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Aula 9- Visão Geral dos Helmintos e a Esquistossomose PARASITOLOGIA HUMANA BÁSICA Os Helmintos FILO PLATELMINTOS ( vermes achatados, possuem sistema digestório incompleto ) Este filo se divide em 3 classes: Tuberlária, todos são de vida livre, ex: planária. Tremátoda, todos são parasitas, ex: Schistossoma mansoni. Cestoda, parasitas que vivem principalmente no intestino de vertebrados, ex: Taenia solium e Taenia saginata. FILO ASQUELMINTOS ( vermes cilíndricos, possuem sistema digestório completo ) Este filo se divide em 2 classes: Rotífera, vermes menores que 1mm Nemátoda, vermes maiores que 1mm O que é a Esquistossomose? Parasitose causada por verme Helminto, filo Platelminto, classe Trematoda ( Schistossoma mansoni). Ocorre na África, América do Sul e em muitos locais do mundo. Esta doença também é chamada como barriga d’água ou mal do caramujo. O Agente etiológico A doença é causada pelo verme platelminto Schistossoma mansoni que se aloja no fígado. O Hospedeiro definitivo Definitivo ou completo, o homem Os Hospedeiros Intermediários Intermediários ou incompletos o caramujo Biomphalaria glabrata Morfologia do Verme em seu ciclo de vida A) Adulto: macho ou fêmea com nítido dimorfismo sexual Macho: Mede cerca de 1cm e tem cor esbranquiçada Fêmea: Mede cerca de 1,5cm e tem cor escura B) Ovo: Forma usualmente encontrada nas fezes, nos ovos estão os miracídios. C) Miracídio: Apresenta forma cilíndrica, cílios para locomoção no meio aquático, sistema nervoso primitivo, estas células dão início ao ciclo no caramujo. D) Esporocisto: Forma encontrada no interior do caramujo. E) Cercária: Forma que sai do caramujo, 2 ventosas estão presentes: 1)Ventosa oral, ligada ao intestino primitivo. 2)Ventosa ventral, é maior e com musculatura mais desenvolvida que a ventosa oral, através desta ventosa, a cercária fixa-se na pele do hospedeiro no processo de penetração, momento em que a cercária perde a calda. Morfologia ( continuação) Sintomatologia Fase aguda Os sintomas mais comuns da esquistossomose são, a diarréia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos Febre de Katayama O período de incubação da esquistossomose, ou seja, o intervalo entre a contaminação e os primeiros sintomas da doença em si, é de um a dois meses, que corresponde à fase de penetração das cercárias, seu amadurecimento até a forma adulta e a instalação dos S. mansoni adultos no interior dos vasos sanguíneos do hospedeiro definitivo. A Febre de Katayama é a fase aguda da esquistossomose, sendo causada por uma reação do sistema imune à migração e à produção de ovos do parasita no organismo. Ocorre entre duas a oito semanas após a exposição. A fase aguda surge em pessoas que nunca tiveram contato prévio com o parasita. Indivíduos que vivem em áreas endêmicas e já foram expostos ao S. mansoni durante a infância não costumam apresentar sintomas iniciais. Os sintomas da febre Katayama incluem febre, calafrios, dor muscular, dor nas articulações, tosse seca, diarreia, perda do apetite e dor de cabeça. Durante o exame físico podem ser encontrados aumento de linfonodos (gânglios) e hepatoesplenomegalia (inchaço do fígado e do baço). Patologia Sintomatologia Fase crônica A esquistossomose crônica, que é muito mais comum do que a forma aguda da infecção, é causada pela reposta imune do organismo aos ovos, resultando em intensa inflamação dos tecidos acometidos e evolução para granulomas e fibrose (substituição do tecido normal por tecido cicatricial). A forma crônica da esquistossomose apresenta as seguintes formas: Esquistossomose intestinal A retenção de ovos na parede do intestino causa diarreia sanguinolenta, cólicas e emagrecimento. A intensa resposta inflamatória do corpo contra os ovos pode causar ulcerações na parede do intestino, granulomas e obstrução à passagem das fezes. Esquistossomose hepatoesplênica Pacientes contaminados com uma grande carga de parasitas são mais propensos a produzir a doença no fígado. Os ovos do parasita tendem a migrar e se depositar na veia porta, causando inflamação e obstrução a passagem do sangue por fibrose. Transmissão Penetração de cercárias na pele e mucosa ( principalmente pés e pernas ) em contato com águas contaminadas: valas de irrigação de hortas. pequenos córregos utilizados para nadar e lavar roupas. Epidemiologia Acredita-se que: A) Esta doença exista a milhares de anos. B) A introdução no Brasil, foi em decorrência da chegada dos escravos que trouxeram o parasita da África. C) 230 milhões de infectados no mundo em sua grande maioria assintomáticos D) 20 milhões de pessoas apresentam as formas severas da doença E) 280 mil mortes por ano F) 80 a 90 por cento dos casos ocorrem na África Medidas profiláticas A)Tratamento da população em larga escala. ( para todos os casos positivos ). B)Saneamento básico para que esgotos não afetem os rios e lagos. Como é feito o tratamento? Oxamniquina e praziquantel para pacientes que venham apresentar ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal.
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