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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Professor: João Diógenes 
Aluna: Renata Andrade Brito 
Turma: 2016.2
Será que existe algum “poder” que só dependa de quem o exerce e nem um pouco daqueles sobre os quais é exercido? A obediência é sempre uma coisa imposta, mesmo que não pareça?
 Hodiernamente, a palavra poder tem vários significados e dependendo do contexto no qual é aplicada o seu sentindo muda, podendo ser definida como o direito de agir, capacidade de realizar/ser algo. Do mesmo modo que pode ser compreendida como: a habilidade de exercer autoridade, soberania, vontade própria sobre a de outras pessoas.
 Pensando sobre o assunto, acredito que não haja um modo de exercer poder, sendo ele político, sociológico, econômico ou qualquer outro, em que o que comanda não dependa do comandado, mesmo que essa dependência seja somente demonstrada através da submissão. 
 É o que acontece em governos autoritários, onde o estado precisa da obediência do povo para continuar no poder. E toda obediência é necessariamente imposta, mesmo que não pareça, suponho que, em alguns casos, nasça de forma parecida como nasce o preconceito: socialmente. 
 Ninguém nasce preconceituoso, ele é adquirido ou apreendido no meio social no qual se convive. Assim ocorre com a obediência, ela é passada culturalmente, como ocorre nos casos de governos autoritários, as crianças crescem sendo influenciadas a acreditar que precisam ser submissas aos mesmos. 
Se fizermos uma lista — digamos — de cinco problemas que estamos enfrentando no momento, é possível ver em alguns deles, ou em todos eles, implicações políticas?
 A política transpassa todos os meios da nossa sociedade, e como escreve João Ubaldo Ribeiro, “queiramos ou não, estamos imersos num processo político que penetra todas as nossas atitudes, toda a nossa maneira de ser e agir”. Desde as nossas decisões mais simples, por exemplo, quando escolhemos o que vamos comer no dia, até nossa definição de preferência sexual estamos fazendo política.
 Podemos pensar que nossa atitude individual não tem tamanha importância, todavia toda ação tem uma reação no coletivo. Destarte, o problema que aflige um sujeito reflete em pessoas na mesma situação. 
O pai toma todas as decisões por seus filhos adolescentes, inclusive quanto a vestuário, escolha de profissão etc. Existe algo de político nisso?
 Em casos de ditadura, quando os indivíduos perdem ou abdicam dos seus direitos de escolha, ou quando o Estado decide o que é melhor para o povo sem o consulta-lo, continuam sendo situações políticas. Todo ato político é constituído de duas particularidades, sendo elas: os interesses e as decisões. 
 Desta maneira, todas as nossas decisões que, necessariamente, baseiam em interesses, são atos políticos. O mesmo ocorre quando um pai, em uma sociedade, ainda, muito patriarcal, impõe todas as suas vontades sobre as escolhas dos filhos.
 
Uma mulher gostaria de fazer um aborto, mas hesita, não só porque é um ato ilegal, como também porque não seria aceito pelas pessoas que ela respeita e acata. Trata-se de um problema político?
 Atualmente, o aborto é considerado crime contra a vida humana segundo o Código Penal Brasileiro, tornando-se legal apenas em três situações: em casos de violência sexual, risco de vida para a gestante e quando o feto é anencefálico. 
 Somando-se a isso, temos o fato que: 85% da população brasileira se declarar cristã, tornando-nos, o segundo país mais cristão do mundo. Portanto, além do fator constitucional, o coeficiente religioso tem peso sobre a questão do aborto, já que essa ação é considerada “pecado”.
 Independente desses dois elementos, mulheres continuam abortando no país, sendo a falta de assistência médica e familiar à causa da morte de muitas delas. A existência de fatores que influenciam na decisão de um indivíduo, principalmente quando esse proíbe seu interesse, é um problema político que afeta a coletividade e não pode ser resolvido individualmente. 
Um deputado se elege, passaram-se três anos de um mandato de quatro, ele nunca faz um discurso, nunca apresenta um projeto, raramente aparece nas comissões e no plenário. Ele é um político?
 Segundo Aristóteles, “todo homem, por natureza, é um animal político”, porém existem aqueles que têm a política como profissão. Esses são, na democracia, incorporados no governo pela vontade do povo e influenciam a maneira como a sociedade é governada. 
 Contudo, nem todos que ocupam cargos políticos realizam o trabalho para o qual foram escolhidos e isso não os tornam seres apolíticos. O seguimento dessa negligência profissional resulta em políticos indiferentes e que, consequentemente, contribuem para inalterabilidade a situação política.
 
Fulano é um técnico em controle de natalidade, que está procurando ensinar às famílias pobres da coletividade métodos anticonceptivos e distribuir material adequado. Ele diz que seu trabalho é meramente científico e social, não tem nada de político. Ele tem razão?
 A politica é a arte do coletivo, da coabitação, logo quando o governo propõe politicas públicas é objetivando o bem-estar social. Esse podendo ser alcançado através de mudanças comportamentais da população. 
 Quando Fulano emite seu conhecimento, ambicionando a alteração do costume daquele público, ele está contribuindo para uma futura mudança comportamental. Essa ação que reflete, diretamente, na sociedade é extremamente política.
 
“É tempo de murici, cada um cuide de si.” Este velho ditado é apolítico?
 Viver é um ato político. Portando, defender qualquer opinião, qualquer postura, seja ela individual ou coletiva, é interferir politicamente no meio. Quando um sujeito declara-se apolítico, ele está tomando uma posição em quanto à política.
 Posição essa que é entendida como ser indiferente ao que ocorre, ou com escreveu Platão, em sua obra A República, “não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.
“Quem manda nesta casa sou eu, porque quem traz o dinheiro sou eu.” Isto é uma declaração política?
 A palavra política possui várias explicações dependendo do contexto na qual é aplicada. Uma dessas definições é que política significa poder. Poder este que, na maioria das vezes, é exercido por quem possui condições maiores de força, ideologia, entre outros fatores, mas, principalmente, dinheiro. 
 A sociedade vigente é regida pelo capitalismo, que depende completamente do dinheiro. Portanto, a declaração acima é frequentemente usada por indivíduos que o poder monetário como fator social.
9. Você concorda com a afirmação de que toda relação social é uma relação
política? Por quê?
 Estamos envoltos em um processo no qual todas as nossas ações, decisões, são maneiras de fazer política e essas refletem, mesmo que minimamente, na sociedade.
 Aristóteles diz: “O objetivo principal da política é criar a amizade entre membros da cidade”, cidade essa que é significado da origem da palavra política. Não tem como se fazer politica sem que a sociedade se realacione.

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