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TOP -TRIBUNAIS RODADA GRATUITA 01.08.2016 34 (trinta e quatro) questões objetivas inéditas elaboradas e comentadas por servidores de Tribunais. Inscrições em www.topjuris.com.br/curso_top_tribunais/ 1 APRESENTAÇÃO Caros alunos, O TOP JURIS, finalmente, apresenta a 1ª (primeira) edição do curso TOP- TRIBUNAIS. O Curso é voltado para os cargos de Técnico e Analista Judiciário de TRTs, TRFs, TREs e TJs. É sabido que os concursos de Tribunais estão cada vez mais exigentes e concorridos, demandando do candidato uma preparação específica. Esse é o nosso propósito. Em vista dos certames que o TOP-TRIBUNAIS pretende abranger, o leque de disciplinas para abordarmos é, de fato, bastante extenso: Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Civil; Processo Civil; Direito Penal; Processo Penal; Direito Eleitoral; Direito do Trabalho; Processo do Trabalho; Direito Previdenciário; Direito Tributário; Informática; Raciocínio Lógico e Matemático e Português. Os Professores selecionados para encarar esse desafio são, em sua quase totalidade, Técnicos e Analistas de Tribunais aprovados para mais de um cargo público. Portanto, têm familiaridade não só com o modo pelo qual os assuntos são cobrados, mas também com o grau de dificuldade e aprofundamento das questões. Para a coordenação do curso, foi designada a Prof.ª Vanessa Maria Felleti, Oficial de Justiça Avaliadora Federal do TRT da 17ª Região e Mestre em Política Social pela UFES. Sobre a sistemática que será adotada durante o curso: serão 10 (dez) rodadas, com 60 (sessenta) questões objetivas inéditas e comentadas por ata – obedecendo ao critério da maior incidência dos temas em provas organizadas pelo CEBRASPE e pela FCC – disponibilizadas conforme o seguinte cronograma, com início previsto para 16.08.2016 e encerramento em 14.11.2016: Cronograma TOP-Tribunais 16.08.16 1ª Rodada 26.08.16 2ª Rodada 05.09.16 3ª Rodada 15.09.16 4ª Rodada 2 25.09.16 5ª Rodada 05.10.16 6ª Rodada 15.10.16 7ª Rodada 25.10.16 8ª Rodada 04.11.16 9ª Rodada 14.11.16 10ª Rodada Ao final do curso, portanto, o aluno terá treinado 600 (seiscentas) questões objetivas inéditas direcionadas aos concursos de Tribunais, especificamente para os cargos de Técnico e Analista Judiciário de TRTs, TRFs, TREs e TJs. Há dois sistemas para estudo e disponibilização das questões: o aluno poderá resolvê-las no sistema on-line, no próprio portal do TOP JURIS – onde terá acesso a um “ranking” dos alunos que responderam pela plataforma –, ou poderá realizar o download imediato da ata de cada rodada, com as questões comentadas. Com o propósito de apresentar a vocês este novo projeto, cujo início está condicionado ao preenchimento do número mínimo de 60 (sessenta) inscrições, os Professores elaboraram nada menos que 34 (trinta e quatro) questões objetivas inéditas e comentadas para disponibilização inteiramente gratuita. As inscrições para o curso estão abertas e podem ser realizadas em http://www.topjuris.com.br/curso_top_tribunais/. Felipe Motta – Coordenador-geral COORDENAÇÃO-GERAL TOPJURIS Felipe Motta - Advogado. Pós-graduado em Docência do Ensino Superior. Pós- graduando em Direito Penal e Processo Penal. Pós-graduando em Direitos Humanos. Cursando MBA Executivo em Coach. 3 PROFESSORES DO CURSO TOP-TRIBUNAIS Prof. Vanessa Maria Feletti. Oficial de Justiça Avaliadora Federal do TRT da 17ª Região. Mestre em Política Social pela UFES. Especialista em Ciências Criminais pela Faculdade de Direito de Vitória. Autora de Vende-se Segurança, publicado pela Editora Revan, e de Súmulas Vinculantes, Hermenêutica e Jurisdição Constitucional, publicado pela Editora Servanda. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Vitória. Bacharel em Comunicação Social pela UFES. Prof. Renato Alves Gomes. Técnico Judiciário do TRE-TO. Pós-graduado em Direito Administrativo pela Universidade Gama Filho e em Direito Eleitoral e Processual Eleitoral pela UFT. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Agente Administrativo da PF. Técnico Administrativo da SECAD/TO. Técnico Judiciário do TRT da 10ª Região. Bacharel em Direito pela UFT. Prof.ª Helena Isabel Pinto Alves Medeiros Lucena. Analista Judiciária do TRF da 5ª Região. Pós-graduada em Estudos Europeus pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e em Direito Processual pela Universidade da Amazônia. Bacharel em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Portugal). Kleber Vinicius Bezerra Camelo de Melo - Defensor Público Federal e Coach para Concursos Públicos. 4 Prof. Thiago José de Miranda Motta. Engenheiro Civil pela UFPE. Bacharelando em Ciências Contábeis pela UFPB. Prof. Francisco Nasuel da Conceição Araújo. Analista Judiciário do TJPI. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Analista Judiciário do TJPA. Analista Judiciário do TJMA. Procurador do Município de Água Branca/PI. Prof. Breno Felipe Rocha Freire. Analista Judiciário do TRF da 5ª Região. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Assistente Jurídico do TCE-PB. Procurador do Estado de Pernambuco. Procurador do Estado do Amazonas. Procurador do Município do Cabo de Santo Agostinho. Procurador do Ministério Público de Contas do Estado da Paraíba. Bacharel em Direito pela UFPB. Prof. César Augusto da Cunha Morais Camelo. Analista Processual do MPU lotado na Procuradoria do Trabalho no Município de Marabá/PA. Pós-graduado em Direito Processual pela UNAMA e em Direito Aplicado ao MPU pela ESMPU. Exerceu o cargo de Auxiliar Judiciário no TJPA. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Assistente de Controle Externo do TCM-PA. Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região. Advogado do Banco Amazônia. Assessor Técnico de Procuradoria do TCE-PA. Bacharel em Direito pela UFPA. Prof. João Paulo Chaim da Silva. Advogado da União lotado na Consultoria-Geral da União. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Analista Processual do MPU (8º Lugar). Analista Judiciário do TRF da 5ª Região (8º Lugar). Exerceu o cargo de Analista Processual do Ministério Público do Estado de Sergipe. Prof. Marcelo Guelbali Lopes. Analista Judiciário do TRT da 2ª Região. Ex-Analista Jurídico do Ministério Público do Estado de São Paulo. Pós-graduado em Direito Público pela UCAM e em Direito e Processo do Trabalho pela Escola Paulista de Direito. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Procurador Jurídico da INFRAERO. Advogado da Fundação CASA/SP. Analista Judiciário do TRT da 18ª Região. Analista Judiciário do TRE-MG. Técnico Judiciário do TRT da 2ª Região. Escrevente TJSP. 5 INSTRUÇÕES 1. Responda às questões controlando o tempo e sem consulta a nenhum material. 2. Confira o seu desempenho a partir da “aba” QUESTÕES OBJETIVAS COMENTADAS. 3. Dê-nos o seu feedback apontando eventuais omissões ou erros materiais. O TOP JURIS está em permanente construção e depende da contribuição de cada um de vocês. 4. Para críticas e sugestões sobre a edição do material e/ou dúvidas, entre em contato com o Curso pelo e-mail contato@topjuris.com.br. Prof. César Augusto da Cunha Morais Camelo. Analista Processual do MPU lotado na Procuradoria do Trabalho no Município de Marabá/PA. Pós-graduado em Direito Processual pela UNAMA e em Direito Aplicado ao MPU pela ESMPU. Exerceu o cargo de Auxiliar Judiciário no TJPA. Aprovado nos seguintes concursos públicos: Assistente de Controle Externo do TCM-PA. Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região. Advogado do Banco Amazônia. Assessor Técnico de Procuradoria do TCE-PA. Bacharel em Direito pela UFPA.6 QUESTÕES OBJETIVAS Direito Constitucional 01. Acerca das competências materiais e legislativas dos Entes Federativos na CF/88, marque a alternativa INCORRETA: a) Compete à União privativamente legislar sobre direito agrário e seguridade social. b) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdência social. c) Compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual. d) Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios. e) Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 02. São matérias que a Constituição Federal exige lei complementar para sua regência, EXCETO: a) Hipóteses em que a União permitirá que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente. b) Condições para integração de regiões em desenvolvimento. c) Estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica. d) Procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. e) Imposto sobre grandes fortunas. 03. Marque a alternativa CORRETA sobre entendimentos do Supremo Tribunal Federal: 7 a) É inconstitucional, por ofensa ao princípio da livre iniciativa, qualquer norma legal que obrigue a escolas privadas o oferecimento de atendimento educacional adequado e inclusivo a pessoas com deficiência. Além disso, a instituição de ensino poderá acrescer nas mensalidades os custos para implementar tais medidas de acessibilidade. b) O Poder Judiciário, em respeito ao princípio da Separação dos Poderes, não pode obrigar Município a oferecer vaga em creche a crianças de até 5 anos de idade. c) Por se tratar de tema relacionado a interesse local, pode o Município impedir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. Segundo o STF, esta possibilidade estaria incluída na missão dos Municípios de gerir a política de desenvolvimento urbano. d) O Poder Judiciário, em sede de ação ordinária, pode aumentar os vencimentos de servidores públicos invocando o princípio da isonomia. e) É constitucional lei estadual que permita a magistrado aposentado pedir ressarcimento aos cofres públicos dos valores que pagou em custeio de tratamento odontológico feito em clínica particular caso os custos excedam a cobertura do seu respectivo Plano de Previdência do Estado. Direito Administrativo 04. José, Governador do Estado do Pará, em conluio com particulares, praticou ato de improbidade que importou enriquecimento ilícito, nos anos de 2009 e 2010. Ressalte-se que sua gestão foi do período de 2009-2012. Em 2016, quando não era mais Governador, os fatos vieram à tona, ensejando o ajuizamento da respectiva Ação Civil de Improbidade Administrativa no mesmo ano, pelo Ministério Público, em face de José e dos particulares que com ele perpetraram o ilícito. Em face do narrado e levando em consideração a Lei de Improbidade Administrativa e a jurisprudência correlata, assinale a alternativa CORRETA: a) O Ministério Público é o único legitimado para a propositura da Ação Civil de Improbidade Administrativa. b) Tendo em vista que a Lei de Improbidade Administrativa apenas se aplica aos agentes públicos, o Ministério Público não poderia ter incluído os particulares no polo passivo da referida ação. 8 c) Exige-se apenas o dolo como elemento subjetivo para a configuração da hipótese de ato de improbidade administrativa, independentemente da modalidade. d) A Ação de Improbidade Administrativa deve ser extinta ante a ocorrência da prescrição, pois já se passaram mais de 05 (cinco) anos entre a data dos fatos e o ajuizamento. e) As ações de ressarcimento decorrentes de atos de improbidade administrativa são imprescritíveis. 05. Com base no entendimento jurisprudencial e nas normas atinentes aos concursos públicos, assinale a resposta CORRETA: a) A surdez unilateral configura deficiência para fins de concurso público. b) O candidato pode ser eliminado de concurso público ao realizar exame psicotécnico, mesmo este não sendo previsto em lei. c) O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. d) É constitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. (SV 43) e) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, vedada sua prorrogação. 06. Acerca dos atos administrativos, assinale a alternativa CORRETA: a) São elementos dos atos administrativos a competência, finalidade, forma, moralidade, objeto. 9 b) O ato administrativo que contiver vício sanável pode ser convalidado se não trouxer prejuízo a terceiros ou não acarretar lesão ao interesse público. c) A presunção de legitimidade, atributo do ato administrativo, é absoluta. d) A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e vedada, em todos os casos, a apreciação judicial. e) Todo ato administrativo possui como atributo a auto-executoriedade. Direito Civil 07. Considerando o disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro no tocante à vigência, aplicação e integração das leis, marque a alternativa CORRETA: a) Toda lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 90 dias depois de oficialmente publicada. c) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. d) A lei com vigência temporária terá vigor até que outra a revogue. e) A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, podendo haver ressalvas quanto ao ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 08. No tocante à capacidade civil, assinale a alternativa CORRETA: a) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. b) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos. 10 c) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. d) A menoridade cessa aos vinte e um anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. e) São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. 09. Considerando os dispositivos do Código Civil, de qual ato far-se-á a averbação em registro público? Assinale a alternativa CORRETA: a) Os nascimentos, casamentos e óbitos. b) A emancipação por outorga dos pais ou por sentença dojuiz. c) A interdição por incapacidade absoluta ou relativa. d) A sentença declaratória de ausência e de morte presumida. e) Dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação. Direito Processual Civil 10. A respeito das normas fundamentais do processo civil, assinale a alternativa INCORRETA: a) Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. b) Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. c) A proibição de decisões em face de uma das partes, sem prévia oitiva, não se aplica à tutela provisória de urgência e a determinadas hipóteses de tutela da evidência. d) O juiz pode decidir em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, especialmente se se tratar de matéria sobre a qual deva apreciar de ofício. 11 e) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. 11. Acerca da revogação das tutelas provisórias, com base na jurisprudência do STJ, marque a alternativa CORRETA: a) O percentual a ser descontado não pode ser superior a 10% sobre o montante total de cada prestação do benefício que vier a ser recebido, até que ocorra a integral compensação, com atualização monetária, da verba que fora antecipada antes da revogação da tutela provisória. b) Ainda que não tenha havido prévio pedido ou reconhecimento judicial da restituição, se a antecipação da tutela anteriormente concedida houver sido revogada em decorrência de sentença de improcedência do seu pedido, é possível que entidades previdenciárias efetuem descontos mensais. c) Em caso de revogação da tutela, incide a responsabilidade processual subjetiva, não bastando a existência do dano decorrente da pretensão deduzida em juízo. d) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a tutela de urgência causar à parte adversa, devendo a indenização ser liquidada sempre nos autos em que a medida tiver sido concedida. e) O CPC/2015, diferentemente do anterior, não cuidou da figura do improbus litigator. 12. A respeito do amicus curiae, assinale a alternativa INCORRETA: a) O amicus curiae foi consagrado pela jurisprudência pátria, mas o legislador perdeu uma excelente oportunidade de regular expressamente o assunto, notadamente com o advento do NCPC. b) O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. 12 c) O juiz ou relator poderá agir de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer pessoa que pretenda manifestar-se, para fins de admissão do amicus curiae. d) O amicus curiae não poderá interpor recursos, salvo embargos de declaração ou para recorrer de decisão que julga o incidente de resolução de demandas repetitivas. e) Sempre que solicitada ou admitida a intervenção de amicus curiae, o juiz ou o relator deverá definir, na própria decisão, os poderes respectivos. Direito Penal 13. Com relação aos princípios do Direito Penal, assinale a opção CORRETA: a) O princípio da insignificância permite que condutas que não sejam capazes de lesar ou no mínimo colocar em perigo o bem jurídico não sejam objeto de atuação penal pelo Estado. Tal princípio exclui a culpabilidade do agente. b) O Direito Penal moderno é o direito da culpa, pois nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa. Com isso, pode-se afirmar que o ordenamento jurídico pátrio adotou o princípio da responsabilidade penal objetiva. c) Para o princípio da lesividade não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido pelo menos perigo de lesão ao bem jurídico. Tal princípio delimita o Direito penal tanto no nível legislativo quanto no jurisdicional. d) O ordenamento jurídico pátrio adota o princípio da responsabilidade pelo fato no âmbito legislativo, pois os tipos penais devem definir fatos. Por outro lado, no plano jurisdicional, adota-se o direito penal do autor na dosimetria da pena. e) Na aplicação do princípio da insignificância, o julgador deve analisar aspectos puramente patrimoniais, não devendo levar em consideração outros elementos. 14. A respeito da tentativa, considere a seguinte afirmativa: “Carlos, com a arma carregada, dispara duas vezes contra Horácio com a intenção de matá-lo. Porém, erra os disparos”. I. Trata-se de tentativa cruenta, pois o Horácio não foi atingido. 13 II. Caracteriza a tentativa perfeita, pois Carlos errou os disparos. III. O Código Penal adotou a teoria objetiva, motivo pelo qual a pena da tentativa deve ser correspondente ao crime consumado, diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços). Está correto o que consta APENAS em: a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) II. e) III. 15. Segundo entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, assinale a assertiva CORRETA quanto aos crimes contra a Administração Pública: a) No crime de concussão a situação de flagrante delito se configura no momento da entrega da vantagem indevida. b) O delito de descaminho é crime de natureza material e a ele se aplica a Súmula Vinculante nº 24. c) Ao crime de contrabando se aplica o princípio da insignificância. d) O crime de denunciação caluniosa admite o dolo eventual. e) Importação de arma de ar comprimido configura crime de contrabando. Direito Processual Penal 16. A Lei nº 13.257/2016 introduziu novas hipóteses de prisão domiciliar. Com relação a essas alterações, assinale a alternativa CORRETA: a) A nova lei trouxe nova hipótese de prisão domiciliar com relação a GESTANTE independente do tempo de gestação e de sua situação de saúde. b) A nova lei trouxe nova hipótese de prisão domiciliar para MULHER que tenha filho menor de 18 anos. 14 c) A nova lei trouxe nova hipótese de prisão domiciliar para HOMEM que seja o único responsável pelos cuidados do filho menor de 18 anos. d) A nova lei trouxe nova hipótese de prisão domiciliar com relação a GESTANTE a partir do 6º mês de gestação. e) A nova lei trouxe nova hipótese de prisão domiciliar com relação a GESTANTE a partir do 8º mês de gestação. 17. Com relação a Lei nº 13.285/2016, que acrescentou o art. 394-A ao Código de Processo Penal, conferindo prioridade a processos que julgam a prática de certos crimes, podemos afirmar que: a) Os processos que apurem a prática de crime contra administração pública terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. b) Os processos que apurem a prática de crime contra o meio ambiente terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. c) Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. d) Os processos que apurem a prática de crime contra as telecomunicações terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. e) Os processos que apurem a prática de crime previstos na Lei de Segurança Nacional terão prioridade de tramitação em todas as instâncias, durante o período das Olímpiadas. Direito Eleitoral 18. Com relação ao conceito,objeto e fontes do Direito Eleitoral, assinale a opção INCORRETA: a) A competência para legislar sobre direito eleitoral é privativa da União. b) A competência da União para legislar sobre normas gerais de direito eleitoral não exclui a competência suplementar dos Estados. c) São fontes do direito eleitoral a Constituição da República, o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 15 9.096/95), a Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/90) e as Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. d) O Poder Constituinte Originário diz que a soberania popular será exercida pelo voto secreto e direto, com valor igual para todos, pelo sufrágio universal e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular de projeto de lei. e) Em que pese ser de competência da União legislar sobre direito eleitoral, o Presidente da República, em caso de relevância e urgência, não poderá editar medida provisória sobre assunto que trate de cidadania, partidos políticos e direito eleitoral por expressa vedação constitucional. 19. Sobre o princípio da anualidade eleitoral, marque a alternativa CORRETA: a) O princípio da anualidade eleitoral, em que pese ter ampla aplicação, não incide quando se tratar de emendas ao texto constitucional. b) A lei que altera o processo eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, tendo aplicabilidade imediata. c) Por ser um princípio constitucional, a anualidade eleitoral, para sua aplicação, dependerá sempre da ponderação. d) A Lei nº 13.165, publicada em 29 de setembro de 2015, por alterar o processo eleitoral no ano anterior às eleições, não se aplicará às eleições do ano de 2016, em respeito ao princípio da anualidade ou anterioridade, previsto no art. 16 da Constituição. e) As decisões do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo após o seu encerramento), implicarem mudança de jurisprudência não têm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente terão eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior. 20. No que pertine aos sistemas eleitorais, marque a alternativa CORRETA: a) O sistema eleitoral proporcional é aplicável às eleições do poder legislativo, enquanto que o sistema majoritário é aplicável às eleições do poder executivo. b) Para os cargos de Prefeito, Governador e Presidente, sempre é exigida maioria absoluta dos votos válidos para que seja considerado vencedor um dos candidatos. 16 c) Nos municípios com mais de 200 mil habitantes, aplica-se, para a eleição de Prefeito, o sistema majoritário absoluto. d) O Brasil adota o sistema eleitoral proporcional de listas abertas. e) O Brasil adota o sistema eleitoral proporcional de listas fechadas. Direito do Trabalho 21. A Lei Complementar nº 150, publicada no Diário Oficial da União em 2.6.2015, conhecida como “Nova Lei dos Domésticos”, trouxe estrutura normativa ao contrato de trabalho doméstico, inclusive, consagrando direitos antes controversos em sede doutrinária e jurisprudencial. Em relação aos direitos garantidos aos empregados domésticos, assinale a alternativa CORRETA: a) É lícita a contratação de empregado doméstico por prazo determinado, contudo, tal modalidade é restrita ao contrato de experiência, que não poderá ultrapassar 90 (noventa) dias, admitida uma única prorrogação dentro desse período. b) Faculta-se ao empregador e empregado domésticos, mediante acordo escrito, estabelecerem horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. c) É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação ao empregado doméstico pelo período de 1 (uma) hora, não sendo possível sua redução sob qualquer hipótese. d) Conforme expressamente disposto na LC nº 150/2015, no caso de despedida do empregado doméstico sem justa causa, ou por culpa do empregador, deverá este depositar, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. e) O empregado doméstico não pode ser contratado em regime de tempo parcial, por expressa previsão legal. 17 22. O amplo conceito de empregador possui peculiaridades no que toca, especialmente, ao conceito e enquadramento de grupos econômicos. Em relação às disposições que regem o grupo econômico, assinale a alternativa CORRETA: a) Ao empregado que presta serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, ainda que em turnos distintos em cada das empresas do grupo, é garantido o direito de celebração de contratos de trabalhos diferentes, a serem firmados com cada das empresas que utilizem de sua força de trabalho. b) Conforme entendimento sumulado do TST, o empregado de grupo econômico, preenchidos os requisitos da CLT, pode pedir equiparação salarial a empregado de outra empresa integrante do mesmo grupo, indicando-o como paradigma. c) Embora a Lei nº 5.889/73, que estatui normas reguladoras do trabalho rural, preveja que a CLT se aplica às relações de trabalho rurais, demonstra-se incompatível, por conta da natureza das atividades, a aplicação das regras concernentes ao grupo econômico, não havendo previsão na lei especial a tal instituto. d) O reconhecimento da existência de grupo econômico tão somente na fase de execução é permitido, diante das provas carreadas aos autos, não havendo necessidade de o reclamante indicar, na reclamatória trabalhista, todas as empresas cujo grupo econômico pugna pelo reconhecimento. e) Conforme previsão celetista, no caso de reconhecimento de grupo econômico entre empresas diversas, com personalidade jurídica distinta, inclusive explorando atividades econômicas diferentes, as empresas que vierem a ser reconhecidas como do grupo econômico responderão pelos débitos trabalhistas da empresa principal, de forma subsidiária. Direito Processual do Trabalho 23. No tocante à sistemática recursal no processo do trabalho, aponte a alternativa CORRETA: a) O recurso ordinário possui efeito obstativo, devolutivo e suspensivo, sendo certo que, na Justiça Especializada, não há que se falar, sob qualquer hipótese, em recurso sem efeito suspensivo. 18 b) No processo do trabalho, em regra, as decisões interlocutórias não comportam recurso imediato, nos termos do art. 893, §1º, da CLT. Contudo, excepcionalmente, as decisões interlocutórias podem ensejar recurso imediato, como nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. c) Uma peculiaridade dos recursos na seara trabalhista é a uniformidade de prazos: 08 dias. d) O recurso interposto antes da intimação oficial acarreta em intempestividade, conforme previsão expressa da Súmula nº 434, do TST. e) Conforme entendimento sumulado do TST, tanto a massa falida quanto a empresa em liquidação extrajudicial são dispensadas de preparo, vale dizer, das custas e depósito recursal. Direito Previdenciário 24. No tocante às regras básicas e princípios concernentes à Previdência Social no Brasil, indique a resposta CORRETA: a) Entre os segurados obrigatórios da Previdência Social, previstos na Lei nº 8.213/91 figuram, exclusivamente, os brasileirosnatos ou naturalizados. b) O caráter democrático e centralizado da gestão administrativa perfaz-se com a participação da comunidade, com convocação mensal de audiências públicas, dentre outras ações. c) O servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais é segurado obrigatório, não sendo vinculado, pois, ao regime jurídico único próprio dos servidores públicos civis de carreira. d) O regime de previdência privada, constituído pela formação de reservas que garantam o benefício contratado, é obrigatório no Brasil. e) O princípio da solidariedade visa a, precipuamente, impedir a redução do valor dos benefícios, sendo uma proteção ao beneficiário. 19 Legislação Extravagante 25. A Lei nº 11.340/2006 dispõe que o poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Assim, no que se refere à Lei Maria da Penha, é CORRETO afirmar que: a) Aplica-se a Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) caso a pena aplicada seja igual ou inferior a 02 anos. b) Lesão corporal praticada de forma culposa contra mulher, no âmbito de relações domésticas, é crime de ação penal pública condicionada à representação. c) A Lei Maria da Penha enumera de forma taxativa as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher. d) Não se aplica a legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso nas causas que envolver violência doméstica e familiar contra a mulher. e) A Lei Maria da Penha somente protege a mulher. 26. O artigo 5º, X, da CF, diz que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Diante disso, marque a alternativa CORRETA à luz da Constituição Federal e da Lei n° 9.296/96: a) A interceptação das comunicações telefônicas não poderá ser determinada pelo juiz de ofício. b) Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. c) A Constituição Federal e a Lei nº 9.296/96 admitem interceptação de comunicações telefônicas para prova em investigação criminal, instrução processual penal e no âmbito administrativo. d) Em hipótese alguma o juiz poderá admitir que o pedido de interceptação telefônica seja formulado verbalmente. 20 e) A decisão que defere o pedido de interceptação telefônica não poderá ser prorrogada por se tratar de matéria restritiva do direito à intimidade. 27. De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais, assinale a alternativa CORRETA: a) Não é possível a responsabilização de pessoas jurídicas na esfera penal, vez que é impossível pessoa jurídica realizar atos tipicamente humanos. b) Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. c) A suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação à pena privativa de liberdade não superior a dois anos. d) Não se aplica o princípio da insignificância na prática de crimes ambientais. e) A ação penal é pública condicionada à representação nas infrações penais. Informática 28. Usando um computador para inserir novos itens na base bibliográfica do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, uma bibliotecária acessa: a) A memória RAM, que permite a leitura, a gravação e a regravação de dados. b) A memória EPROM, que permite a leitura e armazena os dados de modo permanente. c) Uma fita magnética, que grava os dados de maneira aleatória ou randômica. d) A unidade de controle, que gerencia os dados e os convertem para o formato de saída desejado. e) O monitor de vídeo, que mostra todas as informações digitadas no teclado. 29. A diretora da biblioteca do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região solicitou à equipe um inventário dos periféricos disponíveis, classificando-os de acordo com os dois agrupamentos abaixo: I. Dispositivos de entrada. II. Dispositivos de saída. 21 III. Dispositivos de entrada e saída. a. Impressoras b. Teclados c. Caixas de som d. Mouses e. Modems f. Escâneres g. Pendrives h. Canetas óticas i. Quiosques multimídia A correlação correta entre os agrupamentos é: a) I: d, e, f, g; II: a, c, h; III: b, i. b) I: a, b, d, f; II: c, g, h; III: e, i. c) I: b, c, e, h; II: a, f, i; III: d, g. d) I: b, d, f, h; II: a, c, i; III: e, g. e) I: d, f, h, i; II: a, c, g; III: b, e. 30. Um Analista Judiciário da Área Administrativa do TRF3 deseja solicitar ao departamento de Tecnologia da Informação − TI o desenvolvimento de um sistema de informação para fazer com que cada vez que uma resma de 500 folhas de papel sulfite seja retirada do estoque, um registro apareça, automaticamente, nos computadores da empresa fabricante e fornecedora de papel sulfite, de forma que ela possa fabricar a quantidade necessária e enviar diretamente ao TRF3, eliminando distribuidores e reduzindo custos de armazenamento. Neste caso, o sistema de informação que o Analista deseja solicitar é um: a) Customer Relationship Management − CRM. 22 b) Supply Chain Management − SCM. c) Enterprise Resource Planning − ERP. d) Knowledge Management System − KMS. e) Transaction Support System − TSS. Raciocínio Lógico 31. Adriano, Benedito e Cláudio são amigos e estão com camisetas de cores diferentes: verde, azul e branca. Dentre as afirmativas a seguir, somente uma é verdadeira: Adriano está com camiseta azul. Benedito não está com camiseta azul. Cláudio não está com camiseta branca. É correto concluir que: a) Adriano está com camiseta branca. b) Adriano está com camiseta azul. c) Benedito está com camiseta verde. d) Benedito está com camiseta branca. e) Cláudio está com camiseta azul. 32. No Brasil, o Dia dos Pais é comemorado no segundo domingo do mês de agosto. Em um determinado ano bissexto, o dia 1° de janeiro foi um sábado. Neste mesmo ano, o Dia dos Pais foi comemorado no dia: a) 10 de agosto. b) 11 de agosto. c) 12 de agosto. d) 13 de agosto. 23 e) 14 de agosto. Língua Portuguesa 33. Assinale a alternativa que corresponde à grafia da norma culta: a) Os guardas-civis intervieram na discussão dos espectadores. b) Os guarda-civis interviram na discussão dos expectadores c) Os guardas-civis interviram na discussão dos espectadores. d) Os guarda-civis intervieram na discursão dos espectadores. e) Os guarda-civil interviram na discussão dos expectadores. 34. “Na quinta-feira, 28 de julho, às 18h, terminei de preparar a rodada gratuita do curso TOP-Tribunais, muito cansado”. Este enunciado, segundo os tipos de gêneros textuais, significa: a) Carta. b) Propaganda. c) Notícia. d) Diário. e) Fábula. 24 GABARITO Questão 01 ALTERNATIVA “D” Questão 02 ALTERNATIVA “C” Questão 03 ALTERNATIVA “E” Questão 04 ALTERNATIVA “E” Questão 05 ALTERNATIVA “C” Questão 06 ALTERNATIVA “B” Questão 07 ALTERNATIVA “C” Questão 08 ALTERNATIVA “A” Questão 09 ALTERNATIVA “E” Questão 10 ALTERNATIVA “D” Questão 11 ALTERNATIVA “B” Questão 12 ALTERNATIVA “A” Questão 13 ALTERNATIVA “C” Questão 14 ALTERNATIVA “E” Questão 15 ALTERNATIVA “E” Questão 16 ALTERNATIVA “A” Questão 17 ALTERNATIVA “C” Questão 18 ALTERNATIVA“B” Questão 19 ALTERNATIVA “E” Questão 20 ALTERNATIVA “D” 25 Questão 21 ALTERNATIVA “B” Questão 22 ALTERNATIVA “D” Questão 23 ALTERNATIVA “B” Questão 24 ALTERNATIVA “C” Questão 25 ALTERNATIVA “E” Questão 26 ALTERNATIVA “B” Questão 27 ALTERNATIVA “B” Questão 28 ALTERNATIVA “A” Questão 29 ALTERNATIVA “D” Questão 30 ALTERNATIVA “B” Questão 31 ALTERNATIVA “A” Questão 32 ALTERNATIVA “D” Questão 33 ALTERNATIVA “A” Questão 34 ALTERNATIVA “D” 26 QUESTÕES OBJETIVAS COMENTADAS Direito Constitucional 01. Acerca das competências materiais e legislativas dos Entes Federativos na CF/88, marque a alternativa INCORRETA: a) Compete à União privativamente legislar sobre direito agrário e seguridade social. b) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre previdência social. c) Compete aos Municípios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual. d) Compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios. e) Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Comentários A alternativa A está correta. A redação da CF/88 é explícita quanto ao tema. Tome cuidado com as competências dos arts. 21 a 24, pois o examinador tentará embaralhá-las. Uma pegadinha frequente se refere à competência para legislar sobre seguridade social. Apesar de esta última abranger assistência social, previdência e saúde, que são temas ligados à competência legislativa comum, o art. 21, XXIII, prevê que compete à União legislar, PRIVATIVAMENTE, sobre seguridade social. Para visualizar melhor o tema, seguem os dispositivos constitucionais pertinentes: Art. 194, CF/88. A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Art. 22, CF/88. Compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre: [...] XXIII - seguridade social; 27 Art. 24, CF/88. Compete à UNIÃO, AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL legislar CONCORRENTEMENTE sobre: [...] XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; [...] XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; Os incisos XIV e XV tratam de temas ligados à ASSISTÊNCIA SOCIAL, que são melhores elencados no art. 203 da CF/88. Assim, nota-se que a assistência social também está incluída na competência CONCORRENTE para legislar dos entes federativos. Art. 203, CF/88. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; Pois bem: causa estranhamento que a competência para legislar sobre o “todo” (seguridade social) seja da União e a competência para tratar de suas partes seja concorrente. O professor FREDERICO AMADO,1 com muita clareza, esclarece esta antinomia aparente. O entendimento a seguir é trazido apenas para melhor entendimento da matéria. Em PROVAS OBJETIVAS, siga a letra da CF/88, nos termos dos artigos acima transcritos. Essa aparente antinomia é solucionada da seguinte maneira: apenas a União poderá legislar sobre previdência social, exceto no que concerne ao regime de previdência dos servidores públicos efetivos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que poderão editar normas jurídicas para instituí-los e discipliná-los, observadas as normas gerais editadas pela União e as já postas pela própria Constituição. Outrossim, os estados, o Distrito Federal e os municípios também poderão editar normas jurídicas acerca da previdência complementar dos seus servidores públicos, 1 AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Previdenciário – Sinopse para concursos. 5ª ed., Salvador: Juspodivm, 2015, p. 23-24. 28 a teor do artigo 40, §14, da Constituição Federal. Contudo, entende-se que apenas a União possui competência para legislar sobre a previdência complementar privada, pois o tema deve ser regulado por lei complementar federal, conforme se interpreta do artigo 202, da Constituição Federal, tendo sido promulgada pela União as Leis Complementares 108 e 109/2001. No que concerne à saúde e à assistência social, a competência acaba sendo concorrente, cabendo à União editar normas gerais a serem complementadas pelos demais entes políticos, conforme as suas peculiaridades regionais e locais, tendo em conta que todas as pessoas políticas devem atuar para realizar os direitos fundamentais na área da saúde e da assistência social. No que se refere a legislar sobre DIREITO AGRÁRIO a Constituição é clara: Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à UNIÃO legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; A alternativa B também está correta, conforme já mencionado acima. Para fixação, transcrevo novamente o dispositivo constitucional comentado. Art. 24, CF/88. Compete à UNIÃO, AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL legislar CONCORRENTEMENTE sobre: [...] XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; A alternativa C está correta e é mais uma repetição da letra da CF/88. Art. 30, CF/88. Compete aos MUNICÍPIOS: [...] IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; A alternativa D está INCORRETA. É o gabarito da questão. Trata-se de alteração promovida pela Emenda Constitucional nº 69 de 2012, que retirou da União a competência para manter e organizar a Defensoria do Distrito Federal. Art. 21, CF/88. Compete à União: [...] XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) A alternativa E está correta. É o que se depreende do artigo 211, §2º, da CF88: 29 Art. 211, CF/88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. [...] §2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Gabarito alternativa “D” 02. São matérias que a Constituição Federal exige lei complementar para sua regência, EXCETO: a) Hipóteses em que a União permitirá que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente. b) Condições para integração de regiões em desenvolvimento. c) Estatuto da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica. d) Procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. e) Imposto sobre grandes fortunas. Comentários A alternativa A está correta: Art. 21. Compete à União: [...] IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; A alternativa B também está correta: Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. § 1º - Lei complementar disporá sobre: I - as condições para integraçãode regiões em desenvolvimento; 30 A alternativa C está INCORRETA. Portanto, é o gabarito da questão. A CF/88 exige apenas Lei ordinária para tratar da matéria. Trata-se, inclusive, de recente e importante inovação legislativa: Lei nº 13.303 de 30 de junho de 2016. Vale observar que quando não há o adjetivo “complementar”, em regra, o trato da matéria pelo legislador infraconstitucional poderá ser feito por simples lei ordinária. Afirmo que “poderá” (e não “será” ou “deverá ser”), porque uma lei complementar pode disciplinar, na vigência da CF/88, tema de lei ordinária, mas o contrário não será possível. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A LEI estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre. A alternativa D está correta: Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. [...] § 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. A alternativa E também está correta: Art. 153. Compete à União instituir IMPOSTOS sobre: [...] VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Gabarito alternativa “C” 03. Marque a alternativa CORRETA sobre entendimentos do Supremo Tribunal Federal: 31 a) É inconstitucional, por ofensa ao princípio da livre iniciativa, qualquer norma legal que obrigue a escolas privadas o oferecimento de atendimento educacional adequado e inclusivo a pessoas com deficiência. Além disso, a instituição de ensino poderá acrescer nas mensalidades os custos para implementar tais medidas de acessibilidade. b) O Poder Judiciário, em respeito ao princípio da Separação dos Poderes, não pode obrigar Município a oferecer vaga em creche a crianças de até 5 anos de idade. c) Por se tratar de tema relacionado a interesse local, pode o Município impedir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. Segundo o STF, esta possibilidade estaria incluída na missão dos Municípios de gerir a política de desenvolvimento urbano. d) O Poder Judiciário, em sede de ação ordinária, pode aumentar os vencimentos de servidores públicos invocando o princípio da isonomia. e) É constitucional lei estadual que permita a magistrado aposentado pedir ressarcimento aos cofres públicos dos valores que pagou em custeio de tratamento odontológico feito em clínica particular caso os custos excedam a cobertura do seu respectivo Plano de Previdência do Estado. Comentários Antes de adentrar no exame das alternativas, recomendo o acompanhamento, ao menos da versão resumida, dos informativos do Supremo Tribunal Federal, no site DIZER O DIREITO. Os comentários destas questões foram, em grande parte, retirados desse blog jurídico. A alternativa A está incorreta. Julgamento recente decidiu o tema: São CONSTITUCIONAIS o art. 28, § 1º e o art. 30 da Lei nº 13.146/2015, que determinam que as escolas privadas ofereçam atendimento educacional adequado e inclusivo às pessoas com deficiência sem que possam cobrar valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas para cumprimento dessa obrigação. STF. Plenário. ADI 5357 MC-Referendo/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2016 (Info 829). A alternativa B está incorreta. 32 O Poder Judiciário pode obrigar o Município a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de idade. A educação infantil, em creche e pré-escola, representa prerrogativa constitucional indisponível garantida às crianças até 5 anos de idade, sendo um dever do Estado (art. 208, IV, da CF/88). Os Municípios, que têm o dever de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem se recusar a cumprir este mandato constitucional, juridicamente vinculante, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. STF. Decisão monocrática. RE 956475, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 12/05/2016 (Info 826). A alternativa C está incorreta. Súmula Vinculante nº 49 - Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. A alternativa D também está incorreta. Súmula Vinculante nº 37 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. A alternativa E está CORRETA. É, portanto, o gabarito da questão. Trata-se de tema bastante polêmico, que gerou críticas incisivas de alguns ministros, como de Luís Roberto Barroso, que considerou “imoral” o pagamento destes benefícios. O art. 65, § 2º da LOMAN (LC 35/1979), ao vedar a concessão de adicionais ou vantagens pecuniárias nela não previstas, não proíbe que as leis estaduais prevejam o pagamento de verbas de natureza indenizatória aos magistrados estaduais. Com base nesse entendimento, O STF CONSIDEROU VÁLIDA previsão de lei estadual que concede aos magistrados o direito de serem ressarcidos pelos cofres públicos em relação às despesas médicas, cirúrgicas e odontológicas que realizem e que excedam o custeio coberto pelo Instituto de Previdência do Estado. STF. 1ª Turma. MS 27463/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/5/2016 (Info 825). Gabarito alternativa “E” Direito Administrativo 33 04. José, Governador do Estado do Pará, em conluio com particulares, praticou ato de improbidade que importou enriquecimento ilícito, nos anos de 2009 e 2010. Ressalte-se que sua gestão foi do período de 2009-2012. Em 2016, quando não era mais Governador, os fatos vieram à tona, ensejando o ajuizamento da respectiva Ação Civil de Improbidade Administrativa no mesmo ano, pelo Ministério Público, em face de José e dos particulares que com ele perpetraram o ilícito. Em face do narrado e levando em consideração a Lei de Improbidade Administrativa e a jurisprudência correlata, assinale a alternativa CORRETA: a) O Ministério Público é o único legitimado para a propositura da Ação Civil de Improbidade Administrativa. b) Tendo em vista que a Lei de Improbidade Administrativa apenas se aplica aos agentes públicos, o Ministério Público não poderia ter incluído os particulares no polo passivo da referida ação. c) Exige-se apenas o dolo como elemento subjetivo para a configuração da hipótese de ato de improbidade administrativa, independentemente da modalidade. d) A Ação de Improbidade Administrativa deve ser extinta ante a ocorrência da prescrição, pois já se passaram mais de 05 (cinco) anos entre a data dos fatos e o ajuizamento. e) As ações de ressarcimento decorrentes de atos de improbidade administrativa são imprescritíveis. Comentários Olá, pessoal! As provas de Direito Administrativo são bem mescladas: temos letra de lei, entendimentos jurisprudencial e doutrinário. Então, para esse tipo de preparação, deve-se ter conhecimento da legislação que mais é cobrada, complementando com um resumo ou uma doutrina de livre escolha, sempre atualizado nos informativos do STF e STJ. As provas de técnico possuem conteúdo programático menor, o quedá azo à cobrança mais aprofundada de determinadas matérias. Para iniciar, é certo que na sua prova tenha, ao menos, 01 (uma) questão de Improbidade Administrativa. Portanto, em todas as rodadas teremos ao menos 01 (uma) questão sobre Improbidade. Como a Lei nº 8.429/92 é relativamente 34 pequena (possui apenas 25 artigos), vale a pena possuir conhecimento avançado desta Lei. Sugiro, também, a leitura, mesmo que parcial, do livro "Cem Perguntas e Respostas Sobre Improbidade Administrativa", da ESMPU – Escola Superior do Ministério Público da União, acessível em: https://escola.mpu.mp.br/linha-editorial/outras- publicacoes/100%20Perguntas%20e%20Respostas%20versao%20final%20EBOOK. pdf A presente questão procurou tratar de alguns dos principais pontos e polêmicas acerca da Improbidade Administrativa. Alguns pontos estão bem sedimentados, mas para quem não tem familiaridade com a Lei, vale a pena a leitura. A alternativa A está incorreta. Alguns examinadores procuram fazer o candidato pensar que o único legitimado para a propositura da Ação Civil de Improbidade Administrativa é o Ministério Público. Entretanto, o próprio artigo 17 da Lei de Improbidade Administrativa (LIA) dispõe que a ação principal poderá ser proposta "(...) pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada". A pessoa jurídica interessada, via de regra, será aquela que foi lesada ou que tenha sofrido prejuízos advindos do ato de improbidade administrativa, ou que tenha relação funcional com o sujeito ativo do ato de improbidade. Ressalte-se a diferenciação entre sujeito ativo e passivo do ato de improbidade administrativa e polo ativo e passivo da Ação Civil de Improbidade Administrativa. O primeiro trata de quem praticou e contra quem foi praticado o ato de improbidade, de índole material, portanto. O segundo trata dos legitimados para figurar no polo ativo e no polo passivo da referida ação, de índole processual, portanto. Finalmente, convém ressaltar que quando é o Ministério Público quem promove a ação principal, a pessoa jurídica interessada deverá ser intimada para, querendo, contestar o pedido ou atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente (art. 17, §3º da LIA c/c art. art. 6º, §3º, da Lei nº 4.717/65). A alternativa B está incorreta. Outra grande questão da Lei de Improbidade (e quase sempre cobrada) é a de quem pode praticar ato de improbidade administrativa (sujeito ativo do ato de improbidade) e, consequentemente, ser demandado em juízo (sujeito passivo da Ação Civil de Improbidade Administrativa). 35 Para tanto, necessária a leitura dos artigos 1º ao 3º da LIA: Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (grifo nosso). A leitura dos dispositivos supramencionados denotam que podem ser sujeitos ativos do ato de improbidade administrativa: 1) os agentes públicos (de forma ampla); e b) particulares/terceiros que induzam ou concorram para o ato ou dele se beneficiem. Entretanto, não pode o particular/terceiro figurar, exclusivamente, no polo passivo da Ação de Improbidade Administrativa, ou seja, para que terceiro seja incluído no polo passivo, a ação deve ser manejada também contra o agente público que praticou o ato de improbidade, conforme jurisprudência do STJ: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO 36 PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei nº 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3º da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos. (REsp 1171017/PA, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/02/2014, DJe 06/03/2014) PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PROPOSTA APENAS CONTRA PARTICULAR. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AUSÊNCIA DE AGENTE PÚBLICO NO POLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO. PRECEDENTES. I - A abrangência do conceito de agente público estabelecido pela Lei de Improbidade Administrativa encontra-se em perfeita sintonia com o construído pela doutrina e jurisprudência, estando em conformidade com o art. 37 da Constituição da República. II - Nos termos da Lei n. 8.429/92, podem responder pela prática de ato de improbidade administrativa o agente público (arts. 1º e 2º), ou terceiro que induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (art. 3º). III - A responsabilização pela prática de ato de improbidade pode alcançar terceiro ou particular, que não seja agente público, apenas em três hipóteses: a) quando tenha induzido o agente público a praticar o ato ímprobo; b) quando haja concorrido com o agente público para a 37 prática do ato ímprobo; ou c) tenha se beneficiado com o ato ímprobo praticado pelo agente público. IV - Inviável a propositura de ação de improbidade administrativa contra o particular, sem a presença de um agente público no polo passivo, o que não impede eventual responsabilização penal ou ressarcimento ao Erário, pelas vias adequadas. Precedentes. V - Recurso especial improvido. (REsp 1405748/RJ, Rel. Ministra MARGA TESSLER (JUÍZA FEDERAL CONVOCADA DO TRF 4ª REGIÃO), Rel. p/ Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 17/08/2015) (grifo nosso) Portanto, incorreta a alternativa ao afirmar que, no caso apresentado, o Ministério Público se equivocou ao ter incluído terceiros no polo passivo da demanda, eis que possível, desde que em litisconsórcio com o agente público que praticou o ato de improbidade administrativa. A alternativa C está incorreta. Os atos de improbidade podem ser assim classificados: a) atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito (art. 9ºda LIA); b) atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário (art. 10 da LIA); e c) atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública (art. 11 da LIA). O STJ entendeu que o dolo é necessário para configurar ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito e que atente contra os princípios da administração pública (arts. 9º e 11 da LIA), e ao menos culpa nas hipóteses em que cause prejuízo ao erário (art. 10 da LIA): ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONVÊNIO ENTRE UNIÃO E MUNICÍPIO. VALOR REPASSADO E SEM PRESTAÇÃO DE CONTAS. VERBAS PÚBLICAS DESVIADAS. CONDUTA DO ART. 10 DA LIA. ELEMENTO SUBJETIVO. CULPA OU DOLO. REVISÃO DO ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL DE ORIGEM. REEXAME DA MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. Trata-se, na origem, de Ação de Improbidade Administrativa contra ex-Prefeita e Secretário de Obras e Serviços Públicos de Olinda (PE), 38 por falta de prestação de contas referentes a parte das verbas recebidas do convênio celebrado com a União para a "construção de quebra-mar semissubmerso e execução de obras de pavimentação e de drenagem urbana". 2. O Tribunal a quo condenou a ora agravante pela prática de improbidade administrativa prevista nos arts. 10, XI, e 11, I, da LIA, aplicando as seguintes sanções: a) ressarcimento integral do dano no valor de R$ 717.617,41 (setecentos e dezessete mil, seiscentos e dezessete reais e quarenta e um centavos); b) perda da função pública; c) suspensão dos direitos políticos por seis anos, decisão tomada por maioria de votos, vencido nessa parte o Relator, que fixava o dito prazo em oito anos; d) pagamento de multa civil no patamar de R$6.000,00 (seis mil reais), esta por já ter sido fixada pelo Tribunal de Contas; e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos. 3. Não se verifica a ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil, uma vez que o Tribunal de origem julgou integralmente a lide e solucionou a controvérsia, tal como lhe foi apresentada. 4. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento segundo o qual o elemento subjetivo é essencial à configuração da improbidade, exigindo-se dolo para que se configurem as hipóteses típicas dos arts. 9º e 11, ou pelo menos culpa, nas hipóteses do art. 10, todos da Lei 8.429/92. (...) (AgRg no AREsp 210.361/PE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/05/2016, DJe 01/06/2016) (grifo nosso) Portanto, a alternativa está incorreta, pois ao afirmar que APENAS o dolo deve estar presente como elemento subjetivo para a caracterização do ato de improbidade administrativa, a alternativa exclui a modalidade culposa para a hipótese do art. 10 da LIA. O candidato deve ter cuidado com alternativas que sempre venham acompanhadas das palavras "somente", "apenas", "exclusivamente", etc. 39 A alternativa D também está incorreta. Não houve prescrição no caso em comento. O art. 23 da Lei de Improbidade Administrativa assim dispõe: Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei. Como o término do mandato ocorreu em 2012, não se passaram 05 (cinco) anos para a ocorrência da prescrição. Portanto, a ação não está prescrita. E para os particulares? Aplica-se o mesmo entendimento? Sim. O STJ entende que, aos particulares em conluio com os agentes públicos, se aplica o prazo prescricional previsto para estes: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PARTICULAR EM CONLUIO COM AGENTES PÚBLICOS. APLICAÇÃO DO ART. 23 DA LIA. POSSIBILIDADE. 1. A compreensão firmada no Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que, nas ações de improbidade administrativa, para o fim de fixação do termo inicial do curso da prescrição, aplicam-se ao particular que age em conluio com agente público as disposições do art. 23, I e II, da Lei nº 8.429/1992. Precedentes: REsp 1405346 / SP, Relator(a) p/ Acórdão Min. Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 19/08/2014, AgRg no REsp 1159035/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 29/11/2013, AgRg no REsp 1197967 / ES, Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 08/09/2010. 2. Agravo Regimental não provido. 40 (AgRg no REsp 1510589/SE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/05/2015, DJe 10/06/2015) ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECEBIMENTO DA INICIAL. PRESCRIÇÃO. ALEGAÇÃO DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE TERIAM SIDO PRATICADOS POR PARTICULAR, EM CONLUIO COM AGENTES PÚBLICOS, NÃO OCUPANTES DE CARGO EFETIVO. TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. ART. 23, I, DA LEI 8.429/92. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. (...) IV. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que, "nos termos do artigo 23, I e II, da Lei 8429/92, aos particulares, réus na ação de improbidade administrativa, aplica- se a mesma sistemática atribuída aos agentes públicos para fins de fixação do termo inicial da prescrição" (STJ, AgRg no REsp 1.541.598/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 13/11/2015). Nesse mesmo sentido: STJ, AgRg no REsp 1.510.589/SE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe de 10/06/2015; REsp 1.433.552/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 05/12/2014; REsp 1.405.346/SP, Rel. p/ acórdão Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 19/08/2014; AgRg no REsp 1.159.035/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, DJe de 29/11/2013; EDcl no AgRg no REsp 1.066.838/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 26/04/2011. V. Agravo Regimental improvido. (AgRg no AREsp 161.126/SP, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 13/06/2016) (grifo nosso) 41 Portanto, a alternativa está errada, eis que não houve prescrição da ação de improbidade administrativa. A alternativa E está CORRETA e é o gabarito da questão. Esse tipo de alternativa é utilizada pelo examinador para confundir o candidato. De fato, as ações de improbidade são prescritíveis, tanto que a LIA possui o art. 23, que trata justamente desses prazos, o qual foi analisado na alternativa anterior. Entretanto, as ações que buscam o ressarcimento ao erário de referidos atos de improbidade administrativa são imprescritíveis. O STF possui este entendimento, assim como o STJ: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. SANÇÕES. LEI Nº 8.429/97. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Os requisitos de admissibilidade consistentes na regularidade formal, na impugnação específica das razões recorridas, noprequestionamento e na ofensa direta à Constituição Federal, quando ausentes, conduzem à inadmissão do recurso interposto. 2. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmulas 282, verbis: “É inadmissível o o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” 3. A controvérsia sobre a aplicação das sanções previstas na Lei nº 8.429/97, cominadas para o ato de improbidade em que incorreu a agravada é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição deu-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do recurso extraordinário. Precedentes: RE 540712-AgR-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 13.12.2012; RE 589784-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dje 17.08.2012; ARE 650204-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Dje de 19.06.2012. 4. In casu, o acórdão recorrido originariamente assim decidiu: EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA Improbidade administrativa- Insurgência contra decisão 42 que recebe a petição inicial e determina a citação dos réus, dentre eles a agravante Alegação de inépcia da petição inicial, violação ao devido processo legal, ao princípio do contraditório e da ampla defesa Descabimento Petição inicial que satisfaz os requisitos do art. 282 do CPC Impossibilidade de análise das questões levantadas, sob pena de supressão de instância Fase processual que possibilita cognição primária e não exauriente da petição inicial e da resposta preliminar Inteligência do art. 17, § 8º, da Lei 8.429/92 Recurso não provido. AÇÃO CIVIL PÚBLICA Improbidade administrativa. Alegação de prescrição. Embora imprescritíveis as ações de ressarcimento contra os agentes públicos que ilicitamente causaram lesão ao patrimônio público (art. 37, § 5º, da CF), verifica-se a ocorrência da prescrição no que tange às sanções previstas na Lei nº 8429/92. Ação proposta após o qüinqüidio do término do exercício do mandato Recurso provido neste ponto. 5. Agravo regimental desprovido. (AI 744973 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 25/06/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-157 DIVULG 12-08-2013 PUBLIC 13-08-2013) PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF. OCORRÊNCIA OU NÃO DE DANO AO ERÁRIO. VERIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO- PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. IMPRESCRITIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. DESCONTOS DE 30% DOS PROVENTOS. IMPENHORABILIDADE. RESP. 1.184.765/PA. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Verifica-se que o Tribunal de origem não analisou, ainda que implicitamente, os arts. 21, I, da Lei n. 8.429/92, 1º da Lei n. 4.657/42 e 282, IV, do Código de Processo Civil. Desse modo, impõe-se o não conhecimento do recurso especial por ausência de prequestionamento, entendido como o indispensável exame da questão pela decisão atacada, apto a viabilizar a pretensão recursal. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF, por analogia. 43 2. Analisar a ocorrência, ou não, de dano ao erário passa necessariamente pela análise do conjunto probatório dos autos. A pretensão de simples reexame de provas, além de escapar da função constitucional deste Tribunal, encontra óbice na Súmula 7 do STJ, cuja incidência é induvidosa no caso sob exame. 3. O acórdão recorrido encontra-se no mesmo sentido do entendimento desta Corte, qual seja, não há falar em prescrição, pois a pretensão de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário é imprescritível, "mesmo se cumulada com a ação de improbidade administrativa (art. 37, § 5º, da CF)" (AREsp 79.268/MS, Rel. Ministra ELIANA CALMON). Precedentes. Súmula 83/STJ. 4. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.184.765/PA, Rel. Ministro Luiz Fux, sob o regime dos recursos repetitivos, consolidou entendimento segundo o qual, são absolutamente impenhoráveis "os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal". Recurso especial parcialmente provido apenas para afastar o desconto de 30% dos proventos do recorrente. (REsp 1485439/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/04/2015, DJe 20/04/2015) Então, entenda dessa forma: A Ação de Improbidade Administrativa é prescritível, enquanto que a Ação de Ressarcimento decorrente de Atos de Improbidade Administrativa é imprescritível. Finalmente, convém salientar que tal entendimento pode vir a ser modificado em razão da Repercussão Geral reconhecida no RE 852475/SP, cuja ementa segue abaixo: EMENTA: ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRETENSÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. PRESCRITIBILIDADE (ART. 37, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. 44 1. Possui repercussão geral a controvérsia relativa à prescritibilidade da pretensão de ressarcimento ao erário, em face de agentes públicos, em decorrência de suposto ato de improbidade administrativa. 2. Repercussão geral reconhecida. Portanto, para provas, sigam o entendimento já defendido, mas acompanhem o desenrolar do RE 852475/SP, o qual pode vir a modificar ou ratificar o entendimento. Gabarito alternativa “E” 05. Com base no entendimento jurisprudencial e nas normas atinentes aos concursos públicos, assinale a resposta CORRETA: a) A surdez unilateral configura deficiência para fins de concurso público. b) O candidato pode ser eliminado de concurso público ao realizar exame psicotécnico, mesmo este não sendo previsto em lei. c) O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. d) É constitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. (SV 43) e) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, vedada sua prorrogação. Comentários 45 A alternativa A está incorreta. O candidato deve ter conhecimento das Súmulas e de sua redação literal. Na presente alternativa, apenas houve a supressão da palavra "não", tornando a alternativa incorreta. O correto está disposto na Súmula nº 552 do STJ: O portador de surdez unilateral NÃO se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. A alternativa B está incorreta. Todos que prestam ou prestaram concursos públicos escutaram que o "edital é a lei do concurso público". Entretanto, deve-se salientar que o edital deve se basear em uma lei, via de regra, aquela atinente aos quadros funcionais do órgão que realiza o concurso. A título de exemplo, a Lei nº 11.415/2006, que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União, fixa os valores de sua remuneração e dá outras providências em nada refere ao exame psicotécnico. Levando em consideração
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