,00. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 22 Romina Batista de Lucena de Souza 9) A sociedade adquiriu uma mina de ouro por $ 69.000 e com estimativa de 1.000 toneladas desse minério. A exaustão será calculada com base nas toneladas de ouro efetivamente retiradas da mina. Considerando que no exercício social de 19x1 foram extraídas 60 toneladas de ouro, o valor da exaustão é de: (a) $ 69; (b) $ 828; (c) $ 4.140; (d) $ 13.880. 10) A empresa ABC Ltda., adquiriu equipamentos de informática (computadores) com três anos de uso, que, se fossem novos, teriam 5 anos de vida útil. Nesse caso, pergunta-se: Qual a vida útil desses bens usados perante a legislação do imposto de renda? (a) 2,5 anos; (b) 5 anos; (c) 2 anos; (d) 10 anos. QUESTÕES OBJETIVAS EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2012_2) Questão 22 - Uma prefeitura estabeleceu que seus bens seriam depreciados pelo método da soma dos dígitos. No dia 2.1.2009, foi adquirida e colocada em funcionamento uma máquina nova para recuperação de estradas no valor deR$45.000,00, com vida útil de 10 anos. Considerando como base apenas a depreciação, o valor da Depreciação Acumulada e do Valor Líquido Contábil, será de, respectivamente: a) R$22.090,91 e R$22.909,09 no final do 8º ano. b) R$27.818,18 e R$17.181,82 no final do 3º ano. c) R$32.727,27 e R$12.272,73 no final do 5º ano. d) R$36.818,18 e R$8.181,82 no final do 7º ano. EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2013_1) 20. O Ativo Imobilizado de uma determinada repartição pública estava assim constituído em 31.12.2011: Itens Custo de Aquisição Vida útil Valor Residual Depreciação Acumulada Veículos R$60.000,00 4 anos R$12.000,00 R$36.000,00 Máquinas e Equipamentos R$150.000,00 10 anos R$20.000,00 R$39.000,00 Móveis e Utensílios R$20.000,00 10 anos R$2.000,00 R$5.400,00 Instalações R$150.000,00 15 anos R$15.000,00 R$27.000,00 Total R$ 380.000,00 R$ 107.400,00 ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 23 Romina Batista de Lucena de Souza No decorrer do ano de 2012, não houve novas aquisições e nem baixas e não foram alterados os critérios de vida útil e valor residual. Considerando as informações fornecidas, o valor contábil do Ativo Imobilizado apresentado no Balanço Patrimonial em 31.12.2012 é de: a) R$143.200,00. b) R$230.600,00. c) R$236.800,00. d) R$239.500,00. Questão 32 - Uma sociedade empresária adquiriu uma máquina, no dia 14.6.2012, por R$190.000,00. Para deixara máquina em condições de produzir, arcou ainda com gastos de R$12.000,00 referentes à instalação, concluída em 31.7.2012. Em1º.8.2012, a máquina estava em condições de funcionamento e, em 1º.10.2012, começou a ser utilizada na produção. A empresa estima que a vida útil da máquina é de oito anos e utilizará o método das quotas constantes para cálculo da depreciação. O valor residual estimado para a máquina é de R$10.000,00. De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, ao final do ano de 2012, o saldo da conta Depreciação Acumulada relativo à máquina será de: a) R$5.625,00. b) R$6.000,00. c) R$9.375,00. d) R$10.000,00. EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2013_2) 13. Uma máquina tem custo de aquisição de R$100.000,00, valor residual de R$10.000,00 e vida útil de cinco anos. Ao final do segundo ano, o saldo da depreciação acumulada, considerando o método linear e o método de soma dos dígitos dos anos, será respectivamente de: a) R$36.000,00 e R$18.000,00. b) R$36.000,00 e R$54.000,00. c) R$40.000,00 e R$18.000,00. d) R$40.000,00 e R$54.000,00. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 24 Romina Batista de Lucena de Souza Q401746 (Prova: IADES - 2014 - CONAB - Contabilidade / Contabilidade Geral ) Uma empresa adquiriu um veículo para uso pelo valor de $ 30.000. A vida útil estimada do bem é de cinco anos, e a empresa utiliza o método de depreciação linear. Ao completar o quinto ano de uso, a empresa espera vender o veículo por $ 6.000. Com base nessas informações, é correto afirmar que o valor depreciável do bem é : a) 20% ao ano. b) 80% do valor sujeito à depreciação. c) $ 6.000. d) $ 24.000. e) $ 30.000. 44. (CONTADOR – 2º/2004) Um trator de esteira foi adquirido por R$ 45.000,00, em janeiro de 2003. Segundo as especificações do fabricante, as horas estimadas de vida útil desse trator são de 9.000 horas. Considerando-se que no ano de 2003 o trator tenha trabalhado 1.200 horas, a taxa e o valor da depreciação por horas trabalhadas seria, respectivamente, de: a) R$ 4,00/hora trabalhada e R$ 4.800,00. b) R$ 5,00/hora trabalhada e R$ 6.000,00. c) R$ 6,00/hora trabalhada e R$ 7.200,00. d) R$ 10,00/hora trabalhada e R$ 12.000,00. EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2015_2) 13. Uma Sociedade Empresária adquiriu, em 30.11.2014, uma máquina por R$39.000,00. Para deixar a máquina em condição de funcionamento, foi necessária a instalação, que foi feita pelo vendedor, sem custo adicional, em 31.12.2014. A vida útil da máquina foi estimada em 150 meses; e o valor residual é de R$6.000,00. Para o cálculo da depreciação, foi adotado o Método das Quotas Constantes. Considerando-se os dados informados, o saldo da conta Depreciação Acumulada, em 31.8.2015, é de: a) R$1.760,00. b) R$1.980,00. c) R$2.080,00. d) R$2.340,00. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 25 Romina Batista de Lucena de Souza EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2015_2) ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 26 Romina Batista de Lucena de Souza EXAME DE SUFICIÊNCIA Bacharel em Ciências Contábeis (2015_2) (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.1) Segundo a NBC TG 04(R1) – Ativo Intangível, são exemplos de atividades de pesquisa, EXCETO: a) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia. b) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento. c) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos. d) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços. ECO03003 – Contabilidade Intermediária Unidade 5 27 Romina Batista de Lucena de Souza (CESPE/Analista Judiciário/Ciências Contábeis/TJ-CE/2014) Suponha que a Cia. ABC mantenha três projetos internos em fase de pesquisa e apresente os gastos incorridos e estimados expostos na tabela acima. Suponha, ainda, que a Cia. ABC tenha encerrado o exercício social em 31 de dezembro de 2013. Com base nessa situação hipotética e considerando os pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os relatórios contábil-financeiros de 2013 da Cia. ABC apresentarão o reconhecimento de: a) R$ 850.000 em ativos intangíveis — projetos internos em fase de pesquisa. b) R$ 850.000 em ativos intangíveis — projetos internos — e R$ 650.000 em despesas a realizar. c) R$ 600.000 em despesas de projetos internos em fase de pesquisa. d) R$ 850.000 em despesas de projetos internos em fase de pesquisa. e) R$ 600.000 em ativos intangíveis — projetos internos em fase de pesquisa.
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