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Unidade 4 Acionamento de Motores de Indução Rendimento • A potência nominal do motor (Po) que vem indicada na sua placa de identificação se refere à potência mecânica útil disponível no eixo. in o P P Conjugado • Esforço necessário que deve ter o motor para girar o seu eixo. Conjugado • Conjugado nominal ou de plena carga: – Conjugado que o motor desenvolve na sua condição nominal de operação, isto é, com tensão e frequência nominais aplicadas aos terminais do motor; – O motor gira à velocidade nominal, fornecendo a potência nominal no seu eixo. Conjugado • Conjugado de partida ou conjugado com rotor bloqueado: – Conjugado que o motor desenvolve no momento em que ele é ligado a uma rede de tensão e frequência nominais, com o rotor parado. – O conjugado de partida pode assumir valores da ordem de 2 a 3 vezes o conjugado nominal para motores de pequena e média potência, diminuindo para valores inferiores a 2 para os motores de maior potência e maior número de pólos. Conjugado • • Conjugado mínimo: – Menor valor que o conjugado assume durante o período de aceleração, representado pelo ponto mais baixo da característica, entre a velocidade zero e a velocidade correspondente ao conjugado máximo, sob tensão e freqüência nominais. – É um valor importante de se conhecer, principalmente quando são usadas chaves redutoras de tensão para dar a partida no motor (estrela-triângulo, autotransformadora, chaves estáticas, etc). Conjugado • Conjugado máximo ou conjugado crítico: – É o máximo valor de conjugado que o motor pode desenvolver durante a sua operação. – Ele divide a curva característica em duas regiões distintas: a primeira, chamada região estável, compreendida entre o conjugado máximo e o conju- gado nulo (s = 0); a segunda, chamada região instável, compreendida entre o conjugado máximo e o conjugado de partida. Conjugado • O motor trabalha em suas condições normais na região estável, no ponto de encontro das curvas características do motor e da máquina acionada. • Enquanto o motor trabalhar nesta região, seu funcionamento será estável, isto é, a toda variação do conjugado da máquina acionada corresponderá uma variação do conjugado motor no mesmo sentido. Correntes X Velocidade • Amplitudes das correntes de estator, rotor e magnetização calculadas em função da velocidade do rotor para um motor de 4 pólos, 60 Hz. Conjugado X Velocidade Conjugado X Velocidade • Curvas de Conjugado X Velocidade para diferentes tensões de estator: Conjugado X Velocidade • Curvas de Conjugado X Velocidade para diferentes tensões de estator: – O conjugado é proporcional ao quadrado da corrente rotórica. – Como para escorregamentos determinados a corrente de rotor é proporcional à tensão aplicada segue que o conjugado é proporcional ao quadrado da tensão. – Reduz os elevados picos de corrente de partida dos motores. Conjugado X Velocidade • Redução de correntes e de conjugado quando a tensão de estator é reduzida: Rendimento e Fator de Potência • Curvas de rendimento e fator de potência: Rendimento e Fator de Potência • Zoom da região de operação estável mostrando o rendimento e o fator de potência juntamente com o conjugado: Ligações no Sistema Trifásico • As tensões trifásicas mais usadas nas redes industriais são: – Baixa tensão: 220V, 380V e 440V; – Média tensão: 2.300 V, 4.160 V e 6.600 V; • O sistema trifásico estrela de baixa tensão, consiste de três condutores de fase (L1, L2, L3) e o condutor neutro (N), sendo este, conectado ao ponto estrela do gerador ou secundário dos transformadores. Ligações Estrela e Triângulo • O enrolamento de cada fase tem as duas pontas trazidas para fora do motor. • Se ligarmos as três fases em triângulo, cada fase receberá a tensão da linha, por exemplo, 220V. • Se ligarmos as três fases em estrela, o motor pode ser ligado a uma linha de tensão igual a 220 x √3 = 380 V sem alterar a tensão no enrolamento que continua igual a 220 V por fase, pois: 3VV f Ligações Estrela e Triângulo • Este tipo de ligação exige seis terminais no motor e serve para quaisquer tensões nominais duplas, desde que a segunda seja igual à primeira multiplicada por raiz de 3 . Exemplos: 220/380V - 380/660V - 440/760V. • Nos exemplos 380/660V e 440/760V, a tensão maior declarada serve para partida estrela-triângulo ou para indicar que o motor pode ser acionado através diretamente da rede ou com softstarter. Ligação em Tripla Tensão Nominal • Enrolamento de cada fase é dividido em duas partes; • Doze terminais acessíveis, permitindo ligar o motor em diversas configurações – Triângulo paralelo; – Estrela paralelo; – Triângulo Série; – Estrela Série. Ligação em Triângulo Paralelo • Tensão de linha em 220 V. Ligação em Estrela Paralelo • Tensão de linha em 380 V. Ligação em Triângulo Série • Tensão de linha em 440 V. Ligação em Estrela Série • Tensão de linha em 760 V. • Fora do limite permitido por norma (600 V); • Demonstra apenas que é possível realizar este tipo de conexão. Partida de Motores de Indução • A corrente absorvida da rede pelo motor de indução trifásico durante a partida é bastante elevada, podendo atingir valores da ordem de 8 vezes a corrente de funcionamento em regime permanente de operação; • Corrente absorvida pelo motor percorre toda a rede de alimentação que deverá ser dimensionada para suportá-la; • Podem provocar necessidade de ajuste da proteção, pois o sistema de proteção deverá, de algum modo, "reconhecer" que a corrente de partida não é uma sobrecarga que deve provocar o desligamento do motor; • Métodos de partida são aplicados em razão de atenuar a intensidade da corrente de partida, e permitir adequado acionamento do motor-máquina. Partida de Motores de Indução Métodos de Partida • Partida Direta/ Reversora; – Acionamento de pequenos motores; • Partida Estrela Triângulo; – Acionamento de grandes motores sem carga; • Partida Compensadora; – Acionamento de grandes motores com carga; • Partida com Soft-Starter; – Acionamento de grandes motores com carga; • Partida com Inversor de Freqüência. – Acionamento de pequenos e grandes motores; Partida Direta/ Reversora • Dizemos que a partida é direta quando alimentamos o motor com sua tensão nominal. • Ao fazer isto, solicitamos a fonte com uma corrente de 6 a 8 vezes a corrente nominal do motor. • Isto pode causar queda de tensão na alimentação que seja para a rede ou para outros consumidores da mesma instalação. • As normas brasileiras de instalações elétricas em baixa tensão NBR- 5410 estabelece como limite para partida direta a potência de 5 cv em quando a alimentação é fornecida por concessionária de energia que não defina limites. Partida Direta/ Reversora • Este tipo de partida se aplica: – a máquinas com qualquer tipo de carga; – máquinas que permitem normalmente suportar o conjugado (torque) de aceleração; – fonte de disponibilidade de potência para alimentação e que exijam confiabilidade de serviço pela composição e comando simples. Partida Direta/ Reversora Partida Direta/ Reversora Partida Estrela Triângulo • Condiçõespara ser utilizada: – O motor deve ter no mínimo 6 terminais acessíveis; – A tensão nominal da rede deve coincidir com a tensão nominal da ligação Δ; – O torque inicial solicitado pela carga deve ser pequeno. Preferencialmente, o motor deve partir a vazio. • Conseqüências: – O torque de partida Y (TpY) fica reduzido a 1/3 do torque de partida direta (Tpd); – A corrente de partida, na linha, Y (IpY) fica reduzida a 1/3 da corrente de partida direta (Ipd); Partida Estrela Triângulo • O procedimento para o acionamento do motor é feito ligando-o inicialmente na configuração estrela até que este alcance uma velocidade próxima da velocidade de regime, aproximadamente 90%, quando então esta conexão é desfeita e executada a ligação em triângulo. • As características básicas desse acionamento são: – Aplica-se a acionamentos de máquinas que partem em vazio ou com conjugado baixo, – Baixa disponibilidade de potência para alimentação, – Execução da partida é parametrizada em tempo, – Aplicável em motores a serem acionados em grande distância, otimizando os condutores, – a corrente de partida Ip=1.8 a 2.6 x In. Partida Estrela Triângulo Partida Estrela Triângulo Partida Estrela Triângulo Partida Estrela Triângulo • Vantagens: – Custo reduzido; – Elevado número de manobras; – Corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal; – Baixas quedas de tensão durante a partida; – Dimensões relativamente reduzidas • Desvantagens: – Aplicação especifica a motores com dupla tensão nominal e que disponham de pelo menos seis terminais acessiveis; – Conjugado de partida reduzido a 1/3 do conjugado nominal; – O motor deve alcançar pelo menos 90% de sua velocidade de regime para que, durante a comutação, a corrente de pico não atinja valores elevados, próximos, portanto, da corrente de partida com acionamento direto. Partida Compensadora • A chave compensadora é composta basicamente de um autotransformador com várias derivações, as mais comuns são 50, 65 e 80% da tensão nominal. • Este autotransformador é ligado ao circuito do estator. O ponto estrela do autotransformador fica acessível e, durante a partida, é curto circuitado e esta ligação se desfaz logo que o motor é conectado diretamente à rede. • Normalmente, este tipo de partida é empregado em motores de potência elevada, acionando cargas com alto índice de atrito, tais como britadores e semelhantes. Partida Compensadora Partida Compensadora Partida Compensadora Partida Compensadora • Vantagens: – Na derivação 65%, a corrente de partida na linha se aproxima do valor da corrente de acionamento utilizando chave estrela-triângulo; – A comutação da derivação de tensão reduzida para a tensão de suprimento não acarreta elevação da corrente, já que o autotransformador se comporta, neste instante, como uma reatância que impede o crescimento dessa corrente; – Pode-se variar gradativamente as derivações para aplicar as tensões adequadas à capacidade do sistema de suprimento. • Desvantagens: – Custo superior ao da chave estrela triângulo; – Dimensões normalmente superiores às das chaves Y-Δ, acarretando o aumento no volume dos Centros de Controle de Motores (CCM). – Limitação de sua freqüência de manobras. Na chave compensadora automática é sempre necessário saber a sua freqüência de manobra para determinar o auto-transformador conveniente. Partida com Soft-Starter • Para as cargas que exijam acionamentos suaves, acopladas a motores de grande porte; • O ângulo de disparo de cada par de tiristores é controlado eletronicamente para aplicar uma tensão variável aos terminais do motor durante a aceleração. • No final do período de partida a tensão atinge seu valor pleno, após uma aceleração suave ou uma rampa ascendente, ao invés de ser submetido a incrementos ou saltos repentinos. • Com isso, consegue-se manter a corrente de partida (na linha) próxima da nominal e com suave variação. • Não possuir partes móveis ou que gerem arco, como nas chaves mecânicas. Partida com Soft-Starter Partida com Soft-Starter Partida com Soft-Starter Partida com Soft-Starter • Vantagens – Corrente de partida próxima da corrente nominal – Nº de manobras ilimitado – Longa vida útil devido à inexistência de partes eletromecânicas móveis – Torque de partida próximo do torque nominal – Pode ser empregada também para desacelerar • Desvantagem: – Alto custo de implementação Inversor de Freqüência • Acionamentos de velocidade variável para motores de indução; • Regulam a velocidade do motor, controlando a tensão e a freqüência da rede, o que tem alargado vastamente a abrangência das aplicações e capacidades dos motores CA. • O uso de controles de freqüência ajustável, entretanto, impacta no projeto, desempenho e confiabilidade dos motores CA. • Velocidades baixas significam ciclos menores (fadiga minimizada) dos rolamentos, ventoinhas e outros elementos girantes. • A "Partida Suave" de um motor elimina os altos esforços da partida nos enrolamentos do estator e barras do rotor que são usuais quando a partida ocorre diretamente na rede. Inversor de Freqüência • As operações em baixa velocidade não partilham os mesmos problemas de integridade mecânica das operações em alta velocidade, mas certamente partilham os problemas de mancais, lubrificação e de refrigeração. • A mínima velocidade de operação deve ser especificada na Especificação ou Folha de Dados, tendo em vista que o sistema de refrigeração do motor está ligado intimamente à sua rotação. • As instalações típicas de acionamento são configuradas para limitar a corrente do motor a 100% da nominal, eliminando assim os esforços de partida no isolamento do motor e na rede de alimentação. Inversor de Freqüência • O torque desenvolvido pelo motor de indução segue a equação: • E o seu fluxo magnetizante, desprezando-se a queda de tensão ocasionada pela resistência e pela reatância dos enrolamentos estatóricos, vale: • Onde: Inversor de Freqüência • A maioria das aplicações são projetadas para manter a relação V/Hz constante, mantendo o fluxo eletromagnético no entreferro do motor uniforme, desta maneira, nas baixas freqüências a tensão será baixa; • A variação da relação V1/f1 é feita linearmente até a freqüência base (nominal) do motor. Acima dessa, a tensão é máxima (igual à nominal) e permanece constante, havendo então apenas a variação da freqüência aplicada ao enrolamento estatórico do motor, Inversor de Freqüência • Acima da freqüência base caracteriza-se a chamada região de enfraquecimento de campo, pois ali o fluxo decresce com o aumento da freqüência, provocando também a diminuição de torque. Inversor de Freqüência • Vantagens: – Controle à distância; – Redução de custos de manutenção devido aos efeitos dos picos de correntes; – Aumento da produtividade; – Eficiência energética graças aos elevados níveis de rendimento; – Versatilidade, visto que são aplicados a qualquer tipo de carga. – Maior qualidade no controle da velocidade. Inversor de Freqüência • Quanto menor a tensão e a freqüência do estator, mais significativa é a queda de tensão neste; • Desta forma, para baixas freqüências, mantendo-se a proporcionalidade entre a freqüência e a tensão, o fluxo e conseqüentemente o conjugado da máquina diminui bastante. • Para que isto seja evitado, a tensão do estator para baixas freqüências deve ser aumentada, através da compensaçãoIxR. • Para a faixa compreendida entre 0 a aproximadamente 6 Hz, a relação entre V1 e f1 não é determinada facilmente, pois dependem tanto de f1 (freqüência estatórica) como de f2 (freqüência rotórica). • Portanto, a elevação da tensão em baixas freqüências depende também da freqüência do escorregamento e conseqüentemente da carga Inversor de Freqüência Inversor de Freqüência • Relações V1/f1 acima dos valores nominais estão limitadas em função de que para altos valores de tensão ocorre a saturação e o conseqüente enfraquecimento do campo. • Considerando pequenos valores de escorregamento e supondo f2 proporcional a f1: – O conjugado máximo decresce com o quadrado do aumento da velocidade ( ); – O conjugado nominal decresce hiperbolicamente com o aumento da velocidade ( ), e decresce aproximadamente com o quadrado da redução do fluxo ( ); – O valor aproximado da velocidade máxima com potência constante é: 21 n/ n/1 2 nom nom mx mx n C C n Inversor de Freqüência • Enfraquecimento de campo para valores de tensão e freqüência acima dos nominais: Categorias de Conjugados • Conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e corrente de partida, os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola, são classificados em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. • Estas categorias são definidas em norma (NBR 7094), e são as seguintes: – Categoria N – Categoria H – Categoria D Categorias de Conjugados • Categoria N – Conjugado de partida normal, corrente de partida normal; baixo escorregamento. Constituem a maioria dos motores encontrados no mercado e prestam-se ao acionamento de cargas normais, como bombas, máquinas operatrizes, ventiladores. • Categoria H – Conjugado de partida alto, corrente de partida normal; baixo escorregamento. Usados para cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia, britadores, etc. • Categoria D – Conjugado de partida alto, corrente de partida normal; alto escorregamento (+ de 5%). Usados em prensas excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos. Usados também em elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito altos e corrente de partida limitada. Conjugados X Velocidade Conjugado/Velocidade das Cargas Mecânicas • No universo das cargas mecânicas a serem acionadas, podemos destacar tipos básicos que obedecem a seguinte equação geral: – é o torque resistente para igual a zero; – é o torque resistente nominal; – é a velocidade nominal. a n rnr TTTT 00 0T rnT n Cargas de conjugado resistente constante (a=0) • São cargas que mantém inalterado seu conjugado para qualquer valor da velocidade do acionamento; • Esteiras transportadoras, transportadores (pontes rolantes, guinchos e pórticos), cadeira do laminador de chapas, compressores de válvula presa, máquinas de atrito seco. rnn TT Cargas de conjugado resistente linear com a velocidade (a=1) • São cargas que possuem seu conjugado variando linearmente em função da velocidade; • Sistemas de acoplamento hidráulico ou eletromagnético, geradores acionados e alimentando carga de alto fator de potência (resistiva), transmissão de torque por atrito viscoso. n rnr TTTT 00 Cargas de Conjugado Resistente Crescente com o Quadrado da Velocidade (a = 2) • São cargas na qual o conjugado varia em relação à velocidade de acordo com uma parábola; • Bombas centrífugas, ventiladores. 2 00 n rnr TTTT Cargas de Conjugado Resistente Inversamente Proporcional com a Velocidade (a = -1) • São cargas na qual o conjugado varia em relação à velocidade de acordo com um hipérbole; • Brocas de máquinas ferramentas, bobinador, desbobinador, máquinas de sonda e perfuração de petróleo, máquinas de tração; 1 00 n rnr TTTT
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