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* * AULA 2 Revisão Av2 Prof. Dr. Rogério Britto * * AULA 2 Ciências Naturais x Ciências Sociais As ciências naturais e exatas estudam fatos simples, ou seja, eventos que são facilmente isoláveis recorrentes e sincrônicos. Nestes casos há uma distância significativa entre o cientista e o seu objeto de pesquisa. Nas ciências naturais, a prova ou teste de uma dada teoria pode ser feita por dois observadores situados em locais diversos, que chegarão a resultados iguais. As Ciências Sociais estudam fenômenos complexos, situados em planos de causalidade e determinação complicados; eventos que constituem dificuldade para isolar causas e motivações exclusivas. * * AULA 2 Sociedade: algumas definições O atributo das sociedade humanas não diz respeito tão somente ao fato de que são formadas por pessoas, mas ao sentimento de pertencimento a um conjunto de regras, valores e costumes. Características da sociedade: A primeira delas defende a tese de que a sociedade é uma unidade democrática, ou seja, se diferencia por um conjunto populacional que ocupa um espaço geográfico pelas funções sociais. A segunda é que a sociedade pode ser caracterizada pela semelhança cultural entre os membros de uma determinada coletividade, na qual os papeis sociais são definidos a partir da identidade de etnia, religião, línguas, valores, etc... Via de regra, a sociedade pressupõe convivência e atividades conjuntas, ordenadas ou organizadas conscientemente em que os membros de vários grupos sociais possam se aproximar e se distanciar sem que isso implique prejuízo ao pertencimento social. * * AULA 2 Os Conceitos de Indivíduo e Sociedade Podemos dizer que indivíduos e sociedade fazem parte da mesma trama, tecida pelas relações sociais. Não há separação entre eles. Posto desta maneira podemos dizer que indivíduo e sociedade formam uma relação que se constitui conforme reagimos às situações que enfrentamos no dia a dia. * * AULA 2 Antropologia Estudo do homem como ser biológico, dotado de um aparato físico e uma carga genética, com um percurso evolutivo definido e relações específicas com outras ordens e espécies de seres vivos. As sociedades aborígenes eram tidas como exemplares "primitivos“ enquanto a europeia era a “civilizada”. Esta maneira de ver o mundo, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de eurocentrismo. * * AULA 2 No final do século XIX, Franz Boas desenvolve a ideia de que cada cultura tem uma história particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte. Para Boas, cada cultura de cada povo estaria associada à sua própria história; para compreender a cultura é preciso reconstruir a história. Não existem culturas “estacionárias”. Estas são dinâmicas, estão em constante transformação. Inclusive, as mesmas são o resultado de transformações e interações históricas dificilmente mensuráveis * * AULA 2 Etnocentrismo x Relativismo A atitude etnocêntrica (do grego etnos = povo) implica que tendemos a conceber a nossa visão de mundo como o centro de tudo. O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o “correto” e o “natural”; passando a classificar o outro a partir de seu ponto de vista... O relativismo cultural defende que o bem e o mal ou o “certo” e o “errado” são relativos a cada cultura. São convenções sociais e devem ser baseadas nas normas vigentes de determinada sociedade. * * AULA 2 Sociologia Considerando a origem da ciência ou disciplina Sociologia, devemos primeiro entender o início da era moderna como período histórico, que contribui para o desenvolvimento da ciência. É importante considerar que a sociologia popularmente é conhecida como “ciência da crise”, e foram exatamente às crises sociais e as transformações econômicas e políticas que marcaram o início da modernidade na Europa Ocidental. * * AULA 2 Correntes Explicativas A Sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativas, fundadas pelos seus autores clássicos,: 1. a Positivista-Funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu principal expoente clássico em Émile Durkheim, que propôs uma visão sistêmica dos “fatos sociais” ( relação entre indivíduo e sociedade); 2. a linha de explicação sociológica dialética, iniciada por Karl Marx, que mesmo não sendo um sociólogo e sequer se pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação sociológica ( relação entre contrários); e 3. a sociologia compreensiva iniciada por Max Weber, de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva (relação dos indivíduos como elemento construtivo da sociedade). * * AULA 2 A Lei dos Três Estados: Teológico - No primeiro, os fatos observados são explicados pelo sobrenatural, por entidades cuja vontade arbitrária comanda a realidade. Metafísico - No segundo, já se passa a pesquisar diretamente a realidade, mas ainda há a presença do sobrenatural, de modo que a metafísica é uma transição entre a teologia e a positividade. Positivo - No terceiro, ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente. Neste, os fatos são explicados segundo leis gerais abstratas, de ordem inteiramente positiva, em que se deixa de lado o absoluto (que é inacessível) e busca-se o relativo. * * AULA 2 Émile Durkheim Não é possível pensar o conceito de sociedade sem o conceito de estrutura social. A sociedade é uma totalidade composta de partes interdependentes. A estrutura é a forma como a sociedade se organiza. Durkheim analisa a sociedade como algo constituído e procura entender como suas estruturas determinam as ações dos indivíduos. Em As Regras do Método Sociológico, Durkheim afirma que o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Eles seriam aqueles modos de agir, pensar e sentir que exercem sobre os indivíduos uma coerção externa e que possuem existência própria. * * AULA 2 Fatos Sociais Quando comparamos sociedades em que as estruturas são semelhantes e determinados fatos sociais se repetem, temos a indicação de que estes são fatos sociais "normais", que fazem parte do próprio funcionamento desse sistema. Fato Social Patológico — É todo fato que extrapola os limites aceitos pela consciência coletiva de uma determinada sociedade. Neste caso eles engendram conflito ao invés de solidariedade, colocando em risco o consenso e representando uma espécie de estado “mórbido” para a sociedade. * * AULA 2 Anomia Segundo Durkheim uma situação de anomia pode ser identificada toda vez que as relações sociais, assim como a divisão do trabalho, engendram conflito ao invés de solidariedade. Isto acontece quando deixa de existir correspondência entre as regras jurídicas e morais estabelecidas e as condições geradas pelas transformações das relações sociais, presentes em determinada sociedade, em outras palavras, é uma situação de transgressão das normas. * * AULA 2 Características dos fatos sociais Exterioridade: os fatos sociais agem sobre os indivíduos independentemente de suas vontades particulares. São maneiras de pensar, de agir e sentir que existem fora das consciências individuais. Poder de coerção: para que o fato seja considerado social, deve também exercer algum poder de coerção sobre os indivíduos. Generalidade: todo fato social necessariamente possui um caráter de generalidade, ou seja, precisa ser percebido de modo coletivo * * AULA 2 Solidariedade Solidariedade Mecânica - Predomina nas sociedades pré-capitalistas. A união do grupo se dá com base na ideia de identidade entre os indivíduos, manifestada através de costumes, religião, laços de família. É forte, neste contexto, a consciência coletiva. Solidariedade Orgânica - Típica das sociedades capitalistas, nas quais a união do grupo se dá com base na interdependência entre os indivíduos. Esta, por sua vez, está ligada ao aumento da divisão do trabalho social, com a consequente especialização de funções. Neste contexto é mais fraca a consciência coletiva, com maior autonomia dos indivíduos. * * AULA 2 Alienação em Karl Marx O trabalho na sociedade capitalista é considerado como algo sobre o qual o próprio trabalhador não possui nenhum controle. Este saber lhe foi expropriado num processo histórico, juntamente com os meios de produção. Este mecanismo é definido por Marx como alienação. A mercadoria adquire valor superior ao indivíduo – relações materiais e não humanas. Assume formas abstratas: dinheiro, capital e se convertem em realidades soberanas e tirânicas, ou seja, a “humanização” da mercadoria leva a “desumanização” da pessoa, onde a própria pessoa transformada em mercadoria. * * AULA 2 Luta de Classes Refere-se a um fenômeno social de tensão ou antagonismo que existe entre pessoas de diferentes classes sociais devido aos competitivos interesses socioeconômicos e desejos dessas pessoas diante da lógica do modo de produção capitalista, dando forma a um conflito que se expressa nos campos econômico, ideológico e político. * * AULA 2 Dominação em Max Weber Dominação Tradicional. É a forma mais antiga de dominação. Basicamente é aceita em nome da tradição; Dominação Carismática: é influenciada diretamente pelos fatores emocionais e afetivos, e a obediência não é estabelecida por regra ou cargo, mas sim pela crença nas qualidades do líder; Dominação Racional-Legal. A dominação legal tem como ideia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido. * * AULA 2 Ação Social e Max Weber Ação Tradicional: costumes, hábito. Ex.: A maioria das atividades quotidiana familiar pertence a este tipo. Ação Afetiva: guiada pela paixão. Ex.: A mãe que bate no filho por ele ter se comportado mal. Ação Racional em relação a valores: É aquela definida pela crença consciente no valor de uma determinada conduta orientada por um princípio ético, estético, religioso ou na defesa da “honra”. Ex.: Ceder o lugar no ônibus a um idoso ou devolver o troco errado. Ação Racional em relação a objeto é a ação social determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários. Ex.: a construção de uma ponte, a atuação no mercado de ações, a administração de uma empresa. *
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