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1. VACINAS E SOROS UFBA Jessica

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IMUNOPROFILAXIA
VACINAS E SOROS
Universidade Federal da Bahia
Campus Anísio Teixeira
Instituto Multidisciplinar em Saúde
1
Imunidade Adaptativa
Ativa X Passiva
/
2
Qualquer tipo de resposta imune envolve o reconhecimento do patógeno seguido de sua eliminação por
mecanismos imunológicos. De forma didática, pode-se classificar a imunidade em ativa ou passiva
A proteção adquirida de modo ativo e aquela obtida pela estimulação da resposta imunológica com a produção de anticorpos específicos. A infecção natural (com ou sem sintomas) confere imunidade ativa, natural e é duradoura, pois há estimulacão das células de memória. Apos uma infecção por sarampo, rubéola ou varicela, por exemplo, o individuo ficara protegido, não havendo mais o risco de adquirir a mesma doença novamente. A imunidade ativa, adquirida de modo artificial, e obtida pela administração de vacinas, que estimulam a resposta imunologica, para que esta produza anticorpos especificos.
A imunidade adquirida passivamente é imediata, mas transitória. E conferida a um individuo mediante a: passagem de anticorpos maternos por via transplacentaria, por intermédio da amamentação pelo colostro e pelo leite materno (imunidade passiva natural); 
• administracao parenteral de soro heterologo/homologo ou de imunoglobulina de origem humana (imunidade passiva artificial) ou de anticorpos monoclonais. Exemplo: soro antitetanico, antidifterico, antibotropico e as imunoglobulinas especificas contra a varicela, hepatite B e tetano, palivizumabe. Neste tipo de imunidade, administram-se anticorpos prontos, que conferem a imunidade imediata. Nao há o reconhecimento do antigeno e, portanto, não ocorre a ativação de célula de memória. Algumas semanas depois, o nível de anticorpos começa a diminuir, o que da a esse tipo de imunidade um caráter temporário. Utiliza-se a imunidade passiva quando ha necessidade de uma resposta imediata e nao se pode aguardar o tempo para a produção de anticorpos em quantidade adequada.
Imunidade Ativa x Passiva
Doença
Vacinas
Aleitamento
Soroterapia
Passagem de anticorpos maternos por via transplantaria, por intermédio da amamentação pelo colostro e pelo leite materno; 
Vantagem: “Imunidade” pronta, porém não ativa o SI, não gera memória e tem baixa durabilidade
Desvantagem: Resp. contra determinantes antigênicos de Abs produzidos em outra espécie
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Especificidade e Memória das Respostas Imunológicas
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O curso de uma típica resposta de anticorpo. O primeiro encontro com o antígeno produz uma resposta primária. O antígeno A introduzido no tempo zero encontra pouco anticorpo específico no soro. Depois da fase lag (refratária), aparece anticorpo contra o antígeno A (azul), e sua concentração sobe até um patamar, quando, então, diminui gradualmente. Esta é uma típica resposta primária. Quando o soro é testado contra outro antígeno, B (amarelo), pouco anticorpo está presente, demonstrando a especificidade da reposta de anticorpo.
Quando o animal for exposto, mais tarde, a uma combinação dos antígenos A e B, ocorre uma rápida e intensa resposta secundária ao antígeno A. Isso ilustra a memória imunológica, a capacidade do sistema imune de produzir uma resposta secundária ao mesmo antígeno de modo mais eficiente e efetivo, o que proporciona ao hospedeiro uma defesa específica contra a infecção. Essa é a principal razão para a vacinação de reforço após
uma vacinação inicial. Note que a resposta ao antígeno B assemelha-se à resposta inicial primária ao antígeno A, pois este é o primeiro encontro do hospedeiro com o antígeno B.
IMUNOPROFILAXIA
Prevenção de doenças através da imunidade 
SOROS
VACINAS
IMUNOPROFILAXIA ATIVA
IMUNOPROFILAXIA PASSIVA
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VACINAS - Antígenos capazes de estimular no organismo que os recebe um estado de resistência parcial ou total contra uma determinada infecção.
VACINAÇÃO - É a imunizacão ativa na qual a vacina (ag) consiste de uma suspensão de agentes infecciosos ou parte deles, administrados para dar proteção contra doencças infeciosas 
imunidade ativa
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Vacinas
Antígenos capazes de estimular no organismo que os recebe um estado de resistência parcial ou total contra uma determinada infecção.
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Imunologia das vacinas
Following injection (1), the pathogen-associated patterns contained in vaccine antigens attract dendritic cells, monocytes and neutrophils that patrol throughout the body (2). If vaccine antigens/adjuvants elicit sufficient ‘danger signals,’ this activates monocytes and dendritic cells (3) which changes their surface receptors and induces their migration along lymphatic vessels (4), to the draining lymph nodes (5) where the activation of T and B lymphocytes will take place.
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Imunologia das vacinas
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
APC
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Células de Memória
Expansão clonaL
IL-2
Linfócito T
efetores
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
MEMÒRIA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
IL-7
IL-15
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Expansão clonaL
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
MEMÓRIA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
IL-4 
IL-5
 IL-6
IL-7
IL-15
IL-2 IL-4
Quando o antígeno se liga, a célula é ativada para dividir e produzir muitas progênies com antígenos idênticos, um processo chamado de expansão clonal. Os linfócitos T virgens, quando reconhecem seu antígeno específico em uma célula apresentadora de antígeno específica, param de migrar e crescem. A cromatina no seu núcleo torna-se menos densa, o nucléolo aparece, e o volume do núcleo e do citoplasma aumenta, e novos mRNAS e novas proteínas são sintetizados. Em poucas horas, as células estão totalmente diferentes e são conhecidas como linfoblastos (Figura 1.23). Os linfoblastos agora começam a se dividir, normalmente duplicando de duas a
quatro vezes a cada 24 horas por 3 a 5 dias, de modo que um linfócito virgem dá origem a um clone de cerca de 1.000 células filhas de idêntica especificidade. Estas então se diferenciam em células efetoras. No caso das células B, as células efetoras diferenciadas são as células plasmáticas, que secretam anticorpo.
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Células T de Memória
Linfócito T
MEMÒRIA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
MEMÓRIA
CENTRAL
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
MEMÓRIA
EFETORA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
CCR7
CCR5
CCR3
CC45RO
CÉLULA DE MEMÓRIA EFETORA 
Maturam rapidamente em células T efetoras 
Secretam grandes quantidades de IFN-γ, IL-4 e IL-5 logo após a reestimulação. 
Expressam receptores para quimiocinas inflamatórias. 
Função efetora protetora imediata. 
CÉLULAS DE MEMÓRIA CENTRAL
Expressam o receptor CCR7 
Recirculam mais facilmente para as zonas T dos tecidos linfoides secundários. 
Levam mais tempo para se diferenciarem em células efetoras e não secretam tanta citocina. 
Experimentos recentes mostraram que as células T CD4 e as CD8 podem diferenciar-se em dois tipos de células de memória, com características de ativação distintas (Figura 10.25). Um tipo é chamado de célula de memória efetora, porque pode rapidamente maturar em células T efetoras e secretar grandes quantidades de IFN-_, IL-4 e IL-5 logo após a reestimulação. Essas células não possuem o receptor de quimiocina CCR7, mas expressam altos níveis de integrinas _-1 e _-2, bem como receptores para quimiocinas inflamatórias. Este padrão sugere que essas células de memória efetoras são especializadas para uma rápida entrada nos tecidos inflamados. O outro tipo é chamado de células de memória central. Elas expressam o receptor CCR7 e recirculam mais facilmente para as zonas T dos tecidos linfoides secundários, assim como as células T virgens. Essas células de
memória central são muito sensíveis à ligação cruzada do receptor de célula T e
respondem rapidamente, regulando positivamente o CD40L. Entretanto, elas levam
mais tempo para se diferenciarem em células efetoras e não secretam tanta
citocina como as
células de memória efetoras logo após a reestimulação.
A célula T de memória
divide-se mais frequentemente que a célula T virgem, e sua expansão é controlada
pelo balanço entre a proliferação e a morte celular. Assim como nas células T
virgens, a sobrevivência das células T de memória requer a estimulação das citocinas
IL-7 e IL-15. A citocina IL-7 é requerida para a sobrevivência das células de
memória T CD4 e CD8, e, além disso, a IL-15 é crítica para a sobrevivência a longo
prazo e proliferação das células T de memória sob condições normais.
 
 
 
 
 
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Células de Memória
Capacidade de sobreviver depois que o antígeno é eliminado e montar respostas melhores e mais rápidas ao antígeno.
Expressam níveis elevados de proteínas anti-apopitóticas;
BCL-2 e BCL-XL
Tem baixo nível de proliferação, mas com capacidade de autorenovação.
Manutenção das células de Memória depende de citocinas, mas não requer o reconhecimento do antígeno
IL-7
Propriedades das células de memória
A cromatina ao redor dos genes estão mais acessiveis ( metilação e acetilação das histonas) , permitindo rápida transcrição em resposta ao antígeno e são emnos dependentes de co-estimulação- resposta das cél memória efetiva mais rápida 
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Linfócito T
 Memória
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
Memória
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Expansão clonaL
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito B
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Células de Memória
Expansão clonaL
IL-2
IL-7
IL-15
Linfócito B
MEMÓRIA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
efetores
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Linfócito T
MEMÓRIA
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
IL-2
IL-7
IL-15
IL-2
IL-4 
IL-5
 IL-6
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As características da memória imunológica são facilmente observadas comparando- se a resposta de anticorpos de um indivíduo a uma primeira imunização com a mesma resposta produzida no mesmo indivíduo por uma segunda imunização ou reforço com o mesmo antígeno. A resposta secundária de anticorpo ocorre após uma pequena fase lag (refratária), alcançando um nível superior acentuado, e produz anticorpos de altíssima afinidade, ou força de ligação, para o antígeno. A afinidade aumentada para o antígeno é chamada maturação
da afinidade e é o resultado de eventos que selecionam receptores de células B e, portanto, os anticorpos, para afinidade progressivamente mais acentuada para o antígeno durante a resposta imune, devido hipermutação somática tem o potencial de criar uma série de a células B semelhantes que diferem sutilmente em sua especificidade e afinidade pelo antígeno. Isso ocorre porque a hipermutação somática geralmente envolve
mutações pontuais individuais que mudam apenas um único aminoácido. Os genes da região V da imunoglobulina acumulam mutações em uma taxa de cerca de um par de bases por 103 pares de bases por divisão celular. As taxas de mutações de todo o restante do DNA de células somáticas são muito menores: aproximadamente uma alteração de par de bases a cada 1010 pares de bases por divisão celular. 
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TIPOS DE VACINAS
TIPOS DE VACINAS
 Micro-organismo VIVO mutante incapaz de produzir doença, mas induz resposta imunológica.
Podem ser virais ou bacterianas 
Vacina atenuada
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Vacinas atenuadas são constituídas de microrganismos obtidos através da seleção de cepas naturais (selvagens) e atenuadas através de passagens em meios de cultura especiais, ou em diversos hospedeiros, ou por manipulação genética. Provocam infecção similar à natural e por isso têm, em geral, grande capacidade protetora com apenas uma dose e conferem imunidade a longo prazo, possivelmente por toda a vida. Vacinas vivas atenuadas são de difícil obtenção e armazenamento, tendo de ser refrigeradas em todo o transporte. 
Este tipo de vacina induz uma resposta imunológica muito semelhante àquela desenvolvida durante a infecção natural, conferindo geralmente imunidade duradoura.
Construção clássica de Vacinas Atenuadas- Cultivo in vitro
Vacina atenuada
For example, the measles virus used as a vaccine today was isolated from a child with measles disease in 1954. Almost 10 years of serial passage using tissue culture media was required to transform the wild virus into attenuated vaccine virus.
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Método de Pasteur: o objetivo deste método seria atenuar em cultura para que haja a perda da patogenicidade e a ativaçao do sitema imune, no intuito de evitar a infecção. A técnica se baseia no tipo de agente a ser inoculado: (1) bactérias: passagens sucessivas do meio de cultura com o microorganismo por um longo período; (2) vírus: manutenção em células não-humanas, fazendo com que ele perca a sua patogenicidade. 
Método de Jenner (reação cruzada): uso de microorganismos de espécies diferentes (e preferencialmente, não patogênica) que compartilham determinantes antigênicos dos patogênicos, o que gera uma reação cruzada do organismos que, ao mesmo tempo que fabrica anticorpos para lutar contra um peptídeo não patogênico, produz meios de defesa contra peptídeos semelhantes, mas patogênicos. Ex de vacinas virais: sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, febre amarela. Ex de vacinas bacterianas: tuberculose
A vacina contra a tuberculose (BCG) é produzida pela passagem em cultura do bacilo Calmette-Guérin (M. bovis)
- 13 anos de atenuação, através de 272 passagens em meio de cultura.
Este mesmo procedimento tem sido utilizado nas vacinas contra os vírus da papeira, febre amarela, poliomielite, rubéola e sarampo.
Vacina atenuada
Um outro tipo de vacina, baseado nos métodos de Pasteur, consiste em passagens sucessivas do agente infeccioso em meios de cultura. A vacina contra a tuberculose (BCG) é produzida pela passagem em cultura do bacilo Calmette-Guérin (M. bovis), que já têm mais de 272 passagens. Este mesmo procedimento tem sido utilizado nas vacinas contra os vírus da papeira, febre amarela, poliomielite, rubéola e sarampo. 
A vacina contra a tuberculose (BCG - Bacilo de Calmette-Guérin) é elaborada a partir de uma bactéria atenuada de origem bovina (Mycobacterium bovis), que é semelhante ao microorganismo  causador da doença (Mycobacterium tuberculosis). A BCG não impede a infecção e nem o desenvolvimento da tuberculose pulmonar, mas pode conferir certo grau de proteção para a meningite tuberculosa e para as formas disseminadas da doença.
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Vacina atenuada
Método de Jenner (reação cruzada): 
uso de micro-organismos de espécies diferentes (e preferencialmente, não patogênica) que compartilham determinantes antigênicos, o que gera uma reação cruzada.
Método de Jenner (reação cruzada): uso de microorganismos de espécies diferentes (e preferencialmente, não patogênica) que compartilham determinantes antigênicos dos patogênicos, o que gera uma reação cruzada do organismos que, ao mesmo tempo que fabrica anticorpos para lutar contra um peptídeo não patogênico, produz meios de defesa contra peptídeos semelhantes, mas patogênicos. Ex de vacinas virais: sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite, febre amarela. Ex de vacinas bacterianas: tuberculose
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Produção de microrganismos atenuados
Inserções: fragmentos genômicos inseridos no DNA viral, com o intuito de reduzir a virulência deste último. 
Deleções: é a retirada de segmentos genômicos, eliminando assim uma ou mais proteínas responsáveis pela virulência do patógeno. 
Vacina atenuada
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Biologia Molecular: relacionada com a modificação da virulência do patógeno, por meio de alterações em seu material genético. 
Inserções: fragmentos genômicos inseridos no DNA viral, com o intuito de reduzir a virulência deste último. Este mecanismo faz com que a replicação viral seja limitada, apesar de suficiente para a produção dos anticorpos. Podem ser utilizados, nesse processo, genes que codificam proteínas com atividade antiviral, a exemplo do TNF, INF e das interleucinas. 
Deleções: é a retirada de segmentos
genômicos, eliminando assim uma ou mais proVacinas utilizando polissacarídeos. Fonte: aula Professora Maristela.
teínas responsáveis pela virulência do patógeno. Visto que muitas vezes o vírus não consegue "recuperar-se" dessa deleção, ela é considerada um meio seguro de se obter mutantes que, apesar da baixa virulência, ainda servem para a imunização.
As vacinas atenuadas de que dispomos hoje são: 
Vacina contra a tuberculose (BCG)
Vacina oral contra a poliomielite (tipo Sabin) 
Vacina contra o sarampo 
Vacina contra a rubéola 
Vacina contra a caxumba 
Vacina tríplice viral (contra sarampo/ caxumba/ rubéola) 
Vacina dupla viral (contra sarampo/ rubéola) 
Vacina contra a catapora (varicela) 
Vacina contra a varíola 
Vacina contra a febre amarela 
Vacina atenuada
A live attenuated vaccine virus could theoretically revert to its original pathogenic (disease-causing) form. This is known to happen only with live (oral) polio vaccine. 
Micro-organismos inteiros e inativados (morto) por meios físicos ou químicos, geralmente o formaldeído, de tal modo que perdem sua capacidade infecciosa, mas mantêm suas propriedades protetoras. 
Vacinas Inativadas
Os cientistas produzir vacinas inactivadas por matar o micróbio que causa a doença com produtos químicos, calor ou radiação. Essas vacinas são mais estáveis e mais seguros do que as vacinas vivas: Os micróbios mortos não pode se transformar de volta ao seu estado causador da doença. As vacinas inativadas geralmente não necessitam de refrigeração, e eles podem ser facilmente armazenados e transportados em uma forma liofilizada, o que os torna acessíveis a pessoas em países em desenvolvimento. 
A maioria das vacinas inactivadas, no entanto, estimulam uma resposta mais fraca do sistema imunológico do que as vacinas vivas. Por isso, provavelmente levar várias doses adicionais, ou doses de reforço, para manter a imunidade de uma pessoa. Esta poderia ser uma desvantagem em áreas onde as pessoas não têm acesso regular aos cuidados de saúde e não pode receber doses de reforço no tempo. Vacinas mortas ou de subunidades proteicas não geram imunidade celular, essencial para o controle de muitas doenças, como a tuberculose, leishmaniose ou a AIDS.
Crescimento do vírus em células de cultura - Purificação dos vírus Inativação por calor, formaldeído 
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As vacinas inativadas de que dispomos hoje são: 
Vacina contra polio (tipo Salk)
Vacina tríplice bacteriana (Difteria, Tétano e Coqueluche) 
Vacina Dupla (contra Difteria, Tétano) 
Vacina contra hepatite A 
Vacina contra hepatite B 
Vacina combinada contra as hepatites A e B 
Vacina contra o Haemophilus influenza b 
Vacina contra a doença meningocócica 
Vacinas contra a doença pneumocócica 
Vacina contra a Gripe (vírus influenza) 
. 
Há dois tipos de vacinas disponíveis contra o vírus da poliomielite: inativada e atenuada
Jonas Salk 
Albert B. Sabin
É aplicada na forma oral e composta por vírus vivos atenuados (VOP)
É composta por vírus inativados e aplicada em doses de 0,5 ml por via IM ou SC (na forma isolada). 
Poliomielite enterovirus que causa paralisia infantil. O vírus entra através da boca e aloja-se no intestino, replica-se na laringe e trato GI e migra para linfonodos, Migra via vasos linfáticos e sangüíneos para o SNC
Espalha-se para as fibras nervosas. Segundo a OMS, 1 em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível (normalmente de membros inferiores). Dentre estes casos, 5%-10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios. 
VACINAS INFANTIS | SABIN E SALK
Existem dois tipos disponíveis de vacinas contra a poliomielite, ambas eficazes, mas que diferem quanto à via de administração e aos mecanismos envolvidos. São elas: a vacina inativada (IPV) e a vacina oral de vírus atenuados (OPV).  Estão indicadas para todas as crianças a partir dos 2 meses de idade, em esquema de 3 doses (2, 4 e 6 meses) e 2 reforços (15 meses e 4-6 anos). Apresentam soroconversão em 95% dos vacinados após duas doses e 99 a 100% após três doses. 
Sabin (OPV)- Foi desenvolvida por Albert Sabin e é utilizada no Brasil desde 1964. É aplicada na forma oral e composta por vírus vivos atenuados. Sua grande vantagem é a facilidade de administração e a imunização dos contactantes. Não deve ser utilizada em crianças hospitalizadas, imunodeficientes ou que tenham contato com imunodeficientes domiciliares. Nestes casos deve ser feito uso da vacina inativada. Pode ser usada em crianças HIV-positivo assintomáticas.É apresentada em bisnagas com 25 doses. Cada dose contém uma suspensão trivalente de poliovírus dos tipos 1, 2 e 3, água destilada e antibióticos. Disponível na rede pública. Eventos adversos: a Paralisia associada à vacina (PAV), cuja severidade é semelhante à doença pelo vírus selvagem, é rara e ocorre mais em adultos e imunodeprimidos. O risco é de um caso para 900 mil nas primeiras doses e muito menor nas doses posteriores.  Pontos positivos: 1- sem injeções
2- gera imunidade no sangue e no intestino 3- gera dispersão do vírus vacinal na natureza 4- gera imunidade de longa duração (provavelmente vida toda) 
Salk (IPV)
Foi desenvolvida por Jonas Salk em 1954 e desde Janeiro de 2000 é a única vacina contra poliomielite que é utilizada nos Estados Unidos. É composta por vírus inativados e aplicada em doses de 0,5 ml por via IM ou SC (na forma isolada). Está disponível nos CRIE na apresentação isolada para situações especiais e apresentações combinadas nas clínicas privadas. 
Está indicada nas seguintes situações: 1) RNs que permaneçam internados em unidade neonatal na idade da vacinação; 2) Crianças imunodeprimidas suscetíveis, inclusive com AIDS; 3) Crianças filhas de mães HIV-positivo antes da definição diagnóstica; 4) Crianças em contato domiciliar ou hospitalar com pessoa imunodeficiente;
5) Pessoas submetidas a transplante de medula óssea ou de órgãos sólidos. 
Como eventos adversos podem ocorrer eritema enduração e dor dentro de 48 horas da aplicação. Sonolência, choro e diminuição do apetite também tem sido descritos. 
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Diferenças entre vacinas atenuadas e inativadas
Vacinas atenuadas e inativadas têm características diferentes. As vacinas atenuadas, em geral, promovem proteção mais completa e duradoura com menor número de doses. Podem causar doença em pacientes imunocomprometidos. 
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Vacinas atenuadas X Vacinas inativadas
Inactivated vaccines always require multiple doses. In general, the first dose does not produce protective immunity, but “primes” the immune system. A protective immune response develops after the second or third dose. In contrast to live vaccines, in which the immune response closely resembles natural infection, the immune response to an inactivated vaccine is mostly humoral. 
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RESPOSTA DO ORGANISMO ÀS VACINAS
- Depende do esquema de vacinacão
- Depende do tipo da vacina
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Y
Vacinas vivas
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RESPOSTA DO ORGANISMO ÀS VACINAS
- Depende do esquema de vacinacão
- Depende do tipo da vacina
Y
Y
Vacinas mortas
Menor 
estímulo
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TIPOS DE VACINAS
O desenvolvimento de uma vacina de subunidade começa com a identificação do antígeno imunodominante de um microorganismo – aquele que induz uma maior produção de anticorpos e/ou maior ativação de Linf. T
Direcionamento da resposta imunológica para o antígeno de interesse vacinal
Antígeno protetor X Antígeno de mimecrismo molecular
Dois tipos: nativa e recombinante
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Subunidades
Usam somente os fragmentos antigênicos de um micro-organismo que melhor estimulam uma resposta imune
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As vacinas de subunidades usam somente os fragmentos antigênicos de um microrganismo que melhor estimulam uma resposta imune. As vacinas de subunidades produzidas por técnicas de engenharia genética, onde outros micróbios são programados para produzir a fração antigênica desejada, são chamadas de vacinas recombinantes. Por exemplo, a vacina contra o vírus da hepatite B consiste
de um fragmento da proteína do envelope viral produzida por uma levedura modificada geneticamente [2]. As vacinas de subunidades são inerentemente mais seguras porque não podem-se reproduzir no receptor. Elas também contêm pouco ou nenhum material estranho e por isso tendem a produzir menos efeitos adversos. De modo semelhante, é possível separar as frações de uma célula bacteriana rompida, isolando as frações antigênicas desejadas [1,6,]. 
Subunidades
Vacinas de subunidades baseadas em proteínas utilizam uma proteína específica, isolada do patógeno que ativa o sistema imune.
Ex: Vacina para Hepatite B – são compostas por antígenos de superfície (HBsAg). Vacinas foram produzidas usando o plasma purificado de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B. 
Vacinas de polissacarídeos criam uma resposta contra as moléculas em forma de cápsula do patógeno. Estas moléculas são pequenas, e muitas vezes não são muito imunogênicas. 
Ex: Vacinas para doença meningocócica e pneumocócicas.
This production method has been replaced by recombinant technology that can produce HBsAg without requiring human plasma increasing the safety of the vaccine by excluding the risk from potential contamination of human plasma. 
Algumas bactérias quando os seres humanos que infectam muitas vezes são protegidos por uma cápsula de polissacarídeo (açúcar) que ajuda o organismo iludir os sistemas de defesa humanos, especialmente em lactentes e crianças jovens.
vacinas de polissacarídeos criar uma resposta contra as moléculas em forma de cápsula do patógeno. Estas moléculas são pequenos, e muitas vezes não é muito imunogénica. Como conseqüência, eles tendem a
Não ser eficaz em lactentes e crianças jovens (com menos 18-24 meses),
Induzir a única imunidade de curto prazo (lenta resposta imune, aumento lento dos níveis de anticorpos, nenhuma memória imunológica).
Exemplos de vacinas de polissacarídeos incluem a doença meningocócica causada por Neisseria meningitidis grupos A, C, W135 e Y, bem como de doenças pneumocócicas.
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Toxóides
Exotoxinas bacterianas (por formol e calor) transformadas em produtos inócuos com capacidade antigênica.
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Toxina destoxificada (destruição das propriedades tóxicas através do calor ou formaldeído) sem perder as propriedades imunogênicas = toxóide ou anatoxina.
Exotoxinas – termolábeis e dão origem a anticorpos específicos. 3 grupos:
Ligadas firmemente as células, podendo ser liberadas com processos especiais. Neurotoxina de Shigella shigae e toxina Pasteurella pestis.
Que se difundem livremente no meio durante a reprodução ([]intra ~[]extra). Toxina diftérica e do Staphylococcus aureus.
Que se difundem mas []intra>[]extra (só se iguala quase ao cessar a reprodução). Toxina tetânica e muitas do gênero Clostridium.
Toxóides
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Para as bactérias que segregam toxinas ou produtos químicos nocivos, uma vacina toxóide pode ser a resposta. Estas vacinas são usados quando uma toxina bacteriana é a principal causa de doença. Os cientistas descobriram que possam inactivar as toxinas por tratamento com formalina, uma solução de formaldeído e água esterilizada. Essas toxinas "desintoxicados", chamados toxóides, são seguros para uso em vacinas. Quando o sistema imunológico recebe uma vacina que contém um toxóide inofensivo, ele aprende a lutar contra a toxina natural. O sistema imune produz anticorpos que bloqueiam a entrada e bloqueiam a toxina. As vacinas contra a difteria e o tétano, são exemplos de vacinas toxóide.
Difteria 
(Corynebacterium diphtheriae) 
Coqueluche 
(Bordetella pertussis)
Tétano 
(Clostridium tetani )
Toxóides
Difteria transmitida de pessoa para pessoa através de contato físico e respiratório. Ela forma placas amareladas frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz. Em casos mais graves, pode ocorrer um inchaço grave no pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos. Isso pode gerar dificuldade de respirar ou bloqueio total da respiração.
Coqueluche ou pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível, que compromete o aparelho respiratório (traquéia e brônquios). A doença evolui em três fases sucessivas. A fase catarral inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.
 Tétano é uma infecção aguda e grave, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium tetani), que entra no organismo através de ferimentos ou lesões de pele e não é transmitido de um indivíduo para o outro. O tétano decorrente de acidentes se manifesta por aumento da tensão muscular geral. Quando os músculos do pescoço são atingidos, há dificuldade de deglutição. No caso de contratura muscular generalizada e rigidez muscular progressiva, são atingidos os músculos reto-abdominais e os do diafragma, o que leva à insuficiência respiratória. O doente pode sofrer de crises de contraturas, geralmente desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação da pessoa, podendo levar à morte. Já o tétano neonatal é decorrente da contaminação do cordão umbilical em recém-nascido (criança com até 28 dias de vida). Neste caso, o sistema nervoso é afetado e o tétano provoca fortes dores, fazendo com que a criança tenha contrações, chore bastante e sinta dificuldade para mamar.
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TIPOS DE VACINAS
O conceito de que peptídeos podem induzir imunidade protetora contra doenças infecciosas surgiu em 1963, a partir da observação de que fragmentos pequenos (peptídeos) de uma proteína do vírus do mosaico do tabaco induziu anticorpos neutralizantes em coelhos. Os anticorpos reconhecem e ligam-se especificamente em pequenas regiões do antígeno que são necessárias para estimular uma resposta imunológica. Essas regiões são conhecidas como epitopos ou determinantes antigênicos. Se a estrutura desses epitopos é conhecida, torna-se possível sintetizá-los artificialmente. Com o advento da biotecnologia nos anos 80, tornou-se possível o desenvolvimento de novas vacinas com a utilização de técnicas de biologia molecular. Tais técnicas permitem a localização e identificação exata de epitopos imunogênicos, tanto para linfócitos T (citotóxicos e auxiliares) como para linfócitos B, de diversos organismos. Isso permite que para antígenos protéicos, seqüências de aminoácidos (peptídeos) correspondentes a esses epitopos sejam sintetizados em laboratório. Então, é possível formular-se uma vacina na qual o antígeno, ao invés de um vírus inteiro (vivo ou inativado) ou proteína (subunidade ou recombinante), seja constituída apenas dos epitopos relevantes dos antígenos de um determinado agente. Os epitopos são geralmente definidos como contínuos ou descontínuos. Epitopos contínuos são formados por peptídeos que são especificamente reconhecidos em sua forma linear de modo que a sequência particular de aminoácidos contém a informação necessária para o reconhecimento pelo sistema imunológico. Epitopos descontínuos são constituídos de resíduos que não são contíguos na sequência, mas apresentam-se na superfície da proteína por dobramento da cadeia polipeptídica. 
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Técnica de DNA Recombinante
Peptídeos sintéticos
Epítopos imunodominantes contendo aproximadamente 15 resíduos de aminoácidos.
Técnica de DNA Recombinante tem propiciado que peptídeos sintéticos sejam produzidos em grande quantidade. 
A síntese de peptídeos imunogênicos tem grande potencial para o desenvolvimento de vacinas.
Baseia-se na seleção de epítopos imunodominantes contendo aproximadamente 15 resíduos de aminoácidos. A vantagem deste modelo é a possibilidade
de testar pequenas alterações de seqüência, i.e., pode-se substituir ou eliminar 01 a 02 resíduos de aminoácidos. Estas alterações permitem verificar a capacidade de resposta pelos linfócitos T e B dos novos epítopos assim como a capacidade de ligação às moléculas HLA para posterior apresentação ao linfócito T, e desencadeamento da resposta imune. A síntese de peptídeos imunogênicos tem grande potencial para o desenvolvimento de vacinas.
Por meio da identificação e isolamento dos determinantes antigênicos de um agente infeccioso, fazendo uso da tecnologia do DNA recombinante, tem-se propiciado que peptídeos sintéticos sejam produzidos em grande quantidade. Para que um peptídeo sintético seja produzido, o seu gene precisa ser clonado e inserido em células de inseto ou bactérias para que estas secretem grande quantidade desses antígenos. Esses peptídeos sintéticos são, em geral, compostos de 10 a 20 aminoácidos e quando são inoculados, se não forem degradados totalmente dentro das APCs, é muito pouco provável que um número suficiente de moléculas se acople diretamente a molécula do MHC-II. Para superar este problema, os peptídeos são associados a moléculas carreadoras protéicas (lipossomos) e administrados com adjuvantes (como citocinas), que aumentam a resposta inflamatória por estimular o sistema imune. Para a produção deste tipo de vacina, os genes que induzem a expressão de determinantes protectivos e os relacionados a patogenicidade devem ser conhecidos e clonados.
Estes genes podem ser introduzidos em microorganismos de baixa virulência natural, tais como o BCG e a vaccinia.
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Peptídeos sintéticos
Promissoras, mas não tiveram bons resultados
Pouco imunogênica
Dificilmente induzem cel B e T
Para superar este problema, os peptídeos são associados a moléculas carreadoras protéicas (lipossomos) e administrados com adjuvantes (como citocinas), que aumentam a resposta inflamatória por estimular o sistema imune.
Esses peptídeos sintéticos são, em geral, compostos de 10 a 20 aminoácidos e quando são inoculados, se não forem degradados totalmente dentro das APCs, é muito pouco provável que um número suficiente de moléculas se acople diretamente a molécula do MHC-II. Para superar este problema, os peptídeos são associados a moléculas carreadoras protéicas (lipossomos) e administrados com adjuvantes (como citocinas), que aumentam a resposta inflamatória por estimular o sistema imune.
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 Ocorre a identificação de proteínas imunogênicas de um determinado agente microbiano é possível identificar as sequências de nucleotídeos que compõem estas proteínas e produzir grandes quantidades destas proteínas, usando-se a metodologia de DNA recombinante. 
Proteína recombinante
Resumidamente, segmentos de genes que codificam determinadas seqüências são acoplados em vetores específicos que posteriormente são inseridos em bactérias, geralmente E. coli, em leveduras ou em células de mamíferos. As bactérias ou leveduras recombinantes são posteriormente selecionadas de forma específica e o crescimento é feito em larga escala, geralmente em fermentadores. Uma vez obtida grande quantidade de bactérias ou leveduras, estas são submetidas à lise celular liberando a proteína recombinante produzida, para posterior purificação por métodos bioquímicos. Um exemplo de vacina recombinante é a vacina contra a hepatite B produzida em leveduras, através da clonagem do gene do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) e que induz a formação de anticorpos protetores contra o vírus da hepatite B. Pelo método de vacina recombinante também é possível introduzir apenas sequências gênicas de proteínas imunodominantes de determinados patógenos em vetores bacterianos ou virais atenuados, que serão inoculados e que irão replicar-se no organismo. Os vetores atenuados mais utilizados são o vírus da vaccínia, poliovírus, cepas atenuadas de Salmonella, cepas de BCG do Mycobacterium bovis, entre outros.
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Proteína recombinante
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Proteína recombinante
Vacinas de DNA
Consiste na inserção do DNA que codifica uma determinada proteína em um plasmídeo contendo a região promotora que irá permitir a transcrição do gene introduzido em células de mamíferos após ser inoculado, desencadeando uma resposta ativa de linfócitos T e B.
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A: faz-se uso de plasmídios contendo cDNA codificando proteínas importantes na indução à imunidade. Genes de citocinas e de moléculas co-estimuladoras podem ser associados ao DNA, aumentando a resposta imune. Fornece ao organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para geração de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem ser gerados quando são introduzidos patógenos, ou os problemas proporcionados pela produção das vacinas de subunidades em microrganismos. 
As vacinas de DNA, em teoria, representam uma metodologia que se aproxima da infecção natural, alcançando a indução da proteção desejada. 
Vacinas de DNA
GENE GUN
As rotas de liberação mais comumente utilizadas são: inoculação intramuscular (IM), intradermal (ID) ou um método balístico, conhecido como “gene gun”.
O “gene gun” consiste de um processo de aceleração de partículas de ouro com DNA, codificando a proteína de interesse, dentro da pele, utilizando um gás inerte em alta pressão.
- liberação de DNA, diretamente, dentro das APCs profissionais, potencializando, assim, o efeito da vacina. 
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Diversas rotas de inoculação têm sido pesquisadas: intravenosa, intraperitoneal, epidermal com escarificação, oral, intranasal, vaginal, eletroporação in vivo, entre outras. No entanto, as rotas mais comumente utilizadas são: inoculação intramuscular (IM), intradermal (ID) ou um método balístico, conhecido como “gene gun”. O “gene gun” consiste de um processo de aceleração de partículas de ouro
com DNA, codificando a proteína de interesse, dentro da pele, utilizando um gás inerte em alta pressão (HUANG et al., 2007). A administração de vacinas de DNA via “gene gun” serve como um método eficiente para liberação de DNA, diretamente, dentro das APCs profissionais, potencializando, assim, o efeito da vacina. O uso
dessa técnica tem dado bons resultados utilizando apenas de 0,1 à 1 μg de DNA, em camundongos (DUNHAM, 2002). Métodos de imunizações com DNA na pele são bem comentadas por PEACHMAN, et al. (2003).
As vacinas gênicas são normalmente inoculadas por via intramuscular ou usando o processo de biobalística que utiliza uma arma gênica “gene gun” que promove a aceleração e introdução de micropartículas de ouro encobertas com o DNA de interesse na derme. O processo da biobalística necessita apenas de pequenas quantidades de DNA em relação à injeção intramuscular que necessita de aproximadamente 100μg. Outro aspecto a ser considerado é o tipo de resposta imune preferencialmente desencadeada, decorrente da via de inoculação. Aparentemente, a via intramuscular induz preferencialmente padrão Th1 e a biobalística induz preferencialmente Th2.
Vacinas de DNA
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Após a imunização, o plasmídeo DNA contendo o gene do patógeno é captado pelas células do tecido no local de aplicação (células mononucleares, como os macrófagos ou células dendríticas, que são células apresentadoras de antígenos [APC] para o sistema imunológico, células musculares). O plasmídeo localiza-se no núcleo das células hospedeiras, onde os mecanismos de transcrição do gene ocorrem, utilizando as vias metabólicas da célula hospedeira. O RNA mensageiro resultante da transcrição do gene é transportado para fora do núcleo, onde vai ser traduzido em proteína. Com isso, ocorre a síntese da proteína de interesse (proteína do vírus) dentro da célula do hospedeiro. O processo de produção de antígeno ocorre de forma semelhante ao observado nas replicações virais. Os antígenos produzidos endogenamente são então processados pelas vias normais de processamento de proteínas endógenas. São processados em peptídeos de 8 a 12 aminoácidos, conjugam-se
com molécuças de MHC-I e são apresentados na superfície das células. O MHC-I + peptídeos da proteína são então reconhecidos pelo TCR + CD8 dos linfócitos TCD8+. Esse reconhecimento leva a ativação dos linfócitos, que tornam-se citotóxicos e eventualmente destroem a célula-alvo. A lise das células produtoras do antígeno viral leva ao extravasamento dessas proteínas, que podem ser fagocitadas por macrófagos, processadas e apresentada aos linfócitos TCD4+ (helper). Essa proteína no meio extracelular pode também ser reconhecida por linfócitos B (através dos anticorpos de superfície) e gerar resposta por anticorpos. Com isso, a produção endógena da proteína viral é capaz de gerar resposta celular (CD4+, CD8+) e humoral (células B, anticorpos).As vacinas de DNA, além da imunidade humoral (anticorpos) e celular específica (CD4 e CD8), oferecem vantagens adicionais em relação às vacinas clássicas. Nelas, a síntese dos antígenos endógenos ocorrem com características estruturais muito semelhantes à molécula nativa sintetizada pelo patógeno quando infecta o hospedeiro, gerando fragmentos protéicos de conformação apropriada e necessários para indução de uma resposta imunológica mais efetiva. A imunidade adquirida persiste por longo período de tempo, devido à constante produção do antígeno dentro da célula hospedeira e à capacidade destes estimularem linfócitos de memória imunológica. No plasmídeo contendo o gene do agente infeccioso pode-se clonar outros genes de interesse. Introdução de genes de interleucinas (IFN, IL-2) tem sido preconizada para aumentar a resposta dos linfócitos T e outras células envolvidas na resposta imunológica.
Os antígenos expressos endogenamente são processados pelas APCs e os fragmentos resultantes complexados com moléculas de classe I que são codificadas por genes do complexo de histocompatibilidade (MHC I). Em seguida, estes peptídeos são apresentados na superfície celular para o reconhecimento e ativação específica de linfócitos T CD8 citotóxicos. Alguns dos antígenos produzidos pelas células musculares são secretados para o espaço extracelular, onde podem tanto estimular linfócitos B a produzir anticorpos específicos como ser endocitados por outras células apresentadoras de antígenos. No processo de endocitose os antígenos passam do compartimento extracelular para o interior das células APC e, por este motivo, são considerados antígenos exógenos e assim processados em compartimentos celulares diferentes daqueles realizados quando o antígeno é originado dentro da célula. Os fragmentos de antígenos exógenos são complexados com moléculas da classe II e apresentados na superfície das células apresentadoras para o reconhecimento e ativação de linfócitos T CD4 auxiliares. As vacinas de DNA são, portanto, capazes de induzir ambos os tipos de imunidade protetora, humoral e celular, com a estimulação de linfócitos T CD4+ e T CD8+ , sem
Pontos positivos
Estimula células T e B
Forma natural do Ag
O mesmo plasmídeo pode ser usado em diferentes vacinas
Segura
Barata
Pontos negativos
Resultados bastante desapontadores em humanos
Vacinas de DNA
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A principal vantagem da vacina de DNA é que assim como as vacinas atenuadas ela induz a produção de anticorpos e de resposta imune celular, tanto linfócitos T auxiliares (CD4+ ) quanto T citotóxico (CD8+ ) (van TIENHOVEN et al., 2001, NAGATA et al., 2004). Adicionalmente, as vacinas gênicas não são afetadas pelos anticorpos maternos, não apresentam risco de reversão da atenuação e podem ser produzidas contra agentes infecciosos de difícil cultivo e atenuação. A vacina pode ainda ser co-administrada para multiagentes ou multiepitopos de um determinado agente infeccioso (HAN et al., 1999, DOOLAN; HOFFMAN, 1997). Produção em larga escala é bem mais barata, a manutenção do controle de qualidade é mais fácil, e a comercialização não necessita de uma rede de refrigeração, pois estas vacinas são estáveis à temperatura ambiente (facilitam o transporte e a distribuição). 
As técnicas de Biologia Molecular possibilitam a modificação de seqüências e a adição de epitotopos heterólogos a um dado antígeno: entender a relação entre a estrutura e função destes antígenos, incrementar a resposta imune induzida.
Produção de vacinas
Produção de vacinas
Produção de vacinas
Produção de vacinas
Produção de vacinas
Animais e plantas geneticamente modificadas
Cabras geneticamente modificadas para produzir um antígeno de malária no leite.
Bananas contendo vacinas contra hepatite e batatas contendo vacinas para cólera.
Não necessitam de refrigeração, equipamentos de esterilização ou agulhas, custos reduzidos, fácil produção, riscos reduzidos de transmissão de outras doenças por equipamentos e materiais contaminados.
Glicoproteína B (gB ) do citomegalovírus humano (CMV), em plantas de arroz. Um gene manipulado in vitro permite que essa proteína seja produzida e armazenada no grão.
A produção do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HbsAg) foi obtida em plantas e vacinas orais estão sendo utilizadas em testes clínicos com humanos desde 1997 contra Escherichia coli enterotoxigênica.
Plantas transgênicas de fumo estão sendo desenvolvidas para a produção de vacinas para o controle da hepatite B, cárie dental, malária e o vírus da Influenza.
AIDS, linfoma, melanoma, infecção pelo herpesvírus.
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Somente um tipo de micro-organismo na composição. Ex. BCG
NÚMERO DE ANTÍGENOS NAS VACINAS
Diferentes tipos de m.o. Ex: DTP Tríplice viral (sarampo + caxumba + rubéola) 
Diferentes tipos do mesmo m.o. Ex: Poliomielite (vírus da poliomielite I,II e III) 
Componentes específicos do agente patogênico conjugado a uma proteína (Pneumocócica infantil e a Hemófilos Tipo B)
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Algumas vacinas são produzidas utilizando componentes específicos do agente patogênico, como uma proteína ou carboidrato, capazes de produzir uma resposta imunológica.
Quando o componente utilizado é um carboidrato, para que este seja detectado pelo organismo precisa estar “acoplado” (conjugado) a uma proteína. Exemplos de vacinas resultantes deste processo são a Pneumocócica infantil e a Hemófilos Tipo B.⁶ As vacinas conjugadas são produzidas para combater diferentes tipos de doenças causadas por bactérias chamadas encapsuladas (que possuem capa protetora composta por polissacarídeos, substâncias parecidas com açúcares).
Estas cápsulas que envolvem estas bactérias não conseguem produzir uma boa resposta do sistema de defesa, particularmente em crianças menores de 2 anos de idade. Em maiores de 2 anos a proteção conferida tem curta duração (3 a 5 anos). Desta forma, para que se tenha uma vacina que também possa ser aplicada em crianças pequenas e com proteção de longa duração é preciso que se junte a esta capsula protetora uma proteína; temos assim as vacinas conjugadas.
 
Fatores importantes na administração de vacinas
Doses da vacina: dependendo de como a vacina foi produzida e de sua capacidade de produzir respostas imunes, a vacina pode ser administrada em uma única dose ou em doses reforçadas. Uma única dose de vacina é suficiente no caso de microrganismos vivos atenuados. Já no caso da administração de poliovíruos, caso ocorra infecção enteroviral intercorrente ou a administração de três tipos de vírus, devem ser repetidas as imunizações, pela redução na atividade da vacina. Em relação ao intervalo entre a primeira e as doses de reforço, este depende tanto de considerações teóricas quanto de observações clínicas. 
Vias de administração: quando os antígenos presentes na vacina são vivos atenuados e a infecção natural ocorre pela mucosa, estes podem ser administrados pela via oral. As vacinas com vírus e bactérias que infectam as vias respiratórias podem ser administradas via intranasal ou por aerossol, estimulando o sistema imune das mucosas das vias aéreas. As vacinas com adjuvantes, como o hidróxido de alumínio, devem ser administradas por via intramuscular profunda (de preferência, na porção antero-lateral da parte
superior da coxa) e não pela via subcutânea, porque podem causar necrose tecidual. 
Adjuvantes: são formulações diversas que permitem a liberação lenta dos antígenos, o que propicia maior migração celular e resposta imune mais eficiente. Alguns tipos de adjuvantes também apresentam a capacidade de ativar os macrófagos induzindo à produção de citocinas pró-inflamatórias, o que aumenta a resposta imune. Entre os adjuvantes de depósito usa-se hidróxido de alumínio, fosfato de alumínio, sulfatos duplos de potássio e de alumínio (alúmen), fosfato de cálcio e tartaratos de alumínio e de potássio. O complexo formado entre a adjuvante+antígeno apresenta as seguintes funções: Fazer com que o antígeno seja liberado de forma lenta e, quanto mais tempo o antígeno permanece exposto ao organismo, favorecendo uma efetiva resposta imune.  Ativa macrófagos;  Induz citocinas pró-inflamatórias  Resposta Imune mais eficiente 
Diversas interleucinas, como IL-2, IL-5, IL-6 e IL-12 entre outras podem não só ajudar na ativação do SI como direcionar a resposta imune para tipo 1 ou tipo 2.
Quando os antigénios presentes na vacina são vivos atenuados e a infecção natural ocorre pela mucosa podem ser administrados por via oral, o que normalmente induz tolerância. No caso de vírus e bactérias que infectam as vias respiratórias, a imunização pode ser intranasal ou por aerossol, estimulantes das mucosas das vias aéreas.
As vacinas com adjuvantes, como o hidróxido de alumínio, devem ser administradas por via intramuscular profunda e não pela via subcutânea, porque podem causar necrose tecidual. O local ideal para a administração intramuscular profunda é a porção antero- lateral da parte superior da coxa.
Adjuvantes, como os sais de alumínio, são empregados
em algumas destas vacinas (hepatite B,
toxóides etc.) no intuito de aumentar a resposta imune
e conferir imunidade de longa duração. O alumínio
aumenta a persistência do antígeno em células
dendríticas e macrófagos e retarda a liberação do
antígeno do local de injeção.
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VACINAS
EVENTOS ADVERSOS
EFICÁCIA
BCG-ID
Abcessos, úlceras extensas,
gânglios flutuantes e fistulados
80%
(formas graves)
Pólio Oral
Poliomielite pós-vacinal (raramente)
90-95%
DTP
Eventoslocais,febre,irritabilidade, choro,convulsão…
D=80-90%, P=75-80%
T=100% (aprox.)
Dupla adulto
Dor, rubor e abscesso local, febre, anafilaxia …
Idem para D e T
Dupla Infantil
Dor, rubor e abscesso local febre
Idem
HIB
Dor, hiperemia e edema, febre, raramente hipersensibilidade
100% (aprox.)
Sarampo
Febre, exantema, encefalite (raro)
95%
SCR
Febre, cefaléia, linfadenopatia, artralgia, urticária, rush cutâneo
95%
Rubéola
Febre, cefaléia, linfadenopatia, artralgia
95% +
Febre amarela
Febre, eventos locais
95% +
Hep B
Febre, mal estar, eventos locais, raramente anafilaxia
95% +
Raiva
Eventos locais, náuseas, encefalites …
95% +
Eventos adversos possíveis com as vacinas mais comuns, comparando-se com sua eficácia prevista
BCG- tuberculose (Bacilo de Calmette-Guerin); DTP: tétano, coqueluche e difteria (tríplice), HIB: Haemophilus influenzae,
SCR: sarampo, cachumba e rubéola, DT : difteria e tétano. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de procedimentos para vacinação, FUNASA, 2001.
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A maioria são de pouca gravidade. Requisitos indispensáveis das vacinas.
Estado de saúde do paciente: a ocorrência de efeitos adversos após a administração de vacinas é muito rara na maioria das pessoas com sistema imune saudável. Podem ocorrer problemas no caso de reações alérgicas a componentes antigênicos, os adjuvantes e conservantes, a proteínas da gema de ovo (sarampo, caxumba, influenza e febre amarela) ou aos antibióticos presentes nas vacinas. Como efeitos adversos mais comuns, relatam-se:  Reações alérgicas com componentes da vacina (conservantes, adjuvantes, antibióticos)  DPT: febre, irritabilidade, edema, dor local  SABIN: paralisia (quando o antigeno sofre mutação: forma avirulenta  forma virulenta)
Vacina contra contra Difteria, Tétano, Pertussis, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B (Pentavalente (DTP+Hib+HB) 
 VOP – Vacina oral contra a pólio / VIP – Vacina inativada da Pólio
Vacina contra Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela (vacinas tríplice viral – SCR)
Vacina contra Difteria e Tétano (Dupla Adulto – dT)
Vacina contra varicela, sarampo, caxumba e rubéola (Tetra Viral)
Vacina contra difteria, tétano e coqueluche (Tríplice Bacteriana Acelular do Adulto (dTpa)
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imunidade passiva
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SOROTERAPIA
Utilização do soro, contendo anticorpos, como prevenção ou tratamento das doenças infecciosas ou inativação de substâncias tóxicas
Anticorpos previamente formados num indivíduo
doador para um receptor
Podem ser:
Hiperimunes heterologos
Concentrado de imunoglobulinas Humanas - Homologos
Imunidade Passiva Artificial
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O soro é uma forma de imunização passiva de efeito rápido, em que se administra diretamente o anticorpo ao paciente doente no intuito de inativar o patógeno, obtendo como resultado a recuperação da infecção. Baseia-se, portanto, em um mecanismo de tratamento. A imunização passiva é usada em casos de imunodeficiências primárias de linfócitos B, e quando o paciente apresenta quadro de infecção por não ter sido vacinado. Esse tipo de imunização pode ser realizado com imunoglobulina humana normal (gamaglobulina normal ou comercial), com imunoglobulinas humanas específicas e com soros específicos. As imunoglobulinas podem ser administradas por via intramuscular ou endovenosa.
IMUNOGLOBULINAS A imunoglobulina humana normal (IHN) é obtida de plasma de doadores de sangue em geral. A tecnologia empregada para a purificação das Ig propicia a precipitação de IgG, que consiste em 85% das imunoglobulinas; concentrações menores são de IgM (10%) e de IgA (5%). A via de escolha é intramuscular ou endovenosa e a concentração de imunoglobulinas depende da qualidade do doador. Os inconvenientes da administração são: dor no local, mal-estar, febre, reações anafiláticas. Esse tipo de imunoglobulina pode ser usado na profilaxia da hepatite A e B, rubéola, sarampo, varicela. As imunoglobulinas específicas são obtidas de plasma de doadores selecionados: pessoas submetidas recentemente à vacinação contra determinado microrganismo ou convalescentes da doença que se quer evitar. Faz uso da Técnica de Purificação e purificação Ig específica e escolha da via intramuscular ou endovenosa. Esse tipo de imunoglobulina é usado nos casos de Hepatite B, raiva, tétano, varicela. 
HIPERIMUNES HETERÓLOGOS
Os soros heterólogos antivenenos são concentrados de imunoglobulinas (anticorpos), obtidos através da sensibilização de diversos animais, a maioria de origem eqüina. 
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Anticorpos específicos adquiridos após estimulação imunológica do animal. Maior risco de hipersensibilidade. Administrados somente em ambiente hospitalar.
OS ESPECÍFICOS Os soros utilizados de forma terapêutica na espécie humana são produzidos, na maior parte das vezes, em cavalos e por isso são soros heterólogos. Esses soros, por apresentarem moléculas diferentes em relação às humanas, podem induzir à resposta imune e causar choque anafilático ou hipersensibilidade do complexo imune em casos de administrações consecutivas. A técnica utilizada é a transferência do soro (pool de anticorpos) para um animal de outra espécie (como de um cavalo para o homem), sendo tratados previamente com enzimas proteolíticas.  Desvantagens: Choque Anafilático, Imunocomplexos (inflamação).  Uso: Antidiftérica, antirrábica, antitetânica.
Indicação:
 Combate às toxi-infecções (difteria e tétano)
 Acidentes motivados por mordidas de animas peçonhentos
 Viroses (raiva e hepatite)
HIPERIMUNES HETERÓLOGOS
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A soroterapia é indicada na neutralização de venenos inoculados após acidente por animal peçonhento. Como o objetivo é neutralizar a maior quantidade possível do veneno circulante, independentemente do peso do paciente, o soro deve ser administrado o mais precocemente possível
após o acidente e, adultos e crianças devem receber a mesma dose. 
Produção
HIPERIMUNES HETERÓLOGOS
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O processo de produção inicia-se com a imunização de cavalos com antígenos específicos preparados com os venenos de serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas para produção dos soros hiperimunes, toxinas e anatoxinas bacterianas para produção dos soros antitóxicos ou ainda vírus inativado da raiva para a produção do soro antiviral específico. Para tal atividade, o Butantan mantém cerca de 800 cavalos, distribuídos entre a Fazenda São Joaquim, de propriedade do Instituto, e outros fornecedores. Os animais passam por rigoroso acompanhamento médico-veterinário de forma a garantir o bem estar animal e a máxima qualidade dos produtos intermediários e finais. Para a produção dos soros, o plasma obtido pelas sangrias dos cavalos é submetido à uma sequência de processos físicos e químicos para a purificação das imunoglobulinas, com emprego de rigorosos testes de qualidade em diversas fases da produção e para a liberação de cada lote produzido. O processo de produção dos soros hiperimunes de cavalo do Instituto Butantan é o único no mundo que foi validado experimentalmente como um processo seguro na eliminação de diversos tipos de vírus durante o fracionamento do plasma, resultando em produto final livre de vírus. 
A produção do soro antiofídico segue as etapas: O veneno é extraído da serpente, mantido seco sob refrigeração, recebe substâncias adjuvantes que aumentam seu potencial antigênico e após, é inoculado subcutaneamente em doses de concentrações crescentes nos cavalos. Então, o animal fornece grande volume de sangue rico em anticorpos, por meio de uma sangria de aproximadamente 3% do peso do animal, ou seja, 12 litros de sangue de um cavalo que pese 400 quilos. Este procedimento não causa problemas ou a morte do animal. O plasma é levado para a Seção de Concentração, Purificação e Fracionamento, onde as proteínas inativadas são eliminadas e as gamaglobulinas específicas mantidas. O soro é submetido a 4 tipos de controle de qualidade: Atividade biológica: verifica a quantidade de anticorpos existentes; Inocuidade: segurança para o uso humano; Esterelidade: evitar contaminações com germes; Pirogênico: detectar substâncias que alterem a temperatura dos pacientes. 
CONCENTRADOS DE 
IMUNOGLOBULINA HUMANA
 
IMUNOGLOBULINA IMUNE
Produto derivado do sangue, plasma ou soro Humano, contendo a maioria das Igs (Acs) encontradas no sangue total
SOROS HOMÓLOGOS
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Combinação de imunoglobulinas de milhares de doadores Soros homólogos - Mesma espécie alvo. Menor risco de reações de hipersensibilidade. Mais caros que os soros heterólogos. Soro homólogo padrão Combinação de Ig de milhares de doadores. Possui anticorpos “específicos” para diversos antígenos cuja freqüência depende da prevalência local de infecções e imunizações.res
As imunoglobulinas poli-específicas, são utilizadas por via intravenosa, embora haja relatos de utilização por via subcutânea, intratecal, oral e até intra-auricular. Estão disponíveis para uso em apresentações de 500 mg, 1g, 2,5g, 5g, 6g e 10g, e têm como componente principal as IgG, apesar de também conterem IgM e IgA, em quantidades que variam de acordo com o fabricante. 
As imunoglobulinas superaram os fatores da coagulação e a albumina como o principal produto da indústria de fracionamento de plasma (BURNOUF, 2007). Existem dois tipos de imunoglobulinas para uso clínico: as imunoglobulinas poliespecíficas (polivalentes ou normais) e as imunoglobulinas específicas. As imunoglobulinas poli-específicas são produzidas a partir do pool de plasma de múltiplos doadores (1.000 a 40.000) e contêm milhões de diferentes moléculas de imunoglobulina G, refletindo a exposição cumulativa da população doadora ao ambiente. São referidas como polivalentes (WHO, 2005) para indicar que o plasma usado para esta preparação é obtido de doadores não triados para alguma IgG específica. Geralmente são utilizadas por via intravenosa, embora haja relatos de utilização por via subcutânea, intratecal, oral e até intra-auricular. 
CONCENTRADOS DE 
IMUNOGLOBULINA HUMANA
IMUNOGLOBULINA HUMANA HIPERIMUNE
Contém concentração maior do anticorpo específico para o agente em questão – por exemplo, anti-hepatite B ou antitétano
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As imunoglobulinas específicas são aquelas que possuem altos títulos de anticorpos específicos – por exemplo, anti-hepatite B ou antitétano. São produzidas a partir de plasma humano hiperimune, ou seja, com altos títulos de determinados anticorpos. Podem ser usadas por via intravenosa ou intramuscular, dependendo do tipo de produto e do fabricante. 
As imunoglobulinas específicas são aquelas que possuem altos títulos de anticorpos específicos – por exemplo, anti-hepatite B, anti-citomegalovírus, anti-raiva e antitétano. São produzidas a partir de plasma humano hiperimune, ou seja, com altos títulos de anticorpos clinicamente importantes. Podem ser usadas por via intravenosa ou intramuscular, dependendo do tipo de produto e do fabricante 
CONCENTRADOS DE 
IMUNOGLOBULINA HUMANA
OBTENÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS HUMANAS PARA USO INTRAVENOSO 
Combinação de Ig de milhares de doadores
Doação de sangue por aférese. 
Obtidas a partir do fracionamento industrial do plasma. 
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As preparações de imunoglobulina humana para uso terapêutico são obtidas a partir do fracionamento industrial do plasma. O plasma que se destina à indústria de fracionamento pode ser colhido por aférese ou ser proveniente de uma doação de sangue total. Neste último caso, o plasma é excedente do uso terapêutico. 
O QUE É? Trata-se da doação de um componente do sangue utilizando uma máquina coletora, que separa os componentes do sangue por centrifugação, permitindo a coleta seletiva de um ou mais de seus componentes. 
QUAIS SÃO OS COMPONENTES DO SANGUE COLETADOS POR MÁQUINAS?
Submetido à centrifugação, o sangue é separado em seus componentes primários: plasma, plasma rico em plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Após a separação, qualquer deles pode ser coletado seletivamente. 
O fracionamento é definido como a separação das diferentes proteínas do plasma, através de condições físico-químicas adequadas, e teve origem na segunda guerra mundial, quando Cohn e colaboradores (1946) desenvolveram uma técnica de precipitação com etanol a frio. Esta técnica ainda é a mais amplamente utilizada para produção de Ig humana. 
A metodologia desenvolvida por Cohn (Figura 5) baseia-se na mudança de solubilidade das frações proteicas (precipitação de proteínas), por meio de ajuste do pH, temperatura, força iônica e concentração de álcool. O processo é realizado em baixas temperaturas, o que reduz o risco de contaminação bacteriana e evita a desnaturação das proteínas. O plasma congelado é agitado à temperatura na qual algumas proteínas (fibrinogênio, fator VIII) são insolúveis. Este material (crioprecipitado) é um intermediário na produção do fator VIII da coagulação. Após a remoção do crioprecipitado, o plasma é fracionado por sucessivas precipitações com etanol e etapas de remoção dos precipitados formados. O processo resulta em um concentrado de IgG conhecido como fator II ou fator II + III. A albumina (fator V) é produzida a partir de um intermediário, conhecido como sobrenadante da fração II + III. Este método, posteriormente refinado por Oncley (1949), ainda é utilizado, com poucas modificações, pela maioria dos fabricantes. 
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FIM
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Modification of Toxin to Toxoid
Toxin

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