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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Relatório II “Geradores” Engenharia Civil – Turma 222 Camila Federice -151321991 Gabriela Araújo - 151323046 Helena Ramos - 151323569 Jaqueline Crepaldi - 151321957 Laboratório de Física 5 Guaratinguetá- SP 11/04/2016 Introdução Para que um circuito elétrico funcione, é preciso que seja fornecida energia potencial elétrica para as cargas que ficam livres dentro dos condutores que o integram. O elemento responsável para ceder essa energia potencial elétrica para as cargas denomina-se gerador elétrico. A função básica de um gerador elétrico é converter energia de outras formas em energia elétrica. Um circuito elétrico ativo pode ser dividido em duas partes distintas, uma chamada de gerador e outra de carga. Sendo um circuito operado em corrente contínua, o gerador corresponde a uma fonte de força eletromotriz com tensão ε associada em série com uma resistência R0, a resistência interna do gerador. A carga corresponde a um resistor com resistência R. Neste circuito, com corrente I nos terminais do gerador, a tensão de saída V é dada por: V =ε−R0I Associada ao circuito temos a potência total Pt= ε*I e a potência útil PU = V*I que são respectivamente a potência fornecida pelo gerador a a potência consumida pela carga. As equações podem ser escritas como: PT = ε^2/R+R0 PU = ε^2R/ (R + R0)^2 A eficiência do gerador é medida pela razão entre estas potências, ou seja, por: η = PU /PT. Quando a resistência da carga é igual à resistência característica do gerador (R = R0) metade da potência do gerador se encontra transferida a carga e a outra metade é dissipada no gerador. Esta é a condição em a potência útil e máxima que corresponde à máxima transferência de potência do gerador à carga. Um gerador é caracterizado por seus dois parâmetros, os valores da fem ε e da sua resistência R0. Estes valores podem ser obtidos a partir da medição da corrente e da tensão na saída. Um circuito pode ser composto por um gerador e uma carga RR de resistência variável em de um voltímetro e um amperímetro para as medições de tensão e da corrente. VV pode ser considerada a tensão medida pelo voltímetro, IA a corrente medida pelo amperímetro e RV a resistência interna do voltímetro e do amperímetro. Utilizando as regras de Kirchoff no circuito obtemos: I0 = IA +I*V VV = ε−R0I0 Em que I0 é a corrente no gerador. Como IV = VV /RV obtemos: VV = εRV/RV+R0.IA –Rv R0/Rv+ R0.IA Usamos na medição elementos que satisfazem RA << RR << RV. Nesta condição IV << IA e portanto I0 ≃ IA, ou seja, a corrente na carga é aproximadamente igual à corrente no gerador. Objetivo O objetivo do experimento é encontrar a resistência interna Ro do gerador ϵ. Fórmulas utilizadas PT= ϵ * i ; para calcular a potência total PU = V*i = i²*R ; para calcular a potência útil Ƞ = PU/ PT ; para calcular a eficiência Dados N V (volts) i (miliampere) Pu (x10⁻³) Pt (x10⁻³) Ƞ R = V/I 1 0,20 280 56,0 383,6 0,146 0,71 2 0,56 235 132,0 321,9 0,410 2,39 3 0,70 185 129,4 253,4 0,511 3,78 4 0,80 130 104,0 178,1 0,584 6,15 5 0,90 110 99,0 150,7 0,657 8,18 6 1,0 90 90,0 123,3 0,730 11,11 7 1,10 75 82,5 102,7 0,803 14,67 8 1,10 65 71,5 89,1 0,802 16,92 9 1,15 60 69,0 82,2 0,839 19,17 10 1,20 52 62,4 71,2 0,876 23,08 A partir dos valores de V e i pode-se plotar o gráfico cuja reta é dada pelo MMQ abaixo, e a partir dele encontrar os valores de ϵ e R0. Valores estes necessários para encontrar os valores das potencias útil e total. Calculo do MMQ para confecção do gráfico tensão V versus corrente i: ∑ i = 1282 ∑ V= 8,71 ∑ i*V = 895,5 ∑ i² = 221.104 n = 10 ∑ V= ∑i * a + n *b ∑ V*i = ∑ i² *a + ∑i * b 1282*a + 10*b = 8,71 221.104*a + 1282 *b = 895,5 a = ( 8,71 – 10* b) / 1282 a = - 3,892 * 10⁻³ b = 1,37 V Conclusão Nesta experiência foram obtidos dados necessários para a construção de curvas características de um gerador. A partir delas, pode-se determinar o valor real da força eletromotriz ϵ, uma vez que o valor indicado no aparelho não é muito confiável. Obteve-se também o valor da resistência interna do conjunto, Ro. Esses dados estão no gráfico tensão versus corrente, que como sabemos, ϵ é o valor de V quando a corrente é nula, ou seja, pelo gráfico podemos afirmar que ϵ é igual a b, portanto ϵ = 1,37 V. E quando a voltagem é nula, temos que i= ϵ / R0, onde obtemos R0 = 3,89 Ω. Pelo gráfico de potencias, quando há aproximação das curvas de PU e PT é o momento quando a resistência da carga é igual a resistência do gerador R=R0 e metade da potência do gerador está sendo transferida para a carga e a outra metade está sendo dissipada. Ou seja, esta é a condição em que a potência útil é máxima, o que corresponde à máxima transferência de potência do gerador para a carga. Porém, o gráfico obtido através dos pontos experimentais calculados em laboratório o gráfico de PU não está como o esperado, mas analisando a curva do rendimento podemos dizer que o experimento está coerente, devido ao fato de que as curvas PT e Ƞ se interceptam muito próximo a Ƞ = 1 2⁄ ,ponto em que o rendimento é máximo. Bibliografia Halliday, David and Resnick, Robert. Física 4ª ed., volume 3. Livros Técnicos e científicos, Rio de Janeiro, 1983.
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