Buscar

Patologia das Construções - Edificio Liberdade NO LIBRE OFFICE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
TOCANTINS CAMPUS PALMAS
CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
Luana Monteiro
Nayara Cunha
Nislan de Souza
ANÁLISE DE PATOLOGIAS
PALMAS -TO
2014
INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
TOCANTINS CAMPUS PALMAS
COORDENAÇÃO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
LUANA DE KASSIA G. MONTEIRO
NAYARA CUNHA FERREIRA
NISLAN DE SOUZA CERQUEIRA
ANÁLISE DE PATOLOGIAS
Trabalho de apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina curricular de Patologia e Reparo das Construções do Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus Palmas.
Professor: Dr. Moacyr Salles Neto
Palmas - TO
2014
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO	1
2.LOCAL /DATA	2
2.1.LOCAL	2
2.2.DATA	2
3.ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS	2
3.1.Modificação do projeto	3
3.2.Rachaduras e estalos	5
3.3.Deformação da estrutura	6
4.ANÁLISES DE HIPÓTESES PARA O DESABAMENTO	6
4.1.Considerações preliminares	6
4.2.Recalque nas fundações do prédio	6
4.3.Ruptura de pilar	7
5.LOCAL/DATA	9
5.1.Local	9
5.2.Data	9
6.ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS	9
6.1.Laudo Engenheiro Civil	10
6.2.Laudo CREA do Estado do Tocantins	11
6.3.Laudo da Defesa Civil do Município	11
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
8.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	13
	INTRODUÇÃO
	Desde muito tempo em maior ou em menor grau os edifícios construídos vêm apresentando um desempenho insatisfatório. Antigamente a preocupação era se os mesmos poderiam apresentar falta de segurança estrutural, porém atualmente com a aplicação dos conceitos de engenharia civil, as construções começaram a ser analisadas como um todo e consequentemente tornou-se mais susceptível a análise das patologias nas edificações.
	Corrosão de armaduras, infiltração, fissuras entre outras “doenças” do concreto fazem com que este material perca resistência, perante isso é de suma importância diagnosticar esses problemas o mais cedo possível, para que eles possam ser corrigidos com menores gastos e chances de comprometer o desempenho estrutural e a segurança do imóvel.
	A identificação das patologias é relevante por permitir a tomada de decisões corretas, desde a adoção de soluções preventivas, até a criação de um plano de manutenção periódica. A seguir consta uma análise de patologias de uma residência da cidade de Palmas, feita por estudantes do curso superior de Construção de Edifícios, destaca-se que o diagnóstico foi feito segundo as orientações dadas em sala de aula.
	LOCAL /DATA
		LOCAL
	O imóvel localizava-se na Avenida Treze de Maio nº 44, Centro, Rio de Janeiro, II Região Administrativa. Área Central 2, Cinelândia.
		DATA
	Aterramento da área no século XVII, no local que foi construído o prédio, onde antes havia lagoas, rios e manguezais.
	Construção do prédio Liberdade – 1938 a 1940.
	Acréscimos dos quatro andares superiores do prédio – no período entre 1954 a 1957.
	Construção do metrô – década de 1970.
	Inclinação do prédio ocorrida no período da construção do metrô – 1976.
	Desabamento do prédio em 25/01/2012. 
	ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
	O Caso do Edifício Liberdade – Rio de Janeiro/ RJ em 25/01/2012 Segundo notícias vinculadas pela mídia na época do desabamento, o Edifício Liberdade foi construído a Avenida Treze de Maio, na cidade do Rio de Janeiro/RJ entre os anos de 1938 e 1940, numa época de franca expansão urbanística na cidade. Estava localizado no coração do centro histórico carioca, ficando próximo de construções importantes como o Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional.
	De acordo com Câmara (2012), o Edifício Liberdade foi construído em aterro onde antes era uma Lagoa, e o seu subsolo tinha um alagamento permanente, havendo a ampliação dos quatro andares no coroamento da edificação, realizada na década de 50. O leito da lagoa, mesmo após o aterro, continua sendo um terreno que pode sofrer deformações, principalmente ao longo do tempo. Esse problema se agrava caso o terreno seja submetido a vibrações. O subsolo do Edifício Liberdade permanecia constantemente alagado e por isso mantinha uma bomba de recalque para a drenagem da água. Peso constante adicionado a vibrações em um solo alagado, constituído de aterro de uma lagoa, é uma combinação perfeita para a incidência de recalques. A junção desses fatores foi à causa provável do recalque sofrido na década de 70. 
	Em 25 de Janeiro de 2012 por volta das 20h30min três prédios desabaram, levando abaixo os 20 andares do Edifício Liberdade, mais 10 e 4 andares dos edifícios vizinhos da Rua Manual de Carvalho. Gerando imensas perdas, principalmente de cunho emocional pela perda de mais de 20 vidas, em uma situação, que observada a tempo, poderia ter sido evitada (GLOBO.COM, 2012).
Figura 1- Esquema do edifício Liberdade.
		Modificação do projeto 
	O projeto inicial apresentava uma edificação com 15 pavimentos, além de lojas no pavimento térreo, sendo até o 8º andar pavimentos corridos e do 9º ao 15º subdivididos em 4 salas por pavimento. A licença foi concedida em 14 de julho de 1938, porém em 1939 o proprietário propôs mudanças no projeto, à edificação ganhou um subsolo e mais 3 pavimentos com salas. O fato desta alteração no projeto introduziu o pavimento de subsolo conjuntamente com o acréscimo de pavimentos. Isto demonstra que o projeto estrutural foi adaptado para esta configuração antes do início da construção. O último projeto foi aprovado com subsolo e 18 pavimentos e assim foi construído, tendo sido concedido o “habite-se” em 5 de setembro de 1940.
	Quando se realiza um cálculo estrutural de um prédio, são previstos esforços referentes ao peso próprio, cargas nos andares, esforços devido aos ventos, vibrações causadas por máquinas, terremotos, etc.
	Na ocasião da elaboração do projeto estrutural, não devem ter sidos previstos os acréscimos que foram realizados nos andares superiores, cerca de 15 anos após a conclusão do prédio. As vibrações causadas pela passagem do Metrô também não devem ter sido previstas.
	Na construção civil utiliza-se uma margem de segurança em todos os cálculos – no cálculo de pilares se utiliza um fator de 1.4, que faz com que o pilar seja calculado para suportar uma carga 40% maior. 
	Essa margem de segurança é necessária, pois há questões imponderáveis, como por exemplo, uma “bolha” de ar que pode ser criada involuntariamente na concretagem de um pilar ou viga, ou o concreto pode não estar dentro das especificações corretas, ou outro fator qualquer, como excesso de água no concreto, ou a ferragem sair do lugar durante a concretagem e não permanecer na posição projetada, etc.
Figura 2 – Imagem original e modificada do Edifício.
	O engenheiro responsável pelas ampliações dos quatro andares superiores do prédio na década de 1950 deve ter considerado essas margens de segurança para concluir que seria possível construir esses acréscimos. Independentemente de o prédio suportar essa carga adicional, com certeza essa carga causou esforços estruturais adicionais nos pilares da frente do prédio e nos pilares intermediários. Essas cargas foram significativas, pois foram vários andares de acréscimo, onde incidem esforços como o peso próprio da estrutura, cargas de ocupação nos andares e cargas referentes a ventos.
Figura 3 – Distribuição das cargas.
		Rachaduras e estalos 
	Segundo relato da Sra. Mariana da Silva, afilhada do zelador do prédio, havia rachaduras “enormes”, que, de acordo com ela, tinham aproximadamente um metro de comprimento. Ela contou também que havia um vão no interior da construção devido ao tamanho das rachaduras. Esse fato denota que a estrutura estava “trabalhando” e sofrendo deformações devido aos esforços ao qual estava submetida.
Outro fato que reforça a tese de que o prédio estava se deformando era que as portas das salas necessitavam de ajustes frequentes, prendendo no chão ou não fechando corretamente. Essas rachaduras podem ter facilitado à corrosão da ferragem e a infiltração de água em elementos estruturais do prédio, causando a oxidação em pilares, vigas e lajes.
	Alguns frequentadores do edifício, através de entrevistas e depoimentos, alegaram que se podiam ouvir estalos nas paredes e que, algumas vezes, algumas partes de reboco caiam do teto. Segundo relato de algumas pessoas que frequentavam o prédio um mês antes dos desabamentos esses ruídos se apresentavam. Esses estalos comumente ocorrem pouco antes do colapso de uma estrutura de concreto armado.
		Deformação da estrutura
	As deformações do prédio podem ter sido causadas por excesso de carga devido às ampliações dos andares superiores, pela inclinação que o prédio sofreu na década de 70 ou por corrosão da estrutura, que pode tê-la enfraquecido. Ou, o mais provável, pela união dessas condições. Quando uma estrutura de concreto armado se deforma, as cargas passam a ser distribuídas em elementos não estruturais, como paredes de alvenaria. Esse fato se comprova através do relato de que partes do reboco se soltavam no período anterior ao desastre. Durante esses 73 anos do prédio, houve intervenções com alterações de paredes de alvenaria na maior parte dos andares, pois as empresas adaptaram os layouts de suas salas conforme suas atividades comerciais.
	Na ocasião do desabamento estavam sendo executadas obras nos 3º, 9º e 19º andares. O entulho da obra do 19º andar era armazenado no 20º andar. Nos últimos seis meses, antes do desabamento, foram realizadas obras no térreo, no 5º e 8º andares também. Essas intervenções, apesar de serem comuns em prédios com estruturas “saudáveis” e que, normalmente teriam o aval de um engenheiro ou arquiteto, pode ter se somado às demais condições para o enfraquecimento da estrutura.
	ANÁLISES DE HIPÓTESES PARA O DESABAMENTO
		Considerações preliminares 
	Minutos antes do desabamento, houve desprendimento com queda de material (reboco ou concreto), proveniente de andares altos do prédio, segundo relato de pessoas que estavam na Av. 13 de maio quando o prédio ruiu.
		Recalque nas fundações do prédio
	As fundações do prédio sofreram um recalque diferencial na década de 70, o que causou a sua inclinação. Essa inclinação causou esforços nos pilares situados na direção da inclinação, ou seja, para o lado direito do prédio (olhando-se o prédio de frente).
	Suponhamos que antes do desabamento, as fundações tivessem sofrido mais um recalque significativo que causasse a queda do prédio. Se essa situação tivesse realmente ocorrido, o prédio tombaria lateralmente por cima dos outros dois prédios e por cima do Theatro Municipal, pois não haveria o rompimento de pilares e a sua estrutura não seria esmagada como ocorreu.
	Portanto, apesar do recalque das fundações na década de 70 ter sido um fator que contribuiu para o aumento dos esforços nos pilares da parte direita da estrutura (olhando-se o prédio de frente), não houve um recalque grande antes do desabamento, senão o prédio tombaria inteiro para a direita.
		Ruptura de pilar
	A hipótese de ruptura de pilar é a mais coerente, principalmente considerando a forma como o prédio ruiu e os sinais imediatamente anteriores à queda, ou seja, do desprendimento de materiais (reboco ou concreto) provenientes de andares altos do prédio. Um fator que contribui para a hipótese de que a ruptura ocorreu em um andar alto é o depoimento do operário Alexandro da Silva Fonseca, que executava a obra no 9º andar do prédio:
	“O prédio parecia estar desmanchando. Começou a cair de cima para baixo”.
	“Quando olhei pela janela, comecei a ver o reboco caindo. A primeira coisa que pensei foi entrar no elevador”.
	“Quando entrei, o elevador despencou. Só pensava na minha família e que morreria”.
	Segundo Alexandro, ele viu reboco caindo pela janela. Se foi possível ver esse reboco caindo pela janela, é bem provável que esse material fosse proveniente de andares superiores, ou seja, do 10º andar para cima. Se fosse reboco proveniente do próprio andar, Alessandro provavelmente não veria material caindo pela janela. Nesse caso, o mais provável seria ver o próprio andar se “achatando”, ou seja, a laje do teto caindo sobre a laje do piso do próprio andar.
Figura 4 - Hipóteses para o desabamento.
Figura 5 - Desmoronamento.
	LOCAL/DATA 
		Local 
	O prédio comercial de dois pavimentos encontrava-se localizado na quadra ACSV-NO 10, na 405 Norte, Lote 10, em Palmas- TO.
		Data 
	O prédio desabou parcialmente em Palmas, na manhã de uma terça-feira, 31/01/2012. Sua construção começou mais de um ano antes, do ocorrido. Tendo ficado paralisada por alguns meses. 
	ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Figura 6 – Sinistro edifício comercial.
	O prédio comercial de dois pavimentos possuía apenas Aprovação de Análise Prévia. Este documento, não permite a edificação da obra, mas sim o Alvará de Construção, documento que não foi emitido.
	Segundo a Gerência de Análise Prévia da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), o projeto do prédio atendia a todos os requisitos quanto às normas de construção, inclusive com Projeto Preventivo contra Incêndio e acessibilidade às pessoas com deficiência física.
	De acordo com um dos trabalhadores da obra, Rodrigo da Conceição Silva, cinco minutos antes do desabamento, ele e outro operário trabalhavam no local exato do acidente. “Estávamos trabalhando quando ouvimos o estalo”, contou.
	Equipes CREA e da Defesa Civil municipal foram ao local avaliar a dimensão do acidente e se a estrutura que não ruiu está comprometida. Um prédio vizinho ao que desmoronou apresentou fissuras na parede, após o desabamento. Entretanto, segundo o chefe da divisão municipal da Defesa Civil, Marcelo Pereira Lima, foi remota a possibilidade da fissura comprometer a estrutura do edifício vizinho.
		Laudo Engenheiro Civil 
	Romeu Gontijo, qual o número do registro é 202820, afirmou que o material usado na obra “não é de boa qualidade”. “Pelo que vi lá o cimento utilizado não tem qualidade nenhuma, criticou o engenheiro.
	Embora tenha assinado o projeto da obra que desabou, Romeu Gontijo garantiu que não acompanhou a execução da obra. De acordo com o engenheiro, ele foi pego de surpresa com o desabamento da obra. “Eu fui procurado pelo proprietário da obra para elaborar e executar o projeto. Eu não sabia que a obra tinha sido iniciada. Por hipótese alguma irei assumir a responsabilidade pela execução”, enfatizou o engenheiro.
	Apesar de não acompanhar a execução, Romeu disse que o projeto assinado por ele não foi seguido à risca. “Tanto a estrutura quanto o material não têm nada a ver com o que foi indicado no meu projeto. Se tivessem seguido o que estava no projeto, tenho certeza que não teria acontecido nada disso”.
	O engenheiro responsável do projeto, Romeu Gontijo fez questão de reafirmar que o projeto assinado por ele, foi aprovado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e que qualquer obra poderia ser executado a partir dele.
		Laudo CREA do Estado do Tocantins
	Segundo o CREA, não existia no local nenhuma placa indicando a responsabilidade pela obra. “O Romeu Gontijo possui ART [Anotação de Responsabilidade Técnica], assinou somente o projeto residencial. A obra foi iniciada sem que ele tivesse conhecimento e neste caso, o Romeu só é responsável pelo projeto e não pela execução”, esclareceu o coordenador de fiscalização do Crea, Osmar Pinheiro.
	De acordo com Osmar, a obra não apresentava nenhuma falha em sua estrutura física, no entanto, foi interditada pela Defesa Civil do Município. “Em primeira análise, a obra apresentava sinais evidentes de
mau uso dos materiais. Lá não caiu uma pedra do concreto, por exemplo. O concreto quando chegou ao chão, já caiu todo esfarelado”, explicou o coordenador do CREA.
		Laudo da Defesa Civil do Município 
	O laudo da perícia técnica da Defesa Civil do Município afirma que houve negligência no cumprimento do projeto do prédio que desabou parcialmente em Palmas. O chefe da divisão municipal da Defesa Civil, Marcelo Pereira de Lima, afirmou, que ficou constatado que o proprietário do prédio não seguiu as sugestões e nem utilizou o material indicado pelo engenheiro responsável do projeto, Romeu Gontijo.
	“Primeiro ele colocou uma carga excessiva sobre a laje ocasionando o esmagamento de uma das vigas. Além disso, o contrapiso que foi puxado não estava previsto no projeto, então a viga que apoiava não resistiu a pressão e foi ao chão”, esclareceu Marcelo. Além do sobrepeso, Marcelo afirmou também que o laudo aponta que foi usado ferro nas vigas com espessura e diâmetro diferente das especificações do projeto. ”No projeto a espessura do ferro que deveria ser empregado na viga seria de 70 centímetros e não 45 centímetros como ficou provado”, afirmou.
	Também foi apontado pelo laudo, ainda conforme chefe da divisão municipal da Defesa Civil, que o concreto foi processado fora das normas que regem a construção civil. “Foi detectado que no concreto não tinha a quantidade indicada de cimento. Em suma, houve uma negligência no cumprimento do projeto no que tange à execução”, explicou.
	A partir da conclusão das investigações, o andamento da obra ficou sobe a responsabilidade da Diretoria de Fiscalização Urbana do Município, onde foram recomendadas a recuperação de algumas vigas que ainda podiam ser aproveitadas. 
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Portanto, sinistro refere-se a acidentes ou prejuízos materiais e financeiros, no qual se deve fazer uma análise das extensões de falhas que aconteceram na estrutura do edifício. Certos sinistros que acontecem, podem não ser culpa do profissional que fiscaliza ou executa a obra, mas sim, devido às reformas que são feitas de forma aleatória sem planejamento ou sem autorização de um profissional, onde podem ser retiradas estruturas que são essenciais para sustentação de um imóvel.
	No primeiro caso em análise, o estudo e da situação leva a conclusões difundidas nas informações, determinando qual a causa principal e qual o mecanismo de ruína que levou ao acidente ocorrido.
	Hoje em dia, não há mais dúvida dos motivos que levaram a falência estrutural da edificação – a supressão de pilares na altura do 9º andar foi a causa determinante do acidente ocorrido.
	É importante que fique esclarecido que o edifício, em condições normais de manutenção, como vinha acontecendo ao longo de toda a sua vida (segundo diversos depoimentos a edificação era alvo de manutenções constantes que o mantinham em boas condições), permaneceria em uso por décadas e décadas, sem se poder determinar quando o mesmo poderia vir a sofrer uma ruína, provavelmente nunca. Na verdade a expectativa de “fim de vida” de um edifício como o Liberdade está mais ligado à obsolescência do que a ruína eventual.
	É nossa firme opinião que, por todos os depoimentos, indícios e documentos analisados, a causa da ruína estrutural do edifício Liberdade se deve à má gestão da reforma em curso à época no 9º pavimento, que provocou um dano estrutural localizado, irreversível, que levou à falência de toda a estrutura do prédio, atingindo os dois prédios vizinhos que também ruíram, como também evidencia o laudo.
	No segundo caso local, a falta de controle técnico do Engenheiro Civil responsável pelo projeto levou ao desabamento parcial da obra, pois o proprietário fez más escolhas quanto aos materiais da construção civil empregados ou má utilização desses, por não ser perito da área e por decidir em não construir em conjunto com o profissional habilitado para tal fim. Além de não ter seguido o projeto estrutural da obra, e ter feito conforme as suas vontades.
	Ou seja, a realização de obras sem controle técnico de um profissional habilitado, da área de execução e estruturação de edifícios ou sem estudos específicos da área, acarreta a má formação dessas construções e possível desabamento.
	REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGENERSA - Desabamento de três prédios na Avenida 13 de maio, ocorrido no dia 25 de Janeiro de 2012. no dia 25 de Janeiro de 2012. 2012. Disponível: http://www.agenersa.rj.gov.br/agenersa_site/documentos/relatorios/E120200872012.pdf. Acesso em: Abril de 14.
CÂMARA, Luís Augusto - Parecer Técnico de Engenharia - Avaliação das causas do desabamento do Ed. Liberdade - CREA-RJ 85-1-00822-5. 2012. Disponível: https://benhuser.files.wordpress.com/2010/07/desabamento-do-ed-liberdade.pdf. Acesso em: Abril de 14.
GLOBO.COM – Reportagem: Quase dois anos após tragédia, TJRJ faz 1ª audiência de queda de prédios. 2013. Disponível: http://g1.globo.com/rio-de janeiro/noticia/2013/10/quase-dois-anos-apos-tragedia-tjrj-faz-1-audiencia-de queda-de-predios.html. Acesso em: Abril de 14.
Moreira de Souza, Vicente C. & Ripper, Thomaz – Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto – Pini - 1998.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando