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CCJ0014-WL-C-SIA-Contratos - Introdução

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História
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	A doutrina é unânime que o contrato é tão antigo quanto a existência do homem, que desde os seus primórdios sempre viveu em sociedade.
	Em Roma existiam três formas distintas de contrair obrigações: conventio, pacto e o contractus. 
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História
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	- Conventio (convenção): acordo de vontades entre as partes, sem maiores formalidades, sem ação judicial, obrigação de dar, fazer ou não fazer;
	- Pacto (acordo): acordo sem solenidades acerca da obrigação jurídica, não regulada pelo direito, sem ação judicial, dever moral ou ético;
	- Contracto ou pacta vestita (contrato – sentido técnico): eram as obrigações de dar, fazer ou deixar de fazer realizadas na presença de um oficial romano.
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História
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	No Direito Canônico prevalência do princípio da fé jurada. 
	
	A transformação da concepção de contrato – liberdade das formas. Prestígio ao consensualismo.
 
	O Código Código Napoleão de 1804 (Código Civil Francês), reconhece o liberalismo, a igualdade formal e o patrimonialismo. 
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História – Revolução Industrial
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 Contrato paritário: igualdade de condições entre as partes, para discussão e elaboração de suas cláusulas; 
 Contrato de adesão: originário da massificação negocial da sociedade; desigualdade entre as partes, cláusulas contratuais unilaterais e impostas a outra. 
 Contrato Formulário: elaborado por terceiro;
 Contrato Necessário: obrigatoriedade para a realização do negócio (seguro transporte);
 
 Contrato Autorizado: dependente da administração pública (seguradora).
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Conceito
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	O Código Civil de 1916 e 2002 em nenhum momento trouxe o conceito específico do instituto, deixando tal definição para a doutrina.
	
	O Código Civil de 2002, apesar de não conceituar “contrato”, conceitua as figuras contratuais em espécie.
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Conceito
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	Clóvis Beviláquia: “o acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos”
	Orlando Gomes: “é o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral, que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses que a regularam”
	Washington de Barros Monteiro: “o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir um direito”
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Conceito
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	Paulo Nalin: “a relação jurídica subjetiva, nucleada na solidariedade constitucional, destinada à produção de efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre os titulares subjetivos da relação, como também perante terceiros.”
	Caio Mário da Silva Pereira: “o contrato é um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos.”
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Natureza Jurídica
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	No tocante a natureza jurídica, observaremos 04(quatro) teorias:
Teoria Normativa;
Teoria Preceptiva;
Teoria Voluntarista;
Teoria Declarativa;
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Natureza Jurídica - Objetiva
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	Teoria Normativa: principal defensor era Hans Kelson, que reconhecia ser o contrato um acordo de vontades que possui a função criadora do direito;
	Teoria Preceptiva: principal defensor era Oscar von Bülow, que entendia que as cláusulas contratuais têm natureza de preceito jurídico (transfere a vontade das partes para o fim social).
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Natureza Jurídica - Subjetiva
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	Teoria Voluntarista: defensor Savigny, que reconhecia que a vontade é o fundamento dos contratos;
	Teoria Declarativa de Sailleles, onde a vontade declarada por ambas as partes é o fundamento dos contratos.
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Elementos
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	No tocante aos elementos constitutivos do negócio jurídico, podemos citar Pontes de Miranda que o dividiu em três planos:
	- Plano da Existência;
	- Plano da Validade;
	- Plano da Eficácia.
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Elementos – Plano da Existência
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	Neste plano encontram-se os elementos mínimos e essenciais para formação do negócio jurídico.
	Não existindo nenhuma qualificação adjetiva – substantivo:
	- agente;
	- vontade;
	- objeto;
	- forma (pressuposto de existência).
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Elementos – Plano da Validade
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	 Neste momento os substantivos ganham adjetivos que visam dar validade ao negócio jurídico, estando previstos no art. 104 do Código Civil.
	
- capacidade do agente;
- liberdade da vontade ou consentimento, sem vício;
- licitude, possibilidade, determinabilidade do objeto;
- adequação das formas prescrita – requisitos de validade.
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Elementos – Plano da Eficácia
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	 Neste plano encontramos os elementos que estão vinculados diretamente as consequências do negócio jurídico, tais como, a execução, obrigações, direitos, encargos, etc.
condição;
 termo;
 encargo;
 consequências do inadimplemento negocial (juros, multas, perdas e danos);
- outros elementos (efeitos do negócio)
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Elementos - Gráfico
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Requisitos e Pressupostos
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	Os requisitos estão relacionados aos elementos exteriores (extrínsecos) do contrato: capacidade e idoneidade do objeto.
	Os pressupostos já estão relacionados aos elementos internos (intrínsecos): consentimento e causa.
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Requisitos e Pressupostos
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	Subjetivo: relacionados com a capacidade do agente (art. 104, I);
	Objetivo: relacionados com o objeto do contrato que deverá ser lícito, possível, determinado e econômico (art. 104, II);
	Formal: liberdade de forma é a regra, a especificação é a exceção (art. 104, III). 
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Forma e Prova
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	Forma: é vista sob o aspecto estático; é o envoltório que reveste a manifestação de vontade. Sua ausência gera a nulidade (art. 107, 166 IV e V).
	Prova: é vista sob o aspecto dinâmico; serve para demonstrar a existência do ato, do negócio, do contrato. Prova é o meio de que o interessado se vale para demonstrar legalmente a existência de um negócio jurídico.

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