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AULA 01 SOBRE CONCRETO

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL – II
CONCRETO
PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Método de Ensaio para a análise da composição do Concreto – Método de W.M. Dunagan ( existe há mais de 40 anos).
Fatores que determinam as Propriedades do Concreto Fresco:
Trabalhabilidade
Resistência à Compressão do Concreto.
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
TRABALHABILIDADE: É a facilidade de movimento do concreto fresco, conservando ao mesmo tempo a mistura coesa, sem segregação.
 - A trabalhabilidade dos concretos depende dos seguintes fatores:
Consistência
Granulometria e forma dos grãos dos agregados
Aditivos
Tempo e temperatura
Processos de mistura, transporte, lançamento e adensamento do concreto
Dimensões da peça a ser concretada
Densidade da armadura da peça
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Consistência:
 O teor água/mistura seca é o principal fator que infui na consistência dos concretos. De acordo com a consistência, os concretos são classificados em: Muito plásticos ou Fluidos; Plásticos; Pouco Plásticos e Secos.
 - Medida da Consistência do Concreto: São utilizados alguns métodos para medir a consistência do concreto, sendo que, em todos os processos, o princípio é o mesmo, ou seja, a facilidade de escorregamento da mistura fresca. 
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
- Dentre os processos mais conhecidos, citamos: O Cone de Abrams; O Aparelho de Glanville; Mesa de Espalhamento Americana ou Alemã; Aparelho de VeBe; Plasticímetro de Faury.
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Abatimento do Cone de Abrams: Este ensaio detecta excessos de água no concreto. É o mais utilizado hoje na construção civil, pela sua facilidade de execução.
Mesa de Espalhamento Americana: É aplicável para concretos plásticos e fluidos.
Aparelho de Glanville: É sensível à quantidade de água de um dado concreto, mas não permite uma distinção perfeita entre concretos.
Aparelho de VeBe: Aplicável a concretos secos. Serve perfeitamente para detectar quantidades de água e dosagens de areia insuficientes.
Plasticímetro de Faury: Serve para medir a aptidão para moldagem do concreto sujeito a efeitos de parede importantes.
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Granulometria e Forma dos Grãos dos Agregados:
 
- Esta também influi na Trabalhabilidade dos concretos, pois se fixar-se o teor água/mistura seca e variar a granulometria, ou seja, a relação agregado fino/agregado grosso, variará também a consistência do concreto.
 - Quanto à forma dos grãos, sabe-se que grãos arredondados facilitam a trabalhabilidade, por exemplo: um concreto com agregado de grãos arredondados é mais trabalhável que um outro de mesmo teor água/mistura seca mas, cujo agregado possui grãos lamelares ou aciculares 
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Aditivos: O emprego de certos aditivos aos concretos 
 melhoram sua trabalhabilidade. Tais aditivos são classificados como dispersores, densificadores, retardadores, aceleradores e incorporadores.
Tempo e Temperatura:O tempo decorrido após a
 mistura influi na trabalhabilidade dos concretos, pois haverá um enrijecimento da mesma. Esse enrijecimento não deve ser confundido com o início de pega do cimento, é apenas o resultado da absorção da água pelos grãos dos agregados e da evaporação da outra parte, sobretudo se o concreto estiver em contato com o sol e ao vento.
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Processo de Mistura, Transporte, Lançamento e Adensamento do Concreto:
 - O Processo de mistura, transporte, lançamento e adensamento influi na trabalhabilidade do concreto, portanto deve-se estudar a importância de cada um ou do conjunto de todos eles na qualidade do concreto.
Dimensões da Peça e Densidade da Armadura: Esses
 dois fatores influenciam indiretamente a trabalhabilidade do concreto, pois o diâmetro máximo da mistura é determinado em função desses dois parâmetros.
 
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
2 – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO:
 - A medida da resistência à compressão do concreto é
 feita em corpos-de-prova cilíndrico de 15 x 30 cm e 10 x 20 cm (mais utilizado). 
 - A amostra de concreto destinada a moldagem de
 corpos-de-prova deve ser retirada imediatamente após o amassamento do concreto, devendo ser representativa. O critério da coleta de amostras de concreto está na MB-2. Ainda existem as formas prismáticas, usadas para moldagem de vigas de concreto, para ensaio à flexão. Alem desses métodos, também são utilizados os “Ensaios Não-Destrutivos”, os quais são usados para melhorar as condições de exatidão nas medidas efetuadas e reduzir a dispersão dos resultados. 
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
 - Uma das grandes vantagens dos métodos não destrutivos é a possibilidade de se poderem localizar regiões defeituosas nas peças de concreto. Os principais métodos de ensaios não-destrutivos são: 
Método da Auscultação Dinâmica (Ressonância): 
 Consiste na aplicação de uma auscultação dinâmica para medir o módulo de elasticidade do concreto e calcular, em seguida, sua resistência provável. Esses resultados são obtidos com erros inferiores a 5%, com dispersão insignificante. 
 
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
b) Esclerometria: O Esclerômetro é um aparelho simples, constituído essencialmente de um pino que destrava a haste, um martelo e uma escala graduada. Utilizando o aparelho, calcula-se, através da escala, o valor provável da resistência à compressão do concreto.
 - O Esclerômetro é um aparelho barato e fornece condição para determinar rapidamente a resistência à compressão do concreto. Seus resultados não são precisos, servem para constatar a uniformidade do concreto da estrutura e verificar regiões defeituosas, de onde deverão ser retirados corpos-de-prova para o ensaio a compressão.
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
DEFINIÇÃO: É um material de construção, constituído por uma mistura homogênea de aglomerante, materiais inertes e água.
Classificação: Os concretos são classificados de acordo com as suas características: 
2.1 – Quanto ao Peso: - Concreto Leve
 - Concreto
 - Concreto Pesado
2.2 – Quanto à granulometria do agregado:
 - Micro concreto
 - Concreto
 - Concreto Ciclópico
 - Concretos Especiais
 
 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM: Dosar um concreto é compor os materiais sólidos em proporções convenientemente adequadas para dar ao concreto as propriedades exigidas. Essas propriedades são:
Concreto Fresco: - Trabalhabilidade
 - Resistência (coesão)
Concreto Endurecido: - Resistência
 - Durabilidade
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
TRAÇO: É a quantidade de agregados
 por unidade de cimento. O traço pode ser:
Em peso – os materiais da mistura são medidos em peso.
Em volume – os materiais da mistura são medidos em volume.
 - No traço pode vir especificada a relação cimento:agregado (1:ar:p:x).
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Qualquer que seja o processo de medida
 dos materiais, o cimento é sempre tomado como unidade.
À seguir, usaremos uma notação para os
 cálculos que advirão nas misturas dos traços:
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
a = peso de agregado fino/kg cimento
p = peso de agregado grosso/kg cimento
a’= volume agregado fino/L cimento
p’= volume agregado grosso/L cimento
C= consumo cimento/m³ concreto
Ca= consumo agregado fino/m³ concreto
Cp=consumo agregado grosso/m³ concreto
V= volume real
v= volume total
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
O traço para obras é sempre referido por saco de
cimento de 50,0 Kg.
Traço em peso: 1 : ar : p : x
Traço em volume: 1/δc : 1/δar : 1/δp , nesta relação; 
 δc – peso específico do cimento
 δar - peso específico do agregado fino
 δp – peso específico do agregado grosso
4.1- CONSUMO DOS MATERIAIS / M² DE CONCRETO:
 Vc + Var + Vp + A = 1000 dm³
 C/ δc + Car/ δar + Cp/ δp + Cx = 1000 ou seja:
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 1000
 c = = kg/m³
 0,32 + ar + p + x 
 δar
δp 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
DOSAGEM DO CONCRETO:
 
5.1- Determinação do traço – O traço do concreto é definido em
 função da resistência e trabalhabilidade.
5.2- Dosagem não experimental – Empiricamente obtém-se um traço com tabelas, ábacos ou arbitrando valores para as proporções dos agregados. A NB-1, item 8.3.2 permite o uso da dosagem não experimental somente em obras de pouca importância. Diz que o consumo mínimo de cimento por metro cúbico de concreto deve ser de 300 kg (hoje é fixado em 400 kg), a porcentagem de agregado fino deve estar entre 30 a 50% e a tensão mínima de ruptura à compressão deve ser de 90 kg/cm². Concluindo, a dosagem experimental tem pouca aplicação. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
5.3- Medida dos Materiais – O cimento é sempre medido em peso, os agregados são medidos em peso ou volume, dependendo do traço. A água é sempre medida em volume.
5.4- Água de Amassamento – A água de amassamento não deve conter substâncias que prejudiquem as reações do cimento. A quantidade de água no traço é função da trabalhabilidade do concreto.
 - Tendo-se a porcentagem de água em relação a mistura sólida, valores esses que podem ser tabelados, pode-se definir um traço em função do fator água/cimento. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 - A fórmula de Bolomey e a fórmula de Faury são as mais usadas para o cálculo da quantidade de água por unidade de volume de concreto. 
5.5- Fatores que influem na resistência mecânica do concreto- os principais são:
Forma e dimensão dos corpos-de-prova.
Idade do concreto
Fator água/cimento
Retração.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 - Com relação à dosagem do concreto, estudaremos primeiramente o fator água/cimento: É um dos fatores que influem de forma decisiva na resistência dos concretos. Abrams demonstrou que a resistência do aglomerante depende da resistência do ligante, que é a pasta de cimento. Então: δc= f (p) = f (x) sendo:
 δc = resistência do concreto
 p = peso do cimento no volume unitário de pasta 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 P P
1= + A + v 1= + A
 γc γc
 Despreza-se o volume de vazios
 A – volume de água
 v - volume de vazios.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 - Materiais: devem atender aos seguintes requisitos:
1 – Coeficiente volumétrico: 
1.1 – Areia = 0,15 para concretos de alta e baixa resistência e 0,12 para concretos pouco permeáveis.
1.2 - Pedra = 0,20 para concretos de alta e baixa resistência e 0,15 para concreto pouco permeáveis.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
2 – Características mecânicas:
 concreto p/pavimentos concreto estrutural 
 a) % De Finos ≤ 30% ≤ 40% 
 
 b) Abrasão ≤ 50% ≤ 50% 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
3 – Características Físicas:
3.1- Resistência às alternativas de temperatura, secagem e umidades.
3.2- Resistência ao congelamento e degelo.
3.3- Granulometria
3.4- Constantes físicas
3.5- Absorção
3.6- Porosidade
4 – Características Químicas: reação com os álcalis do cimento, se este contém mais de 0,6% de álcalis calculado em óxidos. Os aditivos pozolânicos impedem a reação álcali-inerte.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
5 – Impurezas:
5.1- Impurezas orgânicas – os materiais não devem conter substâncias que reajam com os sulfatos da água de amassamento dos concretos.
5.2- Materiais pulverulentos –a porcentagem de materiais pulverulentos é limitada pela EB-4.
6 – Dosagem Experimental: dosar experimentalmente um concreto é compor a mistura sólida de modo a se obter uma granulometria ótima para o fim a que se destina.
 - Cálculo do Traço: o traço é definido pela relação:
 100 x
 m = 
 A % 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 - Tendo-se o peso total do agregado por kg de cimento, o peso de cada um será:
a= ka(1+m) ; ka multiplicador de areia
p= kp(1+m) ; kp multiplicador de pedra 
 - Tudo, sendo f (granulometria).
7 – Trabalhabilidade: Para dosar um concreto, tem-se que atender a dois objetivos principais: Trabalhabilidade e Resistência Mecânica, sendo que cada uma dessas grandezas são inversas entre si. A quantidade de água de amassamento deverá ser a mínima possível para não prejudicar a resistência e a durabilidade do concreto. Um concreto é trabalhável quando apresenta as seguintes características: 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Consistência e diâmetro máximo adequados ao processo de adensamento da obra a que se destina.
Não segregar durante o transporte, lançamento e concretagem da obra.
- A trabalhabilidade do concreto é importante para que se possa conseguir o máximo de compacidade da mistura durante a concretagem. Não existe um método geral para se medir a trabalhabilidade; ela é apenas objeto de definição e medição satisfatórias desde que todas as características do concreto se mantenham constantes, exceto uma que é a dosagem da água. Isto quer dizer que os diferentes métodos de medição da trabalhabilidade não dão resultados concordantes entre si, quando se mudam simultaneamente as características do concreto.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Quando se estuda a trabalhabilidade do concreto, deve-se levar em consideração a “segregação” que é uma característica muito importante para que se possa conseguir uma compactação ótima da mistura. A segregação pode ocorrer nos seguintes casos:
Quando os grãos maiores do agregado se separam dos demais, fato provocado pela queda do concreto de uma certa altura ou quando é transportado em calhas.
Quando for aplicada uma vibração excessiva ao concreto.
Quando houver exsudação da água de amassamento do concreto. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DA MISTURA SECA: 
As porcentagens dos materiais na mistura são: 
 1 
% Cimento = x 100
 1 + m
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
 ar 
b) % Areia = x 100
 1 + m
 
 p
c) % Brita = x 100 
 1 + m
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
GRANULOMETRIA: A granulometria dos agregados deve ficar bem definida porque à partir dos seus dados é que se faz a composição da mistura. 
- Pesquisadores do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, de Portugal, aconselham que na fase inicial de execução da concretagem, devem ser realizados vários ensaios de granulometria dos agregados para se verificar a constância dos seus valores. Essa constância é constatada pela variação dos módulos de finura em torno do valor médio, sendo tolerada, para um mesmo agregado, uma variação de mais ou menos 0,2.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Exercício: Pede-se determinar um traço para concreto, com resistência à compressão aos 28 dias, igual a 200kgf/cm². 
Dados: γc = 3,15 kg/dm³
γar = 2,63 kg/dm³
 γp = 2,56 kg/dm³
 Dmax = 25 mm
 Obs.: A consistência é para vibração moderada.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Resolução:
 100 x 100 . 0,65
 m = - 1 m = - 1
 A% 9,0
 m = 6,22 ; Logo, o traço será: 1:6,22 (1:m)
 
 p = k.(1+m) = 0,55.(1+6,22) = 3,97
 ar = m – p = 6,22 – 3,97 = 2,25
 Então, o traço será: 1 : 2,25 : 3,97 : 0,65 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
PREPARO; TRANSPORTE; LANÇAMENTO; ADENSAMENTO E CURA DO CONCRETO: 
PREPARO (MISTURA): É a operação de fabricação do concreto, destinada a obter um conjunto homogêneo, resultante do agrupamento interno dos agregados, aglomerantes, adicionantes e água.
 - Tipos de Mistura: a) Manual
 b) Mecânica
MISTURA MANUAL: A NBR- 6118/80 estabelece que o amassamento manual do concreto, a empregar-se excepcionalmente em pequenos volumes ou em obras de pouca importância, deverá ser realizado sobre um estrado ou superfície plana impermeável e resistente. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Misturar-se-ão primeiramente, à seco, os agregados e o cimento, de maneira a obter-se cor uniforme; em seguida, adicionar-se-á aos poucos, a água necessária, prosseguindo-se a mistura até conseguir-se massa de aspecto uniforme. Não será permitido amassar-se, de cada vez, volume superior ao correspondente a 100 kg de cimento.
MISTURA MECÂNICA: Obtida em máquinas especiais, constituída de tambor ou cuba, fixa ou móvel em torno de um eixo que pode ser vertical, horizontal ou inclinado. Pode-se classificar as betoneiras de acordo com o processo de mistura, em:
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Betoneiras de queda livre ou de gravidade: produzem a mistura através de movimento onde as pás internas da cuba levam o material até a parte superior e de lá deixam cair, pela gravidade ou queda livre, o material levado, de maneira a se obter, aos poucos e mais ou menos lentamente, a homogeneização da mistura.
Betoneiras de mistura forçada, que produzem a mistura dos materiais componentes do concreto pelo movimento da cuba e/ou das pás, que se movimentam arrastando todo o material e forçando-o a um contato rápido e completo.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
ORDEM DE COLOCAÇÃO DOS MATERIAIS NA BETONEIRA:
 
Não existem regras gerais para a ordem de colocação dos materiais na betoneira, pois isso depende do tipo e das dimensões destes materiais. No entanto, existem algumas regras especificadas, que devem ser verificadas, testadas e adotadas, se aprovadas. Para as betoneiras pequenas, de carregamento manual, convém observar as seguintes regras:
 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Não colocar o cimento em primeiro lugar, pois, se a betoneira estiver seca, perder-se-á parte dele, e, se estiver úmida, ficará muito cimento revestindo-a internamente.
É boa a prática de colocação, em primeiro lugar, da água, e em seguida do agregado graúdo, pois a betoneira ficará limpa. Esses dois materiais retiram toda a argamassa que geralmente fica retida nas palhetas internas, da betonada anterior.
É boa a regra de colocar em seguida o cimento, pois, havendo água e pedra, haverá uma boa distribuição de água para cada partícula de cimento, havendo ainda uma boa moagem dos grãos de cimento pela ação de arraste do agregado graúdo na água contra o cimento.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Após, coloca-se o agregado miúdo, que faz um tamponamento nos materiais já colocados, não deixando sair o agregado graúdo em primeiro lugar, como é comum, se deixamos esse material para a última carga.
Nas betoneiras com carregadeira, a água deve entrar ao mesmo tempo que os outros componentes do concreto.
TRANSPORTE: O sistema de transporte de concreto, do local de sua fabricação ao local de sua aplicação, depende do tipo, da localização e do volume da obra e impõe, muitas vezes, a trabalhabilidade com que o concreto tem que ser utilizado. A condição imposta é a de manter a homogeneidade do concreto
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Devem-se tomar precauções para que não haja a segregação do concreto. Em geral essa segregação se dá porque o concreto é uma mistura de materiais heterogêneos em dimensões, pesos e densidades: logo após a sua fabricação, há forças internas e externas atuando para separar esses materiais. Essa separação deve ser impedida, e nunca corrigida após a sua ocorrência. O sistema de transportes deverá, sempre que possível, permitir o lançamento direto nas fôrmas, evitando-se depósitos intermediários e, se estes forem necessários, deverão ser tomadas precauções para se evitar a segregação do concreto. 
Existem várias maneiras de transporte e, entre estas, podemos classificá-las:
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
TRANSPORTE HORIZONTAL: Efetuados com carros-de-mão; carros de duas rodas; pequenos veículos motorizados; vagonetes sobre trilhos e caminhões agitadores ( caminhões betoneiras). Em todos esses equipamentos, deve-se evitar a vibração do material para que não ocorra a compactação deste e, consequentemente, dificultar a sua saída.
TRANSPORTE INCLINADO: Efetuado através de calhas.
TRANSPORTE VERTICAL: Efetuado através de guinchos; por guindastes equipados com caçambas e por Gruas, que é sempre utilizada em obras de grande vulto, a qual acarreta maior produtividade à obra.
BOMBAS: Muito utilizado em obras de edifícios, devido à flexibilidade à rapidez de execução. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Em geral, tem capacidade de bombeamento horizontal até 300 metros. O volume médio é de 30,0 m³/hora, havendo conjuntos com capacidade para proceder à concretagem a 60,0 m³/hora. Atualmente as bombas são montadas em veículos, o que as torna bastante práticas, e seu uso tende a generalizar-se nas obras de edifícios.
Caminhões Betoneira: são veículos providos de betoneira, geralmente de eixo horizontal ou ligeiramente inclinado, com capacidade de 5,0 a 7,0 m³ ( já existem com 10,0 m³). Funcionam como agitadores, o que evita o “início de pega” e a desagregação durante o transporte.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
LANÇAMENTO: O lançamento, ou a colocação do concreto nas fôrmas, ou local de aplicação, inclui três operações fundamentais: a preparação da superfície para o receber; a colocação do material transportado no local de aplicação e, finalmente, a maneira como deve ficar depositado, de modo a receber a compactação.
TEMPO DE LANÇAMENTO: O concreto deve ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre o fim deste e o de lançamento, intervalo superior a uma hora. Se for utilizada agitação mecânica, esse prazo será contado a partir do fim da agitação. Quando for necessário aumentar esse intervalo, deverá ser utilizado um retardador de pega.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Depois desse prazo, o concreto começa a perder a trabalhabilidade, quer pela exsudação da água para a superfície superior, quer pelo escorregamento, por entre o agregado, da água de amassamento.
ALTURA DE QUEDA: A altura de queda livre não poderá ultrapassar a 2,0 m. Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser lançado por janelas abertas na parte lateral, ou por meio de funis ou trombas. Quando a altura de queda for superior a 2,5 m, medidas especiais deverão ser tomadas, para se evitar a segregação. Entre estas, destacam-se: 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Abertura de janelas nas fôrmas
Colocação de trombas de chapa ou de lona no interior da fôrma.
Emprego de concreto mais plástico e rico em cimento no início da concretagem, até se obter, no fim, concreto menos plástico e menos rico, porém sempre da mesma resistência.
Colocação de 5 a 10 cm de espessura de argamassa de cimento, 
feita com o mesmo traço do concreto que vai ser utilizado,
porém sem o agregado graúdo. Assim, o agregado graúdo, que vai chegar primeiro à superfície, encontrará uma argamassa que o absorverá, evitando a formação do conhecido “ninho de pedra”.
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
CONCRETO SUBMERSO: Quando o lançamento for submerso, o concreto deverá ter no mínimo 350 kg/m³ de cimento, ser de consistência plástica e ser levado dentro da água por uma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa no concreto já lançado, a fim de evitar que ele caia através da água e que provoque agitação prejudicial; o lançamento poderá ser feito também por processo especial, de eficiência comprovada. Após o lançamento, o concreto não dever~´a ser manuseado para se lhe dar forma definida.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
A concretagem sob a água é um problema comum, principalmente em função de obras marítimas ou fluviais. Entretanto, o concreto necessita ser muito bem dosado, e cuidados especiais devem ser tomados durante a colocação, para evitar-se uma segregação que, já a seco, é comprometedora à durabilidade e resistência do concreto, e, quando em concreto submerso, é calamitosa para a estrutura e a obra em si.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
PLANO DE CONCRETAGEM: Toda grande obra deve ser precedida de um estudo conjunto entre o engº calculista, o engº construtor e o engº tecnologista de concreto e aço. Desse estudo, resultará o Plano de Concretagem da obra, prazos e planos de retirada das fôrmas, colocação de ferragem adicional nos locais de paragem forçada na estrutura. São dois os condicionantes para se estabelecer o Plano de Concretagem de uma obra:
De ordem estética ou arquitetônica
De ordem estrutural ou de resistência. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
ADENSAMENTO: Para obtenção de concreto compacto com o mínimo de vazios, após a colocação do concreto nas fôrmas, há necessidade de compactá-lo através de processos manuais ou mecânicos, que provocam a saída do ar, facilitam o arranjo interno dos agregados, melhoram o contato do concreto com as fôrmas e as ferragens. A tabela seguinte mostra a influência de porcentagem de vazios e a resistência teórica: 
 
 VAZIOS O% 5% 10% 20% 
 RESISTÊNCIA 100% 90% 70% 50% 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Entre os processos, podemos citar:
MANUAL OU APILOAMENTO;
MECÂNICO (APILOAMENTO COM SOQUETE PNEUMÁTICO);
VIBRAÇÃO.
ADENSAMENTO MANUAL: É executado em concreto plástico,
 com abatimento medido entre 5 e 12 cm.
A espessura máxima a ser compactada é de 20 cm e essa compactação só deve cessar quando aparece na superfície do concreto uma camada lisa de cimento e elementos finos do concreto. É um processo usado apenas em obras de menor responsabilidade ou onde há falta, temporária ou parcial, de energia. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
ADENSAMENTO MECÂNICO: O adensamento mecânico, por sua maior eficiência, é o preferível.
O apiloamento mecânico é feito com soquetes apropriados, em geral movidos a ar comprimido, utilizados principalmente nas fôrmas, aplicando-se 100 a 150 golpes por minutos, ou sobre o próprio concreto, com o “sapo mecânico”.
VIBRAÇÃO: Tal processo consiste em aplicar uma energia mecânica no interior do concreto, energia esta que se opõe às forças de atração e suprime o atrito interno correspondente, fazendo com que haja o desaparecimento de vazios, pela atuação do peso próprio das partes componentes do concreto.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
A vibração faz com que as partículas do concreto fiquem sujeitas à movimentação oscilatória como as partículas de um líquido ou de um gás. Há, portanto, duas forças na massa de concreto: primeira, da vibração, que depende do equipamento utilizado, freqüência e amplitude; segunda, da viscosidade, que depende dos componentes do concreto, forma dos grãos, dosagem, relação água/cimento, aditivos. Quando há equilíbrio entre as forças, o concreto atinge o máximo de capacidade e a vibração deve ser paralisada. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
CURA: Dentre os vários cuidados a serem observados na obra, para a obtenção de um bom concreto, situam-se em plano relevante aqueles que denominamos de “cura do concreto”.
A “cura do concreto” é um conjunto de medidas que têm por objetivo evitar a evaporação da água utilizada na mistura do concreto e que deverá reagir com o cimento, hidratando-o. Em climas frios, a cura abrange também aquelas medidas de proteção contra o congelamento dessa água.
As várias qualidades desejáveis num bom concreto – resistência mecânica à ruptura e ao desgaste, impermeabilidade e resistência ao ataque de agentes agressivos – são extremamente favorecidas e até mesmo somente conseguidas através de uma boa cura.
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
- Principalmente quando o concreto foi lançado há pouco tempo, é ele muito sensível à ação do sol e do vento que, provocando a evaporação da água da mistura, impossibilita a plena hidratação do cimento, além de promover um forte aumento no fenômeno da retração, responsável pelo aparecimento de fissuras e trincas, o que torna o concreto menos resistente e mais suscetível ao ataque de agentes agressivos.
Está estabelecido o fato de que, quanto mais perfeita e mais demorada for a cura do concreto, tanto melhores serão suas características.
Quanto ao período de cura do concreto, é preciso levar em conta as exigências técnicas, que determinam que ele seja o mais longo possível, e as exigências econômicas que tendem a restringi-lo ao máximo. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
“Na prática, é necessários conciliar os requisitos da qualidade com os da economia. Por estas razões, o período mínimo de cura deve ser, em média, de 7 a 10 dias, quando se constrói com Cimento Portland; quando a temperatura se aproxima de zero graus centígrados, este período deve ser duplicado, e os dias em que a temperatura descer abaixo de zero, não se contam neste intervalo de tempo”. As exigências da Norma NBR 6118 (NB-1/78) são de proteção nos primeiros 7 dias, contados do lançamento.
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Resistência à Ruptura: vimos que com uma cura adequada, a resistência à ruptura dos concretos é substancialmente favorecida. Segundo Petrucci, as principais conclusões são:
A cura úmida melhora a resistência final.
O ensaio saturado dá valores mais baixos que o ensaio à seco.
É possível recuperar parte da resistência perdida pelo abandono da cura quando esta é reiniciada, e tanto mais facilmente quanto mais cedo for retomada.
Para 28 dias, idade geralmente tomada como referência, existe um acréscimo de cerca de 40% entre a cura ao ar e a cura normal.
 
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Métodos de Cura: 
Irrigação ou Aspersão de água: método mais simples de proteção do concreto fresco, com irrigação da superfície exposta ou a aspersão de água em intervalos freqüentes. 
Submersão: é considerado o método ideal de cura, porém, sua aplicação é restrita e nada prática. É empregado com sucesso em lajes, pisos e pavimentos em que há grande superfície exposta e quando não há necessidade de utilização da superfície nos primeiros dias.
Recobrimento: é a proteção do concreto para evitar a ação direta do sol e do vento. O recobrimento deve ser realizado, preferencialmente, mantendo a umidade; utilizando-se para esse fim, areia, terra, sacos, etc.
Conservação das fôrmas: Aplicável, evidentemente, nas peças nas quais as fôrmas protegem a maior parte da superfície, tais como pilares e vigas. Sendo as fôrmas de madeira ou equivalente, devem-se tomar as precauções
de molhá-las em intervalos freqüentes, para impedir a evaporação através da madeira.
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Nos moldes metálicos, embora não haja evaporação através deles, deve-se atentar para a vedação das suas juntas.
Impermeabilização por Pinturas: Existem inúmeras tintas, resinas e produtos asfálticos que se prestam a pinturas de concretos. Estas têm, em geral, caráter permanente, ou pelo menos não se restringem ao período inicial de cura propriamente dita. Os principais tipos de pinturas protetoras são:
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
Tintas, emulsões e mastiques de origem asfáltica ou proveniente de alcatrões;
Resinas epóxi, em inúmeras variedades e formas de apresentação;
Tintas à base de óleo ou esmalte;
Vernizes, etc. 
Membranas de Cura: As membranas de cura mantêm a impermeabilidade superficial do concreto por um certo período de tempo, em geral 3 a 4 semanas, evitando a rápida secagem do concreto, através de um filme impermeável que dura aproximadamente esse tempo. Esse processo é de interesse especial na proteção de lajes , pisos e pavimentos de pistas, tornando-se de importância vital quando os concretos são confeccionados com cimentos pozolânicos ou de escória, já que estes cimentos, com reação mais lenta, têm menos poder de retenção de água. 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
As membranas devem ser de cor clara, para não absolver a radiação solar, impedindo a elevação da temperatura do concreto. O melhor instante para a aplicação da membrana de cura é aquele em que desaparece a água livre da superfície, isto é, quando desaparece o brilho característico da água livre.
Em superfícies moldadas, o produto só deve ser aplicado logo após a retirada do molde.
Os tipos de membranas que, após 3 ou 4 semanas, se desintegram e são facilmente removíveis por escovagem, são particularmente interessantes, pois não criam dificuldades para ligação com rebôco ou argamassa a ser aplicada posteriormente.
 
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2. TECNOLOGIA DO CONCRETO
A eficácia desses produtos é avaliada através da medida da diferença entre as perdas d’água de espécimes (testemunho sem proteção e corpos-de-prova nos quais a proteção foi aplicada em todas as faces).
F I M

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