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ELETROTÉCNICA Unidade 2: Equipamentos de um Sistema Elétrico AULA 3: Motores Elétricos Motores Elétricos Motores de Corrente Contínua • São motores de custo mais elevado; • Precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua; • Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão; • Seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação. MCC: Placas de Identificação Campo Girante • Um campo magnético girante está na base do princípio de funcionamento da máquina de corrente alternada. • Sua produção é baseada em dispor nas ranhuras do estator um conjunto de três bobinas independentes, defasadas de 120° no espaço, e faz-se circular por estas bobinas correntes trifásicas defasadas de 120°no tempo. • A fmm total produzirá um campo magnético girante com velocidade e intensidade constantes, com a velocidade dependendo das correntes aplicadas às bobinas. Campo Girante Motor Síncrono • Motores de velocidade constante e proporcional com a freqüência da rede; • Os pólos do rotor seguem o campo girante imposto ao estator pela rede de alimentação trifásica; • Basicamente, é composto de um enrolamento estatórico trifásico, que produz o campo girante e de um rotor bobinado (de pólos salientes ou de pólos lisos) que é excitado por uma tensão CC; • A tensão CC gera uma campo estacionário do rotor que interagindo com o campo girante, produz toque no eixo do motor com uma rotação igual ao próprio campo girante. Motor Síncrono • O maior conjugado que o motor pode oferecer está limitado pela máxima potência que pode ser cedida antes da perda de sincronismo (velocidade do rotor torna-se diferente da velocidade do campo girante); • Excitação de campo determina percentuais de potência ativa e reativa que o motor retira da rede; • Aplicação em acionamentos que requerem velocidades invariaveis; Motor Síncrono: Velocidade • A velocidade do seu rotor é sincronizada com o campo girante que é estabelecido no estator. • “n” a velocidade síncrona em rpm; • “f” a frequencia em Hz; • “P” o número de pólos; • “PP” o número de par de pólos. PP f P f n 60120 Rotação síncrona X número de pólos (frequência de 60 Hz) Motor Síncrono: Placa Motor de Indução Trifásico • O mais importante em aplicações industriais, devido as suas características de robustez, baixo custo, e baixa manutenção. Princípio de Funcionamento • Faraday: "Sempre que através da superfície abraçada por um circuito houver uma variação de fluxo, gera-se nesse circuito uma força eletromotriz induzida. Se o circuito é fechado será percorrido por uma corrente induzida". • Lenz: "O sentido da corrente induzida é tal que esta pelas suas ações magnéticas tende sempre a opor-se à causa que lhe deu origem". Princípio de Funcionamento • Assim como no motor síncrono, o principio de funcionamento do motor assíncrono é baseado na formação do campo girante; • Este campo girante, criado pelo enrolamento trifásico do estator, induz tensões nas barras (ou bobinas) do rotor (linhas de fluxo cortam as barras/bobinas do rotor) as quais geram correntes, e conseqüentemente, um campo no rotor, de polaridade oposta à do campo girante. • Como campos opostos se atraem e como o campo do estator (campo girante) é rotativo, o rotor tende a acompanhar a rotação deste campo. • Desenvolve-se então, no rotor, um conjugado motor que faz com que ele gire, acionando a carga. Velocidade Síncrona • A velocidade síncrona do motor é definida pela velocidade de rotação do campo girante, a qual depende do número de pólos (2p) do motor e da freqüência (f) da rede, em ciclos por segundo (Hertz). • Os enrolamentos podem ser construídos com um ou mais pares de pólos, que se distribuem alternadamente (um "norte" e um "sul") ao longo da periferia do núcleo magnético. • O campo girante percorre um par de pólos (p) a cada ciclo. Assim, como o enrolamento tem pólos ou pares de pólos, a velocidade do campo será (em rpm): p f nS 120 Escorregamento • O rotor do motor de indução gira a uma velocidade menor do que a velocidade do campo magnético girante do estator. • A diferença entre as duas velocidades é chamada escorregamento. Devido ao escorregamento, um campo magnético girante é induzido no enrolamento do rotor e, da interação entre os dois campos magnéticos, resulta o conjugado eletromagnético do motor que o faz girar. • Velocidade Angular: Sn n snn n nn s S S S 1 60 2 n Motor de Indução • Potência nominal: – Potência que o motor pode fornecer ao eixo, em regime contínuo, sem que os limites de temperatura dos enrolamentos sejam excedidos; – Geralmente dada em cavalos (1cv = 736W); • Tensão nominal: – Consiste na tensão (ou tensões) que um motor foi projetado para trabalhar; – Mais comuns: 220V, 380V e 440V • Frequência nominal: – Consiste na frequência do sinal elétrico para o qual um motor foi projetado para trabalhar; – O motor pode trabalhar em frequência distinta, mas diante de uma série de restrições. Motor de Indução • Corrente nominal: – Corrente solicitada a rede para o motor trabalhando com potência, tensão e frequência nominais. • - Potência nominal do motor, em cv; • - Tensão nominal trifásica, em volts; • - Rendimento do motor; • - Fator de potência sob carga nominal. nom nom nom fpV P I 3 736 nomP V nomfp Motor de Indução • Fator de serviço: – Número pelo qual pode ser multiplicada a potência nominal do motor, a fim de se obter a carga permissível que o mesmo pode acionar, em regime contínuo. – Diferente da sobrecarga (pequenos intervalos de tempo). • Perdas ôhmicas: – Perdas joule nas bobinas (no cobre do estator e do rotor) – Perdas magnéticas (no ferro do estator e do rotor) – Perdas por ventilação; – Perdas por atrito dos mancais. Motor de Indução Classe de Temperatura • As perdas elétricas e mecânicas em motores elétricos ocorrem com a subsequente transformação de tais perdas em energia térmica, ocasionando o aquecimento das diversas partes da máquina. • Para assegurar adequada operação da máquina, o aquecimento de cada uma de suas partes necessita ser mantido dentro de valores compatíveis. • A maior limitação é garantir adequado desempenho do sistema isolante dos enrolamentos, pois todos os materiais isolantes conhecidos começam a deteriorar a uma temperatura relativamente baixa. Classe de Temperatura • Dessa forma, a máxima potência disponível em dado motor é limitada pela máxima temperatura permissível para os materiais isolantes empregados. • Os materiais isolantes que são presentemente utilizados em máquinas elétricas podem ser classificados termicamente, segundo a IECPubl.85, nas seguintes classes: – A; – E; – B; – F; – H. Classe de Temperatura • Classe A – abrange materiais fibrosos, à base de celulose ou seda (tipicamente), impregnados com líquidos isolantes e outros materiais similares. A temperatura característica é de 105ºC. • Classe E – abrange algumas fibras orgânicas e sintéticas e outros materiais.Sua temperatura característica é de 120ºC. • Classe B – abrange materiais à base de poliéster e poli-imídicos aglutinados com materiais orgânicos ou impregnados com estes. A temperatura característica dessa classe é de 130ºC. • Classe F – abrange materiais à base de mica, amianto e fibra de vidro, aglutinados com materiais sintéticos, usualmente silicones, poliésteres e epóxis. Temperatura característica de155ºC. • Classe H – abrange materiais à base de mica, asbestos ou fibra de vidro, aglutinados tipicamente com silicones de alta estabilidade térmica, apresentando temperatura característica de 180ºC. Classe de Temperatura • Sempre que se aborda a questão “temperatura do motor”, é necessário distinguir três parâmetros: – A temperatura ambiente, associada à temperatura do meio refrigerante; – A temperatura do enrolamento, ou seja, a temperatura média nas diferentes regiões do mesmo; – A temperatura do ponto mais quente. Classe de Temperatura • Na ausência de qualquer informação específica sobre a área onde serão instalados os motores, admite-se uma temperatura ambiente de 40º C. Temperatura Ambiente e Altitude • Os sistemas isolantes, como já vistos, são idealizados para uma temperatura ambiente máxima de 40ºC. Para temperaturas acima de 40ºC, devem-se utilizar motores isolados com materiais de classe de temperatura superior a sobre-elevação. • À medida que os motores têm que operar a altitudes maiores, o decréscimo na densidade do ar leva a uma dissipação de calor inferior àquela verificada ao nível do mar; • Praticamente, na faixa de 0 a 1000m de altitude assume-se a dissipação constante, para uma dada temperatura ambiente. Temperatura Ambiente e Altitude Ventilação • ABNT NBR 5110 – Máquinas elétricas girantes – Classificação dos métodos de resfriamento (IEC 60034-6) • Motor aberto: ar ambiente circula livremente no interior da máquina. Ventilação • Motor totalmente fechado com ventilação externa: Ventilação • Motor totalmente fechado com trocador de calor ar-ar: Ventilação • Motor totalmente fechado com trocador de calor ar-água: Ventilação • Motor com ventilação forçada: Ventilação • Motor à prova de explosão: Grau de Proteção • As normas vigentes são ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos e ABNT NBR IEC 60034-5 - Graus de proteção proporcionados pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes, que além de classificar os graus de proteção, fornece os métodos de ensaio correspondentes. • O grau de proteção mecânica é identificado pelas letras “IP” seguidas de 2 algarismos característicos podendo ainda, ou não, ser complementado por letras adicionais; 1º Algarismo • Indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental. 2º Algarismo • Indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do motor. Letras Adicionais • Se a proteção real contra o acesso a partes perigosas for superior a indicada pelo primeiro numeral característico; • Se somente a proteção contra o acesso às partes perigosas for indicada, o primeiro numeral característico é, então, substituído por um X. Letras Suplementares • Podem ser indicadas informações suplementares por uma letra suplementar, após o segundo numeral característico ou letra adicional. Ciclo de Carga • Muitas vezes, em lugar de um funcionamento contínuo, o motor elétrico (e a máquina elétrica em geral, incluindo os transformadores), é solicitado a diferentes potências durante diferentes intervalos de tempo. • Numa operação em regime intermitente, a carga varia com o tempo havendo, porém, repetição periódica de um ciclo de carga, dentro do qual a potência assume valores conhecidos. • Em geral, um ciclo qualquer pode ser reduzido a uma sucessão de ciclos básicos compostos de duas etapas: a primeira, de aquecimento com temperatura final em regime permanente QN, duração tN e constante de tempo tN; a segunda, de resfriamento, com valores correspondentes QR, tR e tR. A duração total do ciclo básico é tN+tR. Regime Contínuo S1 • Funcionamento a carga constante de duração suficiente para que se alcance o equilíbrio térmico. Regime Tempo Limitado S2 • Funcionamento a carga constante, durante um certo tempo, inferior ao necessário para atingir o equilíbrio térmico, seguido de um período de repouso de duração suficiente para restabelecer a igualdade de temperatura com o meio refrigerante. Regime Intermitente Periódico S3 • Seqüência de ciclos idênticos, cada qual incluindo um período de funcionamento a carga constante e um período de repouso. Neste regime o tempo entre uma partida e outra deve ser suficientemente grande para que o calor gerado na partida não afete o ciclo seguinte. Regime Intermitente Periódico com Partidas S4 • Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante e um período de repouso. Neste regime o calor gerado na partida é suficientemente grande para afetar o ciclo seguinte. Regime Intermitente Periódico com Frenagens Elétricas S5 • Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante, um período de frenagem elétrica e um período de repouso. Regime Intermitente Contínuo com Carga Intermitente S6 • Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo de um período de funcionamento a carga constante e de um período de funcionamento em vazio, não existindo o período de repouso. Regimes de Funcionamento • Outros regimes de funcionamento com uso mais restrito: – S7 – S8 – S9 – S10 Designação do Regime Tipo • No caso de regime contínuo, este pode ser indicado, em alternativa pela palavra "Contínuo". • A designação dos regimes S2 a S6 é seguida das seguintes indicações: a) S2, do tempo de funcionamento em carga constante; b) S3 a S6, do fator de duração do ciclo; Outros Parâmetros • Forma construtiva: Norma ABNT NBR 5031-1, Máquinas elétricas girantes – Classificação das formas construtivas e montagens – Classificação (IEC 60034-7) prescreve recomendações quanto à identificação e classificação das formas construtivas e montagem. – A forma de fixação do motor (a uma base, a trilhos, à própria máquina acionada); – A existência ou não de mancais e de tampas laterais (ambas ou somente uma) e a própria disposição desses mancais e tampas, se existentes; – A existência ou não, de uma segunda ponta de eixo, além da existência ou não do eixo como parte do motor e não da máquina acionada (em alguns acionamentos o rotor do motor não tem eixo incorporado, sendo montado em extensão ou prolongamento do eixo da máquina acionada). Outros Parâmetros • Posição da caixa de ligações; • Suspensão de interferência de faíscas; • Carcaça; • Balanceamento; • Atmosfera ambiente: – Ambientes agressivos: atmosfera com elementos que podem provocar corrosão. – Ambientes perigosos: atmosfera com gás inflamável. Motor de Indução: Placas Motor de Indução: Placas Motor de Indução: Placas
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