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Resumo Aulas 1 a 10 - Libras

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Professor FABIANO – e-mail: fabianoils@hotmail.com
AULA 1 – DIFERENÇA, INCLUSÃO E IDENTIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Adquirir noções instrumentais da língua de sinais não é o único objetivo deste curso. A língua de sinais é utilizada por sujeitos sinalizantes (surdos ou ouvintes que dominam a língua de sinais brasileira) em contextos específicos de interação cujo histórico aponta para preconceitos e mal-entendidos acerca das diferenças como um todo e da identidade do surdo na sociedade.
Muitas vezes os ouvintes acreditam que as palavras em LIBRAS são construídas letra a letra, mas isso não é bem verdade. Entretanto, para muitas palavras, especialmente nomes de pessoas e lugares, as letras do alfabeto compõem uma palavra da mesma maneira como ocorre em qualquer língua.
Datilologia (alfanumérica) – arte de conversar mediante sinais feitos com os dedos, usado entre surdos.
Informação Cultural (IC): Nas comunidades sinalizantes é hábito apresentar-se não somente informando o nome, mas também com um SINAL. Esse SINAL pode ser entendido como uma espécie de “batismo” dentro dessas comunidades. Cada pessoa tem um SINAL próprio que faz referência a alguma característica particular dela (somente referência física; física com a primeira letra do nome; um evento marcante etc.).
Informação Linguística (IL): as frases em Libras, muitas vezes, omitem algumas palavras que são usadas; em outras palavras, são construções sintéticas, econômicas. Lembre-se: Libras não é a tradução de língua portuguesa. Quer um exemplo? Em português, dizemos “qual é o seu nome?”. Em LIBRAS basta usar as palavras “seu” + “nome” e a interrogação é marcada pela expressão facial gramatical.
Ao verificarmos a história da educação de surdos e também de como a sociedade os tratou, verificamos uma série de equívocos que vão desde considerar a pessoa surda um “deficiente mental”, em sentido mesmo pejorativo, até obrigá-lo a métodos educativos que visam apagar as diferenças entre surdos e ouvites, impondo ao surdo a língua e a cultura oral.
Esse contexto veio criando dificuldades para uma mudança de postura da sociedade como um todo. Por falta de conhecimento ou de interesse, muitas noções equivocadas foram difundidas acerca dos portadores de necessidades (educativas) especiais.
O contato com a LIBRAS não é apenas uma obrigação do cumprimento das recentes políticas linguísticas e educacionais que visam à devulgação da LIBRAS e da dita “cultura surda” e a implementação de estratégias para a inclusão da pessoa surda na sociedade, como a lei 10436 (Lei de Libras, de 24/04/2002) e do decreto que regulamenta (decreto 5.626 de 22/12/2005).
As pessoas surdas não são mudas. O termo surdo-mudo é fruto de um equívoco do passado. Os surdos têm, salvo exceção, o aparelho fonador preservado. Se aparentemente não falam, isso se deve a dificuldades impostas pelo não desenvolvimento da memória auditiva, entre outros fatores. Por isso, NÃO SE DEVE FALAR “SURDO-MUDO”.
A CRISE DE IDENTIDADE
Vamos começar, então, refletindo um pouco sobre a sociedade contemporânea e suas “novas” formas de relacionamento, construção de identidade e preservação da cultura; em especial, as influenciadas pela chamada globalização. Para tal, é necessário que se investiguem as relações entre língua, cultura e sociedade.
ATENÇÃO
A sociedade contemporânea reivindica uma revisão das próprias formas de se pensar a língua, o papel e lugar da(s) ciência(s) política(s) que a tomam como objeto. Nesse sentido, a sociedade é convocada a enfrentar as constantes incompletudes, provocadas por um mundo globalizado, onde o global e o local se interpenetram e as diferença não se encaixam na completude (Bauman, 2005).
MUNDO MODERNO, COMUNICAÇÃO E IDENTIDADE
As novas formas de relacionamento (através da internet, chat, etc.) e o intercâmbio cultural são significativamente mais velozes e dinâmicos que no passado. Além da internet, o celular é hoje um aparelho quase que indispensável à sobrevivência na sociedade urbana. Este aspecto atinge inclusive as pessoas surdas, cujo uso do celular é bastante freqüente, tendo tornado-se um excelente meio de comunicação para esse grupo social. 
Além disso, a própria disciplina que você está fazendo neste exato momento faz parte da evolução tecnológica que permite a comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar.
Através dessas novas relações, o local e o global passaram a se interpenetrar constantemente, dificultando sua identificação e tornando incoerente um conceito de identidade (linguística e cultural) que seja o mesmo para qualquer indivíduo; em outras palavras, uma identidade que não seja fluida, que seja comum a todos.
MAS SERÁ QUE SOMOS IGUAIS?
Atualmente, a sociedade experimenta certa insatisfação em relação às promessas da modernidade, entre elas, a de igualdade, de liberdade, de paz, etc. Tais promessas não foram cumpridas, o que tem colocado em evidência a fragilidade do mundo moderno e da contemporaneidade.
O homem contemporâneo sente-se ameaçado em seus saberes e domínios, com medos e incertezas no exercício de suas práticas sociais em relação ao cotidiano, ao enraizamento e ao pertencimento a diferentes grupos sociais e à própria estrutura do cotidiano.
De fato, do ponto de vista da identidade, mais do que em outras épocas, torna-se evidente a inexistência de algo que possa ser identificado como uma única “identidade verdadeira”. Cabe destacar com Bauman (2005) que a identidade é uma luta simultânea contra a dissolução e a fragmentação; a identidade é um “conceito altamente contestado”. O “campo de batalha” é o lugar natural da identidade.
O que se pode perceber, no entando, na relação entre grupos (minorias ou maiorias) em suas lutas, é que, em quaisquer das situações próprias das relações “globais” (o local e o global) e seus argumentos, a questão da identidade assemelha-se a “um grito de guerra”. A identidade deixa de ser, portanto, um atributo e passa a ser uma questão de luta, uma tarefa.
LÍNGUA E IDENTIDADE PARA OS SURDOS
	Esse fenômeno da crise de identidade pode ser observado em vários setores da sociedade. Em relação aos surdos e às comunidades sinalizantes não é diferente. Após vários anos de total exclusão, e subjugamento a padrões culturais inerentes a uma vida tipicamente ouvinte, os surdos – conduzidos pelas pesquisas na área da linguística, da educação e outras – puderam reconhecer-se como seres dotados de uma língua. Suas comunidades linguísticas apresentam peculiaridades culturais a elas inerentes.
	Os surdos passam então a afirmar suas identidades com base, principalmente, em características linguísticas e culturais. Devido aos longos anos de uma experiência não favorável ao seu reconhecimento, foi necessária a criação de associações diversas, a produção de discurso de defesa e luta, entre outros, que garantissem esse espaço na sociedade.
DESFAZENDO MITOS E PRECONCEITOS
	Assim, fazer a “identidade” uma tarefa e um objeto do trabalho de toda a vida pode ser considerado um ato de libertação: libertação da inércia dos costumes tradicionais, das autoridades imutáveis, das rotinas pré-estabelecidas e das verdades inquestionáveis. A exacerbação disso levou, por um lado, a conquistas imprescindíveis, mas, por outro, a equívocos prejudiciais. Por isso, propomos agora um esquema que você possa rever algumas informações consideradas “verdadeiras”.
	
	PRECONCEITO X PRECONCEITO – Muitos surdos passaram a negar veemente a possibilidade de aprendizado da língua portuguesa, uma vez que, para muitos, isso significaria uma perda de sua “identidade surda”.
	OUVINTE X SURDO – O novo olhar da sociedade sobre a surdez, evidentemente, não pode e não deve implicar subordinação, no sentido de se concluir que há uma comunidade melhor e superior a outra. No entanto, não se pode esquecer que a categoria “surdo” tem seu significado construído a partir da oposição “ouvinte” e vice-versa. Mesmo que se possam admitir diferentes dimensões de significadospara essas categorias, o que se tem constantemente é que surdos e ouvintes são comumente tomados como um sendo o contrário do outro.
	SURDEZ E A LÍNGUA PORTUGUESA – É bom, por exemplo, que o surdo autorize a si mesmo a escrever em português, sem medo de “perder” sua identidade. Daí, a necessidade de se repensar as formas de discutir “identidade surda” no campo da surdez. Não se pode, em nome da defesa de uma causa, intensificar implicitamente o aumento das dificuldades do surdo em relação à língua portuguesa. Uma coisa é dizer que o surdo tem Libras como L1 (ou língua nativa), outra coisa é, baseado em uma visão biologizante, fazê-lo acreditar que não tem capacidade para aprender língua portuguesa.
	O SURDO E A RELAÇÃO FAMILIAR – Sempre é bom lembrar que a maioria dos surdos são filhos de pais ouvintes e possuem uma família de ouvintes. A despeito do fato de que muitas famílias os renegam ou demoram a aceitá-los como seres capazes, não se pode propor que os surdos simplesmente ignorem a existência de suas bases familiares, sejam elas quais forem.
SURDEZ E IDENTIDADE
	A identidade do surdo deve ser construída com base em suas capacidades, em suas peculiaridades linguístico-culturais. Por isso, alguns estudiosos referem-se aos surdos como sujeitos sinalizantes, usuários de LIBRAS. A questão das identidades se faz, portanto, presente e não pode ser dissociada das experiências da sociedade contemporânea que vive o conflito inerente à fluidez dessas identidades.
ATENÇÃO
Não podemos esquecer que cada surdo tem uma história de vida, que nem todos os surdos dominam a língua de sinais; alguns são oralizados e têm orgulho disso. Isso nos faz refletir sobre o que é ser diferente, e se há alguma coisa chamada diferença.
SÍNTESE DA AULA
Acredita-se ser de grande relevância tomar a atitude política de referir-se aos surdos, pelos menos àqueles que declaram ter a LIBRAS como L1, com maior freqüência, como “sujeitos sinalizantes”. Este termo não precisaria ser restrito a pessoa surda em si, mas aqueles que por sua história de vida percebem sua identidade construída em um contexto de uso de língua de sinais. Se for um surdo sinalizante, esse sujeito não precisará ter medo de usar a sua própria língua, nem se sentirá incapaz de dominar a língua de outros grupos, mesmo que sejam essas de outra modalidade e que, por isso mesmo, apresentem desafios aparentemente instransponíveis. Esse sujeito não é um surdo deficiente; é um sujeito dotado de capacidade lingüística...
DIVERSIDADE HUMANA – é o que caracteriza a espécie Homo sapiens e legitima a crença de que todas as pessoas têm direito de participar ativamente da sociedade.
INCLUSÃO – refere-se à participação legítima de todos os tipos de gente na sociedade, para que essa seja construída COM, POR e PARA todos.
IDENTIDADE – é uma luta simultânea contra a dissolução e a fragmentação. Assemelha-se a um grito de guerra.
LÍNGUAGEM – qualquer forma de comunição verbal ao não verbal.
LÍNGUA – é uma conveção social, um sistema de códigos linguísticos altamente complexo, que estrutura a comunicação social.
MITOS – relatos de valor social signiticativos; em geral, sobre a representação social acerca de alguém ou algo.
	O mito é uma naração, uma representação fantasiosa que reconhece o proferidor do discurso como autoridade sobre aquilo que foi dito.
AULA 2 - ESPECIFICIDADES DA LÍNGUA DE SINAIS E OS PARÂMETROS QUE REGEM A FORMAÇÃO DE SINAIS E O USO DA LIBRAS
O que você entende por gramática?
Quando relembramos nossos tempos de colégio, nos vêm à mente as aulas de língua portuguesa e as “chatices” (pelo menos para a maioria) das regras gramaticais. Colocação pronominal, predicativo do sujeito, oração subordinada substantiva objetiva direta etc. Isso porque entendemos (ou nos foi assim ensinado) que a gramática reduz-se à idéia de “um livro em que se expõem as normas de uso de uma determinada língua”. Mas não é bem assim...
Explicação expandida
Sem maiores aprofundamentos, podemos entender gramática no contexto da capacidade lingüística: todo ser humano é dotado de capacidade lingüística. Em segundo lugar, há que se pensar em gramática como um sistema, mentalmente compartilhado entre os usuários de uma língua, cujo funcionamento e estrutura não dependem de uma educação formal para serem aprendidos. Isto equivale a dizer, por exemplo, que qualquer falante, mesmo alguém considerado analfabeto, possui uma gramática (um conjunto de regras em sua mente), a qual aprendeu no convívio com a sua comunidade lingüística.
E a língua de sinais?
A língua de sinais, a exemplo de qualquer língua oral, tem uma gramática própria, constituída por um conjunto de regras presente na mente dos seus usuários. Poderemos ter a tendência a acreditar que a língua de sinais seja uma espécie de “língua oral sinalizada”. Em conseqüência disso, acabaremos acreditando que o léxico (dicionário mental), os aspectos sintáticos, semânticos, pragmáticos e quirológicos da LIBRAS constituem um emaranhado de sinais, aleatoriamente utilizados, que mais pareceriam uma língua oral mal falada.
ATENÇÃO
Por isso, podemos afirmar que os surdos, como qualquer ouvinte, possuem uma língua, na medida em que, dotados desta capacidade lingüística, decodificam logicamente o mundo, organizando-o em suas mentes, através dos recursos físicos e mentais dos quais dispõem. Assim, sua capacidade lingüística exterioriza-se, formando uma língua específica que, ao invés de sinais orais e auditivos, usa sinais espaciais e visuais, valendo-se do pleno funcionamento de sua visão, de suas mãos e do restante do corpo como um todo.
Basta aprender os sinais que já estamos nos comunicando?
Na LIBRAS, os níveis de descrição da língua são os já conhecidos sintático, semântico, pragmático. Em função da língua de sinais usar as mãos como principal canal de manifestação, temos ainda o nível quirológico que diz respeito justamente ao aspecto manual em si.
ATENÇÃO
Desfazendo mitos...
A LIBRAS não é uma língua universal, conforme muitos pensam. Cada país tem a sua própria língua de sinais. Além disso, há variações regionais dentro de cada país. Assim, podemos citar: a ASL (American Sign Language), a LSF (língua de sinais francesa), a Língua de Sinais Urubu Kaapor (Maranhão, Brasil) etc.
Começando a começar...
Uma boa descrição da língua de sinais não pode ser feita, naturalmente, a partir da mesma lógica utilizada para a descrição de línguas orais. Afinal, a modalidade lingüística é totalmente diferente. No entanto, existem parâmetros que regem o uso da língua de sinais. Costuma-se apresentar cinco parâmetros que possibilitam entender a formação dos sinais e as bases para os seus usos durante a produção discursiva. Vamos conhecer esses parâmetros?
Assim, percebeu-se que um sinal é produzido a partir da combinação de elementos espaciais, visuais e motores que determinam o lugar onde as mãos devem estar na hora da produção do sinal, como as mãos devem estar configuradas, para que direção elas devem estar apontando, se devem ou não estar se movimentando e como deve ser feito este movimento. Além disso, é preciso considerar a posição do corpo e a expressão facial que acompanham a produção desse sinal para que ele seja plenamente entendido em seu contexto de produção. 
CONFIGURAÇÃO DE MÃOS – ver folha
O ALFABETO MANUAL é uma representação manual das letras da língua portuguesa. É usado para introdução de palavras que ainda não possuem termos equivalentes ou sinônimos na LIBRAS, ou para apresentação de NOMES, PESSOAS ou LUGARES quando ainda não teem sinal próprio.
A DATILOLOGIA é uma representação da escrita da língua portuguesa, através de unidades minimas “fonemas” e que são formas presas, só atingem o nivel fonologico e fonetico da LIBRAS e não atingem mais os outros.
É a soletração de uma palavra usando o alfabeto manual de LIBRAS. É um empréstimo linguistico.
A CONFIGURAÇÃO DE MÃOS são formas livres e elas podem se utilizar do alfabeto manuale dos números da datilogogia, como também produzir formas totalmente diferentes que não estão contidos no alfabeto manual e ao todo elas possuem de 64 a 72 unidades minimas sem significados, mas com valor para mudar significado e elas transitam em todos os planos linguisticos da LIBRAS. A configuração de mãos possuem formas que não possuem no alfabeto manual.
COMBINAÇÕES QUE CONSTITUEM OS 5 PARÂMETROS DA LIBRAS
Expressão facial e/ou corporal
Configuração das mãos (cm)
Ponto de articulação (pa)
Movimento (m)
Orientação
Esses 5 Parâmetros funcionam do plano fonetico fonologico (FF) ao plano discursivo retorico.
Eles andam, transitam, funcionam, organizam, todos os planos linguisticos da LIBRAS.
Conceito de Fonologia = unidade minima sem significado, mais que possuem valor
EXPRESSÃO FACIAL E/OU CORPORAL: Alguns sinas só podem ser diferenciados a partir da observação da expressão facial que acompanha a sua produção de acordo com o contexto discursivo. Em termos de configuração as mãos, de movimento, poto de articulaçao e orientação, os sinais correspondentes à palavra e à expressão “triste” e “por exemplo” são praticamente os mesmos. A expressão facial que denota tristeza e pedido são cruciais para firecenciá-los no contexto discursivo.
CONFIGURAÇÃO DAS MÃOS (CM): Trata-se do “formato” que a mão ou as mãos assumirão no momento da produção de sinais. Existem mais de quarenta formatos em que as mãos podem ficar configuradas, além do alfabeto manual. É importante conhecer as configurações existentes para que haja precisão na produção do sinal e para que se possa obter maior domínio na aplicação dos sinais em contextos específicos, como no uso de classificadores, por exemplo. /sinais como os correspondentes às palavras “Itália”, “bobo”, “fluminense (time esportivo)”, “evitar”, entre outras, possuem a mesma configuração de mãos.
PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA): Mesmo se a configuração das mãos estiver correta, o sinal pode não ser compreendido caso não seja feito no adequado ponto do espaço em relação ao corpo. Este ponto pode ser relativo a alguma parte do corpo que é tocada no momento da produção do sinal. Ou, então, relativo a um espaço neutro (vertical ou horizontal). Sinais correspondentes às palavras em português “sábado” e “aprender”, embora tenham a mesma configuração e movimento, são articulados em pontos diferentes em ralação ao corpo.
MOVIMENTO (M): A produção de um sinal pode exigir um movimento específico ou nenhum tipo de movimento. Isso pode estebelecer diferenças semânticas e/ou gramaticais. Os números ordinais, por exemplo, diferencim-se dos cardinais pelo movimento feito em sua produção. O movimento é um parâmetro bastante complexo, pois pode abarcar uma série de formas e de direções diferentes, identificáveis a partir de maneira (contínuo, refreado, de retenção), da frequência, do tipo (de contato, de contorno etc.) e direcionalidade. Os sinais correspondentes a “sábado” e “aprender”, citados anteriormente, exigem um “abrir e fechar das mãos repetidamente”, enquanto que o verbo “pensar” não exige nenhum tipo de movimento.
ORIENTAÇÃO No momento da produção do sinal, as palmas das mãos estão voltadas para uma determinada direção, a essa peculiaridade dá-se o nome de orientação. Essa direção é crucial para determinar, por exemplo, o uso sintático-semântico de alguns verbos. Se considerarmos verbos como “emprestar” e “pedir emprestado”, logo percebemos que a orientação das mãos determinará o sujeito da ação.
	EXEMPLOS
	APRENDER
	SÁBADO
	- CM: “C” e “A”
	- CM: “C” e “A”
	- PA: testa
	- PA: frente à boca
	- Movimento: abrir e fechar
	- Movimento: abrir e fechar
LÍNGUA DE SINAIS: modalidade visoespacial
- pricipais características: Simultaneidade, parâmetros primários realizados ao mesmo tempo, com expressões faciais, por exemplo.
DATILOLOGIA É SINAL?
“Sinal é uma palavra”. Palavras são expressões constituidas de traços morfológicos, a saber: raiz, tema, radical, DMT, DNT. A datilogogia, não. A datilogogia é representação das letras feitas pela soletração. Nela não se encontra as marcas morfológicas. Dessa base, podemos conluir que não é sinal mais expressão silábica.
COMENTÁRIOS
Como se pode perceber, o desenvolvimento de habilidades necessárias para atingir fluência na língua de sinas exige a ampliação e intensificação de competência relativa à consciência corporal. Um usuário de LIBRAS precisa perceber para que direção aponta, como seu corpo está posicionado, aprendendo a dominar os movimentos em favor de uma construção frasal satisfatória para o cumprimento de sua intesão discursiva. Não basta conhecer os sinais, é preciso saber aplicar a eles e ao discurso os parâmetros da língua de sinais.
Neste vídeo, você viu uma série de sinais (saudação, despedida etc.) aplicados fora de contexto, somente para você conhecer as palavras usadas nas formas de cumprimento mais usuais. Informação Cultural (IC): Se você reparou bem, o sinal cuja legenda era "Como vai você?”, em português, tem a transcrição do sintagma em LIBRAS "Saúde B-E-M". Isso porque tal forma de construir a frase é pragmática, na LIBRAS equivale a perguntar “Como vai você?“ em português.
Informação Linguística (IL): algumas palavras podem ser sinalizadas de forma diferente, dependendo de alguns aspectos (como a pessoa que sinaliza, por exemplo). É o caso da palavra MÃE que, se sinalizada por uma criança, terá um sinal; se sinalizada por um adulto, será outro.
AULA 3 – POLÍTICAS LINGUÍSTICAS E EDUCACIONAIS
Convidamos você a conhecer e a refletir sobre a existência e sobre a necessidade de constante formulação e reformulação de políticas lingüísticas e educacionais. Discriminar, excluir indivíduos ou grupos em função de determinados usos da línguagem ou em nome da preservação de certas identidades: essas são questões que vêm emergindo em polêmicas geradas na atualidade. Tais questões trazem para o centro das discussões a vida política da línguagem e o caráter ético inerente aos estudos científicos da línguagem, suas aplicações políticas e educacionais.
Inclusão ou preconceito?
Parece oportuno pensar em que medida políticas (educacionais, lingüísticas...), no afã de defender minorias lingüísticas e preservar a língua, podem ser transformar em práticas sutis de preconceito. Afinal, políticas lingüísticas e políticas de línguas, expressas em leis, projetos de lei e outros tipos documentos oficiais, refletem contextos sócio-históricos e servem não apenas como dado, mas também como pano de fundo para uma discussão sobre o preconceito no contexto brasileiro.   
Não é raro detectar, tanto nos discursos sobre o direito à diferença quanto naqueles que procuram proteger grupos sociais, atitudes preconceituosas e certa crença de estarem os seus propositores investidos de autoridade suficiente para avaliar o grau e intensidade do problema do outro. Uma atitude que implicitamente reforça aquelas idéias contra as quais o próprio grupo parece lutar. 
“Perguntas que não querem calar...”
Mas quem pode, e em nome de quem, defender ou avaliar o grau de preconceito sofrido pelo outro?
Quem está autorizado a emitir pareceres sobre a pertinência linguística e, até mesmo, a jurisprudência de documentos e leis que visam “defender” a língua (nacional)?
Como garantir a inclusão de alguém ou algum grupo sem, com isso, provocar a exclusão do(s) seus(s) ditos oposto (s)?
Quais critérios éticos, políticos e científicos que, em servindo de norte para essas discussões, garantem uma auto-reflexão crítica que supere qualquer tipo de radicalismo?
Enfim, a luta é de quem em prol de quem?
POLÍTICAS LINGUÍSTICAS
É o discurso da etnia línguistica, psicolinguística, psicossocial.
Garantia do direito linguístico: “entende-se como Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visualmotora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguistico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidadesde pessoas surdas do Brasil.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Pensar um modelo novo de Educação, seria pensar criação de um index de cultura inclusiva, por ações inclusivas.
As escolas só perdem sem a educação inclusiva, o quanto poderia tornar muito mais rica e legal a sua escola, pois quanto mais e maior for a diversidade presente num mesmo espaço/tempo, mais intrigrante e fascinante fazem-se as relações.
As pessoas com e sem deficiência se estranham e se distanciam justamente por causa da escolarização estanque.
Se fossemos criados na cultura inclusivista ou includente, nossas práticas sociais e relações seriam mais abertas à diversidade, sem termos que passar por um período de conscientização, já que isso seria internalizado naturalmente em nossa mente.
A proposição de políticas linguísticas será eticamente efetiva se acompanhada de ações em torno do sujeito e da sociedade.
Não decorrer de consenso sobre a injustiça e preconceito, poderá representar apenas uma forma de “acalmar a consciência”.
No século XIX os surdos eram proibidos de usar a língua de sinais.
Em 1880 houve o congresso de Milão e apesar de haver 40% de professores surdos na escola, eles não votaram e suas líguas foram extintas.
PERSPECTIVAS DE POLITICAS LINGUÍSTICAS NA EDUCAÇÃO
Educação inclusiva x sociedade inclusiva
Inclusão escolar x inclusão social
PERSPECTIVAS DE POLÍTICAS LINGUÍSTICA NA EDUCAÇÃO
Todo processo de valorização da espécie humana por ela mesma acontece quando estamos dentro de uma ação de convivência. Conviver desmistifica tudo que preconcebemos sobre o outro. Isso se dá um quaisquer instância social.
As relações se constroem quando se convive junto. Uma coisa que precisamos compreender bem são os estanques conceitos entre os termos relação e contato.
Os alunos sem e com deficiência, professores, e demais funcionários se prepararíam na prática do dia a dia, mas o discurso de “não estamos preparados” escamoteia a rejeição, pois se não estão preparados agora, por que nunca se preparam?
Sem o adjetivo (em plural especiais), que não qualifica, apenas limita o olhar sobre a pessoa com deficiência e surdez, podemos ter uma relação de legítimo x legítimo entre as PESSOAS COM E SEM DEFICIÊNCIA.
Termos que o especial NA Educação e sociedade é tradicionalmente visto como a pessoa com deficiência, como se ela precisasse de rótulos que a destaca-se dos demais discentes/cidadãos.
E o especial DA Educação e na sociedade é qualquer aluno/cidadão COM ou SEM deficiência que possui alguma limitação, dificuldade de aprendizagem e de relacionamento.
Perspectivas de política linguística na sociedade
Essas são questões que auxiliam a estudar políticas lingüísticas sob o ponto de vista das relações entre sujeito e sociedade na pós-modernidade. Daí, uma discussão sobre a dimensão ética das políticas. É preciso perceber que as políticas também nomeiam e categorizam indivíduos a partir de determinado ponto de vista. 
Pretende-se, na perspectiva das políticas lingüísticas, uma ética que ultrapasse a idéia humanitária dos direitos humanos e dos direitos lingüísticos e que permita superar o dualismo do sujeito-ético como vítima e sujeito ético como piedoso (cf. Chauí, 1999).  Em outras palavras, a proposição de políticas lingüísticas será eticamente efetiva se acompanhada de ações propositivas em torno do sujeito e da sociedade. Se, ao contrário, decorrer tão somente de consenso sobre a injustiça e preconceito, poderá representar apenas uma forma de “acalmar a consciência”. Muito mais uma forma de “redimir-se de pecados”, de autopunição do que de construir e de viver uma sociedade justa
RESUMINDO
As línguas de modo geral são as fronteiras entre grupos sociais, mas isso prejudicial, ao contrário, fortalece a diversidade humanda e dinamiza a sociedade e suas relações.
AULA 4 – CULTURA EM COMUNIDADES SINALIZANTES
Viemos aprendendo um pouco sobre a língua de sinais brasileira e também levantando questões relativas às políticas lingüísticas e educacionais no Brasil, pensando nos sujeitos sinalizantes e nas implicações das ações de inclusão propaladas pela sociedade atual. Para que essas ações pudessem ter início, foram necessários movimentos que promoveram debates polêmicos e ações afirmativas a favor do reconhecimento do sujeito surdo como um ser diferente da maioria ouvinte da população e dotado de capacidade lingüística, de educabilidade, potencial profissional e intelectual, etc.
Cultura surda?
A sociedade passou a ser apresentada, e continua paulatinamente a ser, à língua, aos hábitos, às diferenças e semelhanças com os ouvintes, às necessidades (educativas) especiais dos sujeitos surdos. Aqueles sujeitos que até então eram vistos como deficientes auditivos limitados em suas capacidades, passam a ser reconhecidos como sujeitos (surdos) complexos, com identidade própria e com um conjunto de hábitos, transmitidos principalmente através da sua língua, ao qual tem se convencionado chamar de cultura surda.
Embora bastante recorrente, o termo cultura surda ainda é alvo de muita polêmica. Para além da dificuldade habitual de se definir o que é ou não é cultura, os sujeitos surdos estão, quer queiram, quer não, inseridos em uma comunidade ouvinte e convivem com esses ouvintes, trocando experiências diariamente.
Não há um país, estado, cidade ou mesmo bairro de surdos. O que se pode encontrar com facilidade são associações e instituições, que constituem as comunidades surdas, embora essas comunidades não estejam restritas a esses ambientes, suas atividades e formas de interação.
Cultura a partir da relação familiar
Os sujeitos surdos são, em sua grande maioria, filhos de pais ouvintes. Situação que provoca, por maior a rejeição que tenha sofrido da família ou a falta de conhecimento sobre língua de sinais e surdez, algum tipo de interação com o que é conhecido como “cultura ouvinte”. 
Há também os casos em que pais surdos têm filhos ouvintes, o que pode provocar um redimensionamento de condutas e valores não no sentido de abandonar ou renegar a “cultura surda”, mas de estabelecer novas relações e interesses em relação à cultura ouvinte.
Podem ser identificadas também famílias em que pais surdos têm filhos surdos e todos no núcleo dessa família dominam a LIBRAS como língua materna. Percebe-se mesmo diferença no desempenho linguístico desses surdos, pois não sofreram tanta influência da língua oral (portuguesa) no processo de aquisição da língua de sinais. Vale lembrar que muitos surdos não têm acesso às associações de surdos nem mesmo à língua de sinais e ainda aprenderam a língua de sinais com o apoio da língua portuguesa escrita ou oral.
O ensino das cores é um processo importante na educação, especialmente nas primeiras idades.
Cerca de 98% das famílias de surdos não sabem LIBRAS.
Ensinar LIBRAS ou ensinar a oralizar?
Muitos surdos são oralizados. Em função do método educativo utilizado durante a sua formação (durante muitos anos optou-se pelo chamado Oralismo nas escolas especializadas), alguns surdos simplesmente não compartilham os mesmos hábitos dos surdos que dominam a língua de sinais.
Sua identidade é construída a partir de outra realidade linguística e cultural e, por vezes, podem chegar mesmo a sofrer certa discriminação por causa da expressão comunidades surdas. Para ampliar os conhecimentos a esse respeito, é interessante fazer a leitura do Manifesto dos Surdos Oralizados.
Cultura surda ou cultura dos surdos?
Como se pode perceber só pela diversidade existente entre os surdos, uma definição exata sobre o que é “cultura surda” é difícil e mesmo a sua existência ou não é causa de polêmica. Há, inclusive, para alguns pesquisadores diferença entre “cultura surda” e “cultura dos surdos”.
CULTURA SURDA - a cultura surda surge de maneira mais ou menos involuntária, apoiada pelas escolas especializadas da atualidade, mas que ultrapassa o espaço fisíco, abrangendo o social e imaginário, uma vez que se solidificou a partir na noçãode LIBRAS como uma língua igual a outra qualquer.
CULTURA DOS SURDOS – a cultura dos surdos surge como tendo sido criada pelas antigas instituições dos surdos que os isolavam e tentavam promover uma “higienização social”.
LIBRAS E OUTRAS LÍNGUAS DE SINAIS – ademais, precisamos nos preocupar com a afirmação “a língua de sinais é a língua da comunidade surda brasileira”, pois – como já mencionado em outras aulas – no Brasil existem surdos que têm como língua materna outra língua de sinais (Urubu-Kaapor) que não a LIBRAS.
SURDO – é aquela pessoa que, com surdez congênita ou adquirida na infância, assume uma identidade surda, num processo de encoculturação à linguagem e aos elementos culturais de uma determinada comunidade surda.
Para ele, a língua de sinais é a língua primeira e natural; seu modelo social, quando criança, é o surdo adulto.
Rejeita a visão clínica sobre a surdez.
DEFICIENTES AUDITIVOS – com surdez congênita ou adquirida, se diferencia por negar a língua de sinais, segue um modelo cultural “ouvintista” (sofre influência da familia e médicos, seu modelo social é a pessoa ouvinte), se comunica através da leitura orofacial e vive sob a ótica da deficiência.
ASPECTOS CULTURAIS DA COMUNIDADE SURDA:
Família;
Literatura surda;
Vida social e esportiva;
Artes Visuais;
Organização política;
Materiais com base na experiência visual;
Língua;
Valores sociais atribuídos aos fatos, situações. Contextos;
Percepção e leitura de mundo, compartilhamento de sentimentos e valores.
Os surdos formam uma organização social autêntica, em um conjunto de atributos culturais interrelacionados nos quais prevalecem as construções significativas de uma comunidade minoritária, que “passa pela mudança de paradgima da deficiência para o que minotia linguística e cultural.”
Há uma ideologia por trás de tudo, que poucas pessoas conhecem. Para ficar mais didático chamaremos de DISACUSIA a ausência de audição e de DISACUSOS as pessoas que não ouvem.
Os disacusos são divididos em dois grupos: Deficientes auditivos e Surdos.
NOMENCLATURA ADOTADA NESTE CURSO – daí, optarmos neste curso por utilizar expressões como “sujeito sinalizante”, “sinalizante” (podendo abranger todos os que dominam a língua de sinais e sejam seus usuários assíduos, embora que na maioria das vezes estejamos nos referindo aos surdos que têm a língua de sinais brasileira como língua materna ou L1), “comunidade de sinalizantes”, “cultura de sinalizantes”.
Colocando-se no lugar do outro...
Bem da verdade, os sujeitos surdos sinalizantes possuem suas próprias estratégias de compartilhar hábitos, valores, a língua e suas variações em ambientes de todos os tipos, inclusive daqueles que seriam pensados como exclusivamente para ouvintes, por pessoas que não tem conhecimento da cultura surda.
Você já imaginou um sujeito surdo em uma boate ou em um show musical? 
A cultura surda no cotidiano 
Já pensou em como é a casa de uma pessoa surda? O que ela precisa fazer para saber se alguém está tocando a campainha da casa? E se o telefone estiver tocando? Será que surdos possuem um telefone? Será que dá para usar um despertador para não perder a hora para o trabalho? Quais as diferenças mais marcantes entre a “cultura surda” e a “cultura ouvinte”? O que seria considerado “falta de educação” para um também o seria para outro?
Para (tentar) responder a essas perguntas, leia os artigos da Revista Espaço, também disponíveis na Biblioteca da Disciplina.
Alfabetização de 0 a 5 anos.
AULA 5 – ASPECTOS SOCIOLINGUÍSTICOS DA LÍNGUA DE SINAIS
Ao analisarmos as características principais dos seres humanos, logo destacamos o fato de que o homem é dotado de faculdade da línguagem. Isto o diferencia dos demais seres em função da complexidade dessa faculdade em relação à de qualquer outro ser. Aquilo que chamamos de faculdade da línguagem diz respeito a um sistema inato que, quando ativado, possibilidade o surgimento das diferentes línguas que conhecemos.
LÍNGUA E LÍNGUAGEM 
Antes mesmo de falarmos pela primeira vez já possuímos, portanto, um sistema mental através do qual estruturamos nosso pensamento, nosso conhecimento de mundo. Dessa forma, cada povo desenvolve uma língua específica possibilitado pelas infinitas combinações permitidas pelas regras desse sistema inato.
Isso quer dizer que se uma criança nasce no Japão, a faculdade de aprender japonês é a mesma de uma criança que nasce no Brasil. Apenas cada criança irá desenvolver a língua específica do meio em que vive
TOME NOTA
Se buscarmos perguntar às pessoas mais próximas o que elas entendem por língua, poderemos encontrar uma variedade de respostas que apontam para visões diferenciadas de língua. Cientificamente, também diversas relações são estabelecidas.
LÍNGUA E SOCIEDADE
Podemos, por isso, estabelecer várias perspectivas para descrever a línguagem que privilegiam alguns de seus aspectos, suas formas de manifestação etc. Podemos, por exemplo, pensar na língua como um meio de comunicação, como uma estrutura, como um valor social, entre outras formas. 
EXPLICAÇÃO EXPANDIDA
Nesta aula, ressaltamos os aspectos sociolinguísticos das línguas de sinais. Em outras palavras, fazemos referência às relações entre línguagem e sociedade que podem nos ajudar a entender as línguas (de sinais) como valores, produtos de um determinado grupo. Essas possíveis relações nos permitem levantar algumas questões.
SOCIOLINGUÍSTICA – é uma área que estuda a língua em seu uso real, levando em consideração as relações entre a estrutura linguística e os aspectos sociais e culturais da produção linguística.
A língua é uma instituição social e, portanto, não pode ser estudada como uma estrutura autônoma, independente de contexto situacional, da cultura e da história das pessoas que a utilizam como meio de comunicação.
LINGUAGEM – é uma faculdade humana, uma capacidade que os homens têm para produzir, desenvolver, compreender a língua e outras manifestações simbólicas semelhantes à língua. (Saurrure)
LÍNGUA - é uma parte bem definida e essencial da faculdade da linguagem. Ela é um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de conveções necessárias estabelecidas e adotadas por um grupo. É um fato social.
SOCIOLINGUÍSTICA E LÍNGUA DE SINAIS
Para as autoras Pizzo e Quadros: As comunidades surdas por todo o mundo protagonizam fatos que podemos classificar como sociolinguísticos por natureza.
Isto porque tratam de questões em eu a língua serve como marca de identidade pessoal e de grupo, de relação entre os interlocutores e destes com o entendimento do evento de fala (ou sinalizado).
Existem uma relação entre “língua” e “grupo”. O fato de uma língua ser associada a um grupo humano é o fato que levou Saussure a concluir que língua é um fenômeno social.
ASPECTOS SOCIOLINGUÍSTICOS
Iremos ver agora alguns aspectos que relacionam a língua à sociedade, a saber: variação linguística, padronização, família de línguas, usuários e minorias linguísticas.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA - a variação sociolinguística encontrada nas línguas de sinais se assemelha muito aquela encontrada nas línguas faladas.
Variações lexicais;
Variações fonético-fonológicas;
Variações sintáticas;
Variações diatópicas;
Variações diastráticas;
Variações diafásicas;
Variações de gênero.
Muitos são os fatores sociais que condicionam a variação para línguas faladas e sinalizadas, como região, idade, sexo, classe socioeconômica, etnia. (Lucas,2001)
Em português, existem diversas manifestações de variação linguística, como a variação histórica (escrevia-se farmácia com “ph”, por exemplo) e a variação regional (e em LIBRAS, isso também ocorre? Como já dito, a língua de sinais não é universal. Não só não é universal como tampouco é homogênea, existindo manifestações diversas de acordo com região, idade, sexo, tempo, status social e estilo. A LIBRAS apresenta todas essas variações como qualquer outra língua.
Algunsfalantes dizem “aipim”, outros “mandioca”, outros “macaxeira”.
PADRONIZAÇÃO - Toda a língua passa por um processo de padronização que diz respeito à escolha de uma das suas manifestações dialetais como sendo a representante de todas as outras formas. Isto se dá a partir de critérios sócio-políticos, econômicos e culturais, e não propriamente linguísticos. Além disso, esse processo é facilitado por instrumentos como dicionários, gramáticas, livros, mídia etc. Mas e a língua de sinais? Há uma escrita para ela? Há uma forma de padronização da língua de sinais? Quais seriam os agentes de padronização da língua de sinais?
Imagine um jornal: há uma preocupação em se falar uma determinada variação considerada “de mais prestígio”, por exemplo.
O mais comum é que o padrão seja, no início, uma das variedades regionais de uma língua. Uma variante linguística torna-se padrão pela importância econômica, política e cultural.
FAMÍLIAS DE LÍNGUAS – Existem vários tipos de línguas de sinais que apresentam semelhança entre si. No saiba mais desta aula, você verá um site que trata deste conceito. O português, por exemplo, é originado das línguas latinas, que por sua vez são originadas do latim vulgar. Já em relação à LIBRAS, é derivada em parte da língua de sinais francesa, por isso é semelhante a outras línguas de sinais da Europa.
Precisamos lembrar que LIBRAS não é pura gestualização da língua portuguesa, pois em Portugal existe uma língua de sinais diferente da LIBRAS, por exemplo.
USUÁRIOS E MINORIAS LINGUÍSTICAS - Se observamos o fato de os surdos não constituírem um grupo étnico, nós poderíamos tender a não perceber as comunidades sinalizantes como minorias linguísticas. No entanto, se considerarmos a modalidade linguística, a quantidade, os lugares, associações onde se reúnem, teremos uma comunidade linguística específica. Por isso, inclusive, as comunidades sinalizantes conseguem ter uma forma natural e não coercitiva de comunicação.
Tais comunidades, dado às relações estabelecidas como maioria ouvinte, podem ser entendidas como uma minoria linguística.
Saussure é considerado o pai da linguistica.
AULA 6 – ALGUMAS CATEGORIAS GRAMATICAIS DA LIBRAS: PRONOMES, ADVÉRBIOS, ADJETIVOS
Em LIBRAS, podemos identificar basicamente as mesmas categorias gramaticais já conhecidas pelo estudo das línguas orais, como pronome, adjetivo, etc. Precisamos, no entanto, estar atentos para as formas de funcionamento e uso de cada uma delas dentro do discurso, pois se trata de uma língua duja modalidade é viso-espacial. Isso provoca modificações no conceito de cada uma delas.
O SISTEMA PRONOMINAL
O sistema pronominal da língua brasileira de sinais, a exemplo do português, é formado por três pessoas do discurso. Dependendo da configuração de mãos utilizada e de direção para qual aponta no espaço, as pessoas do discurso podem ser especificadas. Podem aparecer tanto no singular quanto no plural.
	Pessoa do discurso
	Singular
	Plural
	Primeira pessoa
	Eu
	Nós
	Segunda Pessoa
	Tu / Você
	Vós / Vocês
	Terceira pessoa
	Ele (a)
	Eles (as)
Observação: Lembre-se que pessoa do discurso refere-se à forma pronominal cuja função é a de indicar: a) aquele que fala (emissor); b) para quem fala (destinatário); c) de quem se fala (não faz parte da interlocução).
 
O SISTEMA PRONOMINAL EM LIBRAS: PRONOMES PESSOAIS
Em LIBRAS, o sujeito da ação pode apontar alternadamente para o interlocutor e para si próprio, mãos formando o número dois, para significar "nós dois". Da mesma forma, pode-se especificar tanto a primeira quanto a segunda e terceiras pessoas em três pessoas, quatro pessoas, plural etc.
Nas frases em LIBRAS o sujeito pode ser omitido (no caso das primeira e segunda pessoas) desde que o contexto possibilite identificá-lo. No caso da terceira pessoa, essa não será apontada se, mesmo estando presente, não for intenção do usuário ressaltar a sua presença por motivos culturais como, por exemplo, isso ser ou não falta de educação.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS E ADVÉRBIOS DE LUGAR 
Em termos de sinais utilizados, essas duas categorias não apresentam diferença, sendo possível diferenciá-las apenas a partir do contexto. As relações estabelecidas são as mesmas da norma padrão encontrada em boa parte das línguas orais, a saber: este/isto/aqui, esse/isso/aí, aquele/aquilo/lá.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Os pronomes como QUE e QUEM (que + pessoa ou quem) são utilizados no início ou final da frase, dependendo do contexto. QUANDO pode ser especificado em relação ao passado ou ao futuro, dependendo da direção do movimento da mão. 
PRONOMES POSSESSIVOS
Os possessivos não apresentam concordância de número (pelo menos não em relação ao objeto) e nem de gênero. Concordam sempre em relação à pessoa do discurso. Eles são: a) “meu”; b) “teu/seu”; c) “dele”; d) “nosso”; e) “vosso”; f) “deles”.
ADVÉRBIOS DE TEMPO
São utilizados como uma espécie de marca sintática para indicar o tempo verbal na frase. Em geral, ficam no início da frase. 
ADJETIVOS
Não há concordância em relação ao gênero ou ao número. São fundamentais para a formação de classificadores descritivos, assumindo de maneira icônica a qualidade/forma de um objeto. São posicionados na frase logo após o substantivo. 
ATENÇÃO
Na LIBRAS não se usa artigo
AULA 7: PRINCÍPIOS DE ESTRUTURAÇÃO DE UMA SENTENÇA EM LIBRAS
Muitas pessoas usam a voz para trabalhar, como a locutora do vídeo acima, mas o conhecimento gramatical é indispensável, mesmo para quem só usa a voz. Nesta aula, vamos estudar a construção de sentenças em LIBRAS. Você verá que as frases podem seguir ou não a ordem sujeito-verbo-objeto, usada na construção de frases em língua portuguesa. Quando as sentenças não são construídas pela construção SVO, elas obedecem a uma lógica não-linear. Ao longo desta aula, explicaremos melhor esse tema e veremos alguns recursos de construção de frases em LIBRAS. Vamos lá?
Estrutura de sentenças
Para estudar a construção de frases em LIBRAS, é preciso pensar que essa língua se estrutura a partir de recursos espaciais e visuais, ou seja, se utiliza do espaço para dar coerência e coesão às palavras que formam a sentença.
Em LIBRAS, encontramos quatro tipos de frases. Veja:
Afirmativa;
Negativa;
Interrogativa;
Exclamativa;
Entendendo o que é ordem na frase
Como você já sabe, as frase, na língua portuguesa, seguem a ordem SVO (sujeito-verbo-objeto). Em LIBRAS, no entanto, as sentenças nem sempre seguem essa ordem, pois não seguem necessariamente uma sequência linear de ideias.
Vamos ver o que é exatamente isso?
Todo professor brasileiro fala português.
Todo professor = sujeito
Fala = verbo
Português = objeto
A frase que você está vendo segue uma ordem: a tal da SVO. Teoricamente, toda frase pronunciada por um falante tende a estar nessa ordem, ainda que ela possa ocorrer invertida também, como: “Um carro eu comprei ontem”.
Nesse caso, temos uma organização tópico-comentário.
A organização tópico-comentário é recorrente em LIBRAS.
Ela consiste em colocar o tópico no início da frase, seguido de comentário.
Vejamos a um exemplo?
O macaco gosta de comer banana. (português)
Comer banana, o macaco gosta. (LIBRAS)
O que aconteceu? O tópico da frase passou para o início, invertendo a ordem SVO.
É importante lembrar que a ordem SVO também é a mais usada na LIBRAS. Esta ordem pode ser vista, sobretudo, quando são utilizados verbos com flexão, como, por exemplo, os verbos perguntar e ajudar.
AULA 8: GATEGORIAS GRAMATICAIS DA LIBRAS: VERBOS E CLASSIFICADORES
A comunicação vai muito além das palavras. Ela também é feita de expressões faciais e línguagem corporal, por exemplo. Até mesmo os pinguins têm mecanismos para se comunicarem.
ESTRUTURA DE SENTENÇAS
Em LIBRAS, encontramos categorias gramaticais que também estão presentes nas línguas orais. Sendo assim, na LIBRAS encontramos itens lexicais que podem ser classificados como verbo, advérbio,adjetivo e pronome. A categoria artigo, no entanto, recorrente em inúmeras línguas orais, não existe em LIBRAS.
Embora o conceito atribuído às categorias gramaticais de LIBRAS seja semelhante ao das línguas orais, suas formas de classificação e de funcionamento são diferentes. Portanto, a LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, já que sua gramática é independente da língua oral.
A ordem dos sinais na construção de uma frase em LIBRAS obedece a regras próprias, que refletem a forma de o surdo processar suas ideias tendo como parâmetro a sua percepção visual-espacial da realidade.
INDEPENDÊNCIA SINTÁTICA DO PORTUGUÊS EM RELAÇÃO À LIBRAS:
PORTUGUÊS – Eu irei para casa.
LIBRAS – Eu irei casa (neste caso, a preposição para não é utilizada em LIBRAS porque está incorporada ao verbo)
Tanto em LIBRAS, quanto nas línguas orais, a ideia de verbo como ação pode ser mantida, assim como a de que é possível encontrar verbos que exigem ou não determinado tipo de concordância. Existem duas classificações:
DIRECIONAIS - Verbos que têm concordância. A direção do movimento marca no ponto inicial o sujeito e no final o objeto.
NÃO DIRECIONAIS - Verbos que não têm concordância. Para os verbos não direcionais, existem duas subclasses:
• Ancorados no corpo: são verbos que exigem proximidade em relação ao corpo. Os que melhor representam são os de estado cognitivo ou emotivo. A saber: gostar, odiar, pegar, falar.
• Verbos que incorporam o objeto: quando o verbo incorpora o objeto, alguns parâmetros se modificam para especificar as informações.
A importância dos classificadores para comunicação em Libras:
DEFINIÇÃO DOS CLASSIFICADORES: Um classificador (CI) é uma forma que estabelece um tipo de concordância em uma língua. Na liguagem de LIBRAS, os classificadores são formas representadas por configurações de mão que, substituindo o nome que as precedem, podem vir junto ao verbos de movimento e de localização para classificar o sujeito ou o objeto que está ligado à ação do verbo.
OS CLASSIFICADORES COMO ÍCONES – Os classificadores, em LIBRAS, são maarcadores de concordância de gênero para pessoas, animais ou coisas. Eles são muito importantes, já que ajudam a construir a estrutura sintática por meio de recursos corporais. Muitos classificadores são icônicos. Às vezes, eles se referem ao objeto ou ser como um todo. Em outras, se referem somente a uma parte ou característica do ser (FERREIRA BRITO, 1995)
EXPRESSÕES FACIAIS
Elas têm papel fundamental, pois dão ênfase ao que está sendo dito por meio dos sinaisl Por exemplo, olhos fechados com franzir da testa, ombros levantados e inclinação da cabeça para frente representam objetos estreitos e finos. Já uma expressão facial normal é usada para objetos de tamanho médio.
As expressões faciais ajudam na compreensão da línguagem dos sinais. Por isso, durante uma conversa em LIBRAS, os interlocutores, além da línguagem das mãos, fazem uso das expressões do rosto para enfatizar o que está sendo dito. Elas funcionam, portanto, como um recurso para melhorar a comunicação em LIBRAS.
AULA 9 – COMPREENSÃO DE DIÁLOGOS
No vídeo, você assistiu a um caso em que uma pessoa surda salva a vida de uma pessoa, que pode escutar (o ouvinte, no momento em que vai atravessar a rua, não ouve a buzina do carro por estar ouvindo uma música alta em seu Ipod).
A mensagem que o vídeo quer passar é: "não é porque uma pessoa não pode escutar que ela não enxerga". Tal mensagem nos faz pensar que, muitas vezes, quando pensamos em surdos, associamos sua imagem a pessoas limitadas, incapazes de realizar ações que nós ouvintes realizamos. Eliminar o preconceito é entender que essas pessoas são capazes de viver em sociedade. Ainda é um longo caminho a percorrer. Que tal começar entendendo um pouco mais sobre sua forma de se comunicar? Veja os diálogos desta aula e teste a sua compreensão!
LÍNGUA E INTERAÇÃO
A língua é concebida como um meio para a realização de relações interpessoais e para o desempenho das trocas verbais e ou interações sociais entre individuos.
O foco principal é a de que as trocas linguísticas se dão por meio do exercício comunicativo de interagir, por meio da construção do discurso.
O sistema linguístico funciona como um instrumento para a pricipiar e manter as relações sociais. (Richards e Rodgers, 1986)
Compreendemos a língua como uma atividade social usada para se comunicar, para expressar os pensamentos, as ideias, os desejos, assim como para promover a interação social entre os falantes.
Devemos, é claro, considerar as situações contextuais na interlocução e a influência de diferentes fatores presentes nos diálogos.
Os significados residem em práticas interpretativas e essas se localizam em redes sociais nas quais o individuo está socializado, então as unidades “cultura” e “língua” não são as nações, os grupos étnicos ou algo parecido... ao invés, são redes de individuos em enteração. (Gumperz, 1996: p.11)
AULA 10 – LITERATURA EM LIBRAS
LITERATURA EM LÍNGUA DE SINAIS
Pare para pensar. Você consegue se lembrar de manifestações artísticas, literárias e culturais produzidas para surdosou por eles? Se a sua resposta for não, não se assuste. Apesar de existirem, elas são poucas. Assim como são raras as produções culturais feitas por surdos. O vídeo que você assistiu traz um exemplo de uma apresentação feita por dançarinos que não podem ouvir (apresentação de um grupo chinês denominado Disabled People’s Performance Art Troupe, Alemanha, 2008). Ainda há um grande caminho a percorrer para que estas manifestações ganhem visibilidade na sociedade. Apesar disso, as novas tecnologias estão, cada vez mais, ajudando na propagação destas iniciativas artísticas.
Você já parou para pensar como quase não existem manifestações artísticas feitas para surdos?
Surdos participam muito pouco das ações culturais na sociedade. Isso ocorre, sobretudo, por causa da falta de acesso desta parcela da população às produções artíticas, já que a maioria das ações culturais tem sua comunicaão com o público baseada na oralidade, ou seja, na fala.
Um exemplo importante de iniciativa para aumentar a inclusão cultural deste nicho às manifestações artísticas é a Companhia de Teatro Mãos Livres, que luta para que as barreiras de comunicação sejam minimizadas através de espetáculos produzidos tanto para surdos como para a sociedade ouvinte.
A Companhia de Teatro Mãos Livres surgiu em 2005, a partir de uma prática pedagógica desenvolvida dentro das salas de aula de escolas públicas (regulares e especializadas), cuja metodologia está fundamentada no aprendizado e desenvolvimento integral dos alunos surdos.
Esta forma de ensino tem sua didática baseada nas línguagens artísticas como a música, o teatro e a dança, que funcionam como estímulos às relações interculturais.
AS NOVAS TECNOLOGIAS PARA SURDOS
As novas tecnologias permitiram que a informação fosse propagada de forma melhor e mais veloz. As comunidades surdas também se beneficiaram com as novas tecnologias. Além de recursos que ajudam a comunicação deste público com a sociedade ouvinte, as novas tecnologias também possibilitaram que produções de arte e literatura fossem acessadas por este nicho da sociedade.
COMO AS TECNOLOGIAS AJUDAM A AUMENTAR A INCLUSÃO SOCIAL DE SURDOS
É fato que as novas tecnologias ajudaram a criar recursos para que surdos pudessem ter a chance de melhorar a sua qualidade de vid. Com as inovações tecnológicas, vieram esperanças de aumento da inclusão deste público na sociedade.
Um ponto a ser pensado é até onde as novas tecnologias irão ajudar a aumentar a inclusão de surdos na sociedade. Sem dúvida, é preciso, sobretudo para os pais, estarem atentos às consequências causadas pelo uso destas tecnologias e ao que é realmente confiável.
O aparato tecnológico, usado de forma segura, pode ser o caminho para que surdos tenham sua inclusão digital aumentada na sociedade.
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