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FICHAMENTO KOHLSDORF - LIVRO A APREENSÃO DA CIDADE

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1 
 
 
 
 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS 
 FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 Cidade Universitária – Campus A. C. Simões 
 Tabuleiro do Martins – CEP 57072 970 – Maceió – AL 
 
 
 
DISCIPLINA: TEORIA DO URBANISMO 
PROFESSORA: LÚCIA TONE FERREIRA HIDAKA 
Carga Horária: 60h Período: 1º - 2016 
FICHA Nº 1 
Assinatura do Professor (a): 
 
1.ESTUDANTE: IASMIM BARBOSA RIBEIRO 
2.DATA DO FICHAMENTO: 23/08/2016 
 
 
4. REFERÊNCIA 
 
 
 
5.RESUMO 
 
Kohlsdorf lança um olhar sobre a cidade e tenta através de seus estudos, criar uma 
ambiência em que a teoria do urbanismo e vivência dos espaços se encontrem, afim 
de através de suas trocas de dinâmicas e o uso da metodologia da teoria do 
pensamento repensar o espaço urbano sob perspectivas além-lugar. O processo de 
composição de suas ideias perpassa a ideia de um entendimento da urbanização 
como um processo exclusivo das práticas técnicas envolvidas nos projetos 
urbanísticos e julga o espaço também como resultado das manifestações psíquicas 
e cognitivas do usuário. A essa nova abordagem do processo de apreensão da forma 
da cidade, é explicitado níveis de conhecimento, e através deles tomamos 
conhecimento de que a qualificação de um espaço urbano é dado por aspectos 
intrínsecos ao caráter arquitetônico sobrepostos às relações sociespaciais do homem 
com a cidade. 
KOHLSDORF, Maria E. A Apreensão da Forma da Cidade. Brasília: Editora 
Universidade de Brasília, 1996. Pág. 9- 66. 
 
2 
 
 
 A CIDADE COMO ARQUITETURA 
“Pode parecer insensato tentar estabelecer quaisquer rumos de investigação 
urbanística em um período da história da humanidade onde as cidades 
rompem com todos os conceitos com que se as vem estudando(...) pessoas 
de diversas idades e ocupações engajam-se progressivamente no debate 
sobre a cidade, também porque ele contém caminhos para a conquista da 
cidadania. Cidadania está para a cidade assim como urbanidade está para 
urbano: possuem radicais comuns que, no encontro de seus significados, nos 
proporcionam os conceitos de dignidade e civilidade.” 
“(...) a multiplicinaridade não deve ser confundida com o transbordamento de 
paradigmas de umas áreas para outras(...). Em outras palavras, cada campo 
acadêmico apresenta conhecimento sobre um conjunto de características 
formadoras do aspecto urbano que se encarrega (...).” 
 
“(...) Porém, em todas as disciplinas existe um movimento em sentido contrário 
às posturas endógenas, substituídas progressivamente pela 
interdisciplinaridade.” 
“A divisão em campos de conhecimento deve ser entendida como um artíficio, 
que dentre várias possibilidades, tenta classificar aspectos da realidade, estes 
resultante de uma observação fragmentada por nossa limitação em nos 
aproximarmos de um universo que é, na verdade indiviso. O olhar que a 
arquitetura e urbanismo lançam sobre a cidade se compromete com sua tarefa 
de entender e agir sobre o espaço social.” 
 
“Vale, porém, preliminarmente, resgatar algumas ideias sobre a cidade como 
fenômeno, e a lembrança de Lewis Munford é imediata. Ele apresenta a vida 
cívica como atributo fundamental da cidade(...). Assim são estão articuladas, 
no conjunto das funções simbólicas, atividades de troca (urbs) e a 
administração (civitas), fato este que faz da cidade a polis, que originará 
política.” 
 
“A noção de cidade, segundo Munford, é otimista, pois carrega a possibilidade 
de melhoria do quadro de vida por meio da discussão dos sistemas de regras 
intergrupais, ou dos programas de aplicação de investimentos sociais. (...) 
Apesar de o processo histórico oferecer-nos um quadro urbano de aparente 
negação daquelas qualidades, a cidade permanece porém, de posse da 
procurada “chave do paraíso”: é o lugar propício à troca de informações, por 
intermédio de contatos diretos e imprevistos que constituem, talvez, a única 
estratégia possível de transformações sociais. Por isso na palavra de Engels, 
a cidade é o lugar da história.” 
 
15 
Página de 
Referência 
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17 
3 
 
“ A todas essas qualidades da questão urbana não escapa sua componente 
arquitetônica, na medida em que qualquer estruturação social não existe sem 
espaço. As tentativas de delimitar o espaço como objeto teórico e em relação 
a outros tipos de espaço contemplam-no com uma série de adjetivações. (...) 
tal demarcação, [concebe] arquitetura o que fosse furto de projeto realizado 
por arquiteto. (...) Essa abordagem tem dividido as cidades e seus edifícios em 
‘planejados’ e ‘espontâneos’, prevalecendo na literatura urbanística do século 
XX e reforçando-se sob a chamada ideologia do planing.” 
 
 
“As contradições nas teorias tradicionais de sustentação do conceito de 
espaço arquitetônico conduziram alguns autores a procurar marcos mais 
satisfatórios. Nesse sentido, Kohlsdorf e Azeredo ² definem (...) portanto, [que] 
é arquitetônico qualquer espaço intencionalmente produzido, e toda 
construção social é, efetivamente, projetada.” 
 
 
“A natureza simultaneamente física e social do espaço arquitetônico e 
urbanístico faz com que se o caracterize como um lugar , isto é, porção 
territorial onde se desenvolvem práticas sociais com uma gama de 
possibilidades muito diversificadas, onde se incluem as contemplativas, de 
fruição estética ou incursões cognitivas. Holanda e Kohlsdorf consideram como 
espaço arquitetônico também o espaço natural, quando ‘modificado’ apenas 
pela presença humana, tornando-se espaço social, além de objeto cognitivo.” 
 
“Entretanto, as características arquitetônicas da cidade encontram-se pouco 
presentes nas abordagens realizadas na segunda metade deste século, seja 
porque, frequentemente, se a aceita sua substituição por estudos 
bidimensionais, ou porque se limita o espaço a fins normativos. Em ambos os 
casos, a participação do espaço na compreensão da cidade dilui-se e 
submerge em outros aspectos. Os estudos urbanos mais sistematizados têm-
se afastado do olhar arquitetônico sobre a cidade sempre que escondem a 
condição multidimensional e histórica do espaço, ou quando observam este 
último a partir de um outro aspecto isolado.” 
 
 
“Como fenômeno real, a cidade é um espaço arquitetônico de tamanho 
generoso, tecido em várias dimensões físicas e que se mostra como uma 
totalidade formada de outras totalidades, em articulações cambiante (...). O 
espaço urbano realiza metamorfoses, certamente de maneira mais intensa do 
que os lugares edílicos.” 
 
“Colocado desta maneira, torna-se, talvez, difícil entender certas incoerências 
entre discursos de intensões e as correspondentes características 
morfológicas do lugares. Na verdade, o século XX registra uma omissão 
progressiva no estabelecimento de medidas de configuração para as cidades, 
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ao mesmo tempo que instala controle crescente sobre os processos urbanos 
por meio da atividade institucionalizada de planejamento.” 
 
“O emprego de normas confirmativas data de tempos distantes, podendo-se 
dizer que a abordagem da cidade como arquitetura é uma experiência muito 
antiga. Observando-se a história dos assentamentos urbanos, nota-se que 
cidades, consensualmente fascinantes por qualidades referentes a quaisquer 
de seus aspectos, possuem normas urbanísticas cujo ponto de partida foi uma 
visão efetivamente morfológica do espaço urbano.” 
 
“Mas a partir da Segunda Guerra Mundial o conceito de arquitetura urbana 
perdeu-se quase por completo em uma Europa reconstruída (...). Modelos de 
planejamento foram, então, aplicadas no Primeiro Mundo e exportadas para o 
Terceiro,definindo o espaço como instância passiva, resultante de forças 
principalmente econômicas e compostos de duas dimensões cujo sentido é 
responder competentemente ao funcionamento de certas atividades.” 
 
“Nesse sentido, a teoria arquitetônica proposta pela Bauhaus e expandida pelo 
Modernismo, estabelecendo que as construções contemporâneas não se 
deveriam orientar pelo passado, fez com que a cidade da segunda metade 
deste século se desenvolvesse por rupturas históricas, como se nela não 
houvesse laços temporais.” 
 
“Observar a cidade como arquitetura requer, portanto, que se veja como uma 
modalidade do espaço transformado por ações humanas, especificado por 
suas características de extensão física, mas também de contexto histórico e 
traços analítico.” 
 
 
“Considerando os fenômenos arquitetônicos como resultado de uma processo 
construtivo que, por seus predicados de intencionalidade, objetiva atender a 
uma série de expectativas sociais, pode-se analisa-los tanto a partir de suas 
características de produção quanto de utilização.” 
 
“As questões analíticas de apreensão do espaço da cidade localizam-se em 
sua utilização, voltadas a aspirações sociais quanto a possibilidades de 
sermos informados, pelos lugares que frequentamos. Os lugares possuem, 
como qualquer fenômemo real, capacidade de transmitir mensagens que serão 
interpretadas como revelação de certos sinais codificados.” 
 
“Assim, os lugares podem oferecer informações relativas a uma série de 
aspectos de sua arquitetura, correspondentes a aspirações situadas 
diferentemente em cada um desses aspectos.” 
 
 
 
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OS DESEMPENHOS DE APREENSÃO DA FORMA DOS ESPAÇOS 
“A apreensão dos lugares dá-se, necessariamente, a partir de sua forma física, 
conforme diversas abordagens arquitetônicas e geográficas da cidade, e 
também nos estudos centrados nos mecanismos cognitivos.” 
 
 
“A ideia de totalidade implica composição, segundo a qual qualquer forma 
física é resultante da articulação de elementos segundo certas normas. Mas a 
referida noção revela, também, a existência de um indispensável 
relacionamento entre o todo e partes- ou entre totalidades e subtotalidades. 
(...) Por isso, sua configuração deve ser observada com totalidade formada por 
partes que se articulam de maneira biunívoca.” 
 
“As noções de composição e totalidade foram definidas pela Teoria da Gestalt, 
cuja tradução mais próxima seja “teoria da configuração”. A escola gestaltista 
distingue um “objeto com forma” de um “disforme” pelo confronto entre 
composição e aglomerado: ambos possuem elementos relacionados, mas 
somente no primeiro se pode entender o sentido.” 
“(...) observam o desempenho morfológico dos lugares para tipos diferentes de 
aspirações. Dentre essas, destacamos três que apresentam laços muito 
estreitos.” 
 
“1ª) A Vertente: avalia a forma dos lugares por sua resposta a expectativas 
estéticas dos grupos sociais- A vertente estética é a mais antiga e defende que 
a arquitetura é uma realização humana, dotada de beleza. Para Vitruvio, a 
venustas(beleza) articulada à firmitas (estabilidade das construções) e à 
comoditas (funcionalidade das construções).Portanto, os lugares teriam 
desempenhos correspondentes a aspirações reunidas nessas três naturezas, 
e a estética é considerada componente fundamental da arquitetura e onde se 
condensam aspectos de composição plástica.” 
“A estética da forma comparece vivamente na obra de diversos teóricos até o 
século XVIII; a partir de então, abordagens tecnológicas, econômicas e 
sociológicas tendem a superá-la, ainda que os valores relativos ao belo 
continuem presentes no fazer projetual.” 
“Existem, [neste período] aspirações por beleza no espaço arquitetônico sem 
que, porém, as regras sejam universais, e sim, relacionadas sempre a grupos 
sociais concretos.” 
 
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“2ª) A Vertente: avalia a forma dos lugares por sua resposta a expectativas 
psicossociais - A vertente psicossocial observa como a forma dos lugares 
adquire sentido afetivo para seus usuários. Os estudos sistematizados sobre 
essas possíveis relações surgem, principalmente na Inglaterra e Estados 
Unidos a partir do final da Segunda Guerra Mundial.” 
“A definição do objeto dos aspectos psicossociais da arquitetura, em termos 
de relação afetivas, é relativamente recente. A afetividade tem sido defina no 
sentido de identificação emocional das pessoas com os lugares, como por 
exemplo sentimento de lar, ou de sentir-se forasteiro.” 
“A pesquisa psicossocial realiza, talvez, sua contribuição epistemológica mais 
importante ao entender o espaço como meio ambiente psíquico e percebido, 
considerando a realidade a partir de sua decodificação pelos indivíduos.” 
“3ª – A Vertente que avalia a forma dos lugares por sua resposta a expectativas 
de informação - A possibilidade de informação, contida na configuração dos 
lugares, divulgou-se principalmente através da abordagem do espaço como 
estrutura de signos. (...) os conceitos de territorialidade e bairro passam a 
adquirir sentido simbólico. Esse processo se identifica com a formação social 
da imagem do espaço, ou seja, a maneira como o espaço físico torna-se 
espaço social, e portanto, espaço simbólico.” 
“(...) as noções de conjunto e totalidade são indispensáveis ao entendimento 
da forma dos lugares, como conexões de diferente níveis de complexidade do 
real.’ 
“Em função de tais pressupostos, pode-se ter como hipótese que o conceito 
de conhecimento e a gênese de seu desenvolvimento ao longo do ciclo vital 
humano possuem algumas características de universalidade, que tomaremos 
como centro de nossas especulações quanto à apreensão da forma dos 
lugares.” 
 
O PROCESSO COGNITIVO 
“Como qualquer outro fenômeno da realidade, o espaço urbano é passível de 
conhecimento. “ 
“O conhecimento tem sido associado, predominantemente, a ações que 
significam posse de realidade; (...) Portanto, conhecer significa certa maneira 
de nos apropriarmos da realidade por meio do pensamento (...).” 
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“Pode-se, então, conceituar o conhecimento pela maneira como ele ocorre: um 
processo que se incia pelo contato sensível do sujeito com a realidade, 
encaminha-se para atividades abstrato-teóricas e evolui para a representação 
dos fenômenos, em pensamento, como uma totalidade claramente ordenada.” 
 
“Pode-se descrever as etapas fundamentais dos processos de aprendizado em 
três momentos: 
1) A análise 
 (...) esta etapa contém os dois grandes níveis recém-referidos e seus 
respectivos movimentos: a captura de informações e a sua submissão a 
teorias." 
 
 
“O objetivo da análise é revelar regras de constituição e comportamento da 
realidade como uma hipótese simplificadora (...)”. 
 
“O processo analítico consiste em partir categoria simples ( ainda que sempre 
selecionadas) e desenvolver-se na direção de outras, cada vez mais 
complexas.” 
 
“No decorrer do movimento analítico, o nível teórico –abstrato é seu motor, 
pois realiza a compreensão intelectual da realidade(...) “ 
 
“(...) responsabiliza-se pelas características do nível sensorial- empírico, com 
o qual se relaciona permanentemente sem, no entanto, negar o papel 
determinante que cabe à inteligência nos mecanismos cognitivos” 
 
2) A síntese 
 
“(...) a síntese vai trabalhar sobre o produto da análise, isto é, sobre os 
conceitos. Eles têm condições de explicar a realidade e representam uma 
seleção(...). Portanto, o conceito situa-se em níveis abstratos dotados de 
possibilidadesexplicativas.” 
“O objetivo da síntese é construir uma realidade com suas manifestações 
explicadas por conceitos, no que Marx chamou de concreto, e seu movimento 
constitui-se nesta passagem do abstrato ao concreto, realizado pelo 
pensamento.” 
 
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3) A verificação 
“(...) nessa etapa já se parte de um processo em andamento, tanto 
porque seu sujeito sempre possui pressupostos teóricos, reunidos em 
aprendizados progressos, ainda que de base empírica, quanto pelo fato de que 
as informações, mesmo quando selecionadas a partir do senso comum, 
sempre vêm carregadas de significações.” 
 
“Pode-se afirmar que os condicionantes básicos de qualquer processo 
de aprendizado são as características das etapas do desenvolvimento 
cognitivo.” 
 
 
A APREENSÃO DO ESPAÇO URBANO 
 
“O espaço urbano é apreensível a partir de suas manifestações externas.’ 
 
 
 
“As características sensíveis dos lugares são manifestações externas do 
fenômeno urbano, ocasionadas por certas determinações geralmente não 
explícitas. Para identifica-las, é preciso definir o espaço urbano como um 
fenômeno social específico que se vincula, de maneira dialética e equânime, 
às demais esferas analíticas da sociedade.” 
 
 
 
“(...) chamamos apreensão à etapa inicial do processo cognitivo, que se 
compromete com informações preponderadamente sensíveis. (...) A 
apreensão ocorre no senso comum, na ideologia e no conhecimento científico, 
e seu mecanismo constitui-se portanto, em possível momento de encontro 
entre sujeitos e produtos de diferentes modos de conhecimento.” 
 
 
“(...) devemos entender as características dos diversos níveis cognitivos, 
especialmente daqueles contidos na apreensão do espaço, pois são seus 
atributos que definem as respectivas categorias morfológicas.” 
 
 
As sensações 
 
“As sensações são responsáveis por nosso primeiro contato com os lugares e 
constituem-se na ligação mais próxima da consciência com a realidade 
objetiva.” 
 
 
 
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“(...) Assim, a sensação resulta de relações do organismo com o meio, e as 
propriedades deste último só podem receber atributos objetivos por meio de 
vínculos com outras propriedades objetivas, e não diretamente com o 
indíviduo. Logo, para que se forme o reflexo subjetivo de tal propriedade como 
questão objetiva é necessário que ambas as relações se mostrem em unidade. 
“ 
 
 
A percepção 
 
“A teoria do reflexo sensorial considera o processo de percepção como 
prosseguimento da atividade de aprendizado, iniciada com a produção de 
sensações, mas Piaget, Oliveira e Turner afirmam que é apenas na percepção 
que se iniciam os processos cognitivos, porque a partir de então ocorre a 
reprodução intelectual da realidade.” 
 
“A percepção resulta, portanto, da sensação, porém não como simples cadeia 
de seus produtos isolados, mas como uma nova qualidade do reflexo 
sensorial.” 
 
 
A FORMAÇÃO DA IMAGEM MENTAL 
 
 
“A imaginação é entendida como uma atividade composta pela coordenação 
de imagens mentais, e que aparece quando o indivíduo adquiriu certo 
desenvolvimento cognitivo que lhe permite simbolizar.” 
 
 
A contribuição da imagem para o conhecimento dá-se por seu caráter 
expressivo, pelo qual ela desempenha um papel de significante ou de símbolo 
em relação ao ato.” 
 
 
 
A intuição 
 
“A intuição apela aos sentidos, à percepção e à imaginação, mas não se reduz 
a esta recorrência. (...) Por isso, a intuição do espaço permite que haja o 
desenvolvimento cognitivo necessário à organização de seus elementos, a 
partir do primeiro contato. “ 
 
 
 
 
 
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A formação de noção de espaço 
 
“A ideia de lugar origina-se de espações orgânicos próprios do indivíduo(...) o 
espaço concebido nesse estágio se caracteriza por ser eminentemente de 
ação e de vivência, e define-se primeiro por relações topológicas, isto é a 
localização do corpo no espaço. Isto significa estabelecer uma série de 
vínculos, de proximidade e afastamento, entre nosso corpo e os limites físicos 
e perceptíveis dos lugares onde estamos. O espaço topológico não se realiza 
pela noção de deslocamento do corpo, mas de desenvolvimento aparente dos 
elementos configuradores dos lugares, ou seja, de efeitos de percepção: 
paredes, tetos, pisos ou objetos isolados que se avizinham ou se distanciam 
do observador.” 
 
 
“As atividades da apreensão caracterizam-se por constituírem em um 
movimento de objetificação, no sentido de aproximação da realidade. (...) Por 
isso se considera essa etapa como fornecedora permanente de elementos a 
serem submetidos a teorizações: a percepção, como primeiro nível de 
apreensão do real; a formação da imagem, como o segundo; e o 
relacionamento da percepção e da imagem com informações mais elaboradas 
(secundárias) como um terceiro nível. Todos esses níveis apresentam um 
movimento entre estruturas figurativas e operativas e entre atividades 
sensorial-empíricas e teórico-abstratas. “ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. QUESTÕES PARA DISCUSSÃO 
 
 
Como técnico, o urbanista propõe soluções para cidade através da metodologia científica – 
estudo preliminar e de impacto de vizinha -, no entanto é bem comum que após concluído o 
projeto, aja divergências de seu uso (ou não uso). Como essa perspectiva de apreensão 
subjetiva da cidade pode ajudar o profissional a elaborar novos projetos ?

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