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Criminologia Valmir IUnidade

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Criminologia
Prof. Valmir Lacerda Cardoso Júnior
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Introdução
Apresentação do Professor
A Faculdade de Direito de Jacobina
Apresentação dos Alunos
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Ementa
Aborda as Teorias da Criminologia: fundamentos básicos da crimininologia. Das escolas: evolução histórica e teórica. Das pesquisas em criminologia. Dos direitos humanos e a criminologia.
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Objetivos
 
Geral: Analisar como ciência empírica e interdisciplinar e suas relações entre os DH, Democracia, Cidadania e Cultura da Paz.
Específicos: Estudar o crime, autor, vítima, controle social. As teorias sociológicas da criminalidade e a realidade.
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I - Unidade
Criminologia. Conceito. Definição. Método
Escolas Penais.
Evolução Histórica do Direito Penal
Período da Vingança
Período Humanitário
Período Científico
Direito Natural
Escola Clássica X Escola Positiva
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II - Unidade
Objeto da Criminologia. Ampliação e Problematização do seu objeto
Criminologia Tradicional X Criminologia Moderna
Delito
Delinqüente
Vítima
Controle Social
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III - Unidade
Funções da Criminologia
Modelos de Reação ou Resposta ao Delito
Modelo Dissuasório Clássico
Modelo Ressocializador
Modelo Integrador
Modelo de Segurança Cidadã 
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Conceito de Criminologia
“ Ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dimâmica e variáveis principais do crime – contemplado este como problema individual e como problema social - , assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinqüente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito”
	Antônio García – Pablos de Molina traduzido por 
Luiz Flávio Gomes
www.lfg.com.br
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Definição
“Ciência analítica envolvendo várias disciplinas que estuda o crime e o controle social.” 
Valmir Lacerda Jr.
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Caso 1: Policial civil é suspeito de matar ex-namorada em Campinas (SP)
25/02/2008 - 00h03 Bol.com.br
Um policial civil é suspeito de matar a ex-namorada em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), no início da madrugada de domingo (24). A Polícia Civil não divulgou o nome do agente. Ele teria se desentendido com a ex-namorada, Daniela de Araújo Lima Carvalho, 25, na frente da casa dela, localizada no distrito de Joaquim Egídio, por volta das 4h50. Logo depois da discussão, ele teria desferido um tiro na cabeça dela. O policial civil fugiu após atirar. A bala teria atravessado o crânio e só parou no braço esquerdo de uma amiga que estava ao lado de Carvalho, segundo a Polícia Militar. Carvalho chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital municipal Doutor Mário Gatti, em Campinas, mas não resistiu ao ferimento e morreu. A jovem que foi atingida no braço foi encaminhada para a Casa de Saúde de Campinas. Ela deverá ser submetida a uma cirurgia para extração da bala. 
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Caso 2
Pai que jogou duas filhas de ponte no Espírito Santo é condenado a 36 anos de prisão
 
 
03/05/2012 - 12h01.UOL NOTÍCIAS
 
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Caso 3
Sex , 14/03/2014 às 15:07 | Atualizado em: 14/03/2014 às 15:46
Mãe que mandou matar filho o rejeitava por ser negro
Alean Rodrigues/Sucursal Feira de Santana
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Evolução Histórica do Direito Penal
Tempos Primitivos do Direito
 	Nesta fase ainda não havia um sistema penal organizado. Os fenômenos naturais eram associados a forças divinas. A prática de determinados atos desagradava as divindades, e exigia reparação. Criaram-se então proibições que, desobedecidas, resultavam em castigos, e o castigo era o sacrifício da própria vida ou uma oferenda. A pena tinha caráter de vingança, era desproporcional à ofensa, e era aplicada sem preocupação com a justiça. 
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Período da Vingança
 FASES DO DIREITO PENAL Sucederam-se períodos distintos que foram denominados por E. Magalhães Noronha como:
VINGANÇA DIVINA
VINGANÇA PRIVADA
VINGANÇA PÚBLICA
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Continuação...
FASE DA VINGANÇA DIVINA - Nesta fase o "direito de punir" é atribuído aos grupos religiosos, e as religiões apresentam normas de caráter penal. O castigo era aplicado pelos sacerdotes, que agiam em nome da divindade. As penas eram severas e desumanas. 
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Continuação...
Vingança Divina: "A repressão ao crime é satisfação dos deuses".
          Aqui, a religião atinge influência decisiva na vida dos povos antigos.
          A repressão ao delinqüente nessa fase tinha por fim aplacar a "ira" da divindade ofendida pelo crime, bem como castigar ao infrator.
          A administração da sanção penal ficava a cargo dos sacerdotes que, como mandatários dos deuses, encarregavam-se da “justiça”.
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Continuação...
Aplicavam-se penas cruéis, severas, desumanas. A "vis corpolis" era usa como meio de intimidação.
          No Antigo Oriente, pode-se afirmar que a religião confundia-se com o Direito, e, assim, os preceitos de cunho meramente religioso ou moral, tornavam-se leis em vigor.
          Legislação típica dessa fase é o Código de Manu, mas esses princípios foram adotados na Babilônia, no Egito (Cinco Livros), na China (Livro das Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel.
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Continuação...
FASE DA VINGANÇA PRIVADA - Cometido um crime, ocorria a reação da vítima, dos parentes, ou do grupo social. O homem passa a praticar a vingança, geralmente desproporcional ao dano causado, o que faz com que a sociedade corra o risco de desaparecer. 
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Continuação...
Vingança Privada: "Olho por olho, dente por dente".
          Na denominada fase da vingança privada, cometido um crime, ocorria a reação da vítima, dos parentes e até do grupo social (tribo), que agiam sem proporção a ofensa, atingindo não só o ofensor, como todo o seu grupo. A inexistência de um limite (falta de proporcionalidade) no revide à agressão, bem como a vingança de sangue foi um dos períodos em que a vingança privada constituiu-se a mais freqüente forma de punição, adotada pelos povos da antigüidades.
          A vingança privado constituía uma reação natural e institiva, por isso, foi apenas uma realidade sociológica, não uma instituição jurídica.
          Duas grandes regulamentações, com o evolver dos tempos, encontrou a vingança privada: o talião e a composição.
          Apesar de se dizer comumente pena de talião, não se tratava propriamente de uma pena, mas de um instrumento moderador da pena. Consistia em aplicar no delinqüente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporção.
         
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Continuação...
 Foi adotado no código de Hamurabi: 
          "Art. 209 – Se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez siclos pelo feto".
          "Art. 210 – Se essa mulher morre, então deverá matar o filho dele".
Também encontrado na Bíblia Sagrada: 
          "Levítico 24, 17 – Todo aquele que feri mortalmente um homem será morto".
Assim como na Lei das XII Tábuas.
          "Tábua VII, 11 – Se alguém fere a outrem, que sofra a pena de Talião, salvo se houver acordo".
          "Ut supra", o Talião foi adotado por vários documentos, revelando-se um grande avanço na história do Direito Penal por limitar a abrangência da ação punitiva.
          Posteriormente, surge a composição, através do qual o ofensor comprava sua liberdade, com dinheiro, gado, armas, etc. Adotada, também, pelo Código de Hamurabi (Babilônia), pelo pentateuco (Hebreus) e peloCódigo de Manu (Índia), foi largamente aceita pelo Direito Germânico, sendo a origem remota das indenizações cíveis e das multas penais.
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Continuação...
FASE DA VINGANÇA PÚBLICA - Surgiu para dar maior estabilidade ao Estado, mas as penas ainda eram severas e cruéis. Em três lugares surgem legislações semelhantes: o Código de Hamurabi (Babilônia), a Lei de Talião e o Código de Manu, que estabeleciam
limites para a vingança. A Lei de Talião (sangue por sangue, olho por olho, dente por dente) era uma lei de proporcionalidade. Neste momento, começa a surgir o poder não religioso: o estado de fato (estrutura social). 
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Continuação...
Vingança Pública: "Crimes ao Estado, à sociedade".
          Com uma maior organização social, especialmente com o desenvolvimento do poder político, surge, no seio das comunidades, a figura do chefe ou da assembléia.
          A pena, portanto, perde sua índole sacra para transformar-se em um sanção imposta em nome de uma autoridade pública, representativa dos interesses da comunidade.
          Não era mais o ofendido ou mesmo os sacredotes os agentes responsáveis pela punição, mas o soberano (rei, príncipe, regente). Este exercia sua autoridade em nome de Deus e cometia inúmeras arbitrariedades.
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Continuação...
  A pena de morte era uma sanção largamente difundida e aplicada por motivos que hoje são considerados insignificantes. Usava-se mutilar o condenado, confiscar seus bens e extrapolar a pena até os familiares do infrator.
          Embora a criatura humana vivesse aterrorizada nessa época, devido à falta de segurança jurídica, verifica-se avanço no fato de a pena não ser mais aplicada por terceiros, e sim pelo Estado.
          Tempo de desespero, noite de trevas para a humanidade, idade média do Direito Penal... Vai raiar o sol do Humanismo. Enfim!
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Período Humanitário
"O homem deve conhecer a justiça".
           O Direito Penal e a "Filosofia das Luzes".
          Os séculos XVII e XVIII foram marcados pela crescente importância da burguesia, classe social que comandava o desenvolvimento do capitalismo. Mas nem tudo era belo e tranqüilo: havia um grave conflito de interesses entre os burgueses e a nobreza.
          Surgiu, então, um sistema de idéias que deu origem ao liberalismo burguês. Essas idéias ganharam destaque através do movimento cultural conhecido como Iluminismo ou Filosofia das Luzes.
          Os pensadores iluministas, em geral, defendiam uma ampla reforma do ensino, criticavam duramente a intervenção do Estado na economia e achincalhavam a Igreja e os poderosos.
          Nem mesmo Deus escapou às discussões da época. O Deus iluminista, racional, era o "grande relojoeiro" nas palavras de Voltaire.
          Deus foi encarado como expressão máxima da razão, legislador do Universo, respeitador dos direitos universais do homem, da liberdade de pensar e se exprimir. Era também o criador da "lei", e lei no sentido expresso pelo filósofo iluminista Montesquieu: "relação necessária que decorre da natureza das coisas".
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Continuação...
 Foi, evidentemente, os escritos de Montesquieu, Voltaire, Rousseau e D’Alembert que prepararam o advento do humanismo e o início da radical transformação liberal e humanista do Direito Penal.
          Locke, filósofo inglês, considerado o pai do iluminismo, escreveu o "Ensaio sobre o entendimento humano. Montesquieu, jurista francês, escreveu "O espirito das Leis", defendendo a separação dos três poderes do Estado. Voltaire, pensador francês, tornou-se famoso pelas críticas ao clero católico, à intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos. Rousseau, filósofo francês, célebre defensor da pequena burguesia e inspirador dos ideais da Revolução Francesa, foi autor de "O Contrato Social" e "Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Por fim, Diderot e D’Alembert foram os principais organizadores da "Enciclopédia", obra que resumia os principais conhecimentos artísticos, científicos e filosóficas da época.
          Os pensadores iluministas, supra citados, em seus escritos, fundamentaram uma nova ideologia, o pensamento moderno, que repercutiria até mesmo na aplicação da justiça: à arbitrariedade se contrapôs a razão, à determinação caprichosa dos delitos e das penas se pôs a fixação legal das condutas delitivas e das penas.
          Os povos clamavam pelo fim de tanto barbarismo disfarçado.
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Continuação...
  Beccaria: "filho espiritual dos enciclopedistas franceses".
          Em 1764, imbuído dos princípios iluministas, Cesar Bonesana, Marquês de Beccaria, faz publicar a obra "Dei Delitti e Delle Pene", que, posteriormente, foi chamado de "pequeno grande livro", por Ter se tornado o símbolo da reação liberal ao desumano panorama penal então vigente.
          Os princípios básicos pregados pelo jovem aristocrata de Milão firmaram o alicerce do Direito Penal moderno, e muitos desses princípios foram, até mesmo, adotados pela declaração dos Direitos do homem, da revolução Francesa.
          Segundo ele, deveria ser vedado ao magistrado aplicar penas não previstas em lei. A lei seria obra exclusiva do legislador ordinário, que "representa toda a sociedade ligada por um contrato social".
          Quanto a crueldade das penas afirmava que era de todo inútil, odiosa e contrária à justiça.
          Sobre as prisões de seu tempo dizia que "eram a horrível mansão do desespero e da fome", faltando dentro delas a piedade e a humanidade.
          Não foi à toa que alguns autores o chamaram apóstolo do Direito: O jovem marquês de Beccaria revolucionou o Direito Penal e sua obra significou um largo passo na evolução do regime punitivo.
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Continuação...
    O Direito Natural e sua influência.
          Entre os séculos XVI e XVIII, na chamada fase racionalista surgia a chamada Escola do Direito Natural, de Hugo Grócio, Hobbes, Spinoza, Puffendorf, Wolf, Rousseau e Kant. Sua doutrina apresentava os seguintes pontos básicos: a natureza humana como fundamento do Direito; o estado de natureza como suposto racional para explicar a sociedade; o contrato social e os direitos naturais inatos.
          De conteúdo humanitário e influenciada pela filosofia racionalista, a Escola concebeu o Direito Natural como eterno, imutável e universal.
          Se por um lado a Escola do Direito Natural teve uma certa duraçào, a corrente que se formou, ou seja, o jusnaturalismo prolongou-se até a atualidade. 
          Romagnosi, já visto anteriormente como um dos iniciadores da Escola Clássica, fundamentou sua obra, "Gênesis do Direito Penal", concebendo o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas.
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Continuação...
  Embora ainda sob uma pseudo-compreensão de alguns juristas, o Direito Natural tem sobrevivido e mostrado que não se trata de idéia metafísica ou princípio de fundo simplesmente religioso.
          O jusnaturalismo atual constitui um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a ordem jurídica. Os princípios mais apontados referem-se ao direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à segurança, etc.
          É evidente a correlação que existiu e ainda existe entre Direito Natural e Direito Penal: os princípios abordados pelo jusnaturalismo, especialmente os correspondentes aos direitos naturais inatos, estão devidamente enquadrados no roldos bens jurídicos do assegurados pelo Direito Penal.
          Assim, o jusnaturalismo e seus princípios não deixaram de influenciar o período Humanitário, no qual buscava-se individuais a valorização dos direitos intocáveis e dos delinqüentes e a consequente dulcificação das sanções criminais.
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Continuação...
	 Escola Clássica: "A denominação pejorativa criada pelos positivistas".
          Denomina-se Escola Clássica o conjunto de escritores, pensadores, filósofos e doutrinadores que adotaram as teses ideológicas básicas do iluminismo, que foram expostas magistralmente por Beccaria.
          Três grandes jurisconsultos podem ser considerados como iniciadores da Escola Clássica: Gian Domenico Romagnosi, na Itália. Jeremias Bentham, na Inglaterra e Anselmo Von Feuerbach na Alemanha.
          Romagnosi concebe o Direito Penal como um direito natural, imutável e anterior às convenções humanas, que deve ser exercido mediante a punição dos delitos passados
para impedir o perigo dos crimes futuros.
          Jeremias Bentham considerava que a pena se justificava por sua utilidade: impedir que o réu cometa novos crimes, emendá-lo, intimidá-lo, protegendo, assim a coletividade.
          Anselmo Von Feuerbach opina que o fim do Estado é a convivência dos homens conforme as leis jurídicas. A pena, segundo ele, coagiria física e psicologicamente para punir e evitar o crime.
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Continuação...
 No que tange à finaidade da pena, havia no âmago da Escola Clássica, três teorias:
1. Absoluta – que entendia a pena como exigência de justiça.
2. Relativa – que assinalava a ela um fim prático, de prevenção geral e especial;
3. Mista – que, resultando da fusão de ambas, mostrava a pena como utilidade e ao mesmo tempo como exigência de justiça.
          Na Escola Clássica, dois grandes períodos se distinguiram: o filósofo ou teórico e o jurídico ou prático. No primeiro destaca-se a incontestável figura de Beccaria. Já no segundo, aparece o mestre de Pisa, Francisco Carrara, que tornou-se o maior vulto da Escola Clássica.
          Carrara defende a concepção do delito como ente jurídico, constituído por duas forças: a física (movimento corpóreo e dano causado pelo crime) e a moral (vontade livre e consciente do delinqüente).
          Define o crime como sendo "a infração da lei do Estado, promulgada para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e politicamente danoso". 
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Livro
PÁGINAS 133/134
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PÁGINAS 135/140
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Livro
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Etapa Pré-Científica da Criminologia por Molina
Teorias dotadas de um certo rigor e pretensões de generalização, transcedem as meras concepções ou representações populares, fruto do saber e da experiência cotidianos
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Pré-Científica
Havia dois enfoques:
Clássico
Produto das ideias do Iluminismo, dos Reformadores, e do Direito Penal Clássico: método abstrato, dedutivo e formal
Empírico
As investigações sobre os , realizadas, de forma fragmentária, por especialistas das mais diversas procedências (FISIONOMISTAS, ANTROPÓLOGOS, ETC) que substituem a especulação, a intuição e a dedução pela análise, observação e indução
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Estatística Moral ou Escola Cartográfica
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Período Científico ou Criminológico:
          "A justiça deve conhecer o homem".
O Determinismo: "Para cada fato, há razões que o determinaram".
          Durante o chamado período cientifico surge uma doutrina que vai influenciar o pensamento da época, repercutindo, inclusive no âmbito criminal: a filosofia determinista.
          Segundo a mesma, todos os fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a história são subordinadas a leis e causas necessárias.
          Coube a Laplace a formulação conceitual mais ampla do determinismo, corrente esta que, Segunda a visão "Laplaciana", corresponde ao "caráter de uma ordem de fatos na qual cada elemento depende de outros, de tal modo que se pode prevê-lo, provocálo ou controlá-lo segundo se conhece, provoque ou controle a ocorrência desses outros".
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Continuação...
Assim, o delito, como fato jurídico, deveria também obedecer esta correlação determinista, já que por trás do crime haveria sempre razões suficientes que o determinaram.
          Para certa corrente filosófica, a noção de determinismo é central na conceituação do conhecimento científico, tanto na esfera das ci6encias físico-naturais, quanto na das ciências do homem; para uma Segunda corrente, o determinismo é incompatível com a idéia da ação deliberada e responsável, ou seja, o determinismo nega o livre arbítrio. Foi aceito por Ferri, que afirmava ser o homem responsável, por viver ele em sociedade.
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Continuação...
"Os Evangelistas": Lombroso, Ferri e Garófalo.
          Foi César Lombroso, autor do livro L’uomo Delinquente, quem apontou os novos rumos do Direito Penal após o período humanitário, através do estudo do delinqüente e a explicação causal do delito.
          O ponto nuclear de Lombroso é a consideração do delito como fenômeno biológico e o uso do método experimental para estudá-lo. Foi o criador da "Antropologia Criminal". A seu lado surgem Ferri, com a "Sociologia Criminal", e Garofalo, no campo jurídico, com sua obra "Criminologia", podendo os três ser considerados os fundadores da Escola positiva.
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O Pai da Criminologia
Biografia
Obra: O Homem Delinqüente 1876
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Continuação...
Lombroso afirmava a existência de um criminoso nato, caracterizado por determinados estigmas somato-psíquicos e cujo destino indeclinável era delinqüir, sempre que determinadas condições ambientais se apresentassem.
          Discípulo dissidente de Lombroso, Henrique Ferri, ressaltou a importância de um trinômio causal do delito: os fatores antropológicos, sociais e físicos. Dividiu os criminosos em cinco categorias: o nato, o louco, o habitual, o ocasional e o passional. Dividiu, ainda, as paixões em: sociais (amor, piedade, nacionalismo, etc.) e anti-sociais (ódio, inveja, avareza, etc.).
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Continuação...
 Outro vulto da tríade é Rafael Garófalo, o primeiro a usar a denominação "Criminologia" para as Ciências Penais. Fez estudos sobre o delito, o delinqüente e a pena.
          Afirmava essa tríade de vigorosos pensadores que a pena não tem um fim puramente retributivo, mas também uma finalidade de proteção social que se realiza através dos meios de correção, intimidação ou eliminação.
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Continuação...
O movimento positivista no Direito Penal.
          O movimento naturalista do século XVIII, que pregava a supremacia da investigação experimental em oposição à indagação puramente racional, influenciou o Direito Penal. Numa época de franco domínio do pensamento positivista no campo da filosofia (Augusto Comte) e das teorias evolucionistas de Darwin e Lamark, das idéias de John Stuart e Spencer, surgiu a chamada Escola Positiva.
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Continuação...
 A nova Escola proclamava outra concepção do Direito. Enquanto para a Clássica ele preexistia ao Homem (era transcendental, visto que lhe fora dado pelo criador, para poder cumprir seus destinos), para osd positivistas, ele é o resultado da vida em sociedade e sujeito a variações no tempo e no espaço, consoante a lei da evolução.
          Seu pioneiro foi o médico psiquiatra César Lombroso, segundo o qual a criminalidade apresenta, fundamentalmente, causa biológica.
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Continuação...
          É de Lombroso a descrição do criminoso nato. Ei-la: 
assimetria craniana, fronte fugida, zigomas salientes, face ampla e larga, cabelos abundantes e barba escassa. 
o criminoso nato é insensível fisicamente, resistente ao traumatismo, canhoto ou ambidestro, moralmente impulsivo, insensível, vaidoso e preguiçoso. 
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Continuação...
 Embora tenha cometido alguns exageros na definição do criminosos nato, a idéia de uma tendência para o crime não foi sepultada com Lombroso. Estudos feitos por geneticistas tem levado à conclusão de que elementos recebidos por herançabiológica, embora possam não condicionar um "modus vivendi" no sentido de tornar o homem predestinado em qualquer direção, influem no modo ser do indivíduo.
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PÁGINAS 145/156
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Livro
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Etapa Científica da Criminologia por Molina
Surge como crítica e alternativa à denominada Criminologia Clássica, dando lugar a uma polêmica doutrinária que é uma polêmica sobre métodos e paradigmas do Científico (o método abstrato e dedutivo dos clássicos, baseado no silogismo), frente ao método empírico-indutivo (baseado na observação dos fatos, dos dados.
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Científica
Escola (Scuola) Positiva
Antropológica de Lombroso
Sociológica de Ferri
Moderada de Garófalo
Escolas Intermediárias e teorias ambientais
Escola de Lyon ou Antropossocial ou Criminal sociológica
Escolas Ecléticas
Terza Scuola
Escola de Marburgo ou Jovem Escola Alemã de Política Criminal
Escola Psicossociológica de Tarde
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