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Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 1 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP Plano de Aula: Teoria Geral do Processo TEORIA GERAL DO PROCESSO Título Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 1. Tema Noções preliminares sobre jurisdição, ação e processo. Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito. Finalidade do Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho. Leis processuais: sua natureza e aplicação no tempo e no espaço. Objetivos ●- Conhecer noções preliminares sobre a ciência processual, sob o ponto de vista cível, penal e trabalhista. ●- Reconhecer a aplicação da lei processual no tempo e no espaço. ●- Diferenciar o modelo processual adotado em cada esfera da Justiça. Estrutura do Conteúdo 1. Noções preliminares sobre jurisdição, ação e processo. 2. Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito. 3. Finalidade do Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho. 4. Leis processuais: sua natureza e aplicação no tempo e no espaço. Aplicação Prática Teórica 1ª Questão César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente? RESPOSTA: SIM. Aplica-se imediatamente, pois conforme a súmula 205 do STJ, a Lei nº 8.009/90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência. De acordo com a decisão do STJ a penhora deve ser desfeita. STJ Súmula nº 205 - 01/04/1998 - DJ 16.04.1998 Bem de Família - Penhora - Vigência da Lei A Lei nº 8.009-90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência. 2ª Questão Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais: a) Normas privadas, dispositivas e autônomas; b) Normas públicas, dispositivas e instrumentais; c) Normas privadas, instrumentais e autônomas; d) Normas públicas, cogentes e instrumentais. RESPOSTA: D. Normas públicas, cogentes e instrumentais. ==XXX== Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 2 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP E-mail: rodrigodmelo@hotmail.com Livros Recomendados: 01- Fred Didier 02- Luis Guilherme Marioni 03- José de Albuquerque Rocha RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 1ª AULA – APRESENTAÇÃO Teoria Geral do Processo Bibliografia: -Fredie Didier - 5 Livros. -Luiz Guilherme Marinoni. -José de Albuquerque Rocha. E-mail: rodrigodmelo@hotmail.com ==XXX== RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 1ª AULA – Noções Preliminares de Direito Processiual Civil, Penal e do Trabalho Teoria Geral do Processo Professor Rodolfo Kronemberg Hartmann Aula 01 Aula 1 – NOCÕES PRELIMINARES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, PENAL E DO TRABALHO Conteúdo Programático desta aula Noções preliminares sobre jurisdição, ação e processo; Relações do direito processual com outros ramos do direito; Finalidade do direito processual civil, penal e do trabalho; Leis processuais: sua natureza e aplicação no tempo e no espaço. Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 3 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP Direito processual civil, penal e do trabalho. Noções preliminares de jurisdição, ação e processo A “jurisdição”, seja ela penal ou não penal, é prestada após a provocação (exercício do “direito de ação”) no instrumento denominado “processo”. As três compõem a trilogia estrutural do direito processual civil. Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito Embora o direito processual tenha autonomia própria, no processo instaurado será analisada também a pretensão de direito material, que decorre da existência (ou não) de uma relação jurídica material, regida por normas materiais (exemplo Código Civil ou Código Penal). Finalidade do direito processual Para o Desembargador Alexandre Freitas Câmara, a finalidade ou objeto do processo é a pretensão. A pretensão processual seria a exigência do demandante no sentido de obter um atuar ou um fazer, ou, com mais precisão, a intenção manifestada pelo demandante de obtenção de um provimento capaz de lhe assegurar tutela jurisdicional. Interpretação das normas jurídicas de direito processual civil Interpretar significa revelar o real alcance e sentido da norma jurídica, tarefa esta que é realizada por todos aqueles que se debruçam no estudo do Direito, bem como para aqueles que o aplicam na prática. Porém, a interpretação das normas jurídicas processuais não difere de nada em relação às demais, também sendo certo que não existe um método interpretativo que seja melhor do que outro, pois tudo dependerá de uma instância essencialmente subjetiva daquele que realiza o ato de interpretar. Deste modo, comumente são apresentados como métodos interpretativos: a) interpretação literal; b) interpretação autêntica; c) interpretação lógico-sistemática; d) interpretação histórica; e) interpretação teleológica. Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 4 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP Lei processual no tempo e no espaço A lei processual deve ser aplicada imediatamente tão logo entre em vigor, nos termos do art. 1º da LINDB, muito embora deva respeitar os atos processuais já praticados, em respeito ao brocardo tempus regit actum. Ocorre, todavia, que a relação processual pode se desdobrar em etapas ou atos que se renovam diariamente, de modo que haja dúvidas quanto ao ato normativo que efetivamente deve ser empregado. Pra elucidar questões quanto a aplicação da lei processual no tempo, basicamente são visualizados três sistemas diferenciados: a) o da unidade processual; b) o das fases processuais; c) o do isolamento dos atos processuais. E chegamos ao fim da aula... Síntese do texto extraído de: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2012. S.A.C: www.rodolfohartmann.com.br ==XXX== LEITURA COMPLEMENTAR - 01 COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/COMPET%C3%8ANCIA%20E%20JURISDI%C3%87%C3%83O Mapa Mental => 01-MM-ED-Competência e Jurisdição COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO COMPETÊNCIA É o critério de distribuição entreos vários órgãos do Poder Judiciário das atividades relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercitá-la em determinadas matérias e em determinados espaços, segundo sua competência. JURISDIÇÃO Há basicamente dois tipos, a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária. Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 5 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP ► A Jurisdição Contenciosa por sua vez, se delimita em jurisdição comum e jurisdição especial. ► A Jurisdição Comum divide-se em civil e penal, incluso na civil as demandas de natureza comercial, previdenciária e administrativa. ► A Jurisdição Comum possui âmbito de atuação nas esferas federal, estadual e distrital. ► A Jurisdição Especial divide-se em trabalhista, militar e eleitoral. Destas, a jurisdição trabalhista é exclusivamente federal, pertencente à Justiça Federal, ressalvado casos onde não haja cobertura por esta justiça especializada, ocasião em que o juiz estadual comum desempenhará as funções própria do magistrado trabalhista. Todas estas jurisdições possuem primeira e segunda instâncias, possibilitando análise das decisões pelos Tribunais Superiores competentes a cada decisão conforme a matéria tratada (STJ, TST, STM, TSE, STF). A Constituição Federal regula a competência das denominadas "Justiças" especiais (do Trabalho, Eleitoral e a Militar da União – arts. 113, 114, 121 e 124), delegando às "Justiças" comuns (Federal e dos Estados) a competência residual – muito embora também à competência da Justiça Federal seja conferida uma certa especialidade (arts. 108 e 109). Competência de jurisdição Tomando-se como referencial essa distribuição das causas aos diversos órgãos que integram a estrutura judiciária brasileira, fala-se em competência de jurisdição, significando essa locução o conjunto das atividades jurisdicionais conferidas a determinado organismo judiciário (ou a determinada "Justiça", no sentido ora empregado). Aliás, só nessa medida é admissível e compreensível o emprego da locução em pauta, pois sua interpretação desvinculada do contexto deste trabalho pode gerar uma indevida confusão entre institutos distintos. Enquanto certas causas competem exclusivamente a determinadas "Justiças" (v. g., CF, art. 124), algumas poderão competir, em abstrato, a uma ou outra dessas "Justiças", apurando-se concretamente a competência, nesses casos, com base em critérios objetivos ou territoriais (v. g., art. 109, § 3º). Como o fator preponderante na atribuição das causas às diversas "Justiças" é a natureza daquelas, diz-se que a competência de jurisdição é material pese, embora, a crítica anteriormente formulada a respeito da utilização dessa última palavra (supra, nº 3.1). Competência hierárquica Determinada em concreto a Justiça competente para o processamento da demanda, cumpre verificar, entre os diversos órgãos que a compõem, aquele funcionalmente competente, ou, se preferir, cabe a verificação do grau de jurisdição em que correrá o processo (competência hierárquica). Sabe-se que as diversas Justiças são integradas, em regra, por órgãos monocráticos (de primeiro grau) e órgãos colegiados (de segundo grau – tribunais). Os últimos têm, por sua vez, competência originária (para aquelas causas que desde logo lhe são atribuídas por lei – v. g., CF, arts. 102, I e 105, I) e competência recursal (poder de reexaminar, mediante recurso interposto pela parte ou interessado, o ato recorrido). Estabelece-se entre os órgãos jurisdicionais inferiores e superiores, portanto, uma relação de hierarquia para o exercício da função jurisdicional, de tal sorte que os primeiros não podem decidir aquelas causas de competência originária dos segundos, cabendo a estes, ademais, o reexame das decisões daqueles, em grau de recurso. Esse critério hierárquico é fundado, no mais das vezes, ou na qualidade das partes ou no objeto do processo, valendo lembrar, ainda, que a lei atribui ao Supremo Tribunal Federal, com exclusividade, competência para o processamento e julgamento de determinadas causas especialíssimas (CF, art. 102, I) e, excepcionalmente, confere poder jurisdicional mesmo a órgãos estranhos ao Poder Judiciário, com a exclusão deste (CF, art. 52, I e II). ==XXX== Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 6 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP Mapa Mental => 01-MM-ED-Competência e Jurisdição Fonte: http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/COMPET%C3%8ANCIA%20E%20JURISDI%C3%87%C3%83O Curso de Direito Turma A – Manhã - 2012.1 Teoria Geral do Processo Prof.: Rodrigo Duarte de Melo Disciplina: CCJ0053 Aula: 001 Assunto: Noções preliminares sobre o direito processual civil, penal e do trabalho Folha: 7 de 7 Data: 23/07/2013 MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-001/WLAJ/DP ==XXX== LEITURA COMPLEMENTAR - 02 AÇÃO – MEIO DE PROVOCAÇÂO DA JURISDIÇÂO http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/A%C3%87%C3%83O%20NO%20PROCESSO%20CIVIL Mapa Mental => 01-MM-ED-Ação - Meio de Provocação da Jurisdição AÇÃO – MEIO DE PROVOCAÇÂO DA JURISDIÇÂO Ação (meio de provocação da jurisdição) Denomina-se ação o direito que têm as pessoas (físicas ou jurídicas) de demandar ou pleitear em juízo, perante os tribunais, o que lhes pertence ou o que lhes é devido. O Estado ao vetar seus súditos fazer justiça pelas próprias mãos e ao assumir a jurisdição, não só se encarregou da tutela jurídica dos direitos subjetivos privados, como se obrigou a prestá-la sempre que regularmente invocada, estabelecendo, de tal arte, em favor do interessando, a faculdade de requerer sua intervenção sempre que se julgue lesado em seus direitos. Vetada em princípio a autodefesa e limitadas a autocomposição e a arbitragem, o Estado moderno reservou para si o exercício da função jurisdicional, como uma de suas tarefas fundamentais. Cabe-lhe, pois, solucionar conflitos e controvérsias surgidos na sociedade, de acordo com a norma jurídica reguladora do convívio entre os membros desta. Mas a jurisdição é inerte e não pode ativar-se sem provocação, de modo que cabe ao titular da pretensão resistida invocar a função jurisdicional, a fim de que esta atue diante de um caso concreto. Assim fazendo, o sujeito do interesse estará exercendo um direito (ou, segundo parte da doutrina, um poder), que é a ação, para cuja satisfação o Estado deve dar a prestação jurisdicional. ==XXX==
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