Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 CIÊNCIAS DO AMBIENTE • Cap Bandeira (SE/2) 2013 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 AULA 9: MEIO ATMOSFÉRICO CIÊNCIAS DO AMBIENTE INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SUMÁRIO 1. Características Gerais da Atmosfera; 2. Principais Poluentes Atmosféricos; 3. Poluição do Ar em Diferentes Escalas; 4. Dispersão de Poluentes na Atmosfera; 5. Padrões de Qualidade do Ar; 6. Controle da Qualidade do Ar. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO DOS POLUENTES NA ATMOSFERA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ASPECTOS GERAIS: • É o transporte acompanhado por diluição progressiva. • O processo tem 2 componentes principais: Componente Vertical: • Turbulência gerada pelo Gradiente Térmico (Convecção). Componente Horizontal: • Vento é agente de transporte e mistura (Advecção). Fatores meteorológicos de interesse: • velocidade e direção do vento; • temperatura e umidade; • turbulência; • estabilidade atmosférica; • efeitos topográficos. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA: Alta Pressão: • Estabilidade; • Dispersão fraca. Baixa Pressão: • Instável; • Boa dispersão. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA: Velocidade do Vento p z z z uu 10 10 • uz: velocidade do vento a altura z; • uz: velocidade do vento a 10 m; • z: altura z; • z10: altura de 10 metros. Expoente p em perfis de baixa velocidade Classe de Estabilidade Terreno Rural Claro Bosque (z∞ = 400m) Zona Urbana Zona Urbana (z∞ = 500m) A-B-C 0,07-0,10 0,28 0,15-0,20 0,40 D 0,14-0,16 0,21 E-F 0,20-0,33 0,21-0,33 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: • Influencia condições meteorológicas e dispersão de poluentes. • Gradiente Térmico: variação da temperatura com a altitude. z T Consideram-se 3 tipos: • Gradiente adiabático seco; • Gradiente adiabático úmido; • Gradiente ambiental. Processo adiabático: não há transferência de calor nem de massa através da fronteira da partícula de ar. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Gradiente Adiabático Seco • Independe da temperatura ambiente: Γd = ± 9,8ºC / km. • Alterações de temperatura são devidas à atividade molecular. • Atividade molecular se deve à pressão atmosférica. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Gradiente Adiabático Úmido • Ao subir, ar com vapor d’água esfria até o Ponto de Orvalho. • A partir desse ponto, inicia condensação (liberta calor latente). • Taxa resultante é o Γw = - 6,5ºC / km (valor médio troposférico). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Gradiente Ambiental (Γe) • Resulta de interações complexas de fatores meteorológicos. • Importante na regulação de movimentos verticais. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Altura da Camada de Mistura • Massa entre superfície e altura de intersecção entre Γd e Γe; • Quanto mais elevada, maior a camada de dispersão. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: • É dada pela ΔT entre a partícula de ar e sua envolvente. Princípio de Arquimedes: g m F o fo Lei dos Gases Ideais: RTP g T TT m F e pe • Se F/m > 0: INSTÁVEL • Se F/m < 0: ESTÁVEL • Se F/m = 0: NEUTRA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Gradiente Superadiabático • A taxa de arrefecimento do ambiente é superior ao Γd. • A partícula de ar permanece mais quente que o ar envolvente. Situação favorece considerável mistura vertical. Ocorre com céu limpo, forte insolação, ciclones. Quanto maior, mais instável. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Condições Neutras • A taxa de arrefecimento do ambiente é igual ao Γd. • Ocorre com pouco aquecimento da superfície; Dias ventosos ou com nebulosidade. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Gradiente Subadiabático • A taxa de arrefecimento do ambiente é inferior ao Γd. Noites com pouco ou nenhum vento. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA CONDICIONAL: • A partícula satura-se e arrefece de modo mais lento. Se Γw < Γe < Γd: Acima do nível de condensação, tem-se estabilidade. Abaixo ocorre o contrário. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Ascenção Orográfica • Massa de ar úmido é forçado a subir encosta de montanha. • 1 – 2: massa de ar inicia subida adiabática e arrefece; • 2 – 3: Atinge saturação e sobe segundo adiabática úmida. Nuvens e chuva; • 3 – 4: O ar desce, aquecendo-se (quente e seco). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA: Condensação por Ascenção • Altitude em que a nuvem começa a se formar. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: • Quando a temperatura aumenta com a altitude. • Inibe a dispersão de poluentes. Situação ocorre com frequência, mas geralmente limita-se a uma camada. Em tal camada, os poluentes não se dispersam e ficam concentrados. São 4 tipos de inversão: radiação, subsidência, frentes e advecção. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: Radiação • Quando a superfície arrefece mais rápido que o ar. • Tendência: madrugada de céu limpo e vento calmo. Situação anula-se ao nascer do sol (inversão rápida), mas pode sofrer retardo pela ação de nevoeiro e durar vários dias. Chaminés devem emitir acima da camada de inversão. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: Subsidência • Anticiclones: ar desce e afasta-se do centro em sentido horário. • Eleva-se a pressão, comprimindo e aquecendo ar abaixo. De dia, forma-se a centenas de metros de altitude. À noite, base da camada pode descer e chegar à superfície. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: Frentes • Massa de ar quente sobrepõe-se à massa de ar frio; • Movimentos verticais são reduzidos Em geral, têm curta duração, pois as massas se movem horizontalmente. Podem se prolongar com frentes estacionárias. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO INVERSÃO TÉRMICA: Advecção • Ao passar por superfície fria, massa de ar quente arrefece. • Também acontece quando é forçada a subir uma massa fria. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO EVOLUÇÃO DA PLUMA: Looping • Pluma em camada instável. • Movimentos verticais promovem “excursão” do ponto médio. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO EVOLUÇÃO DA PLUMA: Coning • Pluma em camada fracamente estável ou neutra; • Ocorre em dias nublados ou céu limpo após dissipação de inversãotérmica por radiação e antes de se estabelecerem condições de estabilidade. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO EVOLUÇÃO DA PLUMA: Fanning • Pluma em camada limite estável; • Difusão vertical é dificultada e ocorre no sentido do vento. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO EVOLUÇÃO DA PLUMA: Lofting • Camada superficial estável e a superior instável; • Pluma é inserida na camada superior onde fica retida. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 DISPERSÃO EVOLUÇÃO DA PLUMA: Fumigation • Camada superficial instável e a superior estável; • Pluma é emitida abaixo da inversão. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 CLASSES DE ESTABILIDADE DE PASQUILL: CLASSE ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA Gradiente Vertical de Temperatura (K*km) Desvio padrão da direção do vento (º) A Muito instável -17 25 B Instável -15 20 C Ligeiramente instável -13 15 D Neutra -10 10 E Estável +5 5 F Muito estável +25 2,5 DISPERSÃO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ELEVAÇÃO DA PLUMA: DISPERSÃO • Pluma é emitida em regime turbulento e admite ar do ambiente; • À medida que admite ar, seu diâmetro aumenta. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ELEVAÇÃO DA PLUMA: DISPERSÃO • Distância da linha central da pluma ao topo da chaminé. hhH s INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 Se x < xf: ELEVAÇÃO DA PLUMA: DISPERSÃO • Fórmulas propostas por Gary Briggs. • Condições de estabilidade neutra ou instabilidade (A, B, C, D). u xF h f 3 2 3 1 6,1 s as T TT V g F 6,04,016,2 sf hFx 4,0674fx mhs 305 mhs 305 Se x > xf: 22 3 2 3 1 8,012,264,04,0 6,1 fff f x x x x x x u xF h INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ELEVAÇÃO DA PLUMA: DISPERSÃO • Fórmulas propostas por Gary Briggs. • Condições de estabilidade (E, F). 3 1 4,2 Su F h mC z T T g S oa a /01,0 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 EQUAÇÃO DA DIFUSÃO: DISPERSÃO 22 2 2 2 1 exp 2 1 exp 2 exp 2 ,, zzyzy HzHzy u Q zyx Onde: • χ (x,y,z): concentração do poluente (g/m3); • Q: taxa de emissão do poluente (g/s); • σ: desvio padrão da concentração de poluentes na direção y ou z. • u: velocidade do vento (m/s); • x: distância horizontal na direção do vento (m) (x=0 na chaminé); • y: distância horizontal transversal (m) (y=0 no centro da pluma); • z: distância vertical (m) (z=0 no nível do solo); • H: Altura efetiva da chaminé (m). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 EQUAÇÃO DA DIFUSÃO: σy e σz. DISPERSÃO σy σz INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 PADRÕES DE QUALIDADE DO AR INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 PADRÕES BRASILEIROS: Resolução CONAMA 03/1990 PADRÕES DE QUALIDADE POLUENTE TEMPO MÉDIO PADRÕES Primário Secundário MP 24h (*) 240 μg/m3 150 μg/m3 Méd. Geom. anual 80 μg/m3 60 μg/m3 SO2 24h (*) 365 μg/m3 100 μg/m3 Méd. Aritm. anual 80 μg/m3 40 μg/m3 CO 1h (*) 40000 μg/m3 40000 μg/m3 8h (*) 10000 μg/m3 10000 μg/m3 O3 1h (*) 160 μg/m3 160 μg/m3 Fumaça 24h 150 μg/m3 100 μg/m3 Méd. Aritm. anual 60 μg/m3 40 μg/m3 Partículas inaláveis (<10μm) 24h 150 μg/m3 150 μg/m3 Méd. Aritm. anual 50 μg/m3 50 μg/m3 NO2 1h (*) 320 μg/m3 190 μg/m3 Méd. Aritm. anual 100 μg/m3 100 μg/m3 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 PADRÕES BRASILEIROS: Resolução CONAMA 03/1990 PADRÕES DE QUALIDADE PARÂMETRO ATENÇÃO NÍVEIS ALERTA EMERGÊNCIA SO2 (μg/m3) – 24h 800 1600 2100 MP (μg/m3) – 24h 375 625 875 SO2 x MP (μg/m3) – 24h 65000 261000 393000 CO (ppm) – 8h 15 30 40 O3 (μg/m3) – 1h 400 800 1000 inalantes (μg/m3) – 24h 250 420 500 Fumaça (μg/m3) – 24h 250 420 500 NO2 (μg/m3) – 1h 1130 2260 3000 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 CONTROLE DA QUALIDADE DO AR INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ALGUNS DISPOSITIVOS: Precipitador Eletrostático CONTROLE DA QUALIDADE • Remove material particulado. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ALGUNS DISPOSITIVOS: Filtro de Manga ou de Tecido CONTROLE DA QUALIDADE • Remove até 99,9% do MP. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ALGUNS DISPOSITIVOS: Separador Ciclônico CONTROLE DA QUALIDADE • Remove de 50 a 90% de partículas grandes; • É pouco eficiente para material médio e fino. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ALGUNS DISPOSITIVOS: Lavador de Gás CONTROLE DA QUALIDADE • Remove de 99,5% das partículas; • Não remove o material fino. • Consegue remover 80-95% do SO2. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 ALGUMAS AÇÕES: Caráter individual e coletivo CONTROLE DA QUALIDADE • Reduzir o desperdício de energia; • Substituir os combustíveis fósseis por outras fontes; • Transformar o carvão sólido em gasoso ou líquido; • Remover o enxofre do combustível antes da queima; • Taxar a fonte de emissão de poluentes; • Melhorar a eficiência dos sistemas de combustão; • Mais, muito mais... INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FIM
Compartilhar