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UTILIZAÇÃO DE AGREGADOS RECICLADOS PARA PISOS INTERTRAVADOS

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II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
 
 
Utilização de Agregados Reciclados Para Fabricação de 
Pavimentos em Piso Intertravado. 
 
 BASTOS, Felipe Fonseca1, a, SILVA, Adeildo Cabral da2,b, GUEDES, João Miranda3,c 
1Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia do Ceará, Brasil. 
2 Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia do Ceará, Brasil. 
3 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal. 
afellipe.fbastos@gmail.com, badeildo.cabral@gmail.com, 
 
 
Palavras-chave: Piso intertravado, resíduos da construção civil, materiais reciclados. 
 
 
Resumo. A geração de residuos de construção civil na cidade de Fortaleza, Ceará-Brasil é 
de aproximadamente 300ton/ano o que causa impactos ambientais e principalmente 
contaminação do solo devido o descarte inadequado. O projeto de pesquisa tem a parceria 
da RECICLO uma das empresas que faz o processamento dos resíduos sólidos de 
construção civil gerados na cidade e que é fornecedora do material para ensaios nesse 
trabalho. O objetivo principal da investigação foi susbtituir o agregado natural utilizado na 
produção de componentes da construção civil pelo material reciclado, utilizado como 
referecial a Norma Brasileira NBR 9781(2013) para peças de concreto pavimentação, com 
intuito de verificar o comportamento da resistência mecânica a compressão do compósito. 
Entretanto para parâmetros de comparação foram feitas diversas amostras com percentuais 
de 15%, 30% e 50% de Resíduos de Construção e Demolição, com fator água cimento 
váriados, afim de avaliar o comportamento à compressão das amostras. As amostras 
produzidas com acréscimo 50% de agregado reciclado apresentaram resultados a 
resistência a compressão no valor de 10 MPa, que fica abaixo do requerido na norma NBR 
para pavimentação de tráfico de veiculos que é de 35 MPa. O estudo demonstra por meio 
dos resultados a viabilidade técnica de utilização do agregado de demolição na produção de 
pisos intertravados, podendo ser empregado em passeios e calçadas, e contribuir como 
alternativa para eliminar o descarte irregular desses resíduos em áreas urbanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
 
1. Introdução 
 
Atualmente, quando se fala de resíduos da construção se pensa logo em entulho de 
demolição, concreto, ferro retorcido, madeira e outros, pois esses materiais são os mais 
comumente encontrados entre os resíduos da construção, muitas vezes esses resíduos 
acabam em aterros e lixões, corpos hídricos pois não se fazem a destinação correta para 
esses materiais prejudicando assim o meio ambiente. 
É crescente a preocupação com a destinação dos resíduos gerados pelas 
organizações industriais sejam elas de iniciativa privada ou pública. A preocupação com a 
destinação dos resíduos é de extrema importância sob vários aspectos, desde o 
cumprimento de requisitos legais, prevenção da poluição ambiental, redução de custos 
devida a uma melhoria da eficiência dos processos e consequentemente a redução de 
consumos (alimentos, água, energia); minimização do tratamento de resíduos e efluentes; 
redução de riscos, tais como, emissões, derrames e acidentes. 
A busca continua pela sustentabilidade e retorno financeiro mais viável vem fazendo 
cada vez a indústria da construção civil buscar recursos alternativos, materiais e técnicas 
construtivas que visam dar lucro e retorno financeiro o mais breve possível tentando 
implantar uma produção além de lucrativa mais sustentável neste setor. 
Os principais obstáculos para o reaproveitamento e a reciclagem de materiais são o 
desconhecimento com o assunto, conhecimento técnico e inércia – ausência de informação 
apropriada do que se pode fazer e nem como fazer, assim como a coleta seletiva, reuso e 
reciclagem de produtos e quase um universo paralelo, quase não visto por aqueles 
familiarizados apenas com materiais e componentes para construção novos, sempre é 
necessário informações embasadas para a equipe técnica tenha um bom aproveitamento e 
superar essa deficiência (Addis, 2010).[1] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
 
2. Geração De Resíduos Sólidos 
 
A gestão de resíduos sólidos urbanos é um dos maiores desafios enfrentados em 
áreas urbanas de qualquer densidade demográfica, e é um dos cinco principais problemas 
que as autoridades locais têm de resolver. No entanto, é uma das questões de gestão 
urbana que recebe menos atenção, mas consome uma parte significativa dos orçamentos 
das cidades (Revista Latinoamericana de Estudios Socioambientales, 2015).[2] 
A dificuldade de administrar esses resíduos é ainda maior em cidades em 
desenvolvimento, pois a política pública encontra dificuldades para implantar um sistema de 
gestão de resíduos eficiente, pois há outras questões prioritárias a serem abordadas, como: 
saúde, educação e segurança. 
No caso do Brasil, a Associação Brasileira de Limpeza (ABRELPE, 2014)[3] divulga 
anualmente seu panorama de resíduos nas 5 maiores cidades do Brasil produzem milhares 
de toneladas de resíduos por dia, conforme demonstrado na Figura 1 
 
Figura 1 – População x Quantidade de Resíduos coletados. 
 
Fonte:ABRELPE adaptado, 2014. 
 
Fazendo um breve comparativo, esses dados estão diretamente ligados com o 
crescimento populacional e o desenvolvimento dos centros urbanos com uma demanda 
cada vez maior de produção de produtos industrializados e alimentos para atender cada vez 
mais o contingente populacional. 
Ainda na situação brasileira, AGOPYAN (2011)[4] relata que a ausência ou 
ineficiência de políticas específicas para este resíduo tem criado condições para que os 
mesmos apresentem atualmente efeitos ambientais significativos sobre a zona urbana, 
0
5000
10000
15000
SÃO 
PAULO
RIO DE 
JANEIRO
SALVADOR BRASILIA FORTALEZA
População x Qdt.RSU Coletada 
(t/dia)
POPULAÇÃO TOTAL (X1000) QTD.RSU COLETADA (t/dia)
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
como o surgimento de aterros clandestinos e o esgotamento de aterros (inertes ou 
sanitários). 
Com isso, esses efeitos são visualmente percebidos além da falta de políticas 
especificas a falta de fiscalização pelo poder publico e a aplicação de multas severas 
quanto ao descarte indiscriminado dos resíduos de construção, afeta diretamente zonas 
ambientais e faixas de corpos hídricos, principalmente no meio urbano. 
 
2.1 Reciclagem e Reaproveitamento na Construção Civil. 
 
A Resolução CONAMA 307[(2002) [5],classifica os Resíduos da construção civil 
como todos os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de 
obras de construção civil, entulhos de obras, caliça ou metralha, entretanto nem todos os 
resíduos gerados na construção podem ser reaproveitados ou reciclados. 
A utilização dos resíduos de construção se deu mais fortemente com o fim da 
segunda grande guerra mundial, a partir de 1945 muitos países viram a necessidade de 
reconstruir suas cidades, visto que muitas estavam destruídas comferros retorcidos, 
madeiras, concreto. Havia grande dificuldade de obter matéria prima, a partir daí se deu a 
necessidade de reutilizar esses materiais para a reconstrução das cidades. (CHAN; 
COOPER, 2011)[6]. 
A partir de 1945 várias tecnologias se desenvolveram na construção civil. A cada ano 
surgem novos sistemas de fábricas e elementos de concreto pré-fabricadas, impondo a pré-
fabricação de concreto em relação aos métodos tradicionais de construção. 
Este princípio permite que a pré-fabricação definida como o conjunto de técnicas de 
construção baseado na utilização dos componentes produzidos como a montagem de pré-
moldados antes da montagem no local final do edifício. Esta definição, que resume fielmente 
o conceito de diferenciação da industrialização na construção civil, era novidade utilizar o 
concreto a partir do final do século XIX e início do XX, mas não foi para outros materiais. 
(HÉCTOR MASSUH, 2009).[7]. 
A utilização de resíduos de construção e demolição [RCD] vem ganhando cada vez 
mais espaço, pois o entulho processado está sendo aplicado em várias áreas da construção 
civil. 
3. Metodologia 
 
Neste trabalho foi feito uma breve revisão bibliográfica sobre resíduos e 
reaproveitamento de entulho de demolição e sua utilização na construção civil. Devido a 
trabalhos de pesquisa que sugerem a utilização de agregados reciclados empregados no 
concreto utilizamos neste trabalho um artefato de concreto bastante utilizado para 
pavimentação que é o piso intertravado, utilizado em: passeio, calçadas de praças e 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
avenidas, material de simples fabricação fácil aceitação do mercado e simples 
assentamento. 
As amostras fabricadas foram feitas com percentuais de Resíduos de Material de 
Construção e Demolição [RCD] no intuito de analisar o comportamento de cada lote de 
amostra do concreto quanto ao ensaio de compressão. 
Foram feitas 6 amostras de cada um dos itens abaixo: 
a) 6 Amostras com 100 % agregado Natural; 
b) 6 Amostras com 15% de Resíduos de Construção e Demolição; 
c) 6 Amostras com 30% de Resíduos de Construção e Demolição; 
d) 6 Amostras com 50% de Resíduos de Construção e Demolição; 
 
 3.1 Nesta pesquisa foram utilizados os seguintes materiais: 
 
 Agregado Graúdo brita natural de 1” e pedrisco 3/8”; Resíduos de Construção e 
Demolição proveniente do processamento e moagem até chegar a granulometria de 3/8" o 
chamado usualmente como "pedrisco" determinada pela ABNT ; Areia Grossa de Rio; e 
Areia reciclada, Cimento Portland CPII-Z-32, água potável. 
 
 3.2 Equipamentos: 
 
 Balança de precisão de 15 kg com precisão de até 2gr, Betoneira de 120 litros, 
Colher de pedreiro, óleo mineral para desmoldar, prensa pneumática de rompimento de 
corpos de prova, Fôrmas plásticas para moldagem das amostras. 
 O trabalho foi elaborado, com o intuito de produzir um elemento pré-fabricado que 
tenha utilização em pavimentação como no caso de piso intertravado. 
A Norma 9781/2013 Determina que o pavimento seja flexível cuja estrutura é 
composta por uma camada de base (ou base e sub-base), seguida por camada de 
revestimento constituída por peças de concreto justa posta sem uma camada de 
assentamento e cujas juntas entre as peças são preenchidas por material de rejuntamento e 
o intertravamento do sistema é proporcionado pela contenção fabricando segundo a NBR 
9791 Peças de concreto para pavimentação- Especificação e métodos de ensaio. [8]. 
O tipo de piso intertravado adotado é o especificado no anexo D do tipo D-1 com 
dimensões de 20 cmx 10cm x 6cm de altura. 
Os pisos intertravados foram confeccionados seguindo o traço na proporção de 
1:2:2, com fator água cimento de 0,5 e 0,7. 
Os percentuais de resíduo escolhidos para ensaio foram 15%, 25% e 50%, sendo os 
fatores água cimento na proporção de 0,5, 0,5 e 0,7 respectivamente. 
A tabela demonstra o traço padrão para todas as amostras feitas. 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
 
Conforme demonstra a tabela: 
Tabela 1: Traço para Fabrição dos pisos. Fonte: Pesquisa (2016) 
Traço para Fabricação dos pisos intertravados 
Unidade Material Kilograma 
1 Cimento 4 
2 Areia 8 
1 Pedrisco 3/8” 4 
1 Brita 1” 4 
Fator água cimento 
0,5 e 0,7 
Água 2 
Total 22 
 
 
Para os pisos intertravados com percentual de 15% e 25% foram adotadas as 
medidas com o fator água cimento de 0,5. 
Os agregados reciclados que foram utilizados como agregado graúdo foram os 
retidos na Peneira ABNT 4,8mm. 
As britas utilizadas fora a de 1” e de 3/8”, sendo o agregado reciclado retido na 
peneira ABNT 8 similar ao tamanho do agregado natural 3/8”, conforme demostra a figura 1: 
 
 
 
Figura 1: Materiais Utilizados. Fonte: Pesquisa(2016). 
 
Os blocos durante a fabricação foram moldados em Fôrmas padronizadas conforme 
determina a NBR com as medidas de 20cmx 10 cm x6 cm de altura, sendo vibrados para 
retirar o ar deixando o concreto uniforme. Conforme demonstra a figura 02. 
Após a concretagem os pisos foram mergulhados em água por 28 dias, conforme 
determina a NBR para rompimento de corpos de prova para simular a pior condição que o 
concreto pode enfrentar saturado em água. 
Para a etapa do rompimento cada lote de foram submetidas 6 amostras de cada tipo 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
de piso sendo submetido aos testes de compressão para determinar suas resistências. 
 
 
4. Resultados 
 
Depois de decorrido os 28 dias da cura do concreto imerso em água para 
procedimento de ruptura das amostras, conforme determina a NBR 5739[8], houve o 
procedimento de rompimento dos pisos intertravados em uma maquina de compressão, 
sendo rompido 6 amostras de cada tipo com composição diferente de agregado, conforme 
determina a NBR 9781 [9] –Anexo 1 Determinação da resistência característica à 
compressão, a média das resistências dos pisos foram as seguintes: 
 
a) Amostra Normal [agregado natural]= fator água cimento a/c= 0,5 – Média: 25,12 MPa 
b) Amostra com 15% de RCD [RCD 15%] = fator água cimento a/c=0,5 – Média: 18,6 
MPa 
c) Amostra com 30% de RCD [RCD 30%]=fator água cimento a/c= 0,5 – Média: 20,51 
MPa. 
d) Amostra com 50% de RCD[RCD 50%] = fator água cimento a/c= 0,70% - Média:10,5 
MPa. 
 
A média dos resultados obtidos está demonstrado no gráfico 01, no qual determina 
uma comparação entre as médias das amostras rompidas após os 28 dias de cura do 
concreto. 
A amostra utilizando 50% dos agregados foi feita com um fator água cimento acima 
das outras amostras corroborando com trabalhos como o de LEITE (2001)[10] que diz que 
capacidade de absorção de água dos agregados reciclados apresenta uma característica de 
se pronunciar numa velocidade mais rápida que a dos agregados naturais de forma que 
aquele pode chegar à quase saturação em questão de minutos. 
Para compesar essa aborção, o fator água cimento foi aumentando de 0,5 para 0,7, 
com isso houve uma redução considerável da resistência do concreto, apesar de haver uma 
quantidade maior de agregado graúdo nasamostras de 50%. 
 
 
 
 
 
 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
Gráfico 1: Média das Resistencias, Fonte:Pesquisa, 2016. 
 
 
 
A média das amostras denominadas Normais atingiu uma resistência de 25,12 MPa 
com um a/c=de 0,5, apesar de atingir uma resistência da ordem de 25 MPa, esta é baixa 
para ser utilizada como pavimento de trafico de veículos conforme determina a Norma. 
A amostra de R.C.D [15%] e R.C.D [25%] chegaram a 18 e 20 MPa respectivamente, 
verificou-se que houve um aumento da resistência de um percentual de 15% para 25% que 
em questões de escala de resistênciasão muito próximos. 
A amostra que utilizou [50%] de R.C.D foi a que obteve menor desempenho, devido 
ao fator água cimento utilizado, sendo de 0,75, fora do padrão recomendado, isso se deve 
para se analisar o comportamento do ResÍduo quanto a absorção de água do material. 
 
5.Conclusões 
 
As amostras feitas com agregado natural atigiram uma média de 25 MPa com um 
fator água cimento de 0,5, estas amostras foram utilizadas como referencial neste trabalho 
para comparar se houve variação da resistência adicionando material reciclado de 
demolição. 
Na adição nas amostras com [25%] de R.C.D apresentou um maior desempenho, em 
relação a de 15% e 50% ,segundo resultados apresentados em outras pesquisas, a exemplo 
de LEITE, 2001[10], pode ter havido absorção de água do concreto pelo material reciclado, 
podendo assim ter diminuido o fator água cimento. 
O melhor desempenho das amostras com [25%] de R.C.D se deve possivelmente ao 
percentual de absorção dos agregados reciclados, uma vez que são constrituidos por 
materiais que possuem alta taxa de absorção de água, tais como: cerâmicas, azulejos e 
concreto já usinado, influenciando assim diretamente na resistência das amostras. 
0
5
10
15
20
25
30
NORMAL R.C.D(15%) R.C.D(25%) RCD (50%)
25,12 MPa
18,6 MPa
20,51 MPa
10,5 MPa
MÉDIAS DAS RESISTÊNCIAS -
[MPa]
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
Devido a esta absorção pelo agregado reciclado, na amostra contendo 50% de 
[R.C.D] houve um aumento do fator água cimento de 0,5 para 0,70, entretando houve uma 
diminuição considerável da resistência, isso mostra que o agregado adsorve água mais que 
o agregado natural, porém até certo ponto há um saturamento de absorção e uma 
diminuição considerável da resistência das amostras. 
O método de fabricação utilizado para fazer as amostras de pisos intertravados fez 
somente o concreto ser vibrado e moldado em fôrmas, em outro processo o concreto é 
vibroprensado, isto é, vibrado e prensado já na fôrma, com um fator água cimento menor 
para a moldagem dos pisos podendo ter uma resistência bem maior do que a obtida neste 
trabalho, pois para este processo o fator água cimento é reduzido. 
Os ensaios ficaram abaixo do recomendado das especificações da NBR 9791 que 
tratam para trafégo de veiculos leves a resistência minina da ordem de 30 MPa para pisos 
intertravados. Entretanto, para calçadas e passeios de pedestres feitos com concreto rustico 
sugerem resistências da ordem 20 MPa para tráfego de pedestres. 
Sugerimos para outros trabalhos utilizar outros percentuais tanto de adição de 
agregado como de fatores de água e cimento, e utilizar outros processos de fabricação para 
se ter outros parâmetros de utilização de agregados para ser ter uma resistência que atenda 
as especificações da NBR 9791 na fabricação de pisos intertravados. 
 
6. Referências 
[1]ADDIS, Bill. Building with reclaimed components and materials. London, Uk: Earthscan 
Ltda., 2006. 691 p. 
 
[2] REVISTA LATINO AMERICANA DE ESTUDIOS SOCIOAMBIENTALES. México: Letras 
Verdes, v. 17, 3 mar. 2015. 
 
[3]ABRELPE. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 
(Brasil). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. 15. ed. São Paulo: Abrelpe, 2014. 
 
[4] AGOPYAN, Vahan; M.JOHN, Vanderley. O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL. São Paulo: Blucher, 2011. (Serie Sustentabilidade). 
 
[5] BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente, Resolução 
nº307. "Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da 
construção civil". 
 
[6]CHAN, Paul; COOPER, Rachel. Constructing Futures: Industry leaders and futures 
thinking in constrution. 2. ed. United Kingdom, Uk: Wiley-black Well, 2011. 161 p. 
 
[7]HÉCTOR MASSUH (Córdoba) (Org.). Hacia las Tecnologías apropriadas para 
vivendas de interes social: Latinoamerica: proyecto. Cordoba: Cyted, 2009. 2 v. 
 
[8] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9791 Peças de concreto 
para pavimentação- Especificação e métodos de ensaio, Rio de Janeiro, 2012. 
 
 
 
II Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis 
 
[9] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto - Ensaio de 
Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos. 2 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2007. 9 p. 
 
[10]LEITE, Mônica Batista. Avaliação de propriedades mecânicas de concretos 
produzidos com agregados reciclados de resíduos de construção e demolição. Porto 
Alegre: UFRGS, 2001. Tese (Doutorado em Engenharia Civil), Programa de PósGraduação 
em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001.

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