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Trichomonas vaginalis Classe: Trichomonadae Família: Trichomonadidae Gênero: Trichomonas Espécies parasitas do homem T. vaginalis - vagina e uretra T. tenax - cavidade bucal T. hominis – intestino Morfologia Não possui a forma cística, somente a trofozoítica. São elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodes, os quais são usados para capturar os alimentos e se fixar em partículas sólidas. É um organismo anaeróbio facultativo. Morfologia 9,7 mm C / 7 mm L; 04 flagelos anteriores livres; 01 quinto flagelo, que forma uma membrana ondulante; Núcleo: grande, central e ovóide; Axóstilo: atravessa todo o corpo e exterioriza- se na parte posterior; Ingestão por fagocitose e pinocitose, onde na parte posterior formam- se finos pseudópodes. Trichomonas vaginalis Trofozoítos - 4 flagelos livres anteriores - 1 posterior com membrana ondulante - divisão binária - anaeróbio facultativo metabolismo: glicose, glicogênio, etc não possui mitocôndria hidrogenossomos Piruvato ferredoxina-oxidorredutase (PFOR) 5 Trichomonas vaginalis; FA = Flagelo anterior livre; MO = Membrana ondulante; CP = Corpo parabasal e aparato de Golgi (são vistos juntos); C0 = Costa; N = Núcleo; FP = Filamento parabasal; AX = Axóstilo; H =Hidrogenossomos; (Adaptada de Heinz Mehlhorn editor. Parasitology in Focus. Facts and Trends. Berlin: Springer-Verlang; 1988. T.vaginalis Habitat O T. vaginalis habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. Reprodução Divisão binária longitudinal Sem formação de cistos. Transmissão Relação sexual Vetor: Homem Na ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são levados a vagina pelo esperma. Trichomonas vaginalis Patologia Promove a transmissão do vírus da imunodeficiência humana É causa de baixo peso, Nascimento prematuro; Em mulheres: Doença inflamatória pélvica atípica, Câncer cervical e Infertilidade. Patologia Problemas relacionados com a gravidez Parto prematuro, Endometrite pós-parto, Natimorto e morte neonatal Problemas relacionados com a fertilidade Resposta inflamatória que destrói a estrutura tubária danifica as células ciliadas da mucosa tubária Patologia Transmissão do HIV: Surgimento de uma resposta imune celular local Induz uma infiltração de leucócitos, incluindo células-alvo do HIV (linfócitos TCD4+ e macrófagos) O T. vaginalis causa pontos hemorrágicos na mucosa, permitindo o acesso direto do vírus para a corrente sanguínea. Sintomas Mulher Fase aguda Assintomática Período de incubação 3 a 20 dias Secreção cervical mucopurulenta em infecções genitais associadas a Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis ou herpes simples. Sintomas Mulher Vaginite: Corrimento vaginal fluido abundante - cor amarelo-esverdeada bolhoso - odor fétido (mais frequentemente no período pós-menstrual) Prurido ou irritação vulvovaginal Dores no baixo ventre. Dor e dificuldade nas relações sexuais desconforto nos genitais externos Dor ao urinar (disúria) e Frequência miccional (poliúria). Sintomas Homem Comumente assintomática Uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra Desconforto ao urinar O parasito desenvolve-se melhor no trato urogenital do homem, em que o glicogênio é mais abundante. Nos portadores assintomáticos, o parasito permanece na uretra e talvez na próstata. Complicações: Prostatite, Balanopostite Cistite. 17 Diagnóstico Clínico O diagnóstico da tricomoníase não pode ter como base somente a apresentação clínica, pois a infecção poderia ser confundida com outras DSTs. Diagnóstico Laboratorial Homens: O material uretral é colhido com uma alça de platina ou com swab de algodão não-absorvente ou de poliéster. Uma amostra fresca poderá ser obtida pela masturbação em um recipiente limpo e estéril. Obs.: Comparecer ao local da colheita pela manhã, sem terem urinado no dia e sem terem tomado nenhum medicamento tricomonicida há 15 dias. 19 Diagnóstico Mulheres: O material é usualmente coletado na vagina com swab de algodão não-absorvente ou de poliéster, com o auxílio de um espéculo não-lubrificado. Obs.: Realizar a higiene vaginal durante um período de 18 a 24 horas anterior a colheita do material, e não devem ter feito uso de medicamentos tricomonicidas, tanto vaginais como orais, há 15 dias A vagina é o local mais facilmente infectado e os tricomonas são mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação. 20 Diagnóstico Laboratorial Parasitológico: Esfregaço corado com Giemsa, Leishman ou Gram; Cultura: positivo a partir do 4 dia. Epidemiologia A tricomoníase é a DST não-viral mais comum no mundo. A incidência da infecção depende de vários fatores incluindo idade, atividade sexual, número de parceiros sexuais, outras DSTs, fase do ciclo menstrual, técnicas de diagnóstico e condições socioeconômicas. A tricomoníase é incomum na infância (de 1 a 10 anos de idade). 22 Profilaxia Uso de preservativos; Abstinência de contatos sexuais com pessoas infectadas Tratamento simultâneo, mesmo que a doença tenha sido diagnosticada em apenas um dos membros do casal. Tratamento Metronidazol (Flagyl), Tinidazol (Fasigyn), Omidazol (Tiberal), Nimorazol (Nagoxin), Carnidazol Secnidazol. Em gestantes esses medicamentos não devem ser usados via oral, somente pela aplicação local. Tratamento Metronidazol + alcóol Náuseas Vermelhidão da pele, Diminuição no número de glóbulos brancos Nas mulheres Maior susceptibilidade às infecções vaginais por leveduras (candidíase genital).
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