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Universidade do Estado da Bahia- UNEB Campus XXIV – Xique-Xique Xique-Xique – BA, julho de 2016 Prof. Ossifleres Damasceno E-mail: Ossifleres@yahoo.com.br ou osdamasceno@uneb.br Meteorologia e Climatologia EMENTA Estudo dos princípios das ciências atmosféricas. Estações e equipamentos meteorológicos. Estudo dos elementos e fatores climáticos. Principais tipos climatológicos do Brasil. Formas da Terra e as consequências meteorológicas dos seus movimentos. Composição e estrutura da atmosfera. Radiação solar e terrestre. Temperatura do ar e do solo. Umidade atmosférica. Estudo dos ventos e circulação geral da atmosfera. Precipitação pluviométrica. Evaporação e evapotranspiração. Meteorologia e Climatologia CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Introdução à Meteorologia e Climatologia. Equipamentos e instrumentos de medida, observação direta e registradores. Interpretação de registros meteorológicos. Fatores e elementos climáticos. Principais tipos climatológicos do Brasil. Formas da terra: Elipsoide Internacional de referência. Coordenadas terrestres. Movimento de rotação e de translação. Equinócios e solstícios. Medição do tempo. Atmosfera: importância dos principais constituintes. Estrutura vertical. Pressão atmosférica: conceito e unidades de medida. Radiação e energia solar. O sol como fonte de energia. Constante solar. Considerações sobre absorção, transmissão e reflexão da energia solar pela atmosfera. Radiação terrestre. Balanço da radiação solar e energia.Termômetros e termógrafos. Temperatura do ar e do solo. Ciclo diário e anual da temperatura. Umidade atmosférica: vapor da água na atmosfera, quantificação e cálculos da umidade. Umidade relativa. Formação de nuvens, neblina e orvalho. Movimentos das massas de ar na atmosfera. Centros de alta e baixa pressão. Modelo global de circulação. Formas de precipitação e pluviometria. Classificação das nuvens. Evaporação BIBLIOGRAFIA BÁSICA BARROS, G. L. M de. Meteorologia para Navegantes. Revisão técnica João Bosco Rodrigues Alvarenga. Rio de Janeiro: Edições marítimas. 1991. 186 p. CONTI, J. B. Clima e meio ambiente. 7. ed. São Paulo: Atual, 2011. 96 p. FERREIRA, A.G. Meteorologia Prática. Oficina de Textos. 2006. 188p. MENDONÇA. F. DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia - Noções Básicas e Climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. 206 p. PINTO, J. E. S. de S.; AGUIAR NETTO, A. de O. Clima, geografia e agrometeorologia: uma abordagem interdisciplinar. Aracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2008. 221 p. STEINKE, E. T. Climatologia Fácil. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. 144 p. TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F. J. L. do. Meteorologia Descritiva - Fundamentos e Aplicações. Editora Nobel, 1980. ZAVATTINI, J. A.; BOIN, M. N. Climatologia Geográfica - Teoria e Prática da Pesquisa. Campinas: Alinea, 2013. 152 p. Avaliação: Um seminário (capítulos do livro atmosfera, tempo e clima ...de BARRY e CHORLEY) valor: 5,0 Prova escrita 1- valor: 10,0 Atividades diversas: resumos, resenhas, estudo dirigido, debates, etc. valor: 5,0 Prova escrita 2 - valor: 10,0 OBJETIVOS Determinar a diferença existente entre clima e tempo. Salientar os fatores mais importantes que determinam o clima. Diferentes tipos de chuva. Fatores determinantes do clima Tempo representa o momento, ou seja, reflete as condições atmosféricas de um determinado instante. Ex: Hoje o tempo esta chuvoso. Clima representa algo dinâmico, mas duradouro. É considerado um conjunto de tempos, avaliados durante longo período.Ex: No Brasil, predomina o clima tropical. Em algumas áreas, o tempo é observado por 50 anos para se conseguir um perfil correto do clima. Diferença entre clima e tempo O clima de uma região é determinado pelos modelos de variação de elementos, como radiação solar, radiação de ondas longas, temperatura e umidade do ar, ventos e precipitação e, ainda, pelas combinações entre eles. Fatores determinantes do clima Entre os principais fatores e elementos determinantes das condições climáticas destacamos: 1- Latitude. 2- Altitude. 3- Maritimidade/Continentalidade. 4-Correntes marítimas. 5-Massas de ar. A análise dos elementos climáticos é importante, destacando-se a temperatura, umidade, ventos e pressão atmosférica, vegetação... Fatores determinantes do clima LATITUDE Devido a curvatura da superfície terrestre, os raios solares incidem de maneira diferente pelo planeta. Áreas próximas a o Equador apresentam uma maior concentração de calor se comparadas aos polos. Quanto mais próximo da linha do Equador, menor a amplitude térmica e maior a média térmica. Localidade Altitude Latitude Média térmica anual Belo Horizonte 900M 19º55’ 21,8ºC São Lourenço 874M 22º07’ 18,2ºC São Paulo 800M 23º32’ 17,6ºC Palmas (PR) 1079M 26º29’ 15,2ºC Localidade Latitude Amplitude térmica anual Belém (PA) 1º27’ 1,3ºC Manaus (AM) 3º06’ 1,9ºC Olinda (PE) 8º01’ 2,7ºC Sena Madureira (AC) 9º04’ 2,1ºC Vitória (ES) 20º19’ 5,0ºC Aquidauana (MS) 20º19’ 7,0ºC ALTITUDE Quanto maior a altitude, menor a temperatura. A atmosfera é aquecida por radiação. Ao incidirem na superfície, os raios solares a aquecem e ela passa a irradiar calor à atmosfera. Portanto, um raio solar que seja refletido ou que atravesse a atmosfera, sem incidir na superfície ou em alguma partícula em suspensão, não altera em nada a temperatura. Influência da Altitude nas médias de temperatura Quanto maior a altitude, menos intensa é a radiação. A temperatura cai em média de 5ºC a 7ºC a cada Km. MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE Fator referente ao posicionamento de uma localidade em relação ao sistema continente/oceano. Quanto mais continental, menor seu gradiente de umidade e maior a amplitude térmica. Grandes massas de água apresentam um fator regulador da temperatura, não deixando-a subir muito nem cair muito. CORRENTES MARÍTIMAS Destacamos duas subcorrentes derivadas da corrente Sul- Equatorial: Guianas e Brasil. São correntes quentes. Pouca influência no clima do Brasil. Grande influência em outras áreas do planeta. Água fria apresenta mais oxigênio e mais nutrientes e consequentemente mais peixes. Já a água quente apresenta poucos peixes, mas uma grande biodiversidade. CURIOSIDADE A corrente do Golfo é responsável pelas condições climáticas menos rigorosas em parte da Europa. Trata-se de uma corrente quente. O aquecimento global pode diminuir a capacidade essa capacidade de regulação. A corrente do Golfo é responsável pelo não congelamento do Canal da Mancha. CORRENTE DE HUMBOLDT É uma corrente que percorre o oceano Pacífico. Foi assim denominada em homenagem ao naturalista alemão Alexander Von Humboldt, que a descobriu e estudou. Nascendo perto da Antártica, ela é fria, com uma temperatura em torno de 8ºC, inferior à temperatura média do oceano na mesma latitude. A corrente de Humboldt acompanha as costas do Chile, Peru e do Equador, na América do Sul. Ricas em plâncton, suas águas atraem muitos peixes. Depois lembrar do documentário sobre o Atacama. MASSAS DE AR Para entender algumas das características dos tipos de clima no Brasil, são importantes cinco massas principais: Massa equatorial atlântica (MEA) - quente é úmida, domina a parte litorânea da Amazônia e do Nordeste. O centro de origem está próximo ao arquipélago dos Açores. Massa equatorial continental (MEC) - também quente e úmida. Com centro de origem na parte ocidental da Amazônia,domina sua porção noroeste durante o ano inteiro. Massa tropical continental (MTC) - quente e seca, origina-se na depressão do Chaco Paraguaio. Massa tropical atlântica (MTA) - quente e úmida atinge grande parte do litoral brasileiro. Massa polar atlântica (MPA) - fria e úmida, forma-se nas porções do oceano atlântico próximo a Patagônia. Atua de forma mais intensa no inverno, provocando chuvas e declínio da temperatura. Pode chegar até a Amazônia fazendo surgir o fenômeno da friagem. CURIOSIDADES O fenômeno da friagem, é caracterizado pela queda brusca de temperatura no Norte da região Centro-Oeste e Amazônia Ocidental em função da entrada da MPA (massa polar atlântica) pela planícies interiores da América do Sul, no período do inverno. Essa mesma massa de ar é responsável pela maior concentração de chuvas no meio do ano no litoral nordestino. mEc = ar quente, úmido e instável. mEa = ar quente, úmido e estável. mTa = ar quente, úmido e estável. mTc = ar quente, seco e estável. mPa = ar frio, seco e estável. mPa = geadas no sul; frente fria no sudeste e friagem na Amazônia. Brasil CURIOSIDADES Os equinócios representam igual distribuição de luminosidade nos dois hemisférios (23/set e 21/março). Os solstícios são os momentos que ocorrem as maiores desigualdades na distribuição da luminosidade (21/junho e entre 21 e 22 de dezembro). PRECIPITAÇÕES A umidade que se condensa ou se solidifica forma as precipitações, que podem ser na forma de neve, granizo ou chuva. O Brasil apresenta de maneira geral um território com bons índices pluviométricos. CHUVA FRONTAL AQUI 11/07 Trata-se do contato entre duas massas de ar: uma quente e outra fria. A área atingida e o volume da precipitação são relacionados a intensidade das massas. CHUVA DE CONVECÇÃO Conhecidas como chuvas de verão. Ligada a ascensão para camadas superiores da atmosfera de ar quente (leve) e umidade. Ao atingir camadas superiores, a temperatura diminui e o vapor se condensa em gotículas. CHUVAS OROGRÁFICAS Conhecida como chuva de relevo. Barreiras de relevo obrigam as massas de ar a galgar altitudes maiores, o que provoca queda de temperatura e a condensação do vapor. Entre as áreas de ocorrência destacam-se a Serra do Mar e o Planalto da Borborema. Chuva de animais, existe? CURIOSIDADES A chuva de animais é um fenômeno meteorológico relativamente raro. Atingiu algumas cidades ao longo da história. Os animais que costumam cair do céu são peixes e rãs. Na maior parte das vezes, os animais estão encerrados em blocos de gelo. Chuva de animais Ao que parece, o fenômeno foi inspiração para algumas lendas que contam que os peixes nasciam nos céus e quando atingiam a fase adulta caiam do céu diretamente no mar. O site do jornal britânico Telegraph noticiou a chuva de peixes na cidade de Lajamanu, na Austrália. EXPLICAÇÃO PARA O FENÔMENO Mais recentemente, surgiu uma explicação científica do fenômeno, que envolve trombas de água. Os ventos que se acumulam são capazes de capturar objetos e animais, graças a uma combinação de depressão na tromba, e da força exercida pelos ventos dirigidos no seu sentido. Em conseqüência, estas trombas, ou mesmo tornados, poderão transportar animais a alturas relativamente grandes, percorrendo grandes distâncias. Os ventos são capazes de recolher animais presentes numa área relativamente extensa, e deixam-nos cair, em massa e de maneira concentrada, sobre pontos localizados.
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