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Material de estudo - Neuropsicoses de defesa, inconsciente, transferencia

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1. Apresente as neuroses de defesa e os mecanismos a ela associados por Freud
Neurose e psicose são as neuropsicoses de defesa. Dentro da neurose tem a histeria (conversão), fobia e obsessão. Na fobia, histeria e na obsessão o eu se confronta com uma experiência, uma representação ou um sentimento que despertaram um afeto tão aflitivo que o sujeito decide esquece-lo, então o afeto se desliga da representação. A representação em si permanece na consciência, ainda que enfraquecida e isolada. Contudo, esse afeto não fica solto, podendo se ligar a uma falsa representação, como acontece na obsessão. Pode se ligar a um medo infantil (escuro, rato, trovão, barata) ou algo associado a sexualidada. Pode não se ligar a nada e somatizar no corpo como paralisias histéricas. Já na psicose o afeto e a representação parecem nunca terem exitido.
2. Discuta o conceito psicanalítico de inconsciente tal como exposto em "Uma nota sobre o inconsciente na psicanalise"
Entende-se por consciente toda percepção que está presente em nossa consciencia e que nos damos conta. Consciente é tudo aquilo da qual temos acesso. No consciente é possivel que uma percepção torne-se ausente e presente diversas vezes. O inconsciente se trata daquilo que não está perceptível a consciencia e que não podemos ausentar e retomar à nossa memória. Freud então vai chamar essa concepção de difícil acesso de força latente. Assim, uma concepção inconsciente é uma concepção da qual não estamos cientes, mas cuja existência, estamos prontos a admitir, devido a outras provas ou sinais. Como, por exemplo, um paciente que se encontra no estado de inconsciencia, hipnotizado, ao receber uma ordem para executar um ato quando retornar a seu estao de consciencia não lembrará que sua vontade de executar tal ato partiu de uma ordem, só terá a necessidade de executar tal ato. O que comprova que a ordem esteve presente na mente dessa pessoa num estado de latência, ou vale também pensar que a ordem esteve presente inconscientemente, até o momento pré-determinado em que tornou-se consciente. Uma ideia ativa pode manter-se inconsciente, como no exemplo de uma mulher histérica que vomita, ela o faz devido a ideia de estar grávida, no entanto, ela não tem conhecimento desta ideia. Entende-se, então, que a ideia latente não é uma ideia fraca. Antes acreditava-se que uma ideia latente era fraca e quando forte adentrava a consciencia, mas hoje compreendemos que é justamente o contrário, uma ideia latente fraca adentra através dos sonhos o pré consciente, por conseguinte, a consciencia e que a ideia latente mais forte não adentra de jeito nenhum, pois o sistema psíquico logo dá um jeito de reorganiza-la seja desestituindo-lhe do afeto ou recalcando-a a ponto de ser esquecida. 	
Todo ato psíquico começa como ato inconsciente, podendo permanecer assim, isolada da consciencia ou avançar para a consciencia, segundo encontra resistência ou não. Essa tarefa de deslocamento da ideia latente não é impossível, só é necessária grande quantia de esforço e dificil de ser realizada sozinha devido a resistência própria do sistema psíquico. Assim aprendemos que a ideia inconsciente acha-se excluída da consciencia por forças que se opõem à sua recepção, embora, não recusem as ideias do pré-consciente, ou seja, uma ideia inconsciente precisaria disfarçar-se em meio aos sonhos no pré-consciente para vir a ter acesso à consciencia.
Os sonhos são a via de acesso ao inconsciente. Não a toa que a psicanálise vai se fundamentar na interpretação dos sonhos, ou seja, na interpretação daquilo que é acessível do inconsciente e que ocorre da seguinte forma: Uma sequencia de pensamentos é despetada durante o dia, a noite, esses pensaments conseguem encontrar vinculações com tendências inconscientes presentes desde a infância na mente do indivíduo, mas que está reprimida e excluída de sua vida consciente. Com ajuda do inconsciente, os resquícios do pensamentos acometidos durante o dia tornam-se ativos e surgem sob forma de sonho no consciente. Freud explica, então que três coisas aconteceram: 1) Os pensamentos sofreram uma mudança, um disfarce e uma deformação, que representam a parte do ajudante inconsciente. 2) Os pensamentos ocuparam a consciência numa ocasião em que não o deveriam. 3) Uma parte do inconsciente, que doutra maneira não teria podido fazê-lo, surgiu na consciência. Através desses pensamentos residuais (pensamentos latentes dos sonhos) podemos interpretar, pela livre associação do indivíduos, as modificações que sofreram e porque foram ocasionadas.
3. Explique por que a transferência é uma condição do tratamento psicanalítico.
As peculiaridades da transferência para o médico, graças às quais ela excede, em quantidade e natureza, tudo que se possa justificar em fundamentos sensatos ou racionais, tornam-se inteligíveis se tivermos em mente que essa transferência foi precisamente estabelecida não apenas pelas idéias antecipadas conscientes, mas também por aquelas que foram retidas ou que são inconscientes.
ransferência surge como a resistência mais poderosa ao tratamento, enquanto que, fora dela, deve ser encarada como veículo de cura e condição de sucesso.

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