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129 Pioneiros & emPreendedores Jacques Marcovitch C o l e ç ã o Sede Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - ceP 04533-001 Espaço Sociocultural – Teatro CIEE Rua Tabapuã, 445 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - ceP 04533-011 Prédio-Escola CIEE Rua Genebra, 65/57 - centro - São Paulo/SP - ceP 01316-010 Prédio-Escola CIEE Bacelar Rua Doutor Bacelar, 1080 - Vila clementino - São Paulo/SP - ceP 04026-002 Telefone do Estudante: (11) 3046-8211 Atendimento às Empresas: (11) 3046-8222 Atendimento às Instituições de Ensino: (11) 3040-4533 Fax: (11) 3040-9955 www.ciee.org.br Pioneiros & emPreendedores C o l e ç ã o C I e e 1 2 9 S ã o P a u l o 2 0 1 3 Jacques Marcovitch C389p CENTRO DE INTEGRAÇÃO EMPRESA-ESCOLA - CIEE Pioneiros & Empreendedores / Centro de Integração Empresa- Escola – São Paulo : CIEE, 2013. 46 p. ; il. (Coleção CIEE ; 129) Palestra proferida por Jacques Marcovitch durante o Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, realizada em 28 de junho de 2012, no Auditório “Ernesto Igel” do CIEE. ISBN: 978-85-63704-17-7 1. Administração - Empreendedorismo 2. Economia - Brasil 3. Silva, Ruy Martins Altenfelder 4. Bertelli, Luiz Gonzaga 5. Marcovitch, Jacques I. Título II. Série CDU : 65 : 338 Planejamento e produção editorial: Pixys Comunicação Integrada Coordenação editorial: Renato Avanzi Diagramação e arte: André Brazão Apoio: Fabiana Rosa e Tânia Moura Capa: André Brazão Taquigrafia: Antonio José Chiquetto Editado por Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE Rua Tabapuã, 540 - Itaim Bibi - São Paulo/SP - CEP 04533-001 Telefone do Estudante: (11) 3046-8211 Atendimento às Empresas: (11) 3046-8222 Atendimento às Instituições de Ensino: (11) 3040-4533 Fax: (11) 3040-9955 www.ciee.org.br Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. sumário Pensar e fazer Ruy Martins altenfelder Silva .......................................... 06 Construtores da Pátria luiz Gonzaga Bertelli ..................................................... 10 Pioneiros & emPreendedores Jacques Marcovitch ....................................................... 20 debates ....................................................................... 43 enCerramento ............................................................. 57 ruy martins altenfelder silva advogado, presidente voluntário do Conselho de administração do Centro de Integração empresa- -escola – CIee, presidente da academia Paulista de letras Jurídicas – aPlJ, do Conselho Superior de estudos avançados da Fiesp e vice-presidente da academia Paulista de História – aPH. 6 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 76 | Coleção CIEE 129 “JaCquEs MarCovItCh rElata uMa pontE EntrE os pIonEIros quE lEvaraM o BrasIl ao topo da lIsta dos paísEs EMprEEndEdorEs E os novos E futuros EMprEsárIos BrasIlEIros.” Pensar e fazer Ruy Martins altenfelder Silva 6 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 7Pioneiros & Empreendedores | 7 Pioneiros e Empreendedores: trata-se de um dos even-tos de maior relevância para ser debatido neste mo-mento. E nada melhor do que quem sabe e faz acon- tecer para apresentar e debater o tema: Jacques Marcovitch. Jacques Marcovitch é escritor, professor doutor de economia. Nasceu na cidade de Alexandria, no Egito, veio ao Brasil jun- to com sua família, ainda adolescente, com apenas 15 anos, aos 18 ingressou na USP – Universidade de São Paulo. Foi presidente do Centro Acadêmico Visconde de Cairu em 1968, ano em que se formou em Administração de Empresas. Realizou seu mestrado na Owen Graduate School of Manage- ment , Vanderbilt University e obteve o grau de doutor pela USP em 1973. Foi reitor da Universidade de São Paulo – USP, ex-presidente da CESP (Companhia Energética de São Paulo), atuou como secretário de Estado da Economia e Planejamen- to do governo estadual de São Paulo. Hoje desenvolve proje- tos educacionais para as iniciativas pública e privada. O tema deste Fórum Permanente de Debates sobre a Realida- de Brasileira promovido pelo Centro de Integração Empresa- -Escola –CIEE foi escolhido em virtude de sua importância. Com sutileza e perspicácia, Jacques Marcovitch relata uma ponte entre os pioneiros que levaram o Brasil ao topo da lista dos países empreendedores e os novos e futuros empresários 8 | Coleção CIEE 129 brasileiros, com explicações do tipo: Porque o que aconteceu é tão importante quanto o que está acontecendo? E o que vai acontecer? Porque é preciso pensar o futuro ousadamente! Pioneiros e Empreendedores é uma ótima oportunidade para estudantes e profissionais de diversos segmentos se atualiza- rem e adquirirem, principalmente, preciosos conhecimentos que enaltecem seus currículos. Este relevante assunto será devidamente apresentado e expli- cado com maestria pelo professor Jacques Marcovitch. 8 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 9 luiz GonzaGa bertelli Presidente executivo do Centro de Integração empresa-escola – CIee, presidente da academia Paulista de História – aPH, diretor e conselheiro da Federação das Indústrias do estado de São Paulo – FIeSP. 10 | Coleção CIEE 12910 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 11 Construtores da Pátria luiz Gonzaga Bertelli “JaCquEs MarCovItCh rElata CoM proprIEdadE soBrE a vIda dE EMprEEndEdorEs E pIonEIros quE InfluEnCIaraM dECIsIvaMEntE a hIstórIa do dEsEnvolvIMEnto soCIal E EConôMICo do país.” 10 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 11Pioneiros & Empreendedores | 11 O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, casa do estudante brasileiro, recebe com muita honra o insigne professor e grande amigo, o professor e doutor Jacques Marcovitch. Ele foi destacado reitor da Uni- versidade de São Paulo - USP, principal escola superior do País, e atualmente é professor titular da Faculdade de Eco- nomia e Administração e Contabilidade, a FEA, da mesma instituição. É também autor de diversos livros e centenas de artigos para jornais e revistas nacionais e internacionais, destacando-se as publicações “A Universidade (Im)Possível” e “A Universidade Viva”, dentre outras. O consagrado mestre Jacques Marcovitch relata, com pro- priedade, sobre a vida de empreendedores e pioneiros que inf luenciaram decisivamente a história do desenvolvimento social e econômico do País e da nossa nacionalidade. Marcovitch conta a saga de alguns brasileiros e imigrantes que transmitiram aos seus descendentes e também às futu- ras gerações exemplos insofismáveis de empreendedorismo, lições permanentes de pertinácia, obstinação, ensinamentos de vida e de trabalho. Bresser Pereira e Fernando Henrique Cardoso elaboraram 12 | Coleção CIEE 129 duas monografias clássicas sobre o tema, editadas em 1964, que jogam luz sobre os empreendedores. Bresser salienta que a grande maioria dos empreendedores brasileiros era com- posta de estrangeiros, imigrantes ou seus descendentes, que não tinham vínculos com a aristocracia cafeeira. Quanto ao ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o seu ponto de vista é semelhante: "É óbvio admitirmos nos dias atuais a fundamental impor- tância dos empreendedores para o nosso progresso. Algumas figuras, inclusive, folclóricas, singulares, que abriram fron- “a grandE MaIorIa dos EMprEEndEdorEs BrasIlEIros Era CoMposta dE EstrangEIros, IMIgrantEs ou sEus dEsCEndEntEs, quE não tInhaM vínCulos CoM a arIstoCraCIa CafEEIra.” 12 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 13 teiras agrícolas e implantaram fantásticos complexos indus- triais e agrícolas superando todas as adversidades." O autor dessapresente obra nos recorda das personalida- des da Família Prado, pioneira na implantação dos proje- tos do agronegócio, assim como outros de mesmo ímpeto, responsáveis pelas estradas de ferro, sistema bancário, dentre eles Antônio Prado, político inf luente, fazendeiro e industrial por excelência. Marcovitch aborda a saga dos imigrantes italianos e dos imi- grantes libaneses da família Jafet, precursores da indústria têxtil e de empreendimentos filantrópicos e sociais como o consagrado Hospital Sírio-libanês e o Clube Monte Líbano. Da migração italiana, destaca-se o legendário Conde Fran- cisco Matarazzo, possuidor de imensa fortuna. Sua trajetória demonstrava que o imigrante poderia alcançar com êxito e com seu próprio trabalho e sucesso o progresso ambicionado. Exalta a coragem de Ramos de Azevedo, o grandíssimo ino- vador da arquitetura e construção civil na terra de Anchieta, que foi também um grande educador, com Liceu de Artes e Ofícios e a direção da Escola Politécnica. Introdutor dos es- tágios e treinamento dos jovens nos cursos de engenharia no Brasil, Azevedo foi também pioneiro nessa área. 14 | Coleção CIEE 129 Outro símbolo de empreendedorismo foi Roberto Simonsen, cuja biografia o nosso presidente do CIEE, Ruy Martins Al- tenfelder Silva, que por tantos anos esteve à frente do Institu- to Roberto Simonsen, conhece tão bem. Simonsen foi pioneiro da construção civil, intelectual e mem- bro da Academia Brasileira de Letras, presidente da FIESP e um dos incontestáveis líderes da Revolução Constitucionalis- ta de 1932. Em 2012, momento em que São Paulo comemora 80 anos da Revolução de 32, Simonsen é uma figura que cer- tamente há de ser exaltada. Jacques Marcovitch também nos lembra do incansável Leon Feffer, nascido na Ucrânia, que foi pioneiro na fabricação do papel extraído da celulose e do eucalipto, além de dissemina- dor da cultura judaica. Teve a coragem de mudar radicalmen- te sua vida para fundar o Hospital Albert Einstein, centro de excelência médica mundialmente reconhecido. No âmbito político, destaca-se Martinico Prado, notável ora- dor, foi o responsável direto pela vinda em 1891 de minha família, a Bertelli, para o Brasil, instalando-a em Dois Córre- gos, no interior paulista. Os meus bisavós, avós e pais colhe- ram café e ali se implantaram, apesar de todas as dificuldades encontradas. No ano de 1870, Martinico lançou os trilhos da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, empresa modelar 14 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 15 de todo o segmento. Cita ainda Eduardo Prado, escritor também pertencente à fa- mília Prado, embora fosse também um grande empresário, filho de Martinico Prado. O professor Jacques Marcovitch, assinala que atualmente, apesar dos obstáculos naturais em todos os projetos de vida, novos empreendedores têm maior facilidade em sua corrida para o êxito. Contudo, como salienta o caríssimo mestre e amigo, não se trata de uma regra infalível. Como diria o velho Winston Churchill, o empreendedorismo continua a exigir sangue, suor e lágrimas, renúncias e exposições aos riscos e, acima de tudo, obstinação e persistência. Nos seus três notáveis livros, considerados hoje clássicos no Brasil sobre a matéria do empreendedorismo, o professor Jacques Mar- covitch ressalta o poder divino de superação dos pioneiros. As obras servem como um verdadeiro guia, como radares mentais a serem seguidos, resgatando a história de figuras ex- ponenciais, portadores de sonhos compartilhados por todos a respeito do tão ambicionado desenvolvimento sustentável do país. 16 | Coleção CIEE 129 No segundo volume de sua trilogia, Marcovitch introduz o Visconde de Mauá, criador da primeira grande indústria bra- sileira, a de fundição. Apresenta também Luiz de Queiroz, precursor do agronegó- cio e pioneiro do ensino superior de agricultura. Responsável pelo notável campus da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior do Estado de São Paulo. Poucos sabem que sua construção foi fruto da doação desse fantástico pioneiro. Outros deles foram lembrados como: Attilio Fontana, fun- dador do Grupo Sadia; o português Valentim dos Santos Di- niz, criador do Grupo Pão de Açúcar e pai de Abílio Diniz, José Ermírio de Morais, responsável pelo desenvolvimento do Grupo Votorantim e patriarca da família Ermírio de Morais, e, ainda, Jorge Gerdau, que constituiu a mais internacional das empresas brasileiras. Destaque também para dona Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que fornece tantos estágios para os nossos jovens, hoje com mais de 300 lojas no Brasil. Marcovitch igualmente nos recorda de um ensinamento de Freud e dos mais notáveis psicólogos. Dizem os estudiosos da mente humana que o trabalho e o amor são as duas únicas 16 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 17 coisas que contam na vida e que nos fazem viver. Sendo assim, nós podemos então concordar com o insigne professor Jacques que o empreendedorismo reúne os dois fa- tores e tantos outros, que poderíamos agregar a eles. Ao recebê-lo no CIEE, este espaço do estudante brasileiro que tem à frente da governança corporativa e dos nossos conse- lhos o dedicado doutor Ruy Martins Altenfelder Silva, deseja- mos ratificar a importância de seu ingente trabalho, inspira- dos na obra do educador Antônio Cândido, professor emérito do CIEE/ESTADÃO. Aguardamos, ansiosamente, seu próximo livro, o quarto da série sobre pioneirismo empresarial, resultado de suas labo- riosas pesquisas e estudos que primam pela clareza de lin- guagem e f luência nas biografias dos mais notáveis pioneiros e empreendedores da nação. Quantos outros nomes poderíamos acrescentar à condição de pioneiros, a serem sublimados pelo professor Jacques Marco- vitch, entre eles: Amador Aguiar, Amaro Rolim, Mário Dedi- ni, Orlando Ometto, Pery Igel, Olavo Setúbal e tantos outros. Os relatos desse livro tratam dos formadores dessa nação, como os nossos antepassados italianos, dos escravos negros 18 | Coleção CIEE 129 forçados a vir trabalhar entre nós e da sociedade brasileira, que se organizou transformada em um aglomerado humano de cerca de 200 milhões de seres, sendo uma das maiores eco- nomias do universo. Vamos, portanto, sem protelações, apreciar esta obra, resul- tado da 139ª reunião do Fórum Permanente de Debates do CIEE sobre a Realidade Brasileira, com muita atenção, o de- dicado ex-reitor da USP – Universidade de São Paulo, escritor, professor de economia, ex-presidente da CESP, secretário de Estado de Economia e Planejamento do nosso governo esta- dual e grande incentivador das atividades do CIEE em prol da inclusão social do jovem estudante no mercado de trabalho e do seu aperfeiçoamento profissional, com redobrada atenção. Tenho certeza de que o leitor sairá enriquecido com seus no- táveis ensinamentos. 18 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 19 JaCques marCovitCh Professor doutor, ex-reitor da universidade de São Paulo – uSP e membro do Conselho Superior do Graduate Institute of International and Development Studies, em Genebra. 20 | Coleção CIEE 12920 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 21 Pioneiros & emPreendedores Jacques Marcovitch “ExIstEM alguns sEtorEs no BrasIl quE são aBsolutaMEntE fértEIs E Já anunCIaM o surgIMEnto dE pIonEIrIsMo.” 20 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 21Pioneiros & Empreendedores | 21 É uma grande satisfação participar do Fórum Permanente de Debates sobre a Realidade Brasileira, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE. Agradeço a todos do CIEE que tornaram esta oportunidade viá- vel, especialmente ao presidente Executivo, Luiz Gonzaga Bertelli, pelo honroso convite. Sem esquecer de RuyMartins Altenfelder Silva, presidente volun- tário do Conselho de Administração do CIEE, companheiro de tantas caminhadas no âmbito público e no das associações, eu lhe sou muito grato por ter tido o privilégio de também acompanhar sua trajetória. Parte dessa obra se deve muito ao seu apoio quando diretor do Instituto Roberto Simonsen. Cumprimento também o professor Paulo Nathanael e demais in- tegrantes da comunidade do CIEE. As referências feitas na introdução desta obra a Antônio Cândido e Edson Queiroz e a própria bibliografia de Bresser Pereira e Fer- nando Henrique Cardoso, juntas, constituem uma extraordinária introdução à nossa reflexão conjunta. 22 | Coleção CIEE 129 o lEgado dos pIonEIros Abordarei a questão do grau de dificuldade para ser um pioneiro nos dias de hoje em comparação aos quatro períodos históricos anteriores aos quais faremos referência. Também questionarei o que os pionei- ros nos ensinam para a construção do século XXI. Portanto, além de olhar para essa época, há de se refletir sobre a construção do futuro. Para isso, começarei pela conclusão. O que os pioneiros nos ensinam? Destacarei alguns ensinamentos antes de ressaltar uma característica em comum entre os pioneiros: a capacidade de conexão do passado, presente e futuro e dos vários ambientes, o internacional, o nacional, o local e o projeto empresarial. O doutor Bertelli, logo nas primeiras páginas deste livro, lembrava da bibliografia de Bresser Pereira e Fernando Henrique Cardoso quando mencionou os imigrantes. Que podem ser considerados aqueles que migraram do rural para o urbano, os que vieram do Norte e Nor- deste para o Sul, os atuais migrantes que estão saindo do Sul para a Região Norte. Muitos acreditam que imigrantes são somente aqueles que vieram do exterior para o Brasil. Essas pessoas têm duas características. A primeira delas é que, en- frentando adversidades em sua origem, onde nasceram e cresceram, desenvolvem uma capacidade de resiliência que será utilizada ao lon- 22 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 23 go da vida para construir horizontes mais positivos apesar de vive- rem em profundas adversidades. Vale citar o caso do Barão de Mauá. Irineu Evangelista de Sousa foi expulso da casa do padrasto, depois do assassinato do pai e envia- do ao Rio de Janeiro com nove anos de idade. Começa a vida como escriturário, tornando-se contador, mais tarde empresário e, mais adiante, diplomata. Fundador do Banco do Brasil, esse personagem, como muitos dos nomes já citados, inicia sua vida em momentos de profunda adversidade. Mas, diferentemente de muitos que enxergam na adversidade o moti- vo para se conformarem, à passividade e ao derrotismo, essas pessoas enxergam na adversidade uma fonte de aprendizagem para a cons- trução do futuro. Além disso, por causa da migração, quer seja de um tempo, um país ao outro, ou uma região a outra, essas pessoas desenvolvem uma sen- sibilidade maior à diversidade para se relacionar com o próximo. O já mencionado empresário do ramo de gás, Edson Queiroz, é um exemplo inspirador dessa capacidade de transformação. Convém lembrar que ele, cuja história será relatada mais adiante, é uma pessoa que revolucionou a casa brasileira. Pode-se questionar a função de um botijão de gás. Acontece que esse 24 | Coleção CIEE 129 objeto significa a possibilidade de, em primeiro lugar, melhorar a qualidade de vida da dona de casa, que não precisa mais acordar às quatro horas da manhã para iniciar o fogão à lenha (ou a carvão) para somente então trazer para dentro de casa a comida para sua família. Além disso, toda a verticalidade das cidades brasileiras se deve ao bo- tijão de gás. Enquanto era utilizado o fogão à lenha no Brasil não ha- via a possibilidade de pensarmos na construção de prédios de apar- tamento. Tudo isso constitui elementos de revolução que, será visto adiante, e que foram adotados por pioneiros. Outra característica que os pioneiros nos ensinam é dar uma nova “uMa CaraCtErístICa EM CoMuM EntrE os pIonEIros: a CapaCIdadE dE ConExão do passado, prEsEntE E futuro E dos várIos aMBIEntEs, o IntErnaCIonal, o naCIonal, o loCal E o proJEto EMprEsarIal.” 24 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 25 interpretação à riqueza, ao poder e à sabedoria. A riqueza para eles não é um fim em si, mas um meio para viabilizar um sonho. Raramente ouviremos que seu objetivo era acumular riqueza. Os pioneiros veem no acúmulo do bem material um meio para realizar um sonho. O poder, para eles, significa dominar as suas emoções para alcançar um determinado objetivo. Não constitui mandar no outro, mas controlar a si mesmo para manter um ou alguns rumos que geram resultados. Sabedoria, para os pioneiros, constitui a valorização do outro. Olhando para os nomes que foram citados, nota-se que todos sou- beram se cercar de talentos que nas suas especialidades tinham um conhecimento muito maior de técnicas, ou habilidades mais valiosas que o próprio pioneiro, que se tornava um articulador dessas competências. Além disso, essas pessoas tinham a capacidade da leitura. Por causa da sua percepção de adversidade e da diversidade, a leitura, a aprendizagem, a descoberta do outro e das tendências globais, nacionais e locais para transformá-las no seu projeto de pioneiris- mo eram uma conexão permanente. 26 | Coleção CIEE 129 fEItos notávEIs Os pioneiros serão analisados em quatro períodos: monárquico, onde surgirão as figuras de Mauá, Mascarenhas e os Prados; Republicano, começando pela Bahia com Luis Tarquínio, Francisco Matarazzo e o já citado Luiz de Queiroz, os Ludgrens, fundadores das Casas Per- nambucanas, Nami Jafet, Ramos de Azevedo e Delmiro Gouveia, que começa em Pernambuco e funda seu projeto pioneiro em Pedra. Passando ainda por Jorge Street, em São Paulo, recordando a Vila Maria Zélia, uma permanente lembrança do que eram as vilas operárias criadas pelo setor têxtil para assegurar a mão de obra necessária para o projeto industrial. No período entre 1930 e 1945, destaco figuras já lembradas como Klabin e Roberto Simonsen, Attilio Fontana e Guilherme Guinle. No caso de Roberto Simonsen convém lembrar que foi ele quem concebeu o projeto da construção da indústria junto com tantos outros fundadores do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e mais tarde do IDORT (Instituto de Organização Ra- cional do Trabalho). A criação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) a partir da visão do Roberto Simonsen até hoje demonstra a viabiliza- ção de um projeto através da qualidade dos recursos humanos. 26 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 27 No período que vem depois, a partir de 1945, abordamos Ermírio de Morais, Leon Feffer, Valentim Diniz, Roberto Marinho e a fa- mília Gerdau. O que faremos nas próximas páginas é voltar aos tempos dos pio- neiros. Veremos as histórias das Casas Pernambucanas e, conse- quentemente, dos irmãos Lundgren, e também, de Nami Jafet, Bernardo Mascarenhas, que trouxe a geração de energia elétrica para Minas Gerais, e de Luiz de Queiroz, com a formação de re- cursos humanos, sem nos esquecer de sua esposa que teve um papel determinante na concepção do currículo da escola. “por Causa da MIgração, quEr sEJa dE uM tEMpo, uM país ao outro, ou uMa rEgIão a outra, Essas pEssoas dEsEnvolvEM uMa sEnsIBIlIdadE MaIor à dIvErsIdadE para sE rElaCIonar CoM o próxIMo.” 28 | Coleção CIEE 129 Francisco Matarazzo será lembrado pelo que era considerado o ícone do desenvolvimento: chaminés expelindo fumaça como for- ma de caracterizar o incremento urbano. Hoje o desenvolvimento sustentável condena essa fumaça, mas naquela época era o símbolo desse avanço industrial. Comentarei a Revolução Industrial, a companhiaDocas de Santos, um sonho de Guilherme Guinle, a família Klabin-Lafer, a tecelagem de Ermírio de Morais e Leon Feffer convocando a juventude a sentir a responsabilidade do Brasil. Terminaremos essas passagens indo para o Norte, para a Amazônia, vendo o papel que Samuel Benchimol de- sempenhou na construção de um pensamento de desenvolvimento sustentável nas décadas de 1970 e 1980 do século passado. Todas essas ilustres personalidades são mostradas no filme “TEM- PO DOS PIONEIROS”, composto por diversos trechos de imagens de época que destacam o trabalho e os legados inestimáveis de grandes seres humanos, como: Herman Lundgren (1835-1907) Bernardo Mascarenhas (1846-1889) Luiz de Queiroz (1849-1898) Francisco Matarazzo (1854-1937) Nami Jafet (1860-1923) Delmiro Gouveia (1863-1917) Guilherme Guinle (1882-1960) 28 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 29 Horácio Lafer (1900-1965) José Ermírio de Moraes (1900-1973) Leon Feffer (1902-1999) Samuel Benchimol (1924-2002) “Tempo dos Pioneiros” é uma homenagem aos pioneiros do empre- endedorismo brasileiro, através de imagens de época que retratam o contexto no qual viveram. Registro meus agradecimentos à professora Dora Mourão, da Cine- mateca Brasileira e da ECA-USP, que colaborou com a montagem dessa importante obra cinematográfica de grande valor histórico. pIonEIro ou EMprEEndEdor? Algumas palavras já haviam sido citadas: trabalho, inovação, obs- tinação, visão de futuro, conexão à realidade internacional, lidar com as adversidades. E estão presentes em cada um desses personagens, que podem trans- formar cada cidadão, independentemente de sua geração. Lembro-me de Roberto Marinho, que começou o projeto da Rede 30 | Coleção CIEE 129 Globo aos 61 anos de idade. Existiram vários dos pioneiros que foram citados e que até os últimos anos de suas vidas, casos de Leon Feffer (empresário) e de Samuel Benchimol (acadêmico), que nunca deixa- ram de empreender e de iniciar novos projetos. A vida do pioneiro empreendedor é a vida do labirinto. Alguns nunca entraram em um labirinto e, portanto, nunca vivenciaram essa busca da saída. Outros ingressam uma única vez e nunca saem. Os outros adentram e saem uma vez. O pioneiro empreendedor é aquele que adentra o labirinto, aprende a encontrar o caminho da saída e volta várias vezes em sua vida em busca de novos desafios. “o pIonEIro EMprEEndEdor é aquElE quE adEntra o laBIrInto, aprEndE a EnContrar o CaMInho da saída E volta várIas vEzEs EM sua vIda EM BusCa dE novos dEsafIos.” 30 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 31 Qual a diferença entre um pioneiro e um empreendedor? O pionei- ro é aquele que começa um projeto pela primeira vez. Cada um dos nomes citados são mulheres e homens que começaram algo pela pri- meira vez, algo que ninguém havia feito anteriormente. O empreendedor é aquele que certamente tem seu valor na socieda- de, mas que tem o benefício de se inspirar na trajetória de outros. O franchising, por exemplo, é um caso típico. É uma situação diferente daquela pela qual são lembrados os pioneiros. Pretendo agora, enfatizar a questão da conexão e da inovação, lem- brar dois dos quatro momentos históricos aos quais me referi. O pe- ríodo da Primeira República, portanto de 1890 até 1930, e posterior- mente o momento atual que estamos vivendo, mostrando que o que nos inspira no passado pode ser muito bem entendido no momento presente, comparando o pioneirismo daquela época com o atual. uM pouCo da hIstórIa do BrasIl E sEus pIonEIros Em 1890, já havia se passado dois anos da abolição da escravidão no Brasil, portanto, um momento de profunda transição entre a cultura 32 | Coleção CIEE 129 que existia até aquela época com uma nova nação que poucas pessoas saberiam identificar, com o significado de um Brasil sem escravidão. Um ano depois, veio a Proclamação da República. Pouco depois, a Revolução Russa. Em 1929, a crise da Bolsa de Nova York. E num outro momento, em 1932, a Revolução Constitucionalista do Brasil. Atualmente, em 2012, o termo crise surge novamente, como já acon- teceu no caso da Europa em 2008, e a emblemática queda da Bolsa de Nova York em 1929. O mundo está se reconstruindo. Há poucos anos falava-se em primeiro mundo, industrializado, em segundo mundo, comunista, e em terceiro mundo, dos países em desenvolvimento. Essa classificação não se aplica mais, está obsoleta. Vivemos com dois grupos de países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). As nações desenvolvidas continuam nesse patamar, incluindo os países em crise como Grécia, Espanha e Itália, que vivem e sofrem o seu endividamento. Do outro lado, temos as nações “em desenvolvimento”, que também se dividem em grupos, como o dos emergentes. Como a China, Rús- sia, Índia, África do Sul e o Brasil constituindo alianças impensadas e impensáveis naquele período do século passado. Nesse grupo, pode dizer que há uma subdivisão entre os países ainda “em desenvolvimento” e os “países absolutamente não de- 32 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 33 senvolvidos”, caso da Somália, os chamados países menos desen- volvidos. Trata-se de uma configuração geopolítica radicalmente diferente daquela que estava surgindo no fim do século XIX e iní- cio do século XX. Os fluxos migratórios resultantes das transformações no final do século XIX e início do século XX se repetem agora, de outra for- ma. Quantos não acompanham hoje os cursos migratórios vindo para o Brasil, trazendo juventude, famílias, em busca de horizon- tes mais esperançosos? Por outro lado, comparando aquele período do fim do século XIX e início do século XX, cabe lembrar outra revolução, a Revolu- ção Industrial da época. Surgem nomes como Pasteur, na área da fermentação, Singer, com a máquina de costura, Siemens, desen- volvendo a produção do aço, Bell, na telefonia, Edison, a lâmpada elétrica, Benz, o motor a combustão, Lumière, o cinema, Marconi, a transmissão de telegrama transoceânica, os irmãos Wright, o avião, assim como Santos Dumont. O que parecia um mundo futurista, é uma realidade com a qual convivemos graças aos pioneiros que trouxeram essas inovações ao Brasil, as transformaram e as incorporaram. Essas pessoas tiveram a oportunidade de visitar as grandes exposições universais, na época muito comuns na cidade de Londres, por exemplo. 34 | Coleção CIEE 129 Se isso representava o período de 1850 até o início do século XX, o que nós, atualmente, testemunhamos? A biologia celular, a tecnolo- gia da informação, os biopolímeros, a genética humana, a biologia molecular. Tudo isso constitui referências novas para um período de profunda transformação. Não temos mais a Revolução Industrial, mas há a revolução digital, assim como a biológica (caracterizada pelo genoma). Ainda vivemos as consequências da queda do Muro de Berlim, com uma Alemanha unificada que assume hoje responsabilidades maiores, principal força do continente Europeu, este bastante fragilizado. Outro aspecto importante que vale a pena citar é o emblemático e trágico dia 11 de setembro de 2001, que provocou uma revolução na “há pouCos anos falava-sE EM prIMEIro Mundo, IndustrIalIzado, EM sEgundo Mundo, CoMunIsta, E EM tErCEIro Mundo, dos paísEs EM dEsEnvolvIMEnto.” 34 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 35 tecnologia da segurança. Atualmente, milhares de câmeras estão es- palhadas pelo mundo, objetos que permitem a proteção da fauna e da flora, pois monitoram à distância aqueles que depredam a natureza. Em 11 de março de 2011, aconteceu outro evento que também trouxe uma grande transformação: a grande crise em Fukushima no Japão, com a energia nuclear sendo colocada em xeque no mundo inteiro, provocandonos países europeus o abandono desse tipo de recurso energético em um curto prazo, incentivando a busca por alternativas. Essas nações olharam para o Brasil como fonte de tecnologia para cumprir as decisões tomadas no âmbito coletivo na medida em que Alemanha, Suíça e Holanda se comprometeram a abandonar a ener- gia nuclear até 2024. Os pioneiros que foram citados estão presentes no mundo de hoje. A realidade brasileira somente os conhecerá dentro de 20 ou 30 anos, pois raramente conseguimos detectá-los enquanto eles estão agindo. Muitos deles se caracterizam pela discrição, pela humildade, pelo trabalho em equipe, um trabalho coletivo onde aqueles que hoje nós reverenciamos eram pouco percebidos naquela época. Quais seriam os pioneiros de hoje? Se essa pergunta for formulada nós certamente não saberíamos responder de maneira categórica. Mas existem alguns setores no Brasil que são absolutamente férteis e já anunciam o surgimento de pioneirismo. 36 | Coleção CIEE 129 Lembro-me, no momento, do segmento de cosméticos no Brasil. Sem dúvida, há alguns anos, era dominado essencialmente pelos eu- ropeus, hoje nos deparamos com uma indústria nacional criada por brasileiros que se destaca internacionalmente. Quero deixar claro que não se trata de uma manufatura de cosmé- ticos de baixa utilização de mão de obra. As redes de representantes se contam pelos milhares nas várias empresas, uma no Paraná, outra em São Paulo, outras se distribuindo pelo Norte. Existe o espírito em- preendedor utilizando a flora brasileira para disseminar uma nova indústria e uma nova tecnologia. Onde estão as mulheres? No início do Século XX, a mulher era excluída da vida pública. O empresário Edson Queiroz (empre- sário do ramo de gás), por trás de sua inigualável trajetória, teve a atuação papel de Ermelinda Ottoni, esposa de Luiz de Queiroz (agrônomo e proprietário de diversas terras no atual Estado de São Paulo, uma delas doada para a atual Escola Superior de Agri- cultura – ESALQ em Piracicaba/SP). Ermelinda era uma pessoa extraordinária porque tinha vivido no ex- terior e, portanto, o professor Davenport, que veio da Universidade de Illinois para ajudar a montar o currículo da escola, escreve em seu diário não publicado e que me foi trazido por Joseph Love, historiador daquela universidade, o papel que essa mulher desempenhou com discrição no projeto da então chamada “Escola Agrícola Prática de Piracicaba”. 36 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 37 Era um período onde as mulheres não participavam nem da vida so- cial nem da pública. Também cito Yolanda Queiroz, esposa de Edson Queiroz que assumiu a direção do grupo empresarial, até então presi- dida pelo marido, quando um acidente automobilístico, uma tragédia que levou a vida de seu marido. Podemos lembrar também de Sinhá Junqueira, de Ribeirão Preto, que desempenhou papel semelhante. As mulheres, sim, estavam presentes. Atualmente cada vez mais in- fluentes, mas o fato de não serem tão visíveis, como esposas, como parceiras, não diminui a importância de que assumiram as respon- sabilidades que haviam protelado naquele período. Mais do que atitude é importante observar os pensamentos de cada pioneiro. “os fluxos MIgratórIos rEsultantEs das transforMaçõEs no fInal do séCulo xIx E IníCIo do séCulo xx sE rEpEtEM agora, dE outra forMa.” 38 | Coleção CIEE 129 São pensamentos que partem da realidade. Não partimos de uma teoria de administração para dizer como os pioneiros agi- ram e se comportaram. É o caso desses notáveis pioneiros que fizeram e ainda fazem parte da história: Antônio Prado – “Aos meus filhos, netos e bisnetos eu confio o le- gado do meu nome e da minha memória, bem como o fruto do meu trabalho”. Attilio Fontana – “Todo capital tem origem social e sendo fruto da acumulação de recursos da própria comunidade, a ela deve voltar”. Visão de Trajano Antunes sobre a trajetória de impostos e salá- rios na comunidade – “Minha sina é ter de lutar com dificuldades no momento em que me parecia ter vencido todas”. Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, referindo-se ao encadeamento de obstáculos na ação empresarial – “É ver se fi- caria habilitado a assentar todo o maquinismo e ensinar a algum rapaz inteligente o manejo das máquinas, porque os maquinistas estrangeiros nada ensinam, fazendo, ao contrário, um monopólio de sua ciência”. O aprendizado de Bernardo Mascarenhas nas oficinas e a críti- 38 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 39 ca aos que monopolizam o conhecimento – “Quem manufatura nunca está fazendo bem feito demais. Todos os dias deve se cuidar do melhoramento do produto”. As normas de Delmiro Gouveia sobre o controle da qualidade – “Estou sempre à disposição. Eu estou pronto 24 horas por dia, seja para o que for”. A disposição de Edson Queiroz para acompanhar de perto tudo o que acontecia em suas empresas – “Meu começo foi igual a todos os começos. Em 1881 deixei a minha terra, a minha casa em Saler- no, e embarquei para a América. Trazia a benção de minha mãe, já havia perdido o meu pai, bons conselhos e um milhar de liras”. O início do imigrante Francesco Matarazzo – “As grandes or- ganizações econômicas neste final de século são polos culturais de comportamento, em geral moldadas a partir de um líder”. Visão de Jorge Gerdau sobre o legado dos patriarcas Curt Jo- hannpeter e João Gerdau – “É esse o caráter próprio da indústria extrativa quando exercida por indivíduos ou empresas estrangeiras possuidoras de jazidas. Torna-se do ponto de vista nacional uma indústria espoliativa, que tudo tira do País e comercialmente nada lhe deixa”. Argumentos nacionalistas utilizados por Guilherme Guinle no 40 | Coleção CIEE 129 final dos anos 1930 – “Tudo no começo parecia contra mim. A meu favor, eu e mais ninguém”. Só me resta agradecer ao CIEE e, enfim, àqueles que permitiram a realização dessa enriquecedora obra. Foi um privilégio preparar esse convívio, uma verdadeira troca, da introdução feita com tanta abrangência e competência pelo próprio doutor Luiz Gonzaga Bertelli à posterior reflexão comparando pas- sado e presente. Das lições que os pioneiros nos deixam aos princípios, valores e pen- samentos e, finalmente, essa pergunta final: como nós descreveremos esses pioneiros de hoje, daqui a 30, 40 ou 50 anos? Isso significa que a nossa geração tem o mesmo espírito de pionei- rismo daqueles que encontramos no passado. Resta nos dar a opor- tunidade de primeiro apoiar os mais jovens, de todas as gerações, e ao mesmo tempo registrar essa memória com a devida impor- tância em nosso imaginário, estabelecendo mitos positivos para a construção do futuro. 40 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 41 42 | Coleção CIEE 12942 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 43 debates 42 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 43Pioneiros & Empreendedores | 43 EVERTON [Estudante de jornalismo] - Tenho 26 anos, sou estudante de jornalismo, colunista no jornal Metro News e diretor do Museu His- tórico da Portuguesa de Desportos. Minha pergunta é referente à ques- tão da imigração. Já li seus livros porque sou um profundo admirador da história das Indústrias Matarazzo. Em relação às histórias destacadas, como a de Jorge Street, muito bem lembrada porque muitas vezes ele é esquecido por ter morrido na falên- cia, qual o motivo da simbiose de Matarazzo não ter sido transmitida para as gerações futuras? Vemos o Conde Chiquinho levando o grupo para outras áreas, mas a partir da década de 1970, devido a um novo cenário, a empresa não conseguiu continuar a manter o nível que tivera no passado. Ainda exis- te, mas não é nem o espectro do passado. O que deve ter faltado à IRFM (IndústriasReunidas Fábricas Matarazzo)? JACQUES MARCOVITCH – Quero cumprimentá-lo pela excelente pergunta formulada. Quero começar com uma referência rápida a Jorge Street, pioneiro no setor têxtil, porque ele teve um papel muito importan- te na criação das novas relações trabalhistas. As greves que marcaram o fim da década de 1910 e que ocorreram em torno de 1917 até 1919, em São Paulo, eram greves assassinas. Morriam pessoas durante as greves e foi graças a Jorge Street que se iniciou um diálogo entre empresários e sindicatos. 44 | Coleção CIEE 129 É sabido que foram lideranças italianas que vieram para o Brasil, algu- mas delas de cunho anarquista que organizavam esses movimentos para melhorar as condições de vida dos trabalhadores. É possível também fazer uma conexão com a família Mesquita, que fun- dou o jornal O Estado de São Paulo. Em uma dessas greves o fundador resolveu doar a renda de um dia de venda de jornais às famílias dos trabalhadores mortos e, a partir daí, há uma aproximação dessa comu- nidade com o próprio periódico, ao perceber a importância da leitura de jornal em uma época que essa prática ainda era muito tímida. Sobre Francisco Matarazzo e a continuidade, essa pergunta é muito atual porque convivemos hoje com grupos familiares que estão se expandindo e outros que estão transferindo seu poder decisório para outras empresas. No caso específico dele, houve uma tragédia, que foi a morte do primogê- nito. Aqueles que visitam o Cemitério da Consolação na cidade de São Paulo, poderão visualizar e visitar o mausoléu que ele mesmo construiu para ser o último conforto do filho morto, do seu primogênito. Isso cau- sou uma ruptura em um projeto familiar que estava sendo preparado. O mais importante nessa transferência de responsabilidades é que parte da premissa de que a adversidade vivida pelo fundador e o conhecimen- to decorrente dela podem ser transferidas para a geração seguinte é falsa. Isso não é o caso, especialmente quando no conforto conquistado pelos 44 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 45 resultados da atividade empresarial do pioneiro, a família passa a pro- curar fazer com que os filhos deixem de viver o sofrimento dos pais. Entra em cena, portanto, o pensamento dos pais de não querer que os filhos enfrentem as mesmas adversidades. Mas foram justamente as dificuldades que os progenitores enfrentaram que fizeram deles pionei- ros. Quando eles protegem os filhos dessa vivência e dessa capacidade de enfrentar dificuldades na tenra infância ou na juventude, torna-se menos provável a capacidade de liderar um processo de transformação no futuro. A herança é constante, mas o entorno é mutante. O pioneiro foi capaz de conectar o entorno mutante, seja internacional, nacional, local, setorial e empresarial no dia a dia do negócio. A ideia de que a empresa tem uma vida própria e de que o herdeiro pode dar sequência, dura por si muito pouco porque o cenário se transforma em grande velocidade. Compare o mundo de 2007 com o mundo de 2010, assim como o Brasil de 2007 com o de 2010. A crise de 2008 marcou profundamente o en- torno de todas as empresas e, desde então, a ausência dessa capacidade de conexão, dessa percepção estratégica que se transforma em ideias no cotidiano do negócio torna muito difícil essa transferência do poder. É por isso que hoje os grupos empresariais decidem quais descendentes serão os futuros gestores, quais serão acionistas e aqueles que não desem- penharão nenhum papel no projeto empresarial da família. Porque não 46 | Coleção CIEE 129 é de se esperar que todos os descendentes tenham as mesmas caracterís- ticas do pioneiro fundador. MARCELO [Gerente comercial de empresa de TI e Telecom] - É cla- ro que a arte de empreender é uma arte que herdamos. Herdei do meu avô e claro que atualmente temos de nos cercar de pessoas para empreen- der. Hoje uma empresa não é feita de uma pessoa, mas de várias pessoas. Convivemos hoje com a geração Y, Z, W e os efeitos do Facebook, sem desmerecer o Mark e o Eduardo (fundadores da rede social Facebook), em um negócio que vale bilhões. Trata-se de um gigantismo, se compa- rarmos com as fortunas mencionadas na explanação. Gostaria de ouvir um pouco com relação a essas gerações, a arte de empreender, Facebook e etc. JACQUES MARCOVITCH – Eu lhe agradeço a pergunta. Ao olhar- mos o quadro histórico da nossa humanidade enxergamos três grandes momentos de transição até chegarmos ao que é essa geração que, atra- vés das telas, de computador, televisão ou de celulares, se conecta com o mundo, mas não vive as realidades. Essa é a conclusão que chego trazendo para cá o que eu tenho discu- tido com os jovens estudantes da nossa universidade, da importância de certamente se manter conectado, mas ao mesmo tempo de provar a 46 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 47 realidade, de ir ao encontro do outro. Diferentemente daquele viajante que vai de encontro ao que acontece com o Brasil que está em suas fronteiras internas ou até perto dos outros países, a conexão digital que o senhor bem lembrou é desligada a qual- quer momento. Portanto, esse jovem continuará conectado enquanto sentir um estímulo positivo. Na medida em que algo lhe desagrada, ele se desconecta prontamente. Portanto, voltamos à capacidade de desenvolvimento da resiliência. A recomendação que fazemos aos nossos jovens é ir ao encontro da rea- lidade, do outro, de buscar pessoas que pensam diferente dele. É uma forma de construir uma mentalidade que pode ter um papel duradouro na construção de um projeto para uma vida significativa, a mesma que levou os pioneiros à organização e, também, à permanência na idealiza- ção desses projetos. Vale lembrar dos hospitais, o Sírio-Libanês e o Albert Einstein. Na medi- da em que Jafet e Feffer (fundadores dos respectivos hospitais) iam pas- sando por cima dos desafios na área empresarial, foram buscar desafios em outras, como a social, ambiental e cultural. Falamos de pessoas que buscam desafios nos labirintos da vida. Isso por- que desenvolveram o gosto pelo pioneirismo empreendedor. Para enten- der o momento atual é preciso voltar 10 mil anos, com a migração do gesto para a palavra, da palavra falada para a escrita. 48 | Coleção CIEE 129 Já nessa primeira migração pensava-se que naquele período, dos hieró- glifos e do grego, a leitura era suficiente. Veja a revolução que aconte- ceu no vale do Nilo com os hieróglifos quando os antepassados estavam transmitindo conhecimentos a gerações não nascidas. Esses eram os ícones, que hoje estão voltando. Eles eram uma forma de transmitir ideias, de semear, plantar e de colher, já naquela época a bus- ca do entendimento do futuro. Nos hieróglifos, o ícone da prospecção era a girafa. Um pescoço esticado, olhando acima dos demais, olhando mais longe, fugindo das ameaças e buscando as oportunidades. É evidente que os excedentes provocados pelo comércio levaram à cria- ção das caravanas, que levavam a demasia de um país ao outro. Os que continuavam lendo, e somente lendo, ficaram em suas comunidades, mas os que progrediram foram aqueles que levavam para mercados dis- tantes os seus excessos para a troca. Ali nasce a cultura grega, a Biblioteca de Alexandria (localizada no Egi- to) e vão se passando séculos até a migração de 1500, quando transitou- -se da palavra escrita para a impressa, com Gutenberg. Novamente se repete o ciclo. Passava-se a se dizer naquela época que as escolas eram dispensáveis, porque à medida que o estudo estava em livros, ou impres- so, já não era preciso ter instituições educacionais e professores. O conhecimento humano explodiu, os livros se multiplicaram e era ne- cessário aquilo que nas universidades inglesas era chamado de “leitor”, 48 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores| 49 isto é, aquele que organizava os conhecimentos para os seus estudantes. Chegamos agora ao fim do século XX. Esse período marca a transição da palavra impressa para a digital. Vivemos anos similares aos do início da palavra escrita e da impressa, invadidos por meios de comunicação e acreditando que a acessibilidade resolverá todos os problemas. Mas muito rapidamente percebemos, e daí vem a origem de sua pergun- ta, que o excesso de informação exige uma sabedoria para saber separar o joio do trigo, escolher o essencial, e finalmente desenvolver elementos para a construção de uma vida significativa. Como no passado, estaremos somando as linguagens. Observem que usamos o gesto, a palavra, o texto impresso, o meio digital e isso é uma somatória. Não é por isso que deixamos de nos encontrar e conviver, pes- soas com pessoas, para construir o conhecimento. A conclusão dessa reflexão que talvez tenha sido mais longa do que o esperado é que devemos apoiar e orientar os jovens que estão se conec- tando aos meios digitais, e contribuir para a descoberta de caminhos e de portos seguros. Ao mesmo tempo, devemos induzi-los a ir ao encontro da realidade, isto é, ao convívio humano com o próximo, com pessoas diferentes, distintas, para eles poderem se descobrir. Através das telas essa descoberta é limitada. Tão limitada que isola os jo- vens que se conectam com outros digitalmente, criando tribos, algumas 50 | Coleção CIEE 129 delas com agendas positivas e, infelizmente, outras com agendas bem menos positivas. Vemos jovens muito conectados, isolados na família, trancando-se nos quartos, não informando seus pais sobre o que estão vivenciando, po- dendo até gerar consequências trágicas. Portanto, o convívio humano é fundamental na conexão desse novo âmbito que é o mundo digital. PALMARINO FRIZZO NETO [Advogado] – Boa noite. Mudando um pouco o foco de sua última colocação, gostaria de me concentrar nos pioneiros e nos esforços que fizeram ao longo de tantos anos para ame- alhar fortuna, riqueza, prazer, conhecimento, e hoje, na linha do colega que comentou sobre a geração Y, essa mesma fortuna e riqueza não exige esse esforço de anos. A partir de uma mera reflexão, quando olho décadas atrás, é que a cons- trução disso, em regra geral, veio com muito esforço, suor e sangue. Hoje, percebo o imediatismo. Talvez eu esteja em uma geração intermediária, convivendo com jovens de 20, 25 anos e ao mesmo tempo com pessoas mais velhas. Compreendo que atualmente valoriza-se o imediatismo, a fortuna, o co- nhecimento, o posicionamento, o destaque, o status, que são obtidos com muita rapidez. Existem exemplos vivos disso, como o Google. É claro que 50 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 51 houve esforço, mas muito diferente do passado. Gostaria que o senhor refletisse um pouco sobre isso. JACQUES MARCOVITCH – Primeiramente tenho que compartilhar a experiência que estamos vivendo, que se transformou nos três livros, em princípio uma publicação para estudantes, tanto de escolas públicas como privadas, e agora em um projeto museológico que já passou pelo Rio de Janeiro, que está no momento em Fortaleza e que deve seguir para o Recife e posteriormente para Manaus. A força desse projeto museológico está em um projeto educativo dirigi- do a escolas públicas. Tivemos, portanto, a possibilidade de conhecer as crianças da escola pública do Rio de Janeiro e, agora, do Ceará, já que o projeto abrange mais do que Fortaleza. Nessa juventude, a grande maioria das crianças brasileiras, está muito longe desse bem-estar que conhecemos em São Paulo, mais precisamente na capital paulista, onde o momento atual é marcado por uma nova dualidade entre duas sociedades. Não preciso visitar o novo shopping que acaba de ser inaugurado para verificar a distância entre a remuneração dos vendedores frente ao valor dos produtos que estão sendo vendidos. Novamente voltamos aos extre- mos que o Brasil por algum tempo já não conhecia. No caso de São Paulo temos a impressão de que uma maioria vive em 52 | Coleção CIEE 129 condição de bem-estar. Melhoramos muito em relação ao passado, mas estamos longe de uma sociedade mais integrada. Felizmente ainda te- mos muito a fazer. Com relação a esse imediatismo, gostaria de lembrar a biografia do fun- dador da Apple. A biografia de Steve Jobs está longe de ser aquela do imediatismo. Ele nasce em uma família cujos pais, por serem pobres, estavam se desfazendo do filho para que outra família pudesse levá-lo até a universidade. Quando a mãe dele descobre que a outra família não o levará para uma universidade, ela resolve ficar com o filho e o envia à escola. Jobs sofria de dislexia, era mau aluno, mas através da caligrafia desenvolve o que hoje conhecemos nos computadores, as várias formas de escrever, os vários modelos de grafia que temos à disposição, as tipologias, até então limitadas. Atualmente, nós encontramos pessoas semelhantes, de várias gerações. O imediatismo, a ideia de que tudo pode se resolvido rapidamente ocorre nas famílias onde os filhos, muito inteligentes, sabem que podem se dar ao luxo de viver por mais tempo no convívio familiar. O mesmo não ocorre nas famílias carentes ou desestruturadas. A missão desse projeto de pioneirismo de hoje é, além de disseminar essas biografias, ajudar a elevar a autoestima das crianças de menor renda ou de famílias desestruturadas. Se nós somos capazes de mostrar 52 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 53 que, dos 24 pioneiros, 20 começaram sem recursos, vivendo adversidades profundas, como, por exemplo, o Barão de Mauá, expulso da casa do padrasto, por que crianças de hoje vivendo em condições semelhantes não seriam capazes de construir o seu futuro e de amar o seu destino? Concluo observando que o momento atual gerou o encurtamento do tempo, consequência do que o senhor bem lembrou, da televisão e da via digital. Mas naquela época, quando surgiu o avião, o telégrafo e o telefo- ne também se dizia que o tempo estava se encurtando. É absolutamente relativo à época. Os pioneiros tinham uma característica em comum. Como eles vieram de outros horizontes, eles conseguiam conciliar os vários cenários, o cur- to prazo, médio prazo e longo prazo. Como então lidar com uma juven- tude que está sofrendo as consequências do imediatismo? A sociedade é muito inteligente e está disseminando hoje princípios filo- sóficos ou religiosos que dão outra dimensão ao tempo. Porque a religio- sidade aumenta nos dias atuais? Porque a criança que vive esse imedia- tismo e que está em busca de princípios orientadores do seu projeto de vida vai encontrar, na filosofia ou na religião, elementos balizadores que a ajudam a construir o projeto de uma vida significativo. Não é por acaso que as religiões e a filosofia estão se disseminando no Brasil e em outros países com muito mais intensidade. Quando, hoje em dia, fala-se de ambientalismo, conforme testemunhado na “Rio+20”, e 54 | Coleção CIEE 129 também da natureza e da terra, o que estamos fazendo com nossa juven- tude e as crianças? O que elas estão fazendo com elas mesmas? Elas estão olhando a origem do nosso planeta e entendendo, além de defender a ideia de que este planeta deve ser preservado além de sua própria existência. Uma criança nascida hoje viverá até 2110 ou 2120. Essas crianças, atu- almente com oito, 10 ou 12 anos, são as defensoras do meio ambiente em nossas casas. As mesmas que chegam para os pais e que são empresários, questionando o que eles fazem para proteger o nosso planeta. Observe que os tempos podem ser conciliados. Certamente existem em nossa sociedade os imediatistas puros, mas também manifestações de uma visão de mais longo prazo. 54 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores| 55 Durante a cerimônia de encerramento do Fórum de Debates so- bre a Realidade Brasileira, o presidente do Conselho de Adminis- tração do CIEE e presidente da Academia Paulista de Letras Ju- rídicas, doutor Ruy Martins Altenfelder Silva entregou o Troféu Integração a Jacques Marcovitch. O troféu é uma produção do escultor alemão Hans Goldam- mer, e simboliza a busca do estudante para alcançar a realiza- ção profissional. 56 | Coleção CIEE 12956 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 57 enCerramento 56 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 57Pioneiros & Empreendedores | 57 58 | Coleção CIEE 12958 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 59 Coleção 58 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 59Pioneiros & Empreendedores | 59 Coleção CIEE-01 (esgotado) Estágio - investimento produtivo Publicação Institucional do CIEE Coleção CIEE-02 (esgotado) A globalização da economia e suas repercussões no Brasil Ives Gandra da Silva Martins Coleção CIEE-03 (esgotado) A desestatização e seus reflexos na economia Antoninho Marmo Trevisan Coleção CIEE-04 (esgotado) Rumos da educação brasileira Arnaldo Niskier Coleção CIEE-05 (esgotado) As perspectivas da economia brasileira Maílson da Nóbrega Coleção CIEE-06 (esgotado) Plano Real: situação atual e perspectivas Marcel Solimeo e Roberto Luís Troster Coleção CIEE-07 (esgotado) Os desafios da educação brasileira no século XXI Simpósio CIEE/O Estado de S. Paulo Coleção CIEE-08 (esgotado) Os cenários possíveis para a economia em 98 Luís Nassif Coleção CIEE-09 (esgotado) O fim da escola Gilberto Dimenstein Coleção CIEE-10 (esgotado) O peso dos encargos sociais no Brasil José Pastore Coleção CIEE-11 (esgotado) O que esperar do Brasil em 1998 Marcílio Marques Moreira Coleção CIEE-12 (esgotado) As alternativas de emprego para o mercado de trabalho Walter Barelli Coleção CIEE-13 (esgotado) Redução tributária - urgência nacional Renato Ferrari, Alcides Jorge Costa e Ives Gandra da Silva Martins Coleção CIEE-14 (esgotado) A contribuição do 3º Setor para o desenvolvimento sustentado do País Seminário do 3º Setor Coleção CIEE-15 (esgotado) Os rumos do Brasil até o ano 2020 Ronaldo Mota Sardenberg Coleção CIEE-16 (esgotado) As perspectivas da indústria brasileira e a atual conjuntura nacional Carlos Eduardo Moreira Ferreira Coleção CIEE-17 (esgotado) As novas diretrizes para o ensino médio Guiomar Namo de Mello Coleção CIEE-18 (esgotado) Formação de especialistas para o mercado globalizado Luiz Gonzaga Bertelli Coleção CIEE-19 (esgotado) A educação brasileira no limiar do novo século Simpósio CIEE/O Estado de S. Paulo Coleção CIEE-20 (esgotado) A formação da nacionalidade brasileira João de Scantimburgo Coleção CIEE-21 (esgotado) A educação ontem, hoje e amanhã Jarbas Passarinho Coleção CIEE-22 (esgotado) A universidade brasileira e os desafios da modernidade Paulo Nathanael Pereira de Souza Coleção CIEE-23 (esgotado) Os novos rumos do real: previsões para a economia brasileira após a mudança da política cambial Juarez Rizzeri Coleção CIEE-24 (esgotado) Brasil: saídas para a crise Alcides de Souza Amaral 60 | Coleção CIEE 129 Coleção CIEE-25 (esgotado) A educação e o desenvolvimento nacional José Goldemberg Coleção CIEE-26 (esgotado) A crise dos 500 anos: o Brasil e a globalização da economia Rubens Ricupero Coleção CIEE-27 (esgotado) A língua portuguesa: desafios e soluções Arnaldo Niskier, Antonio Olinto, João de Scantimburgo, Ledo Ivo e Lygia Fagundes Telles Simpósio CIEE/ABL Coleção CIEE-28 (esgotado) Propostas para a retomada do desenvolvimento sustentável nacional João Sayad Coleção CIEE-29 (esgotado) O novo conceito de filantropia II Seminário do 3º Setor Coleção CIEE-30 (esgotado) As medidas governamentais de controle de preços Gesner de Oliveira Coleção CIEE-31 (esgotado) A crise brasileira: perspectivas Antônio Barros de Castro Coleção CIEE-32 (esgotado) O futuro da justiça do trabalho Ney Prado Coleção CIEE-33 (2ª ed./ esgotado) Perspectivas da economia e do desenvolvimento brasileiro Hermann Wever Coleção CIEE-34 (esgotado) O que esperar do Brasil na virada do século Eduardo Giannetti Coleção CIEE-35 (esgotado) O ensino médio e o estágio de estudantes Rose Neubauer Coleção CIEE-36 (esgotado) Perspectivas da cultura brasileira Miguel Reale Coleção CIEE-37 (esgotado) Política pública de qualificação profissional Nassim Gabriel Mehedff Coleção CIEE-38 (esgotado) Perspectivas da economia brasileira para além da conjuntura Gustavo Franco Coleção CIEE-39 (esgotado) As empresas e a capacidade competitiva brasileira Emerson de Almeida Coleção CIEE-40 (esgotado) A globalização e a economia brasileira Antônio Carlos de Lacerda Coleção CIEE-41 (esgotado) A dignidade humana e a exclusão social III Seminário do 3º Setor Coleção CIEE-42 (esgotado) Recomendações para a retomada do desenvolvimento Aloizio Mercadante Coleção CIEE - Especial (esgotado) Guia prático do CADE A defesa da concorrência no Brasil Coleção CIEE-43 (esgotado) O CADE e a livre concorrência no Brasil Seminário CIEE/Correio Braziliense Coleção CIEE-44 (esgotado) Profissões em alta no mercado de trabalho Luiz Gonzaga Bertelli Coleção CIEE-45 (esgotado) Democracia no Brasil: pensamento social, cenários e perfis políticos Gaudêncio Torquato Coleção CIEE-46 (esgotado) Necessidades profissionais para o século XXI Norberto Odebrecht Coleção CIEE-47 (esgotado) O trabalho no Brasil: novas relações x leis obsoletas Almir Pazzianotto Pinto 60 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 61 Coleção CIEE-48 (esgotado) O futuro da aviação comercial no Brasil Ozires Silva Coleção CIEE-49 (esgotado) Desafios da economia brasileira e suas perspectivas para 2001 Clarice Messer Coleção CIEE-50 (esgotado) O Brasil no terceiro mundo Cristovam Buarque Coleção CIEE-51 (esgotado) O mercado de capitais no Brasil: desafios e entraves para seu desenvolvimento Humberto Casagrande Neto Coleção CIEE-52 (esgotado) O voluntariado no Brasil IV Seminário do 3º Setor Coleção CIEE-53 (esgotado) Revolução de 32: um painel histórico Simpósio CIEE/APH/IRS Coleção CIEE-54 (esgotado) Os reflexos da economia global no desenvolvimento brasileiro Luciano Coutinho Coleção CIEE-55 (esgotado) As condições necessárias para o Brasil crescer Delfim Netto Coleção CIEE-56 (esgotado) Globalização e hipercompetição: a sociedade das organizações e o desafio da mudança Thomaz Wood Jr. Coleção CIEE-57 (esgotado) Desenvolvimento social, previdência e pobreza no Brasil Roberto Brant Coleção CIEE-58 (esgotado) A paixão pela poesia Arnaldo Niskier, Carlos Nejar, Ledo Ivo, Lygia Fagundes Telles e Mário Chamie Coleção CIEE-59 (esgotado) Rumos da educação no Brasil Simpósio CIEE/O Estado de S. Paulo Coleção CIEE-60 (esgotado) Reforma tributária: solução ou panacéia? Osíris de Azevedo Lopes Filho Coleção CIEE-61 (esgotado) Os atentados em Nova York e os interesses internacionais do Brasil Flávio Miragaia Perri Coleção CIEE-62 (esgotado) Lei de responsabilidade fiscal: esperanças e decepções Diogo de Figueiredo Moreira Neto Coleção CIEE-63 (esgotado) A saúde no novo conceito de filantropia Antônio Jacinto Caleiro Palma Coleção CIEE-64 (esgotado) Fundamentos da política econômica do governo Lula Guido Mantega Coleção CIEE-65 (esgotado) O Banco Central e a defesa da concorrência no mercado financeiro Gustavo Loyola Coleção CIEE-66 (esgotado) Enxergando o amanhã com os olhos de hoje Gaudêncio Torquato ColeçãoCIEE-67 (esgotado) Juventude, escola e empregabilidade V Seminário do 3º Setor Coleção CIEE-68 (2ª Edição) Educação: Velhos Problemas, Novas (?) Soluções Paulo Nathanael Pereira de Souza Coleção CIEE-69 (esgotado) Cobrança de impostos ameaça o futuro da filantropia VI Seminário do 3º Setor Coleção CIEE - Especial (esgotado) 2ª Ed. revista e ampliada Guia prático do CADE - A defesa da concorrência no Brasil 62 | Coleção CIEE 129 Coleção CIEE-70 (esgotado) A importância do estágio na formação do aluno do ensino médio Antônio Ruiz Ibañez Coleção CIEE-71 (esgotado) Antônio Cândido, Guerreiro da Educação - Prêmio Professor Emérito 2003 CIEE/O Estado de S. Paulo Coleção CIEE-72 (2ª edição) Educação e saber Paulo Nathanael Pereira de Souza Coleção CIEE-73 (2ª edição) O pressuposto da ética na economia, nas empresas, na política e na sociedade Ruy Martins Altenfelder Silva Coleção CIEE-74 (esgotado) Empregabilidade VII Seminário CIEE - Gazeta Mercantil do 3º Setor Coleção CIEE-75 (esgotado) Analfabetismo: proposta para a sua erradicação Jorge Werthein Coleção CIEE-76 (esgotado) Educação, estágio e responsabilidade fiscal das prefeituras Ives Gandra da Silva Martins, Marcos Nóbrega, Luiz Gonzaga Bertelli e Paulo Nathanael Pereira de Souza Coleção CIEE-77 (esgotado) Valorização imobiliária Nelson Baeta Neves Coleção CIEE-78 (esgotado) As metas inflacionárias no Brasil Paulo Picchetti Coleção CIEE-79 (esgotado) A qualidade dos estágios e sua importância socioprofissional Seminário CIEE-SEMESP Coleção CIEE-80 (esgotado) Desafios da administração de uma grande metrópole (São Paulo) Walter Feldman Coleção CIEE-81 (esgotado) A realidade educacional brasileira e o desenvolvimento do País Roberto Cláudio Frota Bezerra Coleção CIEE-82 (esgotado) Os entraves para o desenvolvimento nacional e as recomendações para sua superação Abram Szajman Coleção CIEE-83 (esgotado) O cenário econômico latino- americano e seus reflexos no mercado acionário Alfried Karl Plöger Coleção CIEE-84 (esgotado) Jornalismo político: uma visão do Brasil Murilo Melo Filho Coleção CIEE-85 (esgotado) A política monetária brasileira e seus reflexos no desenvolvimento do país Josué Christiano Gomes da Silva Coleção CIEE-86 (esgotado) Tecnologia, Economia e Direito: visão integrada e multissetorial José Dion de Melo Teles Coleção CIEE-87 (esgotado) Brasil: competitividade e mercado global Marcos Prado Troyjo Coleção CIEE-88 (esgotado) A arte de empreender: o respeito aos limites do ser humano Eduardo Bom Angelo Coleção CIEE-89 (esgotado) A educação brasileira e a contribuição das entidades de filantropia Roberto Teixeira da Costa Coleção CIEE-90 (esgotado) A situação atual da educação brasileira Paulo Tafner 62 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 63 Coleção CIEE-91 (esgotado) O desenvolvimento das economias japonesa e asiática Yuji Watanabe Coleção CIEE-92 (esgotado) A contribuição da Embraer no desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira Luís Carlos Affonso Coleção CIEE-93 (esgotado) A nova fase da crise brasileira Oliveiros da Silva Ferreira Coleção CIEE-94 (esgotado) Inventário da educação brasileira e recomendações para seu aperfeiçoamento Seminário Coleção CIEE-95 (esgotado) Negociações agrícolas internacionais Marcos Sawaya Jank Coleção CIEE-96 (esgotado) Um século de sindicalismo no Brasil Almir Pazzianotto Coleção CIEE-97 (esgotado) A atual situação da educação brasileira - medidas para o seu aperfeiçoamento Samuel de Abreu Pessôa Coleção CIEE-98 (esgotado) O futuro do abastecimento energético no Brasil e no mundo Carlos Alberto de Almeida Silva e Loureiro Coleção CIEE-99 (esgotado) Reflexões sobre a conjuntura nacional Geraldo Alckmin Coleção CIEE-100 (esgotado) Presença da universidade no desenvolvimento brasileiro: uma perspectiva histórica Simpósio Coleção CIEE-101 (esgotado) O estabelecimento de um modelo de sustentabilidade ambiental no Estado de São Paulo Xico Graziano Coleção CIEE-102 (esgotado) O papel dos Tribunais de Contas na Educação Brasileira Antônio Roque Citadini Coleção CIEE-103 (esgotado) Os desafios da administração de uma metrópole Gilberto Kassab Coleção CIEE-104 (esgotado) A Caixa Econômica Federal e suas atividades no país Carlos Gomes Sampaio de Freitas Coleção CIEE-105 (esgotado) A ética no Brasil: a cabeça dos brasileiros Alberto Carlos Almeida Coleção CIEE-106 (esgotado) A necessidade dos seguros para o desenvolvimento sustentável brasileiro Luiz Carlos Trabuco Cappi Coleção CIEE-107 (esgotado) O mercado de trabalho paulista e a capacitação profissional Guilherme Afif Domingos Coleção CIEE-108 (esgotado) O papel do Ministério Público em relação a entidades do Terceiro Setor: filantrópicas e de assistência Social Airton Grazzioli Coleção CIEE-109 (esgotado) Olhando para o Brasil do futuro: perspectivas e debates Emílio Odebrecht Coleção CIEE-110 (esgotado) Para melhor entender nosso País de hoje e de amanhã Carlos Alberto Sardenberg Coleção CIEE-111 (esgotado) A defesa nacional e a situação atual das forças armadas brasileiras General Alberto Mendes Cardoso Coleção CIEE-112 (esgotado) Células-tronco: O que poderão representar? Mayana Zatz Coleção CIEE-113 (esgotado) Perspectivas do setor de habitação João Crestana Coleção CIEE-114 (esgotado) Aquecimento global e sustentabilidade Carlos Alberto de Mendes Thame 64 | Coleção CIEE 129 Coleção CIEE-115 (esgotado) Amazônia: mito, realidade e futuro João Carlos de Souza Meirelles Coleção CIEE-116 (esgotado) O desenvolvimento da aviação nacional Adalberto Febeliano Coleção CIEE-117 (esgotado) Indústria aeronáutica no Bra- sil - Evolução e perspectivas do seu desenvolvimento Frederico Fleury Curado Coleção CIEE-118 (esgotado) Perspectivas para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil Luiz Sales Coleção CIEE-119 (esgotado) A justiça superior do trabalho no Brasil: atuação e regularidade dos processos pendentes no TST Milton de Moura França Coleção CIEE-120 (esgotado) Perspectivas do mercado de televisão por assinatura no Brasil Alexandre Annenberg Coleção CIEE-121 (esgotado) Como aprimorar a educação superior no Brasil Eduardo Alcalay Coleção CIEE-122 (esgotado) A visão do atual estágio da educação brasileira e recomendações para a sua melhoria Gustavo Ioschpe Coleção CIEE-123 (esgotado) A importância do Estado de São Paulo na economia, na cultura, na educação e no desenvolvimento do País Geraldo Alckmin Coleção CIEE-124 (esgotado) O novo jeito de fazer negócios no Brasil Fernando Byington Egydio Martins Coleção CIEE-125 A preparação de engenheiros para o mercado de trabalho brasileiro: a experiência do ITA Reginaldo dos Santos Coleção CIEE-126 As Agências de Formento e o seu papel no financiamento de longo prazo, notadamente junto às pequenas e médias empresas. Milton Luiz de Melo Santos Coleção CIEE-127 A possibilidade existente de maior participação brasileira no mercado europeu Mario Bernardo Garnero Coleção CIEE-128 O Poder de Investigação do Ministério Público Márcio Fernando Elias Rosa Coleção CIEE-129 Pioneiros & Empreendedores Jacques Marcovitch 64 | Coleção CIEE 129 Pioneiros & Empreendedores | 65 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (Mandato de 16/4/2012 a 15/4/2015) PRESIDENTE Ruy Martins Altenfelder Silva VICE-PRESIDENTES Wálter Fanganiello Maierovitch Antonio Jacinto Caleiro Palma José Augusto Minarelli CONSELHEIROS Antonio Garbelini Junior Humberto Casagrande Neto Orlando de Almeida Filho FUNDADORES Aloysio GonçalvesMartins Clóvis Dutra Geraldo Francisco Ziviani José Franklin Veras Viégas Mario Amato Paulo Egydio Martins Térbio de Mattos PRESIDENTE EXECUTIVO Luiz Gonzaga Bertelli Adhemar César Ribeiro Ana Maria Vilela Igel Carlos Eduardo Moreira Ferreira César Gomes de Mello Élcio Aníbal de Lucca Dom Fernando Antônio Figueiredo Flávio Fava de Moraes Gaudêncio Torquato Gesner de Oliveira Hermann Heinemann Wever Ivette Senise Ferreira João Guilherme Sabino Ometto Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos José Vicente Liz Coli Cabral Nogueira Marcos Troyjo Ney Prado Norton Glabes Labes Ozires Silva Rogério Amato Sebastião Misiara Tácito Barbosa Coelho Monteiro Filho Wander Soares Wilson João Zampieri Yvonne Capuano CONSELHO FISCAL Titulares Antoninho Marmo Trevisan José Frugis Ricardo Melantonio Suplentes Shozo Motoyama Vandermir Francesconi Júnior Alex Periscinoto Antonio Jacinto Caleiro Palma Herbert Victor Levy Filho João Baptista Figueiredo Júnior Júlio César de Mesquita Laerte Setúbal Filho Paulo Nathanael Pereira de Souza Adib Jatene Amauri Mascaro Nascimento Angelita Habr-Gama Antonio Candido de Mello e Souza Antônio Delfim Netto Antônio Hélio Guerra Vieira Clarice Messer Dorival Antônio Bianchi Edevaldo Alves da Silva Evanildo Bechara Ives Gandra da Silva Martins Jarbas Miguel de Albuquerque Maranhão João Geraldo Giraldes Zocchio João Monteiro de Barros Filho José Cretella Jr. José Feliciano de Carvalho José Pastore Laudo Natel Leonardo Placucci Luiz Augusto Garaldi de Almeida Nelson Alves Nelson Vieira Barreira Paulo Emílio Vanzolini Paulo Nogueira Neto Ruy Mesquita Antonio Ermírio de Moraes Lázaro de Mello Brandão CONSELHO CONSULTIVO PRESIDENTES EMÉRITOS MEMBROS HONORÁRIOS MEMBROS BENEMÉRITOS 66 | Coleção CIEE 129 Sede do CIEE: Rua Tabapuã, 540 • Itaim Bibi • São Paulo/SP • CEP 04533-001 (11) 3046-8211 • www.ciee.org.br Todos os meses, milhares de estagiários e aprendizes do CIEE utilizam parte de sua bolsa-auxílio para complementar a renda de suas famílias. É o CIEE contribuindo para a inserção dos jovens no mercado de trabalho, prestando assistência social às famílias e colaborando com o Governo em suas bem-sucedidas ações sociais. Educação, oportunidade e assistência social. Com isso, o CIEE ajuda a construir um Brasil mais justo. R IN O C O M 66 | Coleção CIEE 129 129 “Pioneiros e Empreendedores” traz his- tórias contadas por Jacques Marcovicth, sobre a vida de empreendedores e pio- neiros que influenciaram decisivamente a história do desenvolvimento social e econômico do país. Além disso, Marcovicth exalta a saga de alguns brasileiros e imigrantes que transmitiram aos seus descendentes e tam- bém às futuras gerações exemplos irrefutáveis de empreen- dedorismo, lições permanentes de tenacidade, obstinação, ensinamentos de vida e trabalho, como o caso de Ramos de Azevedo, inovador da arquitetura e construção civil; Luiz de Queiroz, precursor do agronegócio e pioneiro do ensino su- perior da agricultura, e tantos nomes que marcaram o pionei- rismo brasileiro. ISBN: 978-85-63704-17-7
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