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História FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD A doutrina é unânime que o contrato é tão antigo quanto a existência do homem, que desde os seus primórdios sempre viveu em sociedade. Em Roma existiam três formas distintas de contrair obrigações: conventio, pacto e o contractus. História FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD - Conventio (convenção): acordo de vontades entre as partes, sem maiores formalidades, sem ação judicial, obrigação de dar, fazer ou não fazer; - Pacto (acordo): acordo sem solenidades acerca da obrigação jurídica, não regulada pelo direito, sem ação judicial, dever moral ou ético; - Contracto ou pacta vestita (contrato – sentido técnico): eram as obrigações de dar, fazer ou deixar de fazer realizadas na presença de um oficial romano. História FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD No Direito Canônico prevalência do princípio da fé jurada. A transformação da concepção de contrato – liberdade das formas. Prestígio ao consensualismo. O Código Código Napoleão de 1804 (Código Civil Francês), reconhece o liberalismo, a igualdade formal e o patrimonialismo. História – Revolução Industrial FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD - Contrato paritário: igualdade de condições entre as partes, para discussão e elaboração de suas cláusulas; - Contrato de adesão: originário da massificação negocial da sociedade; desigualdade entre as partes, cláusulas contratuais unilaterais e impostas a outra. - Contrato Formulário: elaborado por terceiro; - Contrato Necessário: obrigatoriedade para a realização do negócio (seguro transporte); - Contrato Autorizado: dependente da administração pública (seguradora). Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD O Código Civil de 1916 e 2002 em nenhum momento trouxe o conceito específico do instituto, deixando tal definição para a doutrina. O Código Civil de 2002, apesar de não conceituar “contrato”, conceitua as figuras contratuais em espécie. Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Clóvis Beviláquia: “o acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos” Orlando Gomes: “é o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral, que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses que a regularam” Washington de Barros Monteiro: “o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir um direito” Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Paulo Nalin: “a relação jurídica subjetiva, nucleada na solidariedade constitucional, destinada à produção de efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre os titulares subjetivos da relação, como também perante terceiros.” Caio Mário da Silva Pereira: “o contrato é um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.” Natureza Jurídica FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD No tocante a natureza jurídica, observaremos 04(quatro) teorias: 1. Teoria Normativa; 2. Teoria Preceptiva; 3. Teoria Voluntarista; 4. Teoria Declarativa; Natureza Jurídica - Objetiva FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Teoria Normativa: principal defensor era Hans Kelson, que reconhecia ser o contrato um acordo de vontades que possui a função criadora do direito; Teoria Preceptiva: principal defensor era Oscar von Bülow, que entendia que as cláusulas contratuais têm natureza de preceito jurídico (transfere a vontade das partes para o fim social). Natureza Jurídica - Subjetiva FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Teoria Voluntarista: defensor Savigny, que reconhecia que a vontade é o fundamento dos contratos; Teoria Declarativa de Sailleles, onde a vontade declarada por ambas as partes é o fundamento dos contratos. Elementos FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD No tocante aos elementos constitutivos do negócio jurídico, podemos citar Pontes de Miranda que o dividiu em três planos: - Plano da Existência; - Plano da Validade; - Plano da Eficácia. Elementos – Plano da Existência FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Neste plano encontram-se os elementos mínimos e essenciais para formação do negócio jurídico. Não existindo nenhuma qualificação adjetiva – substantivo: - agente; - vontade; - objeto; - forma (pressuposto de existência). . Elementos – Plano da Validade FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Neste momento os substantivos ganham adjetivos que visam dar validade ao negócio jurídico, estando previstos no art. 104 do Código Civil. - capacidade do agente; - liberdade da vontade ou consentimento, sem vício; - licitude, possibilidade, determinabilidade do objeto; - adequação das formas prescrita – requisitos de validade. Elementos – Plano da Eficácia FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Neste plano encontramos os elementos que estão vinculados diretamente as consequências do negócio jurídico, tais como, a execução, obrigações, direitos, encargos, etc. -condição; - termo; - encargo; - consequências do inadimplemento negocial (juros, multas, perdas e danos); - outros elementos (efeitos do negócio) Elementos - Gráfico FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Existência Validade Agente Capaz Vontade Livre, sem vícios Objeto Lícito, possível, determinado ou determinável Forma Prescrita ou não defesa em lei Requisitos e Pressupostos FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Os requisitos estão relacionados aos elementos exteriores (extrínsecos) do contrato: capacidade e idoneidade do objeto. Os pressupostos já estão relacionados aos elementos internos (intrínsecos): consentimento e causa. Requisitos e Pressupostos FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Subjetivo: relacionados com a capacidade do agente (art. 104, I); Objetivo: relacionados com o objeto do contrato que deverá ser lícito, possível, determinado e econômico (art. 104, II); Formal: liberdade de forma é a regra, a especificação é a exceção (art. 104, III). Forma e Prova FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Forma: é vista sob o aspecto estático; é o envoltório que reveste a manifestação de vontade. Sua ausência gera a nulidade (art. 107, 166 IV e V). Prova: é vista sob o aspecto dinâmico; serve para demonstrar a existência do ato, do negócio, do contrato. Prova é o meio de que o interessado se vale para demonstrar legalmente a existência de um negócio jurídico.
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