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UNIDADE IX – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

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UNIDADE IX – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES 
 
INTRODUÇÃO 
 Os direitos obrigacionais enquanto pertencentes aos direitos patrimoniais são 
transmissíveis. Logo é juridicamente possível haver a transferência de direitos (cessão de 
crédito) e de deveres (cessão de débito ou assunção de dívida) por atos inter vivos. O ato pelo 
qual se transmite as obrigações denomina-se cessão. Esta, portanto, vem a ser a transferência 
negocial, a título gratuito ou oneroso, de um direito ou de um dever, de modo que o 
adquirente, denominado cessionário, exerça posição jurídica idêntica à do antecessor, então 
designado de cedente. 
 Há três espécies de cessão: 
 a) Cessão de crédito: o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional; 
 b) Cessão de débito ou assunção de dívida: constitui um negócio jurídico pelo qual o 
devedor transfere a outrem a sua posição na relação jurídica, sem novar, ou seja, sem acarretar 
a criação de obrigação nova pela extinção da anterior; 
 c) Cessão de contrato: ocorre nos contratos bilaterais, onde o cedente ao transferir a sua 
posição na relação contratual para o cessionário cede a este os seus direitos e deveres. Ex: o 
substabelecimento sem reserva de poderes, no qual o advogado transfere para outro advogado 
o mandato para atuar em determinado processo, transferindo- lhe os direitos e os deveres do 
contrato. 
 
1. CESSÃO DE CRÉDITO 
1.1. Conceito e espécies 
 Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere, a título 
gratuito ou oneroso, a outrem, seus direitos na relação obrigacional, mantendo esta com o 
mesmo devedor. O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente. O terceiro a quem 
são eles transmitidos, chama-se de cessionário. O outro personagem, devedor ou cedido, não 
participa necessariamente da cessão, que pode ser realizada sem a sua anuência. Deve ser, no 
entanto, notificado para que possa solver a obrigação ao legítimo detentor do crédito. Ex (1): 
X emprestou R$200.000,00 a Y, pelo prazo de dois anos, tendo a dívida afiançada por Z. 
Ocorre que após um ano, X tem inesperadamente necessidade de dinheiro. Como ainda não 
pode exigir a restituição da quantia emprestada, cede o seu crédito por R$150.000,00 a T, que 
não pensa duas vezes em aceitar pela confiança que deposita na solvabilidade do fiador. Ex 
(2): um comerciante X (cedente) transfere a uma instituição financeira Y (cessionário) os seus 
créditos referentes a três duplicatas no valor de R$100.000,00 cada uma, recebendo 
R$220.000,00. A instituição financeira Y posteriormente irá receber o valor dos créditos das 
três duplicatas. Tal exemplo é típico das factorings. 
 Vale ressaltar que o crédito pode ser transferido como forma de pagamento de uma 
obrigação, o que nesse caso se dará uma dação em pagamento. Ex: Y deve R$200.000,00 a X. 
Este por sua vez deve R$180.000,00 a Z. X com o intuito de solver a sua dívida com Z lhe 
transmite o seu crédito que tem a receber de Y. 
 O contrato de cessão é consensual, pois se aperfeiçoa pela simples vontade das partes, 
não exigindo a tradição do documento. Todavia, em alguns casos, a natureza exige a entrega, 
como sucede com os títulos de crédito, assimilando-se então aos contratos reais (Gonçalves, 
2016, p.219). 
 A cessão de crédito pode ser classificada quanto a origem, quanto as obrigações que 
gera, quanto a extensão e quanto a responsabilidade do cedente em relação ao cedido 
(Tartuce, 2014, p.284-285). 
 a) Quanto à origem: 
 a.1) Cessão legal: é aquela que decorre da lei. Exs: o devedor de obrigação solidária que 
satisfaz a dívida por inteiro, sub-rogando no direito de crédito (art.283 do CC); o fiador que 
pagou integralmente a dívida, ficando sub-rogado nos direitos do credor (art.831 do CC); 
 a.2) Cessão judicial: oriunda de decisão judicial. 
 a.3) Cessão convencional: é a que decorre de acordo firmado entre cedente e 
cessionário. Ex: factoring. 
 
 b) Quanto às obrigações que gera: 
b.1) Cessão a título oneroso: tanto o cedente como o cessionário têm desfalque 
patrimonial, que corresponde a uma vantagem econômica proporcional. Nesta o cedente 
garante a existência e a titularidade do crédito no momento da transferência, embora não 
garanta a solvabilidade do devedor, art.295 do CC. 
b.2) Cessão a título gratuito: somente o cedente tem desfalque patrimonial, haja vista 
transferir para o cessionário o seu crédito sem nenhuma contraprestação deste. Nesta o 
cedente garante a existência e a titularidade do crédito no momento da transferência, só se 
tiver agido de má-fé, art.295 do CC. 
c) Quanto à extensão: 
c.1) Total: o cedente transfere totalmente o seu crédito ao cessionário. 
c.2) Parcial: o cedente transfere parte do seu crédito, permanecendo na relação 
obrigacional. 
d) Quanto à responsabilidade do cedente em relação ao cedido: 
d.1) Cessão pro soluto: o cedente apenas garante a existência do crédito, sem responder, 
pela solvência do devedor. 
d.2) Cessão pro solvendo: o cedente obriga-se a pagar se o devedor cedido for 
insolvente. 
 
1.2. Cessão de crédito e institutos afins. 
 A cessão diferencia de alguns institutos jurídicos: 
 a) Cessão de crédito X contrato de compra e venda: este tem por objeto bens corpóreos, 
além do que as partes participantes são apenas duas, o comprador e o vendedor. Já a cessão de 
crédito, tem por objeto bem incorpóreo (crédito) e necessariamente há três personagens, o 
cedente, o cessionário e o cedido; 
 b) Cessão de crédito X novação subjetiva ativa: nesta, quando em virtude de obrigação 
nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. Aqui os 
acessórios, garantias e privilégios do crédito são extintos. Ex: João deve R$200,00 a Paulo, 
que deve igual importância para Maria. Por acordo entre os três, a obrigação entre João e 
Paulo é extinta, pois João irá pagar diretamente a Maria. Já na cessão de crédito todos os 
acessórios, garantias e privilégios da obrigação primitiva são mantidos. 
1.3. Requisitos da cessão de crédito: objeto, capacidade e legitimação. 
 Conforme o art.286 do CC, todos os títulos podem ser objeto de cessão, salvo se isso se 
opuser a: a) natureza da obrigação; b) lei; c) convenção com o devedor. 
 a) Natureza da obrigação: é o caso da natureza da obrigação ser incompatível com a 
cessão, como no caso do direito aos alimentos. Um alimentando não pode ceder a terceiro o 
crédito que tenha em face do seu alimentante. Porém, ressaltam Cristiano Chaves e Nelson 
Rosenvald, que o crédito alimentar vencido pode ser objeto de cessão, haja vista já ter se 
integrado ao patrimônio do alimentado, que sobreviveu até aquela data sem ele. 
 b) Lei: não pode ser objeto de cessão os casos proibidos por lei, tais como, a cessão do 
direito de preferência (art.520 do CC), o benefício da gratuidade da justiça, o direito à herança 
de pessoa viva (art426 do CC), o crédito já penhorado em processo de execução, de modo que 
se houver cessão configurará fraude à execução (art.774, I do NCPC); 
 c) Convenção com o devedor: a cessibilidade pode ser afastada pela vontade das partes. 
Todavia, essa cláusula proibitiva (pacto de non cedendo) só poderá ser oposta ao terceiro de 
boa-fé a quem se transmitiu o crédito (cessionário), se constar expressamente do instrumento 
da obrigação. Dessa forma, se o título da obrigação for silente a respeito, presume-se que a 
cessão seria possível (Gagliano e Pamplona Filho, 2014, p.290). 
 Por ter natureza negocial, a cessão pressupõe a observância dos pressupostos gerais de 
validade,sobretudo da capacidade e da legitimidade das partes. É necessário que as partes 
envolvidas sejam plenamente capazes. Ocorre que, mesmo sendo capazes, algumas pessoas 
carecem de legitimação para adquirir certos créditos. É o caso do tutor e do curador, que não 
podem constituir-se cessionários de créditos, respectivamente, do pupilo e do curatelado. O 
falido e o inventariante judicial não têm qualidade para efetivar cessão de crédito, salvo 
mediante autorização judicial (Gonçalves, 2016, p.221-222). 
1.4. A formalidade na cessão de crédito 
 Em regra, a cessão convencional não exige forma especial para valer entre as partes, 
salvo, art.288 do CC: a) se a escritura pública for necessária a constituição do ato; b) para a 
cessão valer contra terceiros. 
 a) Se a escritura pública for necessária a constituição do ato: dessa forma se a cessão não 
for realizada por escritura pública será nula. É o caso da cessão de crédito hipotecário e dos 
direitos hereditários. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a 
cessão no registro do imóvel, art.289 do CC. 
 b) Para a cessão valer contra terceiros: em regra, a cessão tem eficácia inter partes. No 
entanto, para ter eficácia perante terceiros é necessário que a cessão seja realizada mediante 
instrumento público ou instrumento particular revestido das solenidades do §1º do art.654 do 
CC (o instrumento particular deve conter, assim, a indicação do lugar onde foi passado, a 
qualificação do cedente e do cessionário, a data e o objetivo da cessão com a designação e a 
extensão dos direitos cedidos e ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos). 
 Transmitindo o crédito, os acessórios (cláusula penal e juros) e garantias da dívida 
também serão cedidos, se não houver estipulação expressa em sentido contrário, em virtude 
de que o acessório segue o principal, art.287 do CC. 
 
1.5. Notificação do devedor 
 Não obstante o devedor não precisar autorizar a cessão de crédito, deve ser notificado da 
mesma, até para saber que, a partir daquela comunicação, não pagará mais o credor primitivo 
(cedente), mas sim ao novo (cessionário). Logo a comunicação da cessão ao devedor não é 
pré-requisito de validade ao ato, mas sim de sua eficácia, art.290 do CC. 
 Tal determinação corresponde a um dos deveres anexos da boa-fé, que deve estar 
presente nas relações obrigacionais. Assim, se o devedor “ignorado da cessão”, pagar ao 
credor primitivo, em consonância com o princípio da boa-fé, estará exonerado da obrigação. 
Porém, como a cessão é válida entre as partes, independentemente de notificação ao devedor, 
o cessionário, terá o direito de exigir do antigo credor (cedente) tudo quanto indevidamente 
recebeu, haja vista que recebeu prestação de direito alheio, enriquecendo ilicitamente à custa 
deste (Gonçalves, 2016, p.225). 
 Dessa forma, tanto o cedente como o cessionário, poderão notificar judicial ou 
extrajudicialmente o devedor, da realização da cessão. Se não for notificado, a cessão é 
inexistente para o devedor e válido se tornará o pagamento feito ao cedente. Mas não se 
desobrigará se a este pagar depois de cientificado da cessão. Ficará desobrigado, também, no 
caso de lhe ter sido feita mais de uma notificação, se pagar ao cessionário que lhe apresentar o 
título comprobatório da obrigação, art.292 do CC. 
 Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a 
tradição do título do crédito cedido, art.291 do CC. Ex: se o credor X, maliciosamente, fizer a 
cessão do mesmo crédito a Y, Z e T, entregando a este último o título que representa a dívida, 
será T o novo credor, devendo o sujeito passivo da obrigação a ele pagar. Se a cessão tiver 
caráter oneroso poderão Y e Z voltar-se contra X, aplicando-se as regras previstas para o 
pagamento indevido (art.876 do CC) e o enriquecimento sem causa (art.884 do CC) (Tartuce, 
2014, p.281). 
 Adverte o art.293 do CC, que independentemente do conhecimento da cessão pelo 
devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do direito cedido. Assim, a 
ausência de notificação do devedor não obsta a que o cessionário exerça todos os atos 
necessários à conservação do crédito objeto da cessão, como a ação de cobrança ou de 
execução por quantia certa, como também os atos inerentes ao domínio, como inclusive ceder 
o crédito a outrem (Tartuce, 2014, p.282). 
 Notificado, o devedor vincula-se ao cessionário, podendo opor a este as exceções que 
lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, 
tinha contra o credor, art.294 do CC. Se o devedor, notificado da cessão, não opõe, nesse 
momento, as exceções pessoais que tiver contra o cedente, não poderá mais arguir contra o 
cessionário as exceções que eram cabíveis contra o primeiro, como pagamento da dívida, 
compensação, etc. Poderá, no entanto, alegar contra o cedente como também contra o 
cessionário, a qualquer tempo, mesmo não tendo arguido as exceções ao ser notificado, vícios 
que, por sua natureza, afetam diretamente o título ou ato, tornando-o nulo ou anulável, como a 
incapacidade do agente, erro, dolo etc. (Gonçalves, 2016, p.226). 
 Mas, se o cedido não foi notificado, poderá opor ao cessionário as exceções que tinha 
contra o cedente, antes da transferência. Já as exceções oponíveis diretamente contra o 
cessionário podem ser arguidas a todo tempo, tanto no momento da cessão como no de sua 
notificação (Gonçalves, 2016, p.226). 
 Vide o seguinte julgado: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO 
CIVIL. CESSÃO DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO. 
CONSEQUÊNCIAS. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. I 
MPROVIMENTO. 1.- A cessão de crédito não tem eficácia em 
relação ao devedor, senão quando a este notificada. Isso não significa, 
porém, que a dívida não possa ser exigida quando faltar a notificação. 
2.- O objetivo da notificação é informar ao devedor quem é o seu 
novo credor, isto é, a quem deve ser dirigida a prestação. A 
ausência da notificação traz essencialmente duas conseqüências 
(grifo nosso): Em primeiro lugar dispensa o devedor que tenha 
prestado a obrigação diretamente ao cedente de pagá-la novamente ao 
cessionário. Em segundo lugar permite que devedor oponha ao 
cessionário as exceções de caráter pessoal que teria em relação ao 
cedente, anteriores à transferência do crédito e também posteriores, 
até o momento da cobrança (artigo 294 do Código Civil). 3.- A falta 
de notificação não interfere com a existência ou exigibilidade da 
dívida, sendo de se admitir, inclusive, a inscrição indevida em 
cadastros de inadimplentes em caso de não pagamento, observadas as 
formalidades de estilo (artigo 43, § 2°, Código de Defesa do 
Consumidor). 4.- O agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz 
de modificar o decidido, que se mantém por seus próprios 
fundamentos. 5.- Agravo Regimental a que se nega provimento. (STJ - 
AgRg no REsp: 1408914 PR 2013/0331677-7, Relator: Ministro 
SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 22/10/2013, T3 – TERCEIRA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 14/11/2013). 
 
1.6. Responsabilidade do cedente 
 Por força do art.295 do CC, na cessão a título oneroso, pro soluto, o cedente fica 
responsável, tão somente, pela existência do crédito, à época que lho cedeu e não pela 
solvabilidade do devedor. Se a cessão tiver sido gratuita, responderá pela existência do 
crédito, o cedente que tiver agido de má-fé. 
 Dessa forma, não havendo estipulação expressa no título da cessão, o cedente não 
responde pela insolvência do devedor (cessão pro soluto) (art.296 do CC). Porém, nada obsta 
que as partes convencionem que o cedente seresponsabilizará pela solvabilidade do devedor 
(cessão pro solvendo). Nesse caso a responsabilidade do cedente limitar-se-á ao que recebeu 
do cessionário, com os respectivos juros, mais as despesas da cessão e as efetuadas com a 
cobrança, art.297 do CC. Ex: se o crédito era de R$20.000,00 e foi cedido por R$16.000,00, o 
cessionário só terá direito de exigir do cedente até esta última importância, com os referidos 
acréscimos e não ao valor do crédito (Gonçalves, 2016, p.228). 
 Vale registrar, ainda, que, uma vez penhorado um crédito, este não mais poderá ser 
transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora. No entanto, se o devedor não tiver 
conhecimento da penhora e pagar o crédito, ficará desobrigado, restando apenas ao terceiro 
prejudicado entender-se com o credor, art.298 do CC (Gagliano e Pamplona Filho, 2014, 
p.294). Assim, só após a intimação, é que o devedor fica obrigado a fazer o pagamento 
conforme a ordem judicial. 
 
2. DA CESSÃO DE DÉBITO – DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
 
1. CONCEITO E REQUISITOS 
 A assunção de dívida é um negócio jurídico bilateral pelo qual o devedor (cedente), com 
a anuência expressa do credor (cedido), transfere a um terceiro (cessionário ou assuntor) a 
posição de sujeito passivo da relação obrigacional, o qual passará a partir de então se 
responsabilizar pela dívida, que subsiste com os seus acessórios. Ex: fusão de duas ou mais 
pessoas jurídicas e venda de estabelecimento comercial. Vale ressaltar que a lei não permite a 
exoneração do devedor se o terceiro, a quem se transmitiu a obrigação, era insolvente e o 
credor ignorava. Por isso, é de boa cautela dar ciência ao credor do estado de solvabilidade do 
novo devedor, art.299 do CC (Gonçalves, 2016, p.230 e Tartuce, 2014, p.285 e Gagliano e 
Pamplona Filho, 2014, p.296). 
 A importância do consentimento expresso do credor é de tal monta, que o seu silêncio 
importará recusa da assunção, contrariando, pois, a máxima do cotidiano de que “quem cala 
consente” (parágrafo único do art.299 do CC). No entanto, há uma única situação em que o 
Código Civil permite a aceitação tácita do credor. Esta, que está descrita no art.303 do CC, se 
refere ao credor hipotecário, haja vista que a segurança do seu crédito reside muito mais na 
garantia, cujo valor seja superior ao débito, do que na pessoa do devedor. Porém, se o valor da 
garantia for inferior ao débito, haverá interesse do credor em impugnar a transferência de 
débito nos trinta dias de sua ciência, para a manutenção do devedor primitivo na relação 
obrigacional (Gonçalves, 2016, p.240). 
 Logo os requisitos da cessão de débito são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É importante informar que o novo devedor (assuntor) não poderá opor ao credor as 
exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo, a exemplo dos vícios de 
consentimento. Em contrapartida, as defesas comuns podem ser arguidas, dentre estas a 
prescrição, a hipótese de pagamento, etc, art.302 do CC (Figueiredo e Figueiredo, 2014, 
p.252). 
 Vide julgado a seguir: 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CESSÃO 
DE DÉBITO. CONSENTIMENTO EXPRESSO. ART. 209 CC. 
INOBSERVÂNCIA. INEFICÁCIA DA TRANSMISSÃO DA 
OBRIGAÇÃO EM RELAÇÃO AO CREDOR. ILEGITIMIDADE 
PASSIVA AFASTADA. EMBARGOS À EXECUÇÃO. 
SUSPENSÃO. IMPOSSIBILIDADE POR NÃO PREENCHIMENTO 
DOS REQUISITOS CONSTANTES NO ART. 739-A, § 1º DO CPC. 
EFEITO SUSPENSIVO REVOGADO. RECURSO CONHECIDO E 
NÃO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Tratando-se de 
transmissão de obrigação através da cessão de débito, ou como 
também chamada assunção de divida, para que esta opere o efeito de 
substituir o devedor principal perante o credor, é indispensável o 
consentimento expresso deste. 2. Não se vale para tanto, o silêncio do 
 Requisitos 
 da 
Cessão de débito 
Existência de uma relação jurídica obrigacional originária 
Anuência expressa do credor, com exceção do art.303 do CC 
Substituição do devedor, sem que haja extinção da obrigação 
original e nem criação de uma nova. 
credor conforme se infere de uma interpretação conjunta dos art. 209 
do CC e seu parágrafo único. 3. Assim, a cessão de débito sem a 
anuência do credor não impossibilita a propositura da ação de 
execução contra o devedor inicial. 4. Por seu turno, para que seja 
reconhecida a suspensão da ação de execução, indispensável se faz a 
presença cumulativa dos requisitos especificados no art. 739-A, § 1º 
do CPC: relevância dos fundamentos defensivos; fundado receio de 
que a continuação da execução possa gerar grave dano de difícil ou 
incerta reparação ao executado; garantia do juízo por meio da 
penhora, caução ou depósito. 5. Restando afastada a ilegitimidade 
passiva e, consistindo este, em um dos fundamentos defensivos da 
agravante, infundada se faz a concessão de efeito suspensivo aos 
embargos à execução. 6. Recurso conhecido e não provido. (AI n. 
0803136-06.2013.8.02.0900 TJAL. 3ª Câmara Cível. Juiz Conv. 
Maurício César Brêda Filho. 16/12/2015) 
 
2.1. Diferenças entre a assunção de dívida e alguns institutos afins 
 Segundo Gonçalves (2016, p.233-236) é importante diferenciar a cessão de divida de 
alguns institutos jurídicos, dentre estes: promessa de liberação do devedor, novação subjetiva 
por substituição do devedor e a fiança. 
 a) Assunção de dívida e promessa de liberação do devedor: nesta, uma pessoa 
denominada promitente, se obriga perante ao devedor a desonerá-lo da obrigação, efetuando a 
prestação em seu lugar. Ex: o locatário que se compromete em pagar o IPTU do imóvel no 
lugar do locador. Porém, se o locatário não pagar o IPTU, o fisco irá cobrar do locador, o qual 
ao pagar o débito entrará com uma ação regressiva contra o locatário, que descumpriu a 
obrigação. A semelhança entre a assunção de dívida e a promessa de liberação do devedor 
está no ponto em que, em ambas as situações, uma pessoa se compromete a efetuar uma 
prestação devida por outrem. No entanto, são diferentes, pois, na promessa de liberação o 
credor não terá nenhum direito de exigir o cumprimento da obrigação ao promitente, mas tão 
somente ao devedor, uma vez que foi com este acordou. Já na assunção de dívida, o terceiro 
(assuntor) ao assumir a dívida do devedor se obriga perante o credor, que adquire o direito de 
exigir daquele a realização da prestação devida. 
 b) Assunção de dívida e novação subjetiva por substituição do devedor: nesta a dívida 
anterior se extingue, para ser substituída por outra, com um novo devedor; enquanto que 
aquela é a mesma obrigação que subsiste, havendo mera alteração na pessoa do devedor. 
 c) Assunção de dívida e fiança: nestas, tanto o assuntor, como o fiador, se obrigam ao 
credor a adimplir dívida de outrem. Porém, o fiador não é devedor, mas sim um mero 
responsável obrigacional pelo débito de outrem. Tendo sido conferido o benefício de ordem 
ao fiador, a sua responsabilidade será subsidiária, de modo que, será executado primeiro o 
patrimônio do devedor para solver a dívida e somente se este for insolvente ou insuficiente é 
que o patrimônio do fiador será executado. Além disso, o fiador pagando a dívida sub-roga-se 
no direito de credor. Já o assuntor é o único obrigado pela dívida que assumiu. 
 
2.2. Espécies de assunção de dívida 
 Para Farias e Rosenvald (2014, p.371-372), a cessão de débito em uma primeira 
classificação pode ser: a) liberatória, primitiva ou exclusiva; b) cumulativa. 
 a) Liberatória, primitiva ou exclusiva: quando o devedor originário se exonera, por ter 
sido transmitido a sua obrigação a outrem, art.299 do CC; 
 b) Cumulativa: o devedor originário permanece conjuntamenteobrigado com o novo 
devedor. O que ocorre na realidade é a ampliação do pólo passivo, havendo um reforço do 
débito. Desde que acordem previamente, os devedores em tese, estão obrigados 
solidariamente. Esta classificação tem como base o Enunciado16 da I Jornada de Direito 
Civil, do Conselho de Justiça Federal, a qual expressa que o “art.299 do CC não exclui a 
possibilidade da assunção cumulativa da dívida quando dois ou mais devedores se tornam 
responsáveis pelo débito com a concordância do credor”. 
 Em uma segunda classificação a cessão de débito pode ser: (Figueiredo e Figueiredo, 
2014, p.253-254): a) delegação; b) expromissão. 
 a) Delegação: consiste em um negócio jurídico realizado entre o devedor originário 
(delegante) e um terceiro (delegado), que assume a obrigação daquele, com o devido 
consentimento expresso do credor (delegatário), art.299 do CC. Tal delegação poderá ser 
liberatória ou cumulativa. Será liberatória, quando não subsistir nenhuma obrigação para o 
devedor originário. Já na delegação cumulativa, o devedor originário se responsabilizará pela 
inadimplência do novo devedor; 
 b) Expromissão: nesta o terceiro assume o débito sem a necessária concordância do 
devedor primitivo. É um negócio jurídico bilateral realizado entre o credor e o novo devedor 
(expromitente). Ex: um filho que assume a dívida de um pai, que por orgulho, jamais 
concordaria. A expromissão pode ser liberatória ou cumulativa. Nesta o novo devedor passará 
a ser responsável pela obrigação conjuntamente com o primitivo. Na expromissão liberatória, 
o devedor primitivo é exonerado da obrigação, a qual é assumida na integra pelo novo 
devedor. 
 
2.3. Efeitos da assunção de dívida 
 O principal efeito da assunção de dívida é a substituição do devedor na relação 
obrigacional, que permanece a mesma. Há modificação apenas no pólo passivo, com liberação 
em regra, do devedor primitivo, art.299 do CC. Vale ressaltar que essa liberação pode não 
ocorrer, caso em que se presencia a assunção de dívida cumulativa. Conforme já explicado o 
novo devedor (assuntor) não poderá opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao 
devedor, porém as defesas comuns podem ser arguidas, art.302 do CC. 
 Outro efeito importante da assunção de dívida é a extinção das garantias especiais 
(fiança) dadas em atenção à pessoa do devedor primitivo ao credor, de modo que, só 
subsistirão se houver concordância expressa do devedor primitivo e dos demais terceiros que 
garantiam a dívida. No entanto, as garantias reais prestadas pelo próprio devedor originário 
não são atingidas pela assunção e continuam válidas, a não ser que o credor abra mão delas 
expressamente (Gonçalves, 2016, p.239).1 
 O art.301 do CC adverte que, se anulada a assunção de dívida, restaura-se o débito com 
relação ao devedor primitivo, com todas as suas garantias, salvo aquelas prestadas por 
terceiros, exceto se estes conheciam o vício da obrigação. Ex: X cede o débito a Y, que é 
garantido por uma fiança prestada por Z. O credor é T. A cessão é anulada por ação judicial, 
pela presença de dolo de X. Em regra, a dívida original é restabelecida, estando exonerado o 
fiador. Entretanto, se este tiver conhecimento do vício, continuará responsável. Tal 
determinação legal tem como base o princípio da boa-fé. 
 
1
 Enunciado n.422 da V Jornada de Direito Civil. 
 A V Jornada de Direito Civil, por meio do seu Enunciado n.423, determina que “o 
art.301 do CC deve ser interpretado de forma a também abranger os negócios jurídicos nulos 
e a significar a continuidade da relação obrigacional originária, em vez de “restauração”, 
porque, envolvendo hipótese de transmissão, aquela relação nunca deixou de existir.” 
 
3. CESSÃO DE CONTRATO OU CESSÃO DE POSIÇÃO CONTRATUAL? 
 
3.1. Conceito 
 Não obstante este tipo de cessão ser de uso corriqueiro no âmbito civil, o Código Civil 
de 1916 e de 2002 não o disciplinou. Consiste a cessão de posição contratual, em um negócio 
pelo qual um dos contratantes (cedente), de um contrato bilateral, cede a um terceiro 
(cessionário), com a devida anuência do outro contratante (cedido), a sua posição no contrato. 
O cessionário ao assumir a posição do cedente, contrai os direitos (os créditos) e as 
obrigações (os débitos) deste na relação contratual. Ex (1): o locatário ao ceder a sua posição 
no contrato de locação a um terceiro, com o necessário consentimento do locador, estará lhe 
transferindo os direitos – dentre estes de usar e fruir temporariamente do imóvel – como 
também os deveres – pagar o aluguel ao locador. Ex (2): o advogado que substabelece, sem 
reserva de poderes, o contrato de mandato para outro advogado. 
 Como se pode perceber o que se transfere é a posição de um dos contratantes de um 
contrato bilateral e não o contrato em si, uma vez que este permanece o mesmo, o que denota 
ser a expressão cessão de contrato, utilizada em parte pela doutrina, não apropriada. Dessa 
forma a denominação mais coerente para esse tipo de negócio é cessão de posição contratual. 
 Mas afinal, o que diferencia a cessão da posição contratual da cessão de crédito e cessão 
de débito? Na cessão de crédito, o que se transfere é unicamente o crédito. Da mesma forma 
na cessão de débito, ou seja, o que se cede é unicamente o débito. Já na cessão da posição 
contratual é cedido tanto os créditos como os débitos de um dos contratantes em um contrato 
bilateral. 
 A falta de disciplina desse instituto em muitas legislações, levou a doutrina a questionar 
se a cessão da posição contratual seria uma nova modalidade de transmissão das obrigações 
ou somente a soma das cessões de crédito e de débito. Com base nestas discussões surgiram 
duas teorias: 
 a) Teoria atomística ou analítica: defende que a cessão da posição contratual nada mais é 
do que a soma das cessões de crédito e de débito e que, portanto, não tem autonomia; 
 b) Teoria unitária: a cessão da posição contratual é um instituo autônomo, pois transfere 
a posição contratual como um todo, sendo impossível a sua fragmentação. Esta teoria é a 
prevalente. 
 Figueiredo e Figueiredo (2014, p.258) especificam os requisitos necessários para a 
concretização da cessão da posição contratual: 
 a) Ser um contrato bilateral: ambas as partes da relação contratual tem direitos e 
obrigações; 
 b) Celebração de um negócio jurídico entre o cedente e o cessionário, onde este irá 
ocupar a posição daquele na relação contratual; 
 c) Integralidade da cessão: deve ser cedido tanto os direitos como os deveres do cedente 
ao cessionário; 
 d) Concordância expressa da outra parte contratante (cedido); 
 e) Informal: pode ser constituído sobre qualquer forma, porém para ter eficácia contra 
terceiros dever ser registrado. 
 OBS: não se deve confundir a cessão da posição contratual com o contrato derivado ou 
subcontrato. Neste o contratante mantém a sua posição contratual, limitando-se a criar um 
novo contrato da mesma natureza com terceiro, como ocorre na sublocação de imóvel. Já no 
primeiro, o cedente sai da avença, transmitindo a sua posição ao cessionário (Gonçalves, 
2016, p.246). 
 Como o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA vem tratando do assunto? 
 No Recurso Especial 627.424/PR, entendeu a Corte Especial ser possível, para os 
contratos envolvendo o Sistema Financeiro de Habitação, a cessão de obrigações e direitos 
através do denominado "Contrato de Gaveta". Este pacto gera a transferência de 
financiamento e pode acontecer, inclusive, sem a anuênciado mutuante, conforme 
precedentes jurisprudenciais. ln verbis: "A notificação sempre foi tida como algo necessário 
para que a cessão passasse a produzir efeitos relativamente ao devedor, inclusive para que este 
a impugnasse, se fosse este o caso. Mas a doutrina já aceitava (cf. Sílvio de Salvo Venosa, p. 
337) que o cessionário conservasse os direitos cedidos anteriormente à notificação, até 
porque, como já ressaltara Orlando Gomes (p. 209), a notificação não é elemento essencial à 
validade da cessão, mas tão-só elemento essencial para que ela seja eficaz relativamente ao 
devedor. Esta lição do saudoso autor foi, aliás, acolhida pelo legislador quando este substitui 
no art. 290, a expressão “não vale”, do art. 1.069, por não ter eficácia” (Figueiredo e 
Figueiredo, 2014, p.260). 
 
3.2. Efeitos da cessão da posição contratual 
 A cessão da posição contratual gera uma série de conseqüências jurídicas, envolvendo 
os três personagens: cedente, cessionário e cedido (Gonçalves, 2016, p.246). 
 
3.2.1. Efeitos entre o cedente e o contratante cedido 
 A regra é que na cessão da posição contratual, o cedente ao ceder a sua posição na 
relação contratual ao cessionário se desligue do contrato. Porém, pode acontecer que o cedido 
ao dar o seu consentimento à cessão, não libere o cedente, mantendo este como garantidor do 
cumprimento do contrato. 
 Gonçalves (2016, p.248) afirma que nesse caso, será estabelecido entre o cedente e o 
cessionário um vínculo de solidariedade. Já para Venosa (2003, p.357) a relação entre estes 
dois será subsidiária, ou seja, o cedente só se responsabilizará a cumprir determinado dever, 
se o cessionário não o cumprir, haja vista que a solidariedade não se presume, decorre da lei 
ou da vontade das partes. 
 
3.2.2. Efeitos entre o cedente e o cessionário 
 A transferência da posição contratual, do cedente para o cessionário, implicará para 
aquele a perda dos créditos e em regra a exoneração dos deveres, pois nesta última, as partes 
podem acordar que o cedente ainda continuará responsável pela solvência da obrigação, caso 
o cessionário não a cumpra. 
3.2.3. Efeitos entre o cessionário e o contratante cedido 
 Em regra as exceções pessoais do cedido em face do cedente não poderão ser arguidas 
contra o cessionário. Do mesmo modo, o cessionário não poderá alegar contra o contratante 
cedido, as exceções pessoais que caberiam ser alegadas pelo cedente ao cedido.

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