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CITOLOGIA INFLAMATÓRIA

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Citologia teórica – P1
CITOLOGIA INFLATMATÓRIA 
Inflamação - Reação que ocorre em um tecido vivo, após injúria 
Infecção - Inflamação produzida por organismos vivos (bactérias, fungos, parasitas e vírus)
Infestação - Presença de microorganismos vivos sem ser acompanhado por inflamação
Processo inflamatório geralmente manifesta: sintomas clínicos associados a presença de microorganismos patogênicos e alterações celulares reativas no epitélio de revestimento.
MECANISMO DE DEFESA: Mantém o equilíbrio entre os germes e o hospedeiro; Lábios menores - barreira mecânica; Muco cervical - mantém condições ideais de umidade, contém elementos que contribuem para o desenvolvimento normal da microbiota (Lactobacilos).
FATORES PREDISPONENTES DE INFECÇÃO: 
pH; 
Descamação contínua das células epiteliais maduras (contribui para a depuração do ecossistema vaginal); 
Imunossupressão
Alterações hormonais carenciais 
Intervenção de – agentes químicos (duchas vaginais, lubrificantes, espermicidas), físicos (tampões, DIU), procedimentos médicos (ressecções, biópsias, crioterapia)
FATORES QUE INFLUENCIAM A MICROBIOTA VAGINAL:
Fisiológicos - parto, gravidez, menstruação e menopausa
Doenças e drogas - Insuficiência hepática, distúrbios hormonais, distúrbios metabólicos, erosão, infecções e contraceptivos orais
Locais - infecções, DIU, diafragma, ducha vaginal, cirurgia, trauma, aborto, exposição sexual
LACTOBACILLUS (Bacilo de Döderlein)
Bacilo gram positivo, intensa citólise (ruptura da célula) e produção de ácido lático baixando o pH vaginal, possível leucorréia (corrimento mucoso esbranquiçado ou amarelado). 
Predomínio - fase luteínica do ciclo, gravidez e menopausa precoce.
Sintomas (intensificam na fase pré-menstrual): Prurido vulvar, disúria, corrimento branco - “nata de leite”
Tratamento: Banho com solução de bicarbonato de sódio – corrigir o pH vaginal
São responsáveis por corrimento vaginal quando a citólise é pronunciada (vaginose citolítica). Sua abundância depende do meio hormonal; são menos frequentes antes da puberdade e após a menopausa. 
O bacilo de Döderlein poderá provocar leucorréia quando presente em quantidades exageradas. Citólise intensa de células intermediárias está quase sempre presente e a reação inflamatória mais comum é a metacromasia. Depósito de glicogênio no citoplasma, de células intermediárias, é também achado corriqueiro.
ACTINOMYCES – “Algodão”
Esta bactéria é geralmente associada ao uso de DIU. Se apresentam como estruturas filamentosas, ramificadas em ângulo agudo, basofílicas. Os filamentos se irradiam a partir de um centro denso e escuro “algodão”.
São flora normal da boca. Essa bactéria não causa a infecção sozinha, sendo necessário que exista atuar conjuntamente com outros tipos de bactérias para atravessar a pele ou a gengiva.
Sintomatologia - leucorréia, sangramento, dor pélvica ou febre.
VAGINOSE BACTERIANA – GARDNERELLA – “Areinha”
Ocorre uma perda de Bacilos de Doderlein alcalinizando o meio (porque o Bacilo acidifica) e a proliferação de bactérias.
A Gardnerella é frequentemente associada a outras bactérias, constituindo o quadro conhecido como vaginose bacteriana. O esfregaço não contém bacilos de Döderlein e há escassez de neutrófilos.
Critérios para diagnóstico de compatibilidade morfológica: Ausência de lactobacilos e de exsudato inflamatório; Presença de abundantes cocobacilos pequenos (gram negativos ou gram variáveis); Presença de células guia (Clue cells)
Clinicamente: Início assintomática; Secreção vaginal abundante de cor acinzentada; Leucorréia com odor de peixe; KOH (teste de Whiff) intensifica o odor
VAGINITE POR MICROCOCOS
Cocos gram positivos e diplococos gram negativos - infecções e leucorréia 
São mais comuns: estafilococos e os estreptococos. Staphylococcus aureus - cultivado em 5% das mulheres normais
VAGINITE POR GONOCOCOS
Neisseria gonorrhoeae. Diplococos gram negativos intra e extracelular. Produzem abundante exsudato purulento.
Secreção compromete a uretra e glândulas perivaginais. Difícil reconhecimento - microscopia óptica
Diplococos em forma de feijão nas extremidades do esfregaço devido a dessecação. Observados sobrepondo o citoplasma das células escamosas ou no interior de polimorfonucleares. Indicado cultura bacteriana para confirmação
LEPTOTRIX VAGINALIS - “Vários fiozinhos bem fininhos”
Microorganismos anaeróbios, gram (-). Ocorrem na cavidade oral e vaginal 
Estruturas filamentosas, em forma de “S”ou “U”, ou enovelados
Alterações reativas: muco denso, leucócitos aumentados e histiócitos em pequeno número
INFECÇÃO POR FUNGOS – CANDIDA
Fatores que favorecem – gravidez, obesidade, diabete, uso de antibióticos, imunodepressão
CANDIDA ALBICANS
Agente mais prevalente. Infecção oportunista. 
Acomete cerca de 70% dos pacientes portadores do vírus HIV os quais desenvolvem candidíase oral. Único ou múltiplos episódios.
Pode ser assintomática ou provocar leucorréia cremosas (corrimento branco leitoso) e espessas acompanhadas de sensação de queimação e prurido.
Esfregaços exibem as duas formas assumidas pelos fungos: Esporos ou Pseudohifas
Alterações reativas: vacuolização citoplasmática, halo perinuclear, aglomeração de cromatina, grande quantidade de leucócitos, muco moderado.
VAGINITE POR CORPO ESTRANHO
Geralmente, absorvente interno esquecido - irritação com ulceração da parede vaginal ou ectocérvix 
Exsudato inflamatório agudo, muco e células gigantes tipo corpo estranho.
TRICHOMONAS VAGINALIS – “Borrão”
Protozoário flagelado, piriforme com limites mal definidos. Mede de 10 a 40 micras de diâmetro.
Núcleo - pequeno, ovóide e excêntrico 
Transmissão sexual 
Pode estar associado com Gardnerella vaginalis e Candida albicans.
Cérvix ou vagina em “morango” (pintinhas vermelhas) - congesta, com pontilhado hemorrágico (dilatação dos vasos capilares da sub-mucosa).
Esfregaço - alterações inflamatórias significativas com abundante exsudato leucopiocitário 
Quanto menor o parasita, mais intensa a inflamação 
Sintomas clínicos → causa corrimentos vaginais abundantes, mau cheirosos de cor amarelo esverdeada.
CHLAMYDIA TRACHOMATIS 
Parasita intracelular obrigatório. Acomete - JEC e epitélio endocervical 
Ocasiona - vaginite, cervicite, uretrite e salpingite 
Pode levar a endometrite, quadro de infertilidade (por fibrose das trompas de falópio) e aumento do risco de gravidez ectópica.
Densas inclusões localizadas no interior de vacúolos menores. 
Alterações reativas: aumento volume nuclear, grande número de leucócitos e vacúolos 
Diagnóstico citológico: baixa sensibilidade e reprodutibilidade 
Diagnóstico: cultura microbiológica, Imunofluorescência – ELISA, PCR e captura híbrida 
CERVICITE FOLICULAR OU CERVICITE LINFOCITÁRIA 
Presença de folículos linfóides nas áreas subepiteliais da cérvice uterina
Associado à infecção chlamídica em quase 50% dos casos. Nos esfregaços - linfócitos em diferentes estágios de maturação e histiócitos.
HERPES VÍRUS – “Grandões multinucleados”
Herpes Vírus tipo 1 ( HSV1 ), Herpes Vírus tipo 2 ( HSV2 )
Locais de infecção: Nádegas, ânus, parte superior da coxa, coca, lábios, face (herpes facial) 
HSV1 - mais frequentemente na infância e adolescência - estomatite, vulvovaginite, sintomatologia pulmonar ou ocular 
HSV2 - mulheres na puberdade e após o início da atividade sexual 
Fatores precipitantes - Stress e menstruação; Lesão na superfície da mucosa, com ou sem sintoma; Lesões cutâneas sob a forma de pápulas ou vesículas que se rompem em sua evolução, formando úlceras, que geralmente não deixam cicatriz.
Evolução Clínica - Manchas vermelhas; Bolhas com líquido claro; Coloração amarelo esbranquiçado; Rompimento; Úlceras dolorosas; Cicatriz e Cura.
Afeta células escamosas parabasais, metaplásicas imaturas e endocervicais
Inicialmente - citomegalia e cariomegalia. Multinucleação com amoldamento nuclear
Núcleo fosco, homogeneizado - alteração da estrutura da cromatina com posterior amoldamento na membrana nuclear.

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