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Prof. Nunes Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Química Orgânica I EstereoquímicaEstereoquímica Análise Análise ConformacionalConformacionalAnálise Análise ConformacionalConformacional Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. nunes.ufc@gmail.com 1 Prof. Nunes Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Química Orgânica I Análise Análise ConformacionalConformacional Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. nunes.ufc@gmail.com 2 Prof. Nunes À temperatura ambiente em solução, todastodas asas ligaçõesligações simplessimples na molécula estão constantemente rotacionando. Análise ConformacionalAnálise Conformacional FeromômioFeromômio da traça de ervilha: da traça de ervilha: acetato de acetato de ciscis--1010--dodecendodecen--11--ilaila 3 Prof. Nunes As possibilidades de que duasduas moléculasmoléculas teremterem exatamenteexatamente aa mesmamesma formaforma, em qualquer momento são bastante pequenas. Análise ConformacionalAnálise Conformacional No entanto, mesmo que não haja duas moléculas com exatamente a mesma forma, em qualquer momento, elas sãosão mesmomesmo compostocomposto químicoquímico, pois têm todos os mesmos átomos ligados da mesma maneira. Chamamos as diferentesdiferentes formasformas dede moléculasmoléculas dodo mesmomesmo compostocomposto conformaçõesconformações.conformaçõesconformações. 4 Prof. Nunes Para ir de um conformação a outra, podemos girar em torno das ligações simples. Análise ConformacionalAnálise Conformacional 5 Prof. Nunes Para ir de um conformação a outra, podemos girar em torno das ligações simples. Um coisa que nãonão podemospodemos fazerfazer, porém, é para quebrarquebrar quaisquerquaisquer ligaçõesligações. Análise ConformacionalAnálise Conformacional Um coisa que nãonão podemospodemos fazerfazer, porém, é para quebrarquebrar quaisquerquaisquer ligaçõesligações. É por isso que não se pode rodar em torno de uma dupla ligação, pois teríamos que quebrar a ligação π. x x 6 x Prof. Nunes Algumas conformações sãosão maismais estáveisestáveis que outras... Conformação e ConfiguraçãoConformação e Configuração 7 Prof. Nunes A barreirabarreira rotaçãorotação em torno de ligaçõesligações simplessimples éé muitomuito baixabaixa, à temperatura ambiente, e a rotação se dá facilmente. Barreiras de RotaçãoBarreiras de Rotação Já a barreirabarreira dede rotaçãorotação em torno de ligaçõesligações duplasduplas são significantemente maiores. 8 Prof. Nunes Considere os dois átomos de hidrogênio do etano destacados em vermelho na projeção de Newman. Estes dois átomos de hidrogênio parecem estar separados por um ângulo de 60 °. Análise Conformacional do EtanoAnálise Conformacional do Etano Este ângulo é o chamado ânguloângulo diedrodiedro ou ânguloângulo dede torçãotorção. Este ângulo diedro muda quando giramos a ligação C-C - por exemplo, se oEste ângulo diedro muda quando giramos a ligação C-C - por exemplo, se o carbono da frente gira no sentido horário enquanto o carbono de trás é mantido parado. O valor para o ânguloângulo diedrodiedro entre dois grupos podem ser de qualquer valor entre 00°° e 181800°°.. 9 Prof. Nunes Portanto, há um número infinito de possíveis conformações. No entanto, existem duas conformações que requerem especial atenção: Análise Conformacional do EtanoAnálise Conformacional do Etano � a de menor energia – conformação alternada � aa dede maiormaior energiaenergia –– conformaçãoconformação eclipsadaeclipsada AlternadaAlternada EclipsadaEclipsadaAlternadaAlternada EclipsadaEclipsada 10 Prof. Nunes A diferença de energia entre as conformações alternadaalternada e eclipsadaeclipsada do etano, é de 1212 kJkJ/mol/mol, como mostrado no diagrama de energia. Análise Conformacional do EtanoAnálise Conformacional do Etano Observe que todas as conformações alternadasalternadas do etano são degenerados; ou seja, todas as conformações alternadasalternadas têm a mesma quantidade de energia. Da mesma forma, todas as conformações eclipsadaseclipsadas do etano são degeneradas. 11 Prof. Nunes A diferença de energia entre as conformações alternadaalternada e eclipsadaeclipsada do etano é referida como tensãotensão torsionaltorsional, e a sua causa tem sido debatida por muitos anos. Análise Conformacional do EtanoAnálise Conformacional do Etano Com base em recentes cálculos de mecânica quântica, acredita-se agora que a conformação alternadaalternada possui uma interaçãointeração favorávelfavorável entre um orbital molecular ligante ocupado e outro orbital molecular anti-ligante desocupado. Essa interação é favorável e só está presente na conformação alternadaalternada. 12 Prof. Nunes Quando a ligação C-C é rodada (passando de uma alternadaalternada para uma eclipsadaeclipsada), a sobreposição favorável citada é temporariamente interrompida, causando um aumento de energia. Análise Conformacional do EtanoAnálise Conformacional do Etano No etano, este aumento de energia atinge 12 kJ/mol. Uma vez que existem três interações eclipsadaeclipsada separadas, é razoável atribuir 4 kJ/mol para cada par de sobreposição HH-HH. Esta diferença de energia é significativa. À temperatura ambiente, uma amostra do gás etano terá cerca de 9999%% dasdas suassuas moléculasmoléculas emem conformaçõesconformações alternadasalternadas em qualquer dado instante. 13 Prof. Nunes O diagrama de energia de propanopropano é muito semelhante ao de etano, com exceção da a tensão torsional ser de 14 kJ/mol em vez de 12 kJ/mol. Mais uma vez, observe que todas as conformações alternadasalternadas são Análise Conformacional do PropanoAnálise Conformacional do Propano Mais uma vez, observe que todas as conformações alternadasalternadas são degeneradas, assim como são todas as conformações eclipsadaseclipsadas. 14 Prof. Nunes Nós já atribuímos 4 kJ/mol para cada par de H eclipsadoseclipsados. Se sabemos que a tensão torsional do propano é de 14 kJ/mol, é razoável atribuir 6 kJ/mol para a sobreposição de um H com um grupo metila. Análise Conformacional do PropanoAnálise Conformacional do Propano 15 Prof. Nunes A análise conformacional de butanobutano é um pouco mais complexa do que as análisesconformacionais do etano ou do propano. Análise Conformacional do ButanoAnálise Conformacional do Butano 16 Prof. Nunes � 33 conformaçõesconformações dede maiormaior energiaenergia -- conformaçõesconformações alternadasalternadas. � 33 conformaçõesconformações dede menormenor energiaenergia -- conformaçõesconformações eclipsadaseclipsadas.. Análise Conformacional do ButanoAnálise Conformacional do Butano �Mas, no caso de butano, note que uma conformação eclipsadaseclipsadas (ângulo diedro = 0) é maior na energia do que as outras duas conformações eclipsadaseclipsadas. Em outras palavras, as três conformações eclipsadaseclipsadas não são degeneradas. �Da mesma forma, uma conformação alternadaalternada (ângulo diedro = 180) é inferior em energia do que as outras duas conformações alternadasalternadas. 17 Prof. Nunes 33 conformaçõesconformações alternadasalternadas.. A conformação com um ângulo diedro de 180° é chamada de conformação anti, e representa a conformação de menor energia do butano. Análise Conformacional do ButanoAnálise Conformacional do Butano anti, e representa a conformação de menor energia do butano. As outras duas conformações também são alternadas,alternadas, porém com 3,8 kJ/mol a mais de energia do que a conformação anti - são chamadas de conformações gauche. Por quê? 18 Prof. Nunes Na conformação antianti, os grupos metila conseguem a separação máxima um do outro. Nas conformações gauchegauche, os grupos metila estão mais próximos uns dos Análise Conformacional do ButanoAnáliseConformacional do Butano Nas conformações gauchegauche, os grupos metila estão mais próximos uns dos outros. As nuvens de elétrons se repelem (tentando ocupar a mesma região do espaço), causando um aumento da energia de 3,8 kJ/mol. Esta interação desfavorável, chamada de interaçãointeração gauchegauche, é uma forma de impedimentoimpedimento estéricoestérico, e é diferente do conceito de tensão torsional. As duas conformações gauchegauche que mostram essa interação são degeneradas.As duas conformações gauchegauche que mostram essa interação são degeneradas. 19 Prof. Nunes Agora vamos voltar nossa atenção para os 33 conformaçõesconformações eclipsadaseclipsadas. Uma conformação eclipsada é superior em energia do que as outras duas porque os grupos metila estão se sobrepondo. Análise Conformacional do ButanoAnálise Conformacional do Butano porque os grupos metila estão se sobrepondo. As experiências sugerem que esta conformação tem um custo total de energia de 19 kJ/mol. Uma vez que já foi atribuído 4 kJ/mol para cada interação H-H, é razoável atribuir 11 kJ/mol para a interação entre dois grupos metilas vizinhos. A conformação com os dois grupos metila se sobrepondo é o maior conformação de energia. 20 Prof. Nunes As outras duas conformações eclipsadaseclipsadas são degeneradas. Análise Conformacional do ButanoAnálise Conformacional do Butano Em cada caso, existe um par de H e dois pares H/CH3 eclipsadoseclipsados. Temos todas as informações necessárias para calcular a energia dessas conformações. Sabemos que eclipsando H de são 4 kJ/mol, e cada conjunto de H/CH3 eclipsado é 6 kJ/mol. Portanto, calcula-se um custo total de energia de 16 kJ/mol. 21 Prof. Nunes Análise Conformacional - ResumoAnálise Conformacional - Resumo 22 Prof. Nunes Um medicamento vai se ligar a um receptor biológico se possuir um arranjo específico tridimensional de grupos funcionais, chamado um grupo farmacóforofarmacóforo. Por exemplo, o farmacóforofarmacóforo de morfina é mostrado em vermelho: Medicamentos e suas ConformaçõesMedicamentos e suas Conformações A morfina é uma molécula muito rígida, uma vez que tem muito poucas ligaçõesA morfina é uma molécula muito rígida, uma vez que tem muito poucas ligações que são submetidos a uma rotação livre. Como resultado, o farmacóforofarmacóforo é bloqueado no seu lugar. Em contraste, as moléculas flexíveis são capazes de adotar uma variedade de conformações, e só algumas destas conformações podem se ligar ao receptor. Por exemplo, a metadona tem muitas ligações simples, cada uma das quais sofre uma rotação livre.23 Prof. Nunes A metadonametadona é utilizada para o tratamento de viciados em heroína, que sofrem de sintomas de abstinência. A metadonametadona se liga ao mesmo receptor que a heroína, e acredita-se que a conformação ativa é aquela em que a posição dos grupos funcionais Medicamentos e suas ConformaçõesMedicamentos e suas Conformações conformação ativa é aquela em que a posição dos grupos funcionais corresponde ao farmacóforofarmacóforo da heroína (e da morfina): 24 Prof. Nunes O cicloexanocicloexano pode adotar muitas conformações, como veremos em breve. Por enquanto, vamos explorar duas conformações: � conformação cadeira, e Conformações do CicloexanoConformações do Cicloexano � conformação cadeira, e � conformação barco. cadeiracadeira barcobarco Em ambas as conformações, os ângulos de ligação são bem próximos de 109,5° e, portanto, ambas as conformações possuem muito pouca tensão angular. 25 Prof. Nunes Conformações do CicloexanoConformações do Cicloexano A diferença significativa entre elas pode ser visto ao se comparar a tensão torsional. A conformação cadeiracadeira não tem tensão torsional. Isto pode ser melhor visto com uma projeção de Newman. cadeiracadeira barcobarco Observe que todas os H são alternados. Nenhum está eclipsado. 26 Prof. Nunes Conformações do CicloexanoConformações do Cicloexano Na conformação de barco tem duas fontes de tensão torsional. cadeiracadeira barcobarco Muitos dos HH estãoestão eclipsadoseclipsados (Figura a), e os H de cada lado das interações sentem efeitos estéricos no anel chamados de interaçõesinterações mastromastro, como mostrado na Figura b. H eclipsadosH eclipsados interação mastrointeração mastro 27 Prof. Nunes Conformações do CicloexanoConformações do Cicloexano O barcobarco pode aliviar um pouco essa tensão torsional “torcendo” sua estrutura, resultando em uma conformação chamada de barcobarco torcidotorcido.. barcobarco interação mastrointeração mastro barco torcidobarco torcido 28 Prof. Nunes Na verdade, o cicloexanocicloexano pode adotar muitas conformações diferentes, mas a mais importante é a conformação cadeiracadeira. Na verdade, existemexistem duasduas conformaçõesconformações cadeiracadeira diferentes que se interconvertem rapidamente através de uma via que passa por muitas Conformações do CicloexanoConformações do Cicloexano interconvertem rapidamente através de uma via que passa por muitas conformações diferentes, incluindo uma conformação meia-cadeira de alta energia, bem como conformações de barco torcido e barco. 29 Prof. Nunes Ao desenhar uma conformação cadeira, é importante desenhá-la com exatidão. Certifique-se de evitar o desenho mal feitos de cadeiras, porque vai ser difícil posicionar os substituintes corretamente se o esqueleto não for exato. Desenhando as Conformações CadeiraDesenhando as Conformações Cadeira Desenhando o esqueleto de uma conformaçãoconformação cadeiracadeira 30 Prof. Nunes SubstituintesSubstituintes Axiais Axiais Desenhando as Conformações CadeiraDesenhando as Conformações Cadeira SubstituintesSubstituintes EquatoriaisEquatoriais 31 Prof. Nunes Considere-se um anel que contém apenas um substituinte. Duas possíveis conformações de cadeira podem ser feitas: O substituinte pode estar numa posição axialaxial ou numa posição equatorialequatorial. Cicloexano MonossubstituídoCicloexano Monossubstituído O substituinte pode estar numa posição axialaxial ou numa posição equatorialequatorial. Estas duas possibilidades representam duas conformações diferentes que estão em equilíbrio uma com o outro: axial axial equatorialequatorial 32 Prof. Nunes axial axial equatorialequatorial Cicloexano MonossubstituídoCicloexano Monossubstituído O termo “anelanel viradovirado" é utilizado para descrever a transformação de uma conformação cadeira em outra. Este processo não é feito simplesmente movendo a molécula como uma panqueca. Em vez disso, um “anelanel viradovirado” possui uma alteração conformacional que é realizada apenas por meio de uma rotação de todas as ligações C-C individuais. Isto pode ser visto com uma projeçãoprojeção dede NewmanNewman. 33 Prof. Nunes Quando duas conformações cadeira estão em equilíbrio, a conformação de menor energia será favorecida. Por exemplo, considere as duas conformações cadeira do metilcicloexano. Estabilidade das Conformações CadeirasEstabilidade das Conformações Cadeiras À temperatura ambiente, 95% das moléculas estarão na conformação cadeira axial axial equatorialequatorial À temperatura ambiente, 95% das moléculas estarão na conformação cadeira que tem o grupo metila na posição equatorialequatorial. Esta deve, portanto, ser a conformação de menor energia, mas por quê? 34 Prof. Nunes axial axial equatorialequatorialEstabilidade das Conformações CadeirasEstabilidade das Conformações Cadeiras Quando o substituinte está na posição axial, existem interaçõesinterações estéricasestéricas com os outros de H axiais no mesmo lado do anel. As nuvems eletrônicas do substituinte está tentando ocupar a mesma região do espaço ocupada pelos hidrogênios, causando impedimentoimpedimento estéricoestérico. Estas interações são chamados interaçõesinterações 11,,33--diaxialdiaxial, onde os números de "1,3" descrevem a distância entre o substituinte e cada um dos hidrogênios. 35 Prof. Nunes Por esta razão, o equilíbrio entre as duas conformações cadeira geralmente favorecefavorece aa conformaçãoconformação comcom oo substituintesubstituinte equatorialequatorial. As concentrações de equilíbrio exatas das duas conformações cadeira irá depender do tamanho do substituinte. Estabilidade das Conformações CadeirasEstabilidade das Conformações Cadeiras Grupos maiores terão maior impedimento estérico resultantes de interações 1,3-diaxiais, e o equilíbrio favorecerá mais fortemente do substituinte equatorialequatorial. Por exemplo, o equilíbrio de terc-butilcicloexano favorece quase completamente a conformação cadeira com um grupo terc-butil na posição equatorial: axial axial equatorialequatorial 36 Prof. Nunes Estabilidade das Conformações CadeirasEstabilidade das Conformações Cadeiras 37 Prof. Nunes Ao desenhar conformações cadeira de um composto que tem dois ou mais substituintes, há uma cuidado adicional. Especificamente, devemos também considerar a orientação tridimensional, ou configuração, de cada substituinte. Cicloexano DissubstituídoCicloexano Dissubstituído Observe que o átomo de clorocloro está em uma cunha, o que significa que ele está saindo da página: é parapara cimacima. O grupo metilametila está em ligação pontilhada, o quesaindo da página: é parapara cimacima. O grupo metilametila está em ligação pontilhada, o que significa que ele está abaixo do anel, ou parapara baixobaixo. As duas conformações cadeira para este composto são os seguintes: 38 Prof. Nunes Cicloexano 1,2-DissubstituídoCicloexano 1,2-Dissubstituído ConformaçãoConformação dada esquerdaesquerda:: doisdois gruposgrupos sãosão axiaisaxiais (menos(menos favorável)favorável).. ConformaçãoConformação dada direitadireita:: doisdois gruposgrupos sãosão equatoriaisequatoriais (mais(mais favorável)favorável).. 39 Prof. Nunes Um método convencional de se representar os estereoisômeros ciscis e trans em sistemas cíclicos, utiliza descrições como mostrada abaixo: Cicloexano 1,4-DissubstituídoCicloexano 1,4-Dissubstituído Este tipo de representação não evidencia as conformações dos isômeros ciscis e CH3CH3 HH CH3CH3 HH cis-1,4-dimetilcicloexano trans-1,4-dimetilcicloexano Este tipo de representação não evidencia as conformações dos isômeros ciscis e trans-1,4-dimetilcicloexano, uma vez que, por serem derivados do cicloexano, existe em conformações cadeiras, este fato deve ser levado em consideração quando avaliarmos as estabilidades relativas destes estereoisômeros. 40 Prof. Nunes Cicloexano 1,4-DissubstituídoCicloexano 1,4-Dissubstituído CH3CH3 HH CH3CH3 HH cis-1,4-dimetilcicloexano trans-1,4-dimetilcicloexano Seus respectivos calores de combustão indicam que o isômero transtrans é cerca de 6 KJ/mol mais estável que o ciscis. Através da análise das estruturas planares não podemos explicar a diferença de estabilidade entre os isômeros, uma vez que os grupos metilas estão muito distantes nas duas estruturas representadas.distantes nas duas estruturas representadas. Todavia, a análiseanálise conformacionalconformacional das duas formas cadeiras de cada isômero revela que uma das formas em cadeira do isômero transtrans coloca as duas metilas nas posições equatoriais, livres de qualquer interação repulsiva maior, fato que a torna mais estável. 41 Prof. Nunes Todavia, a análiseanálise conformacionalconformacional das duas formas cadeiras de cada isômero Cicloexano 1,4-DissubstituídoCicloexano 1,4-Dissubstituído CH3CH3 HH CH3CH3 HH cis-1,4-dimetilcicloexano trans-1,4-dimetilcicloexano Todavia, a análiseanálise conformacionalconformacional das duas formas cadeiras de cada isômero revela que uma das formas em cadeira do isômero transtrans coloca as duasduas metilasmetilas nasnas posiçõesposições equatoriaisequatoriais, livreslivres dede qualquerqualquer interaçãointeração repulsivarepulsiva maiormaior, fato que a torna mais estável. ciscis inversão do anel CH3 CH3 H CH3 CH3 H um grupo metila na axial e outro na equatorial um grupo metila na axial e outro na equatorial transtrans 42 H H inversão do anel CH3 H CH3 H CH3 H CH3 H ambos os grupos metilas na axial: conformação menos estável ambos os grupos metilas na equatorial: conformação mais estável Prof. Nunes 1) O trans-1,2-dimetilcicloexano é mais estável que o isômero ciscis. Já o isômero ciscis-1,3-dimetilcicloexano é mais estável que o transtrans. Desenhe as duas conformações cadeira pra cada composto e tente explicar estes resultados. ExercícioExercício 43 Prof. Nunes 2) Represente a conformação mais estável para a estrutura do mentol. ExercícioExercício OHCH33 CH3 CH3 44 Prof. Nunes Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Química Orgânica I EstereoquímicaEstereoquímica Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr. nunes.ufc@gmail.com 45 Prof. Nunes Isomeria : Isomeria : Isômeros ConstitucionaisIsômeros Constitucionais O termo isômero vem das palavras gregas isos e meros, que significam "feito das mesmas partes". Isto é, os isômeros são compostos que são construídos a partir dos isômeros isômeros constitucionais estereoisômeros Isto é, os isômeros são compostos que são construídos a partir dos mesmos átomos (mesmas fórmulas moleculares), mas que ainda diferem uns dos outros. 46 isômeros cis/trans isômeros que contêm centros quirais Isômeros constitucionais diferem na ligação dos seus átomos; por exemplo: Prof. Nunes Isomeria : Isomeria : Isômeros ConstitucionaisIsômeros Constitucionais isômeros isômeros constitucionais estereoisômeros Os estereoisomerosestereoisomeros, por sua vez, sãosão subsub--divididosdivididos emem duasduas classesclasses, de acordo com a presençapresença dede duplasduplas ouou centroscentros estereogênicosestereogênicos. isômeros com duplas ligações isômeros com centros de quiralidade 47 acordo com a presençapresença dede duplasduplas ouou centroscentros estereogênicosestereogênicos. Prof. Nunes Isomeria : Isomeria : Isômeros ConstitucionaisIsômeros Constitucionais cis-2-buteno trans-2-buteno estereoisômeros Os dois alcenos acima representam 2 diferentes compostos com diferentes propriedades físicas, � porque a ligação dupla não experimentam a rotação livre como ligações simples fazer. A rotação em torno da ligação dupla C=C seria destruiria a sobreposição entre os orbitais p. Portanto, a ligação dupla C=C não experimenta a livre 48 entre os orbitais p. Portanto, a ligação dupla C=C não experimenta a livre rotação à temperatura ambiente. Prof. Nunes Isomeria : Isomeria : ciscis/trans/trans Para que seja possível utilizar a terminologia cis-trans para diferenciar estereoisômeros, � tem de haver dois grupos idênticos, para comparar, ligados a doisdois carbonoscarbonos diferentesdiferentes da dupla ligação.ligados a doisdois carbonoscarbonos diferentesdiferentes da dupla ligação. 49 Os átomos de hidrogênio também pode ser utilizado para atribuir terminologia cis-trans; por exemplo: é trans por causa dos Hs Prof.Nunes Quando dois grupos idênticos estão ligados na mesma posição (mesmo carbono), não pode haver isomeria cis-trans. Isomeria : Isomeria : ciscis/trans/trans Por exemplo, considere o seguinte composto: é o mesmo que 50 Prof. Nunes Determine se o estereoisômero mostrado abaixo apresenta configuração cis ou trans? Isomeria : Isomeria : ciscis/trans/trans Solução: isopropila isopropila etila 51 Nomear os quatro grupos ajuda a identificar os grupos idênticos. Há sempre quatro grupos em qualquer ligação dupla (mesmo que alguns desses grupos sejam apenas átomos de hidrogênio). Nesse caso, nomear os grupos que torna evidente que há dois grupos isopropila que são cis para entre si. metila Prof. Nunes Para cada um dos seguintes compostos, determine se o mesmo apresenta uma configuração cis ou trans ou se não é simplesmente estereoisomérica. Isomeria Isomeria -- ExercícioExercício 52 Prof. Nunes EstereoisomerismoEstereoisomerismo –– Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade Anteriormente, vimos que os estereoisomerosestereoisomeros sãosão subsub--divididosdivididos emem duasduas classesclasses, de acordo com a presençapresença dede duplasduplas ouou centroscentros dede quiralidadequiralidade. Como já analisamos a estereoisomeria baseada em duplas, vamos estudar isômeros isômeros constitucionais estereoisômeros Como já analisamos a estereoisomeria baseada em duplas, vamos estudar agora os centros de quiralidade. 53 isômeros com duplas ligações isômeros com centros de quiralidade Prof. Nunes Qualquer objeto pode ser visto em um espelho, revelando sua imagem no espelho. Tomemos, por exemplo, um par de óculos de sol. EstereoisomerismoEstereoisomerismo –– Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade Para muitos objetos, como os óculos de sol, 54 � a imagem do espelho é idêntico ao objeto real. � a sua imagem no espelho e o objeto são sobreponíveis Prof. Nunes EstereoisomerismoEstereoisomerismo –– Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade No caso se removermos uma das lentes, a sua imagem no espelho e objeto passam a ser diferentes. �Um par está faltando a lente direita, enquanto o outro par está faltando a lente esquerda. 55 �Nesse caso, a sua imagem no espelho e o objeto não são sobreponíveis. Prof. Nunes Uma mão esquerda não se encaixa em na mão direita de uma luva, � e uma mão direita não se encaixa na mão esquerda da luva. EstereoisomerismoEstereoisomerismo -- Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade Objetos, como mãos, que não são sobreponíveis com suas imagens especulares � são chamados de objetos quirais Moléculas são objetos tridimensionais e também podem ser classificadas em uma de duas categorias. As moléculas quirais são como mãos: não são sobreponíveis com suas 56 As moléculas quirais são como mãos: não são sobreponíveis com suas imagens especulares. Moléculas aquirais não são como as mãos: são sobreponíveis com suas imagens especulares. O que faz uma molécula ser quiral? Prof. Nunes A fonte mais comum de quiralidade molecular é a presença de um átomo de carbono que carrega quatro grupos diferentes. � Há duas maneiras diferentes de organizar quatro grupos em EstereoisomerismoEstereoisomerismo –– Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade � Há duas maneiras diferentes de organizar quatro grupos em torno de um carbono central átomo. � estes dois arranjos são imagens especulares não sobreponíveis. que diferem um do outro apenas no arranjo espacial dos seus átomos, e, portanto, eles são estereoisômeros. 57 espelho Prof. Nunes Em 1996, a IUPAC recomendou que um átomo de carbono tetraédrico tendo quatro grupos diferentes seja chamado de um centro de quiralidade. Muitos outros nomes de uso comum incluem: Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade Muitos outros nomes de uso comum incluem: � centro quiral, � estereocentro, � centro estereogênico e � centro assimétrico. Para o restante de nossa discussão, vamos usar o termo recomendado pela IUPAC. 58 Abaixo estão alguns exemplos de centros de quiralidade: Prof. Nunes Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade Cada um dos átomos de carbono destacado carrega quatro grupos diferentes. No último composto, o átomo de carbono é um centro de quiralidade, porque um caminho em torno do anel diferente do que é o outro caminho. Em contraste, o seguinte composto não apresenta um centro de quiralidade. 59 Em contraste, o seguinte composto não apresenta um centro de quiralidade. Neste caso, os sentidos horário e anti-horário são idênticos. Prof. Nunes Identifique todos os centros de quiralidade. Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade 60 Prof. Nunes Desenhe todos os isômeros constitucionais de C4H9Br, e identifique os isômeros que possuem centros de quiralidade. Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade 61 Prof. Nunes Desenhe todos os isômeros constitucionais de C4H9Br, e identifique os isômeros que possuem centros de quiralidade. Centros de Centros de QuiralidadeQuiralidade 62 Prof. Nunes EnantiômerosEnantiômeros e e DiastereoisômerosDiastereoisômeros Os estereoisomerosestereoisomeros, por sua vez, sãosão subsub--divididosdivididos emem duasduas classesclasses:: �� enantiômeros � diastereoisômeros� diastereoisômeros isômeros isômeros constitucionais estereoisômeros 63 isômeros com duplas ligações isômeros com centros de quiralidade enantiômeros diastereoisômeros Prof. Nunes EnantiômerosEnantiômeros Quando um composto é quiral, ele terá uma imagem especular não- sobreponível, denomidada seu enantiômero. O composto e sua imagem especular não sobreponível constituem um parO composto e sua imagem especular não sobreponível constituem um par de enantiômeros. espelho par de enantiômeros 64 o par de enantiômeros Prof. Nunes Desenhando EnantiômerosDesenhando Enantiômeros Os enantiômerosenantiômeros sãosão normalmentenormalmente desenhadosdesenhados utilizando-se fórmulasfórmulas emem perspectivaperspectiva ((cavaletecavalete)) ou projeçõesprojeções dede FischerFischer. A fórmulasfórmulas emem perspectivaperspectiva mostram: �� duasduas dasdas ligaçõesligações ao carbono assimétrico nono planoplano do papel (linhas cheias), �� umauma ligaçãoligação parapara trástrás do plano (cunha pontilhada) e �� umauma ligaçãoligação parapara aa frentefrente do plano (cunha cheia). 65 fórmulas em perspectiva dos enantiômeros do 2-bromobutano Prof. Nunes Nomeando EnantiômerosNomeando Enantiômeros O sistemasistema RR,,SS foi desenvolvido por Cahn, Ingold e Prelog � para definir a configuração absoluta (arranjo espacial) dos átomos ou grupos ao redor do carbono assimétrico.átomos ou grupos ao redor do carbono assimétrico. As letras R e S são utilizadas para indicar as duas configurações possíveis. 66 Prof. Nunes Sugestão de LeituraSugestão de Leitura 67 Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Vamos primeiro olhar como podemos determinar a configuração de um composto se nós temos um modelo tridimensional do composto. 1)1) ClassifiqueClassifique osos gruposgrupos (ou(ou átomos)átomos) ligadosligados aoao carbonocarbono estereogênicoestereogênico segundosegundo aa ordemordem dede prioridadeprioridade. Os números atômicos dos átomos diretamente ligados ao carbono assimétrico determinam as prioridades relativas. QuantoQuanto maiormaior oo númeronúmero atômico,atômico, maiormaior aa prioridadeprioridade. 68 maior prioridade menor prioridade Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Se a prioridade não puder atribuída com base nos átomos diretamente ligados ao carbono assimétrico, � ospróximos átomos deverão ser examinados.� os próximos átomos deverão ser examinados. ** (4)(4)(1)(1) (2)(2) (3)(3) 69 Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Para grupos com ligaçõesligações duplasduplas ou triplastriplas são atribuídas prioridades, como se seus átomos estivessem duplicadosduplicados ou triplicadostriplicados. como se ele fosse como se ele fosse 70 é tratado é tratado como se se como se se fossefosse com com prioridade prioridade maior quemaior que Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S 2) Oriente a molécula para que o grupo (ou átomo), comcom aa prioridadeprioridade maismais baixabaixa ((44)) seja dirigido para longe de você. Em seguida, desenhedesenhe umauma setaseta imagináriaimaginária partido do grupo (ou átomo) com o prioridadeprioridade maismais altaalta ((11)) parapara oo grupogrupo (ou(ou átomo)átomo) comcom aa próximapróxima prioridadeprioridade ((22)).. SeSe aa setapontossetapontos nono sentidosentido horário,horário, oo carbonocarbono assimétricoassimétrico possuipossui�� SeSe aa setapontossetapontos nono sentidosentido horário,horário, oo carbonocarbono assimétricoassimétrico possuipossui aa configuraçãoconfiguração RR (R de rectus, palavra latina que significa "direito"). � SeSe aa setaseta apontaaponta parapara aa esquerda,esquerda, oo carbonocarbono assimétricoassimétrico temtem aa configuraçãoconfiguração SS (S de sinister, palavra latina que significa "esquerda"). (3) 71 (4) (1) (2) RR Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Se você tem problemas para visualizar relações espaciais e não tiver acesso a um modelo molecular, a metodologiametodologia abaixoabaixo permitirápermitirá queque vocêvocê determinedetermine aa configuraçãoconfiguração assimétricaassimétrica dede umum carbonocarbono semsem terter dede girargirar mentalmentementalmente aa moléculamolécula. 1)1) RanqueieRanqueie osos átomosátomos (ou(ou grupos)grupos) segundosegundo suassuas prioridadesprioridades.. 72 Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Se o grupo (ou átomo) com a prioridade mais baixa está ligado por uma cunha tracejada, � desenhe uma seta a partir do grupo (ou átomo), com a prioridade mais alta (1) para o grupo (ou átomo) com a segunda maior prioridade (2). Se a setaseta apontaaponta nono sentidosentido horáriohorário, o composto tem a configuraçãoconfiguração RR, e se apontaaponta parapara aa esquerdaesquerda, o composto tem a configuraçãoconfiguração SS. 73 Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Se o grupo (ou átomo) com a prioridadeprioridade maismais baixabaixa nãonão estáestá ligadoligado porpor umauma cunhacunha tracejadatracejada, �� redesenheredesenhe aa projeçãoprojeção emem perspectivaperspectiva dede modomodo aa colocarcolocar oo grupogrupo dede maismais baixabaixa prioridadeprioridade voltadovoltado parapara trástrás dodo planoplano.. AoAo fazerfazer aa trocatroca dede posiçãoposição entreentre doisdois átomosátomos (ou(ou grupos)grupos) duasduas vezes,vezes, aa configuraçãoconfiguração dodo centrocentro quiralquiral nãonão sese alteraaltera.. AoAo fazerfazer aa trocatroca dede posiçãoposição entreentre doisdois átomosátomos (ou(ou grupos)grupos) umauma vezvez,, aa configuraçãoconfiguração dodo centrocentro quiralquiral sese alteraaltera.. 1 troca (S)(S) 74 2 trocas (R)(R) (R)(R) Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Projeção em perspectivaProjeção em perspectiva qual a configuração? a molécula tem configuração Rconfiguração R. Portanto, ela tinha configuração Sconfiguração S antes dos grupos serem trocados. 1 troca 75 Prof. Nunes Sistema de Nomenclatura R/SSistema de Nomenclatura R/S Projeção de FischerProjeção de Fischer H para trás H para trás -- mantémmantém--se se a configuração determinada a configuração determinada 76 H para frente H para frente -- inverteinverte--se se a configuração determinada a configuração determinada Prof. Nunes ExercitandoExercitando IndiqueIndique aa configuraçãoconfiguração absolutaabsoluta dosdos centroscentros quiraisquirais.. (R)(R) (R)(R) (R)(R) (R)(R) 77 Prof. Nunes ExercitandoExercitando ClassifiqueClassifique cadacada parpar dede moléculasmoléculas comocomo enantiômerosenantiômeros ouou idênticasidênticas.. (R)(R)(S)(S) (R)(R)(S)(S) enantiômerosenantiômeros enantiômerosenantiômeros (R)(R)(S)(S) (S)(S) (R)(R) 78 enantiômerosenantiômeros enantiômerosenantiômeros (S)(S) (R)(R) (S)(S)(R)(R) Prof. Nunes ExercitandoExercitando IndiqueIndique aa ordemordem dede prioridadeprioridade dede cadacada conjuntoconjunto dede substituintessubstituintes.. 223311 44 334422 11 33 22 44 33 11 22 44 11 79 Prof. Nunes Isômeros com Isômeros com mais de 1 mais de 1 Centro Centro QuiralQuiral isômeros isômeros constitucionais estereoisômeros Diastereoisômeros são estereoisômeros que não mantêm uma relação isômeros com duplas ligações isômeros com centros de quiralidade enantiômeros diastereoisômeros 80 Diastereoisômeros são estereoisômeros que não mantêm uma relação objeto-imagem. De acordo com esta definição, podemos entender por isômeros cis-trans são diastereoisômeros. cis-2-buteno trans-2-buteno Prof. Nunes Isômeros com Isômeros com mais de 1 mais de 1 Centro Centro QuiralQuiral Considere o seguinte estrutura: Este composto tem dois centros de quiralidade. Cada um pode ter quer a configuração R ou S, � dando origem a quatro possíveis estereoisômeros (dois pares de enantiômeros): um par de enantiômerosum par de enantiômeros 81 Prof. Nunes Isômeros com Isômeros com mais de 1 mais de 1 Centro Centro QuiralQuiral um par de enantiômerosum par de enantiômeros Para descrever a relação entre estes quatro estereoisômeros, � vamos olhar para um deles (1R,2S por exemplo) e � descrever sua relação com os outros três estereoisômeros. Quanto todos os centros de quiralidades são invertidos no objeto e em sua 82 Quanto todos os centros de quiralidades são invertidos no objeto e em sua imagem especular, temos um par de enantiômeros. Qualquer outra possibilidade, define um par de diastereoisômeros. EnantiômeroEnantiômero DiastereoisômerosDiastereoisômeros 1R,2S 1R,2R 1S,2S Prof. Nunes Isômeros com Isômeros com mais de 1 mais de 1 Centro Centro QuiralQuiral Outro exemplo: Referência: 1R, 2R, 3SReferência: 1R, 2R, 3S EnantiômeroEnantiômero DiastereoisômerosDiastereoisômeros 83 EnantiômeroEnantiômero DiastereoisômerosDiastereoisômeros 1S,2S,3R 1R,2R,3R 1S,2S,3S 1R,2S,3S 1S,2R,3R 1R,2S,3R 1S,2R,3S Prof. Nunes Isômeros com Isômeros com mais de 1 mais de 1 Centro Centro QuiralQuiral Outro exemplo: enantiômeros diastereoisômeros e n a n t i ô m e r o s e n a n t i ô m e r o s 84 enantiômeros Prof. Nunes Número de Número de EstereoisômerosEstereoisômeros Note que a presença de três centros de quiralidade produz uma família de quatro pares de enantiômeros (8 estereoisômeros). Um composto com quatro centros de quiralidade irá gerar uma família de oito pares de enantiómeros (16 estereoisômeros). Isso levanta a questão óbvia: Qual é a relação entre o número de centros de quiralidade e o número de estereoisômeros na família? 85 Número máximo de estereoisômeros = 2n Prof. Nunes Número de Número de EstereoisômerosEstereoisômeros O colesterol tem oito centros de quiralidade, dando origem a uma família de 28 estereoisómeros (256 estereoisômeros). O estereoisômero mostrado tem: � 1 enantiômeroe � 254 diastereômeros. 86 � 254 diastereômeros. A estrutura mostrada é o único estereoisômero produzido por natureza. 2n Prof. Nunes EstereoisômerosEstereoisômeros Identifique se cada um dos seguintes parespares dede compostoscompostos são enantiômeros ou diastereoisômeros. enantiômeros diastereoisômeros 87 enantiômeros diastereoisômeros diastereoisômeros diastereoisômeros Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Simetria Rotacional versus Simetria Reflexional Vamos aprender como determinar se um composto é quiral ou aquiral. É verdade que qualquer composto com umum únicoúnico centrocentro dede quiralidadequiralidade tem de ser quiral, � mas a mesma afirmação não é necessariamente verdade para compostos com dois centros de quiralidade. Considere os cis e trans do 1,2-dimetilcicloexano: 88 Cada um destes compostos tem dois centros de quiralidade, mas o isômero trans é quiral, enquanto o isômero cis é aquiral. Para entender o porquê, devemos explorar a relaçãorelação entreentre aa simetriasimetria ee quiralidadequiralidade. Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Em termos gerais, existemexistem apenasapenas doisdois tipostipos dede simetriasimetria: �simetria rotacional e �simetria refleccional. O isômero trans exibe uma simetria de rotação. Para visualizar isso, imagine que o anel cicloexano é perfurada com uma vara do imaginária. Então, enquanto seus olhos estão fechados, a vara é rodada: 89 Se, depois de abrir os olhos, é impossível determinar se a rotação ocorreu ou não, quando a molécula possui simetria rotacional. A “vara imaginária” é chamado um eixo de simetria. Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Este composto não tem o mesmo eixo de simetria que isômero trans exibe. Se nós “perfurarmos” a molécula com um “bastão imaginário”, teríamos deSe nós “perfurarmos” a molécula com um “bastão imaginário”, teríamos de girar 360°, a fim de regenerar a mesma imagem. � Portanto, este composto não apresenta simetria de rotação. No entanto, o composto exibe simetria refleccional. Imagine fechar os olhos enquanto a molécula é refletida sobre o plano mostrado na figura abaixo. 90 Todo o lado direito é refletido para o lado esquerdo. Ao abrir os olhos, você não vai ser capaz de determinar se ou não a reflexão teve lugar. Esta molécula possui um plano de simetria. Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Para resumir, uma molécula � com um eixo de simetria possui simetria rotacional, � com um plano de simetria possui simetria refleccional. Com uma compreensão destes dois tipos de simetria, podemos agora explorar a relaçãorelação entreentre aa simetriasimetria ee quiralidadequiralidade. � Em particular, a quiralidade não é dependente de qualquer forma com simetria de rotação. A presença ou ausência de um eixo de simetria é totalmente irrelevante para a determinação se um composto é quiral ou aquiral. Vimos que trans-1,2- dimetilcicloexano possui simetria rotacional. No entanto, o 91 dimetilcicloexano possui simetria rotacional. No entanto, o composto é ainda quiral e existe como um par de enantiômeros. enantiômeros Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Mesmo a presençapresença dede váriosvários eixoseixos dede simetriasimetria diferentesdiferentes nãonão indicaindica sese oo compostocomposto éé quiral ou aquiral. � A quiralidade é unicamente dependente da presença ou ausência de simetria refleccional. � Qualquer composto que possui um plano de simetria, será aquiral. �O isómero cis de 1,2-dimetilcicloexano apresenta um plano de simetria, e, por conseguinte, o composto é aquiral. Ele não tem um enantiômero. 92 enantiômero. Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Embora a presença de um plano de simetria torna um composto aquiralaquiral, � o inverso nem sempre é verdade, � ou seja, a ausência de um plano de simetria, não significa necessariamente que o composto é quiral. . ponto de inversão 93 Este composto não tem um plano de simetria, mas tem um outro tipo de simetria refleccional. Em vez de refletir sobre um plano, imagine refletir sobre um ponto no centro do composto (ponto de inversão). Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade . ponto de inversão Durante o processo de inversão, o grupo metila na parte superior do desenho (em uma cunha cheia) é refletida para o inferior do desenho (em uma cunha hachurada). Do mesmo modo, o grupo metila na parte inferior do desenho (cunha hachurada) é refletida para o topo do desenho (em uma cunha cheia). �Todos os outros grupos são também refletidas sobre o centro do 94 �Todos os outros grupos são também refletidas sobre o centro do composto. � O composto é dito exibir um centro de inversão, o que lhe confere com simetria refleccional. �Como resultado, o composto é aquiral, embora ele não tenha um plano de simetria. Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade T ambém existem outros tipos de simetria refleccional, mas eles estão fora do escopo nossa discussão (graduação). Para os nossos propósitos, será suficiente procurar um plano de simetria.Para os nossos propósitos, será suficiente procurar um plano de simetria. Pode-se resumir a relaçãorelação entreentre simetriasimetria ee quiralidadequiralidade com as três seguintes declarações: � a presença ou a ausência de simetria de rotação é irrelevante para quiralidade. � um composto que tem um plano de simetria será aquiral. 95 � um composto que tem um plano de simetria será aquiral. � um composto que não tenha um plano de simetria provavelmente será quiral (embora haja raras exceções, o que pode, na maior parte ds vezes, ser ignorados para os nossos propósitos). Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Para cada um dos seguintes objetos, determine se possuem ou não um plano de simetria: sim sim 96 não sim sim não Prof. Nunes Simetria e Simetria e QuiralidadeQuiralidade Cada uma das seguintes moléculas tem um plano de simetria. Encontre o plano de simetria em cada caso: (Dica: Um plano de simetria pode cortar átomos ao meio.) 97 Prof. Nunes Compostos Compostos MesoMeso Temos visto que a presença de centros de quiralidade não necessariamente torna um composto quiral. Especificamente, um composto que exibe uma simetria refleccional seráEspecificamente, um composto que exibe uma simetria refleccional será aquiral, embora ele tenha centros de quiralidade. Tais compostos são chamados compostoscompostos mesomeso. 98 Prof. Nunes Compostos Compostos MesoMeso Uma famíliafamília dede estereoisômerosestereoisômeros contendo um composto meso terá menos de 2n estereoisômeros. Como um exemplo, considere o composto seguinte: Este composto tem dois centros de quiralidade e, portanto, seria de esperar 22 (= 4) estereoisômeros. Em outras palavras, espera-se dois pares de enantiômeros: 99 um par de enantiômeros estas duas representações representam o mesmo composto Prof. Nunes Compostos Compostos MesoMeso O primeiro par de enantiômeros atende às suas expectativas. Mas o segundo par é, realmente, apenas um composto. O composto apresenta simetria refleccional e é, portanto, um compostocomposto mesomeso: um par de enantiômeros estas duas representações representam o mesmo composto 100 O compostocomposto mesomeso não é quiral, e não tem um enantiômero. plano de simetria Prof. Nunes Compostos Compostos MesoMeso Quantos estereoisômeros você espera para o seguinte composto? Desenhe todos os estereoisômeros. Há apenas 4 estereoisômeros não é um centro de quiralidade não é um 101 não é um centro de quiralidadeProf. Nunes Compostos MesoCompostos Meso É fácil reconhecer quando um composto comcom doisdois carbonoscarbonos assimétricosassimétricos têm um estereoisômero que é um compostocomposto mesomeso.. Ele possui os doisdois carbonoscarbonos assimétricosassimétricos com quatroquatro átomosátomos ouou gruposgrupos idênticosidênticos ligadosligados aa cadacada umum dosdos carbonoscarbonos estereogênicosestereogênicos. composto mesocomposto meso par de enantiômerospar de enantiômeros 102 composto mesocomposto meso par de enantiômerospar de enantiômeros composto mesocomposto meso par de enantiômerospar de enantiômeros Prof. Nunes Compostos MesoCompostos Meso No caso de compostoscompostos cíclicoscíclicos, o isômero ciscis será o composto mesomeso � e o isômero transtrans vai existir como um par de enantiômerosenantiômeros. composto mesocomposto meso ciscis-1,3-dibromociclopentano par de enantiômerospar de enantiômeros transtrans-1,3-dibromociclopentano 103 composto mesocomposto meso ciscis-1,2-dibromocicloexano par de enantiômerospar de enantiômeros transtrans-1,2-dibromocicloexano Prof. Nunes Compostos MesoCompostos Meso plano de nenhum plano de simetria mesomeso ciscis-1,2-dibromocicloexano 104 plano de simetria conformação cadeiraconformação cadeira conformação barcoconformação barco Prof. Nunes Projeção de FischerProjeção de Fischer Uma representação simplificada, chamada de ProjeçãoProjeção dede FischerFischer, � mostra o arranjoarranjo tridimensionaltridimensional dosdos gruposgrupos ligadosligados aoao carbonocarbono assimétricoassimétrico emem duasduas dimensõesdimensões.assimétricoassimétrico emem duasduas dimensõesdimensões. A projeçãoprojeção dede FischerFischer representa um carbonocarbono assimétricoassimétrico comcom oo pontoponto dede intersecçãointersecção entre as duas linhas perpendiculares: �� linhaslinhas horizontaishorizontais:: ligações para frente do plano �� linhaslinhas verticaisverticais:: ligações para trás do plano. 105 carbono estereogênico Prof. Nunes Projeção de FischerProjeção de Fischer 106 Prof. Nunes Propriedades Propriedades Propriedades Propriedades dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros 107 Prof. Nunes Propriedades dos Propriedades dos EstereoisômerosEstereoisômeros Os estereoisômeros podem apresentar diferentediferente atividadesatividades � Físicas � Químicas � Óticas (um tipo de Física)� Óticas (um tipo de Física) � Biológicas O entendimento destas atividades em enantiômeros e diastereoisômeros é de suma importânciaimportância. 108 Prof. Nunes Propriedades Propriedades FísicasFísicas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Propriedades físicas dos estereoisômeros do ácido tartárico Ponto de Fusão (oC) Solubilidade, g/100 g H2O a 15oC (2R,3R) 170 139 (2S,3S) 170 139(2S,3S) 170 139 (2R,3S) 140 125 109 Propriedades Físicas enantiômerosenantiômeros == diastereoisômerosdiastereoisômeros ≠≠ Os dados mostram que: Prof. Nunes Os estereoisômerosestereoisômeros, por terem a mesma composição e conectividade, têmtêm osos mesmosmesmos gruposgrupos funcionaisfuncionais. � Portanto, reagirãoreagirão ““igualmenteigualmente ((mesmomesmo tipotipo dede reaçãoreação))” frentefrente aoao mesmomesmo reagentereagente. Propriedades Propriedades QuímicasQuímicas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros mesmomesmo reagentereagente. OH OH SOCl2 SOCl2 Cl Cl 110 Propriedades Químicas enantiômerosenantiômeros == diastereoisômerosdiastereoisômeros == Prof. Nunes Todavia, enantiômerosenantiômeros poderão reagir de formas disitintas em termostermos cinéticoscinéticos em reações que utilizem ambientesambientes quiraisquirais. Nas moléculasmoléculas quiraisquirais dada naturezanatureza, como aminoácidos, enzimas, proteínas e Propriedades Propriedades QuímicasQuímicas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Nas moléculasmoléculas quiraisquirais dada naturezanatureza, como aminoácidos, enzimas, proteínas e o próprio DNA, uma dessas formas espelhadas é mais usada e abundante que a outra. Isso ocorre porque a estruturaestrutura espacialespacial dede cadacada enantiômeroenantiômero determinarádeterminará aa formaforma comocomo reagereage comcom osos receptoresreceptores, sendo alguns se encaixam perfeitamente e outros não. 111 Portanto, podemos considerar que os enantiômerosenantiômeros podempodem apresentarapresentar propriedadespropriedades químicasquímicas diferentesdiferentes. Propriedades Químicas enantiômerosenantiômeros ≠≠ Prof. Nunes Um exemplo de reações em abientes quirais é o que ocorre em reaçõesreações enzimáticasenzimáticas, as quais podem ser estereosseletivasestereosseletivas.. Propriedades Propriedades QuímicasQuímicas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Neste tipo de reaçãoreação �� somentesomente umum dosdos enantiômerosenantiômeros reagiráreagirá, ou � umum dosdos enantiômerosenantiômeros reagiráreagirá muitomuito maismais rapidamenterapidamente que o outro, �levando a um produtoproduto enantiomericamenteenantiomericamente puropuro ou a um excessoexcesso enantioméricoenantiomérico, respectivamente. 112 Prof. Nunes Propriedades Propriedades ÓticasÓticas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Embora a atividadeatividade óticaótica (habilidade de um composto de desviar o plano da luz polarizada)) seja umauma propriedadepropriedade físicafísica dos compostos, devido à sua importância na Estereoquímica, merece � um destaque especial, e� um destaque especial, e � ser estudada separadamente. Antes de estudarmos a habilidade de um composto em desviar o planoplano dada luzluz polarizadapolarizada, � demos entender melhor o que é um planoplano dada luzluz polarizadapolarizada. 113 polarizadapolarizada. Prof. Nunes Luz PolarizadaLuz Polarizada A luz é uma energia radiante que impressiona os olhos e é chamada, de forma mais técnica, de onda eletroeletromagnéticas. Chamamos de onda eletroeletromagnéticas o tipo de onda formada por um elétricoelétrico e outro magnéticomagnético que são perpendicularesperpendiculares entreentre ssi e que seelétricoelétrico e outro magnéticomagnético que são perpendicularesperpendiculares entreentre ssi e que se deslocamdeslocam emem umauma direçãodireção perpendicularperpendicular àsàs duasduas primeirasprimeiras. 114 Prof. Nunes Luz PolarizadaLuz Polarizada A luzluz normalnormal, após passar atravésatravés dede umum polarizadorpolarizador, como uma lente polarizada ou um Prisma Nicol, se torna uma luzluz planoplano--polarizadapolarizada (ou simplesmente luzluz polarizadapolarizada), a qual oscilaoscila apenasapenas emem umum únicoúnico planoplano através do caminho de propagaçãoatravés do caminho de propagação 115 Prof. Nunes Luz PolarizadaLuz Polarizada Em 1815, o físico JeanJean--BaptisteBaptiste BiotBiot descobriu que algumasalgumas substânciassubstâncias orgânicasorgânicas naturaisnaturais erameram �� capazescapazes dede girargirar oo planoplano dada luzluz polarizadapolarizada. Sendo que algumas giravamgiravam oo planoplano dede polarizaçãopolarização �� no sentido horário, outras � no sentido anti-horário, e outras �� nãonão giravamgiravam oo planoplano dede polarizaçãopolarização. (1774 -1862) luz polarizada 116 observador analisadorcela contendo moléculas orgânicas polarizadorfonte de luz polarizadaProf. Nunes Luz PolarizadaLuz Polarizada �� JeanJean--BaptisteBaptiste BiotBiot previu que a capacidadecapacidade dede girargirar oo planoplano dede polarizaçãopolarização eraera atribuídaatribuída aa algumaalguma assimetriaassimetria nas moléculas. �� JacobusJacobus HendricusHendricus Van'tVan't HoffHoff e JosephJoseph AchilleAchille LeLe BelBel, depois, determinaram que a assimetriaassimetria molecularmolecular estavaestava associadaassociada aosaos compostoscompostos queque apresentavamapresentavam umum ouou maismais carbonoscarbonos estereogênicosestereogênicos. (1774 -1862) 117 (1852-1911) (1847-1930) Prof. Nunes Portanto, um compostocomposto aquiralaquiral �� nãonão gira o plano de polarização. � é opticamenteopticamente inativoinativo. Quando a luz polarizada passa através de uma solução de moléculasmoléculas Atividade Ótica Atividade Ótica –– CompostosCompostos AquiraisAquirais Quando a luz polarizada passa através de uma solução de moléculasmoléculas aquiraisaquirais, � a luz emerge a partir da solução � com o seu planoplano dede polarizaçãopolarização inalteradoinalterado. O plano de polarização não foi girado 118 não foi giradodireção da propagação da luz cela contendo moléculas aquirais polarizadorFonte de luz luz normal luz polarizada luz polarizada Prof. Nunes Atividade Ótica Atividade Ótica –– CompostosCompostos QuiraisQuirais Portanto, um compostocomposto quiralquiral � gira o plano de polarização. � é opticamenteopticamente ativoativo. Quando a luz polarizada passa através de uma solução de moléculasmoléculas quiraisquirais,Quando a luz polarizada passa através de uma solução de moléculasmoléculas quiraisquirais, � a luz emerge a partir da solução � com o seu planoplano dede polarizaçãopolarização alteradoalterado. O plano de polarização não foi giradodireção da propagação da luz 119 polarizadorFonte de luz luz normal luz polarizada luz polarizada cela contendo moléculas quirais Prof. Nunes Propriedades Propriedades ÓticasÓticas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Enquanto os enantiômerosenantiômeros desviamdesviam aa luzluz polarizadapolarizada � em sentidos opostos � na mesma magnitude Os diastereosômerosdiastereosômeros desviamdesviam aa luzluz polarizadapolarizada � em sentidos opostos ou não � em diferentes magnitudes 120 Propriedades Óticas enantiômerosenantiômeros = magnitudes= magnitudes ≠ sentidos≠ sentidos diastereoisômerosdiastereoisômeros ≠ magnitudes≠ magnitudes = ou ≠ sentidos= ou ≠ sentidos Prof. Nunes Se um composto oticamenteoticamente ativoativo gira o plano de polarização no sentidosentido horáriohorário, é chamado dextrógirodextrógiro, indicado pelo sinal (+)(+). Atividade Ótica Atividade Ótica –– Compostos Compostos QuiraisQuirais Se um composto oticamente ativo gira o plano de polarização no sentido antianti--horáriohorário, é chamado de levógirolevógiro, indicado pelo sinal ((--)). (R)(R)--(+)(+)--22--butanolbutanol 121 Às vezes, as letras minúsculas dd e ll são usadas em vez de (+)(+) e ((--)). (S)(S)--((--))--ácido málicoácido málico Prof. Nunes É imporante reassaltar que não devemos associar (+)(+) e ((--)) com RR e SS, respectivamente. Os símbolos (+)(+) e ((--)) � indicam aa direçãodireção emem queque umum compostocomposto oticamenteoticamente ativoativo giragira oo Atividade Ótica Atividade Ótica –– Compostos Compostos QuiraisQuirais � indicam aa direçãodireção emem queque umum compostocomposto oticamenteoticamente ativoativo giragira oo planoplano dede polarizaçãopolarização. Os símbolos RR e SS � indicam aa disposiçãodisposição dosdos gruposgrupos sobresobre umum carbonocarbono assimétricoassimétrico. Alguns compostos com a configuração de RR são ((--)) e alguns SS são (+)(+).. 122 Prof. Nunes Rotação ÓticaRotação Ótica O graugrau em que um composto oticamente ativo giragira oo planoplano dede polarizaçãopolarização pode ser medida com um instrumento chamado polarímetropolarímetro. direção da propagação da luz O graugrau em que o analisador é girado pode ser lido e representarepresenta a diferençadiferença polarizadorFonte de luz luz normal luz polarizada luz polarizada cela contendo moléculas quirais analisador observador 123 O graugrau em que o analisador é girado pode ser lido e representarepresenta a diferençadiferença entre uma amostras oticamente � ativas (quirais) � inativas (aquirais) Isso é chamado de rotaçãorotação observadaobservada ((αα)) e é medidamedida emem grausgraus. Prof. Nunes Rotação ÓticaRotação Ótica A rotaçãorotação observadaobservada ((αα)) é proporcional � à concentraçãoconcentração dada substânciasubstância (C),(C), ee � ao comprimentocomprimento dada celacela (l)(l) Logo Logo α α proporcional a C.lC.l Para transformar uma proporcionalidade em igualdade, devemos inserir uma 124 Para transformar uma proporcionalidade em igualdade, devemos inserir uma constanteconstante dede proporcionalidadeproporcionalidade. Neste caso, chamaremos esta constante dede rotaçãorotação específicaespecífica:: [[αα]]DD αα = [[αα]]DD cc..ll ouou UnidadesUnidades C (g/mL) l (dm) Prof. Nunes A rotaçãorotação observadaobservada de 2,0 g de um composto em 50 mL de solução em um tubo de polarímetro de 50 centímetros de comprimento +13,4o. Qual é a a rotaçãorotação específicaespecífica do composto? ExercitandoExercitando [[α]α]DD = αα c.lc.l [[α]α]DD = 13,413,4 0,04 . 50,04 . 5 [[α]α] = 13,413,4 125 [[α]α]DD = 13,413,4 0,04 . 50,04 . 5 [[α]α]DD = 67º.mL.g67º.mL.g--11.dm.dm--11 Prof. Nunes Quando sintetizamos um composto quiral comcom apenasapenas umum centrocentro estereogênicoestereogênico (por exemplo), podemos obtê-lo como: � um únicoúnico enantiômeroenantiômero ((RR ouou SS)) ou Substância Enantiomericamente PuraSubstância Enantiomericamente Pura � um únicoúnico enantiômeroenantiômero ((RR ouou SS)) ou � uma misturamistura dede enantiômerosenantiômeros ((RR ++ SS)). � Quado a síntese leva à formação de um únicoúnico enantiômeroenantiômero, dizemos que a reaçãoreação foifoi estereoespecíficaestereoespecífica, e o produto é enantiometicamenteenantiometicamente puropuro. 126 Prof. Nunes � Quado a síntese leva à formação de uma misturamistura dede enantiômerosenantiômeros, podemos ter duasduas situaçõessituações. Mistura de EnantiômerosMistura de Enantiômeros 1.1. misturamistura racêmicaracêmica ou racemaracema [R][R] == [S][S] 2.2. excessoexcesso enantioméricoenantiomérico (e(e..ee..)) [R][R] ≠≠ [S][S] 127 Quando [R][R] >> [S][S] temos um e.e. de (R)R) Quando[S][S] >> [R][R] temos um e.e. de (SS)) Prof. Nunes Podemos determinar se uma amostra é constituída de um únicoúnico enantiômeroenantiômero ou uma misturamistura dede enantiômerosenantiômeros através da medida de sua rotaçãorotação específicaespecífica [[α]α]DD. Pureza ÓticaPureza Ótica rotação específica [rotação específica [α]α]DD 128 %R %S %R %S 100100 00 100100 00 5050 5050 rotação específica [rotação específica [α]α]DD + 5,75+ 5,75 -- 5,755,750,000,005,75 > 5,75 > [[α]α]D D > 0> 0 5,75 < 5,75 < [[α]α]D D < 0< 0 e.e.e.e. de Rde R e.e.e.e. de Sde S S.E.P.S.E.P. S.E.P.S.E.P.racematoracemato Prof. Nunes A partir da rotaçãorotação específicaespecífica [[α]α]DD podemos calcular a purezapureza óticaótica (p(p..oo..)) de uma mistura. Pureza ÓticaPureza Ótica pp..oo.. = [[α]α]DD observada [[α]α]DD do enantiômero puro PorPor exemploexemplo:: se uma amostra de 2-bromobutano tem uma rotação específica de 2,3º, sua pureza ótica é de 0,40. Em outras palavras, é 4040%% opticamenteopticamente purapura - 4040%% dada misturamistura consisteconsiste dede umum excessoexcessodede umum únicoúnico enantiômeroenantiômero. 129 pp..oo.. = 22,,33 = 00,,44 ou 4040%% logologo........ 55,,7575 %% RR ++ %%SS ==100100 22 %%RR == 140140 %% RR -- %%SS == ee..ee ((4040%%)) %%RR == 140140 = 7070%% %%SS == 3030%% 22 Prof. Nunes Polarímetro VirtualPolarímetro Virtual Com o intuito de melhorar o entendimento dos estudantes sobre rotaçãorotação óticaótica dede compostoscompostos orgânicosorgânicos, desenvoli um softwaresoftware educacionaleducacional livre nomeado PolarímetroPolarímetro VirtualVirtual. 130 http://www.quimica.ufc.br/polarimetro Prof. Nunes Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas dos dos EstereoisômerosEstereoisômeros Após termos termos estudados as propriedades físicas, químicas e óticas de estereoisômeros, estudaremos como se apresentam as propriedades biológicasbiológicas de estereoisômeros. ComoComo diferentesdiferentes estereoisômerosestereoisômeros sese comportamcomportam nono sistemasistema biológico?biológico? Para responder esta questão, devemos entender melhor como os compostos se comportam ao interagireminteragirem comcom osos sítiossítios receptoresreceptores dasdas proteínasproteínas. 131 Prof. Nunes Em 1894, Emil Fisher propôs o modelo chavechave-fechadurafechadura para a interação fármacofármaco-receptorreceptor, onde o fármaco agiria como uma chavechave e o receptorreceptor (proteína)(proteína) atuaria como uma fechadurafechadura. Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros Devido ao fato do receptorreceptor serser quiralquiral, enantiômeros poderão se ligar de formas distintas com os sítios receptores, levando a diferentesdiferentes efeitosefeitos ou a nenhumnenhum efeitoefeito. Emil Fisher efeito biológico 132 efeito biológico sem efeito Prof. Nunes Os dois enantiômeros da efedrinaefedrina, por exemplo, apresentam atividadesatividades bembem distintasdistintas. Neste caso, na ((--))--EfedrinaEfedrina, ocorre uma formação adicional de uma ligação de hidrogênio entre a hidroxila e um sítio da proteína. Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros de hidrogênio entre a hidroxila e um sítio da proteína. OH OH H OH N+ H3C H H OH OH OH H N+ H3C H H ** 133 X sítio aniônico área plana nãonão ocorre interação X sítio aniônico área plana ocorre interação (+)-Efedrina – menos ativa (-)-Efedrina – mais ativa Prof. Nunes Os receptoresreceptores localizados no exterior do células nervosas nono nariznariz são capazescapazes dede perceberperceber ee diferenciardiferenciar aproximadamenteaproximadamente 1010..000000 odoresodores diferentesdiferentes. Os enantiômerosenantiômeros dada carvonacarvona apresentam diferentesdiferentes odoresodores Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros Os enantiômerosenantiômeros dada carvonacarvona apresentam diferentesdiferentes odoresodores � devido à simples troca de dois substituintes no carbono estereogênico. �� (R)(R)--((--))--carvonacarvona -- hortelãhortelã �� (S)(S)--(+)(+)--carvonacarvona -- cominhocominho. 134 (R)(R)--((--))--carvonacarvona (S)(S)--(+)(+)--carvonacarvona Prof. Nunes O aspartameaspartame é muito utilizado como um adoçante. Todavia, somente o isômero (S,S)(S,S) apresentaapresenta sabersaber docedoce. Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros 135 Prof. Nunes Além de diferenças de sabores ou odores, enantiômeros podem diferir seriamente quanto às suas propriedades biológicas. Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros Por exemplo, a TalidomidaTalidomida foi administrada, nos anos 60, como racematoracemato para o tratamentotratamento dede enjôoenjôo matutinomatutino dede grávidasgrávidas nos Estados Unidos. O 136 N N H O OO Prof. Nunes O Propriedades Propriedades BiológicasBiológicas de de EstereoisômerosEstereoisômeros Todavia, os enantiômerosenantiômeros que constituíam o racemato apresentavamapresentavam atividadesatividades bembem distintasdistintas. eutômero distômero ativo menos ativo N N H O O O O O O 137 (R)-Talidomida sedativo (S)-Talidomida mutagênico N N H O OO N N H O OO Prof. Nunes A administração de droga como uma misturamistura racêmicaracêmica pode levar a duas situações diferentes, dependo da ação do distômerodistômero, o qual pode: Drogas Drogas QuiraisQuirais � não apresentar nenhum efeito colateral mais sério; � exibir um efeito colateral indesejável; � exibir efeito terapêuticas independente, mas não prejudicial. 138 Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais Alguns exemplos de drogas onde o distômerodistômero nãonão apresentaapresenta nenhumnenhum efeitoefeito colateralcolateral maismais sériosério. O O N OH H O N OH H N S N N O (S)-Propanolol (S)-Timolol 139 Os enantiômerosenantiômeros RR sãosão inativosinativos e não apresentam efeitos colaterais. O N OH H (S)-Metaprolol Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais Alguns exemplos de drogas onde o distômerodistômero exibeexibe umum efeitoefeito colateralcolateral indesejávelindesejável. HS COOH NH2 HS COOH NH2 HOOH (R)-Penicilamina anti-artrite (S)-Penicilamina mutagênico 140 N N HO H H OH N N HO H H OH (R,R)-Etambutol tuberculóstico (S,S)-Etambutol causa cegueira Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais Ambos os isômeros apresentam valoresvalores terapêuticosterapêuticos independentesindependentes. N O R S N O R S Darvon analgésico Novrad anti-tussígeno O O O O CHHH C H 141 (S)-Ketamina anestésico (R)-Ketamina alucinógeno O N CH3 H Cl R O N H3C H Cl S Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais Neste e nos próximos dois slides, serão apresentados mais exemplos de drogasdrogas quiraisquirais e as atividadesatividades farmacológicasfarmacológicas dede seusseus enantiômerosenantiômeros. 142 Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais 143 Prof. Nunes Indústria FarmacêuticaIndústria Farmacêutica A relevânciarelevância dodo tematema quiralidadequiralidade ee atividadeatividade biológicabiológica é confirmada na análise da evolução do licenciamento de enantiômeros. � Crescimento da produção de enantiômeros simples � Diminuição da produção de racematos.� Diminuição da produção de racematos. 144 Agranat, I.; Carner, H.; Caldwell, J. Putting Chirality to work: The strategy of chiral switches, Nature Rev. Drugs Discovery 2002, 1, 753-768. Prof. Nunes Mercado MundialMercado Mundial � Percentuais dos tipos de fármacos comercializados no mundo (2004). � US$ 48 bilhões 64,6% 25,4% 10% enantiômero puroracemato 145 aquiral Fonte: Chem. Eng. News 2004, 82(24), 47-62. Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais As produções do eutômeroeutômero ou da misturamistura racêmicaracêmica são determinadas por motivosmotivos distintosdistintos. Eutômeros Ser o único enantiômero ativo Baixo índice terapêutico da mistura Maior toxicidade do distômero Não haver bioinversão de quiralidade Acessbilidade econômica Misturas Racêmicas Ação sinérgica dos isômeros Alto índice terapêutico da mistura Pouca ou nula toxicidade do distômero Ocorrência de bioinversão de quiralidade Inovação terapêutica Uso em quadros crônicos 146 Uso em quadros crônicos Baixo curso de produção em relação ao eutômero Prof. Nunes Mercado dos Fármacos Mercado dos Fármacos -- CustosCustos Cl NN H OH OH O OH 147 N N O H Cl OH Cl Prof. Nunes Drogas Drogas QuiraisQuirais Embora seja um reportagem antiga, sua leituraleitura éé recomendávelrecomendável. 148 Sugestão de leitura: Sugestão de leitura: SuperSuper remédios para quem?remédios para quem? Revista Época Edição 363 - 20/04/2005 Acesse: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG69991-6014-363,00.html Prof. Nunes Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Química Orgânica I ResoluçãoResolução QuiralQuiral 149 QuiralQuiral Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral A maioriamaioria dasdas moléculasmoléculas na natureza sãosão quiraisquirais, e a natureza geralmente produz estas moléculas como enantiômerosenantiômeros simplessimples. Aminoácidos, açúcares, efedrina, pseudoefedrina, e ácido tartárico podem ser isolados a partir de fontes naturais na forma de enantiômeros simples.isolados a partir de fontes naturais na forma de enantiômeros simples. Por outro lado, nono laboratóriolaboratório, se fizermos compostos quiraisquirais a partir de materiaismateriais dede partidapartida aquiraisaquirais, estamos “condenados” a obter misturas 150 materiaismateriais dede partidapartida aquiraisaquirais, estamos “condenados” a obter misturas racêmicas. Assim, como é que podemos obter compostos enantiomericamenteenantiomericamente purospuros, sem que sejam de fontes naturais? Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral Os enantiômeros nãonão podem ser separadas por técnicas de separação habituais, tais como: � destilaçãodestilação fracionadafracionada ou � cristalizaçãocristalização porque os seus pontospontos dede ebuliçãoebulição e solubilidadesolubilidade sãosão idênticosidênticos, levando-os a destilar ou cristalizar simultaneamente. Louis Pasteur foi o primeiro a separar um par de enantiômeros com sucesso. Ao trabalhar com cristais de tartarato de amônio de sódio, � ele observou que os cristaiscristais nãonão erameram idênticosidênticos! � ele meticulosamente separou os dois tipos de cristais com pinças. 151 � ele meticulosamente separou os dois tipos de cristais com pinças. Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral Imagine uma reação entre um álcoolálcool racêmicoracêmico quiralquiral e um ácidoácido carboxílicocarboxílico racêmicoracêmico quiralquiral para se obter um éster,éster, em uma esterificação catalisada por ácido. O produtoproduto contém dois centros estereogênicos, por isso, esperamos obter doisdois diastereoisômerosdiastereoisômeros, cada um como uma mistura de dois enantiômeros. 152 doisdois diastereoisômerosdiastereoisômeros, cada um como uma mistura de dois enantiômeros. Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral Os diastereômerosdiastereômeros têmtêm propriedadespropriedades físicasfísicas diferentesdiferentes, de modo que deve ser fácil de separar, por exemplo, por cromatografiacromatografia. Poderíamos, então, reverter a etapaetapa dede esterificaçãoesterificação, e hidrolisar qualquer um destes diastereoisômeros, e regenerar o álcool e ácido racêmicos. 153 Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral Se repetirmos esta reação, desta vez usando uma amostra enantiomericamente pura de (R)(R)--ácidoácido mandélicomandélico voltaríamos a obter dois produtos diastereoméricos mas, desta vez, cada um será enantiomericamenteenantiomericamente puropuro. 154 Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral Se hidrolisarmoshidrolisarmos cadacada diastereoisômerodiastereoisômero separadamenteseparadamente, faremos algo bastante notável: conseguiremosconseguiremos separarseparar aa doisdois enantiômerosenantiômeros do álcool de partida. 155 A separação dos dois enantiômeros é chamada de resoluçãoresolução. Prof. Nunes Resolução Resolução QuiralQuiral 156 Prof. Nunes StereogameStereogame Exercite teus conhecimentos com este divertido jogo computacional. 157 http://www.quimica.ufc.br/stereogame