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Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 1 Carboidratos Funções: energética, estrutural. Reconhecimento e adesão entre as células. São as moléculas mais abundantes na face da terra. Conceito: são poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que liberam estes compostos por hidrólise A oxidação dos carboidratos é a principal fonte energética. A glicose é a fonte primária de energia porque todas as células conseguem produzir energia a partir dela. Principais classes Monossacarídios (glicose, frutose) Dissacarídios (sacarose [glicose + frutose], lactose [glicose + galactose], maltose [glicose + glicose]) Olissacarídios (de 3 a 10 monossacarídios, Rafinose → glicose + frutose + galactose) Polissacarídios (celulose, amido, glicogênio) Monossaracídeos • Existem aldoses com 3C (aldotrioses), 4C (aldotetroses), 5C (aldopentoses), 6C Aldohexoses). O mesmo vale para as cetoses (cetotetroses, cetopentoses…) • Fórmula Geral: CnH2nOn n≥ 3 • Propriedades: • solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos • brancos e cristalinos • maioria com sabor doce • estão ligados à produção energética. • Monossacarídeos mais simples: gliceraldeído e di-hidroxiacetona Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 2 São isômeros estruturais – mesma forma molecular com funções diferentes. • Estereoisômeros (formam imagens especulares) com imagens especulares são também chamados de enantiômeros (ex: L-gliceraldeído e D-gliceraldeído). • Na configuração D, o grupo hidroxila está à direita do carbono quiral de maior número, ao passo que, na configuração L, está à esquerda. • Número de estereoisômeros possíveis: 2nº de carbonos quirais Quando os isômeros não se sobrepõem e nem são imagens especulares uns dos outros são chamados de diasteroisômeros. • Os diasteroisômeros que se diferem uns dos outros na configuração em somente um C quiral são chamados de epímeros. Alguns dos estereoisômeros possíveis são muito mais comuns na natureza que outros (ex: açúcares D são mais abundantes que açúcares L). Além disso, geralmente os monossacarídeos são D. Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 3 Em solução aquosa, os monossacarídeos apresentam-se como estruturas cíclicas, onde um grupo hidroxila reage com o grupo carbonila da mesma molécula. A ciclização leva a formação dos estereoisômeros alfa (ligação para baixo) e beta (ligação para cima). O carbono carbonílico torna-se um novo centro quiral chamado carbono anomérico. O açúcar cíclico pode assumir duas formas diferentes: α e ß, denominados anômeros. Segundo a projeção de Fischer, o anômero α de um açúcar D tem o grupo OH anomérico representado à direita do C anomérico, e no ß, à esquerda. Pode haver interconversão entre as formas α e ß. A formação de um ou de outro depende da reação bioquímica. Ligação glicídica (ligação glicosídica) [reação de desidratação ou condensação]: forma entre os monossacarídeos um dissacarídeo. Doias alcoóis reagem e formam uma ligação glicosídica. • A notação para a ligação glicosídica especifica qual forma anomérica do açúcar (α ou ß) é a que está envolvida na ligação e também quais átomos de C estão ligados. sacarose: α-D-glicose + ß-D-frutose (aldohexose) (cetohexose) Ligação glicosídica: α (1 → 2) O OH HO HO H OH OH O OH HO HO OH H OH Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 4 Não é um açúcar redutor (2 grupos anoméricos envolvidos na ligação), apesar de a glicose e a frutose serem redutores. Nós temos enzimas responsáveis pela digestão da sacarose (sacarase). lactose: ß-D-galactose + D-glicose (epímeros-C4) Ligação glicosídica: ß(1 → 4) Como o carbono anomérico não está envolvido na ligação, a glicose assume tanto a forma α quanto a ß e está livre para reagir com agentes oxidantes. Lactase: responsável pela quebra da ligação beta. Comer muito leite pode causar intolerância a lactose porque pode ocorrer uma sobrecarga e o organismo não produzir lactase suficiente para quebrar a lactose presente. - Maltose: Formado pela união de duas moléculas de glicose - α (1 → 4) - Encontrado no malte , cereais Polissacarídeos Principais polissacarídeos: - Celulose - Amido - Glicogênio Homopolissacarídeos: formado pelo mesmo monômero de sacarídeos. Amido, glicogênio. Heteropolisscarídeos: formado por diferentes monômeros de sacarídeos. Proteoglicanas. Mais comuns em carboidratos conjugados. Polissacarídeos - Celulose • É o principal componente estrutural das plantas, especialmente de madeira e plantas fibrosas. • É um homopolissacarídeo linear de monômeros ß-D-glicose, e todos os resíduos estão ligados por ligações glicosídicas ß (1 → 4). Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 5 OBSERVAÇÃO: NENHUM ANIMAL CONSEGUE QUEBRAR O TIPO DE LIGAÇÃO BETA 1 > 4,… ELES UTILIZAM MICROORGANISMOS COMO BACTÉRIAS E FUNGOS VIVENDO EM SIMBIOSE QUE FAZEM ESSA DEGRADAÇÃO PARA ELES. As ligações são estáveis e lineares, são estáveis porque fazem pontes de hidrogênio em intercadeias e intracadeias. • Cadeias individuais reunidas por pontes de H, que dão às plantas fibrosas sua força mecânica. As fibras solúveis aumentam o tempo de permanência no sistema digestório, auemntando a absorção de nutrients importantes na digestão. As fibras insolúveis aumenta a passagem do bolo alimentar pelo tubo digestive do intestine. [aconselhavel a pessoas que possuem dificuldade de digestão] Polissacarídeos - Amido Função energética. São polímeros de α-D-glicose, que ocorrem nas células de plantas. Possuem dois tipos moleculares, amilopectina (cadeia ramificada, alfa 1 > 4, 80%) e amilose (cadeia linear, alfa 1 > 6. 20%). Enzimas que hidrolisam o amido: as amilases, que atacam as ligações α (1 → 4), e enzimas desramificadoras, que degradam α (1 → 6). Polissacarídeos - Glicogênio Muito mais ramificado do que o amido, ele é mais ramificado para facilitar o armazenamento. Todos os carboidratos puxam água, são osmóticos, e quanto mais juntos eles tiverem, terão um poder osmotico menor e não aumentarão muito a água dentro da célula, não causando lise. São polímeros de α-D-glicose, que ocorrem em animais, sendo uma forma de armazenamento de energia. Possui cadeia ramificada, com ligações α (1 → 4) e α (1 → 6) nos pontos de ramificação. A glicogênio-fosforilase remove unidades de glicose do glicogênio (uma por vez) a partir do final não-redutor. Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 6 Porque não armazenamos na forma monomérica? (não gastariamos energia nem para armazenar, nem para quebrar) Resposta: a capacidade de armazenamento diminuiria muito, porque elas recrutariam muita água e a célula iria inchar cada vez mais. O glicogênio é uma única molécula e o poder de osmótico dele é menor porque ele está reduzido e se fossem apenas monômeros, eles não se reduziriam e puxariam mais água para a célula. Uma das coisas irai acontecer, ou a célula sofreria lise ou diminuiria a quantidade de glicose. A via glicolitica produz energia tanto na ausência como na presença do oxigênio. Nós temos uma expressão de enzimas glicoliticas muito maior em relação as enzimasde lipídios e ´proteínas. >>>> Isso explica porque o organismo recorre primeiro a fontes de carboidratos. GLICOCONJUGADOS Proteoglicanos, glicoproteínas, glicolipídeos e lipopolisacarídeos A combinação de diferentes acúcares e seus derivados através de diferentes tipos de ligações permite inúmeras combinações e portanto grande diversidade estrutural, especificidade e atividade biológica Proteoglicanos: proteínas + glicosaminoglicanos Glicosaminoglicanos (Heteropolissacarídeo) polímeros lineares de dissacarídeos (N- acetilglucosamina ou N-acetilgalactosamina + ácido urônico) Possuem função de proteção Formam a matriz extra-celular junto com proteínas (colágeno, elastina, fibronectina e laminina) Ácido hialurônico: determina a viscosidade do fluido sinuvial das juntas; a consistência gelatinosa do humor vítreo dos olhos; força tênsil e elasticidade das cartilagens e tendões. Osteoartrite: degradação dos proteogricanos da cartilagem. Gera dores. GLICOPROTEÍNAS Conjugados de proteína e carboidratos: as porções de carboidratos são menores e estruturalmente mais diversas Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 7 Função principal é adesão da célula. São fundamental no reconhecimento de outras células, como por exemplo o vírus da AIDS, eles são em especial ele reconhece as células imunológicas devido a glicoproteína 41 e gp120. Infecção pelo HIV Glicoproteína 41(gp41) e gp120 da membrana do vírus se ligam ao receptor CD4 e a uma proteína co-receptora (CCR5) CCR5 é um receptor para mediadores que dirigem a migração de leucócitos ao local da inflamação A necessidade dos dois receptores para infecção viral explica a especifidade do HIV por linfócitos T e fagócitos do sistema imune Agentes que interfiram na interação do HIV com CD4 ou com o seu co-receptor seriam úteis no tratamento e prevenção da AIDS GLICOLIPÍDEOS Lipídeos contêm cadeias de oligossacarídeos complexos Gangliosídeos: determinam, por exemplo, os grupos sanguíneos em humanos São normalmente encontrados na face externa da membrana plasmáticas Problemas clínicos Intolerância à lactose Incapacidade de digestão e metabolização Deve-se a enzimas defeituosas ou que estejam faltando Deficiência da enzima lactase Controle Galactosemia Falta na enzima que catalisa a isomerização de galactose a glicose Galactose → Galactitol nas células Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Aluno FCMPB 2013.2: Álef Lamark Alves Bezerra Página 8 Absorção de água: inchaço e edema resultantes Tecido crítico: cerebral
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