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Disciplina: CONTROLADORIA “5º Período” Professor: Fernando de Araújo Uberlândia / 1ºSemestre / 2012 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 2 PLANO DE ENSINO EMENTA A função da controladoria e o papel do controller na gestão empresarial. Planejamento estratégico na controladoria. Elaboração e análise de orçamentos. Controle interno. Sistemas de gestão empresarial e controladoria. Tópicos especiais de Controladoria. OBJETIVOS Conhecer, entender e dominar as ferramentas de controle organizacional, para a análise, implementação, acompanhamento e avaliação da gestão do negócio. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: O controle nas organizações Conceito de controle Ciclo básico Nível e classificação de controle Tipos de controle O papel da controladoria O papel do controller no histórico Estrutura organizacional Accountability Metadologia de Custeio Gecon Controle orçamentário no acompanhamento dos negócios Mensuração e avaliação. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 3 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 4 CAPITULO I 1 – Introdução – Controladoria A Controladoria é uma atividade e um campo do conhecimento híbrido, que recebe contribuições da Contabilidade, e da Administração, sendo responsável pelo suprimento de informações aos tomadores de decisão. Devido a esse fato, ela pode ser dividida didaticamente em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, mas na prática profissional isso não é muito comum pois ambas as partes costumam ficar sob a égide de um único gestor (controller ou controlador). Ainda do ponto de vista contábil, em função desse relacionamento estreito com a Administração, a Controladoria pode ser considerada como pertencente ao ramo especializado da Contabilidade administrativa. Ela utiliza primordialmente o controle e o processo de planejamento e orçamento como metodologias nos desempenhos de suas funções. O profissional pela área de Controladoria em uma empresa é chamado de Controller ou Controlador. Tal área é considerado um órgão de staff, ou seja de assessoria e consultoria, fora da pirâmide hierárquica da organização. Requer conhecimentos da contabilidade, administração, economias, estatistica, informatica, etc. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 5 Definiçoes basicas: Gestor: É o responsável por administrar, visando resultados positivos para a empresa. Indicador: É um instrumento de medição para a avaliação e gestão de um resultado. Parâmetro: É um fator que determina a dimensão de um indicador. Centro de custos: É uma unidade, departamento, pessoa ou processo cujos custos possam ser agregados. Contas contábeis: Elemento de registro contábil onde são feitos os lançamentos de todos débitos e créditos gerados na empresa. Pacote: É a união de contas contábeis homogêneas geridas por um gestor específico. A controladoria se apóia num sistema de informações e numa visão multidisciplinar, sendo responsável pela modelagem, construção e manutenção de sistemas de informações e modelos de gestão das organizações, a fim de suprir de forma adequada as necessidades de informação dos gestores conduzindo-os durante o processo de gestão a tomarem melhores decisões. Por isso é que se exige dos profissionais da controladoria uma formação sólida e abrangente a cerca do processo de gestão organizacional. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 6 A controladoria surge da necessidade de otimizar os resultados das decisões da empresa: Tem como premissa a ciência contábil; Separação entre a função contábil e a função financeira (tomada de decição – onde aplicar e onde buscar recursos). 1.1 – Missão da Controladoria Zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global. 1.2 – Como Órgão da Gestão Empresarial Tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial. 1.3 – Campo de ação da Controladoria Compreende as organizações, enquanto sistemas abertos e dinâmicos no ambiente. Por isso, a Controladoria encontra vasto material de pesquisa no campo da Teoria dos Sistemas. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 7 1.4 – Processo de gestão empresarial e a Controladoria A Controladoria, enquanto área responsável por suprir as necessidades de informações dos gestores de uma organização, necessita de uma metodologia de trabalho que lhe permita desenvolver esta atividade da forma mais dinâmica e econômica possível. A esta metodologia de trabalho é dado o nome de processo de controle. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 8 O processo de controle é um modelo de gestão voltado à abordagem sistêmica das organizações e diz respeito às atividades desenvolvidas pela Controladoria, necessárias à geração de informações para o processo de tomada de decisões. Tais informações são decorrentes do monitoramento e controle, prévio ou não, do desempenho dos diversos setores e sub-sistemas de uma organização. 1.5 – Atividades da Controladoria A primeira atividade a ser desenvolvida pela Controladoria refere-se à estipulação de parâmetros ou padrões de controle, que são definidos como as referências em relação às quais o desempenho da organização será comparado. Os parâmetros de controle dividem-se em: Quanto à forma: o Unitários; o Intervalares; Quanto à origem: o Internos; o Externos; Uma vez definidos os padrões de controle, a Controladoria necessita elaborar a projeção agregada dos resultados de todos os setores da organização. Para isso, ela deverá desenvolver um sistema de planejamento e controle orçamentário que possibilite a elaboração de projeções e simulações, considerando diferentes cenários, dos resultados operacionais, econômicos e financeiros da organização. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 9 Assim, os resultados projetados devem refletir a interação e os objetivos conflitantes existentes entre todos os sub-sistemas que compõem a organização. Projetadosos resultados, a Controladoria passará a elaborar a análise comparativa entre os resultados e os padrões de controle previamente estabelecidos. Esta comparação objetiva apurar a existência de diferenças, denominadas desvios, entre os resultados e os padrões de controle. Após apurada a existência de desvios, a Controladoria deverá elaborar a análise da relevância, que visa apurar se os desvios são relevantes em termos de comprometimento dos objetivos organizacionais. Para isso, a Controladoria faz uso dos padrões de controle do tipo intervalo, classificando os desvios em desvios de baixa relevância (situação amarela) e desvios de alta relevância (situação vermelha). Caso seja apurado um desvio de baixa ou alta relevância, a Controladoria deverá elaborar alternativas para uma possível solução do desvio ou problema, as quais serão repassadas aos gestores responsáveis pelos diversos setores organizacionais responsáveis pela ocorrência do desvio. A partir do momento em que as informações são repassadas aos gestores, a responsabilidade pela tomada de decisão ou escolha de qual alternativa utilizar será exclusiva deles. 1.6 – Princípios da Controladoria 1.6.1 – Princípio do controle futuro Este princípio prega que é preciso prever para corrigir antes, ou seja, é necessário que a função de controle trabalhe com informações projetadas, informações sobre o futuro. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 10 1.6.2 – Princípio da agregação dos sub-sistemas A Controladoria deve considerar todos os setores da organização, uma vez que estes se autorelacionam para formar o sistema maior que é a organização. Este princípio é primordial para a elaboração do orçamento organizacional. Sobre a Controladoria, é necessário salientar as seguintes considerações: A qualidade do processo de controle será diretamente proporcional à qualidade do processo de planejamento; Apesar da complexidade existente nos procedimentos necessários à realização das atividades da Controladoria, estes procedimentos são aplicáveis em organizações de qualquer porte; Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 11 A implantação de um processo de controle deve ser realizada de maneira a contemplar o monitoramento das principais variáveis de cada etapa do fluxo operacional da organização; A implantação de um processo de controle requer uma mudança cultural no processo de gestão organizacional. 1.7 – O que é Planejamento? Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente. Essas ações devem ser identificadas de moda a permitir que elas sejam executadas de forma adequada e considerando aspectos como o prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes. 1.7.1 – Planejar é Decidir Antecipadamente Decidir antecipadamente constitui-se em controlar o seu próprio futuro. Visão proativa no que se refere ao processo de gestão de certa organização. 1.7.2 – Princípios de planejamento Princípios Gerais de Planejamento: Principio da contribuição aos objetivos; Principio da precedência; Princípio da maior penetração e abrangência; Princípio da maior eficiência, eficácia e efetividade. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 12 Princípios Específicos de Planejamento: Planejamento participativo; Planejamento coordenado; Planejamento integrado; Planejamento permanente. 1.7.3 – Filosofias do planejamento A maioria dos processos de planejamento envolve uma mistura dos três tipos de filosofias a seguir descritas, embora possa haver predominância de um deles, segundo Oliveira. Filosofia da Satisfação; Filosofia da Otimização; Filosofia da Adaptação; 1.7.4 – Vantagens do Planejamento Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 13 1.7.5 – Limitações do Planejamento Baseia-se em estimativas; Deve estar ajustado às circunstâncias; A execução não é automática O plano não deve tomar o lugar da administração. Planejamento Estratégico, Tático e os Projetos Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 14 1.7.6 – Tipos de planejamento Planejamento de Longo Prazo - Estratégico; Planejamento de Curto Prazo - Tático; Planejamento Orçamentário. 1.7.7 – Planejamento Estratégico – Análise Externa Cenário Político Cenário Econômico Mercado (Clientes) Mercado (Fornecedores) Cenário Tecnológico Cenário Social Cenário Legal Aspectos Demográficos Cenário Ecológico Concorrência 1.7.8 – Planejamento Estratégico – Análise Interna Estrutura/Organização Fabril Capacidade Produtiva Necessidade de Materiais Necessidade de Pessoal Política de RH Relacionamento c/ Cientes Relacionamento c/ Fornecedores Política de Vendas/Comissões Política de Comparas/Estoques Política Ambiental Marcas e Patentes Qualidade/Diferenciação Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 15 1.7.9 – Planejamento Estratégico – Ambiente Interno Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 16 O planejamento estratégico é o processo através do qual a organização se mobiliza para formular as suas estratégias, orientadas para o mercado, estabelecer e desdobrar metas e elaborar planos de ação para atingi-las, considerando os ambientes interno, externo, atual e futuro. Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens à equipe de projetos. Tais como: Permite controle apropriado; Produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo cliente; Melhor coordenação das interfaces do projeto; Possibilita resolução antecipada de problemas e conflitos; Propicia um grau mais elevado de acertividade nas tomadas de decisão. “Praparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável” (Peter Drucker). 1.8 - Por que fazer um planejamento estratégico? O objetivo do planejamento estratégico é definir um posicionamento estratégico que crie e/ou fortaleça a vantagem competitiva da empresa e estabelecer ações estratégicas para tornar este posicionamento realidade. Não existe uma época, mais adequada para a elaboração do PLANEJAMENTO ESTRATEGICO,porém a ocorrência de alguns fatos ou até mesmo a possibilidade de ocorrência deles tais como: acirramento da concorrência; mudança no comportamento do mercado; pressão de fornecedores; chegada de novos entrantes; Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 17 possibilidade de produtos substitutos; perda de margem ou de participação de mercado. Obs.: Planejamento Estratégico exige que a empresa repense seu futuro. Entretanto, empresas que adotam o planejamento estratégico periodicamente acabam praticando a gestão estratégica. Isto é, implementam metodologias de desdobramento dos objetivos e metas estratégicas como, exemplo destas metodologias podemos citar o Balanced Scorecard (BSC) e Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), adotam uma sistemática contínua de avaliação dos resultados e adoção de medidas corretivas. A utilização de softwares, conforme o “Stratec Gestão Estratégica”, que inclusive é utilizado pela Fundação Unimed, facilita muito a implementação desta sistemática garantindo assim, o alcance das metas estabelecidas. A facilidade ou a dificuldade de realizar o planejamento estratégico de uma organização muitas vezes está ligada à dinâmica do setor no qual ela atua. Alguns setores são de tecnologia intensiva outros, nem tanto, alguns a concorrência é muito acirrada outros menos, alguns dependem de conhecimentos específicos outros não. Enfim, o setor de atuação da empresa e os cenários nos quais este setor está inserido podem definir o grau de dificuldade para se definir um posicionamento estratégico que diferencie a empresa. As empresas que adotam a gestão estratégica estão continuamente reavaliando suas estratégias para criar valor para a organização e Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 18 desenvolvendo nas pessoas que ocupam função gerencial o pensamento estratégico. O pensamento estratégico é o processo de pensamento que se dá na mente das pessoas-chave da organização que as ajuda a determinar a aparência da organização em determinado momento futuro. Este processo, que contribui sobremaneira para elevar o nível da função gerencial, pode por si só constituir uma vantagem competitiva importante para uma organização. O Planejamento Estratégico pode ser revisado? Com qual frequência? O posicionamento estratégico geralmente é construído num período de tempo maior 2 a 3 anos ou até mais. Porém, conforme dito anteriormente a prática do planejamento estratégico deve evoluir para a gestão estratégica e, sendo assim, a avaliação das metas e ações estratégicas deve se dar pelo menos uma vez a cada trimestre. 1.9 – Quem deve fazer um Planejamento Estratégico? Qualquer organização para construir seu sucesso futuro deve fazer uso da metodologia de planejamento estratégico, não importa se é uma organização pública, privada, ou do terceiro setor ou pequena, média ou grande. Esta prática deve ser utilizada porque o futuro é construído. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo terceirizar o seu futuro. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 19 Sua organização será parte do planejamento de alguém. Abrir mão do planejamento estratégico é o mesmo que optarmos para sermos vítimas das circunstâncias. O Planejamento estratégico inclui atividades que envolvem a definição da missão da organização, o estabelecimento de seus objetivos e o desenvolvimento de estratégias que possibilitem o sucesso das operações no seu ambiente. Planejamento estratégico se diferencia de outros tipos de planejamento organizacional segundo estes critérios: Envolve decisões tomadas pela alta administração; Envolve apropriação de muitos recursos, como dinheiro, mão-de- obra ou capacidade física; Tem impacto significativo a longo prazo; Focaliza a interação da organização com o ambiente externo. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 20 As decisões sobre o planejamento estratégico, por seu significado para a empresa, são de responsabilidade dos administradores de linha e não dos assessores especiais de planejamento. Os assessores de planejamento, se os houver, estejam centralizados ou descentralizados, desempenham um papel importante ajudando os administradores de linha, sobretudo ao fornecer análise ambiental. 1.10 – Fatores que afetam o processo de planejamento Há dois grupos de fatores que afetam o processo de planejamento: Fatores incontroláveis, os elementos – tais como o crescimento da população, o ambiente político e as pressões sociais – que não tem uma causa direta e localizável. Fatores controláveis, os elementos – tais como a pesquisa, localização dos edifícios e relações organizacionais – sobre os quais a organização tem algum controle através das decisões de seus administradores. 1.11 – Análise SWOT A análise SWOT é uma forma útil para ajudar as organizações a identificar fatores externos e internos, assim como salientar oportunidades em potencial. A análise SWOT é o processo de identificar sistematicamente as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. 1.12 – Planejamento Tático e Operacional Uma vez definido o Planejamento Estratégico a empresa trabalha no desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 21 1.13 – Planejamento tático O planejamento tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. O planejamento tático é desenvolvido a níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. 1.14 – Planejamento operacional O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Tem a finalidade de maximizar os recursos da empresa aplicados em operações de um determinado período (curto e médio prazos). 1.14.1 – Outras Características – Planejamento Operacional: Decisões mais descentralizadas; Decisões mais repetitivas; Decisões mais fácil de ser revertida do que a estratégica. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 22 CAPITULO II 2 – Introdução a Accountability Accountability é um termo da língua inglesa, sem tradução exata para o português, que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização. Accountability pode ser traduzida também para o português, deficientemente, por prestar contas. Accountability significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos contribuintes. Accountability é um conceito da esfera ética com significados variados. Freqüentemente é usado em circunstâncias que denotam responsabilidade social, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Na administração, a accountability é considerada um aspecto central da governança, tanto na esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade de custos. Na prática, a accountability é a situação em que "A reporta a B quando A é obrigado a prestar contas a B de suas ações e decisões, passadas ou futuras, para justificá-las e, em caso de eventual má-conduta, receber punições." Em papéis de liderança, accountability é a confirmação de recepção e suposição de responsabilidade para ações, produtos, decisões, e políticas incluindo a administração, governo e implementação dentro do alcance do Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 23 papel ou posição de emprego e incluir a obrigação de informar, explicar e ser respondíveis para resultar conseqüências positivas. 2.1 – Tipos de Accountability 2.1.1 – Accountability política É a responsabilidade do governo, dos funcionários públicos e dos políticos ao público e a corpos legislativos tal como congresso ou o parlamento. As eleições são uma maneira direta de segurar políticos responsáveis ao público. Até o final de uma eleição, candidatos e os partidos devem fazer campanha, explicando sua posição em questões de interesse público. O eleitorado também pode votar num registro passado do candidato se ele procura sua reeleição. Em alguns casos, por exemplo a Assembleia Legislativa da Columbia Britânica no Canadá, eleitores também têm o direito de pedir um recall político, entre eleições normais. Geralmente, no entanto, os eleitores não têm qualquer dirigência, de maneira a segurar a quem elegeu, considerar durante o termo para que eles foram elegidos. Adicionalmente, alguns funcionários e legisladores podem ser designados antes de elegidos. A constituição, ou estatuto, pode autorizar a um corpo legislativo para fiscalizar os próprios membros, o governo, e partes do governo. Isto pode ser um inquérito interno ou independente. Os inquéritos normalmente são postos em resposta a uma alegação de comportamento impróprio ou de corrupção. Os poderes, procedimentos e sanções variam de país para país. A legislatura pode ter o poder de acusar o indivíduo, retirá-los, ou o de os suspender durante um período de tempo. A pessoa acusada pode decidir de renunciar antes do julgamento, livrando-se da acusação, como por exemplo no Brasil e nos Estados Unidos. A acusação nos Estados Unidos da América foi usada para ambos os representantes elegidos e outros cargos civis, tal como os juízes das cortes. Em sistemas parlamentares, o governo conta com o apoio do parlamento, que dá poder de parlamento segurar o governo. Por exemplo, alguns parlamentos podem gesticular para um voto de nenhuma confiança no governo. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 24 2.1.2 – Accountability administrativa Regras internas e normas assim como alguma comissão independente são mecanismos para segurar o funcionário público dentro da administração de um governo responsável. Dentro do departamento ou do ministério, primeiramente, o comportamento é unido por regras e regulamentos. Segundamente, funcionários públicos são subordinados em hierarquias e são responsáveis aos superiores. Não obstante, há unidades independentes de "cão de guarda", que tem por objetivo escrutar e segurar os departamentos para a responsabilidade. A legitimidade destas comissões é construída sobre sua independência, para evitar qualquer conflito de interesses. Algumas unidades de "cão de guarda" aceitam queixas de cidadãos. A sociedade deve exigir que os funcionários públicos sejam responsáveis aos cidadãos. 2.1.3 – Relações de eleitorado Dentro desta perspectiva, uma agência particular ou o governo são responsáveis pela voz de agências, grupos ou instituições, que estão fora do setor público e representarão os interesses dos cidadãos num eleitorado particular, são todos ouvidos. Além do mais, o governo é obrigado a autorizar membros de agências com direitos políticos a concorrer para as eleições e serem elegidos; ou, designa-os do setor público como uma maneira de segurar o representante de governo e assegurar a voz de todos eleitorados que são incluídos em processo de fabricação política. 2.1.4 – Acountability de mercado Sob pressões para descentralização e privatização do governo, serviços fornecidos são hoje em dia cada vez mais "freguês-guiado" e deve ter como objetivo fornecer conveniência e várias escolhas aos cidadãos. Com esta perspectiva, há comparação e competição entre serviços públicos e privados e isto, idealmente, melhora a qualidade do serviço. Como mencionado por Bruce Pedra, o padrão de avaliação Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 25 para responsabilidade é portanto uma resposta positiva de fornecedores de serviço a um corpo de fregueses ("soberanos") e produção de serviço de qualidade. O serviço de subcontratação externa é um meio de adotar responsabilidade de mercado. O governo pode escolher entre uma pequena lista de companhias para serviço subcontratado externamente. Dentro do período que contrai, o governo pode segurar a companhia por rescrever contratos ou por escolher outra companhia. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 26 CAPITULO III 3 – Sistema de orçamentos O sistema de orçamentos (ou sistema orçamentário) é um instrumento de planejamento e controle de resultados econômicos e financeiros. É um modelo de mensuração que avalia e demonstra, através de projeções, os desempenhos econômicos e financeiros da empresa, bem como das unidades que a compõem. 3.1 – Conceito de Orçamento “Um orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação futuro da administração paraum determinado período. Ele pode abranger aspectos financeiros e não-financeiros desses planos e funciona como um projeto para companhia seguir o período vindouro.” Horngren, Foster e Datar, 2001. 3.2 – O papel do Orçamento no Planejamento e Controle Os planos identificam os objetivos e as ações necessárias para realizá-los. Os orçamentos são as expressões quantitativas desses planos, em termos físicos ou financeiro, ou ambos. Utilizado para planejamento, um orçamento é um método de traduzir as metas e as estratégias de uma organização em termos operacionais. Controle é o processo de estabelecer padrões, receber feedback sobre o desempenho real e tomar as ações corretivas quando o desempenho real desvia-se significativamente do desempenho planejado. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 27 3.3 – Propósitos do Orçamento Exige dos Gerentes o planejamento; Fornece informações sobre recursos que podem ser usadas para melhorar as tomadas de decisão; Ajuda no uso de recursos e empregados para estabelecer um nível de referência que pode ser usado para a subsequente avaliação de desempenho; Melhora a comunicação e a coordenação. 3.4 – O Processo Orçamentário Diretor de Orçamento: responsável por dirigir e coordenar o processo orçamentário global (trabalha sob a direção de um comitê de Orçamento); Comitê de Orçamento: responsáveis em rever o orçamento, fornecer diretrizes de políticas e metas orçamentárias, resolver diferenças que podem surgir quando o orçamento esta sendo preparado, aprovar o orçamento final e monitorar o desempenho real da organização no decorrer do ano. OBS: O presidente da organização designa os membros do comitê, que normalmente são o presidente, vice-presidente e o controller. 3.5 – Tipos de Orçamentos Orçamento Mestre: é um plano financeiro abrangente composto de vários orçamentos individuais de departamentos e de atividades. O Orçamento Mestre pode ser dividido em orçamentos operacionais e financeiros. Orçamento operacionais: ligadas às atividades geradoras de renda de uma empresa (vender, produzir e manter níveis de estoque de produtos acabados). Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 28 Orçamentos financeiros: se preocupam com as entradas e as saídas e caixa e com a posição financeira. 3.6 – Etapas de elaboração do orçamento 3.7 – Princípios do Orçamento Envolvimento administrativo Adaptação organizacional Contabilidade por área de responsabilidade Orientação por objetivos Comunicação integral Expectativas realísticas Oportunidade Aplicação flexível Acompanhamento Reconhecimento do esforço individual e do grupo Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 29 3.8 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Marketing O que significa: “etapa que cuida da definição do output da organização” 3.9 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Produção O que significa: “etapa que deve disponibilizar a quantidade de produtos a serem processados” Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 30 3.10 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Investimentos O que significa “(...) etapa que objetiva dimensionar a necessidade de equipamentos no processo produtivo” 3.10.1 – Alternativas de Análises Pay-back TIR VPL 3.10.2 – Produtos Valor dos Investimentos Valor das Depreciações Valor das Manutenções Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 31 3.11 – Desenvolvimento do Orçamento Operacional – Plano de Terceirizações O que significa “... Etapa que objetiva definir as quantidades de produtos cujo processamento será desenvolvido por terceiros ...” 3.11.1 – Aspectos importantes Margem de Contribuição Unitária Margem de Contribuição por Fator Limitativo 3.11.2 - Produtos Definição do „Mix‟ de Produção Interna / Terceirização 3.11.2 – Resultados O plano anual de resultados se encerra com: Demonstrativo de Resultado DRE Balanço Projetado Fluxo de caixa projetado Definição de Indicadores de performance 3.12 – Demonstrativos Financeiros Surge como decorrência do plano econômico Tem por finalidade traduzir as ações para uma linguagem monetária Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 32 Principais etapas do plano financeiro: Fluxo de caixa (saldos, entradas, saídas, empréstimos, investimentos) Demonstração de resultados Balanço patrimonial As demonstrações financeiras permitem a análise global do plano; O atendimento das metas financeiras viabiliza o plano de lucros. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 33 Estudo de caso – Cia XYZ A Cia. XYZ é uma empresa do ramo de lacticínios, atuando no segmento de queijos. Seu único produto é o queijo MUSSARELA. Demanda: Em Dezembro/2011, a empresa vendeu 5.000 Kg de MUSSARELA. A empresa pretende encerrar suas atividades após os três próximos meses, pois prevê um declínio mensal de 5% para a demanda de seu produto. Política de estocagem: A empresa vinha mantendo estoques de produtos na ordem de 10% das vendas do mês seguinte, porém planeja estocar, ao final de Janeiro e Fevereiro, apenas 5% das vendas do mês seguinte. Em Março não haverá estoques finais. O processo de fabricação de seu produto envolve as operações do Departamento FÁBRICA DE QUEIJO. O tempo de fabricação do produto é de 06 (seis) minutos. Ao final de Dez/11, todos os equipamentos da Cia. XYZ estavam obsoletos e foram vendidos. Portanto, novos equipamentos devem ser adquiridos para o próximo trimestre. No caso de inviabilidade da compra, a terceirização dos serviços é a única opção existente. O processo da FÁBRICA DE QUEIJOS requer equipamentos com disponibilidade de 240 horas mensais, das quais 40 horas são utilizadas para manutenção. Cada equipamento é utilizado durante três meses, podendo ser vendido, ao final, por 60% de seu valor de compra. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 34 Sabendo-se que o preço de um equipamento é R$ 3.000,00;o valor de mercado do serviço por ele prestado é de R$ 5,00/hora e o custo de manutenção é de R$ 10,00/hora Com base nos dados anteriores, apresente o plano de marketing e o plano de produção da Cia XYZ. Dados adicionais: 1) Preço do produto: ................R$ 5,00 2) Prazo de Recebimento: ........15 dias 3) Impostos s/ Vendas: ............. 18% 4) Saldo de Clientes (12/11): R $ 12.500,00 5) Inadimplência: 2,5% Considerando a compra dos equipamentos da FÁBRICA DE QUEIJO, pela Cia. XYZ, definida anteriormente; para o atendimento total da demanda, seria necessário terceirizar parte dos serviços desse departamento? Em caso positivo, a terceirização seria viável, sabendo-se que os custos variáveis internos do produto MUSSARELA equivalem a R$ 2,00/u? Quantas horas seriam terceirizadas e qual o custo mensal da terceirização no trimestre? Considere os seguintes dados levantados no Planejamento Estratégico da Cia. XYZ. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 35 Apresente 06 (seis) exemplos (pelo menos um para cada item) de “Diretrizes Estratégicas” que: • Considere os PONTOS FORTES, que permitam o aproveitamento de OPORTUNIDADES; • Considere os PONTOS FORTES, que permitam evitar AMEAÇAS; • Considere as OPORTUNIDADES, que permitam neutralizar PONTOS FRACOS; • Simultaneamente, permitam evitar AMEAÇAS e neutralizar PONTOS FRACOS. Plano de Marketing Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 36 Plano de Produção Plano de Investimentos Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 37 Plano de Terceirização Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 38 3.13 – Desenvolvimento do orçamento operacional 3.13.1 – Plano de Compras e Estocagem de Materiais O que significa - “etapa que visa disponibilizar os materiais necessários ao processo produtivo da organização” 3.13.2 – Processo 1º Passo: Cálculo da Necessidade e Estoque Final de Materiais Material Necessário [ MN ] = Produção x Fator de Consumo Estoque Final [ EF ] = MN p+1 x (Política de Estocagem) 2º Passo: Projeção do Volume das Compras Comprasq [ Cq ] = MN + EF - EI 3º Passo: Projeção do Valor das Compras Compras$ [ C $ ] = Comprasqx Preço (Destacar Impostos) Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 39 4º Passo: Controle de Estoque de Materiais Planilha de controle físico e monetário (Média Ponderada) 3.13.3 – Plano de Recursos Humanos O que significa - “ etapa que objetiva dimensionar o quadro de pessoal necessário... ” Aspectos importantes: Gastos Diretos x Gastos Indiretos Custos x Despesas Produtos: Quadro de Pessoal Valores de Salários, Encargos e Provisões Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 40 3.13.4 – Plano Projeção de Gastos O que significa - “... tem por objetivo consolidar as informações referentes aos gastos projetados para o exercício a controlar” Conceito de Gasto: Investimento Custo Despesa Perda Sequência: Definição do Sistema de Custeio e Avaliação de Estoques Custos Predeterminados Custo histórico Definição do Sistema de Acumulação de Custos Ordem de Produção Processo Definição do Método de Custeio Variável/Direto Absorção Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 41 3.14 – Desenvolvimento do orçamento empresarial Plano de Estocagem de Produtos Acabados/CPV O que significa – “etapa que objetiva valorizar os Estoques Físicos definidos no Plano de Produção ...” Produtos: Valores Monetários de Estoques de Produtos Valores do C.P.V. (Custo dos Produtos Vendidos) Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 42 3.15 – Desenvolvimento do orçamento financeiro Planos Financeiros ( FC - DRE - BP ) O que significa: “... permite a análise global do Instrumento...” “... todas as decisões tomadas durante o processo de elaboraçãodo orçamento são traduzidas para a linguagem monetária, gerando demonstrações como o BALANÇO PATRIMONIAL, DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS e o FLUXO DE CAIXA projetados”. São parâmetros para aceitação, revisão e alteração. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 43 3.15.1 – Planos Financeiros Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 44 Estudo de caso - Cia Jetson Considere os seguintes dados do Orçamento da Companhia Jetson: Considere os dados do Orçamento da Companhia Jetson e elabore os seguintes planos: 1) Plano de Compras e Estocagem de Materiais 2) Plano de RH 3) Plano Projeção de Gastos 4) Plano de Estocagem de Produtos Acabados / CPV 5) Planos Financeiros [DFC; DRE; BP] 6) O orçamento é viável para um retorno esperado superior à taxa de juros? Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 45 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 46 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 47 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 48 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 49 CAPITULO IV 4 – Ferramentas da qualidade Obs.: Ferramentas que apoiam o sistema orçamentário 4.1 – Brainstorming – Fase1: geração de idéias – Fase 2: exploração de idéias Um grupo de participantes, sentados ao redor de uma mesa, tem conhecimento do problema através do coordenador. Cada um dos participantes, escreve três idéias relacionadas com o problema. Ao fim de cinco minutos, os participantes trocam de papéis, em rodízio. 4.2 – Gráfico de Pareto • Técnica para registrar e analisar informações que permitem a priorização da tomada de decisão • Sugere em quais os erros ou atividades ou recursos devem ser concentradas prioritariamente as ações de melhoria É um método que parte da premissa de que existe um nº reduzido de causas, da ordem de 20%, que provoca 80% dos problemas que afetam os processos; se corrigidos a tempo, praticamente eliminam-se os problemas existentes. Roteiro para Aplicação Defina o processo a ser analisado (ex. entrega de mercadorias) e inicie o levantamento dos problemas que o afetam. Prepare o Mapa de Ocorrências, colocando os problemas em ordem decrescente de acordo com o número de ocorrências. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 50 4.3 – Diagrama de causa efeito –DCE • Técnica utilizada para auxiliar na identificação de possíveis causas de um problema - Vantagem: registro • O DCE também conhecido como “Espinha de Peixe” é uma técnica japonesa que possui múltiplas funções, sendo utilizada para levantar e identificar as causas dos diversos problemas existentes nos processos, além de fornecer subsídios para analisá-los. Para tanto é necessário aplicar, em conjunto o “método dos porquês”. • Normalmente os elementos mais utilizados como causas podem ser visualizados abaixo: Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 51 Aplicação: – Na definição de um problema – Na identificação d e requisitos de entrada e saída – Na identificação de possíveis causas – Na definição de objetivos a serem alcançados Construção: • Definir claramente o problema a ser analisado • Através do brainstorming, por exemplo, buscar o maior número possíveis de causas • Construir o diagrama no formato de espinha de peixe • Faça tantos diagramas quanto forem necessários (estude os efeitos separadamente) Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 52 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 53 4.5 – Método 5W2H 5W2H é basicamente um formulário para execução e controle de tarefas onde são atribuídas as responsabilidades e determinado como o trabalho deverá ser realizado, assim como o departamento, motivo e prazo para conclusão com os custos envolvidos. • 1 – What (o que será feito), • 2 – Who (quem fará), • 3 – When (quando será feito), • 4 – Where (onde será feito), • 5 – Why (por que será feito) • 1 – How (como será feito) • 2 – How Much (quanto custará) Ferramenta de análise cujo objetivo é direcionar a discussão em um único foco, evitando a dispersão das idéias. Ferramenta útil em duas situações distintas de análise: – 1. Verificação da ocorrência de um problema – 2. Elaboração de um Plano de Ação Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 54 Ex.: falta de treinamento dos funcionários o quê: dar treinamento ao pessoal do Depto Mkt quem: Departamento de RH quando: 05/02/2005 onde: sala de treinamento por quê: capacitação para nova atividade como: através de apostilas com casos práticos custo: R$ 400 / funcionário (40 horas) 4.6 – Gráfico de Controle • O Gráfico de Controle é uma ferramenta utilizada para verificar se um processo está dentro dos limites estatísticos de controle estabelecidos para ele, permitindo, assim, fazer os ajustes necessários. Roteiro para elaboração – Definir o processo a ser controlado (ex. controle semanal de peças refugadas) – Estabelecer (por meio de cálculos estatísticos) o Limite Superior de Controle (LSC), o Limite Inferior de Controle (LIC) e o o Ponto Intermediário Médio (PIM). Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 55 Roteiro para elaboração • Montar o gráfico. Ele permitirá visualizar o percentual de refugo de peças e observar o que está estável e sob controle. No exemplo abaixo pode-se observar que na quinta semana (ponto “E”) alguma “coisa” saiu errada, as quais deverão ser verificadas e corrigidas. No exemplo abaixo pode-se observar que na nona semana alguma “coisa” saiu errada, as quais deverão ser verificadas e corrigidas. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 56 Ex.: Média por abastecimento No exemplo abaixo pode-se observar que os abastecimentos dos dias 03/05 e 11/05 apresentaram algumas divergências, as quais deverão ser verificadas e corrigidas. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 57 Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 58 4.7 – GUT – Método para Priorização de Problemas É uma ferramenta que consiste, basicamente, em separar e priorizar os problemas para fins de análise e posterior resolução. Sua base é fundamentada no tripé: “G” – Gravidade – avaliar as consequências negativas que podem trazer para os clientes; “U” – Urgência – avaliar o tempo necessário ou disponível para corrigir os problemas levantados; “T” – Tendência – avaliar o comportamento evolutivo (irá melhorar ou piorar) da situação. Para cada um dos fatores acima deve ser atribuída uma nota de acordo com a relevância de cada problema levantado. (1 = baixo; 3 = médio e 5 = alto). Em seguida multiplicam-se os três fatores por eles próprios (G X U X T = OP), onde o OP é o resultado que estabelece a Ordem de Prioridade para resolução dos problemas apresentados. Para facilitar os cálculos e definir as prioridades, deve-se utilizar o Quadro de Prioridades - QP, onde cada participante analisa e avalia cada fator, atribuindo-lhes notas 1, 3 ou 5, relacionadasao problema levantado. O QP acima demonstra que os problemas deverão ser resolvidos na seguinte ordem: 2, 1, 4, 3 e finalmente o problema 5. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 59 4.8 – PDCA • P – Planejar (Plan) • D – Executar (Do) • C – Verificar (Check) • A – Agir (Action) • P.D.C.A. criado por Deming é o metodo fundamental que tem assegurado a qualidade, em todas as intituições que o põem em pratica. 4.8.1 – Ciclo PDCA de Controle de Processos • O Ciclo PDCA (QC Story ou Método de Solução de Problemas) é um método gerencial utilizado tanto na manutenção dos padrões como na melhoria dos padrões. • O método apresenta duas grandes vantagens: possibilita a solução de problemas de maneira científica / efetiva e permite que cada pessoa da organização se capacite para resolver os problemas específicos de sua responsabilidade. • O PDCA constitui-se em uma peça fundamental para o controle da qualidade e deve ser dominado por todas as pessoas da empresa. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 60 Resumo para utilização do PDCA Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 61 4.8.2 – Metodologia para aplicação do PDCA Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 62 Obs.: A empresa pode aplicar em todos os seus processos o PDCA PDCA = CICLO DA MELHORIA CONTINUA EM PROCESSOS M E L H O R I A T E M P O P D C A P D C A P D C A Plan Do Check Action Planejar Implementar Verificar Atualizar Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 63 Bibliografia Básica: CATELLI, Armando (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2001. NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à controladoria: conceitos, sistemas, implementação. São Paulo: Atlas, 1993. OLIVEIRA, Luís M. de. Controladoria estratégica. São Paulo: Atlas, 2002. Bibliografia Complementar: DUTRA, Rene Gomes. Custos, uma abordagem prática: livro de exercícios. 5º. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARTINS, Eliseu ; ROCHA Wellington. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9ª. ed. ampl. São Paulo: Atlas, 2006. SANTOS, Joel. Análise de custos: Remodelado com ênfase para sistemas de custeio marginal, relatórios e estudos de casos. 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2005. SANTOS, José Luiz dos et all. Fundamentos de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2006. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 64 ALGUNS SITES RELACIONADOS À AREA DE CONTROLADORIA: http://www.administradores.com.br http://www.cgu.gov.br/ http://www.classecontabil.com.br http://www.portaleducacao.com.br http://www.cosif.com.br www.sebrae.com.br http://www.bmfbovespa.com.br http://www.receita.fazenda.gov.br http://www.anpec.org.br http://www.controladoria.ufpe.br Prof. Fernando de Araújo E-mail: fernandoengenharia@yahoo.com.br Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 65 ANEXO Artigo – A Controladoria como área de integração entre a Administração e a Contabilidade. Carlos Campello 1. APRESENTAÇÃO Atualmente, as organizações dependem cada vez mais de informações adequadas e que permitam a tomada de decisão eficaz. No entanto, nas empresas, é comum a falta de integração entre as áreas, o que dificulta sobremaneira a gestão empresarial. Tal fato pode ser observado, inclusive, entre a Contabilidade e as demais áreas da instituição, principalmente no nível estratégico, ou seja, a informação contábil é pouco utilizada pelo tomador de decisão. Por vezes, a responsabilidade dessa situação é decorrente da própria atuação da área contábil, quando se preocupada mais com os aspectos fiscais que com a gestão organizacional. Por outro lado, não se pode deixar de considerar a responsabilidade da administração da empresa sobre a pouca utilização da informação contábil na tomada de decisão visto que, por muitas vezes, existe o desconhecimento, por parte do gestor, do potencial dos sistemas contábeis. O presente artigo visa, de forma resumida e sem esgotar a discussão, mostrar a importância da integração entre as atividades de administração e contabilidade, a partir da informação e dos respectivos sistemas – gerencial e contábil – podendo ser a área de controladoria um espaço importante para tal integração. Inicialmente, vale destacar alguns aspectos que envolvem as atividades de administração e contabilidade. 2. ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Embora Taylor e Fayol, com suas obras publicadas no início do século XX, sejam considerados os pais da Administração, desde o início da humanidade diversos princípios administrativos eram utilizados, como os da divisão do trabalho e da estrutura hierarquizada. Assim como a Administração, a Contabilidade remonta, também, dos primórdios da civilização, onde os aspectos quantitativos dos rebanhos e outros bens objetivavam o registro do patrimônio. No entanto, considera-se como marco inicial da Contabilidade a obra Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá, do Frei Luca Pacioli, publicada em Veneza, no século XV, na qual está inserido o tratado sobre contabilidade e escrituração. A Administração é o ramo do conhecimento que cuida da gestão dos recursos e do processo decisório. A Contabilidade, por sua vez, cuida do patrimônio da organização, expresso monetariamente e registra e fornece informações financeiras. Portanto, por um lado, a função principal do Administrador é a de gerir a organização e, por conseguinte, tomar decisões, por Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 66 outro lado, o Contador tem, dentre outras responsabilidades, a função de cuidar da informação contábil e fornecer subsídios para que o Administrador possa exercer, com eficácia, as suas funções. O Contador pode ir além e também participar do processo de tomada de decisão, sendo necessário, para isso, que incorpore conhecimentos de gestão organizacional, ampliando,assim, o seu leque de atuação e, com isso, afastando as críticas comumente feitas pelos gestores da organização, de que sua atuação profissional atende apenas às necessidades fiscais. Por conta dessa visão integradora da atuação dos profissionais da Administração e da Contabilidade, observa-se a necessidade da adoção do modelo sistêmico nas organizações e, em decorrência, do gerenciamento por processos. Para isso, torna-se importante a implementação do chamado ciclo PDCA (Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir) onde cada uma dessas etapas é atendida pelas informações oriundas dos Sistemas de Informação Gerencial e Contábil, sendo necessário que estas sejam oportunas, corretas, confiáveis e com periodicidade necessária, viabilizando, assim, o controle e a tomada eficaz de decisões por parte dos gestores da organização. 3. A INFORMAÇÃO E OS SISTEMAS A informação é fundamental para o tomador de decisão e sem ela não existe Administração eficaz. Mas, afinal, o que é informação? Diversas são as definições, com algumas, inclusive, mostrando a diferença entre dado e informação. Para Cautela e Polloni (1982) informação é a transformação do conhecimento. Stair (1998) já define dados como os fatos em sua forma primária e informação como os organizados de uma maneira significativa. Gil (1992), por sua vez, considera dado como matéria-prima e informação como produto final. Resumindo, dados são os itens básicos de informação, antes de serem transformados, enquanto que informações são os resultados. Assim, os dados (entrada) são transformados (processamento) e geram resultados (saída). Os dados alimentam, dão entrada no sistema e as informações são produzidas, saem do sistema. Entretanto, para que sejam utilizadas de forma eficaz pelo tomador de decisão e possam ser consideradas como um recurso estratégico, as informações devem ser geradas a partir das necessidades do usuário e serem comparativas, confiáveis, econômicas, com periodicidade certa e detalhamento adequado. “Tanto mais dinâmica será uma empresa quanto melhores e mais adequadas forem as informações de que os gerentes dispõem para as suas tomadas de decisão”. (CASSARRO, 1988, p. 38). Para auxiliar na ação gerencial, a informação deve permitir o controle do planejamento estabelecido com a respectiva medição e avaliação dos resultados alcançados, propiciando o rápido ajuste à melhoria das ações da organização. Para que seja implementado com sucesso, o controle envolve quatro etapas: prever os resultados das decisões na forma de medidas de desempenho; reunir informações sobre desempenho real; comparar o desempenho real com o Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 67 previsto; e, verificar quando uma decisão foi deficiente e corrigir o procedimento que a produziu e suas conseqüências, quando possível. (CATELLI; PEREIRA; VASCONCELOS, 1999). Importante, também, é observar que as informações não devem ser tratadas de forma isolada, mas sim de forma sistêmica e integrada, compondo os diversos sistemas de informações da organização, aí incluídos os sistemas de informações gerenciais e os contábeis. Tais sistemas são interdependentes e inter-relacionados e sofrem a influência do ambiente externo, estando, por conseguinte, em constante mutação. Por isso, a visão da empresa como um todo é fundamental para a eficaz implementação dos sistemas de informação. Autores destacam a importância dos sistemas de informação para a tomada de decisão quando afirmam: “(...) sistema é um processo ou um esquema de trabalho estruturado para orientar a tomada de decisão empresarial, em vista de propósitos preestabelecidos e, sempre, da melhor maneira possível”.(LUPORINI; PINTO, 1985, p.46); “O objetivo dos sistemas de informação é apresentar os fluxos de informação e estabelecer vinculações com o processo decisório na organização.” (ARAÚJO, 2001, p.154); “O processo de gestão constitui-se num processo decisório. Decisões requerem informações. Os sistemas de informações devem apoiar as decisões dos gestores em todas as fases do processo de gestão, que requerem informações específicas”. (PEREIRA, 1999, p.61). A respeito da informação contábil, ela deve ser dinâmica e, com isto, atender às rápidas transformações das estratégias organizacionais em função das modificações dos cenários. A Contabilidade, pois, deve ser preditiva e fornecer informações e não dados. Cada grupo de tomadores de decisão impõe-lhe limites referentes à informação necessária as suas decisões, que condicionarão a seleção dos dados de entrada. (MISIMANN; FISCH, 1999). A questão da utilização das informações contábeis no processo de tomada de decisão vem sendo alvo de atenção por parte das organizações, sendo cada vez maior o número de empresas que estão percebendo que sem uma boa contabilidade, não há dados para a tomada de decisão(MARION, 1998). Portanto, os contadores devem transformar os dados em informações que os usuários desejam, produzindo relatórios que contenham informações adequadas, com periodicidade certa e que sejam do nível de compreensão daqueles que a utilizam, caso contrário, a informação perde a utilidade. Por sua vez, os Administradores devem perceber a importância das informações contábeis para o estabelecimento de indicadores para a tomada de decisão. Observa-se, portanto, que a integração entre a Administração e a Contabilidade está diretamente relacionada à informação e aos respectivos sistemas – gerencial e contábil – propiciando, assim, o gerenciamento eficaz das organizações. A implementação da função controladoria nas organizações, composta de forma multidisciplinar por Administradores e Contadores, facilita o gerenciamento das informações e fornece alternativas mais precisas ao tomador de decisão. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 68 4. A CONTROLADORIA Destacando-se o controle, cabe observar que tal função está intimamente ligada ao planejamento por meio do sistema de feedback que fornece informações sobre o resultado das decisões passadas. Tal sistema é necessário para avaliar a qualidade do processo decisório e seus aprimoramentos. (OLIVEIRA, 1999). Para atender ao já citado ciclo PDCA, a Controladoria deve adotar um modelo dinâmico e interativo, auxiliando a organização no alcance da otimização dos processos e busca de resultados competitivos utilizando, para isso, informações provenientes dos diversos sistemas de informações. O órgão administrativo Controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da eficácia gerencial. (FIGUEIREDO; CAGGIANO,1997). Portanto, a área mais propícia para a atuação integrada entre o Administrador e o Contador é a Controladoria. Justifica-se tal afirmativa pelo fato de ser um órgão da empresa que possui uma estrutura funcional formada por conceitos e técnicas derivadas da Contabilidade, Economia e Administração, objetivando, dentre outras atribuições, a geração de informações úteis e necessárias aos gestores para as tomadas de decisão na busca da eficácia empresarial.(VILLAS BOAS, 1999). 5. CONCLUSÃO A Administração e a Contabilidade, em decorrência do progresso industrial e comercial, passaram a representar ramos do conhecimento humano dos mais evoluídos nos últimos tempos (VILLAS BOAS, 1999). Por isso, os profissionais dessas áreas necessitam deconstante atualização, não só de conhecimentos, mas, também, da introdução de novos métodos de trabalho. (PEREZ JUNIOR; PESTANA; FRANCO, 1995). Contabilidade deve procurar desenvolver o Contador do futuro, que terá de ser um profissional com visão global, interessado em todo sistema de informações contábeis, tendo em mente que a Contabilidade é, na verdade, uma grande central de informações, disponíveis para os seus usuários, bastando apenas acessa-la. (SILVA, 1998). Por outro lado, o Administrador deve utilizar mais as informações provenientes da Contabilidade, passando a ter uma atuação mais integrada com o profissional contábil. Finalizando, para que sejam atendidas às condições citadas anteriormente, faz-se necessário que os currículos dos cursos de graduação em Administração e em Ciências Contábeis tenham maior convergência, ou seja, um conjunto maior de disciplinas comuns aos dois cursos, com ênfase em gestão. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 69 6. NOTAS 1 - HISTÓRIA DA CONTABILIDADE. Disponível em:http://unicontabil.hpg.ig.com.br 2 - Ciclo criado por Walter A. Shewhart (estatístico americano, trabalhou no Bell Laboratories em Nova Iorque e desenvolveu técnicas para a introdução do controle estatístico nos processos industriais) e levado ao Japão na década de 1950 por William Edwards Deming (matemático americano que estudou com Shewhart, em Nova Iorque, nos anos de 1930. 7. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Lauro Brito de; PARISI, Cláudio; PEREIRA, Carlos Alberto. In: CATELLI, Armando (coord.) Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. ARAÚJO, Luis César G. De. Organização, sistemas e métodos: e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2001. BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas de Informação : um enfoque gerencial. São Paulo: Atlas, 1996. CASSARRO, Antonio Carlos. Sistemas de informações para tomada de decisões. São Paulo: Pioneira, 1988. CATELLI, Armando; PEREIRA, Carlos Alberto; VASCONCELOS, Marco Tullio de Castro. Processo de gestão e sistemas de informações gerenciais. In: CATELLI, Armando (coord.) Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. CAUTELA, Alciney Lourenço; POLLONI, Enrico Giulio Franco. Sistemas de informação. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1982. FIGUEIREDO; Sandra; CAGGIANO, Paulo César. Controladoria: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1997. GIL, Antonio de Loureiro. Sistemas de informações contábil / financeiros. São Paulo: Atlas, 1992. LUPORINI, Carlos Eduardo Mori e PINTO, Nelson Martins. Sistemas administrativos: uma abordagem moderna de O&M. São Paulo: Atlas, 1985. MARION, José Carlos. Preparando-se para a profissão do futuro. In: REVISTA PENSAR CONTÁBIL. Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro. Ano 1 n. 2. novembro de 1998. MISIMANN, Clara Pellegrinello; FISCH, Sílvio. Controladoria: seu papel na administração de empresas. São Paulo: Atlas, 1999. NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à controladoria: conceitos, sistemas, implementação. São Paulo: Atlas, 1993. OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Planejamento, planejamento de lucro. In: CATELLI, Armando (coord.) Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. Controladoria___________________________________________________5ºPeríodo ______________________________________________________________________ UNIPAC - Prof. Fernando de Araújo 70 PEREIRA, Carlos Alberto. Ambiente, empresa, gestão e eficácia. In: CATELLI, Armando (coord.) Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. PEREZ JUNIOR, José Hernandez; PESTANA, Armando Oliveira; FRANCO, Sergio Paulo Cintra. Controladoria de gestão: teoria e prática. 2ed. Paulo: Atlas, 1995. SILVA, Claudecy da. A relevância da contabilidade e o controle orçamentário do ponto de vista empresarial. In. REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE. Ano XXVII n. 11 maio/junho de 1998. Conselho Federal de Contabilidade. STAIR, Ralph M. Princípios de Sistemas de Informação: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1998. TARAPANOFF, Kira. Técnicas para tomada de decisão nos sistemas de informação. Brasília: Thesaurus, 1995. VILLAS BOAS, Fernando José. A controladoria – um modelo conceitual e integrado. In: Revista da Fundação Visconde de Cairu. Ano 2. n. 4. Salvador: FVC, 2º sem. 1999.
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