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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aula 9 - Poder Executivo: Pessoal, hoje veremos o Poder Executivo! Em concursos, é um tema muito cobrado. As bancas costumam explorar todos os detalhes que vão do art. 76 ao 83 da Constituição, que falam sobre as peculiaridades do cargo de Presidente e Vice- Presidente da República. Outro tema muito cobrado são as suas atribuições (CF, art. 84) e as garantias e responsabilidades do Presidente (CF, art. 85 e 86). Veremos tudo isso. Mas primeiro, vamos rever a aula passada: Cabe à Lei Complementar Æ Dispor sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Iniciativa da Emenda Constitucional de Reforma (CF, art. 60) 1. De pelo menos 1/3 dos Deputados ou Senadores; 2. Do Presidente da República; 3. De mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Limitação circunstancial (CF, art. 60 §1º) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Limitação Procedimental (CF, art. 60 §2º) A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 do votos dos respectivos membros. Promulgação (CF, art. 60 §3º) A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas) (CF, art. 60 §4º) 1. a forma federativa de Estado; 2. o voto direto, secreto, universal e periódico; 3. a separação dos Poderes; 4. os direitos e garantias individuais. Limitação Material Implícita (Cláusulas Pétreas Implícitas) (Reconhecidas pela doutrina e jurisprudência) 1. o povo como titular do poder constituinte; 2. o poder igualitário do voto. 3. o próprio art. 60 CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) (CF, art. 60 §5º) A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorrido certo lapso temporal a Constituição poderá ser reformada. A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em Constituições de outros países. Limitação procedimental para EC: Discussão e voto será em cada Casa do CN, em 2 turnos, e para aprovar deve alcançar, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros. X Emendas de Revisão: Após 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA, dos membros do CN em SESSÃO UNICAMERAL. Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) p/ Emendas Constitucionais: Matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. X Princípio da irrepetibilidade p/ LC e LO: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da MAIORIA ABSOLUTA dos membros de qualquer das Casas do CN. X Princípio da irrepetibilidade p/ Medidas Provisórias: É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (= EC ‘s) Iniciativa de LC e LO: -Qualquer parlamentar ou comissão de parlamentares; -Presidente da República -STF; -T. Sup.; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br -PGR; -Cidadãos através da iniciativa popular apresentada à Câmara. Iniciativa popular: No âmbito federal: será proposta na Câmara dos Deputados e subscrito por, no mínimo: 1% do eleitorado nacional; de pelo menos 5 Estados; e ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles. No âmbito estadual: deverá ser regulada por uma Lei Ordinária; (art. 27, § 4.º). No âmbito municipal: será subscrita por no mínimo 5% do eleitorado (art. 29, XIII). Iniciativa privativa do Presidente da República: Leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; Regra - Matéria tributária não é de iniciativa privativa do Presidente; Exceção - Matéria tributária será de iniciativa privativa do Presidente quando se tratar de Territórios Federais. c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. Não se pode pedir esta urgência para se apreciar projetos de código. As emendas do Senado a projeto c/ pedido de urgência serão apreciadas pela Câmara em 10 dias. Se o prazo não for observado, tranca a pauta da Câmara. Trâmite do Processo Legislativo: Sanção/Veto: Veto Jurídico → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional; Veto Político → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. 1 - Iniciativa na Casa iniciadora: Câmara, ou Senado (se for projeto de Senador ou comissão de Senadores); Opções: Se rejeitado Æ É arquivado; Se aprovado Æ Vai para Casa revisora. Revisão em 1 só turno do projeto aprovado na iniciadora O projeto emendado volta à iniciadora que deve deliberar sobre a emenda. Após isso seguirá para a sanção/veto do Presidente. 2 - Casa revisora: Emendou o projeto Æ Volta à iniciadora; Rejeitou o projeto Æ Arquiva; Aprovou s/ emendas Æ Sanção/Veto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Emendas ao projeto de lei: Não será admitido aumento da despesa prevista em: Projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da Rep., salvo ao PLOA e PLDO. Projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. O veto parcial será de no mínimo uma alínea. É vedado adotar MP para regulamentar artigo da CF cuja redação tenha sido alterada por meio de EC entre a EC 05/95 até a promulgação da EC 32/01. MP que implique instituição ou majoração de IMPOSTOS, exceto o II, IE,IPI e IOF (Regulatórios) e o IEG (imprevisível), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Recebimento doprojeto pelo Presidente da Rep. 15 Dias ÚTEIS Prazo para comunicar ao Presidente do Senado os motivos do veto, caso ocorra. 48 horas Prazo para vetar/sancionar, se o Presidente não se manifestar, importará em sanção tácita. 30 Dias Neste prazo, o CN apreciará o veto em sessão conjunta a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. Se nesse prazo não acontecer a deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Linha do tempo das medidas provisórias: OBS – Esses prazos serão suspensos no período de recesso parlamentar (CF, art. 62 §4º). Caberá a uma comissão mista examinar as MP ‘s e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da MP, a MP manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. No caso da lei delegada, a delegação ao Presidente será por RESOLUÇÃO DO CN. Vedações materiais às medidas provisórias Vedações materiais às leis delegadas Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; Nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; Publicação Prorrogação automática caso a votação não tenha sido encerrada. 45 Dias 60 Dias Se a MP não for votada até aqui, via de regra, perde a eficácia dede a sua edição 60 Dias Se até aqui a MP não for votada, ela entra em regime de urgência, subseqüentemente, em cada Casa do CN, trancando a pauta, assim ficarão sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 60 Dias Neste prazo, deve-se editar um Decreto Legislativo para regular as relações da MP que foi rejeitada ou perdeu a eficácia por decurso de prazo. Não editado, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar- se-ão por ela regidas. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br PPA, LDO, orçamento, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; PPA, LDO e orçamentos; Matéria de lei complementar; Matéria de lei complementar; Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; Direito penal, processual penal e processual civil; Vise à detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. Regulamentar artigo da CF cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre a EC 05/95 e a EC 32/01. Os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; Os atos de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal Pronto, agora vamos iniciar a aula: O Poder Executivo e a função executiva: Ao Poder Executivo foram outorgadas pela Constituição as atribuições mais diretas das políticas públicas e da gestão da administração. Podemos dizer que a função executiva, na verdade, abrange duas “subfunções”: a função administrativa propiramente dita que é basicamente a gestão da máquina pública, e a função de governo que seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções co-legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). O Brasil é um país presidencialista, assim, o Poder Executivo tem como “chefe” o Presidente da República que exerce a sua função com o auxílio dos seus “Ministros”. Por este fato, de sermos um país CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br presidencialista o Presidente tem em suas mãos, ao mesmo tempo, a chefia de Estado (competências de representação na esfera internacional) e a chefia de Governo (chefia das políticas internas e da máquina pública) – detalharemos isso à frente. 1. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, uma das funções do poder político, pode ser dividida em função administrativa e função de governo, sendo que esta última comporta atribuições políticas, mas não comporta atribuições co-legislativas. Comentários: Entendemos que a função executiva se divide na “função administrativa” e na “função de governo”. A função administrativa é basicamente a gestão da máquina pública enquanto a função de goveno seria a função política, exercendo o direcionamento das políticas públicas além das funções co-legislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). Gabarito: Errado. Disposições sobre o chefe do Executivo: Presidente (CF, art. 76 ao 83) Conceito: Chefe do Poder Executivo Federal e auxiliado pelos Ministros de Estado; Mandato: de 4 anos, com início em 1º de janeiro; Vice-Presidente: O Presidente se elege juntamente com o Vice que estiver com ele registrado, este substituirá o presidente no caso de impedimento e o sucederá em caso de vaga. Deverá auxiliar o Presidente da República e exercer outras atribuições que estarão previstas em lei complementar. Dupla Vacância: Se vagarem os dois cargos (Presidente e Vice) far- se-á eleição para um "mandato tampão" após a última vaga. Essa eleição deve ser feita em: 90 dias, se nos primeiros dois anos do mandato; 30 dias, pelo CN (eleição indireta), na forma da lei, se nos últimos dois anos; Assunção do cargo em duplo impedimento ou dupla vacância: Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao Os eleitos deverão completar o período de seus antecessores CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Posse: Ele e o Vice tomarão posse em sessão conjunta do CN e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a CF, observar as leis, promover o bem geral do povo, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Se ele ou Vice não assumirem o cargo em 10 dias da data fixada para posse, o cargo será declarado vago, salvo se tiver havido força maior; Ausência do País: Ele e o Vice não podem se ausentar do País por mais de 15 dias, sem que o CN autorize, ou poderão perder o cargo. Regras de sua eleição: ♦ 1º Turno Æ Ocorre no 1º domingo de outubro – Vence se tiver maioria absoluta de todos os votos, não computados os brancos e nulos; ♦ 2º Turno Æ Ocorre no último domingo de outubro (A Constituição diz ainda que ocorre em até 20 dias após a proclamação do resultado, se nenhum candidato alcançar à maioria absoluta no 1º turno) – Se houver segundo turno, concorrem os 2 candidatos mais votados, salvo caso um deles desista, faleça ou tenha algum impedimento legal, quando então irá ser chamado para concorrer o que se segue na classificação (critério de desempate caso haja = Mais idoso). Para vencer basta a maioria simples. Vamos fazer algumas questões sobre esses dispositivos: • Questões da FCC: 1. (FCC/AJAA-TRE-TO/2011) Com relação ao Presidente e Vice-Presidenteda República, considere: I. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. II. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á novas eleições no prazo máximo de sessenta dias corridos. Pres. da Câmara Pres. do Senado Pres. do STF CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br III. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, e do Supremo Tribunal Federal. IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e IV. b) I, III e IV. c) I, II e IV. d) I, II e III. e) III e IV. Comentários: I - Correto. II - Errado. Neste caso basta chamar para concorrer aquele candidato que se segue na classificação. III - Errado. Primeiramente chama o Presidente da Câmara dos Deputados. IV - Correto. Porém a questão devia especificar que se trata de dupla vacância nos primeiros dois anos do mandato. Caberia recurso, mas a FCC volta e meia manda uma dessa! Gabarito: Letra A. 2. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) No tocante ao processo eleitoral do Presidente e do Vice-Presidente da República, a) se, depois de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. b) se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. c) tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de apenas defender e cumprir a Constituição Federal. d) se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br e) em caso de impedimento do Presidente e do Vice- Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal. Comentários: Letra A – Errado. Isso vai ocorrer “antes de realizado o segundo turno” e não “depois”. Letra B – Correto. Está de acordo com a Constituição, art. 77 §3º. Letra C – Errado. Defender e cumprir a Constituição é um dos compromissos a serem assumidos, porém, não é “apenas” esse (conforme diz a questão), segundo o art. 78 da Constituição, o Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em ses- são do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Letra D – Errado. O prazo é de 10 dias e não 30 (CF, art. 78 parágrafo único). Letra E – Errado. O primeiro a ser chamado é o Presidente da Câmara, só então chama o do Senado. Conforme a Constituição, art. 80: Gabarito: Letra B. 3. (FCC/AJ-Engenharia Civil - TRE-AL/2010) A respeito da eleição para Presidente da República, considere: I. Será considerado eleito o candidato a Presidente da República que obtiver a maioria absoluta de votos, computando os em branco e excluindo os nulos. II. Se, havendo cinco candidatos, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte, desistência ou impedimento legal de um dos candidatos que disputam o segundo turno, será considerado eleito o mais votado. III. A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice- Presidente com ele registrado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II. Pres. da Câmara Pres. do Senado Pres. do STF CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br d) II e III. e) III. Comentários: I - Errado. Não serão computados os brancos e nulos. II - Errado. Será chamado para concorrer no segundo turno, aquele que se segue na classificação. III - Correto. O Vice é atrelado ao Presidente, só será eleito se o seu Presidente for eleito. Não há votos para vice. Gabarito:Letra E. 4. (FCC/TJAA - TRE-AL/2010) No tocante ao Poder Executivo, considere as seguintes assertivas: I. Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. II. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até sessenta dias após a proclamação do resultado. III. Se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Está INCORRETO o que se afirma APENAS em a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) II, III e IV. Comentários: I - Correto. II - Errado. Neste caso haverá segundo turno em até 20 dias após a proclamação do resultado. III - Errado. O prazo para tal é de 10 dias e não 30 dias. IV - Correto. Lembrando que a FCC deu mancada, pois a questão devia especificar que se trata de dupla vacância nos primeiros dois anos do mandato. Caberia recurso. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Como se pedem as "incorretas". Gabarito: Letra C. 5. (FCC/TJAA-TRT-SP/2008) Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência da República o Presidente: a) do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados, e o do Superior Tribunal de Justiça. b) da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. c) da Câmara dos Deputados, o do Supremo Tribunal Federal e o do Senado Federal. d) do Supremo Tribunal Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Senado Federal. e) do Supremo Tribunal Federal, o do Superior Tribunal de Justiça e o do Tribunal Superior Eleitoral. Comentários: Neste caso a Constituição estabeleceu a seguinte regra para assumir o cargo (CF, art. 80): Gabarito da questão: letra B. 6. (FCC/Técnico - TRT 16ª/2009) O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. Comentários: Perfeita disposição do teor do art. 82 da Constituição. Lembrando que o Presidente ainda poderá se reeleger para um único período subsequente. Gabarito: Correto. 7. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) O Vice-Presidente da República não poderá, sem licença do Senado Federal, ausentar-se do País por período superior a trinta dias, sob pena de perda do cargo. Comentários: Pres. da Câmara Pres. do Senado Pres. do STF CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONALNAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br A questão possui dois erros. A Constituição não permite que o Presidente ou Vice da República se ausentem do país por mais de 15 dias (CF, art 83) sem autorização do Congresso, ou seja, errou-se no prazo e no órgão competente para autorização. Gabarito: Errado. • Questões do CESPE: 8. (CESPE/TJAA-TRE-BA/2010) Na eleição do presidente e do vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições. Comentários: Segundo o estabelecido na Constituição, em seu art. 77 § 4º, se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. Gabarito: Errado. 9. (CESPE/MPS/2010) Na hipótese de vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República nos últimos dois anos do mandato presidencial, deve ser realizada nova eleição direta no prazo de noventa dias, contado a partir da abertura da última vaga. Comentários: Segundo o art. 81 da Constituição, vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. Porém, segundo o § 1º do mesmo artigo, ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. Então temos: se vagarem os dois cargos (Presidente e Vice) far-se-á eleição para um "mandato tampão" após a última vaga. Essa eleição deve ser feita em: 90 dias, se nos primeiros dois anos do mandato; 30 dias, pelo CN (eleição indireta), na forma da lei, se nos últimos dois anos; Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 10. (CESPE/MPS/2010) Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente da República, ou de vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Comentários: É a ordem exigida pela Constituição em seu art. 80. Gabarito: Correto. 11. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Em caso de impedimento do presidente da República, ou vacância do respectivo cargo, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência da República o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do STF. Comentários: Errado. Antes de serem chamados as autoridades citadas, deve ser chamado o vice-presidente da República. Gabarito: Errado. 12. (CESPE/MPS/2010) O presidente e o vice-presidente da República não podem, sem licença do Congresso Nacional, ausentar- se do país por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Comentários: É a exigência do art. 83 da Constituição, segundo o qual há necessidade de que o Congresso autorize a ausência do Presidente ou Vice-Presidente da República do país, quando esta for superior a 15 dias, sob pena de perderem o cargo. Gabarito: Correto. 13. (CESPE/TRE-MA/2009) O vice-presidente é eleito juntamente com o presidente da República, pois os votos por ele recebidos se somam aos recebidos por seu companheiro de chapa, definindo-se assim o resultado da eleição. Comentários: O vice-presidente realmente é eleito junto com o Presidente, mas não há o que se falar em somatório dos votos recebidos, pois o vice- presidente não pode ser votado, a votação ocorre tão somente para o cargo de Presidente e o vice só é eleito caso o candidato para a presidência ao qual esteja vinculado ganhe as eleições. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 14. (CESPE/TRE-MA/2009) Se os cargos de presidente e vice- presidente da República vierem a ficar vagos, responde pela presidência da República o presidente do Congresso Nacional, e deve ser feita a eleição de novos presidente e vice-presidente da República para um mandato-tampão. Comentários: O presidente que assume será o da Câmara e não o do Congresso, conforme disposto no art. 80 da Constituição. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/TRE-MA/2009) No caso de impedimento concomitante do presidente e do vice-presidente da República, quem ocupará provisoriamente a Presidência da República será o presidente da Câmara dos Deputados, e a eleição dos novos chefes da nação se dará por eleição popular direta, se ambos os cargos tiverem ficado vagos antes de se completarem dois anos de mandato presidencial. Comentários: O item traz corretamente as disposições sobre o assunto que pode ser encontrado nos art. 80 e 81 da Constituição. Gabarito: Correto. 16. (CESPE/TRE-MA/2009) Com a vacância concomitante da Presidência e da Vice- Presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados assume a Presidência da República para um mandato-tampão, pois a CF estabelece que a eleição presidencial deve ocorrer conjuntamente com a dos governadores dos estados e dos membros do Poder Legislativo, para que não haja rompimento do pacto federativo. Comentários: Com a vacância de ambos os cargos, deve-se fazer obrigatoriamente eleição, assim, o Presidente da Câmara dos Deputados não irá assumir um mandato tampão, apenas assumirá provisoriamente o cargo devendo convocar eleições diretas ou indiretas, de acordo se a vaga ocorreu nos primeiros 2 anos ou nos últimos 2 anos do mandato, conforme dispõe o art. 81 e 81 da Constituição Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 17. (CESPE/TRE-MA/2009) Em qualquer hipótese, deve ser convocada nova eleição presidencial, seja pela via direta, seja pela indireta, assumindo o presidente do Senado Federal provisoriamente a Presidência da República, e, nas ausências deste, a chefia do Poder Executivo deve ser ocupada pelo presidente da Câmara dos Deputados. Comentários: Primeiro assume o presidente da Câmara, depois o do Senado. Gabarito: Errado. 18. (CESPE/ANATEL/2006) Embora a eleição do presidente da República implique a eleição do vice-presidente, a Constituição Federal trata a posse de ambos de forma independente; em conseqüência, se o vice-presidente tiver tomado posse na data definida pelo texto constitucional, e o presidente eleito, salvo motivo de força maior, não tiver ainda assumido o cargo decorridos dez dias da data fixada para a posse, o referido cargo será declarado vago, devendo o presidente ser sucedido pelo vice-presidente. Comentários: A eleição do Presidente implica a eleição do seu vice, porém, após isso, os cargos são considerados independentes, devendo ser observadas as regras do art. 77 a 83 da Constituição. Gabarito: Correto. Atribuições do Presidente da República: O art. 84 da Constituição estabelece uma relação daquelas atribuições que são privativas do Presidente da República. Lembrando, é claro, que o Vice-Presidente da República poderá exercer essas atribuições caso esteja no exercício da presidência. Existem 3 dessas atribuições que, conforme veremos (CF, art. 84, parágrafo único), podem ser delegadas aos Ministros de Estado, AGU ou PGR. As demais são de exclusivo trato do Presidente da República ou do Vice-Presidente em exercício da presidência. Aindaque o Vice-Presidente não esteja no exercício da presidência, caberá ao Vice-Presidente: auxiliar o Presidente da República e exercer outras atribuições previstas em lei complementar. Vamos analisar essas funções privativas do Presidente da República: Chefia da administração pública: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; É preciso, aqui, lembrar a distinção entre as chefias do Poder Executivo: a chefia de Estado e a chefia de governo. Chefe de Estado É o membro do Poder Executivo que exerce o papel de representante do Estado, principalmente no âmbito externo, mas também como representante moral perante o povo, no âmbito interno. Chefe de Governo É o membro do Poder Executivo responsável por chefiar o governo, ou seja, a direção das políticas públicas e da administração em âmbito interno. Como estamos em um país presidencialista, o Presidente da República acumula em suas mãos as duas chefias. 19. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Na qualidade de chefe de Estado, o presidente da República exerce a liderança da política nacional por meio da orientação das decisões gerais e da direção da máquina administrativa. Comentários: Assim o faz, atuando como chefe de governo. A atuação como chefe de Estado se refere às suas manifestações no âmbito internacional. Gabarito: Errado. Iniciativa de leis, veto, promulgação, publicação e medidas provisórias: III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis (...). V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br A competência do inciso III é exercida basicamente de três maneiras: • Nos termos do art. 60 - que confere legitimidade ao Presidente para propor emendas à Constituição; • De acordo com o art. 61 - que prevê que o Presidente (da mesma forma que os parlamentares, comissão de parlamentares, PGR, STF Tribunais superiores e cidadãos) poderá tomar a iniciativa de leis ordinárias e complementares. Neste caso, no entanto temos uma particularidade: além das matérias "comuns" que podem ser iniciadas pelos legitimados do art. 61, existe uma relação de matérias no art. 61 §1º para as quais somente o Presidente da República poderá dar início à deliberação legislativa, o que o torna uma importante peça na engrenagem do processo legislativo; • Compete ainda ao Presidente (e somente a ele) editar medidas provisórias e leis delegadas (CF, art. 62 e 68). O inciso IV c/c V atribui ao Presidente o poder de sancionar (e vetar total ou parcialmente) as leis, além da obrigação de promulgá-las (atestar que se teve um processo legislativo hígido e que, assim, a ordem jurídica interna foi inovada) e, ainda, o dever de publicá-las para dar ciência à população da existência da lei. Decretos: IV - (...) expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; O Presidente pode fazer uso de três tipos de decretos: 1- Decreto de execução (inciso IV) - quando impõe a prática de um ato concreto, como uma nomeação; 2- Decreto regulamentar ou regulamento (inciso IV) - quando é na verdade um ato normativo para regulamentar uma lei, porém despido do atributo “novidade” que é atributo somente das leis. O decreto regulamentar, assim, não pode extrapolar dos limites traçados pela lei a qual ele está regulamentando. 3- Decreto autônomo (inciso VI) - O nome é "autônomo" pois ele tira o seu fundamento direto da Constituição e não de uma lei. Foi criado pela emenda constitucional 32/01. Ele é uma norma CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br primária, que tem força inclusive para revogar leis anteriores a ele que estejam dispondo em sentido contrário. Porém, o seu uso é muito limitado, ele só poderá ser usado naquilo que a Constituição permite, ou seja: a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar: Aumento de despesa; nem Criação ou extinção de órgãos públicos. b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando VAGOS. Observe que ele poderá extinguir, caso estejam vagos, os cargos ou funções, nunca os órgãos - estes são privativos de lei. Observação: Por simetria federativa, é perfeitamente válido o uso destes decretos pelos chefes do Poder Executivo das demais esferas da federação. 20. (CESPE/AGU/2009) Em decorrência da aplicação do princípio da simetria, o chefe do Poder Executivo estadual pode dispor, via decreto, sobre a organização e funcionamento da administração estadual, desde que os preceitos não importem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Comentários: Trata-se da aplicação do princípio da simetria federativa ao poder de editar decretos autônomos, conferido ao Presidente da República pelo art. 84, VI da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 21. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) O princípio da legalidade, consagrado na Constituição Federal de 1988, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Logo, no Sistema Constitucional pátrio, não é possível a edição, pelo Chefe do Poder Executivo, de decreto autônomo. Comentários: Esta possibilidade foi reaberta na CF de 1988 pela EC 32/01. Esta emenda previu no art. 84, VI da CF a possibilidade do Chefe do Executivo editar decreto autônomo, ou seja, aquele que não se submete a nenhuma lei, mas retira seu fundamento diretamente da Constituição como norma primária do ordenamento jurídico. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Regra geral para cargos públicos - exigência de lei: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; O Presidente da República pode usar o decreto autônomo para extinguir funções ou cargos públicos, quando estiverem vagos. Mas, isso é exceção. A regra é que para mexer com o assunto "cargos públicos" (assim como os órgãos públicos) ele precisa usar uma lei. Através de lei, ele pode prover e extinguir os cargos federais ainda que não estejam vagos. 22. (FCC/Advogado - Metro - SP/2008) Dentre outras, compete ao Presidente da República, mediante decreto, dispor sobre extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Comentários: A questão fala do "decreto autônomo", que poderá ser usado para: a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar: Aumento de despesa; nem Criação ou extinção de órgãos públicos; b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando VAGOS; Observe que ele poderá extinguir, caso estejam vagos, os cargos ou funções, nunca os órgãos - estes são privativos de lei. Gabarito: Correto. 23. (CESPE/MPS/2010) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto autônomo, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, especialmente no que concerne à criaçãoou extinção de órgãos públicos. Comentários: O decreto autônomo é uma espécie normativa primária de cujo uso é privativo do presidente da República. Ele poderá ser usado em 2 hipóteses: a) Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar: Aumento de despesa; nem Criação ou extinção de órgãos públicos. b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Desta forma, erra a questão, pois órgãos públicos só podem ser criados ou extinguidos mediante lei, nunca por decreto. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Compete privativamente ao presidente da República extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. Comentários: Está elencado como competência privativa do Presidente, na Constituição, através do art. 84. XXV, prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. Gabarito: Correto. 25. (CESPE/FINEP/2009) Entre as atribuições do presidente da República, encontra-se a de dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos públicos, em qualquer situação. Comentários: A questão está se referindo ao decreto autônomo, expresso na CF no art. 84, VI. Este decreto só poderá extinguir funções ou cargos se eles estiverem vagos, caso não estejam vagos, irá ser preciso a aprovação de uma lei. Sendo, assim, incorreto dizer que poderá ser usado “em qualquer hipótese”. Gabarito: Errado. 26. (CESPE/TRE-MA/2009) Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de órgãos públicos. Comentários: O chamado decreto autônomo do Presidente, instituído pela EC 32/01 encontra-se previsto no art. 84, VI da Constituição. Este dispositivo confere ao Presidente o poder de usar o decreto autônomo para extinguir, caso estejam vagos, os cargos ou funções, nunca os órgãos, já que estes são privativos de lei. Gabarito: Errado. 27. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) O decreto presidencial é o instrumento adequado para a criação de novos cargos públicos. Comentários: Trata-se de matéria privativa de lei. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Errado. 28. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) O presidente da República tem competência para, por meio de decreto, extinguir cargos públicos que eventualmente estejam sendo ocupados por servidores não- estáveis. Comentários: Segundo a Constituição em seu art. 84, VI, b, poderá o Presidente, mediante decreto, dispor sobre extinção de funções ou cargos públicos, porém isso só é possível quando estiverem vagos. Gabarito: Errado. Relações internacionais: VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; Lembramos que somente a União pode manter relação com Estados estrangeiros, pois somente a União pode falar em nome da "República Federativa do Brasil", sendo vedadas relações internacionais diretamente com Estados, Municípios e Distrito Federal sem o intermédio da União. Ao celebrar tratados e convenções internacionais, a simples assinatura do tratado não é suficiente para que eles entrem em vigor no nosso ordenamento jurídico, pois a Constituição reservou ao Congresso Nacional (CF, art. 49, I) a competência para "resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos ao patrimônio nacional". Desta forma, somente com a edição de um Decreto Legislativo do Congresso Nacional, referendando o ato internacional celebrado pelo Executivo é que o tratado poderá se internalizar em nosso ordenamento. Sabemos que, em regra, esses tratados passam a vigorar como se fossem "leis ordinárias", sendo assim vedado ao tratado versar sobre matérias relativas a lei complementar. Esses tratados poderão ainda possuir o status de emenda constitucional caso se refiram a direitos humanos e sejam aprovados no Congresso pelo mesmo rito de uma emenda constitucional (CF, art. 5º, §3º). Atualmente ainda possuímos uma terceira possibilidade, o status supralegal dos tratados, que é atribuído aqueles tratados sobre CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br direitos humanos que não foram internalizados sob o rito de emenda constitucional, em especial aqueles anteriores à EC 45/04, que foi a emenda que criou tal possibilidade de internalização como emenda constitucional Esquematizando, um tratado pode adquirir 3 status hierárquicos: 1- Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não verse sobre direitos humanos. 2- Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário; 3- Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais. Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04. 29. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) É de competência exclusiva do presidente da República resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos ao patrimônio nacional. Comentários: Cabe ao Presidente celebrar os tratdos, mas "resolver definitivamente sobre eles" é competência exclusiva do Congresso Nacional, nos termos do art. 49, I. Gabarito: Errado. Competências para estabilização constitucional: IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; O estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal são medidas usadas para situações excepcionais, o objetivo de tais medidas é o de restabelecer o equilíbrio que foi desfeito por algum motivo extraordinário. Grosso modo, podemos dizer que o estado de defesa é uma medida de menor abrangência, é usada quando ocorrem calamidades ou desordens públicas em uma determinada localidade. Já o Estado de Sítio será decretado quando essas desordens forem mais graves, alcançando repercussão nacional, ou quando o estado de defesa não CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br for suficiente. O Estado de sítio também é decretado em caso de guerras ou resposta à agressão armada estrangeira. Por ser mais simples, o estado de defesa é decretado pelo presidente e apenas posteriormente o decreto é submetido ao Congresso Nacional para ratificar ou não a medida. Já o estado de sítio precisa ser anteriormente autorizado pelo Congresso, e só em momento posterior que poderá o Presidente decretá-lo, daí termos no art. 49, inciso IV aquela disposição de caber ao Congresso Nacional: aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas. Assim, a atividade do Congresso é posterior no estado de defesa e na intervenção federal, e prévia no estado de sítio. A intervenção federal também é uma medida excepcional, ocorre nas hipóteses taxativamente dispostas na Constituição Federal (CF, art. 34 ao 36). Quando é decretada, a União irá negar a autonomia de algum Estado ou do Distrito Federal para poder restabelecer a situação que está em desequilíbrio naentidade federada como, por exemplo, reorganizar as suas finanças ou assegurar o cumprimento de certos princípios constitucionais taxados em tais artigos. 30. (CESPE/Advogado - BRB/2010) Constituem competências privativas do presidente da República decretar e executar intervenção federal e exercer o comando supremo das Forças Armadas. Comentários: Trata-se da conjugação das competências estabelecidas pela Constituição em seu art. 84 nos incisos X e XIII. Gabarito: Correto. 31. (CESPE/FINEP/2009) O presidente da República exerce a função de comandante supremo das Forças Armadas, atribuição considerada mero título honorífico. Comentários: Título honorífico é o título fornecido para honrar uma pessoa, geralmente pelos relevantes serviços prestados. Não podemos dizer que esta função do Presidente é um mero título de honra, já que ele realmente será o responsável pela tomada final de decisões militares e geoestratégicas. Gabarito: Errado. 32. (ESAF/AFC-CGU/2006) Compete ao Presidente da República exercer o comando supremo das Forças Armadas e ao Ministro de Estado da Defesa, por força das suas atribuições CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br administrativas, a nomeação dos oficiais-generais para os cargos que lhes são privativos. Comentários: Tal nomeação compete ao Presidente, nos termos do art. 84, XIII da CF. Gabarito: Errado. Indulto e comutação de penas: XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; Vamos aqui falar sobre alguns conceitos conexos: • Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos. • Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena imposta em sentença judicial transitada em julgado. • Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e não individual. • Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, XVII) sempre através de lei federal com deliberação no Congresso Nacional (art. 48, VIII). • Competência para conceder indulto (e graça): é de discricionariedade do presidente da República (art. 84, XII) podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU (art. 84, parágrafo único). Temos ainda a atribuição de "comutar penas", ou seja, "modificar" as penas impostas, "diminuir o castigo" do condenado. 33. (FCC/AJEM-TRT-9º/2010) É certo que, dentre outras atribuições, compete privativamente ao Presidente da República a) apreciar a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição Federal. b) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. c) decidir, ordinariamente, sobre as condutas tipificadas como crime político. d) julgar decisão que considera válida lei ou ato de governo local, contestada em face da Constituição. e) determinar que o Procurador Geral da República proponha ação direta de inconstitucionalidade. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Questão que aborda o art. 84. No art. 84 somente a letra B se encontra presente (inciso XII). As demais letras, ou são atribuições do Poder Judiciário, ou se quer existem, como no caso da letra E - ninguém pode determinar que o PGR proponha uma ação. Gabarito: Letra B. Nomeação de autoridades: XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 34. (FCC/AJ-Enfermagem-TRT-9º/2010) Tendo em vista as atribuições do Presidente da República, é considerada como sua competência privativa a) nomear, após aprovação pelo Supremo Tribunal Federal, os Ministros dos Tribunais Superiores. b) prestar contas, anualmente, à Câmara dos Deputados, dentro de noventa dias, após abertura da sessão legislativa preparatória. c) convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. d) designar os Ministros do Tribunal de Contas da União e os Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados. e) criar e extinguir cargos, funções e empregos públicos de qualquer esfera governamental. Comentários: Letra A - O erro é pelo fato de que tal aprovação é uma atribuição do Senado (CF, art. 84, XIV). Letra B - Errado. O Presidente presta contas ao Congresso, e no prazo de 60 dias. Caso essas contas não sejam prestadas, aí a Câmara entra na história, tomando-as (CF, art. 84, XIV). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Letra C - Agora sim. Tá certo. Esses são os dois conselhos constitucionalmente expressos que servem para auxiliar o Presidente dando seu parecer opinativo em diversas questões de relevância nacional. Letra D - De acordo com o art. 84, XV, Cabe ao Presidente nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União. O TCU possui 9 ministros e o Presidente escolhe 3 deles. Porém o Presidente não faz nada em relação ao TCE, que é órgão estadual, fora de sua órbita. Letra E - Absurdo! Cada esfera possui a sua autonomia própria, o Presidente não pode invadir a autonomia de outros entes. Gabarito: Letra C. Assuntos de segurança nacional ou de grande relevância: XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; Lembrando que nos demais casos (não previstos nessa Lei Complementar): caberá ao Congresso autorizar o Presidente da República a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, isto segundo o art. 49, II. Plano de governo e prestação de contas ao Congresso: XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Orçamentos: XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; O orçamento no Brasil é misto - cabe ao Executivo compilar as propostas orçamentárias e enviar ao Congresso onde o orçamento deve ser aprovado. Só o Presidente da República pode tomar a iniciativa das leis orçamentárias (Plano plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias- LDO e da Lei Orçamentária Anual - LOA). Grosso modo, podemos explicar da seguinte forma o orçamento: temos o orçamento anual, que deve ser o efetivamente cumprido, esse orçamento é a LOA (Lei Orçamentária Anual). Essa LOA é elaborada seguindo as metas e as prioridades que foram estabelecidas para aquele ano na LDO. A LDO por sua vez deve estar compatível com o PPA, que é o plano que traça as Diretrizes, Objetivos e Metas para um período de 4 anos, por isso ser chamado de "plurianual" (vários anos). Condecorações e atividades residuais: XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. Atribuições delegáveis aos Ministros, PGR OU AGU: Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Ou seja, poderá delegar: • decreto autônomo (inciso VI); • conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei (inciso XII); • prover cargos públicos na forma da lei (inciso XXV, primeira parte). Observe que é apenas “prover” os cargos; a extinção de cargos públicos não poderá ser delegada, salvo se vagos, quando poderá, então, ser feita por decreto autônomo, que é integralmente delegável. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Embora, não possa ser delegada a função de "extinguir" os cargos, a doutrina e a jurisprudência admitem a delegação dos seus "desprovimentos", já que, se a Constituição permite que tais autoridades venham a provir os cargos, também poderão desprovê- los. 35. (FCC/Procurador-TCE-AP/2010) Sobre a disciplina constitucional relativa ao exercício do cargo e às atribuições de Presidente e Vice-Presidente da República, considere: I. A ausência do Presidente e do Vice-Presidente da República do País por prazo superior a 15 ( quinze ) dias somente é possível mediante licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do respectivo cargo. II. A Constituição admite a delegação de competência do Presidente da República para conceder indulto e comutar penas. III. Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da Administração federal, podendo implicar a extinção, porém não a criação, de órgãos públicos. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. Comentários: I - Correto. A Constituição estabelece que o Presidente e o Vice- Presidente não podem se ausentar do país por período maior de 15 dias, salvo se tiverem autorização do Congresso. II - Correto. São três as matérias de competência do Presidente da República que podem ser delegadas, segundo o parágrafo único do art. 84 da Constituição, aos Ministros de Estado, PGR e AGU: • decreto autônomo (inciso VI); • conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei (inciso XII); • prover cargos públicos na forma da lei (inciso XXV, primeira parte). III - Errado. O decreto autônomo usado para organização e funcionamento da administração federal, não pode implicar: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Aumento de despesa; nem Criação ou extinção de órgãos públicos. Gabarito: Letra D. 36. (CESPE/Analista Administrativo - MPU/2010) A CF autoriza o presidente da República a delegar ao advogado-geral da União o envio de mensagem e de plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa. Comentários: As atribuições do Presidente que podem ser delegadas ao AGU (bem como para o PGR e Ministros) são aquelas que estão no parágrafo único do art. 84. Ou seja: • decreto autônomo (inciso VI); • conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei (inciso XII); • prover (e, segundo a doutrina, desprover) cargos públicos na forma da lei (inciso XXV, primeira parte). Gabarito: Errado. 37. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu a possibilidade de o presidente da República delegar, ao advogado-geral da União, sua competência para dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando isso não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Comentários: As matérias do art. 84 da Constituição que podem ser delegadas aos Ministros, AGU ou PGR, estão presentes no art. 84, parágrafo único. Entre elas, está a possibilidade de delegação do decreto autônomo (CF, art. 86, IV) mediante o qual se poderá dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando isso não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Gabarito: Correto. 38. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) É indelegável a atribuição constitucional do presidente da República de conceder indulto. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br As matérias do art. 84 da Constituição que podem ser delegadas aos Ministros, AGU ou PGR, estão presentes no art. 84, parágrafo único. Entre elas, está a possibilidade da concessão de indulto. Gabarito: Errado. 39. (CESPE/AJAJ-STF/2008) A concessão de indulto pode ser delegada ao procurador geral da República ou ao advogado-geral da União. Comentários: As matérias do art. 84 da Constituição que podem ser delegadas aos Ministros, AGU ou PGR, estão presentes no art. 84, parágrafo único. Entre elas, está a possibilidade da concessão de indulto. Gabarito: Correto. Da Responsabilidade do Presidente da República Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. 40. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É crime de responsabilidade o ato que atente contra o exercício de direitos sociais cometido pelo presidente da República. Comentários: O art. 85 da Constituição dispõe que são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra uma relação de coisas. Entre elas CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br (inciso III) encontramos o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais. Gabarito: Correto. 41. (CESPE/TRT-17ª/2009) São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais. Comentários: A questão se limita a mencionar a literalidade encontrada no art. 85, III da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 42. (TRT 8º/Juiz do Trabalho Substituto- TRT 8º/ 2006) O Presidente da República cometerá crime de responsabilidade se atentar contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, e de improbidade administrativa se atentar contra a lei orçamentária. Comentários: Tanto o ato atentatório ao exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, quanto o que atenta contra a lei orçamentária são crimes de responsabilidade, não se aplicando a lei de improbidade administrativa. Gabarito: Errado. Sobre o processo Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. A Câmara dos Dep. admitiu a acusação contra o Presidente por 2/3 de seus membros? Crime de Responsabilidade Crime comum correlato com suas atividades Pelo STF Pelo Senado Tipo de crime Admissão Julgamento sim não sim CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Lembrando que no caso do julgamento pelo Senado: • Funcionará como Presidente (da sessão de julgamento) o do STF; • A condenação somente será proferida por 2/3 dos votos do Senado; e • A condenação só poderá se limitar à perda do cargo, com inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Doutrina: Quando a constituição diz que "admitida a acusação pela Câmara, o presidente será submetido a julgamento", a Constituição não está deixando margem alguma para o Senado fazer juízo de admissibilidade, pois a Câmara já o fez. Assim, o Senado é obrigado a instaurar o processo. No caso do STF, no entanto, essa obrigatoriedade não ocorre devido ao respeito ao princípio da separação dos Poderes (lato sensu). 43. (FCC/AJAJ-TRF 4º/2010) Presidente da República que tenha praticado crime que atente contra a lei orçamentária será submetido, após admitida a acusação, a julgamento perante o: a) Superior Tribunal de Justiça. b) Supremo Tribunal Federal. c) Senado Federal. d) Tribunal Superior Eleitoral. e) Tribunal de Contas da União. Comentários: Primeiro teríamos que saber que trata-se de um crime de responsabilidade, pois está no inciso VI da lista exposta pelo art. 85 da Constituição. O Presidente assim, seria julgado pelo Senado. Obviamente após a admissão pela Câmara, por 2/3 dos seus membros. Gabarito: Letra C. Crime comum estranho às suas atividades (§4º) Após o mandato CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 44. (FCC/TJAA-TRT 9º/2010) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, a acusação feita contra o Presidente da República deverá ocorrer por parte de: a) dois terços do Senado Federal, em ambos os casos. b) metade da Câmara dos Deputados e metade do Senado Federal, respectivamente. c) um terço do Supremo Tribunal Federal e um terço do Congresso Nacional, respectivamente. d) dois terços da Câmara dos Deputados, em ambos os casos. e) metade do Congresso Nacional e metade do Supremo Tribunal Federal, respectivamente. Comentários: O Presidente é processado no STF em se tratando de crimes comuns. No caso de crimes de responsabilidade o processo correrá no Senado Federal. Em ambos os casos necessita-se de autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados. Gabarito: Letra D. 45. (CESPE/Escrivão - PC-ES /2011) O julgamento do presidente da República por crime de responsabilidade será feito pelo Senado Federal, em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, e a condenação dependerá da aprovação de dois terços dos votos de todos os membros do Senado. Comentários: Exatamente o que dispõe a Constituição Federal sobre o caso (CF, art. 86 c/c 52 §único), lembrando que A condenação só poderá se limitar à perda do cargo, com inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Gabarito: Correto. 46. (ESAF/ANA/2009) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços do Supremo Tribunal Federal, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal, nas infrações penais comuns, ou perante a Câmara dos Deputados, nos crimes de responsabilidade. Comentários: A questão mistura todas as competências. Quem autoriza por 2/3 é a Câmara. Quem julga por crimes comuns é o STF e o Senado realmente julga nos crimes de responsabilidade. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 47. (ESAF/MPU/2004) Admitida a acusação contra o presidente da República por infração penal comum, ele será submetido a julgamento perante o Senado Federal. Comentários: Perante o Senado é quando se trata de crimes de responsabilidade. Para infrações penais comuns será perante o STF. Gabarito: Errado. Suspensão das funções do Presidente Segundo a Constituição, em seu art. 86 §1º, o Presidente da República sujeito a processo criminal será suspenso de suas funções. Essa suspensão terá o prazo máximo de 180 dias e começa a valer: Nas infrações penais comuns - quando o STF receber a denúncia ou queixa-crime; Nos crimes de responsabilidade - após o Senado instaurar o processo. Gravem muito, mas muito bem esse termo inicial da suspensão, as bancas gostam de misturar isso, e cobram muito em concurso. O §2º traz uma importante disposição: se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 48. (FCC/AJEM-TRF 4º/2010) É correto afirmar que o Presidente da República ficará suspenso de suas funções a) nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa- crime pelo Supremo Tribunal Federal. b) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Supremo Tribunal Federal. c) nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Superior Tribunal de Justiça. d) nas infrações penais comuns, após a instauração do processo pelo Senado Federal. e) nas infrações penais comuns, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Comentários: Questão muito boa! Muito cobrada em concursos e que demanda muita atenção. Vamos esquematizar: Suspensão das funções do Presidente: - O Presidente ficará suspenso (por 180 dias) de suas funções: Nas infrações penais comuns - quando o STF receber a denúncia ou queixa-crime; Nos crimes de responsabilidade - após o Senado instaurar o processo. - Se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. Gabarito: Letra A. 49. (FCC/Analista - TJ-PA/2009) Se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. Comentários: Assim que o STF recebe a denúncia ou queixa-crime, nos casos de crimes comuns, ou o Senado instaura o processo, nos crimes de responsabilidade, o Presidente fica suspenso de suas funções (CF, art. 86 §1º). Porém, se decorrido o prazo de 180 dias e o julgamento não estiver concluído, ele retomará ao exercício do cargo, nos termos do art.86 §2º da Constituição. Gabarito: Correto. 50. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) Caso haja recebimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de queixa-crime contra o presidente da República pela prática de infração penal, este terá suspensas as suas funções. Comentários: No caso de crimes comuns, ficará suspenso a partir do recebimento da denúncia pelo STF (CF, art. 86 §1º). Lembrando que no caso de crimes de responsabilidade, ele só será suspenso após a instauração do processo no Senado. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br 51. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Para que o presidente da República seja julgado pelo STF por crimes comuns, é necessária a autorização de dois terços da Câmara dos Deputados, por força da qual fica ele suspenso das suas funções. Comentários: O Presidente só seria suspenso de suas funções após recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo o STF (CF, art. 86 §1º). Gabarito: Errado. Vedação à prisão preventiva: § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. A Constituição não previu a hipótese de prisão preventiva do Presidente da República, assim, este só poderá ser preso quando for proferida a sentença condenatória. Imunidade Penal Relativa: § 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 52. (FCC/AJAJ-TRT-24ª/2011) No que concerne à responsabilidade do Presidente da República, é INCORRETO afirmar: a) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. b) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns. c) Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão. e) Na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 39 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br Letra A – Correto. É a literalidade do art. 86 da Constituição – A Câmara dos Deputados autoriza o procedimento por 2/3 dos votos e o Senado Federal faz o julgamento. Lembrando que a condenação também só será proferida por 2/3 dos votos do Senado. Letra B – Correto. Mais uma vez usou-se a literalidade do art. 86. Letra C – Errado. Segundo a Constituição, em seu art. 86 §1º, o prazo é de 180 dias, e não 120. Letra D – Correto. É a literalidade do art. 86 §3º. A Constituição não previu a hipótese de prisão preventiva do Presidente da República, assim, este só poderá ser preso quando for proferida a sentença condenatória, nos termos da Constituição, art. 86 §3º. Letra E - Correto. É a literalidade do art. 86 §4º. Gabarito: Letra C. 53. (FCC/Promotor-MPE-CE/2009) As normas constantes dos §§ 3o e 4o do art. 86 da Constituição da República ( imunidade à prisão cautelar e imunidade temporária à persecução penal, ambas em favor do Presidente da República ) são suscetíveis de extensão aos Governadores de Estado. Comentários: O Presidente possui a chamada "imunidade penal relativa", ou seja, não está livre de ser punido por qualquer ato, mas se o o ato não for inerente aos exercícios de suas funções, só poderá ser responsabilizado por usa prática após o fim do mandato. Nós já vimos ainda que, nas infrações comuns, enquanto não sobrevier sentença condenatória, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Não existe então. também, a possibilidade de prisão cautelar para o Presidente da República. Segundo a jurisprudência do STF, é inadimissível a extensão da imunidade à prisão cautelar ao governador de Estado pela Constituição do Estado, bem como é inadimissível que a Constituição Estadual confira imunidade ao governador para que ele não seja responsabilizado por delitos estranhos à sua função. Segundo as palavras do Supremo, os govenadores possuem, então, unicamente a prerogativa de foro de serem julgados perante o STJ, após licença da Assembléia Legislativa, devendo estes serem ali julgados ainda que por delitos penais estranhos às suas funções. Somente a Constituição Federal pode conferir prerrogativas de foro ou imunidades e ela não o fez para os governadores. Assim, os Estados-membros não podem reproduzir em suas próprias Constituições o conteúdo normativo dos preceitos inscritos no art. 86, §§ 3º e4º da CF, pois essas prerrogativas são unicamente CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 40 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br compatíveis com a condição de Chefe de Estado - que somente o Presidente da Republica possui. Gabarito: Errado. 54. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Nos crimes comuns, o presidente da República não está sujeito à prisão enquanto não for proferida sentença condenatória. Comentários: Versa a Constituição em seu art. Art. 86 § 3º que enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Ou seja, trata-se de uma imunidade formal que impede a prisão cautelar ou preventiva do Presidente da República. Gabarito: Correto. 55. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) As infrações penais praticadas pelo presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, serão objeto de imediata persecutio criminis. Comentários: Pois a Constituição estabelece no seu art. 86 § 4º que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. Gabarito: Errado. 56. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo posicionamento do STF, a imunidade formal relativa à prisão do presidente da República é aplicável também aos chefes dos poderes executivos estaduais, desde que diante de expressa previsão nas respectivas constituições estaduais. Comentários: Segundo a jurisprudência do STF, é inadimissível a extensão da imunidade à prisão cautelar ao governador de Estado pela Constituição do Estado, bem como é inadimissível que a Constituição Estadual confira imunidade ao governador para que ele não seja responsabilizado por delitos estranhos à sua função. Segundo as palavras do Supremo, os govenadores possuem, então, unicamente a prerogativa de foro de serem julgados perante o STJ, após licença da Assembléia Legislativa, devendo estes serem ali julgados ainda que por delitos penais estranhos às suas funções. Somente a Constituição Federal pode conferir prerrogativas de CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 41 Prof. Vítor Cruz www.pontodosconcursos.com.br foro ou imunidades e ela não o fez para os governadores. Assim, os Estados-membros não podem reproduzir em suas próprias Constituições o conteúdo normativo dos preceitos inscritos no art. 86, §§ 3º e4º da CF, pois essas prerrogativas são unicamente compatíveis com a condição de Chefe de Estado - que somente o Presidente da Republica possui. Gabarito: Errado. 57. (CESPE/AJAA-STF/2008) O presidente da República possui imunidade material ou inviolabilidade, também
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