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CONTROLE SOCIAL

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CONTROLE SOCIAL
Definições de Controle Social
O controle social é entendido, assim, como o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir referido submetimento do indivíduo aos modelos e normas comunitários. (MOLINA; GOMES, 2008, p. 97) 2
Objetivo do Controle Social
Organizar a sociedade; Controlar a sociedade; Manipular a sociedade; Convencer a sociedade; Socializar a sociedade, dentre outros. 
Formas de Controle Social
Controle Formal 
“O controle social formal é identificada como a atuação do aparelho político do Estado...” 
(Sérgio Salomão Shecaira)
Formas de Controle Social 
Controle Informal
É o do dia-a-dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, profissão, opinião pública, etc.
 
(Joanderson Luciano Siqueira)
Controle Informal 
Partes:
Família, escola, profissão, religião, trabalho, comunidade e opinião pública, etc. 
Características 
 Difuso;
Profundo;
 Sutil;
 Desorganizado.
Será que somos controlados? 
Controle formal
Filemom Lopes de Almeida 
“o controle social formal é identificada como a atuação do aparelho político
 do Estado...” 
“São a polícia, a Justiça, a Administração Penitenciária, o Ministério Público, o Exército entre outros.”
  
(Sérgio Salomão Shecaira)
Os mecanismos de controle social formal são utilizados subsidiariamente.  Apenas quando os controles sociais informais não logram êxito é que aquele entra em ação, atuando de modo coercitivo e impondo sanções qualitativamente distintas das sanções sociais. Este tipo de controle é seletivo, estigmatizantes e discriminatório, uma vez que o status prima sobre o merecimento, por atribuírem ao infrator um status único.”
(Molina)
A justiça constitui um dos possíveis portadores do controle social.
 Já o Direito Penal (ultima ratio), por sua vez, representa tão somente um dos meios ou sistema normativos existentes, do mesmo modo que a infração legal constitui nada mais que um elemento parcial de todas as condutas desviadas, onde a pena significa uma opção para sancionar a conduta desviada. 
Todavia, é indiscutível que o Direito Penal simboliza o sistema normativo mais formalizado, com uma estrutura mais racional e com um elevado grau de divisão do trabalho e de especialidade funcional dentre os demais subsistemas normativos.
Outras características do controle formal:
Exigência de leis + polícia para fazer cumpri-las;
Leis acatadas por medo de sanções (penal – privação de liberdade);
Quanto maior o grau de institucionalização, aumenta também sua formalização;
Comportamento seletivo e discriminatório;
Função constitutiva ou geradora de criminalidade e o efeito estigmatizador;
CRÍTICAS 
A prevenção eficaz do crime não é só o aperfeiçoamento das estratégias e mecanismos do controle social. A eficaz prevenção do crime não depende tanto da maior efetividade do controle social formal (abordagem sintomatológica), senão da melhor integração ou sincronização do controle social formal e informal.
O controle razoável e eficaz da criminalidade, não pode depender exclusivamente da efetividade e do rendimento das instancias do controle social, uma vez que, a intervenção do sistema legal pressupõe o delito, não incidindo em seus fatores, em suas raízes ultimas (abordagem sintomatológica).
O controle social formal tem, desde logo, aspectos negativos, mas assegura pelo menos uma resposta ao delito de forma:
racional, 
igualitária, 
previsível 
controlável.
PARE E PENSE: 
No contexto atual, muitos são aqueles que pregam o fim da Policia Militar no Brasil ou sua desmilitarização, e o fazem movidos pela revolta diante de abusos praticados por esta instituição. Por outro lado, casos como os do Espírito Santo revelam que a sociedade ainda depende dessa intervenção estatal para manutenção da ordem. 
E você, o que pensa sobre esse tema? Estaríamos prontos para viver sem a mão invisível do estado? Você acredita que é possível investir no sistema informal, como educação, e apenas com isso resolver a questão da violência em nosso país?
Componentes fundamentais
Norma 
Sanção 
Processo 
Norma, processo e sanção são três componentes fundamentais de qualquer instituição do controle social, orientada a assegurar a disciplina social, ratificando as pautas de conduta que o grupo reclama ( Molina ) 
NORMA
A palavra norma, que nos lembra incontinenti aquilo que é normal, traduz a previsão de um comportamento que, à luz da escala de valores dominantes numa sociedade, deve ser normalmente esperado ou querido como comportamento normal de seus membros.(Miguel Reale)
NORMAS 
Normas Morais 
Normas Sociais 
Normas Jurídicas 
SANÇÃO
 Sanção intimidativa/punitiva 
Sanção Premial 
PROCESSO
Evolução e tendências do Controle Social 
Evolução histórica do conceito de Controle Social:
 O uso originário da expressão controle social remonta à segunda metade do século XIX nos Estados Unidos. Encontra-se associado à necessidade de integrar em um mesmo marco social as grandes massas de imigrantes que, como força de trabalho, acudiram à convocação migratória decorrente do processo de industrialização da então emergente potência norte-americana.
necessidades culturais;
excluía de certo modo os controles estatais, tanto legais como políticos.
 a ideia de controle social desenvolve-se sem confundir-se com as formas organizativas que o direito estatal poderia impor. 
Análise Histórica: Meios Punitivos; Controle Social
“Ao longo de milênios, vem surgindo uma linha demarcatória entre modelos de reação aos conflitos: um, o de solução entre as partes; o outro, o de decisão vertical ou punitivo”. (Eugênio Raul Zaffaroni e Nilo Batista).
Punição ligada aos meios de produção: A forma de punir varia conforme a economia; quando há aumento da pobreza, tem –se punições mais cruéis. 
Idade Média: Fortalecimento da igreja católica; Inquisição – acusador e o juiz eram a mesma pessoa. 
Séculos XVII e XVIII: Uso do corpo do condenado para demonstrar o poder soberano; pena de morte; técnicas para aumentar dor e sofrimento. 
Iluminismo: Crítica ao sistema punitivo cruel e irracional. Limitar o poder estatal. 
Evolução histórica do Controle Social:
Corrente estrutural-funcionalista Sua principal nota reside no profundo reconhecimento do Direito como manifestação do controle social, destinado a garantir a ordem social. 
 
 TENDÊNCIAS DO CONTROLE SOCIAL:
 Positivista;
 Liberal;
 Crítica.
Criminologia positivista:
A contribuição determinante do positivismo criminológico, que balizou-se pelas instâncias de controle social presentes na sociedade da época, consistiu em uma concepção abstrata e historicamente descontextualizada da sociedade. 
O modelo etiológico dedicou sua atenção ao delinquente. 
A criminologia positivista assume um papel de classe, propagando a ideologia dominante, e, portanto um papel de classe dominante. 
A Criminologia Liberal
As teorias Liberais sustentaram o caráter normal e funcional da pena (Teoria Funcionalista), abordaram a estratificação social (Teoria da subcultura), deslocaram o foco do comportamento para a função punitiva e para o Direito Penal (Teoria Psicanalítica), consideraram a estigmatização do sujeito, a autonomia da definição de criminoso em face da lei e deslocaram a investigação para as instâncias detentoras do poder de definição (Teoria do Labelling).
Promoveu maior aproximação entre a abordagem do controle social e os grupos controladores. 
A criminologia crítica:
Tem como tese a afirmação de que o desvio nasce de conflitos socioeconômicos e que a Justiça é classista, seletiva, tanto no direito quanto no sistema penal;
O qualificativo “crítico” que caracteriza esse modelo criminológico centrou-se no questionamento acerca do funcionamento do controle social, fenômeno a que se reconhece natureza política. 
O delito, o sistema penal e as decisões de política criminal produzem-se dentro de uma estrutural social, política e econômica.
O controle social
visto como um instrumento de e repressão da classe dominante sobre a classe trabalhadora.
CONTROLE SOCIAL COMO UMA MANIFESTAÇÃO DO PODER
Elísio Oliveira
É preciso cessar de sempre descrever os efeitos do poder em termos negativos: ele exclui, reprime, recalca, censura, discrimina, mascara, esconde. Na verdade, o poder produz: produz o real; produz os domínios de objetos e os rituais de verdade – Vigiar e Punir
Código penal – 1890
CAPITULO XIII
DOS VADIOS E CAPOEIRAS
Art. 399. Deixar de exercitar profissão, officio, ou qualquer mister em que ganhe a vida, não possuindo meios de subsistencia e domicilio certo em que habite; prover a subsistencia por meio de occupação prohibida por lei, ou manifestamente offensiva da moral e dos bons costumes:
Pena – de prisão cellular por quinze a trinta dias.
 § 1º Pela mesma sentença que condemnar o infractor como vadio, ou vagabundo, será elle obrigado a assignar termo de tomar occupação dentro de 15 dias, contados do cumprimento da pena.
Art. 402. Fazer nas ruas e praças publicas exercicios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumultos ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal:
Pena – de prisão cellular por dous a seis mezes.
Paragrapho unico. E’ considerado circumstancia aggravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta.
Aos chefes, ou cabeças, se imporá a pena em dobro.
A atuação do poder disciplinar sobre um conjunto indefinido de pessoas foi justamente a responsável pelo esquadrinhamento e pela visibilidade do indivíduo. Ou seja, tanto o exemplo do nascimento da prisão (fins do século XVIII) e do isolamento celular do preso, como o exemplo do nascimento do hospício, antes de destruir ou eliminar a “especificidade da loucura” ou a figura do delinquente, representam, pelo contrário, as condições de possibilidade para que a emergissem essas figuras.
É dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado – Vigiar e Punir
QUANDO ACONTECE A DOCILIZAÇÃO DOS CORPOS?
A disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos ‘dóceis’. A disciplina aumenta as forças dos corpos (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência) […] a coerção disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e a dominação acentuada –Vigiar e Punir
Foucault caracteriza a sociedade contemporânea como uma sociedade disciplinar, na qual prevalece a produção de práticas disciplinares de vigilância e controles constantes, que se estendem a todos os âmbitos da vida dos indivíduos.

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