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DIREITO DIREITODIREITO DIREITO EMPRESARIAL EMPRESARIALEMPRESARIAL EMPRESARIAL I II I INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO DIREITO EMPRESARIAL. CARACTERÍSTICAS. FONTES. DIREITO EMPRESARIAL. CARACTERÍSTICAS. FONTES. DIREITO EMPRESARIAL. CARACTERÍSTICAS. FONTES. DIREITO EMPRESARIAL. CARACTERÍSTICAS. FONTES. TEORIA GERAL DO TEORIA GERAL DO TEORIA GERAL DO TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO DIREITO SOCIETÁRIODIREITO SOCIETÁRIO DIREITO SOCIETÁRIO PARTE GERAL PARTE GERALPARTE GERAL PARTE GERAL. .. . NOÇÕES HISTÓRICAS, A NOÇÕES HISTÓRICAS, ANOÇÕES HISTÓRICAS, A NOÇÕES HISTÓRICAS, AUTONOMIA, RELAÇÃO IN UTONOMIA, RELAÇÃO INUTONOMIA, RELAÇÃO IN UTONOMIA, RELAÇÃO INTER E MULTIDISCIPLIC TER E MULTIDISCIPLICTER E MULTIDISCIPLIC TER E MULTIDISCIPLICINAR DO INAR DO INAR DO INAR DO DIREITO EMPRESARIAL. DIREITO EMPRESARIAL.DIREITO EMPRESARIAL. DIREITO EMPRESARIAL. CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS, FONTES, CÓDIGO C , FONTES, CÓDIGO C, FONTES, CÓDIGO C , FONTES, CÓDIGO CIVIL ITALIANO E DIRE IVIL ITALIANO E DIREIVIL ITALIANO E DIRE IVIL ITALIANO E DIREITO DE ITO DE ITO DE ITO DE EMPRESA. EMPRESA.EMPRESA. EMPRESA. I – EVOLUÇÃO HISTÓRICA – Período de economia de troca – Antiguidade – Homem isolado passou a formar pequenos grupos. As famílias produziam o que necessitavam e, posteriormente, passaram a promove a troca das sobras, denominando-se escambo, iniciando a civilização. Como não havia equivalência entre as trocas realizadas e considerando a facilidade de aceitação de certos produtos, o homem sentiu a necessidade de criar um sistema de equivalência, dando surgimento à moeda-mercadoria, sendo as mais utilizadas: gado e o sal. Logo após, o homem passou a cunhar moedas como referências em objetos (conchas) e, ao evoluir, passou a utilizar metais, intensificando o comércio e, assim, fazendo surgir a necessidade de disciplinar a atividade. Datam do século XXII a.C., no Egito (Babilônia), as mais antigas regras relativas ao Direito Comercial, com o Código de Hamurabi, pela prática do comércio marítimo, prevendo o empréstimo a juros e os contratos de sociedade, de depósito e de comissão. O Código de Manú (século XIII a.C.) também disciplinava o direito comercial (marítimo). Roma só disciplinava o relacionamento a sociedade urbana - jus civile, enquanto o comércio, que tinha caráter externo, era praticado apenas pelos escravos e estrangeiros. Período de economia de mercado – Idade Média - Na Europa, desenvolveu-se o sistema de troca passou a ser realizado através de feiras livres, similares as existentes atualmente. (Fernand Braudel, “Os jogos das trocas”, ed. Martins Fontes), fazendo evoluir o direito comercial, a partir do século XII, em três momentos: 1 11 1 a aa a DO SÉC DO SÉC DO SÉC DO SÉC. .. . XII XIIXII XII AO SÉC AO SÉC AO SÉC AO SÉC. .. . XVIII XVIIIXVIII XVIII - -- - PERÍODO SUBJETIVO PERÍODO SUBJETIVO PERÍODO SUBJETIVO PERÍODO SUBJETIVO - -- - Na Europa predominavam as corporações de ofício que eram organizações em que participavam profissionais - alfaiates, artesãos, etc. -, que controlavam o comércio. As questões comerciais eram submetidas aos juízes consulares, formados pelos membros das corporações. Apesar disso, como as decisões eram equilibradas, os juízes consulares passaram a tratar também de outras questões estranham ao comércio. Com as corporações surgem as regras relativas ao direito mercantil (classe dos mercadores), levando em conta a figura do comerciante (mercador). Com o desenvolvimento dessas atividades, o aumento do comércio marítimo e a busca de novas descobertas geográficas, o direito comercial passa a ser ramo autônomo do direito civil. 2 22 2a aa a– –– – FINAL DO SÉCULO FINAL DO SÉCULO FINAL DO SÉCULO FINAL DO SÉCULO XVIII XVIIIXVIII XVIII - -- - PERÍODO OBJETIVO PERÍODO OBJETIVO PERÍODO OBJETIVO PERÍODO OBJETIVO Após a Revolução Francesa (1789) os mercadores e as corporações sofreram derrotas, principalmente com o Código Napoleônico de 1807 (Código Comercial Francês), instituído dentro do espírito de isonomia e evitando privilégios de classes, passando a disciplina os atos do comércio. Criando a figura do comerciante para aquele que pratica com habitualidade e profissionalidade os atos do comércio. Para ser comerciante não precisava ser membro de corporações, bastando ser registrar em registro público. Do nome do código francês surge o nome do Direito Comercial, separando-se, finalmente, do direito civil. Até a vinda da família Real ao Brasil (1807), vigoraram as Ordenações Portuguesas. Fortaleceu-se o comércio com a abertura dos portos às nações amigas, criação do Banco do Brasil, da Real Junta do Comércio, incentivos às agriculturas, construções, indústrias, etc.., Em 1850, durante o Império, surge o Código Comercial do Brasil, (Lei 566 de 25/06/1850), instituído com base no Código Comercial Francês, tratando especificamente de direito comercial,:Na mesma ocasião, editou-se os Regulamentos 737 (definindo quem praticava atos de comércio e tratando de processo comercial) e 738 (Tribunais de Comércio e processo de “quebras”). Teoria dos atos de comércio Teoria dos atos de comércioTeoria dos atos de comércio Teoria dos atos de comércio: (sistema francês) - para caracterizar o comerciante havia a necessidade de dois requisitos: (a) subjetivo: prática de determinado ato com habitualidade e profissionalismo; (b) prática de um dos atos da lista (art. 19 do regulamento 737 de 1850 – revogado há mais de 100 anos) compra e venda de mercadoria, indústria, bancos, seguradoras, transporte de mercadorias e espetáculos públicos. Após a proclamação da República (15/11/1889),. 3 33 3a aa a – –– – O DIREITO DAS EMPRE O DIREITO DAS EMPRE O DIREITO DAS EMPRE O DIREITO DAS EMPRESA SASA SAS SS S (SISTEMA ITALIANO) )) ) O atual Código Civil, Lei n 0 10.406/02, consolidou a Codificação relativa às obrigações civis e comerciais perseguida há muito tempo, desde Teixeira de Freitas, em seu projeto de Código Civil durante o Império até o rejeitado projeto de Código das Obrigações elaborado por Comissão de Juristas, contendo parte geral, contratos, sociedades e títulos de crédito. Teoria da empresa: Teoria da empresa: Teoria da empresa: Teoria da empresa: Em face da multiplicidade de relações que foram surgindo principalmente com os avanços da ciência e tecnologia, a legislação comercial anterior já estava bastante obsoleta. (Aliás só restava do Código Comercial a 1ª e 2ª Partes, pois a 3ª Parte já se encontrava revogado desde 1945 pela Lei de Falências). A Lei n o 10.406/02, seguiu a orientação adotada pelos países europeus, tendo a Teoria da Empresa surgido na Itália, em 1942, como novo sistema de regulação das atividades econômicas privadas, alargando o seu campo de incidência, de forma que o Direito Comercial deixa de disciplinar certas atividades como atos de comércio (mercância) para disciplinar a forma (natureza) de produzir e/ou circular bens e/ou serviços, ou seja Empresarial que compreende: a produção (indústria) ou a circulação (intermediação) de bens ou serviços. A doutrina italiana, prestigiada pelos mais destacados comercialistas brasileiros, conceitua a empresa como o exercícioorganizado da atividade econômica para a produção ou a circulação de bens ou de serviços com o propósito de lucro. Combina fatores produção exercida. Teoria Alberto Asquin Teoria Alberto AsquinTeoria Alberto Asquin Teoria Alberto Asquini: 1)Perfil subjetivo: empresário exerce empresa–atividade econômica; 2)Perfil funcional: Empresa aparece como aquela força em movimento que é a atividade empresarial dirigida para um determinado escopo produtivo; 3)Perfil objetivo:patrimônio, azienda, estabelecimento empresarial; e 4)Perfil corporativo/institucional: resultado da organização do pessoal, formado pelo empresário e seus colaboradores. CESARE VIVANTE CESARE VIVANTECESARE VIVANTE CESARE VIVANTE, ao desenvolver a teoria da empresa no direito italiano (cf. Trattato de Diritto Commerciale. 4. ed. Milão: Casa Editrice Dott. Francesco Vallardi, 1920) congregou os fatores natureza, natureza, natureza, natureza, capital, organização, capital, organização,capital, organização, capital, organização, trabalho e risco trabalho e risco trabalho e risco trabalho e risco como requisitos elementares a qualquer empresa. (Requião e Requião e Requião e Requião e Tavares Borba Tavares BorbaTavares Borba Tavares Borba: capital, trabalho e natureza (atividade)) (Fábio Ulhoa Fábio UlhoaFábio Ulhoa Fábio Ulhoa: capital, matéria-prima, trabalho (mão obra) e tecnologia) RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITORELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO RELAÇÕES COM OUTROS RAMOS DO DIREITO: Direito Constitucional: Os princípios e normas gerais relativos à ordem econômica e social e fixadas as bases da atividade econômica privada, inclusive restrições ao exercício da atividade empresarial, decorrentes da intervenção do Estado no domínio econômico; Direito Civil: Regula as condições das pessoas, as coisas e as relações em geral. As obrigações e contratos são aplicadas por ambos, em decorrência de sua unificação. Direito Processual Civil: Conflitos oriundos dos empreendimentos rentáveis. Direito Tributário: A empresa é a base da incidência fiscal em nosso país. Direito Penal: Prevenir e reprimir atos que atentem contra a ordem jurídico-social. Define infrações praticadas no exercício da atividade empresária e comina penas. Aborda crimes entre outros decorrentes da falência, concorrência desleal, marcas e patentes, contra a economia popular, societários, principalmente por meio de títulos de crédito. Direito do Trabalho: A empresa como geradora de relações de emprego em larga escala. Direito Administrativo: Intervenção estatal no domínio econômico (CVM, BACEN, etc..), da existência de empresas estatais de caráter descentralizado como sociedades de economia mista e empresas públicas. Direito Internacional: Uniformização dos procedimentos econômicos decorrente da internacionalização dos mercados com a Globalização, Mercosul e ALCA. NATUREZA NATUREZANATUREZA NATUREZA : : : : O O D D I I R R E E I I T T O O E E M M P P R R E E S S A A R R I I A A L L É É R R A A M M O O D D O O D D I I R R E E I I T T O O P P R R I I V V A A D D O O Q Q U U E E R R E E G G U U L L A A A A S S R R E E L L A A Ç Ç Õ Õ E E S S D D E E C C O O R R R R E E N N T T E E S S D D A A A A T T I I V V I I D D A A D D E E E E C C O O N N Ô Ô M M I I C C A A O O R R G G A A N N I I Z Z A A D D A A G G E E R R A A D D O O R R A A D D E E B B E E N N S S O O U U S S E E R R V V I I Ç Ç O O S S , , D D E E N N O O M M I I N N A A D D A A E E M M P P R R E E S S A A. AUTONOMIA AUTONOMIAAUTONOMIA AUTONOMIA: : : : O núcleo da Teoria da Empresa é a empresa que pode estar direcionada para atos de comércio, para a prestação de serviços ou para a agropecuária, desde que econômicamente organizadas. SÉRGIO CAMPINHO afirma que a nova visão não altera a sua autonomia por três razões: “a) A Constituição de 1988, ao dispor sobre as matérias de competência privativa da União, se refere autonomamente ao Direito Comercial Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; b) A autonomia didática e científica não resta afetada pelo tratamento em um único diploma legal. c) A adoção da teoria da empresa não compromete essa autonomia, na medida em que ao empresário e ao exercício empresarial da atividade econômica se aplica toda a legislação relativa à atividade mercantil não revogada (Art. 2.037, CC/02).” Além disso, o Direito Empresarial possui características e princípios próprios que ratificam sua autonomia: Características CaracterísticasCaracterísticas Características próprias próprias próprias próprias:Onerosidade OnerosidadeOnerosidade Onerosidade: seu objeto é atividade que sempre busca obtenção de lucro; Dinamismo e agilidade: Dinamismo e agilidade: Dinamismo e agilidade: Dinamismo e agilidade: para acompanhar as relações econômicas; Informalismo InformalismoInformalismo Informalismo (i (i (i (instrumentalidade nstrumentalidadenstrumentalidade nstrumentalidade) )) ): para dar forma jurídica e concretizar as relações econômicas sem excesso de formalismos. Impera a boa-fé contratual; Massificação MassificaçãoMassificação Massificação: pois seus atos são praticados no mercado em larga e ampla escala; Cosmopolitismo (i Cosmopolitismo (iCosmopolitismo (i Cosmopolitismo (internacionalismo nternacionalismonternacionalismo nternacionalismo) )) ): é influenciado pelo mercado internacional, já que envolve relações entre diversos povos, demandando uniformização de práticas e conceitos. (convenções/tratados) Princípios específicos, explícitos Princípios específicos, explícitosPrincípios específicos, explícitos Princípios específicos, explícitos (regem os demais) e implícitos implícitosimplícitos implícitos (orientadores, que estão implícitos no contexto legislativo): Da preservação ou continuidade da empresa Da preservação ou continuidade da empresaDa preservação ou continuidade da empresa Da preservação ou continuidade da empresa: pela importância econômico-social da atividade empresária, como geradora de bens, serviços, empregos, renda etc; Da defesa da minoria Da defesa da minoria Da defesa da minoria Da defesa da minoria societária societáriasocietária societária, , , , d dd da tutela da pequena e média empre a tutela da pequena e média emprea tutela da pequena e média empre a tutela da pequena e média empresa sasa sa: Art. 170, IX da CRFB/88, impondo tratamento favorecido às constituídassob leis brasileiras, como sede e administração no país, da responsabilidade a responsabilidade a responsabilidade a responsabilidade societária societáriasocietária societária; ;; ; d dd da sociedade empresária como fruto de contrato plurilateral de organização a sociedade empresária como fruto de contrato plurilateral de organizaçãoa sociedade empresária como fruto de contrato plurilateral de organização a sociedade empresária como fruto de contrato plurilateral de organização; ;; ; a aa a sociedade sociedade sociedade sociedade empr emprempr empresária é uma pessoa jurídica de direito privado esária é uma pessoa jurídica de direito privadoesária é uma pessoa jurídica de direito privado esária é uma pessoa jurídica de direito privado. .. . D DD DIREITOS E IREITOS E IREITOS E IREITOS E G GG GARANTIAS ARANTIAS ARANTIAS ARANTIAS F FF FUNDAMENTAIS UNDAMENTAISUNDAMENTAIS UNDAMENTAIS: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (II) da legalidade: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de leininguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (XXIII) da função social da propriedade: a propriedade atender a propriedade atendera propriedade atender a propriedade atenderá a sua função social á a sua função socialá a sua função social á a sua função social; (XX) da autonomia da vontade e da liberdade de contratar: ninguém poderá ser compelido a associar ninguém poderá ser compelido a associar ninguém poderá ser compelido a associar ninguém poderá ser compelido a associar- -- -se ou a permanecer associado se ou a permanecer associadose ou a permanecer associado se ou a permanecer associado (XXXV)do controle jurisdicional. a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. e direito. edireito. e direito. e P PP PRINCÍPIOS RINCÍPIOS RINCÍPIOS RINCÍPIOS G GG GERAIS DA ERAIS DA ERAIS DA ERAIS DA A AA ATIVIDADE TIVIDADE TIVIDADE TIVIDADE E EE ECONÔMICA CONÔMICACONÔMICA CONÔMICA: Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: III III III III - -- - função social da propriedade função social da propriedade função social da propriedade função social da propriedade; ;; ; IV IV IV IV - -- - livre livre livre livre concorrência e concorrência e concorrência e concorrência e V V V V - -- - defesa do consumidor defesa do consumidor defesa do consumidor defesa do consumidor. .. . CONCEITO DE EMPRESA. CONCEITO DE EMPRESA.CONCEITO DE EMPRESA. CONCEITO DE EMPRESA. ART. 966, DO CODIGO ART. 966, DO CODIGO ART. 966, DO CODIGO ART. 966, DO CODIGO CIVIL. ELEMENTOS DA CIVIL. ELEMENTOS DA CIVIL. ELEMENTOS DA CIVIL. ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA. FATORES DE EMPRESA. FATORES DE EMPRESA. FATORES DE EMPRESA. FATORES DE PRODUÇÃO. EMPRESÁRIO PRODUÇÃO. EMPRESÁRIOPRODUÇÃO. EMPRESÁRIO PRODUÇÃO. EMPRESÁRIOS E NÃO EMPRESÁRIOS. S E NÃO EMPRESÁRIOS.S E NÃO EMPRESÁRIOS. S E NÃO EMPRESÁRIOS. SOCIEDADE DE SOCIEDADE DE SOCIEDADE DE SOCIEDADE DE ADVOGADOS DIANTE DA ADVOGADOS DIANTE DA ADVOGADOS DIANTE DA ADVOGADOS DIANTE DA LEI 8.906/94. LEI 8.906/94.LEI 8.906/94. LEI 8.906/94. CONCEITO CONCEITOCONCEITO CONCEITO: : : : Direito de Empresa é o conjunto de normas jurídicas que regulam a atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou serviços denominada empresa, as relações decorrentes do seu exercício e todas as modalidades de sociedade, mesmo que tenham por objeto atividade empresária. O Direito Empresarial compreende: Parte geral: Conceitos e princípios básicos do direito empresarial (empresário, empresa, registro do comércio, nome comercial, estabelecimento etc), Direito das obrigações e contratos comerciais: Obrigações geradas por atos empresariais, lugar e tempo do seu cumprimento, dos contratos mercantis; Direito societário: Estudo das formas de sociedade, seus regimes jurídicos, sua formação, encerramento etc.; Direito da propriedade industrial: Estudo das marcas, patentes etc.; Direito cambiário: Estudo dos títulos de crédito (nota promissória, cheque, duplicata etc); Direito falimentar: institutos da falência, da recuperação judicial e da recuperação extrajudicial. Empresário é o titular da empresa. Como se sabe, existe o empresário individual e o empresário coletivo (Espécies), sendo este a sociedade empresária e aquele a pessoa física que exerce a empresa individualmente. O empresário é definido pelo art. 966 do CC, que assim se expressa: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Nessa esteira, o Código Civil Brasileiro, em que pese não ter definido expressamente a figura da empresa, conceituou no art. 966 o empresário como "quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços" e, ao assim proceder, propiciou ao intérprete inferir O CONCEITO JURÍDICO O CONCEITO JURÍDICO O CONCEITO JURÍDICO O CONCEITO JURÍDICO DE EMPRESA COMO SEND DE EMPRESA COMO SENDDE EMPRESA COMO SEND DE EMPRESA COMO SENDO O O O O EXERCÍCIO ORGANIZA O EXERCÍCIO ORGANIZAO EXERCÍCIO ORGANIZA O EXERCÍCIO ORGANIZADO OU PROFISSIONAL D DO OU PROFISSIONAL DDO OU PROFISSIONAL D DO OU PROFISSIONAL DE E E E ATIVIDADE ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICA ATIVIDADE ECONÔMICA PARA A PRODUÇÃO OU A PARA A PRODUÇÃO OU APARA A PRODUÇÃO OU A PARA A PRODUÇÃO OU A CIRCULAÇÃO DE BENS CIRCULAÇÃO DE BENS CIRCULAÇÃO DE BENS CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE SERVIÇOS OU DE SERVIÇOSOU DE SERVIÇOS OU DE SERVIÇOS, ,, , EXERCIDA INDIVIDUAL EXERCIDA INDIVIDUAL EXERCIDA INDIVIDUAL EXERCIDA INDIVIDUAL ( (( (EMPRESÁRIO INDIVIDUA EMPRESÁRIO INDIVIDUAEMPRESÁRIO INDIVIDUA EMPRESÁRIO INDIVIDUAL LL L, ,, , PESSOA FÍSICA PESSOA FÍSICA PESSOA FÍSICA PESSOA FÍSICA) )) ) OU COLETIVAMENT OU COLETIVAMENT OU COLETIVAMENT OU COLETIVAMENTE E E E ( (( (EMPRESÁRIO COLETIVO EMPRESÁRIO COLETIVOEMPRESÁRIO COLETIVO EMPRESÁRIO COLETIVO, ,, , PESSOA JURÍDICA PESSOA JURÍDICA PESSOA JURÍDICA PESSOA JURÍDICA, ,, , SOCIEDADE EMPRESÁRIA SOCIEDADE EMPRESÁRIASOCIEDADEEMPRESÁRIA SOCIEDADE EMPRESÁRIA). ).). ).. . . . Por exercício profissional da atividade econômica, elemento que integra o núcleo do conceito de empresa, há que se entender a exploração de atividade com finalidade lucrativa finalidade lucrativafinalidade lucrativa finalidade lucrativa. Empresário Individual Empresário IndividualEmpresário Individual Empresário Individual, pessoa física/natural que exerce pessoalmente atividade de empresa, utilizando-se unicamente de firma constituída com seu nome, completo ou abreviado, que poderá ser acrescentado de designação precisa de sua pessoa ou de gênero de atividade. (art.1156 NCC). “Firma” é a expressão da personalidade do empresário, é o nome empresarial com que a pessoa física pratica atos de empresa. Refere-se a única pessoa. Confundi-se com dois entes. Seu patrimônio é uno/indivisível, bens pessoais, confunde-se com estabelecimento empresarial. Se obriga em nome próprio. Tem responsabilidade ilimitada e sofre falência pessoal. Então, tal sujeito se caracteriza por ser: 1. Um profissional Um profissionalUm profissional Um profissional: exerce, portanto, sua atividade de forma habitual.. Por profissionalidade temos o exercício da atividade empresarial não ocasional e sim em caráter de habitualidade e repetição, sempre com o ânimo de lucro. A prática de atos esporádicos não se traduz em atividade profissional. Não se deve, jamais, confundir-se a profissonalidade com profissão, como a dos profissionais liberais em geral. Afasta-se de plano, sem qualquer receio, a intenção de determinados segmentos de vincular essa profissionalidade à atuação de administradores de empresa, bacharéis e registrados no órgão de classe. Tal vinculação feriria de morte séculos de construção doutrinária sobre o tema. 2. Que exerce atividade econômica exerce atividade econômicaexerce atividade econômica exerce atividade econômica: entenda-se como atividade econômica não somente aquela que produz ou faz circular bens ou serviços, mas também que, principalmente, visa o lucro. Porém, não explora atividade econômica importante que requer grande investimento. Sem muita dificuldade encontraremos pessoas que exercem atividades econômicas sozinhas ou unicamente com a ajuda de familiares, e sem qualquer organização, registradas como empresários individuais. 3. Que exerce sua atividade de exerce sua atividade de exerce sua atividade de exerce sua atividade de forma organizada forma organizadaforma organizada forma organizada: aí reside a grande dificuldade da caracterização do empresário. Para FÁBIO ULHOA COELHO, após registrar que a delimitação dos contornos da característica de ser a atividade empresarial organizada é complexa, ensina que a organização, como requisito para caracterização da atividade empresarial está presente quando são articulados pelo sujeito que está à frente do negócio "os quatro fatores de produção: capital, mão os quatro fatores de produção: capital, mãoos quatro fatores de produção: capital, mão os quatro fatores de produção: capital, mão- -- -de dede de- -- -obra, insumos e tecnologia obra, insumos e tecnologiaobra, insumos e tecnologia obra, insumos e tecnologia". Para Carlos Barbosa Pimentel a organização "significa a necessidade de o exercente da atividade aparelhar-se de forma adequada para o desempenho de sua profissão". 4. A atividade A atividadeA atividade A atividade, ,, , além de se enquadrar nos itens anteriores, deve estar voltada para produção ou circulação de bens e serviços: quanto a tal característica não existe polêmica, sendo a atividade exercida pelo indivíduo criadora (produção) ou de intermediação (circulação) de bens ou serviços, e atendendo às características anteriores, por certo que estaremos diante de uma atividade empresarial que somente é exercida pelo empresário. E EE EMPRESÁRIO MPRESÁRIO MPRESÁRIO MPRESÁRIO I II INDIVIDUAL E NDIVIDUAL E NDIVIDUAL E NDIVIDUAL E C CC COLETIVO OLETIVOOLETIVO OLETIVO: :: : Empresário é o sujeito de direito. Titular da empresa. Existe o empresário individual e o empresário coletivo (Espécies do gênero empresário), sendo este a sociedade empresária e aquele a pessoa física que exerce a empresa individualmente. O empresário é definido pelo art. 966 do CC, que assim se expressa: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Empresário Coletivo Empresário ColetivoEmpresário Coletivo Empresário Coletivo é a PESSOA JURÍDICA ASSI PESSOA JURÍDICA ASSIPESSOA JURÍDICA ASSI PESSOA JURÍDICA ASSIM CONSIDERADA A SOCI M CONSIDERADA A SOCIM CONSIDERADA A SOCI M CONSIDERADA A SOCIEDADE REGULAR EDADE REGULAREDADE REGULAR EDADE REGULAR. A sociedade empresária exercita a atividade empresarial. Ao exercício da empresa dessa forma se tem chamado de “empresa coletiva empresa coletivaempresa coletiva empresa coletiva”= Pessoa jurídica com personalidade autônoma. A sociedade é sujeito de direito independente e Titular da atividade econômica organizada. Sócios não são empresários são titulares das quotas – são empreendedores (participação) e investidores (capital). Há união de esforços. A socied A sociedA socied A sociedade de advogados está prevista no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil ade de advogados está prevista no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil ade de advogados está prevista no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil ade de advogados está prevista no Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n (Lei n(Lei n (Lei n o oo o 8.906/94) e sempre será 8.906/94) e sempre será 8.906/94) e sempre será 8.906/94) e sempre será considerada considerada considerada considerada sociedade sociedade sociedade sociedade não empresária não empresária não empresária não empresária (art. 15), sendo o registro de (art. 15), sendo o registro de (art. 15), sendo o registro de (art. 15), sendo o registro de seus atos constitutivos de competência da OAB. seus atos constitutivos de competência da OAB.seus atos constitutivos de competência da OAB. seus atos constitutivos de competência da OAB. EMPRESÁRIO. RESP EMPRESÁRIO. RESPEMPRESÁRIO. RESP EMPRESÁRIO. RESPONSABILIDADES. DISTI ONSABILIDADES. DISTIONSABILIDADES. DISTI ONSABILIDADES. DISTINÇÃO DE SÓCIO. REQUI NÇÃO DE SÓCIO. REQUINÇÃO DE SÓCIO. REQUI NÇÃO DE SÓCIO. REQUISITOS PARA EMPRESARI SITOS PARA EMPRESARISITOS PARA EMPRESARI SITOS PARA EMPRESARIAR. AR. AR. AR. CAPACIDADE. MENOR. P CAPACIDADE. MENOR. PCAPACIDADE. MENOR. P CAPACIDADE. MENOR. PROIBIÇÃO/IMPEDIMENTO ROIBIÇÃO/IMPEDIMENTOROIBIÇÃO/IMPEDIMENTO ROIBIÇÃO/IMPEDIMENTOS. CONTINUIDADE DA A S. CONTINUIDADE DA AS. CONTINUIDADE DA A S. CONTINUIDADE DA ATIVIDADE EM CASO DE TIVIDADE EM CASO DE TIVIDADE EM CASO DE TIVIDADE EM CASO DE INCAPAZES. CASADOS E INCAPAZES. CASADOS EINCAPAZES. CASADOS E INCAPAZES. CASADOS E SÓCIOS. SÓCIOS. SÓCIOS. SÓCIOS. Empresário é o titular da empresa. Como se sabe, existe o empresário individual e o empresário coletivo (Espécies), sendo este a sociedade empresária e aquele a pessoafísica que exerce a empresa individualmente. O empresário é definido pelo art. 966 do CC, que assim se expressa: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. O O O O Empresário Individual não é pessoa jurídica. Empresário Individual não é pessoa jurídica.Empresário Individual não é pessoa jurídica. Empresário Individual não é pessoa jurídica. Empresário Individual Empresário Individual Empresário Individual Empresário Individual: é pessoa : é pessoa : é pessoa : é pessoa natural naturalnatural natural. Não existe separação de patrimônio. Constitui-se um único patrimônio, qual seja o do empresário individual. Não são penhoráveis os mesmos bens que a lei civil define – ex. casa em que reside e etc. Cabe ressaltar que a Lei nº 12.441, de 11.07.2011) introduziu o TÍTULO I-A, a hipótese do empresário individual de responsabilidade Limitada, através do art. 980 – A: Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. § 4º ( VETADO). § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. Distinção entre sócio e empresário Distinção entre sócio e empresárioDistinção entre sócio e empresário Distinção entre sócio e empresário. Sócios são as pessoas, Sócios são as pessoas,Sócios são as pessoas, Sócios são as pessoas, física e/ou juríd física e/ou jurídfísica e/ou juríd física e/ou jurídica, ica,ica, ica, que participam da formação da sociedade (partes no contrato firmado) e que assumem, entre si, a obrigação de contribuir para sua formação e partilhar os resultados. O sócio poderá ser empreendedor ou apenas investidor O sócio poderá ser empreendedor ou apenas investidorO sócio poderá ser empreendedor ou apenas investidor O sócio poderá ser empreendedor ou apenas investidor. Empreendedor será aquele que, além de contribuir para a formação da sociedade, participa ativamente de suas atividades como, por exemplo, o sócio que é administrador. Investidor é aquele que aloca recursos para sua formação sem participar ativamente da sociedade. O empresário empresárioempresário empresário, por definição legal (art. 966, (art. 966,(art. 966, (art. 966, CC/02), é quem exerce exerce exerce exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Exercer é participar ativamente, é estar inserido no processo produtivo ou de circulação dos bens e serviços da empresa. Sócio e Sócio e Sócio e Sócio e empresário não se confundem empresário não se confundemempresário não se confundem empresário não se confundem. F FF FÁBIO ÁBIO ÁBIO ÁBIO U UU ULHOA LHOA LHOA LHOA C CC COELHO ADVERTE QUE AS OELHO ADVERTE QUE ASOELHO ADVERTE QUE AS OELHO ADVERTE QUE AS REGRAS QUE SÃO APLI REGRAS QUE SÃO APLI REGRAS QUE SÃO APLI REGRAS QUE SÃO APLICÁVEIS AO EMPRESÁRIO CÁVEIS AO EMPRESÁRIOCÁVEIS AO EMPRESÁRIO CÁVEIS AO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL NÃO SE A INDIVIDUAL NÃO SE A INDIVIDUAL NÃO SE A INDIVIDUAL NÃO SE APLICAM PLICAM PLICAM PLICAM AOS SÓCIOS DA SOCIED AOS SÓCIOS DA SOCIEDAOS SÓCIOS DA SOCIED AOS SÓCIOS DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA ADE EMPRESÁRIAADE EMPRESÁRIA ADE EMPRESÁRIA. O empresário, por definição legal (art. 966, CC/02), é quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Exercer é participar ativamente, é estar inserido no processo produtivo ou de circulação dos bens e serviços da empresa. Sócio e empresário não se confundem. QUEM PODE SER EMPRESÁRIO? (ART. 972 E SEGS. DO CC/02) Não existe capacidade especial para exercer atividade empresarial, sendo a capacidade civil. Art. 972 do NCC. Definida a diferença entre empresário e empresa, resta a seguinte indagação: O Art. 972 e seguintes do CC/02 dispõem sobre a capacidade para ser empresário, determinando, como regra, que só podem exercer a atividade empresária quem estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for legalmente impedido. Esses são os requisitos subjetivos para exercício da atividade empresária e devem ser preenchidos cumulativamente. 1. (Primeiro requisito) 1. (Primeiro requisito)1. (Primeiro requisito) 1. (Primeiro requisito)- -- -Estar em pleno gozo da capacidade civil é não ser absoluta ou relativamente Estar em pleno gozo da capacidade civil é não ser absoluta ou relativamente Estar em pleno gozo da capacidade civil é não ser absoluta ou relativamente Estar em pleno gozo da capacidade civil é não ser absoluta ou relativamente incapaz incapazincapaz incapaz; - -- - ser maior de 18 anos e não estar interditado ser maior de 18 anos e não estar interditado ser maior de 18 anos e não estar interditado ser maior de 18 anos e não estar interditado. Esta é a regra, na medida em que são previstas duas hipóteses como exceção (Art. 974 e §§ do CC/02), pautadas no princípio da preservação da empresa. a) a) a) a) CONTINUAR CONTINUARCONTINUAR CONTINUAR a empresa antes exercida por ele enquanto capaz a empresa antes exercida por ele enquanto capaza empresa antes exercida por ele enquanto capaz a empresa antes exercida por ele enquanto capaz: : : : Supondo que uma pessoa constitua empresa e, após algum tempo, seja acometido por uma doença ou entre em estado comatoso, restando interditado por um de seus familiares, mesmo não contando com sua plena capacidade poderá manter a empresa antes iniciada, desde que representado ou assistido desde que representado ou assistidodesde que representado ou assistido desde que representado ou assistido. O incapaz não pode iniciar e tampouco exercer a atividade empresarial por ele mesmo, mas sim por meio de seu assistente ou representante, conforme o caso; b bb b) ) ) ) CONTINUAR CONTINUARCONTINUAR CONTINUAR a empresa recebida por herança a empresa recebida por herança a empresa recebida por herança a empresa recebida por herança: : : : Se um menor ou interdito recebe, por sucessão, empresa constituída por seus pais ou terceiro autor de herança, poderá ele dar continuidade à atividade. É o caso, por exemplo, de um empresário que sofre acidente decarro em companhia de seu cônjuge deixando como único herdeiro um filho menor (tutelado). O incapaz não exerce a atividade empresarial por ele mesmo, mas sim por meio de seu assistente ou representante, conforme o caso; Em ambas as situações a continuidade da empresa dependerá de autorização judicial Em ambas as situações a continuidade da empresa dependerá de autorização judicialEm ambas as situações a continuidade da empresa dependerá de autorização judicial Em ambas as situações a continuidade da empresa dependerá de autorização judicial (Art. 974, §1º do Art. 974, §1º do Art. 974, §1º do Art. 974, §1º do CC/02 CC/02CC/02 CC/02), devendo o magistrado examinar as circunstâncias e os riscos, bem como a conveniência em mantê-la, podendo revogá-la sem prejuízo a direitos adquiridos por terceiros, após ouvir os pais, tutores ou representantes. A Junta Comercial arquivará a autorização judicial recebida (art. 976 CC). Havendo A Junta Comercial arquivará a autorização judicial recebida (art. 976 CC). Havendo A Junta Comercial arquivará a autorização judicial recebida (art. 976 CC). Havendo A Junta Comercial arquivará a autorização judicial recebida (art. 976 CC). Havendo nomeação d nomeação dnomeação d nomeação de gerente, esse é quem usará da firma. (976, parágrafo único, CC) e gerente, esse é quem usará da firma. (976, parágrafo único, CC)e gerente, esse é quem usará da firma. (976, parágrafo único, CC) e gerente, esse é quem usará da firma. (976, parágrafo único, CC) O Art. 974, §2º do CC/02 O Art. 974, §2º do CC/02O Art. 974, §2º do CC/02 O Art. 974, §2º do CC/02 criou para o incapaz que excepcionalmente exerce a atividade empresarial o criou para o incapaz que excepcionalmente exerce a atividade empresarial o criou para o incapaz que excepcionalmente exerce a atividade empresarial o criou para o incapaz que excepcionalmente exerce a atividade empresarial o patrimônio de afetação patrimônio de afetaçãopatrimônio de afetação patrimônio de afetação: Para que a preservação da empresa não represente risco para o patrimônio que o incapaz possuir ao tempo da sucessão/interdição, no alvará de autorização constará que seus bens, desde que estranhos ao acervo da empresa, não ficarão sujeitos aos resultados que apresentar. A lei criou para o incapaz que excepcionalmente exerce a atividade empresarial, o patrimônio de afetação (art. 974, parágrafo segundo do NCC). O Art. 974, §3º do CC/02 O Art. 974, §3º do CC/02O Art. 974, §3º do CC/02 O Art. 974, §3º do CC/02, i , i, i , incluído pela Lei nº 12.399, 01.04.2011) estabelece as condições para a hipótese do incapaz como sócio de sociedade empresária limitada. O OO O EMANCIPADO EMANCIPADO EMANCIPADO EMANCIPADO (hipóteses: Art. 5º, parágrafo único do CC/02) (hipóteses: Art. 5º, parágrafo único do CC/02)(hipóteses: Art. 5º, parágrafo único do CC/02) (hipóteses: Art. 5º, parágrafo único do CC/02): :: : Emancipação é a aquisição da capacidade civil, independente do implemento da maioridade, pelas causas previstas em lei. O REQUISITO BÁSICO É QUE O MENOR CONTE COM, PELO MENOS, DEZESSEIS ANOS. O Art. 972 CC impõe a plena capacidade civil como requisito para ser empresário, colocando a emancipação como evento que possibilita o menor de 18 anos o exercício da atividade empresária. (art. 976/ CC/02). A PROVA DA EMANCIPAÇÃO DEVERÁ SER ARQUIVADO EM SEPARADO NA JUNTA COMERCIAL, A QUAL DEVERÁ SER ANTERIORMENTE AVERBADA NO REGISTRO CIVIL. (art. 976CC) 2. 2. 2. 2. INEXISTÊNCIA DE IMPE INEXISTÊNCIA DE IMPEINEXISTÊNCIA DE IMPE INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO DIMENTODIMENTO DIMENTO: :: : O segundo requisito apontado pelo Art. 972 do CC/02 é não estar impedido. Capacidade é aptidão pessoal. O impedimento, O impedimento, O impedimento, O impedimento, por sua vez, não decorre de aspecto pessoal, por sua vez, não decorre de aspecto pessoal, por sua vez, não decorre de aspecto pessoal, por sua vez, não decorre de aspecto pessoal, mas de função ou cargo público ocupado (enquanto nele investido) ou em decorrência de vedações mas de função ou cargo público ocupado (enquanto nele investido) ou em decorrência de vedações mas de função ou cargo público ocupado (enquanto nele investido) ou em decorrência de vedações mas de função ou cargo público ocupado (enquanto nele investido) ou em decorrência de vedações impostas a estrangeiros por previsão constitucional e legislação especial impostas a estrangeiros por previsão constitucional e legislação especialimpostas a estrangeiros por previsão constitucional e legislação especial impostas a estrangeiros por previsão constitucional e legislação especial. E E n n t t r r e e o o s s q q u u e e e e s s t t ã ã o o i i m m p p e e d d i i d d o o s s d d e e e e x x e e r r c c e e r r a a t t i i v v i i d d a a d d e e e e m m p p r r e e s s á á r r i i a a e e s s t t ã ã o o: - Chefes do Poder Executivo, nacional, estadual ou municipal; - Membros do Poder Legislativo, como Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores, se a empresa “goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada”; - Magistrados e os membros do Ministério Público Federal (CRFB/88, Art. 95, parágrafo único, I e LOMAN, Art. 36, I); - Empresários falidos, enquanto não forem reabilitados; - As pessoas condenadas à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno (corrupção ativa/passiva), concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação; (idem administrador no art. 1.011 CC) - Os leiloeiros; - Os cônsules, nos seus distritos, salvo os não remunerados; - Os médicos, para o exercício simultâneo da farmácia; os farmacêuticos, para o exercício simultâneo da medicina (Lei 5991/73); - Os servidores públicos civis da ativa, federais (inclusive Ministros de Estado e ocupantes de cargos públicos comissionados em geral). Em relação aos servidores estaduais e municipais observar a legislação respectiva (Lei 8112/90); - Os servidores militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares (Dec. Lei 1.029/69, Art. 35 e Código Penal Militar, Art. 204); - Estrang EstrangEstrang Estrangeiro sem visto permanente eiro sem visto permanenteeiro sem visto permanente eiro sem visto permanente (Lei 6815/80, Art. 99) e o estrangeiros natural de país limítrofe, domiciliado em cidade contígua ao território nacional. - Estrangeiro com visto permanente Estrangeiro com visto permanenteEstrangeiro com visto permanente Estrangeiro com visto permanente, para o exercício das seguintes atividades: pesquisa ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica; atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; serem proprietários ou armadores de embarcação nacional, inclusive nos serviços de navegação fluvial e lacustre, exceto embarcação de pesca; serem proprietários ou exploradores de aeronave brasileira, ressalvado o dispostona legislação específica; Portugueses, no Portugueses, no Portugueses, no Portugueses, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, comprovado mediante Portaria do Ministéri MinistériMinistéri Ministério da Justiça, podem requerer inscrição como Empresários o da Justiça, podem requerer inscrição como Empresárioso da Justiça, podem requerer inscrição como Empresários o da Justiça, podem requerer inscrição como Empresários, exceto na hipótese de atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens. As restrições aos estrangeiros constam no Estatuto do Estrangeiro (Lei n o 6.815/80) e na Lei que dispõe sobre restrições a brasileiros naturalizados (Lei n o 6.192/92). Brasileiros naturalizados há menos de dez anos, para o exercício de atividade jornalística e de radiodifusão de sons e de sons e imagens. A capacidade dos índios será regulada por lei especial. CASADOS CASADOSCASADOS CASADOS: A regra geral é da possibilidade de os cônjuges exercerem livremente a atividade empresária, entre si ou de ambos com terceiros. A ressalva legal diz respeito a contrato de sociedade entre cônjuges casados nos regimes da comunhão universal de bens (Art. 1.667 do CC/02) ou no da separação obrigatória Ex: acima de 70 anos (Art. 1.641 do CC/02), a eles sendo imposta a vedação pelo Arts. 977 do CC/02. VER ER ER ER PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR Nº 125/03 PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR Nº 125/03 PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR Nº 125/03 PARECER JURÍDICO DNRC/COJUR Nº 125/03 Tal proibição tem por maior finalidade manter a separação patrimonial objetiva entre os bens da sociedade e os bens particulares dos sócios, havendo críticas na doutrina, entendendo que o dispositivo representa um retrocesso em relação à legislação até então vigente e diante da evolução do direito civil. - -- - Aliena Aliena Aliena Alienação de imóveis por empresário casado ção de imóveis por empresário casadoção de imóveis por empresário casado ção de imóveis por empresário casado: - (ART. 978/CC) Averbar na Junta a Certidão de casamento. Separação judicial do empresário casado Separação judicial do empresário casadoSeparação judicial do empresário casado Separação judicial do empresário casado: - art. 980 do NCC – a sentença judicial de separação, somente produz efeito se averbado na junta. 3. 3.3. 3. O OO O EMPRESÁRIO RURA EMPRESÁRIO RURA EMPRESÁRIO RURA EMPRESÁRIO RURAL E O PEQUENO EMPRES L E O PEQUENO EMPRESL E O PEQUENO EMPRES L E O PEQUENO EMPRESÁRIO ÁRIO ÁRIO ÁRIO Sob comando constitucional (Art. 179 da CRFB/88), microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, receberão tratamento jurídico diferenciado, prevendo (Art. 185, parágrafo único da CRFB/88) a garantia de tratamento especial à propriedade produtiva. Nesta esteira, o legislador reuniu ambas as normas no Art. 970 do CC/02, dispondo que a lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes, necessitando, contudo, de posterior regulamentação para definir os limites de tal favorecimento. Por falta de definição legal do que seja pequeno empresário, a doutrina têm assim se referido ao microempresário e ao empresário de pequeno porte (Lei n o 9.841/99). Quanto ao empresário rural, o Art. 971 do CC/02 o exclui da obrigatoriedade de inscrever-se no Registro Público de Empresas Mercantis, desde que a atividade constitua sua principal profissão, não estando incluídas, logicamente, a agroindústria, por ser claramente empresarial. TEORIA GERAL DAS SOC TEORIA GERAL DAS SOCTEORIA GERAL DAS SOC TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES. CONCEITO DE IEDADES. CONCEITO DEIEDADES. CONCEITO DE IEDADES. CONCEITO DE SOCIEDADE. ATO CONS SOCIEDADE. ATO CONS SOCIEDADE. ATO CONS SOCIEDADE. ATO CONSTITUTIVO. FORMAÇÃO TITUTIVO. FORMAÇÃO TITUTIVO. FORMAÇÃO TITUTIVO. FORMAÇÃO E NATUREZA JURÍDICA E NATUREZA JURÍDICA E NATUREZA JURÍDICA E NATUREZA JURÍDICA INSTITUCIONAL OU CON INSTITUCIONAL OU CONINSTITUCIONAL OU CON INSTITUCIONAL OU CONTRATUAL. PESSOA JURÍ TRATUAL. PESSOA JURÍTRATUAL. PESSOA JURÍ TRATUAL. PESSOA JURÍDICA. EFEITOS DA DICA. EFEITOS DA DICA. EFEITOS DA DICA. EFEITOS DA AQUISIÇÃO DA PERSONA AQUISIÇÃO DA PERSONAAQUISIÇÃO DA PERSONA AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE. SEPARAÇÃO E LIDADE. SEPARAÇÃO E LIDADE. SEPARAÇÃO E LIDADE. SEPARAÇÃO E AU AUAU AUTONOMIA PATRIMONIAL. TONOMIA PATRIMONIAL.TONOMIA PATRIMONIAL. TONOMIA PATRIMONIAL. Sociedade SociedadeSociedade Sociedade Do texto do art. 981 extrai-se a natureza jurídica natureza jurídica natureza jurídica natureza jurídica de “sociedade”, identificada pelo legislador como contrato. contrato. contrato. contrato. A expressão “atividade econômica”, ratifica sua distinção com a associação. A atividade econômica, portanto, será o objetivo ou finalidade precípua da sociedade, representada pela intenção de seus sócios em obterem e partilharem lucro como retorno da contribuição através de bens ou serviços, podendo destinar-se a realização de um ou mais negócios (parágrafo único do art. 981), nem sempre configurando uma atividade empresária. O OO O ATO CONSTITUTIVO ATO CONSTITUTIVO ATO CONSTITUTIVO ATO CONSTITUTIVO - -- - N NN NATUREZA DO ATUREZA DO ATUREZA DO ATUREZA DO A AA ATO TO TO TO C CC CONSTITUTIVO DE ONSTITUTIVO DE ONSTITUTIVO DE ONSTITUTIVO DE S SS SOCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE A sociedade é produzida por um contrato (sociedade contratual), cuja personalidade jurídica surge quando devidamente registrada a empresária na Junta Comercial (art. 981 c/c art. 1.150) e a simples no Registro Civil de Pessoa Jurídica;. No caso da sociedade por ações, cujo ato é estatutário, mantêm-se a essência contratual, já que a diferença é apenas formal. É institucional É institucionalÉ institucional É institucional firmado por escritura pública ou através de deliberação assemblear, na qual duas ou mais pessoas contribuem para a formação do capital social, adquirindo o direito de auferir lucros derivados da prática empresarial. O ato constitutivo social traduz o ato de concepção da sociedade empresária, celebrado por seus sócios, que a criam de fato e não de direito, tendo em vista que para isso se faz necessário o seu registro com o arquivamento no RPEM. Sem o registro o contrato será apenas um pacto de intenções, sem aptidão jurídica, seja entre os sócios, seja em relação a terceiros. O Direito Empresarial está orientado por princípios implícitos e explícitos. Entre eles está o princípio de que a sociedade empresária é fruto de contrato plurilateral contrato plurilateralcontrato plurilateral contrato plurilateral de organização. O contrato de sociedade empresária não é um contrato tradicional, diferenciando-se dos demais porque se destina à formação de uma pessoa jurídica. A pluralidade não se refere ao número de intervenientes e sim à viabilidade da participação de um número indeterminado de partes. Também não se confunde com os demais modelos contratuais bilaterais, já que nestes há convergência de pretensões antagônicas e, no de sociedade empresária,há paralelismo de intenções. Para a maioria dos autores brasileiros O NCC consagra a natureza contratual do contrato de sociedade em geral disposta no Art. 981 do NCCivil. C CC CLASSIFICAÇÃO DA LASSIFICAÇÃO DA LASSIFICAÇÃO DA LASSIFICAÇÃO DA S SS SOCIEDADE EM RAZÃO DA OCIEDADE EM RAZÃO DAOCIEDADE EM RAZÃO DA OCIEDADE EM RAZÃO DA NATUREZA DO ATO CON NATUREZA DO ATO CON NATUREZA DO ATO CON NATUREZA DO ATO CONSTITUTIVO STITUTIVOSTITUTIVO STITUTIVO: :: : CONTRATUAL CONTRATUAL CONTRATUAL CONTRATUAL OU OUOU OU I II INSTITUCIONAL NSTITUCIONALNSTITUCIONAL NSTITUCIONAL Conforme art. 981 do CC/02, sociedade é contrato firmado por duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas. É neste instrumento que os sócios irão registrar toda a essência desta união, fazendo constar todas as informações relativas à existência da pessoa jurídica que farão surgir, a participação de cada um, seu regime de constituição e dissolução, dispondo sobre tudo o que for permitido por lei. O instrumento ou ato de constituição da empresa representa, em suma, a manifestação de vontade de seus sócios e o vínculo estabelecido entre eles. Este ato deverá ser materializado através de um contrato contratocontrato contrato ou de um estatuto. estatuto.estatuto. estatuto. A AA A OPÇÃO ESTARÁ INTIMA OPÇÃO ESTARÁ INTIMA OPÇÃO ESTARÁ INTIMA OPÇÃO ESTARÁ INTIMAMENTE LIGADA À NATUR MENTE LIGADA À NATURMENTE LIGADA À NATUR MENTE LIGADA À NATUREZA DA SOCIEDADE EZA DA SOCIEDADEEZA DA SOCIEDADE EZA DA SOCIEDADE, na medida em que, via de regra, as sociedades de pessoas são contratuais sociedades de pessoas são contratuaissociedades de pessoas são contratuais sociedades de pessoas são contratuais e as sociedades de capital são estatutárias sociedades de capital são estatutáriassociedades de capital são estatutárias sociedades de capital são estatutárias, à exceção da sociedade limitada que, apesar de poder assumir uma ou outra natureza, será sempre constituída por contrato e não por estatuto. E é fácil identificar as razões para utilização de um ou de outro, na medida em que o contrato, entre outros elementos, faz constar seus sócios nomeadamente, dando características pessoais ao vínculo. O estatuto, por sua vez, conterá todos os outros elementos, sendo os sócios simplesmente referidos ou designados como “acionista”, caracterizando a sociedade de capital em que prevalece a mutabilidade do quadro social. Independente de constituir-se por contrato ou estatuto, pelo aspecto estrutural, a sociedade não perde sua natureza contratual, já que, insistimos, sociedade é contrato, ora devendo ser cumprido por certas pessoas (intuitu personae) – contratuais, ora por quaisquer pessoas (intuitu pecuniae) – estatutárias ou institucionais. DISTINÇÃO DISTINÇÃODISTINÇÃO DISTINÇÃO: S SS SOCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE OCIEDADE – –– – A AA ASSOCIAÇÃO SSOCIAÇÃO SSOCIAÇÃO SSOCIAÇÃO – –– – E EE EMPRESA MPRESA MPRESA MPRESA – –– – C CC COMPANHIA OMPANHIA OMPANHIA OMPANHIA – –– – F FF FIRMA IRMA IRMA IRMA – –– – E EE ESTABELECIMENTO STABELECIMENTOSTABELECIMENTO STABELECIMENTO. Terminologias usadas com impropriedade técnica por força uso e costume: Art. 44 CC Gênero - Pessoa jurídica de direito privado: Pessoa jurídica de direito privado não estatal que explora, empresarialmente ou não, seu objeto social ou sob a forma de sociedade por ações.Sujeito de direito Associação AssociaçãoAssociação Associação (espécie) – O revogado Código Comercial usava a expressão “Associação Mercantil” como sinônimo de sociedade comercial (art. 290) – Cód. Civil/1916 causava confusão nos art°s 22/23 da Seção Cód. Civil/1916 causava confusão nos art°s 22/23 da Seção Cód. Civil/1916 causava confusão nos art°s 22/23 da Seção Cód. Civil/1916 causava confusão nos art°s 22/23 da Seção III III III III - -- - Das Sociedades ou Associações Civis . Atualmente Atualmente Atualmente Atualmente – –– – Novo Cód. Civil art. 53 a 61 associação", é entendida como a "a uniã a uniãa uniã a união o o o de pessoas que se organizem para fins não econômicos de pessoas que se organizem para fins não econômicosde pessoas que se organizem para fins não econômicos de pessoas que se organizem para fins não econômicos", na precisa dicção do art. 53 do vigente Código Civil.– fins não econômicos – atividades sociais, recreativas, religiosas, culturais etc. Não é sociedade: não existem direitos e obrigações entre os associados, associação não tem capital, mas associado poderá ser titular fração ideal de patrimônio da associação, etc ...difere da sociedade, além da não partilha de resultado, entre outras, não existem direitos e obrigações entre associados, não tem capital social, mas associados pode ser titular de cota ou fração ideal do patrimônio, etc.. (CASO ECAD – STJ, ; RECURSO ESPECIAL623367/RJ, SEGUNDA TURMA Relator(a) Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data do Julgamento 15/06/2004, Data da Publicação/Fonte, DJ 09.08.2004 p. 245) A associação associaçãoassociação associação, por seu turno, não pode ter fins econômicos não pode ter fins econômicosnão pode ter fins econômicos não pode ter fins econômicos (art. 53, CC/02), o que não quer dizer que no exercício de sua atividade não possa obter vantagens (lucro). Este lucro lucrolucro lucro, é certo, não constitui sua finalidade principal (não é fim), mas meio não é fim), mas meionão é fim), mas meio não é fim), mas meio para que se viabilize a manutenção das atividades a que se propõe. Sociedade SociedadeSociedade Sociedade (espécie) – Antigo C.Civil regulava a sociedade civil. Entidade dotada de personalidade jurídica, com patrimônio próprio, constituída por várias pessoas que aglutinam esforços para o bom desenvolvimento de atividades econômicas, das quais uma pessoa natural não possa dar conta (Art. 981CC) objetivando o lucro a ser distribuído entre os seus. Do texto do art. 981 extrai-se a natureza natureza natureza natureza jurídica jurídica jurídica jurídica de “sociedade”, identificada pelo legislador como contrato. contrato. contrato. contrato. A expressão “atividade econômica”, ratifica sua distinção com a associação. A atividade econômica, portanto, será o objetivo ou finalidade precípua da sociedade, representada pela intenção de seus sócios em obterem e partilharem lucro como retorno da contribuição através de bens ou serviços, podendo destinar-se a realização de um ou mais negócios (parágrafo único do art. 981), nem sempre configurando uma atividade empresária. E EE EMPRESA MPRESAMPRESA MPRESA Não pode ser confundida com sociedade. A sociedade dá a roupagem jurídica como se veste a empresa (Rubens Requião). São figuras jurídicas distintas. Não tem personalidade jurídica. É atividade exercida pelo empresário (organização econômica).
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